Contrato de abertura de crédito em conta corrente com determinado banco, cobrança de juros que considera abusivos. Propõe, então, em novembro de 2019, ação revisional de contrato c/c repetição de indébito contra o banco. A sentença julga improcedentes os pedidos, decisão contra a qual correntista interpõe Recurso de Apelação. O recurso é provido pela 17ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná, que decide que “a cobrança de juros em contratos de abertura de crédito em conta corrente deve respeitar as limitações da Lei de Usura (Decreto 22.626/33), sendo abusiva a cobrança de juros em taxas superiores a 1% ao mês”. Contra essa decisão foram opostos embargos de declaração, rejeitados.
Com base no enunciado, responda:
a) Considerando que o STJ já julgou, sob a sistemática dos recursos especiais repetitivos, a questão relativa à cobrança de juros cobrados em contratos celebrados com instituições financeiras (REsp 1061530/RS – tema 24 – curiosamente, um dos primeiros recursos repetitivos julgados pelo STJ, logo após sua criação, com a Lei 11.672/2008), responda, de forma justificada: que recurso deverá ser interposto pelo Banco e qual será seu principal fundamento?
b) Imagine que a ação do enunciado tenha sido proposta por Victor Miguel, que celebrou contrato de compra e venda com seu vizinho, Marino. Em razão do não pagamento do valor acordado, Marino cobra de Victor o valor do contrato, acrescido de juros de 7% ao mês, o que faz com que Victor proponha ação de revisão do contrato celebrado com Marino. Em primeiro grau, é proferida sentença de procedência, confirmada pelo Tribunal de Justiça do Paraná, que aplica ao caso o entendimento do STJ, firmado no REsp 1061530/RS – tema 24, entendendo ser devida a cobrança de juros, pois não se aplica, ao caso, a limitação da lei da usura. Responda, de forma justificada: que recurso deverá ser interposto por Victor Miguel e qual será seu principal fundamento?
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