Assim, a formação de novos sujeitos sociais, capazes de tomar decisões para intervir de modo atuante na sociedade capitalista, pressupõe uma educação que crie um processo emancipatório nesses sujeitos. Segundo Bosi (2002, p. 53), uma das chaves para a emancipação como ser humano é a ruptura com a alienação do trabalho.
A educação emancipadora
A Constituição Federal regulamenta que se deve “assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos.
A escola tem o dever de formar cidadãos autônomos e críticos, mas para que isso ocorra é necessário uma educação voltada para a ação real dos estudantes do Ensino Médio, frente a uma formação humana integral, é necessário pensarmos na autonomia intelectual e moral do educando e para isso, devemos propiciar uma educação/formação critica e emancipatória.
Para que isso fosse possível, em 2011 o Conselho Nacional de Educação divulgou um parecer com as finalidades do ensino médio no Brasil. Podendo-se destacar então,o eixo interligador do currículo, voltado para o trabalho, ciência, tecnologia e cultura, possibilitando um dialogo entre as diversas áreas, a escola, o estudante e a sua realidade social. Levando em conta a questão do trabalho, dos direitos humanos, da consciência ambiental e social.
O currículo também deve levar em consideração o conhecimento local e as experiências cotidianas dos alunos, embora esse conhecimento nunca poderá ser uma base para o currículo. A estrutura do conhecimento local é planejada para relacionar-se com o particular e não pode fornecer a base para quaisquer princípios generalizáveis. Fornecer acesso a tais princípios é uma das principais razões pelas quais todos os países têm escolas (YOUNG, 2007, p. 13
Sabemos que uma prática pedagógica sem uma concepção que a oriente corre sempre o risco de não alcançar os objetivos propostos pela educação escolar de uma formação humana emancipadora e libertadora.
O Parecer CNE/CEB 05/2011 que estabelece as DCNEM nos coloca diante da necessidade de buscar outras formas de organização do currículo, tendo em vista a ressignificação dos saberes e práticas escolares
O eixo Integrador do currículo do Ensino Médio é formado pelas dimensões do Trabalho, da Ciência, da Tecnologia e da Cultura, que se constituem como essenciais à formação humana e para a oferta de um Ensino Médio de qualidade social. Essas dimensões não podem ser ‘trabalhadas’ ou mesmo‘entendidas’ de forma fragmentada, mas sim inter-relacionada.
Trabalho: o trabalho é entendido como ação humana transformadora da realidade e como “realização inerente ao ser humano e como mediação no processo de produção de sua existência” (BRASIL, 2011, p. 19).
Ciência: a ciência pode ser entendida então, como: um conjunto de conhecimentos sistematizados, produzidos socialmente ao longo da história, na busca da compreensão e transformação da natureza e da sociedade
Tecnologia: relacionando então o trabalho à ciência, o conceito de tecnologia pode ser definido como a “transformação da ciência em força produtiva”.
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