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Livro-Texto - Unidade IV Complemento do Design de Interiores

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COMPLEMENTO DO DESIGN DE INTERIORES
Unidade IV
7 ESCOLHA DE ESTILO, LINHAS, TEXTURAS E PADRÕES
O estilo a ser usado em um ambiente deve ser escolhido logo no início do processo de um projeto de 
interiores, após o levantamento de todos os aspectos relevantes do espaço, do usuário e do uso. É a partir 
do estilo já definido que tudo irá se configurar. Todas as escolhas partem dessa definição conceitual do 
ambiente. As características dos elementos e do mobiliário, das formas, as cores e as texturas devem 
seguir uma linha para que possa se tornar uma composição visual coerente, equilibrada e interessante. 
O Design de Interiores trabalha com a formação e a informação visual do espaço interno. Portanto, é 
preciso definir o quanto antes o que se quer atingir e quais caminhos o projeto pode seguir. No entanto, é 
preciso primordialmente trabalhar com a criatividade. Os estilos seguem tendências de comportamento 
e valores estéticos ligados a elas. Assim, servem como inspiração e fonte de pesquisa para o projeto, e 
não como modelo literal do que será definido. O esperado é sempre uma mistura dessas referências, de 
modo a causar interferências visuais entre elementos e acessórios, criando um aspecto mais dinâmico 
na composição espacial.
Atualmente, o Design apresenta uma mistura de tendências e estilos, o que de certa forma permite 
dar uma identidade à composição. Conhecendo quem é o cliente – após muitas entrevistas –, o que 
ele espera do projeto e quais as necessidades a serem trabalhadas, é possível definir seus aspectos 
visuais e funcionais. Essas definições têm como principal relevância o fato de criarem um ponto de 
partida para a elaboração do projeto, que vai se construir a partir delas, estabelecendo uma analogia 
a determinados estilos.
 Observação
Analogia, segundo uma das acepções do dicionário, significa: 
“semelhança de propriedades entre coisas ou fatos” .
ANALOGIA (verbete). Michaelis Dicionário Brasileiro da Língua 
Portuguesa. São Paulo: Melhoramentos, 2019. Disponível em: <http://
michaelis.uol.com.br/busca?id=wK1L>. Acesso em: 25 abr. 2019.
A construção de um repertório permite auxiliar a elaboração e a busca de soluções. São inúmeras 
as possibilidades estilísticas em uso no Design contemporâneo, mas, como comentado, os estilos 
devem acompanhar os comportamentos e as tecnologias de cada momento histórico e cultural, assim 
como devem seguir também aspectos relacionados ao próprio desenho arquitetônico da edificação. 
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Unidade IV
As construções mais modernas pedem um estilo que de certa maneira respeite seu estilo; outras, talvez, 
possam ter outro estilo predominante.
É relativamente fácil percebermos que quando recorremos hoje a um estilo que remeta ao clássico, 
por exemplo, este será uma adaptação, uma analogia do pensamento daquele período com novos 
materiais e soluções tecnológicas, assim como dos próprios elementos decorativos e do mobiliário.
Então, quando falamos de repertório, precisamos conhecer desde as referências até as mais novas 
possibilidades de produtos e soluções que o mercado pode oferecer, pois é esse conhecimento que irá 
permitir trabalhar com criatividade, mas também com eficiência e adequação.
Vamos abordar alguns estilos que estão sendo adotados pelos arquitetos e designers na atualidade.
7.1 Estilos e características
7.1.1 Decoração clássica
Devemos iniciar os estudos sobre estilos expondo características do estilo clássico. Ele nos 
remete à Antiguidade Clássica e aos períodos egípcio, grego e romano. No entanto, se mistura 
aos estilos renascentista, barroco e rococó na ornamentação, nas texturas e nas cores. É um estilo 
considerado elegante e luxuoso pela suntuosidade.
Figura 140 – Ambiente com grandes dimensões em estilo clássico
A começar pelo espaço, o estilo clássico é indicado para ambientes amplos e de grandes dimensões, 
tanto em relação à largura e à profundidade quanto em altura, para que possa acolher os elementos 
decorativos e o mobiliário adequados de forma equilibrada. Em decorrência das maiores dimensões, 
esses ambientes podem ter grandes aberturas, como portas e janelas, geralmente em madeira com 
entalhes e molduras ornamentadas. 
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Figura 141 – Mobiliário clássico
O mobiliário é marcado pelo uso de materiais nobres, como o mogno, a cerejeira, entre outros tipos 
de madeiras de tons escuros. A riqueza de detalhes é outra característica dos móveis clássicos, como 
entalhes e tecidos de tonalidades fortes ou estampados. 
É possível misturar o clássico com o barroco, por exemplo, quanto ao desenho e aos materiais 
dos móveis; afinal, o renascimento representa o ressurgimento do pensamento classicista. No entanto, 
podemos destacar que o barroco tem texturas mais ricas em estampas e desenhos, assim como o rococó.
Os pisos podem ser de madeira ou mesmo com forrações de carpete. No entanto, o mármore talvez 
seja o mais adequado para representar esse estilo, de onde é originário. Está presente no piso ou nas 
paredes e pode ser usado nos ambientes sociais de uma residência, principalmente nas áreas úmidas, 
como banheiros e cozinha. 
Também são usados tapetes no piso, em geral com desenhos em padrões orientais. As cortinas são 
volumosas com muitas pregas e ondulações.
As paredes em geral recebem texturas e cores claras em tons pastel ou a cor branca. Muitas vezes, 
são revestidas com pedras. O papel de parede, no entanto, pode ser um material bastante apropriado, 
principalmente aqueles que apresentam padrões florais acrescidos por molduras e barras com cores 
lisas. Os quadros também são de grandes dimensões, acompanhando a proporção do pé‑direito, e 
recebem molduras também bastante ornamentadas, remetendo a temas ligados às tradições artísticas 
dos períodos contemplados na decoração. 
Figura 142 – Estilo clássico em sala de jantar
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Os tetos muitas vezes também são decorados. Todos os detalhes devem ser considerados: molduras 
de gesso, rodapés, maçanetas, luminárias, lustres e cortinas. Detalhes e ornamentos em dourado também 
são bem‑vindos à decoração desse estilo.
Figura 143 – Estilo clássico em sala de jantar
Precisamos considerar que o estilo clássico não é popular, pois seu custo é elevado em decorrência 
da quantidade de acessórios e de detalhes que, por vezes, requerem meios de produção artesanais. 
A aplicação de todos os elementos que caracterizam o estilo pode acontecer em um projeto mais 
específico; no entanto, é uma ótima referência de elementos que podem ser utilizados nos detalhes, em 
composições com outros estilos.
 Lembrete
Consideramos, entre outros elementos, o mobiliário e seus diferentes 
estilos em relação a formas e materiais.
7.1.2 Moderno
O estilo moderno caracteriza as edificações compostas por linhas retas e pela limpeza de todo o 
tipo de ornamentação, valorizando o material construtivo, utilizando o concreto, o aço e o vidro. As 
cores também seguem uma paleta abreviada e o branco é utilizado para valorizar as formas do edifício. 
Busca uma sensação de simplicidade e racionalidade que é utilizada também em todos os elementos 
decorativos e mobiliários, tanto em relação ao desenho como na quantidade de peças decorativas. 
 Observação
A Escola alemã Bauhaus, que existiu na primeira metade do século XX, 
é uma referência importante para o estilo moderno, tanto na Arquitetura 
quanto no Design.
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A funcionalidade é um aspecto bastante importante dentro do estilo, seguindo o conceito de forma 
e função: a forma deve seguir a função proposta e auxiliar a eficiência de uso do espaço/ambiente. 
Propõe uma limpeza em todo o tipo de ornamentações e o excesso de acessórios sem nenhum tipo de 
funcionalidade, focando aquilo que é essencial sem deixar o design e o conforto de lado.
 Lembrete
Ao abordar as transformações visuais, discutimos também o conceito 
de forma e função na Arquitetura e no Design.
O mobiliário apresenta características industriais, com o uso de materiais como o aço e o plástico e a 
produção de peças em séries de grandes quantidades. Privilegiam linhas retas ou formatos geométricos, 
como triângulos, círculos, quadrados e cores chapadas, muitas vezes com cores primárias, mas 
principalmente com variação de tons entre o branco e o preto. 
Figura 144 – Mobiliário moderno
Os revestimentos também são bastante simples e contam com poucas texturas; as cores predominantes 
são as neutras ou o branco e o preto, contrapondo, muitas vezes com as cores primárias nos objetos e 
no mobiliário. O revestimento cerâmico, com padrões geométricos e poucas cores em algumas paredes 
ou piso, também está presente, principalmente nas áreas úmidas do projeto. As paredes das áreas social 
e íntima geralmente são pintadas de branco ou com cores neutras. Mas também podem ter seu material 
construtivo aparente, no caso, por exemplo, do concreto, do tijolo e dos blocos de construção.
Pelas características presentes no estilo moderno em relação à limpeza visual e à objetividade das 
formas, ele pode ser adequado para ambientes de dimensões variadas, tanto os pequenos quanto os 
grandes. Embora pedras e madeira estejam presentes, os materiais principais no contexto arquitetônico são 
o concreto, o aço e o vidro. Já o mobiliário trabalha ainda com a madeira pintada ou revestida por texturas.
Nos ambientes pequenos, pensar na funcionalidade é fundamental, pois precisamos aproveitar 
o espaço da melhor maneira possível. Podemos encontrar boas soluções com mobiliários em estilo 
moderno, pois são limpos e sem ornamentações. Os complementos podem ser trabalhados por 
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meio do uso moderado dos objetos decorativos e das cores, priorizando o conforto do usuário, a 
simplicidade visual e as necessidades de uso do espaço/ambiente.
Figura 145 – Mobiliário funcional
Nos ambientes de maior dimensão, a simplicidade também deve ser privilegiada em composições 
geométricas e nas linhas retas, assim como a assimetria do conjunto. É importante perceber que os 
revestimentos e os móveis brancos e de tons neutros trazem uma grande luminosidade para o ambiente, 
pois refletem a luz; enquanto os tons mais escuros, como o cinza e o preto, destacam o valor das peças 
na composição. 
Figura 146 – Decoração em estilo moderno e em tons mais escuros
A presença de tapetes demarcando as áreas de uso no ambiente deve considerar os desenhos e 
os padrões geométricos, refletindo as características do estilo. As cortinas devem ser leves e menos 
volumosas, sem pregas. Talvez o mais aconselhável seja substituir as cortinas tradicionais por persianas 
ou quebra‑luzes.
O estilo moderno foi muito importante no desenvolvimento de objetos produzidos com as novas 
tecnologias de produção industrial. De certa forma, a maior parte das peças de mobiliário produzidas 
estão ainda em uso, não como referência ao passado, mas ainda atuais em relação ao desenho. Muitos 
nomes importantes da Arquitetura desenvolveram móveis que se tornaram ícones do design.
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Algumas variações dentro do estilo moderno podem ser mencionadas, como o estilo industrial e o 
minimalista, mas é correto afirmar que ainda somos influenciados por seus conceitos de funcionalidade 
e pela clareza visual. Embora o estilo contemporâneo não possa ser confundido com o moderno, ele 
se apropria de muitos pensamentos deste.
 Saiba mais
Para saber mais sobre o estilo dos objetos e da arquitetura modernos, leia:
DROSTE, M. Bauhaus: 1919‑1933. Tradução Casa das Línguas Ltda. 
Berlim: Bauhaus‑Archiv Museum Für Gestaltung, 2006.
7.1.2.1 Minimalismo
O minimalismo é uma das variações comuns do estilo moderno, potencializando o conceito de 
“forma e função” somado à ideia de que menos é mais, que surge no auge do período moderno, 
definindo que a beleza e a funcionalidade devem ser trabalhadas usando poucos objetos e nenhum tipo 
de ornamentação.
 Saiba mais
Para saber mais sobre o minimalismo, leia:
BATCHELOR, D. Minimalismo. São Paulo: Cosac Naify, 1999.
No estilo minimalista, o espaço é valorizado com o uso de uma quantidade mínima de elementos 
possíveis. A funcionalidade é a questão mais importante e a estética do ambiente deve seguir seu 
uso determinado. Excluir todo tipo de excesso é muito importante e, portanto, requer também uma 
organização eficiente ao que for essencial no ambiente. Essa regra vale para os mobiliários e também 
para os elementos, os acessórios e os objetos decorativos.
Em relação ao mobiliário, o uso dos desenhos modernos, de linhas retas e formas geométricas, é 
aplicado na decoração. O uso do preto, do cinza e do braço nos elementos é recorrente. O pensamento 
minimalista adapta as peças modernas ao seu pensamento de simplicidade, negando todo o tipo de 
ornamentação e ocupando os espaços com o mínimo possível de peças. 
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Figura 147 – Decoração em estilo minimalista
Os ambientes geralmente têm as paredes pintadas de branco ou de cores neutras e claras, o que os 
deixa mais claros e luminosos. Recebem o mínimo de elementos, como quadros ou texturas, que podem 
aparecer em uma das paredes; porém, é mais comum a ausência total de recursos como esse, unindo a 
simplicidade do espaço, evidenciando suas formas quanto à funcionalidade do desenho dos elementos 
modernos, apresentando espaços amplos e livres de interferências físicas ou visuais. 
Figura 148 – Ambiente minimalista
O minimalismo é aplicável a espaços de maiores ou menores dimensões, sendo que no primeiro caso 
traz a sensação de amplitude e, no segundo, pode ajudar muito na sensação de ampliação dos espaços 
internos e em priorizar espaços livres e uma circulação mais aberta. Nesse caso, a funcionalidade deve 
ser não uma questão apenas estilística, mas também uma necessidade na organização do espaço.
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O piso pode ser pensado em materiais diversos, no entanto, geralmente apresentam cores claras e 
neutras e superfícies lisas. Tapetes podem ser usados, seguindo o conceito do piso, mas também podem 
apresentar padrões geométricos, mas sem cores fortes. Cortinas devem ser lisas ou seguir a linha das 
persianas e dos quebra‑luzes.
Muitas vezes, os materiais arquitetônicos são valorizados e expostos, como o concreto, a madeira 
e o tijolo, que costumam ficar aparentes nos ambientes modernos e minimalistas. Reforçando o 
discurso do estilo de que todos os elementos do espaço têm sua função e sua identidade e esta 
deve ser evidenciada, sem maquiagens, o ambiente e seus elementos se apresentam visualmente da 
maneira mais objetiva possível. 
Figura 149 – Ambiente moderno com materiais de revestimento aparentes
O estilo minimalista é indicado para todo tipo de ambientes e dimensões. Está relacionado com 
tecnologia e racionalidade, por sua clareza e objetividade, mas também pode ser considerado pela 
sensação de leveza e liberdade que ofereceaos ambientes. Porém, ele se mistura muito bem com outros 
estilos, que podem estar presentes em detalhes e elementos.
7.1.2.2 Industrial
O estilo industrial é também uma extensão do moderno. Nele, todos os materiais e instalações ficam 
expostos; não se prioriza o uso de ornamentações, já que os próprios elementos da edificação interferem 
visualmente na percepção do espaço. 
Surge da proposta de ocupação de antigas instalações industriais nas grandes cidades. 
O crescimento urbano faz com que essas instalações migrem para outros lugares, desocupando 
as regiões centrais e deixando muitas edificações sem uso. Esses espaços, muitas vezes, se 
transformam e ganham novas funções, como moradias ou usos comerciais, ligados a serviços, 
escritórios e estúdios. Se a princípio era uma ocupação de certa forma improvisada e de baixo 
custo, com o tempo passou a ser um estilo de decoração. Os ambientes em geral eram amplos e sem 
divisões internas, o que incentivava a criação de ambientes integrados, posteriormente originando 
o conceito de loft.
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A estética é inspirada no ambiente industrial, de produção, que de certa maneira tem como prioridade 
o uso, e não a estética. Portanto, podemos pensar que tais ambientes se apresentam de forma mais 
crua. Sem revestimentos ou com revestimentos simples, como a pintura ou o reboco, e também sem a 
necessidade de esconder suas instalações e seus materiais construtivos. 
Figura 150 – Estilo industrial com instalações visíveis
É possível simular o efeito visual do estilo, usando elementos não existentes no ambiente original, 
mas colocados de forma proposital. Para simular o estilo industrial, é preciso estar atento aos detalhes. 
O mobiliário e os acessórios precisam estar em sintonia e devem ser organizados de maneira mais 
despojada. O mobiliário moderno está bastante adequado para esse tipo de ambiente e é o mais indicado 
por estar em harmonia com o pensamento e o conceito do estilo. Também pode haver uma mistura de 
estilos, desde que não desequilibre o aspecto visual do ambiente.
Figura 151 – Estilo industrial e mobiliário moderno
Os ambientes geralmente se apresentam de forma integrada no espaço interno, sem paredes ou com 
uso de divisórias, o que o torna bastante flexível, mas também exige uma composição equilibrada. 
As aberturas costumam ser grandes e os caixilhos são feitos de aço ou de ferro. Os revestimentos ou 
são usados para simular determinados materiais, como o cimento queimado ou pinturas especiais e papeis 
de parede, ou são inexistentes, o que é mais comum, deixando aparentes os materiais arquitetônicos.
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Figura 152 – Estilo industrial com materiais de revestimento aparentes
Tapetes e cortinas seguem as características do estilo moderno, com desenhos geométricos, mas 
aceitam peças mais coloridas. No entanto, é importante trabalhar de maneira harmoniosa, já que os 
materiais e outros elementos conferem uma carga visual ao ambiente.
As instalações elétricas e hidráulicas também podem ser trabalhadas para conceber o espaço, mas 
é importante pensar na interferência visual que as instalações irão criar nas paredes e no teto. Talvez 
seja aconselhável um uso mais moderado de elementos como prateleiras e quadros em concordância na 
composição com os dutos e as tubulações aparentes. 
Já que um dos princípios do estilo é que as tubulações fiquem aparentes, é possível planejar 
dessa forma, o que pode criar resultados muito interessantes e flexibilizar a localização dos pontos 
elétricos e a iluminação, utilizando dutos com luminárias pendentes ou spots. A manutenção 
torna‑se mais fácil e menos custosa e a instalação não quebra as paredes, permitindo seu uso em 
paredes com blocos estruturais ou tijolo aparente, sem danificar física e visualmente o material e 
a textura da parede.
Figura 153 — Estilo industrial com instalações aparentes
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7.1.3 Rústico
O estilo rústico remete a um conceito mais natural ou artesanal, de certa maneira em oposição ao 
estilo moderno e ao estilo de vida industrial e tecnológico. Propõe um retorno aos elementos e materiais 
naturais em estado quase bruto, buscando um ar de fazenda e vida rural que oferece um ambiente com 
sensação de aconchego, para quem busca criar um refúgio em meio ao cotidiano urbano.
O uso de plantas como objetos de decoração ajuda a complementar a composição, provocando 
uma sensação de maior proximidade com os elementos da natureza e criando uma ambientação mais 
harmoniosa com a proposta.
O mobiliário rústico utiliza materiais como a pedra, a madeira, o tecido cru, o sisal, entre outros 
com características artesanais. Geralmente são pesados, feitos de madeira maciça, sem tratamentos ou 
revestimentos, o que dá a eles um aspecto mais bruto. Atualmente, o mobiliário de madeira com tais 
características é encontrado em lojas de antiguidades ou fábricas de móveis que reutilizam madeiras 
que provêm de demolições ou do reaproveitamento de partes e peças de móveis danificados. 
 Lembrete
O uso de madeira natural, atualmente, está proibido na fabricação de 
peças de revestimento e mobiliário.
Figura 154 – Mobiliário rústico
Os ambientes apresentam a madeira como material principal. Como revestimento, têm também 
as texturas com massa e pinturas especiais ou ainda o tijolo de barro e pedra nas paredes. Nos forros, 
na maioria das vezes são usados os lambris. Os pisos podem ser compostos com madeira, cerâmica ou 
pedra. As portas e as janelas são de madeira maciça e elementos estruturais como vigas e tesouras de 
telhado aparentes também são do mesmo material. O tecido está nos forros de cadeiras, cortinas ou 
tapetes e aparece com diversos padrões de estampa. 
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Figura 155 – Ambiente rústico
A decoração usa poucos objetos, na maior parte das vezes fazendo referência à vida e à cultura rural. 
As cores em geral são equilibradas entre as superfícies claras e escuras, com tendência aos tons neutros 
e terrosos. O rústico não precisa ser necessariamente bruto, pode ser mais refinado no uso das texturas 
e revestimentos e ao mesmo tempo manter um visual de simplicidade, usando um mobiliário mais bem 
trabalhado, mas mantendo a madeira em tons escuros como elemento mais importante. No Brasil, 
decorações nesse estilo podem remeter ao Período Colonial e às casas de fazenda.
Figura 156 – Ambiente rústico refinado
Os tapetes pedem materiais como o algodão, a fibra de coco e o sisal, apresentando as cores neutras, 
naturais dos próprios materiais. As cortinas devem ser leves, em tecidos como algodão, com caimento 
simples e cores neutras e discretas.
Por apresentar elementos de cor mais escura sobre um fundo neutro nos revestimentos, é preciso 
ser cuidadoso ao aplicar o estilo em ambientes de pequenas dimensões, o excesso de peças pode 
carregar demais o ambiente, sendo importante estabelecer critérios bem definidos para criar um visual 
confortável e não diminuir demais a luminosidade do ambiente.
O estilo rústico também pode ser misturado com elementos clássicos, modernos ou contemporâneos, 
criando uma identidade interessante na composição e na interferência entre o rural e o urbano, que 
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de certa maneira permite criar um espaço dinâmico e aconchegante ao mesmo tempo, com formas, 
texturas e desenhos diversificados, causando interferências visuaise valorizando o contraste entre as 
peças do mobiliário e outros elementos. 
Figura 157 – Ambiente que mistura o estilo rústico com outros elementos
7.1.4 Contemporâneo
O estilo contemporâneo é o que representa nossos dias atuais. Adaptado a uma sociedade tecnológica 
e conectada, utiliza materiais sintéticos como o plástico, o vidro, o aço etc., e uma maior liberdade de 
experimentação em diferentes composições físicas e novas formas de uso, tanto para os espaços quanto 
para os objetos. 
O contemporâneo herda os princípios modernos de funcionalidade e simplicidade, assim como na 
geometrização das linhas, no entanto uma de suas características é uma maior variação de texturas, 
cores, formas e materiais que criam uma composição visual mais diversificada.
É importante pensarmos aqui na questão da sustentabilidade e a necessidade de diminuir o 
consumo de materiais não renováveis. A indústria atualmente busca alternativas de materiais que 
possam substituir a madeira ou a pedra, entre outros, investindo cada vez mais na reciclagem do 
plástico, do vidro e dos metais. Outra tendência é o reaproveitamento de objetos e mobiliários, que 
podem ser desmontados e reaproveitados em partes ou ainda ganhar novas funcionalidades, como 
em casos em que os pallets são transformados em móveis ou ainda na transformação de utensílios 
em luminárias, entre muitas outras possibilidades.
O mobiliário contemporâneo segue os princípios de simplicidade modernos, no entanto são 
mais espaçosos e com desenhos angulares, muitas vezes de altura baixa e quase rentes ao chão. 
Os revestimentos geralmente têm texturas lisas. Os materiais também são muito diversificados, 
variando entre a madeira de reflorestamento ou compensados, o vidro, o plástico, o aço inoxidável 
e o alumínio. É comum a mistura de estilos nos objetos de decoração, criando uma composição 
interessante e dinâmica. 
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Figura 158 – Ambiente contemporâneo
O estilo valoriza muito a iluminação e, portanto, os revestimentos tendem geralmente para cores 
claras e neutras ou tons pastel, mas é muito comum que cores e texturas fortes e marcantes estejam 
presentes em detalhes, seja no revestimento de apenas uma das paredes do ambiente, no piso ou ainda 
nos elementos e objetos decorativos como tapetes, cortinas, quadros, entre outros. 
Figura 159 – Ambiente contemporâneo
O estilo contemporâneo também comporta outras ideias que, de certa maneira, procuram misturar 
tendências, fazendo referências a outros estilos de composição, assim como a incorporação de mobiliários 
diversificados em relação a materiais e formas.
7.1.5 Retrô
O estilo retrô é uma das tendências do período contemporâneo, pois faz referência a suas origens, 
sendo conhecido como um período bastante icônico da atuação do design nos projetos de mobiliário, 
em que foram propostos desenhos e formas que resistiram por décadas. É importante deixar claro que o 
estilo retrô não está ligado a antiguidades em geral, mas na produção de novas peças inspiradas no design 
do período que vai da década de 1950 até a de 1970, período que compreende a passagem do moderno 
para o contemporâneo. As características desse período são bastante marcadas no desenvolvimento da 
Arquitetura e do Design. 
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A funcionalidade deve ser uma preocupação. Os objetos decorativos devem ser pensados a partir de 
sua função de uso. No entanto, os materiais podem ser bastante diversificados, misturando texturas e 
formas, tanto florais quanto geométricas. As cores também podem ser variadas, misturando detalhes 
em tons vibrantes, como o laranja, o amarelo, o azul e o vermelho, com tons neutros, o preto e o branco. 
O contraste é um elemento relevante, mas é importante ter cuidado, para que a composição fique 
equilibrada na combinação e não crie um ambiente muito carregado. 
Figura 160 – Ambiente com mobiliário retrô
O mobiliário retrô apresenta traços simples, com pernas finas e pontiagudas, superfícies lisas e 
brilhantes. Os sofás são alongados e as poltronas apresentam formas arredondadas. As cores também 
estão presentes no mobiliário e podem compor um ambiente bastante divertido e dinâmico. Além da 
madeira revestida, o plástico e o aço inox também são usados nas peças. 
Figura 161 – Mobiliário retrô
É importante ressaltar a diferença entre o estilo retrô e o estilo chamado de vintage. O estilo retrô 
envolve o uso de peças novas, produzidas a partir dos preceitos estilísticos do design dos anos 1950 aos 
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1970. Já o estilo vintage utiliza peças antigas e usadas, originais de outras épocas, às vezes variadas e 
não específicas de um estilo, que são reaproveitadas na decoração e encontradas em antiquários. 
Figura 162 – Decoração vintage
7.1.6 Outros estilos
É possível listar uma infinidade de outros estilos, com referências diversas relacionadas não só 
aos contextos históricos, mas também climáticos, étnicos ou culturais. Por exemplo, no Brasil temos 
condições climáticas tropicais que interferem no clima e na natureza e, decerto, somos influenciados 
por tais condições em relação aos nossos gostos e padrões estéticos. Porém, as altas temperaturas na 
maior parte do território nos levam a uma busca por uma arquitetura e um design mais leve, que priorize 
a ventilação e tire proveito da luminosidade natural. Outros fatores incidem no projeto de interiores e na 
arquitetura de outras regiões do mundo: em países onde a temperatura tende a ser mais baixa, outras 
condições devem nortear a configuração dos ambientes.
Seguindo a linha de diversidade na decoração contemporânea, um estilo atualmente em uso 
é conhecido como boho e tem abordado referências étnicas orientais, com o uso de muitas cores, 
texturas e estampas na decoração e com um visual mais rústico em relação aos revestimentos, 
forrações, elementos decorativos e ao mobiliário.
Figura 163 – Decoração boho
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Unidade IV
O ecletismo é um estilo que se concentra na combinação de diversos outros na busca de soluções 
estéticas e configurações do espaço. Todo o tipo de misturas e combinações podem ser trabalhadas 
atualmente. Como vimos, os diferentes estilos nos proporcionam um universo de referências históricas, 
culturais, étnicas, conceituais, estéticas, entre outras. 
O que vale é trabalhar o equilíbrio e a harmonia entre as formas, cores, padrões e texturas, correndo 
o riso de exagerar na carga de informações visuais, criando não um ambiente dinâmico, mas confuso 
e carregado. 
Figura 164 – Decoração com estilos variados
Não existe uma regra na orientação das escolhas referentes aos elementos decorativos. O mais 
importante é que estejam adequadas ao perfil do ambiente e do usuário e às condições funcionais e 
técnicas que estejam em acordo com as necessidades de cada projeto. A imaginação e a criatividade, 
em conjunto com um repertório de soluções e propostas, podem ser responsáveis por projetos bastante 
criativos e confortáveis, funcional e formalmente, física e visualmente.
8 LEILÕES, ANTIQUÁRIOS E MERCADOS DE OBJETOS USADOS
O uso de peças antigas é uma tendência do mercado contemporâneo de decoração. O reaproveitamento 
e a utilização de peças e objetos é, muitas vezes, uma alternativa visual muito interessante na composição 
de um ambiente. 
Existem fatores diversos que fazem com que essa mistura entre elementos novos e antigos seja uma 
escolha considerável. Para quem vai mudar de casa ou reformar, a alternativa pode reduzir custos, se 
comparadacom a aquisição de peças novas. 
Além desse fator econômico, também deve ser considerada a afetividade que as pessoas têm com 
seus móveis e objetos. Isso faz com que, embora um projeto de interiores crie um novo lugar, permaneçam 
detalhes e elementos que são familiares ao usuário, dando a ele uma sensação de identificação e de 
intimidade com o espaço criado. Tal afetividade pode ser vista, por exemplo, quando herdamos de uma 
pessoa querida um móvel ou um objeto que nos traz memórias afetivas, que se torna um elemento 
simbólico na composição de um determinado ambiente. 
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O mercado de móveis e objetos usados pode ser interpretado economicamente em dois aspectos. 
O primeiro deles considera a compra e a venda de equipamentos usados, mas sem valor estético 
ou material, o que reduz consideravelmente seu valor, fazendo deste o seu maior atrativo. Mas 
embora o valor seja menor, podemos encontrar boas oportunidades no mercado se soubermos 
garimpar e dar novos usos a peças simples. O reaproveitamento de móveis, objetos e utensílios 
deve considerar também a diminuição do consumo de recursos na fabricação de novas peças, assim 
como o descarte deliberado de materiais em bom estado de conservação.
O segundo aspecto desse mercado está ligado a fatores estilísticos e conceituais. Nesse caso, os 
elementos podem ser considerados mais do que simplesmente uma peça usada, mas uma peça que tem 
valor estético, formal ou histórico. Além disso, ganham a denominação de antiguidades. Esses objetos 
atingem valores variados, dependendo do histórico, do material ou ainda da forma de produção. Para 
eles, temos um mercado de antiquários especializados que oferecem uma garantia da procedência e da 
originalidade das peças. 
Os antiquários muitas vezes promovem leilões em que as peças, geralmente de valor mais elevado, 
são oferecidas e disputadas por compradores e colecionadores. Outra alternativa para a busca por 
antiguidades são os chamados mercados de pulgas, que são feiras ao ar livre onde são vendidas uma 
diversidade de peças de valores e procedências variadas.
Outro mercado ligado às antiguidades e aos objetos usados é o de restauro de peças danificadas. 
O restauro, a princípio, permite que pequenos defeitos sejam corrigidos, fazendo a peça ficar como 
se fosse nova. O restauro de antiguidades pode atingir valores diversos, dependendo da dificuldade 
de conserto e do valor da peça. Outro tipo de restauro é o que não tem como objetivo deixar a peça 
próxima do seu estado original, mas dar a ela uma nova roupagem, um novo aspecto, mudando sua 
cor ou textura, ou mesmo acrescentando e retirando partes dela.
Sem esquecermos outro mercado em crescimento nos últimos anos, ligado à compra e venda 
de materiais de demolição. Nesse ramo, são reaproveitadas peças e materiais de todo tipo de 
construções e objetos. Assim como o ferro‑velho, que comercializa materiais para reciclagem e 
reaproveitamento, as lojas de material de demolição estão mais voltadas ao mercado de construção 
e decoração, oferecendo uma gama de possibilidades que podem ser usadas de forma criativa em 
projetos de interiores.
8.1 Móveis e objetos usados
Vamos considerar que todo tipo de reaproveitamento está ligado ao uso de elementos, equipamentos 
e materiais usados. Mas vamos também considerar que isso abrange um número de opções muito 
grande, pois compreende os objetos mais simples e de valor baixo, mas também as antiguidades de 
maior importância. Por isso, vamos dividir o comércio de usados e o de antiguidades a partir de seu 
valor, tanto material como imaterial.
No caso do mobiliário usado de menor valor, como dito, seu preço é baseado no valor de 
mercado de uma peça nova com o decréscimo de seu tempo de uso e estado de conservação. 
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Geralmente quem procura esse tipo de mobiliário está procurando mesmo pelo preço baixo. As 
lojas que oferecem este tipo de produto apresentam todo o tipo de equipamentos em estados de 
conservação também diversos, por isso é preciso garimpar para garantir um bom aproveitamento 
da peça e encontrar boas oportunidades. 
Muitas vezes, as peças foram descartadas não pela sua inutilização, mas por uma possível 
necessidade de espaço ou de substituição por parte do antigo dono. Então é possível encontrar 
produtos interessantes, muitas vezes com pequenos defeitos que podem ser restaurados facilmente. 
O importante na hora da escolha é manter o foco, para não comprar nada que não se encaixe 
realmente no que foi definido no projeto. Considere que talvez o projeto precise de alguma revisão 
ou adaptação recorrente de alguma peça ou composição, por haver pequenas diferenças no tamanho 
ou na forma em relação ao que foi prescrito.
É preciso ressaltar a questão da sustentabilidade e da economia de recursos em relação ao 
reaproveitamento de produtos. A prática do Design define, cada vez mais, a necessidade de diminuir o 
consumo de materiais e de recursos naturais para a fabricação de novas peças. 
Outro tipo de reutilização está ligado não à compra, mas ao reaproveitamento de peças que 
tenham um valor afetivo para o cliente, o que geralmente acontece com mais frequência nos 
ambientes residenciais do que nos comerciais ou corporativos. Quando alguém se muda ou reforma 
uma residência ou um ambiente, geralmente pensa em substituir a maior parte do mobiliário, o que 
faz parte da renovação. No entanto, é comum que uma ou outra peça tenha um valor sentimental; 
então o esperado é que seja reutilizada e ganhe lugar em meio à composição da nova mobília. 
Quando isso acontece, é muito importante que o projeto possa integrá‑lo no planejamento. 
É aconchegante a presença de objetos e móveis que façam parte de memórias afetivas, sejam ligadas 
a pessoas ou a lugares, ou mesmo à sua própria história. Em um ambiente, novo ou renovado, a 
presença desses elementos pode ajudar na ambientação e na identificação do usuário com seu 
espaço de uso.
Nesses casos, é possível que o planejamento tenha como ponto de partida o objeto já existente, 
o que garante a sua integração na composição. O restante do mobiliário pode estar em harmonia, 
buscando relações semelhantes entre o existente e o novo, ou ainda trabalhar com o contraste, 
marcando o antigo como ponto de interesse dentro do ambiente ou vice‑versa. Podem ainda ganhar 
novas formas ou novos revestimentos, fazendo com que ele seja ressignificado e ganhe outro aspecto 
ou utilidade. 
Essa restauração pode renovar determinadas peças e, dependendo de sua origem e aspecto, podem 
ganhar um acabamento rústico, que dá ao mobiliário um aspecto proposital de uso e desgaste e pode 
se encaixar muito bem em ambientes que sigam esse estilo. 
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Figura 165 – Móveis restaurados em ambiente com visual rústico
Outras vezes o aspecto da peça pode ser bem diferente, apresentando propostas visuais mais 
dinâmicas e contemporâneas, com trabalhos que misturam cores, texturas e estampas no revestimento 
da peça, dando a ela um aspecto diferente, mais despojado e juvenil. 
Figura 166 – Móveis restaurados em ambiente com visual contemporâneo
A reciclagem pode se estender a outros elementos, às vezes em combinações improváveis, mostrando 
a versatilidade e a criatividade que o design pode proporcionar. Isso ocorre quando se usa na decoração 
de um ambiente algumas peças que em sua origem apresentam características e usos diferentes. 
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Figura 167 – Móveis restaurados representandoo reaproveitamento de objetos
O reaproveitamento e a reciclagem de outros objetos, como pallets, caixas, tábuas de madeira de 
construção, tijolos, entre outros, podem ser ótimas alternativas para dar forma a uma peça original, 
projetada a partir dos materiais e elementos disponíveis. 
Figura 168 ‑ Mobiliário feito com o reaproveitamento de objetos
Móveis e objetos usados podem render muito, dependendo da criatividade e da necessidade de cada 
projeto. É possível inventar diferentes maneiras de usá‑los e criar peças originais gastando pouco, além 
de ser bom para o meio ambiente e para a diminuição de resíduos descartados e do uso de recursos 
naturais. Mas é preciso garimpar, e para isso é preciso ter tempo. 
Para encontrar materiais com a finalidade de reaproveitamento, existem as lojas de materiais 
de demolição. Nesse tipo de comércio, é encontrado todo tipo de materiais provenientes de casas 
e edificações que foram demolidas e, portanto, muitas coisas podem ser aproveitadas, como 
peças de madeira maciça de estruturas ou, ainda, grades, portões, janelas, portas, tijolos, entre 
outros. O estado de conservação desses materiais costuma exigir algum tipo de restauração, 
quando se tratam de janelas, portas e outros elementos, por exemplo; no entanto, o custo final 
pode ser interessante.
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8.2 Antiguidades 
Devemos inicialmente lembrar que definimos as antiguidades a partir da ideia do valor atribuído à 
peça, que está relacionado, em geral, com o seu valor histórico. São peças autênticas que já não são 
mais produzidas e deixaram marcas no tempo. Tais marcas têm a ver com diversos fatores, seja pelo seu 
valor material ou imaterial. 
Em relação ao seu valor imaterial, um aspecto importante para definirmos uma antiguidade é a 
idade da peça. Podemos defini‑la dessa maneira quando tem pelo menos cem anos. 
Existe certa confusão quando falamos de antiguidades quanto à caracterização dos estilos vintage 
e retrô. Na verdade, em definição, nenhum dos dois está relacionado exatamente às antiguidades. 
Lembremos que o estilo retrô está ligado a peças e objetos produzidos a partir de referências a um 
período específico do Design que vai da década de 1950 até a de 1970. Já o estilo vintage é caracterizado 
pelo uso de peças autênticas com idade acima de vinte anos e abaixo de cem. 
Portanto, podemos definir as peças vintage como antigas, mas de um período mais recente. Hoje, 
podemos considerar que as peças do início do século XX podem ser consideradas como antiguidades, 
dependendo do período em que foram produzidas.
Quando falamos de valor material, nos referimos a aspectos como os materiais físicos, mas também 
aos meios de produção – artesanais ou relacionados ao início da industrialização –, cuja mão de obra é 
muito especializada, e aos estilos adotados especificamente datados com suas características ligadas à 
forma e ao estilo. Portanto, se tornam raros e escassos, e por isso são valorizados. 
No caso das antiguidades, podemos nos referir aos valores afetivos e emocionais que podem estar 
relacionados a um objeto ou mobília. Esse valor afetivo pode estar ligado a uma pessoa a quem a peça 
pertenceu, desde alguém próximo até uma personalidade importante. Neste segundo caso, não falamos 
exatamente de heranças de família, mas de aquisições feitas em antiquários que organizam muitas vezes 
os leilões, onde talvez sejam os lugares mais apropriados para adquirir antiguidades. O gosto por um 
determinado período histórico e seu estilo característico também atraem público em busca de antiguidades.
É recomendável dosar o uso de peças antigas ou vintage em um ambiente, para evitar que ele 
fique muito carregado. Trabalhar com referências de estilos passados é diferente de trabalhar com a 
reprodução sistemática de seus elementos, o que de certa forma pode ser considerado um pastiche.
 Saiba mais
O dicionário Michaelis define pastiche (termo equivalente a “pasticho”) 
como “imitação ruim de uma obra de arte ou de literatura”.
PASTICHO (verbete). Michaelis Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. 
São Paulo: Melhoramentos, 2019. Disponível em: <http://michaelis.uol.
com.br/busca?id=7mx7V>. Acesso em: 2 maio 2019.
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Figura 169 – Ambiente carregado com mobiliário antigo
Pode‑se fazer uso de mobiliário antigo ou vintage em muitos casos, mas geralmente não é o que se 
espera de um ambiente com decoração contemporânea. O ideal é criar ambientes mais dinâmicos, nos 
quais as referências são apresentadas em detalhes com um uso equilibrado, criando uma ambientação 
que não distorça a composição e estabeleça foco de interesse e combinando tais elementos com outros 
estilos predominantes. 
Figura 170 – Mistura de estilos vintage e antigo na decoração 
Em um projeto de interiores, o mais importante é buscar uma identidade que tenha a ver como o 
estilo do ambiente/usuário, procurando impor certa originalidade, que pode ser encontrada em uma 
miscelânea de soluções estilísticas e visuais que devem ser trabalhadas com equilíbrio e criatividade. 
Figura 171 – Miscelânea de estilos na decoração
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Não somente o mobiliário, mas os elementos e acessórios decorativos podem ser usados nessa 
composição. Muitas vezes, vasos, quadros (molduras), ou ainda estatuetas e peças de cristal, podem dar 
um toque de charme em um determinado ambiente. 
Figura 172 – Objetos de decoração antigos
As antiguidades e elementos vintage podem ser encontrados em tipos específicos de comércio que 
se dedicam a avaliar e comprar peças para depois revendê‑las. Muitas vezes os objetos são restaurados 
antes de serem postos à venda, mas também podem ser encontrados em seu estado original, ficando a 
cargo do comprador a restauração, quando e se necessária.
Esses comércios geralmente se especializam em determinados objetos, por tipos ou estilos, o que 
facilita na hora de procurar um determinado elemento, pois de certa forma já foram filtrados por valor 
ou ainda por estado de conservação. Alguns estabelecimentos oferecem as peças em seu estado original 
e, muitas vezes, apresentam uma diversidade grande de diferentes tipos de objetos e estilos, o que obriga 
o comprador a realizar buscas muito cuidadosas para encontrar aquilo que realmente pode valer a pena. 
É importante considerar também que o que movimenta esse comércio é que coisas diferentes podem 
fazer sentido para pessoas diferentes. O que não interessa a um comprador pode interessar a outro e, 
portanto, dependendo da necessidade do projeto, é preciso saber o que se procura. Em outros casos, o 
projeto pode começar com uma visita a esses lugares na busca por peças que possam servir como ponto 
de partida para a composição. 
8.3 Antiquários
O antiquário é o local adequado para adquirir móveis e peças antigas. 
Trata‑se de uma loja especializada em comercialização de antiguidades, 
como armários, cômodas, cristaleiras, aparadores, mesas, cadeiras, poltronas, 
sofás, chapeleiras, dunquerques, camas, colunas, vitrines, baús, louceiros, 
esculturas, pinturas, luminárias, espelhos, bandejas, vasos de porcelana, 
taças de cristal, peças de cozinha, relógios, castiçais, dentre outros. Muitos 
antiquários funcionam como negócios complementares a lojas de decoração, 
restaurantes, sebos e brechós (SEBRAE, [s.d.], p. 1).
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Antiquários são lojas especializadas em antiguidades. A importância do antiquário está justamente 
em dar acesso às pessoas a peças antigas, favorecendotambém um destino adequado para quem quer 
se desfazer de determinados objetos. Podemos destacar ainda que, de certa maneira, essas lojas fazem 
uma espécie de intermediação entre quem vende e quem compra. 
Os benefícios para quem vende uma peça de determinada importância estão na garantia de que esta 
terá um destino apropriado, com a garantia de que terá uma vida útil ainda pela frente e também com 
a possibilidade de obter um ganho financeiro.
Para quem compra as peças, as lojas oferecem uma garantia da origem e da qualidade delas. 
Geralmente, elas passam por uma avaliação, levando em consideração seu valor material, seu estado 
de conservação e seu histórico, a fim de garantir a qualidade dos objetos. Já comentamos o fato de que 
muitas vezes as peças são restauradas e colocadas à venda em perfeito estado, o que também pode ser 
uma vantagem na hora de comprar.
Podemos encontrar todo tipo de móveis, acessórios e objetos decorativos. Geralmente oferecem uma 
variedade de estilos, o que garante uma possibilidade grande de que algo possa ser adequado ao projeto, 
seja lá qual for a sua linha temática, desde que haja criatividade e bom senso. 
Figura 173 – Antiquário
Também é possível encontrar antiquários especializados em determinados estilos ou tipos de elementos 
e acessórios, o que facilita bastante na hora de procurar por algo específico, de objetos a detalhes decorativos. 
Figura 174 – Aldravas (ou aldrabas) à venda em antiquário
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Alguns antiquários costumam organizar leilões de peças antigas, como mobiliário, acessórios 
decorativos e obras de arte.
8.4 Leilões de artigos usados e antiguidades
Os leilões são organizados por grandes casas de antiguidades. Em geral, acontecem quando alguém 
tem em sua propriedade algo que precisa ser vendido para levantar dinheiro. Existe todo tipo de objetos 
e bens que são oferecidos em leilões. Podem ser propriedades, carros, roupas, móveis, obras de arte, 
entre outros. Claro que aqui estamos tratando de produtos específicos para decoração e interiores, que 
compreendem a maior parte das ofertas quando os eventos são organizados por antiquários. 
Nesses leilões, é possível encontrar uma diversidade de ofertas e preços para todo tipo de objetos 
e gostos. O público a que se destinam também é variável, desde compradores que buscam objetos 
para decorar um ambiente, até donos de antiquários que irão depois revender as peças ou então 
colecionadores de antiguidades. 
São boas oportunidades para conseguir objetos pouco acessíveis ou então por valores abaixo 
do mercado. Nos últimos anos, embora ainda sejam a maioria, os leilões têm deixado de ser 
feitos presencialmente para serem feitos on‑line. Ou ainda misturam‑se as duas maneiras, tendo 
compradores presenciais e outros que dão lances virtuais, acompanhando o evento em tempo real 
pela internet. É preciso estar atento no caso de compras on‑line, afinal, é preciso conhecer o que está 
sendo oferecido. É comum que os organizadores ofereçam um dia de visitação para conferência dos 
produtos que serão leiloados.
Existem ainda os leilões dedicados a peças muito valiosas ou destinados a colecionadores em busca 
de produtos específicos. É comum, por exemplo, vermos peças de artistas e pessoas importantes serem 
disputadas e arrematadas por valores elevados; ou ainda obras de arte famosas de artistas renomados 
na história.
 Saiba mais
Conheça o portal que organiza leilões on‑line em todo o Brasil.
SOBRE a LeilõesBR. 2017. Disponível em: <https://www.leiloesbr.
com.br/sobre.asp>. Acesso em: 2 maio 2019.
8.5 Outros
Também existem antiquários que, embora recebam por vezes essa denominação, são destinados 
a produtos que não são necessariamente antiguidades, em decorrência da idade das peças; elas 
estão, portanto, mais próximas ao estilo vintage, ou ainda à ideia de produtos usados. Neles, 
encontraremos produtos baratos, mas que podem ser muito úteis no planejamento visual e 
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funcional de um ambiente interno. São estabelecimentos que precisam ser vistos com atenção, 
para que se encontrem bons produtos e que eles possam ser bem utilizados.
Figura 175 – Loja de produtos usados
Outra alternativa para encontrar produtos antigos e usados são os famosos mercados de pulgas. 
Essa prática teve início na França, originalmente com o Marché Aux Puces, de Saint‑Ouen, no subúrbio 
de Paris. É uma espécie de feira ou bazar ao ar livre, onde se pode encontrar todo o tipo de produtos 
usados, como roupas, móveis, talheres, louças, objetos de decoração, sejam antiguidades ou não. 
Figura 176 – Mercado de pulgas
O mercado de pulgas nasceu com a necessidade que as pessoas tinham de vender objetos pessoais 
que já não queriam mais. Com o tempo, algumas pessoas foram se especializando nesse tipo de comércio 
e passaram a oferecer um mercado mais específico de produtos. Portanto, é possível encontrar ótimos 
produtos nesses eventos.
Uma curiosidade é que eles recebem essa denominação pelo fato de que quando surgiram, era, e 
ainda é, muito comum a venda de roupas nesses bazares, o que deu início aos brechós. Naquela época, 
essas peças não tinham um armazenamento adequado e ficavam repletas de pulgas, dando origem ao 
nome do evento.
Neles, a negociação costuma ser mais flexível e os preços, menores do que nos antiquários tradicionais; 
no entanto, os vendedores oferecem menos garantias em relação à origem e história das peças. Para 
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quem procura antiguidades legítimas, é preciso ter conhecimento e atenção para discernir os produtos 
em oferta, pois algumas peças podem ser apenas cópias se fazendo passar por originais. 
Figura 177 – Mercado de pulgas 
Todas as maiores cidades do mundo oferecem esse tipo de mercado. Para citar exemplos, estão 
listados a seguir alguns, que estão espalhados pelo mundo e pelo Brasil:
•	 Marché Aux Puces, em Paris, França.
•	 Mercat dels Encants Vells, em Barcelona, Espanha.
•	 Portobello Road Market, em Londres, Inglaterra.
•	 Feira da Ladra, em Lisboa, Portugal.
•	 The Antiques Garage, em Nova Iorque, EUA.
•	 Feira de Tristán Narvaja, em Montevidéu, Uruguai.
•	 Feira de San Telmo, em Buenos Aires, Argentina.
•	 Feira Benedito Calixto, em São Paulo, Brasil.
•	 Feira do Rio Antigo, no Rio de Janeiro, Brasil.
Existem muitos outros mercados, e é muito comum também encontrar setores de antiguidades 
nas feiras de artesanato pelo Brasil afora. O designer de interiores deve ser curioso; passear por esses 
mercados, pesquisar objetos e conhecer bons vendedores e boas lojas é muito importante. É preciso 
sempre conhecer e construir nosso repertório de soluções com base no contato que estabelecemos com 
o mercado de objetos e de materiais.
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Unidade IV
Exemplo de aplicação
Procure mercados e antiquários em sua cidade ou região e faça uma visita a esses lugares para 
conhecer melhor que tipo de produtos são comercializados em cada um deles. 
Anote e registre, guardando o nome e o endereço da loja ou do fornecedor, a fim de que você 
continue construindo seu repertório. Assim, quando realizar um projeto que tenha essa necessidade, 
saberá onde encontrar o que procura.
O projeto de interiores é composto por uma diversidade grande de possibilidades e elementos. Essa 
diversidade deve ser trabalhada dentro de um conjunto em que todos eles causam interferências visuais 
uns com os outros e, portanto, devem ser cuidadosamente escolhidos e planejados a partir de objetivos 
claros para a composição,definidos pelo designer e pelo cliente/usuário do espaço projetado.
O Design de Interiores envolve os aspectos estéticos e funcionais de um espaço interno. Para 
desenvolvermos projetos adequados às necessidades que cada ambiente precisa, é necessário conhecer 
as etapas e os componentes para sua realização, mas também construir um conhecimento vasto, que 
envolve a forma, mas também os aspectos técnicos de cada elemento.
 Resumo
Nesta unidade, estudamos os aspectos estilísticos que envolvem a 
prática do Design de Interiores. A ideia da disciplina foi abordar todos os 
aspectos que envolvem o projeto, para que pudéssemos considerar todos 
os elementos vistos e imaginá‑los dentro do contexto de cada estilo.
Existem diversas possibilidades de abordarmos os diferentes estilos, mas 
é sempre importante considerar a criatividade na hora de projetar e usá‑los 
como referências formais. Atualmente, o Design de Interiores trabalha com 
a ideia de misturar tais referências em busca de uma composição original, 
que não siga propriamente um modelo, mas encontre inspirações que 
possam originar uma combinação que tenha identidade com o usuário. 
Todos somos uma mistura de gostos e preferências e, portanto, somos 
únicos em nossa maneira de agir e interagir com os lugares. Ou seja, um 
ambiente deve refletir seu usuário, e não padrões predefinidos.
Os diferentes estilos podem ser vistos numa cronologia que, de certa 
maneira, acompanha a evolução cultural da humanidade. Assim, é também 
importante considerar os diferentes conceitos que cada um deles representa.
Se pegarmos os estilos mais antigos, como o clássico, estamos fazendo 
uma relação com o pensamento estilístico e o modo de vida desse período. 
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COMPLEMENTO DO DESIGN DE INTERIORES
Ele representa um design mais ornamentado e suntuoso, que é traduzido por 
ambientes carregados de elementos com características cromáticas específicas.
Já nos períodos modernos, percebemos que tais ornamentações são 
colocadas de lado em nome de uma limpeza visual que privilegia aspectos 
funcionais da composição espacial. A geometrização das formas define 
o pensamento racional desse estilo, que pode apresentar características 
variáveis, como o minimalismo ou o estilo industrial, que de certa forma se 
utilizam do pensamento moderno, apresentando questões mais específicas.
Outros movimentos surgem dentro do pensamento contemporâneo, no 
qual a busca por referências marca as tendências do Design de Interiores. 
Assim, temos o estilo rústico, que busca de certa forma inspirações de um 
estilo de vida oposto ao da vida urbana. Ou ainda o estilo retrô, que tem 
inspiração visual em um período específico do estilo moderno que vai da 
década de 1950 até 1970. 
Abordamos o uso de objetos e elementos usados, classificados em 
relação à sua idade e sua importância material e emocional. As chamadas 
antiguidades estão subentendidas nas peças com mais de cem anos de 
vida. Elas podem ser encontradas em lojas especializadas, chamadas de 
antiquários, que oferecem uma diversidade de objetos, mobiliários, obras 
de arte etc. Também se pode adquirir antiguidades em leilões, eventos 
específicos promovidos pelos antiquários, onde se pode adquirir peças com 
valor histórico e cultural. 
Finalmente, pudemos abordar o uso de elementos usados e o 
reaproveitamento, deles próprios ou de materiais que nos permitem 
ressignificar e criar novos usos e formas para eles. A prática do reuso e do 
reaproveitamento tem sido vista com bons olhos pelo mercado de Design, 
por significar um menor consumo de materiais e de recursos naturais para 
a produção de novos objetos.
 Exercícios 
Questão 1. Atualmente, o Design apresenta uma mistura de tendências e estilos, o que de certa 
forma permite dar uma identidade à composição a ser usada em um projeto de Design de Interiores. 
Conhecendo quem é o cliente, após muitas entrevistas, o que ele espera do projeto e quais as necessidades 
a serem trabalhadas, é possível definir os aspectos visuais e funcionais mais adequados para resolver 
as questões, necessidades e problemas identificados. Essas definições têm como principal relevância o 
fato de criarem um ponto de partida para a elaboração do projeto, que vai se construir a partir delas, 
estabelecendo uma analogia a determinados estilos. 
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Unidade IV
Por isso, é possível afirmar que o estilo serve para:
I – Definir previamente uma solução conhecida e determinada para usá‑la no projeto de Design 
de Interiores.
II – Criar um novo estilo para cada projeto de Design de Interiores, pois assim serão respeitadas as 
necessidades reais do cliente e do lugar.
III – Criar um projeto de Design de Interiores que seja, ao mesmo tempo, específico para o usuário e 
que use as tendências do momento histórico.
É correto o que se afirma em:
A) II, apenas.
B) III, apenas.
C) I e II, apenas.
D) I e III, apenas.
E) I, II e III.
Resposta correta: alternativa B.
Análise das afirmativas
I – Afirmativa incorreta.
Justificativa: isso é o oposto do que descreve o enunciado. Nele, se afirma claramente que o estilo é 
escolhido a partir do levantamento realizado para se fazer o projeto, e deve se relacionar diretamente 
com suas necessidades, e não se impor a ele.
II – Afirmativa incorreta.
Justificativa: também não é isso que afirma o enunciado. Se cada vez que fosse feito um projeto de 
Design de Interiores fosse necessário criar um estilo específico, demoraria muito e seria muito caro, e 
possivelmente infrutífero na maioria dos casos. É importante ressaltar que em um ou outro projeto pode 
se inventar um estilo, pois eles surgem ao longo do tempo. Estilo está ligado ao tempo e ao lugar, e não 
apenas a um desejo de um designer ou de um cliente. Ou seja, as mudanças vão ocorrer, mas não é em 
todo projeto que elas aparecem.
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COMPLEMENTO DO DESIGN DE INTERIORES
III – Afirmativa correta.
Justificativa: essa é a descrição que está no enunciado. O estilo deve ser escolhido a partir das 
necessidades do projeto, estabelecendo uma analogia, e não uma cópia. O estilo é uma referência muito 
útil, e uma ferramenta para se desenvolver um trabalho desse tipo.
Questão 2. Após a definição do projeto e a devida aprovação pelo cliente do layout sugerido, 
um designer de interiores ficou incumbido de realizar a aquisição de móveis para esse ambiente. No 
projeto, ficou claro que os móveis deveriam ser usados e comprados em antiquários. Ou seja, a mobília 
deveria ter características de uma época passada. Esse tipo de solução para Design de Interiores é 
cada vez mais comum.
Identifique as afirmativas que explicam por que esse tipo de solução está sendo usada atualmente.
I – O uso de móveis antigos é uma forma de reutilização importante, pois evita que móveis em bom 
estado de conservação e que ainda podem ser usados normalmente sejam descartados na natureza.
II – Os móveis de antiquário possuem as características estéticas de sua época, o que os torna muito 
interessantes para certos estilos de Design de Interiores, como o retrô, por exemplo, ou para serem 
usados em projetos contemporâneos, criando um contraste.
III – Os móveis de antiquário são sempre mais baratos que qualquer móvel novo, pois são peças 
antigas, que não são mais fabricadas, e difíceis de serem reproduzidas atualmente, o que as torna únicas.
É correto o que se afirma em:
A) II, apenas.
B) I e III, apenas.
C) I e II, apenas.
D) III, apenas.
E) I, II e III.
Resolução desta questão na plataforma.
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FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1LOBACH, B. Design industrial: bases para a configuração dos produtos industriais. Rio de Janeiro: 
Esdi, 2001, p. 141. Adaptada.
Figura 24 
CHING, F. D. K.; BINGGELI, C. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 
2013, p. 7.
Figura 25 
CHING, F. D. K.; BINGGELI, C. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 
2013, p. 16.
Figura 26 
CHING, F. D. K.; BINGGELI, C. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 
2013, p. 49.
Figura 27 
CHING, F. D. K.; BINGGELI, C. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 
2013, p. 48.
Figura 28 
CHING, F. D. K.; BINGGELI, C. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 
2013, p. 48.
Figura 29
LIVING‑1032733_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2015/11/07/21/29/living‑1032733_960_720.jpg>. Acesso em: 10 abr. 2019.
Figura 30
A) KITCHEN‑2565105_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2017/08/01/12/43/ 
kitchen‑2565105_960_720.jpg>. Acesso em: 10 abr. 2019. 
B) DINING‑ROOM‑3108037_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2018/ 
01/26/08/15/dining‑room‑3108037_960_720.jpg>. Acesso em: 10 abr. 2019.
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Figura 31
APARTMENT‑2094666_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2017/02/24/12/19/ 
apartment‑2094666_960_720.jpg>. Acesso em: 10 abr. 2019.
Figura 32
MANCUSO, C. Guia prático do Design de Interiores. São Paulo: Sulina, 1998, p. 32.
Figura 33
TABLE‑2587226_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2017/08/06/00/50/
table‑2587226_960_720.jpg>. Acesso em: 10 abr. 2019.
Figura 34
BATHROOM‑809812_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2015/06/15/01/58/
bathroom‑809812_960_720.jpg>. Acesso em: 23 abr. 2019.
Figura 35
ROOM‑1334323_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2016/04/17/08/09/
room‑1334323_960_720.jpg>. Acesso em: 10 abr. 2019.
Figura 37
OFFICE‑SPACE‑1246650_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2016/03/09/15/26/office‑space‑1246650_960_720.jpg>. Acesso em: 10 abr. 2019.
Figura 38
CHILDRENS‑FOR‑GIRLS‑3368015_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2018/05/02/09/01/childrens‑for‑girls‑3368015_960_720.jpg>. Acesso em: 10 abr. 2019.
Figura 39
BEDROOM‑1137939_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2016/01/13/14/01/
bedroom‑1137939_960_720.jpg>. Acesso em: 10 abr. 2019.
Figura 40
CHILDREN‑3368013_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2018/05/02/09/01/
children‑3368013_960_720.jpg>. Acesso em: 10 abr. 2019.
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Figura 41
ROOM‑BOY‑2132349_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2017/03/10/10/08/room‑boy‑2132349_960_720.jpg>. Acesso em: 10 abr. 2019.
Figura 42
CHILDRENS‑FOR‑GIRLS‑3368014_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2018/05/02/09/01/childrens‑for‑girls‑3368014_960_720.jpg>. Acesso em: 10 abr. 2019.
Figura 43
BABY‑BOY‑3368017_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2018/05/02/09/02/
baby‑boy‑3368017_960_720.jpg>. Acesso em: 11 abr. 2019.
Figura 44
BATHROOM‑1336167_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2016/04/18/08/51/bathroom‑1336167_960_720.jpg>. Acesso em: 11 abr. 2019.
Figura 45
APARTMENT‑185779_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2013/09/24/12/08/apartment‑185779_960_720.jpg>. Acesso em: 11 abr. 2019.
Figura 46
MANCUSO, C. Guia prático do Design de Interiores. São Paulo: Sulina, 1998, p. 55.
Figura 47
ARCHITECTURE‑2804083_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2017/10/01/00/52/architecture‑2804083_960_720.jpg>. Acesso em: 12 abr. 2019.
Figura 48
BAR‑2061319_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2017/02/12/23/19/
bar‑2061319_960_720.jpg>. Acesso em: 12 abr. 2019.
Figura 49
HOUSEHOLD‑862595_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2015/07/27/14/05/household‑862595_960_720.jpg>. Acesso em: 12 abr. 2019.
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Figura 50
TABLE‑2469050_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2017/07/03/21/29/
table‑2469050_960_720.jpg>. Acesso em: 12 abr. 2019.
Figura 51
CHING, F. D. K.; BINGGELI, C. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 
2013, p. 269.
Figura 52
CHING, F. D. K.; BINGGELI, C. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 
2013, p. 274.
Figura 53
MANCUSO, C. Guia prático do Design de Interiores. São Paulo: Sulina, 1998, p. 83.
Figura 54
LIVING‑ROOM‑3006295_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2017/12/08/17/22/living‑room‑3006295_960_720.jpg>. Acesso em: 12 abr. 2019.
Figura 55
INTERIOR‑3615555_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2018/08/18/22/06/interior‑3615555_960_720.jpg>. Acesso em: 12 abr. 2019.
Figura 56
LIVING‑ROOM‑2485945_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2017/07/08/23/46/living‑room‑2485945_960_720.jpg>. Acesso em: 12 abr. 2019.
Figura 57
A) APARTMENT‑3306501_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2018/04/10/06/29/apartment‑3306501_960_720.jpg>. Acesso em: 12 abr. 2019.
B) BEDROOM‑1281580_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2016/03/26/22/19/bedroom‑1281580_960_720.jpg>. Acesso em: 12 abr. 2019.
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Figura 58
BEDROOM‑3564478_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2018/07/26/20/13/
bedroom‑3564478_960_720.jpg>. Acesso em: 12 abr. 2019.
Figura 59
VESTIBULE‑3542790_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2018/07/16/20/40/
vestibule‑3542790_960_720.jpg>. Acesso em: 12 abr. 2019.
Figura 60
INTERIOR‑2570933_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2017/08/02/11/08/
interior‑2570933_960_720.jpg>. Acesso em: 15 abr. 2019.
Figura 61
BATHROOM‑3564487_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2018/07/26/20/14/bathroom‑3564487_960_720.jpg>. Acesso em: 15 abr. 2019.
Figura 62
CHING, F. D. K.; BINGGELI, C. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 
2013, p. 348‑349.
Figura 63
BEDROOM‑2974348_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2017/11/24/08/32/bedroom‑2974348_960_720.jpg>. Acesso em: 15 abr. 2019.
Figura 64
A) WINDOW‑177320_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2013/08/30/11/31/window‑177320_960_720.jpg>. Acesso em: 15 abr. 2019.
B) WINDOW‑1502348_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2016/07/07/11/52/window‑1502348_960_720.jpg>. Acesso em: 15 abr. 2019.
Figura 65
DINING‑ROOM‑3108037_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2018/01/26/08/15/dining‑room‑3108037_960_720.jpg>. Acesso em: 15 abr. 2019.
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Figura 66
LOBBY‑3623669_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2018/08/22/13/47/
lobby‑3623669_960_720.jpg>. Acesso em: 15 abr. 2019.
Figura 69
STAY‑2132344_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2017/03/10/10/07/
stay‑2132344_960_720.jpg>. Acesso em: 15 abr. 2019.
Figura 70
COUCH‑1835923_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2016/11/18/17/20/
couch‑1835923_960_720.jpg>. Acesso em: 15 abr. 2019.
Figura 71
SOFA‑184551_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2013/09/21/14/30/
sofa‑184551_960_720.jpg>. Acessoem: 15 abr. 2019.
Figura 72
CARPET‑1853203_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2016/11/23/14/29/carpet‑1853203_960_720.jpg>. Acesso em: 15 abr. 2019.
Figura 73
LIVING‑ROOM‑1613622_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2016/08/23/06/05/living‑room‑1613622_960_720.jpg>. Acesso em: 15 abr. 2019.
Figura 74
GURGEL, M. Projetando espaços: design de interiores. São Paulo: Senac, 2007, p. 155.
Figura 75
GURGEL, M. Projetando espaços: design de interiores. São Paulo: Senac, 2007, p. 155.
Figura 76
CHING, F. D. K.; BINGGELI, C. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 
2013, p. 326.
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Figura 77
CHING, F. D. K.; BINGGELI, C. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 
2013, p. 326.
Figura 80
CHING, F. D. K.; BINGGELI, C. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 
2013, p. 87.
Figura 81
CHING, F. D. K.; BINGGELI, C. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 
2013, p. 95.
Figura 82
CHING, F. D. K.; BINGGELI, C. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 
2013, p. 95.
Figura 83
INTERIOR‑3001598_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2017/12/06/11/55/interior‑3001598_960_720.jpg>. Acesso em: 16 abr. 2019.
Figura 84
HOME‑3593830_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2018/08/09/06/12/home‑3593830_960_720.jpg>. Acesso em: 16 abr. 2019.
Figura 85
HOME‑663241_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2015/03/07/16/56/
home‑663241_960_720.jpg>. Acesso em: 16 abr. 2019.
Figura 86
FURNITURE‑3051843_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2017/12/31/09/21/furniture‑3051843_960_720.jpg>. Acesso em: 16 abr. 2019.
Figura 87 
FARINA, M.; PEREZ, C.; BASTOS, D. Psicodinâmica das cores em comunicação. 5. ed. São Paulo: 
Blücher, 2006, p. 69.
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Figura 88 
CHING, F. D. K.; BINGGELI, C. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 
2013, p. 99.
Figura 89
DINING‑ROOM‑2132347_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2017/03/10/10/08/dining‑room‑2132347_960_720.jpg>. Acesso em: 16 abr. 2019.
Figura 90
CHING, F. D. K.; BINGGELI, C. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 
2013, p. 104.
Figura 91
HOME‑2556699_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2017/07/31/06/52/home‑2556699_960_720.jpg>. Acesso em: 16 abr. 2019.
Figura 92
VICTORIAN‑DECORATION‑3545037_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2018/07/17/21/27/victorian‑decoration‑3545037_960_720.jpg>. Acesso em: 16 abr. 2019.
Figura 93
INTERIOR‑1961070_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2017/01/07/17/48/interior‑1961070_960_720.jpg>. Acesso em: 16 abr. 2019.
Figura 94
LIVING‑ROOM‑3164434_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2018/02/19/07/53/living‑room‑3164434_960_720.jpg>. Acesso em: 16 abr. 2019.
Figura 95
CHAIRS‑2179044_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2017/03/27/14/21/chairs‑2179044_960_720.jpg>. Acesso em: 16 abr. 2019.
Figura 96
GRIMLEY, C.; LOVE, M. Cor, espaço e estilo:todos os detalhes que designers de interiores precisam 
saber, mas que nunca conseguem encontrar. São Paulo: Editora G. Gili, 2016, p. 78.
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Figura 97
ARCHITECTURE‑1087819_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2015/12/11/08/57/architecture‑1087819_960_720.jpg>. Acesso em: 16 abr. 2019.
Figura 98
LIVING‑ROOM‑1078916_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2015/12/05/23/30/living‑room‑1078916_960_720.jpg>. Acesso em: 30 abr. 2019.
Figura 99
SOFA‑3529489_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2018/07/10/19/46/
sofa‑3529489_960_720.jpg>. Acesso em: 16 abr. 2019.
Figura 100
CHING, F. D. K.; BINGGELI, C. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 
2013, p. 130.
Figura 101
CHING, F. D. K.; BINGGELI, C. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 
2013, p. 129.
Figura 103
LIVING‑ROOM‑2583032_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2017/08/05/12/08/living‑room‑2583032_960_720.jpg>. Acesso em: 16 abr. 2019.
Figura 104
APARTMENT‑1851201_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2016/11/22/23/38/apartment‑1851201_960_720.jpg>. Acesso em: 17 abr. 2019.
Figura 105
WALL‑416060_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2014/08/11/21/39/
wall‑416060_960_720.jpg>. Acesso em: 17 abr. 2019.
Figura 106
MEETING‑ROOM‑2170534_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2017/03/24/08/50/meeting‑room‑2170534_960_720.jpg>. Acesso em: 17 abr. 2019.
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Figura 107
CHING, F. D. K.; BINGGELI, C. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 
2013, p. 137.
Figura 108
CHING, F. D. K.; BINGGELI, C. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 
2013, p. 139.
Figura 109
LIVING‑ROOM‑1523480_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2016/07/17/10/31/living‑room‑1523480_960_720.jpg>. Acesso em: 17 abr. 2019.
Figura 110
HOME‑663224_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2015/03/07/16/33/
home‑663224_960_720.jpg>. Acesso em: 17 abr. 2019.
Figura 111
A) ILLUMINATION‑731494_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2015/04/20/13/43/illumination‑731494_960_720.jpg>. Acesso em: 17 abr. 2019.
B) CEILING‑LAMP‑335975_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2014/05/02/12/45/ceiling‑lamp‑335975_960_720.jpg>. Acesso em: 17 abr. 2019.
Figura 112
FIREPLACE‑416042_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2014/08/11/21/32/
fireplace‑416042_960_720.jpg>. Acesso em: 17 abr. 2019.
Figura 113
HOME‑1680800_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2016/09/19/17/20/
home‑1680800_960_720.jpg>. Acesso em: 17 abr. 2019.
Figura 114
LIVING‑ROOM‑3498914_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2018/06/26/08/56/living‑room‑3498914_960_720.jpg>. Acesso em: 17 abr. 2019.
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Figura 115
RENDER‑3529996_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2018/07/11/00/13/render‑3529996_960_720.jpg>. Acesso em: 17 abr. 2019.
Figura 116
FURNITURE‑3350268_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2018/04/25/18/51/furniture‑3350268_960_720.jpg>. Acesso em: 17 abr. 2019.
Figura 117
CHING, F. D. K.; BINGGELI, C. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 
2013, p. 288.
Figura 118
HOME‑663209_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2015/03/07/16/24/
home‑663209_960_720.jpg>. Acesso em: 17 abr. 2019.
Figura 119
CHILDREN‑2974352_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2017/11/24/08/33/children‑2974352_960_720.jpg>. Acesso em: 17 abr. 2019.
Figura 121
INTERIOR‑2591355_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/
photo/2017/08/06/11/07/interior‑2591355_960_720.jpg>. Acesso em: 17 abr. 2019.
Figura 124
GRIMLEY, C.; LOVE, M.Cor, espaço e estilo:todos os detalhes que designers de interiores precisam 
saber, mas que nunca conseguem encontrar. São Paulo: Editora G. Gili, 2016, p. 180.
Figura 125
LIVING‑ROOM‑2732939_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/

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