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Este material é parte integrante do curso online "Unidades de Tratamento Intensivo Móvel 
– UTIM" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É 
proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem 
autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 
Com certificado 
online 
100 horas Atualização em Unidades 
de Tratamento Intensivo 
Móvel – UTIM 
Nice Dias Gonçalves 
 
 
 
 
 
 
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– UTIM" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É 
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autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 
Atualização Unidades de 
Tratamento Intensivo 
Móvel – UTIM 
Nice Dias Gonçalves 
100 horas 
Com certificado 
online 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
HISTÓRICO DAS UTI’S MÓVEIS .................................................................................. 7 
REGULAMENTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE UNIDADE DE TERAPIA 
INTENSIVA MÓVEL ......................................................................................................... 9 
2.1 A NORMA QUE SE REFERE AO AMBIENTES DO SERVIÇO DE 
TRATAMENTO INTENSIVO MÓVEL PRECONIZA ................................................... 9 
2.2 ALGUNS REQUISITOS SÃO OBRIGATÓRIOS COMO OS DE SEGURANÇA 11 
2.3 EM TODA UTI- MÓVEL É INDISPENSÁVEL ALGUNS MATERIAIS E 
EQUIPAMENTOS, TORNANDO-SE OBRIGATÓRIOS, TAIS COMO ..................... 12 
ASPECTOS GERAIS PARA OS SERVIÇOS DE UTI MÓVEL ................................. 17 
3.1 CONDUTA PESSOAL ............................................................................................. 17 
3.1.1 Na Base De Apoio Operacional ......................................................................... 17 
3.1.2 Recebimento Do Chamado/Ocorrência .............................................................. 18 
3.1.3 Durante O Deslocamento Até O Local Do Atendimento ................................... 18 
3.1.4 Na Cena Do Atendimento .................................................................................. 18 
3.1.5 Durante O Transporte Da Vítima Até O Hospital .............................................. 19 
3.1.6 No hospital .......................................................................................................... 19 
3.1.7 Durante O Regresso Para A Base ....................................................................... 19 
3.2 AO CONDUTOR DO VEÍCULO COMPETE ......................................................... 20 
3.2.1 Verificar Antes Do Deslocamento Da Viatura ................................................... 20 
3.2.2 Verificar Durante O Deslocamento Da Viatura ................................................. 21 
3.2.3 Regras fundamentais de condução de veículos de emergência .......................... 21 
3.2.4 Números de passageiros na viatura .................................................................... 21 
3.2.5 Uso de dispositivos sonoros e de iluminação ..................................................... 22 
3.2.6 Velocidade permitida .......................................................................................... 22 
3.2.7 Privilégios do veículo de emergência no trânsito ............................................... 22 
3.2.8 Exceções permitidas em situação de emergência ............................................... 22 
3.2.9 Comportamento de segurança no trânsito .......................................................... 23 
3.2.10 Informar a Central de Operações assim que possível sobre ............................. 23 
3.2.11 Se o acidente ocorrer durante o deslocamento para o chamado ou no retorno à 
base .............................................................................................................................. 24 
3.2.12 O acidente ocorrer durante o deslocamento para o hospital (com vítima na 
viatura) ......................................................................................................................... 24 
3.3 PASSOS PARA AVALIAÇÃO DA CENA ............................................................. 24 
3.3.1 Passo 1: Qual é a situação? ................................................................................. 25 
3.3.2 Passo 2: Para onde a situação pode ir? ............................................................... 25 
3.3.3 Passo 3: Como controlar a situação? .................................................................. 25 
3.4 DURANTE O ATENDIMENTO .............................................................................. 25 
 
 
3.4.1 Práticas seguras .................................................................................................. 26 
3.4.2 Após o atendimento ............................................................................................ 26 
TRANSPORTE DE PACIENTES NA UTI-MÓVEL .................................................... 28 
TRANSPORTE DE PACIENTES EM CONDIÇÕES ESPECIAIS ............................. 31 
5.1 TRANSPORTE NEONATAL ................................................................................... 31 
5.2 AS PRINCIPAIS INDICAÇÕES PARA O TRANSPORTE INTER-HOSPITALAR 
SÃO 32 
5.3 ALGUNS PASSOS SÃO IMPORTANTES PARA O ÊXITO DO TRANSPORTE 
NEONATAL ................................................................................................................... 32 
5.4 EQUIPAMENTO NECESSÁRIO ............................................................................. 34 
5.5 MEDICAÇÃO NECESSÁRIA ................................................................................. 34 
5.6 MANUTENÇÃO DA TEMPERATURA ................................................................. 35 
5.7 ESTABILIZAÇÃO RESPIRATÓRIA ...................................................................... 35 
5.8 INDICAÇÕES DE INTUBAÇÃO ............................................................................ 36 
5.9 OXIGENOTERAPIA E MODOS DE VENTILAÇÃO DURANTE O 
TRANSPORTE ............................................................................................................... 36 
5.9.1 Via de Intubação para o Transporte .................................................................... 37 
5.9.2 Manter o Acesso Venoso .................................................................................... 38 
5.9.3 Suporte Metabólico e Ácido-Básico ................................................................... 38 
5.9.4 Monitorização Hemodinâmica ........................................................................... 38 
5.9.5 Controle da Infecção ........................................................................................... 38 
5.10 CUIDADOS DURANTE O TRANSPORTE .......................................................... 39 
5.10.1 Intercorrências Durante o Transporte ............................................................... 39 
5.11 TRANSPORTE DO RECÉM-NASCIDO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS ............ 40 
5.11.1 Atresia de Esôfago ............................................................................................ 40 
5.11.2 Hérnia Diafragmática ....................................................................................... 41 
5.11.3 Apneia da Prematuridade ................................................................................. 41 
5.11.4 Síndrome de Escape de Ar ............................................................................... 41 
5.11.5 Cardiopatias Congênitas ................................................................................... 41 
5.11.6 Material Necessário para o Transporte Neonatal ............................................. 42 
5.11.7 Medicamentos e Materiais Diversos Necessários ao Transporte Neonatal ...... 43 
TRANSPORTE DE VÍTIMAS PORTADORAS DE NECESSIDADES ESPECIAIS 45 
6.1 REGRAS GERAIS DA ABORDAGEM DE VÍTIMAS PORTADORAS DENECESSIDADES ESPECIAIS ....................................................................................... 45 
6.2 VÍTIMA COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA ............................................................ 45 
6.3 VÍTIMA COM DEFICIÊNCIA VISUAL ................................................................. 46 
6.4 VÍTIMA COM DÉFICIT DE DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL ............... 46 
6.5 VÍTIMA IDOSA ....................................................................................................... 46 
6.6 VÍTIMA PEDIÁTRICA ............................................................................................ 46 
6.7 VÍTIMA SEM RESIDÊNCIA FIXA (Sem teto) ....................................................... 46 
NORMAS GERAIS DE ABORDAGEM EM OCORRÊNCIAS COM INDÍCIOS DE 
CRIME ............................................................................................................................... 48 
7.1 A SEGURANÇA DA EQUIPE DEVE SER PRIORITÁRIA .................................. 48 
7.1.1 A cena não deve ser alterada, a menos que seja absolutamente necessário, para 
as ações de socorro à vítima, como por exemplo ........................................................ 49 
7.2 REGRAS GERAIS PARA ABORDAGEM DE CENAS COM INDÍCIOS DE 
CRIME ............................................................................................................................ 49 
7.2.1 Em relação à vítima ............................................................................................ 49 
7.2.2 Em relação à cena ............................................................................................... 49 
 
7.2.3 Em relação ao tipo de lesão ................................................................................ 50 
7.2.4 Diante da presença de armas de fogo ou armas brancas na cena ....................... 50 
7.2.5 Na presença de sinais de morte óbvia ................................................................. 51 
7.2.6 Ter preocupação redobrada com as anotações na ficha de atendimento ............ 51 
7.3 CUIDADOS COM PERTENCES DE PACIENTES ................................................ 51 
7.3.1 Vítimas desacompanhadas .................................................................................. 51 
7.3.2 Vítimas acompanhadas ....................................................................................... 52 
7.4 SEGURANÇA DO PACIENTE ................................................................................ 53 
7.4.1 Identificação de Paciente: Práticas cotidianas na minimização de erros ............ 53 
7.4.2 Cuidado Limpo e Seguro: Práticas cotidianas na minimização de erros ............ 54 
7.4.3 Procedimentos seguros: Práticas cotidianas na minimização de erros ............... 54 
7.4.4 Paciente envolvido com a segurança: Práticas cotidianas na minimização de 
erros ............................................................................................................................. 55 
7.4.5 Comunicação efetiva: Práticas cotidianas na minimização de erros .................. 55 
7.4.6 Prevenção de Queda: Práticas cotidianas na minimização de erros ................... 56 
7.5 SEGURANÇA NA UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS: PRÁTICAS 
COTIDIANAS NA MINIMIZAÇÃO DE ERROS ......................................................... 57 
7.6 AVALIAÇÃO PRIMÁRIA DO PACIENTE ............................................................ 58 
7.6.1 Administrar oxigênio nos casos de ..................................................................... 58 
7.6.2 Em crianças e bebês ............................................................................................ 59 
7.7 OXIGENOTERAPIA ................................................................................................ 59 
7.8 SUSPEITAR DE LESÃO RAQUIMEDULAR QUANDO OCORRER .................. 61 
7.9 INDICAÇÕES PARA IMOBILIZAÇÃO DA COLUNA: ....................................... 62 
7.10 CONDUTA NA SUSPEITA DE LESÃO (COLUNA INSTÁVEL) ...................... 62 
7.11 OBSERVAÇÕES GERAIS ..................................................................................... 63 
7.12 VÍTIMA QUE SE ENCONTRA DENTRO DE VEÍCULO ................................... 63 
7.13 VÍTIMA QUE SE ENCONTRA EM PÉ NA CENA .............................................. 64 
ATENDIMENTO A PACIENTES VÍTIMAS DE LESÃO NO APARELHO 
LOCOMOTOR .................................................................................................................. 65 
8.1 RECONHECER AS LESÕES POR .......................................................................... 65 
8.2. MEDIDAS GERAIS EM CASOS DE LESÃO DE MEMBROS: ........................... 66 
8.3 CUIDADOS GERAIS COM AS LESÕES ............................................................... 66 
8.3.1 Cobrir com curativos estéreis secos feridas abertas e as extremidades ósseas 
expostas ....................................................................................................................... 66 
8.4 LESÕES ARTICULARES E LUXAÇÕES .............................................................. 67 
8.5 CONTROLE DE HEMORRAGIAS EXTERNAS: .................................................. 67 
8.6 LESÕES DE MEMBROS SUPERIORES ................................................................ 67 
8.7 LESÕES DE MEMBROS INFERIORES ................................................................. 68 
8.8 FRATURAS EXPOSTAS ......................................................................................... 69 
8.9 SÍNDROME COMPARTIMENTAL ........................................................................ 69 
8.10 CRITÉRIOS PARA SUSPEITA DE LESÃO OSTEOARTICULAR DE PELVE 70 
8.11 CONDUTA .............................................................................................................. 70 
8.12 OBSERVAÇÕES GERAIS ..................................................................................... 70 
FASES DO TRANSPORTE DO DOENTE CRÍTICO .................................................. 71 
9.1 DECISÃO .................................................................................................................. 71 
9.2 PLANEJAMENTO .................................................................................................... 71 
9.3 EFETIVAÇÃO .......................................................................................................... 72 
ENQUADRAMENTO LEGAL DO TRANSPORTE DO DOENTE CRÍTICO ......... 73 
 
 
O PAPEL DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NO TRANSPORTE DO DOENTE 
CRÍTICO ............................................................................................................................ 75 
AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 76 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 80 
 
Unidade 1 – Histórico das UTI’S Móveis 
 
 
7 
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material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 
01 
HISTÓRICO DAS UTI’S MÓVEIS 
 
 
 
 
O atendimento às emergências/urgências no local da ocorrência caminha desde o período 
das grandes guerras, mais precisamente no século XVIII, no período napoleônico. Neste 
período, os soldados feridos em campo de batalha eram transportados em carroças com 
tração animal, para serem atendidos por médicos, longe dos conflitos. Em 1792, o cirurgião 
e chefe militar Dominique Larrey, começa a “dar os cuidados iniciais”, a soldados feridos, 
no próprio campo de batalha, a fim de prevenir possíveis complicações. A iniciativa de 
atendimento aos soldados no campo de batalha continuou no século XIX e levouà formação 
da Cruz Vermelha Internacional, em 1863, organização que, ao longo do tempo, demonstrou 
a necessidade de atendimento rápido aos feridos, tendo sua atuação destacada nas Guerras 
Mundiais do século XX. Experiências em guerras, neste tipo de atendimento, no local da 
ocorrência, conjugadas a um transporte rápido, diminuíram a morbimortalidade por causas 
externas; mas isto só ficaria evidenciado décadas depois. 
No Brasil consta do ano de 1899 a primeira ambulância (de tração animal) para 
realizar o referido atendimento pelo Corpo de Bombeiros, fato que caracteriza sua tradição 
histórica na prestação deste serviço. No Estado de São Paulo, com a promulgação do Decreto 
n.395 de 7 outubro de 1893, ficou sob a responsabilidade dos médicos do Serviço Legal da 
Polícia Civil do Estado o atendimento às emergências médicas. Contudo, em 1950 através 
do Decreto Estadual N° 16629, instalou-se o SAMDU – Serviço de Assistência Médica 
Domiciliar de Urgência – órgão da então Secretaria Municipal de Higiene, ficando como 
responsabilidade do município, o atendimento de urgência na cidade de São Paulo. 
A atividade de atendimento pré-hospitalar no Brasil sempre foi muito diversificada; 
vários Estados, ao longo dos anos, desenvolveram um sistema de atendimento às urgências 
e emergências de caráter público e/ou privado. Desde a década de 80 o Estado de São Paulo 
já contava com um serviço destinado ao atendimento às urgências/emergências; o “192” da 
Secretaria Municipal de São Paulo, número telefônico pelo qual se chamava o serviço. Outro 
marco importante se deu em 1981, quando se constituiu informalmente um grupo de 
médicos, representantes do Pronto Socorro do Hospital das Clínicas, da Secretaria de 
Higiene e Saúde do Município de São Paulo, do Hospital Heliópolis e da Santa Casa da 
Misericórdia de São Paulo, com a finalidade de debater a assistência às urgências no 
município que, além do atendimento na via pública, propôs um sistema de referência para 
Unidades de Tratamento Intensivo Móvel – UTIM 
 
 
8 
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encaminhamento dos acidentados aos locais próximos das ocorrências, estabelecendo, pela 
primeira vez, uma proposta de territorialização e integração dos serviços de atendimento 
imediato e internação, com a elaboração de normas e ficha padrão para o encaminhamento 
de vítimas. Em 1983 houve a oficialização deste grupo denominado Comissão de 
Coordenação de Recursos Assistenciais de São Paulo (CRAPS), que tinha como missão a 
definição e implantação de programas efetivos no Município de São Paulo. 
No Estado do Rio de Janeiro foi criado, por um Decreto governamental, em dezembro 
de 1985, efetivado 1986, o Grupo de Emergências do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio 
de Janeiro, da Secretaria de Estado da Defesa Civil. Sua equipe era composta de um médico 
e dois enfermeiros, além do motorista. Já no início dos anos 90, foi implantado, em São 
Paulo, o Sistema de APH na Corporação dos Bombeiros do Estado de São Paulo, com 
pessoal treinado em suporte básico e suporte avançado à vida. Um acordo assinado entre o 
Brasil e a França, através de uma solicitação do Ministério da Saúde, deu origem ao Serviço 
de Atendimento Móvel às Urgências (SAMU). 
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) é um serviço de 
atendimento médico brasileiro, utilizado em casos de emergência. Foi idealizado na França, 
em 1986 como Service d'Aide Médicale d'Urgence — que faz uso da mesma sigla "SAMU" 
— e é considerado por especialistas como o melhor do mundo. 
Na perspectiva de consolidação de um serviço de emergência, foi lançado pelo 
Ministério da Saúde, em 2003, a Política Nacional de Urgência e Emergência com o intuito 
de estruturar e organizar a rede de urgência e emergência no país. Desde a publicação da 
portaria que instituiu essa política, o objetivo foi o de integrar a atenção às urgências. Hoje 
a atenção primária é constituída pelas unidades básicas de saúde e Equipes de Saúde da 
Família, enquanto o nível intermediário de atenção fica a encargo do SAMU 192 (Serviço 
de Atendimento Móvel as Urgência), das Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24H), e o 
atendimento de média e alta complexidade é feito nos hospitais. 
 
Exemplo de ambulância móvel concebida por 
Dominique Larrey 
 
Região da atual Macedônia, Guerra 
Turco-Russa (1877-1878). Evacuação de 
feridos em ambulâncias com o emblema 
da Cruz Vermelha. 
 
Unidade 2 – Regulamentação dos Serviços de Unidade de Terapia Intensiva Móvel 
 
9 
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02 
REGULAMENTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE 
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
MÓVEL 
 
 
 
 
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um local de atendimento especializado e efetivo 
composto por um conjunto de elementos funcionais que são agrupados de forma a prestar 
atendimento a pacientes que apresentam quadros graves ou de risco que exigem assistência 
imediata e interrupta, além de ser composto por aparelhamento e recursos humanos 
especializados (BRASIL, 2006). 
Nas unidades móveis essa realidade não é diferente, sendo de vital importância para 
a sociedade, pois fornecem recursos especializados na assistência aos agravos de saúde com 
risco de óbito iminente. O atendimento é efetivado por médicos, enfermeiros e técnicos de 
enfermagem intervencionistas, além do condutor socorrista que exerce papel complementar 
na assistência. A atuação desses profissionais se dá sempre em equipe, porém, cada um de 
acordo com sua área de formação (NITSHKE et al, 2008) (NASCIMENTO, 2010). 
No entanto para a organização e condução desse serviço é indispensável seguir 
algumas orientações que são preconizadas para a legalização dessa atividade. 
 
 
2.1 A NORMA QUE SE REFERE AO AMBIENTES DO SERVIÇO DE 
TRATAMENTO INTENSIVO MÓVEL PRECONIZA 
 
Todo Serviço de Tratamento Intensivo Móvel deve possuir, no mínimo, os seguintes 
ambientes para o desenvolvimento de suas atividades: 
Unidades de Tratamento Intensivo Móvel – UTIM 
 
 
10 
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a. Sala de Utilidades. 
b. Sala Administrativa. 
c. Copa. 
d. Rouparia. 
e. Sala de Preparo de Equipamentos/Material. 
f. Depósito de Equipamentos/Material. 
g. Sanitário com Vestiário para Funcionários. 
h. Depósito de Material de Limpeza. 
i. Sala de Reuniões/Entrevista. 
j. Quarto de Plantão, com Banheiro. 
k. Área de Estar para a equipe de saúde. 
l. Garagem, com área para lavagem e desinfecção de veículos. 
Quando nos referimos aos Serviços de Tratamento Intensivo Móvel do próprio 
hospital, os ambientes podem ser compartilhados com outros setores do hospital, desde que 
sejam dimensionados de forma a atender, também a esta demanda. 
Nestes casos, o prestador de Serviço de Tratamento Intensivo Móvel deve dispor de 
todos os ambientes citados no item anterior, além de: 
 Local adequado para arquivo dos prontuários dos pacientes transportados e dos 
contratos com os hospitais. 
 Ambiente, instalações e equipamentos adequados para o armazenamento e 
reprocessamento de artigos e equipamentos de uso nas UTI-Móveis. 
Quando necessário, a terceirização do processamento de artigosde uso múltiplo é 
permitida para o prestador autônomo de Serviço de Tratamento Intensivo Móvel, caso não 
seja possível o uso exclusivo de artigos de uso único e/ou o reprocessamento, em condições 
de segurança, no próprio serviço. 
Para se manter uma UTI-Móvel em pleno funcionamento, deve-se seguir requisitos 
mínimos que estão relacionadas as condições adequadas de higiene e segurança. 
O compartimento de paciente(s) deve possuir dimensões físicas suficientes para 
permitir a assistência dos profissionais aos pacientes durante o transporte, compreendendo, 
no mínimo, por paciente adulto ou pediátrico: 
a. Veículo Terrestre - Altura mínima de 1,50 m, medida do assoalho ao teto, largura 
mínima de 1,60 m, medida 30 cm acima do assoalho do veículo, e comprimento 
mínimo de 2,10 m medido da porta traseira à divisória da cabine do condutor. 
Unidade 2 – Regulamentação dos Serviços de Unidade de Terapia Intensiva Móvel 
 
11 
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b. Veículo Aéreo - O local destinado à maca e/ou prancha rígida deve possuir um 
comprimento mínimo de 1,70 m e largura mínima de 45 cm. Devem ser previstos 
ainda, dois lugares para acomodação da equipe de saúde. 
c. Veículo Hidroviário - Altura mínima de 1,85 m, largura mínima de 1,70 m e 3,00m 
de comprimento. 
No compartimento de pacientes de UTI-Móvel Neonatal deve possuir dimensões 
físicas suficientes para permitir a assistência médica aos pacientes durante o transporte, com 
altura mínima de 1,50 m, medida do assoalho ao teto, assim como, uma área mínima de 1,20 
m2 por incubadora, e dois lugares para a acomodação da equipe de saúde. 
Todo compartimento de pacientes de UTI's Móveis deve possuir as seguintes 
características: 
a. Iluminação interna compatível com os procedimentos, constando de luzes frias de 
alta luminosidade em quantidade suficiente para uma boa visibilidade, igual ou 
superior a 150 Watts. 
b. Dotado de rádio-comunicação que, alternativamente, pode ser instalado na cabine do 
condutor. 
c. Acomodação para a equipe. 
d. Espaços específicos para acomodação de materiais e medicamentos, tais como 
armários, gavetas e/ou maletas. 
e. Superfícies internas forradas de materiais laváveis, que permitam fácil limpeza e 
desinfecção, dotadas de cantos arredondados. 
f. Sistema de ventilação forçada capaz de manter uma temperatura confortável, entre 
20 e 25º C, no compartimento destinado aos pacientes. 
g. Piso revestido de material antiderrapante. 
h. Janelas de vidro jateado, permitindo-se a inclusão de linhas não jateadas, exceto nas 
aeronaves. 
i. Portas que proporcionem abertura suficiente para o embarque e desembarque dos 
pacientes em posição horizontal. 
 
 
2.2 ALGUNS REQUISITOS SÃO OBRIGATÓRIOS COMO OS DE 
SEGURANÇA 
a. Sinalizador ótico-acústico externo. 
b. Sistema de travas de fixação das macas e incubadoras ao assoalho. 
Unidades de Tratamento Intensivo Móvel – UTIM 
 
 
12 
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c. Cintos de segurança para pacientes e demais ocupantes do veículo. 
d. Divisórias fixas entre a cabine do condutor e o compartimento dos pacientes, com 
comunicação obrigatória entre estes dois ambientes, nos veículos terrestres e barcos. 
e. Balaustre pega-mão fixado no teto e farol de embarque no acesso do paciente. 
f. Nas aeronaves, o posto de comando do piloto deve permitir uma operação segura, 
sem que haja interferência da equipe ou do paciente sobre os controles de voo. 
 
 
2.3 EM TODA UTI- MÓVEL É INDISPENSÁVEL ALGUNS 
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS, TORNANDO-SE OBRIGATÓRIOS, 
TAIS COMO 
1. Maca com rodízios 
2. Prancha longa para imobilização da coluna 
3. Suportes para soluções parenterais 
4. Cadeira de rodas dobrável 
5. Cilindro de oxigênio com capacidade mínima de 115 pés cúbicos (3,0 3,2 m3) com 
válvulas de segurança e manômetro, devidamente acondicionados 
6. Instalação de oxigênio com régua tripla: 1 para respirador, 1 fluxômetro com 
umidificador e um para aspiração (venturi) 
7. Cilindro portátil de oxigênio como descrito no item anterior 
8. Respirador ciclado a pressão ou volume. 
9. Monitor e desfibrilador portáteis, com sincronismo e bateria interna recarregável 
10. Aparelho portátil de Eletrocardiograma de 12 derivações, com bateria recarregável. 
11. Marcapasso transcutâneo 
12. Gerador de marcapasso e eletrodo para uso transvenoso 
13. Bomba de infusão, com bateria interna recarregável 
14. Oxímetro de pulso, com sensor adulto e pediátrico 
15. Estetoscópio 
16. Esfignomanômetro aneróide adulto e pediátrico 
Unidade 2 – Regulamentação dos Serviços de Unidade de Terapia Intensiva Móvel 
 
13 
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17. Kit de vias aéreas, composto por: 
 Laringoscópio adulto, com lâminas curvas 1, 2, 3 e 4, e baterias de reserva 
 Laringoscópio pediátrico, com lâminas retas 0 e 1, e baterias de reserva 
 Jogo de cânulas endotraqueais para uso adulto (com cuff) e pediátrico (sem cuff), 
pelo menos uma de cada número, com adaptadores. 
 Jogo de cânulas de traqueostomia, pelo menos uma de cada número. 
 Fio guia para intubação 
 Pinça de Maguil 
 Bisturi descartável 
 Kit de drenagem torácica (dreno, conexões e recipientes) adultos e pediátrico 
 Ressuscitadores manuais adulto e pediátrico com reservatório de oxigênio (ambú) 
 Máscaras para ressuscitadores adulto e pediátrica, pequenas, médias e grandes 
 Jogo de mascaras venturi, de diversas concentrações 
 Cateteres nasal de O2 
 Cânulas orofaríngeas,de diversos números 
 Jogo de cânulas nasofaríngeas, adulto e pediátricas 
 Sondas para aspiração traqueal de vários números 
 Cateteres de aspiração 
 Luvas cirúrgicas e de procedimento 
 Xylocaína geleia 
 Cadarços para fixação de cânula traqueais. 
Em toda UTI-Móvel os insumos medicamentosos também estão regulamentados 
devendo dispor, no mínimo, dos seguintes artigos obrigatórios: 
 
 
 
 
Unidades de Tratamento Intensivo Móvel – UTIM 
 
 
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TIPO DE ARTIGO/MEDICAMENTO Quantificação 
(Unidade) 
1. Kit de acesso venoso, composto por: 1 
Recipiente contendo algodão com anti-séptico, esparadrapo, compressas de 
gaze estéreis 
 
Extensor de 03 vias, 2 unidades 
Bolsas de pressurização para soluções 2 unidades 
Agulhas de vários tamanhos e calibres e Seringas de insulina, e seringas de 
03, 05, 10 e 20 ml com agulha 5 de cada 
 
Butterflys de vários números, pelo menos 6 de cada 
Catéteres para punção venosa profunda, pelo menos 2 adultos 
e 2 pediátricos. 
 
Equipos de macrogotas e de microgotas, pelo menos 6 de cada 
Equipos para a bomba de infusão, pelo menos 2 
Garrote, tesoura e tala para fixação de braços 
Bandeja para dissecção venosa 
Caixas de pequena cirurgia 2 
Jogo de cânulas para punção venosa tipo "jelco" 2 
Torneiras de três vias 4 
Jogo de sondas vesicais de Foley e de Nelaton 1 
Coletores de urinacom sistema fechado 2 
Jogo de sondas nasogástricas 1 
Jogo de eletrodos descartáveis para monitorização cardíaca 6 
Jogo de eletrodos para marca-passo transcutâneo 2 
Jogo estéril, completo, de circuito para respirador 2 
Almotolias de anti-sépticos 2 
Jogo de colares cervicais, adultos e pediátrico 1 
Unidade 2 – Regulamentação dos Serviços de Unidade de Terapia Intensiva Móvel 
 
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Cobertor ou filme metálico para conservação de calor no corpo 
Campos cirúrgicos fenestrados de tamanho médio, embalados 
individualmente 
6 
Pacotes de compressas estéreis 
Jogo de ataduras de crepom de 15 cm e 30 cm de largura 6 
 Lençóis 
Pacote de absorventes higiênicos 1 
Garrotes fortes de borracha 1 
Pares de luvas cirúrgicas de números variados 10 
Caixa de luvas de procedimento 1 
Jogo de fios de sutura, de algodão, nylon, monofilamento, categut simples e 
cromado, com agulhas, números 2-0 e 3-0 
6 
Fio de algodão sem agulha número 2-0 6 
Pacote de fita cardíaca 1 
Óculos de proteção biológico 3 
Caixa de máscaras descartáveis para os tripulantes 1 
Frasco de trombolítico 2 
Kit de medicamentos necessários para o atendimento de emergência 1 
Todo serviço deve possuir pelo menos uma unidade dos seguintes equipamentos de 
reserva: 
a. Respirador. 
b. Desfibrilador. 
c. Monitor cardíaco. 
É preciso lembrar que todos esses materiais, artigos e equipamentos para uso na UTI-
Móvel devem ser mantidos em condições adequadas de limpeza, conservação e 
funcionamento, controle de prazo de validade, segurança e organização. 
Para a UTI- Móvel Neonatal além da normatização já exibida aqui, há alguns 
requisitos adicionais. 
Unidades de Tratamento Intensivo Móvel – UTIM 
 
 
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a. Incubadora de transporte para recém-nascido com bateria, suporte em seu próprio 
pedestal para cilindro de oxigênio e ar comprimido, controle de temperatura com 
alarme. A incubadora deve apoiar-se sobre carro próprio, com rodas devidamente 
fixadas quando dentro da UTI-Móvel. 
b. Respirador com blender para mistura gasosa e controle de pressão expiratória final, 
possibilidade de ventilação controlada e assistida, de preferência não eletrônico. 
c. Todos os demais equipamentos e materiais citados nas tabelas, devem ser atender às 
especificações para uso neonatal. 
d. Surfactante 
e. CPAP nasal. 
No caso da UTI- Móvel aérea os requisitos são: 
A instalação dos equipamentos em UTI-Móvel Aérea deve seguir as normas 
aeronáuticas em vigor. Todos os materiais e equipamentos utilizados devem ser 
obrigatoriamente homologados para uso aeromédico, devendo em casos omissos, possuir 
certificação do fabricante do equipamento habilitando seu uso em aeronaves. 
As instalações elétricas devem atender às necessidades de alimentação dos 
equipamentos médicos, constando de conversor 28/115v (volts) - 60Hz (hertz) - 250w 
(watts), bem como dispor das tomadas necessárias e iluminação adequada, ou seja lâmpadas 
de 115 - 25watts. 
Unidade 3 – Aspectos Gerais para os Serviços de UTI Móvel 
 
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03 
ASPECTOS GERAIS PARA OS SERVIÇOS 
DE UTI MÓVEL 
 
 
 
 
3.1 CONDUTA PESSOAL 
Os profissionais que atuam na Unidade de Terapia Intensiva Móvel devem seguir algumas 
orientações inerente desse serviço: 
 Ser pontual e assíduo no cumprimento da escala de trabalho; 
 Permanecer de prontidão durante todo o plantão, atendendo aos chamados com 
presteza e agilidade; 
 Apresentar-se uniformizado e asseado (barba feita, uniforme limpo e adequadamente 
fechado, cabelos presos, unhas curtas, maquiagem, brincos e colares discretos); 
 Adequar hábitos pessoais, linguagem e atitude ao ambiente de trabalho; 
 Não fumar, nem permitir que fumem dentro da ambulância; 
 Zelar pelo cumprimento dos protocolos; 
 Primar pelos princípios éticos e de legislação profissional dos diferentes profissionais 
envolvidos no cuidado; 
 Tratar com urbanidade os pacientes, familiares e cidadãos em geral; 
 Zelar pela imagem do serviço; 
 
3.1.1 Na Base De Apoio Operacional 
Unidades de Tratamento Intensivo Móvel – UTIM 
 
 
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 Realizar o chek-list da viatura, materiais, medicamentos e equipamentos no início e 
término de cada plantão, incluindo a checagem do equipamento de oxigenioterapia 
fixo e portátil, equipamentos de comunicação e abastecimento de combustível; 
 Providenciar os reparos necessários na viatura logo ao início de cada plantão; 
 Providenciar a reposição de materiais de consumo ao início do plantão e/ou a cada 
atendimento; 
 Realizar a limpeza da ambulância e dos equipamentos conforme protocolos; 
 Zelar pela ordem e limpeza da base de apoio operacional 
 Zelar e contribuir para a harmonia das relações interpessoais e interinstitucionais 
durante o horário de plantão. 
 
3.1.2 Recebimento Do Chamado/Ocorrência 
 Receber e anotar o chamado: qualquer membro da equipe poderá fazê-lo; 
 Atentar para a ordem de transmissão do chamado pela Central de Operações, que é a 
seguinte: endereço, código determinante, nomes do solicitante e da vítima, outras 
informações quando cabíveis; 
 Enquanto um membro da equipe anota o chamado, o condutor deverá iniciar a busca 
do endereço no guia de ruas, a fim de agilizar o atendimento; 
 
3.1.3 Durante O Deslocamento Até O Local Do Atendimento 
 Zelar pelo respeito às regras de condução de veículos de emergência, conforme 
protocolo e Código de Trânsito Brasileiro; 
 Estabelecer a melhor e mais segura rota para o local da ocorrência; 
 
3.1.4 Na Cena Do Atendimento 
 Garantir sua segurança e a da equipe, além dos circundantes e da vítima; 
 Apresentar-se como profissional; 
 Avaliar a vítima e realizar as intervenções necessárias e previstas em Protocolo, 
dentro dos limites ético-profissionais; 
Unidade 3 – Aspectos Gerais para os Serviços de UTI Móvel 
 
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 Utilizar EPI durante todo o atendimento; 
 Manter o controle da situação, estabelecendo prioridades; 
 Apoiar, orientar e acalmar familiares e acompanhantes da vítima; 
 Entrar em contato com a Regulação Médica na Central de Operações, reportar o caso 
e seguir as orientações determinadas pelo Médico Regulador. 
 
3.1.5 Durante O Transporte Da Vítima Até O Hospital 
 Transportar a vítima para o hospital determinado pela Regulação Médica; 
 Trafegar sempre com o cinto de segurança afivelado bem como de todos os 
tripulantes; 
 Realizar o transporte rápido e seguro; 
 Transportar o acompanhante no banco dafrente, ao lado do motorista, com o cinto 
de segurança devidamente afivelado; 
 Manter observação e cuidados constantes da vítima; 
 Preencher de forma completa a ficha de Atendimento em duas vias com letra legível. 
 
3.1.6 No hospital 
 Informar à equipe da Unidade de Emergência do Hospital sobre: tipo de ocorrência, 
condições da vítima e os procedimentos realizados; 
 Arrolar os pertences da vítima e entregar ao responsável da unidade; 
 Agilizar o preparo da equipe, materiais e ambulância para novas ocorrências; 
 Comunicar à Central de Operações sua disponibilidade tão logo esteja liberado. 
 
3.1.7 Durante O Regresso Para A Base 
 Comunicar à Central de Operações sobre a saída do hospital e a disponibilidade 
 Transmitir ao rádio-operador os dados referentes ao atendimento, utilizando o 
recurso de comunicação portátil disponível. 
Unidades de Tratamento Intensivo Móvel – UTIM 
 
 
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3.2 AO CONDUTOR DO VEÍCULO COMPETE 
 A responsabilidade de condução do veículo dentro das regras do trânsito previstas no 
Código de Trânsito Brasileiro para veículos de emergência; 
 Portar durante todo o plantão os documentos referentes à sua habilitação e os 
documentos da viatura; 
 Conhecer o sistema viário e as principais referências da região; 
 Saber utilizar adequadamente o sistema de comunicação e de sinalização sonora e de 
iluminação da viatura. No deslocamento até o local do atendimento. 
 
3.2.1 Verificar Antes Do Deslocamento Da Viatura 
 Nível do óleo do motor e Km da troca; 
 Nível e estado da água do radiador; 
 Fluido de freio; 
 Tensão da correia do motor; 
 Estado geral da bateria; 
 Possíveis vazamentos; 
 Presença de fumaça anormal no sistema de escapamento; 
 Fixação e estado do escapamento; 
 Ruídos anormais; 
 Eventuais peças soltas dentro e fora da viatura; 
 Fixação e estado dos para-choques; 
 Funcionamento dos limpadores de para-brisas; 
 Sistemas elétricos, luminosos e sonoros; 
 Calibragem e estado de conservação dos pneus e estepe; 
 Existência de triângulo de sinalização, macaco e chave de rodas; 
Unidade 3 – Aspectos Gerais para os Serviços de UTI Móvel 
 
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 Arranhões e amassados na cabine e carroceria; 
 Limpeza geral externa da viatura; 
 Nível do combustível; 
 Marcador de temperatura do motor; 
 Ajuste do banco do motorista e cinto de segurança; 
 Ajuste dos espelhos retrovisores; 
 Ficha de abastecimento de combustível e Registro Individual de Viatura; 
 Estado, carga e fixação do extintor de incêndio; 
 Guia da cidade; 
 Relatórios de trabalho; 
 Lanterna portátil; 
 Sistema de rádio e comunicação; 
 Estado e conservação de todos os cintos de segurança da viatura. 
 
3.2.2 Verificar Durante O Deslocamento Da Viatura 
 Ruídos anormais 
 Eventuais peças soltas em geral 
 Estado dos freios 
 Funcionamento do rádio fixo e/ou hand-talk 
 
3.2.3 Regras fundamentais de condução de veículos de 
emergência 
A segurança da equipe e dos cidadãos é prioritária sempre. O condutor deve seguir as regras 
previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). 
 
3.2.4 Números de passageiros na viatura 
Unidades de Tratamento Intensivo Móvel – UTIM 
 
 
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O número de passageiros permitido deve ser igual ao número de cintos de segurança 
disponíveis e em condições de uso, além do paciente na maca, também com cinto. (CTB 
artigo 65) 
 
3.2.5 Uso de dispositivos sonoros e de iluminação 
Devem ser utilizados somente em efetiva prestação de serviço de urgência (CTB artigo 29). 
Recomenda-se que, além dos sinais luminosos e das sirenes, se utilize o farol baixo, tanto 
durante o dia quanto à noite. 
 
3.2.6 Velocidade permitida 
O veículo de emergência não tem direito a ultrapassar a velocidade permitida pela via e pode 
sofrer sanções punitivas, mesmo se comprovada a efetiva prestação de serviços de urgência. 
 
3.2.7 Privilégios do veículo de emergência no trânsito 
O veículo de emergência tem o privilégio de solicitar passagem e ultrapassar sempre pela 
esquerda. Para isso, o condutor deve utilizar os recursos sonoros e de iluminação, incluindo 
os faróis, para alertar os outros condutores de sua aproximação e já posicionar a ambulância 
na faixa de rolamento à esquerda. O veículo de emergência não deve ser conduzido no espaço 
entre faixas de rolamento. 
 
3.2.8 Exceções permitidas em situação de emergência 
Ultrapassar o semáforo vermelho*; 
Andar na contramão*; 
Estacionar em local proibido*. 
*Importante: O veículo de emergência apenas poderá se utilizar desses recursos 
quando estritamente necessário e desde que estejam garantidas todas as condições de 
segurança para si mesmo e para os outros. Na ausência de garantias de segurança, o condutor 
deve considerar que a segurança da equipe e dos cidadãos é prioritária. Para elevar a 
segurança nas situações acima, o condutor deve: 
 Solicitar apoio de policiais ou de agentes do trânsito presentes no local. 
 Alternar o tipo de sirene; 
Unidade 3 – Aspectos Gerais para os Serviços de UTI Móvel 
 
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 Projetar o veículo à frente em velocidade baixa e somente após garantir a segurança 
para o movimento. 
 
3.2.9 Comportamento de segurança no trânsito 
 Evitar freadas e acelerações bruscas; 
 Evitar mudanças desnecessárias de faixa de rolamento (evitar “costurar”); 
 Não usar pisca-alerta quando em movimento; 
 Utilizar velocidade compatível com o procedimento necessário ao paciente; 
 Posicionar corretamente a viatura na cena de atendimento); 
 Sinalizar adequadamente a viatura e a via quando parado. 
 Se o veículo for o primeiro a chegar na cena, deve estacionar antes do evento e 
sinalizar o local: 
 Se a cena já estiver sinalizada, estacionar após o evento 
 A ambulância deve ser parada no sentido da via, com os sinais luminosos ligados e 
a uma distância segura do evento; 
 Para decidir pela distância segura observe a existência de vazamento de óleo, 
combustível, gases, fumaça, fogo, etc; 
 A sinalização pode ser realizada com cones ou similares; 
 
3.2.10 Informar a Central de Operações assim que possível 
sobre 
 Local; 
 Existência de vítimas do acidente (na equipe ou outros veículos, etc); 
 Existência de vítimas já em atendimento; 
 Situação no local para avaliação das necessidades de apoio. 
 
Unidades de Tratamento Intensivo Móvel – UTIM 
 
 
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3.2.11 Seo acidente ocorrer durante o deslocamento para o 
chamado ou no retorno à base 
 
No caso de acidente com vítimas, cabe a equipe providenciar se possível: 
 Sinalização do local para garantia de segurança ou solicitar apoio para tal; 
 Atendimento às vítimas conforme protocolo. 
 No caso de acidente sem vítimas a equipe deve aguardar a decisão da Regulação 
médica sobre o prosseguimento. 
 
3.2.12 O acidente ocorrer durante o deslocamento para o 
hospital (com vítima na viatura) 
No caso de acidente com vítimas, cabe a equipe se possível providenciar: 
 Sinalização do local para garantia de segurança; 
 Nova avaliação da vítima (já embarcada) na viatura; 
 Tranquilização de familiares e da vítima já embarcada; 
 Atendimento às vítimas do acidente conforme protocolo. 
No caso de acidente sem vítimas aguarde a decisão da Regulação Médica sobre o 
prosseguimento ou não para o hospital de destino. A avaliação da cena deve ser a primeira 
prioridade para todos; 
Ela é uma identificação rápida dos diferentes fatores que estão relacionados com a 
ocorrência e a tomada de rápidas ações de controle de fatores que possam ameaçar a 
segurança da equipe, da vítima e dos circundantes; 
O profissional jamais deve tentar uma ação de salvamento a menos que seja treinado 
para tal; 
Em caso de risco o atendimento deve ser adiado até que a cena esteja segura. 
 
 
3.3 PASSOS PARA AVALIAÇÃO DA CENA 
1. Qual é a situação? (Estado atual) 
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2. Para onde pode ir? (Potencial) 
3. Como controlá-la? (Operação e recursos) 
 
3.3.1 Passo 1: Qual é a situação? 
Considerar informações passadas pela Central de Regulação, por outras equipes no local 
e/ou por testemunhas; 
À chegada na cena observar: situação geral, presença de outros serviços e presença 
de agente de risco (fogo, fumaça, animais, produto perigoso, inundação, instabilidade de 
estruturas, fios elétricos, acesso difícil, tráfego intenso, armamento, aglomeração de pessoas 
e risco de pânico em massa, fluidos corporais, N° de vítimas, etc); 
 
3.3.2 Passo 2: Para onde a situação pode ir? 
Considerar a evolução possível da situação nos próximos minutos e horas, por exemplo: 
explosão, intoxicação por fumaça, rompimento da estrutura, choque elétrico, violência 
interpessoal, vazamento de produtos, contaminação, vias intransitáveis, aumento do número 
de vítimas, etc. 
 
3.3.3 Passo 3: Como controlar a situação? 
Considerar o acionamento de recursos de apoio e/ou especializados como: equipes 
adicionais, Bombeiros, Polícia, aeromédico, companhia elétrica, etc; 
Todos os acionamentos devem ser solicitados por meio da Central de Regulação 
Médica; 
Seguir regras gerais de estacionamento da viatura; 
Seguir as regras gerais de biossegurança; 
 
 
3.4 DURANTE O ATENDIMENTO 
Avaliar a segurança da cena conforme Protocolo. Se necessário, solicitar apoio à Central de 
Operações; 
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Utilizar as precauções-padrão básicas como dispositivos de barreira (equipamentos 
de proteção individual -EPI) e práticas seguras; 
EPI obrigatórios: 
 Uniforme completo com calçado apropriado; 
 Luvas de procedimento; 
 Óculos de proteção; 
 Máscara; 
 
3.4.1 Práticas seguras 
 Manter unhas curtas e limpas e caso se aplique, manter os cabelos presos; 
 Não utilizar adornos em excesso de número e de tamanho (correntes, pulseiras, anéis 
e brincos). 
Obs: Brincos do tipo argola não são permitidos. Prefira o uso apenas de relógio; 
Desprezar materiais perfuro-cortantes no coletor apropriado da ambulância; 
 
3.4.2 Após o atendimento 
 Recolher todo o lixo produzido no atendimento (luvas, gazes, etc) para ser descartado 
na lixeira da ambulância; 
 Desprezar as luvas e todo o material (lixo) de consumo não cortante utilizado no 
atendimento (invólucros, lençóis descartáveis, gazes, luvas etc) no coletor de lixo 
hospitalar adequado (saco branco leitoso); 
 Lavar cuidadosamente as mãos e antebraços, com água e sabão e secar; 
 Na impossibilidade de lavar as mãos, utilizar álcool gel; 
 Trocar o uniforme, caso o mesmo esteja úmido/sujo por fluídos corporais da vítima; 
 Proceder a limpeza e desinfecção concorrente da ambulância (principalmente das 
superfícies tocadas) e de materiais e equipamentos utilizados; 
 Quando cheios, descartar o saco de lixo branco leitoso da ambulância (de material 
médico-hospitalar) e o coletor de perfuro-cortantes no hospitais de destino e em local 
apropriado, de onde serão devidamente descartados. 
Unidade 3 – Aspectos Gerais para os Serviços de UTI Móvel 
 
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Obs: Jamais descarte esses itens em lixo comum. 
 
Unidades de Tratamento Intensivo Móvel – UTIM 
 
 
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04 
TRANSPORTE DE PACIENTES NA UTI-
MÓVEL 
 
 
 
 
Na área de saúde, o doente crítico é definido como aquele cuja sobrevivência depende de 
meios avançados de monitorização e terapêutica, aja vista a disfunção ou falência profunda 
de um ou mais dos seus órgãos ou sistemas. 
Entende-se ainda que esse doente possui um quadro clínico complexo, acompanhado 
nos casos mais graves, de falência respiratória, cardíaca e cerebral e cuja sobrevivência 
depende dos meios avançados de monitorização e terapêutica. Estes indivíduos são de grande 
risco, sua capacidade de adaptação ou reserva fisiológica para alterações súbitas é quase 
nula, o que faz com que qualquer alteração gere instabilidade, podendo agravar a situação 
clínica do doente. 
Dessa forma, o estado em que se encontra o doente crítico exige uma assistência 
eficaz e permanente por parte da equipe, devendo esta ser especializada, treinada e que 
disponha de condições apropriadas para atende esse doente. 
Transportar um paciente que exige cuidados específicos abrange vários riscos, como 
a falha nas funções cardiovasculares e respiratórias, o que pode resultar em instabilidade 
fisiológica e redução da oxigenação tecidual podendo trazer, hipotensão grave, arritmias 
cardíacas, entre outras complicações. 
Neste contexto, as intervenções nesse momento determinam muitas vezes a 
recuperação e/ou agravamento clínico dos pacientes. É importante prevenir agravos à saúde 
através das ações direcionadas, o papel dos profissionais nessas ações de transporte do 
doente crítico é integralizado e continuo procurando sanar as necessidades de saúde do 
paciente. 
É importante destacar que a enfermagem vem acompanhando o aumento de 
tecnologias novas nessa área e com isso vem aprimorando seus conhecimentos para efetuar 
os cuidados junto a esse público. Todavia, em qualquer tipo de transporte para pacientes 
críticos há instabilidades, pela própria condição das viase do trânsito, fazendo-se ainda 
Unidade 4 – Transporte de Pacientes na UTI Móvel 
 
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necessário aprimorar cada vez mais os cuidados, tendo em vista o controle do risco durante 
o transporte, reduzindo os agravos à saúde. 
De acordo com Nunes (2009), a depender do local de origem e chegada, o transporte 
de doentes críticos possui algumas designações: primária, na qual o doente é transportado 
dentro do local onde foi acidentado para uma unidade de saúde; e secundário ou inter-
hospitalar, que ocorre quando o transporte é realizado entre duas unidades de saúde. 
O transporte destes indivíduos constitui-se, segundo Machado (2010), numa área 
essencial para a melhoria do estado clínico e determinante para a sobrevivência e qualidade 
de vidas dos doentes críticos. 
Em razão do seu estado, o transporte de doentes críticos entre hospitais envolve riscos 
e, portanto, deve ser considerada os seus benefícios. 
Convém lembrar que o período de transporte é caracterizado pela instabilidade, o que 
pode agravar o estado clínico do doente e originar complicações que devem ser previstas, 
mas ainda assim ele é justificável quando o doente crítico necessita de uma assistência 
superior, para realizar exames complementares não possíveis de serem realizados na 
instituição onde o doente está internado. 
Sendo assim o transporte de doentes pode ser realizado pelas seguintes razões: pela 
inexistência de recursos, tratar ou dar continuidade ao tratamento iniciado, mas, 
principalmente, para a acessibilidade a cuidados de saúde diferenciados ou não, a realização 
de exames complementares de diagnóstico ou a realização de tratamentos frequentes. 
Alguns riscos inerentes ao transporte independe do tempo ou da distância a ser 
percorrida e as causas das alterações normalmente não são fáceis de ser explicadas, uma vez 
que algumas delas muitas vezes não são detectadas na ausência de monitorização adequada. 
Para a decisão do transporte de doente critico deve ser considerada: a necessidade de 
transferir um doente por falta da valência médico-cirúrgica ou necessidade de recursos 
técnicos indispensáveis à continuidade dos cuidados e definição diagnóstica e terapêutica 
e/ou gravidade clínica do doente. Essas necessidades devem ser observadas, pois entre os 
doentes críticos, os riscos de morbidade e mortalidade são aumentados durante o transporte. 
Dessa forma, os riscos no transporte destes indivíduos podem ser minimizados 
quando for feito um planejamento cuidadoso, o que envolve: uma equipe preparada, meios 
de transportes adequados, pois quanto mais qualificado e preparado for esse transporte, 
menor o risco; e disponibilidade de equipamentos de monitorização e eventuais 
procedimentos de emergência necessários. 
Dependendo das condições desse paciente crítico, o transporte do doente pode ser 
realizado por via aérea ou terrestre, sua escolha deve levar em conta diversos fatores, entre 
eles, a mobilidade do doente; a sua situação clínica; tempo; condições meteorológicas, 
terreno, equipamento, pessoal, entre outros. 
Neste processo, a equipe de enfermagem tem papel importante, podendo a sua 
vivência influenciar positiva ou negativamente na qualidade do transporte, bem como na 
segurança e cuidados com o doente durante o seu transporte. 
Unidades de Tratamento Intensivo Móvel – UTIM 
 
 
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Pelo exposto, questões como a qualificação da equipe técnica e a qualidade do 
serviço prestado devem ser levados em consideração no processo de deslocamento, bem 
como o acompanhamento médico adequado, a experiência do enfermeiro e a segurança 
emocional constituem-se em fatores positivos que influenciam o aspecto do transporte. 
A qualificação da equipe multidisciplinar é essencial no processo de transporte, uma 
vez que ela tem efeito direto na segurança do paciente durante a saída e regresso no serviço 
ou instituição de destino. Todos os profissionais que tratam direto e indiretamente de doentes 
críticos devem ser treinados para tal, bem como devem ter formação específica em 
transporte, devendo, no mínimo, estarem preparadas para o suporte avançado de vida e, 
desejavelmente, o suporte avançado de trauma. 
Nos casos de transporte aéreo, apenas os profissionais habilitados em suporte 
avançado de vida e que se encontram, especificamente treinados para este tipo de transporte, 
com formação em fisiologia de voo, nas regras de segurança durante o helitransporte e nos 
heliportos devem fazer o acompanhamento do paciente. 
No que se refere ao controle da qualidade do transporte, é recomendada a existência 
de um sistema de acompanhamento e de auditoria local (nas instituições) e regional (por área 
regional ou de hospital central e polivalente), uma vez que é necessária a existência de dados 
objetivos, com a utilização de escalas de pontuação para a definição das necessidades 
logísticas do acompanhamento durante o transporte, assim como a consignação de 
metodologias tipificadas para os registros clínicos, o que permitirá a avaliação do nível de 
desempenho e do rigor assistencial. 
Para a avaliação desse transporte, devem ser utilizados instrumentos apropriados 
(baseados nas tabelas e nos formulários de registro preconizados), para a análise do respeito 
pelas boas práticas das presentes recomendações e implementação de medidas corretiva. 
 
Unidade 5 – Transporte de Pacientes em Condições Especiais 
 
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05 
TRANSPORTE DE PACIENTES EM 
CONDIÇÕES ESPECIAIS 
 
 
 
 
5.1 TRANSPORTE NEONATAL 
Não há dúvida de que a maneira mais segura de se transportar uma criança de risco é no 
útero materno. A mortalidade neonatal é mais baixa quando o nascimento de um recém-
nascido de alto-risco ocorre em centros terciários bem equipados em termos de recursos 
materiais e humanos. 
No entanto, em algumas situações, o nascimento de um concepto pré- termo e/ou 
doente pode ocorrer em centros secundários ou mesmo primários. Nesse caso, tais pacientes 
devem ser transferidos para uma unidade mais especializada, respeitando-se a lógica dos 
sistemas regionalizados e hierarquizados de atendimento neonatal. 
Assim, a classificação do transporte neonatal é praticado muitas vezes na categoria 
inter-hospitalar. Isto é, aquele realizado entre hospitais, sendo indicado principalmente 
quando há necessidade de recursos de cuidados intensivos não disponíveis nos hospitais de 
origem, como: 
 Abordagens diagnosticas e cirúrgicas mais sofisticadas e/ou de doenças menos 
frequentes; 
 Medidas de suporte ventilatório; 
 Nutrição parenteral; 
 Monitorização vital complexa. 
 
 
Unidades de Tratamento Intensivo Móvel – UTIM 
 
 
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5.2 AS PRINCIPAIS INDICAÇÕES PARA O TRANSPORTE INTER-
HOSPITALAR SÃO 
 Prematuridade, com idade gestacionalmenor que 32 a 34 semanas e/ou peso de 
nascimento inferior a 1.500 gramas. 
 Problemas respiratórios com uso de fração inspirada de oxigênio superior a 40 –60% 
ou de pressão positiva continua em vias aéreas ou de ventilação mecânica. 
 Anomalias congênitas. 
 Convulsões neonatais. 
 Doenças que necessitam de intervenção cirúrgica. 
 Hemorragias e coagulopatias. 
 Hiperbilirubinemia com indicação de exsanguineo-transfusão. 
 Asfixia com comprometimento multissistêmico. 
 Recém-nascido com cianose ou hipoxemia persistente. 
 Sepse ou choque séptico. 
 Hipoglicemia persistente. 
OBS.: O transporte inter-hospitalar também e utilizado para levar de volta a origem 
aquele recém-nascido que não mais necessita de cuidados intensivos. 
 
 
5.3 ALGUNS PASSOS SÃO IMPORTANTES PARA O ÊXITO DO 
TRANSPORTE NEONATAL 
 Solicitação de Vaga em outro Hospital 
 Antes da transferência do paciente, é necessária a comunicação e a coordenação de 
medico para medico, devendo ser fornecida a equipe de transporte e ao hospital de 
destino a avaliação e a evolução clinica detalhadas do paciente, bem como o 
resultado de exames e prescrições. 
 A transferência, em termos legais e de responsabilidade do médico chefe da unidade 
em que o paciente se encontra. 
Outra condição especifica para esse público é o consentimento do responsável, dessa 
forma, após a estabilização do paciente, a equipe de transporte deve explicar aos pais as 
Unidade 5 – Transporte de Pacientes em Condições Especiais 
 
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condições clinicas do recém-nascido, o risco da patologia e o local a ser transferido esse RN. 
Deve-se pedir autorização escrita para o procedimento. 
A mãe é a legítima responsável pelo recém-nascido, exceto em situações de doença 
psíquica. Em caso de risco iminente de vida, o médico está autorizado a transferir o neonato 
sem a autorização do responsável. 
A equipe deve está apta para realizar toda a assistência pertinente a essa população 
em destaque, devendo ter experiência com esse público, buscando um transporte seguro e 
exitoso. 
Para esse tipo de transporte, o veículo deve ser dimensionado e equipado para 
direcionar esse atendimento. Então, a seleção do veículo vai depender de inúmeros fatores, 
como o estado clínico do paciente, a distância a ser percorrida, as condições do tempo, o 
número e o tipo de funcionários necessários, o equipamento exigido para a estabilização do 
neonato e a disponibilidade no momento do transporte. 
De maneira geral, os veículos usados são as ambulâncias para o transporte terrestre 
e os helicópteros e aeronaves para o transporte aéreo. 
Ambulâncias: são eficazes para transportar pacientes graves ou instáveis num raio 
de até cerca de 50 quilômetros e pacientes estáveis num raio de até 160 quilômetros. São 
relativamente baratas e seguras. Apresentam pouca vibração e o nível de ruído chega a 90–
100 decibéis. Os pré-requisitos para a utilização da ambulância no transporte neonatal são: 
 Altura do compartimento de pacientes suficiente para a acomodação da incubadora 
de transporte, com local seguro para sua fixação. 
 Presença de fonte de energia, luz e controle de temperatura. 
 Fonte de oxigênio e ar comprimido, com estoque de ambos os gases. 
 Espaço interno mínimo para a manipulação do recém-nascido em situação de 
emergência. 
 Cintos de segurança para a equipe de transporte. 
Helicópteros: eficientes para transportar pacientes graves num raio de 160 a 240km, 
mas apresentam algumas desvantagens, como espaço interno limitado e o alto nível sonoro. 
A cabine não é pressurizada e podem ocorrer modificações fisiológicas e alterações dos 
equipamentos durante o transporte, assim: 
 A pressão barométrica e a temperatura diminuem com o aumento da altitude. 
 O ruído e a vibração podem afetar as respostas fisiológicas, o funcionamento dos 
equipamentos e o tratamento do paciente. 
Aeronave: ideal para longas distancias pela rapidez, pouca vibração e ruído, 
iluminação e espaço adequados para a monitorização e a manipulação do recém-nascido. As 
desvantagens incluem o custo operacional elevado, não servir para o transporte urbano e 
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necessitar da ajuda de ambulância ou de helicópteros para o transporte do paciente ao 
aeroporto e vice-versa. 
 
 
5.4 EQUIPAMENTO NECESSÁRIO 
O equipamento mínimo necessário para o transporte neonatal constitui-se de: 
 Incubadora de transporte: transparente, de dupla parede, bateria e fonte de luz. 
 Cilindros de oxigênio recarregáveis (pelo menos dois). 
 Balão autoinflável com reservatório e máscaras ou respirador neonatal. 
 Monitor cardíaco e/ou oxímetro de pulso com bateria. 
 Material para intubação, venóclise e drenagem torácica. 
 Termômetro, estetoscópio, fitas para o controle da glicemia capilar. 
 Bomba perfusora. 
O material necessário para o transporte deve ser portátil, durável, leve, de fácil 
manutenção e estar sempre pronto e disponível. Esses equipamentos devem possuir bateria 
própria e recarregável, com autonomia de funcionamento de, no mínimo, o dobro do tempo 
do transporte. Além disso, o material não pode sofrer interferência eletromagnética e deve 
possuir um modulo de fixação adequada. 
Deve suportar a descompressão aguda, mudanças de temperatura, vibração e ser 
compatível com outros equipamentos de transporte. Os equipamentos devem poder passar 
pelas portas de tamanho padrão dos hospitais. 
 
 
5.5 MEDICAÇÃO NECESSÁRIA 
A medicação mínima, que deve estar disponível para a estabilização clínica pré-transporte e 
para o transporte propriamente dito do recém-nascido criticamente doente é a seguinte: 
 Para o aporte hidroeletrolítico: soro fisiológico e glicosado a 5 e 10%, glicose a 50%, 
cloreto de potássio a 10%, cloreto de sódio a 20%, gluconato de cálcio a 10% e água 
destilada. 
 Para a reanimação: adrenalina (1/10.000). 
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 Drogas de efeito cardiovascular: dobutamina, dopamina, furosemida. 
 Drogas de efeito neurológico: morfina ou fentanil, midazolan, fenobarbital e difenil-
hidantoina. 
 Antibióticos: penicilina e aminoglicosídeo. 
 Diversos: aminofilina, dexametasona, vitamina K, heparina e lidocaína 0,5%. 
Para que um transporte neonatal seja definido como “seguro” é imprescindível uma 
estabilização clínica pré transporte, onde é realizada uma adequada estabilização clínica do 
paciente antes que ele seja transportado, juntamente com a presença de uma equipe de 
transporte bem treinada. Em relação a estabilização do paciente, os seguintes cuidados 
devem ser considerados: 
 
 
5.6 MANUTENÇÃO DA TEMPERATURA 
A temperatura deve ser controlada, sendo um ponto crucial no transporte do recém-nascido, 
pois a hipotermia está associada ao aumento da morbimortalidade. A temperatura é medida 
na região axilar e o transporte só deve ser iniciado se o recém-nascido estiver normotérmico. 
A manutenção da temperatura poderá ser atingida por meio da utilização de: 
 Secagem adequadado recém-nascido, quando o transporte ocorrer logo após o 
nascimento; 
 Utilização de incubadora de transporte de dupla parede com a temperatura regulada 
de acordo com o peso do paciente; 
 Envolver o corpo do recém-nascido, mas não a cabeça, em filme transparente de PVC 
para diminuir a perda de calor por evaporação e convecção; 
 Uso de toucas principalmente em prematuros e pacientes com hidrocefalia. 
 
 
5.7 ESTABILIZAÇÃO RESPIRATÓRIA 
A monitorização respiratória é um dos pontos primordiais para avaliação de um recém-
nascido, incluindo cuidados apropriados de reanimação e manutenção de vias aéreas pérvias 
com: 
 Aspiração de vias aérea superiores incluindo boca e nariz; 
 Verificar posicionamento correto do recém-nascido. 
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Por vezes, pode ser indicada a intubação traqueal antes da remoção de pacientes 
instáveis com risco de desenvolver insuficiência respiratória, garantindo-se antes do 
transporte a localização e a fixação adequada da cânula. 
 
 
5.8 INDICAÇÕES DE INTUBAÇÃO 
 Recém-nascidos com ritmo respiratório irregular ou superficial; 
 Necessidade de FiO2 superior a 60% para manter oximetria de pulso normal; 
 PCO2 acima de 50mmhg na vigência de doença respiratória. Em geral esse valor 
indica algum grau de má ventilação e risco de parada respiratória; 
 Recém-nascidos com peso <1.000 gramas com risco de fadiga muscular. 
 
 
5.9 OXIGENOTERAPIA E MODOS DE VENTILAÇÃO DURANTE O 
TRANSPORTE 
Oxigênio inalatório: vai depender se o paciente estiver apresentando respiração regular, com 
valores gasométricos adequados em uma concentração de oxigênio inferior a 40%. Este pode 
ser administrado por meio da nebulização em incubadora, do cateter nasal ou através do halo. 
Independentemente da forma que iremos administrar o oxigênio, este deverá estar aquecido 
e umidificado, para se evitar hipotermia e lesão da mucosa respiratória. 
O oxigênio administrado ao paciente por intermédio da incubadora apresenta a 
desvantagem de somente permitir concentrações máximas de oxigênio de 30 a 35%, podendo 
variar devido a abertura das portinholas da incubadora para a manipulação do paciente. 
O cateter nasal pode deslocar-se com facilidade, geralmente causa irritação da 
mucosa nasal e a concentração de oxigênio vai depender do fluxo dos gases e do padrão 
respiratório do paciente. 
O halo oferece uma concentração fixa de oxigênio. Deve-se ter o cuidado de 
administrar um fluxo mínimo de cerca de 5l/min com a concentração de oxigênio adequada 
para corrigir a hipoxemia. Se o recém-nascido estiver necessitando de concentrações maiores 
de 60% para manter saturação estável, provavelmente ele necessitara de outra forma de 
administração de oxigênio. 
CPAP: eficiente e pouco invasivo podendo ser necessário em pacientes com 
Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR), síndrome do pulmão úmido, que necessitam 
de uma pressão de distensão continua. O inconveniente e o deslocamento das prongas das 
narinas do paciente durante o transporte, com o veículo em movimento. 
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O balão autoinflável e uma opção quando não dispomos de ventilador mecânico 
portátil, devendo ser usado com o manômetro, para assegurar a pressão inspiratória dada. 
Este método pode aumentar o risco de hipoventilação e barotrauma. Além disso, o 
balão não mantem a pressão expiratória final positiva, importante para determinadas 
patologias, como SDR. O balão com reservatório, ligado a uma fonte de oxigênio a 5l/min, 
permite a concentração de oxigênio entre 90–100%. Podemos oferecer concentrações de 
oxigênio de 40% no balão autoinflável se retirarmos o reservatório. 
O ventilador manual nos dá a vantagem de controlar a pressão inspiratória e 
expiratória, aumentando a segurança ventilatória durante o transporte. Sua limitação e que a 
frequência ventilatória deve ser controlada manualmente pelo profissional. 
O ventilador mecânico é o ideal para se transportar o paciente, pois mantem estável 
os parâmetros ventilatórios, infelizmente o custo e elevado. Quando se utilizar de ventilador 
eletrônico, ficar atento a duração da bateria do aparelho. Alguns desses aparelhos podem ser 
ligados a bateria da ambulância por meio do acendedor de cigarros, lembrando-se sempre 
que dessa forma não vai ocorrer carregamento da bateria do respirador. 
Outro tipo de ventilador é o pneumático, que não necessita da fonte elétrica para 
ciclar, apenas do gás comprimido. É ótimo para o transporte, mas tem custo bastante alto. 
 
5.9.1 Via de Intubação para o Transporte 
A intubação nasotraqueal tem como vantagem uma fixação mais estável, o que sem dúvida 
é de grande importância para o transporte. O número a ser fixado a cânula é: 7 + peso (kg) 
do paciente. 
Quando o paciente a ser transportado estiver intubado, alguns cuidados devem ser 
tomados: 
 Providenciar fisioterapia respiratória duas horas antes da saída e materiais para a 
aspiração e umidificação do oxigênio durante o transporte. 
 Se for utilizada a ventilação manual com o balão autoinflável, este deve possuir 
reservatório para que a fração de oxigênio administrada ao paciente seja próxima a 
100%. As ventilações devem ser mantidas a intervalos regulares, com pressão 
constante e fluxo continuo, sendo importante utilizar o manômetro. 
 Se houver disponibilidade de um aparelho de ventilação portátil, deve-se observar, 
antes da saída, o seu funcionamento, principalmente em relação a autonomia da sua 
bateria, levando sempre o balão autoinflável junto ao paciente para eventuais 
intercorrências. 
 Para o uso do oxigênio e ar comprimido torna-se necessário o emprego de dois 
cilindros do tipo G, com capacidade para 1.000 litros. Eles permitem o emprego do 
gás por aproximadamente três horas, quando o fluxo usado e de 5l/minuto. 
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5.9.2 Manter o Acesso Venoso 
Se possível, transportar o recém-nascido com duas vias de acesso vascular. A veia umbilical 
pode ser usada, desde que se tenha confirmação radiológica da posição do cateter (T8 – T10). 
Quando o acesso for feito por meio de veias periféricas, utilizar as veias mais calibrosas e 
fixa-las adequadamente. 
 
5.9.3 Suporte Metabólico e Ácido-Básico 
A monitorização da glicemia capilar e importante. A função do soro de manutenção durante 
o transporte e manter as necessidades hídricas do recém-nascido e oferecer uma velocidade 
de infusão de glicose capaz de manter o paciente normoglicêmico. Costuma-se evitar a 
infusão do cálcio durante o transporte devido ao risco de necrose de partes moles no caso de 
extravasamento, exceto quando o recém-nascido esteja na vigência de correção de 
hipocalcemia. Recomenda-se, também, que o transporte só seja iniciado quando o pH 
sanguíneo estiver acima de 7,25. 
 
5.9.4 Monitorização Hemodinâmica 
É realizada por meio de avaliação da perfusão cutânea, frequência cardíaca, pressão arterial, 
débito urinário e balanço hídrico.

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