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Comunicação e Expressão Oral 1˧ Comunicação e Expressão Oral 2˧ Elvys Milde da Silva COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO ORAL 2018 Comunicação e Expressão Oral 3˧ UNIVERSIDADE DO CONTESTADO –UnC SOLANGE SALETE SPRANDEL DA SILVA Reitora CARLOS EDUARDO CARVALHO Vice-Reitor ITAIRA SUSKO Pró-Reitora de Ensino,Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão LUCIANO BENDLIN Pró-Reitor de Administração e Planejamento NEIDE MARIA FAVRETTO Diretora de Educação a Distância Elaboração do conteúdo Elvys Milde da Silva Coordenação Editorial Neide Maria Favretto Irineu José Vieira Júnior Diagramação Neide Maria Favretto Irineu José Vieira Júnior Capa Camila Candeia Paz Fachi Janice Adriana Becker Equipe Técnico-Pedagógica Neide Maria Favretto Irineu José Vieira Júnior Maria Alcenir de Carvalho Gilmar Luiz Mazurkievcz Catalogação na fonte - Biblioteca Universitária – UnC Bibliotecária: Josiane Liebl Miranda CRB 14/1023 S587sSilva, Elvys Milde da Comunicação e Expressão Oral / Elvys Milde da Silva. Concórdia, SC : Universidade do Contestado – UnC / NEAD, 2016. 140 p. ............................................................ CDD 301 Comunicação e Expressão Oral 4˧ SUMÁRIO UNIDADE 01 – PROCESSO DE COMUNICAÇÃO ..................... 6 Seção 01 – Processo de Comunicação ........................................................... 7 Seção 02 – Linguagem; língua e fala ............................................................ 12 Seção 03 – Signo linguístico .......................................................................... 17 UNIDADE 02 – COMUNICAÇÃO VERBAL E NÃO–VERBAL ......................................................................................................... 23 Seção 01 – Diferença dos tipos de linguagem (verbal, não–verbal, mista e digital) ............................................................................................................. 24 UNIDADE 03 – TÉCNICAS DE APRESENTAÇÃO ORAL E ESCRITA ........................................................................................ 34 Seção 01 – Características do Texto Dissertativo Argumentativo .......... 35 Seção 02 – A história da arte Oratória ........................................................ 51 Seção 03 – Como controlar o medo de falar em público ......................... 63 Seção 04 – 10 dicas para fazer uma ótima apresentação .......................... 68 Seção 05 – A sintonia entre Orador e Público ........................................... 71 Seção 06 – Os cem erros mais comuns ....................................................... 73 Comunicação e Expressão Oral 5˧ Seção 07 – O orador e a palestra frustrada ................................................. 88 Seção 08 – Benefícios do curso de oratória ................................................ 90 Seção 09 – Dicionário de Oratória .............................................................. 91 Seção 10 – Características do Texto Descritivo ....................................... 108 Seção 11 – Características do Texto Narrativo ......................................... 112 Seção 12 – Estrutura Narrativa ................................................................... 115 UNIDADE 04 – LÍNGUA, LINGUAGEM – BREVE HISTÓRICO E CONCEITOS ................................................... 121 Seção 01 – Leitura e sua importância para a formação do sujeito leitor .... .......................................................................................................................... 125 Seção 02 – Escrita: uma prática pedagógica ............................................. 128 Seção 03 – A literatura e sua importância ................................................. 130 Comunicação e Expressão Oral 6˧ Processo de Comunicação SEÇÃO 01 – PROCESSO DE COMUNICAÇÃO SEÇÃO 02 – LINGUAGEM; LÍNGUA E FALA SEÇÃO 03 – SIGNO LINGUÍSTICO 1 Comunicação e Expressão Oral 7˧ SEÇÃO 1 - O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO O objetivo da família do texto de Jô Soares era informar a uma senhora a morte da irmã. A família tentava enviar uma mensagem, ou seja, estabelecer comunicação com a senhora. Toda comunicação tem por objetivo a transmissão de uma mensagem. Se a família tivesse enviado o telegrama “INTERROPA A VIAGEM E VOLTE CORRENDO. TUA IRMÃ MORREU”, a comunicação, além de realizar-se plenamente, envolveria os seguintes elementos: Imagem/Fonte: https://www.google.com.br/search?q=elementos+da+comunica%C3%A7%C3%A3o&source=lnms&tb m=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjprISknPHXAhUCipAKHetqBnEQ_AUICygC&biw=1366&bih=588#im grc=JqUMDTqA0gzDJM: Os principais elementos do processo de comunicação estão listados abaixo: Elementos do Processo Comunicativo: Emissor: chamado também de locutor ou falante, o emissor é aquele que emite a mensagem para um ou mais receptores, por exemplo, uma pessoa, um grupo de indivíduos, uma empresa, dentre outros. Receptor: denominado de interlocutor ou ouvinte, o receptor é quem recebe a mensagem emitida pelo emissor. Cesar Highlight Cesar Highlight Cesar Highlight Cesar Highlight Cesar Highlight Cesar Highlight Cesar Highlight Comunicação e Expressão Oral 8˧ Exemplo: em uma sala de aula o professor é o EMISSOR e os alunos são os RECEPTORES. Mensagem: é o objeto utilizado na comunicação, de forma que representa o conteúdo, o conjunto de informações transmitidas pelo locutor, por isso. Código: representa o conjunto de signos que serão utilizados na mensagem. Canal de Comunicação: corresponde ao local (meio) onde a mensagem será transmitida, por exemplo, jornal, livro, revista, televisão, telefone, dentre outros. Contexto: Também chamado de referente, trata-se da situação comunicativa em que estão inseridos o emissor e receptor. Ruído na Comunicação: ele ocorre quando a mensagem não é decodificada de forma correta pelo interlocutor, por exemplo, o código utilizado pelo locutor, desconhecido pelo interlocutor; barulho do local; voz baixa; dentre outros. Fonte: https://www.todamateria.com.br/elementos- da-comunicacao/ Querido acadêmico, identifique no texto do telegrama finalmente enviado, alguns dos elementos essenciais em um processo de comunicação: a. emissor (es): b. receptor (a): c. mensagem. O canal de comunicação refere-se ao meio que possibilita a transmissão da mensagem. Cesar Highlight Cesar Highlight Cesar Highlight Cesar Highlight Cesar Highlight Cesar Highlight Cesar Highlight Cesar Highlight Cesar Highlight Cesar Highlight Cesar Highlight Cesar Highlight Cesar Highlight Cesar Highlight Cesar Highlight Cesar Highlight Cesar Highlight Cesar Highlight Comunicação e Expressão Oral 9˧ O código refere-se à linguagem utilizada para expressar a mensagem (Língua Portuguesa). Além disso, as mensagens de uma comunicação remetem fatos e situações, esclarecem e dão conhecimento da realidade. Uma mensagem, para ser compreendida, requer um referente. O referente é dado pelo contexto, pela situação e pelos objetos reais aos quais a mensagem remete. No texto de Jô Soares: a. que fato real deveria ser enviado? b. qual a situação do destinatário? c. qual o canal utilizado? d. qual o código em que foi elaborada a mensagem? Comunicação e Expressão Oral 10˧ (Não obrigatório) Caro acadêmico, para fixar ainda mais os ELEMENTOS DE COMUNICAÇÃO e com base no que foi aprendido nas páginas anteriores responda os exercícios de fixação: 1. O pai conversa com a filha ao telefone e diz que vai chegar adiantado para o almoço. Nesta situação, podemos dizer que o canal é: a) o pai b) a filha c) fios de telefone d) o códigoe) a fala 2. Assinale a alternativa incorreta: a) Só existe comunicação quando a pessoa que recebe a mensagem entende o seu significado. b) Para entender o significado de uma mensagem, não é preciso conhecer o código. c) As mensagens podem ser elaboradas com vários códigos, formados de palavras, desenhos, números etc. Cesar Highlight Cesar Highlight Comunicação e Expressão Oral 11˧ d) Para entender bem um código, é necessário conhecer suas regras. e) Conhecendo os elementos e regras de um código, podemos combiná-los de várias maneiras, criando novas mensagens. 3. Assinale a alternativa que completa o trecho abaixo de maneira correta. Sobre os elementos da comunicação (emissor, recebedor, assunto), podemos afirmar que eles: a) não têm relação entre si. b) apresentam pouca variação. c) não dependem das circunstâncias. d) interferem na criação da mensagem. Fonte dos exercícios: https://blogdoenem.com.br/enem-2013- portugues-linguagem-lingua-e-palavra/ Cesar Highlight Comunicação e Expressão Oral 12˧ SEÇÃO 2 - LINGUAGEM; LÍNGUA E FALA Gestos, desenhos, expressões faciais, impulsos elétricos, formas de escrita constituem códigos que podem ser utilizados na comunicação. Código é todo conjunto de sinais e regras de combinação desses sinais, utilizados na comunicação. Cada código constitui uma forma de linguagem. A linguagem pode ser verbal ou não - verbal. Qualquer linguagem que não utilize a palavra é não - verbal. O aceno de alguém que parte, o desenho de um crânio sobre duas tíbias cruzadas colado em um vidro, a sirene de um carro de bombeiro comunicam-nos, respectivamente, “tchau”, “veneno” e “incêndio”, por meio de linguagens não - verbais. Resumindo: Linguagem é todo conjunto de sinais que podem ser empregados na comunicação. A linguagem não é uma faculdade específica do homem. Sabe-se que as abelhas comunicam ao enxame o local onde se encontra o néctar através de uma dança. Também os golfinhos modulam sons para comunicar entre si aflição, alegria ou apela à ajuda. Mas os homens são os únicos seres dotados de linguagem verbal: as línguas, que variam de acordo com as nacionalidades, região ou colonização. Resumindo: Língua é um conjunto de elementos e de regras de combinação desses elementos, que constituem a linguagem oral ou escrita de uma coletividade. Cesar Highlight Cesar Highlight Cesar Highlight Cesar Highlight Cesar Highlight Cesar Highlight Cesar Highlight Cesar Highlight Cesar Highlight Cesar Highlight Comunicação e Expressão Oral 13˧ A língua é um código. Existe coletivamente, em estado potencial e se concretiza através da fala. Resumindo: Fala é um ato individual, é a emissão de determinados sons combinados de tal maneira que transmitem significações a outra pessoa. A fala é a codificação de mensagens em determinada língua. Cesar Highlight Cesar Highlight Cesar Highlight Cesar Highlight Comunicação e Expressão Oral 14˧ (Não obrigatório) 1. Coloque C para afirmações corretas e E para afirmações erradas: a. ( ) Linguagem é a faculdade que tem o homem de exprimir seus estados mentais por meio do processo de interação comunicativa. b. ( ) A linguagem não é exclusiva do homem, uma vez que outros seres podem utilizá-la. c. ( ) A língua é o mais completo e natural sistema de comunicação. d. ( ) A língua é estática, isto é, não evolui com o processo de desenvolvimento da comunidade. e. ( ) As línguas apresentam-se sob as formas oral e escrita. f. ( ) Quando nos comunicamos por meio de palavras (oral ou escrita), estamos utilizando a linguagem verbal. g. ( ) Se fazemos uso de gestos e sinais em nossa comunicação, estamos utilizando a linguagem não verbal. h. ( ) Receptor é o falante da mensagem; emissor é o ouvinte da mensagem. i. ( ) Fala é a utilização individual da língua; é um fenômeno fonético (sons). j. ( ) A língua está sempre atualizada com novas palavras, por isso move- se rapidamente. Cesar Sticky Note C Cesar Sticky Note E Cesar Sticky Note C Cesar Sticky Note C Cesar Sticky Note E Cesar Sticky Note E Cesar Sticky Note C Cesar Sticky Note C Cesar Sticky Note C Cesar Sticky Note E Comunicação e Expressão Oral 15˧ k. ( ) A língua é potencial, social e possui código com estrutura própria. l. ( ) A linguagem verbal é mais rápida e eficaz que a linguagem visual, uma vez que transmite a mensagem de forma completa e objetiva. 2. Leia o texto abaixo e complete as lacunas a seguir. “Diariamente, duas horas antes do caminhão da prefeitura, a gerência de um restaurante da cidade deposita na calçada dezenas de sacos plásticos com restos de sanduíches.” A mensagem do texto foi transmitida através da linguagem ................... (verbal/não verbal), utilizando um código estruturado denominado .................... (língua/fala). Por ser um emprego individual da .................... (língua/fala), é uma representação ........................ (oral/escrita) da ..................... (língua/fala). Fonte: http://saladelinguaportuguesablog.blogspot.com.br/2016/03/exerci cios-sobre-linguagem-comunicacao.html 3. Caro acadêmico, observe a tirinha para responder a próxima questão: a. No Dicionário de Linguística, organizado por Jean Dubois, aparece a seguinte definição: “No sentido mais corrente, língua é um instrumento de http://saladelinguaportuguesablog.blogspot.com.br/2016/03/exercicios-sobre-linguagem-comunicacao.html http://saladelinguaportuguesablog.blogspot.com.br/2016/03/exercicios-sobre-linguagem-comunicacao.html Cesar Sticky Note C Cesar Sticky Note C Cesar Sticky Note Verbal Cesar Sticky Note língua Cesar Sticky Note Língua Cesar Sticky Note Escrita Cesar Sticky Note Fala Comunicação e Expressão Oral 16˧ comunicação, um sistema de signos vocais específicos aos membros de uma mesma comunidade. […] A língua é um produto social, é um contrato coletivo, ao qual todos os membros da comunidade devem submeter-se em bloco, se quiserem se comunicar.”. Em que aspectos a proposta de Calvin rompe com a definição acima? b. Imaginemos que a ideia de Calvin dê certo e tenhamos duas gerações divididas pelo mesmo idioma. Após algumas décadas, o que aconteceria com o idioma falado pela geração mais velha? Fonte: http://queropassar.net/exercicio-de-portugues-com- quadrinho-do-calvin/ http://queropassar.net/exercicio-de-portugues-com-quadrinho-do-calvin/ http://queropassar.net/exercicio-de-portugues-com-quadrinho-do-calvin/ Cesar Sticky Note Não existiria mais, pois cada geração estaria fazendo novas variações desse idioma. Comunicação e Expressão Oral 17˧ SEÇÃO 3 - SIGNO LINGUÍSTICO Ao ouvirmos ou lermos a palavra avó (significante), forma-se em nossa mente, entre outras imagens, a de uma velha senhora, de cabelos grisalhos ou brancos (significado). A palavra avó é um signo. Resumindo: Significante é a parte física da palavra (grafia + som). Significado é o conceito transmitido pelo significante. Caro estudante, vamos elucidar mais um exemplo para seu entendimento: Observe que a mulher da charge não sabe o significado de "recíproco"; assim temos o significante RECÍPROCO, cujo significado não é mencionado, mas sabemos que é "igualmente". Signo é o produto da associação significante/significado, isto é, de um suporte material e um conceito ou conteúdo semântico. SUPORTE MATERIAL (SIGNIFICANTE) SIGNO + CONCEITO; IMAGEM MENTAL (SIGNIFICADO) Cesar Highlight Comunicação e Expressão Oral 18˧ No caso da avó, que é o signo da língua, temos uma sequência fônica (significante) como suporte material de um conceito ou representação mental (significado).Os signos linguísticos pertencem ao sistema que constitui a língua. Para redigir o telegrama, a família de que trata o texto de Jô Soares tentava selecionar, dentre os milhares de signos (palavras) do código (a língua portuguesa), os que se prestavam a compor a mensagem de modo a amenizar o impacto que, certamente, a senhora sofreria ao recebê-la. A família tentava, portanto, realizar duas tarefas: seleção dos signos e combinação dos signos. É o que fazemos todos os dias em nossas inúmeras mensagens. Ao processo de seleção e combinação dos signos dá-se o nome de codificação. O emissor codifica. Ao processo de identificação e compreensão dos signos que compõem a mensagem, dá-se o nome de decodificação. O receptor ou destinatário decodifica. Comunicação e Expressão Oral 19˧ (Não obrigatório) Caro acadêmico, vamos revisar todos os conceitos aprendidos neste capítulo através de exercícios extras: 1. Reescreva as afirmativas abaixo, substituindo os _____: a. O signo linguístico é dotado de um conceito (conteúdo semântico) a que se dá o nome de ______ e, de uma imagem acústica (expressão fônica) a que se dá o nome de _______. b. O significante pode ser visto ou ouvido, portanto é de natureza concreta. O significado, por ser uma representação mental, é de natureza______. 2. Dê exemplos de significantes não-verbais e seus respectivos significados. 3. Um mesmo significante pode ter vários significados, dependendo do contexto que se encontre. Num dos telegramas, em que se escreveu “CUIDADO CORAÇÃO” tem-se uma duplicidade de sentido. Explique-a. 4. Considerando a noção de significante, explique por que foi possível o infame trocadilho do primo sovina “... isso não é mais um telegrama, é um telegrana”. 5. Substitua os ______, escrevendo língua ou fala: a. A _______ é um código; a _______ é a codificação de uma mensagem. b. A _______ existe em estado potencial; é um sistema de signos armazenados em nossa memória; a _______ atualiza, por meio de sons físicos, o sistema de signos. Comunicação e Expressão Oral 20˧ c. A ______ é um ato individual, onde o emissor é dono e senhor do seu discurso; a _______ é um patrimônio social, é a soma de imagens verbais armazenadas na memória dos indivíduos. 6. Compare os seguintes trechos: Minha terra tem palmares Onde gorjeia o mar Os passarinhos daqui Não cantam como os de lá (O.Andrade) Minha terra tem palmeiras, Onde canta o sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. (G.Dias) a. Identifique o tema de cada um dos textos. São semelhantes? b. Examine o código utilizado em ambos. É o mesmo? c. Observe que os dois textos são diferentes um do outro. Explique a relação que isso tem com a forma de utilização do código. Fonte:http://www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/APOSTILA- PORTUGU%C3%8AS-CPV-2012-1%C2%AA-parte-Micheli.pdf Comunicação e Expressão Oral 21˧ NESTA UNIDADE VOCÊ APRENDEU – O processo de comunicação (emissor, receptor, canal, signo linguístico), linguagem/língua e fala e signo linguístico. Comunicação e Expressão Oral 22˧ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ Comunicação e Expressão Oral 23˧ Comunicação Verbal e Não–verbal SEÇÃO 01 – DIFERENÇA DOS TIPOS DE LINGUAGEM (VERBAL, NÃO–VERBAL, MISTA E DIGITAL) 2 Comunicação e Expressão Oral 24˧ SEÇÃO 01 – DIFERENÇA DOS TIPOS DE LINGUAGEM (VERBAL, NÃO–VERBAL, MISTA E DIGITAL) No cotidiano, sem percebermos usamos frequentemente a linguagem verbal, quando por algum motivo em especial não a utilizamos, então poderemos usar a linguagem não verbal. Linguagem verbal é uso da escrita ou da fala como meio de comunicação. Linguagem não - verbal é o uso de imagens, figuras, desenhos, símbolos, dança, tom de voz, postura corporal, pintura, música, mímica, escultura e gestos como meio de comunicação. A linguagem não - verbal pode ser até percebida nos animais, quando um cachorro balança a cauda quer dizer que está feliz ou coloca a cauda entre as pernas medo, tristeza. Dentro do contexto temos a simbologia que é uma forma de comunicação não -verbal. Exemplos: sinalização de trânsito, semáforo, logotipos, bandeiras, uso de cores para chamar a atenção ou exprimir uma mensagem. É muito interessante observar que para manter uma comunicação não é preciso usar a fala e sim utilizar uma linguagem, seja, verbal ou não - verbal. Linguagem mista é o uso simultâneo da linguagem verbal e da linguagem não -verbal, usando palavras escritas e figuras ao mesmo tempo. Comunicação e Expressão Oral 25˧ Abaporu, pintura de Tarsila do Amaral, 1929. A pintura de Tarsila de Amaral é um exemplo de linguagem não - verbal dentro da pintura. Para cada pessoa será uma mensagem. Soneto de Fidelidade "De tudo ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento Comunicação e Expressão Oral 26˧ E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure. (Até um dia meu anjo)" O Soneto de Fidelidade de Vinícius de Morais corresponde a um belo exemplo de linguagem verbal, através de palavras. Ilustração: ktsdesign / Shutterstock.com Comunicação e Expressão Oral 27˧ O semáforo é um exemplo de linguagem não - verbal. Um objeto capaz de interferir na vida do ser humano de forma tão extraordinária, onde o sentido das cores comanda o trânsito. Foto: Ljupco Smokovski / Shutterstock.com A foto mostra uma mímica, através da feição do protagonista tem um significado, uma mensagem. Aqui ocorre linguagem não - verbal. Fonte:https://www.infoescola.com/comunicacao/linguagem-verbal- e-nao-verbal/ Comunicação e Expressão Oral28˧ (Não obrigatório) Querido acadêmico, vamos revisar os conteúdos já estudados: 1. São exemplos de linguagem não - verbal: a. sinais de trânsito e uma conversa informal entre alunos e professores. b. cores das bandeiras e dos semáforos. c. cantigas infantis. d. apitos e discursos políticos. Comunicação e Expressão Oral 29˧ 2. Que tipo de linguagem encontramos no texto abaixo? a. Verbal. b. Não verbal. c. Mista (verbal e não verbal). d. A placa acima não é considerada texto. Fonte:https://pt.scribd.com/document/340433394/Atividades- Linguagem-verbal-nao-verbal-e-mista 3. Considerando uma partida de futebol, podemos dizer que só não é texto não -verbal: a. os cartões amarelos e vermelhos do juiz. b. as listras pretas das camisas dos bandeirinhas. c. o som do apito do juiz. http://www.blu.com.br/blug/index.php?s=%D0%B4 Comunicação e Expressão Oral 30˧ d. os gritos de gol da torcida. 4. Observe as indicações abaixo e assinale a alternativa correta: 1. Um bilhete escrito para um amigo. 2. Gesto de "Pare" da mão estendida do Guarda de Trânsito. 3. Conversa animada numa roda de amigos. Escolher uma resposta. a. Linguagem não verbal – Linguagem não verbal – Linguagem verbal. b. Linguagem mista – Linguagem verbal – Linguagem não verbal. c. Linguagem verbal – Linguagem não verbal – Linguagem mista. d. Linguagem não - verbal – Linguagem verbal – Linguagem mista. Fonte: https://brainly.com.br/tarefa/1149208 Comunicação e Expressão Oral 31˧ 5. Observe a HQ: A partir da observação da tira, podemos dizer que a composição textual da HQ promove o encontro de duas linguagens, de modo a viabilizar: a. Duas leituras diferenciadas: uma da imagem e a outra da palavra. b. Uma complementaridade entre o verbal e o visual, produzindo uma unidade de sentido. c. Falas que, inscritas em balões à moda do discurso direto, tornam-se sobrepostas às imagens que excluem dela a relevância necessária para o entendimento da HQ. d. Quadros em sequência linear, cuja ordenação pode ser alterada sem que altere o sentido verbo-visual. Fonte:https://pt.scribd.com/document/340433394/Atividades- Linguagem-verbal-nao-verbal-e-mista Comunicação e Expressão Oral 32˧ NESTA UNIDADE VOCÊ APRENDEU – Características da Linguagem Verbal (textos escritos e falados) e não – verbal (sinais, cores, gestos e movimentos). Comunicação e Expressão Oral 33˧ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ Comunicação e Expressão Oral 34˧ Técnicas de Apresentação Oral e Escrita SEÇÃO 01 – CARACTERÍSTICAS DO TEXTO DISSERTATIVO ARGUMENTATIVO SEÇÃO 02 – A HISTÓRIA DA ARTE ORATÓRIA SEÇÃO 03 – COMO CONTROLAR O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO SEÇÃO 04 – 10 DICAS PARA FAZER UMA ÓTIMA APRESENTAÇÃO SEÇÃO 05 – A SINTONIA ENTRE ORADOR E PÚBLICO SEÇÃO 06 – OS CEM ERROS MAIS COMUNS SEÇÃO 07 – O ORADOR E A PALESTRA FRUSTRADA SEÇÃO 08 – BENEFÍCIOS DO CURSO DE ORATÓRIA SEÇÃO 09 – DICIONÁRIO DE ORATÓRIA SEÇÃO 10 – CARACTERÍSTICAS DO TEXTO DESCRITIVO SEÇÃO 11 – CARACTERÍSTICAS DO TEXTO NARRATIVO SEÇÃO 12 – ESTRUTURA NARRATIVA 3 Comunicação e Expressão Oral 35˧ SEÇÃO 1 - CARACTERÍSTICAS DO TEXTO DISSERTATIVO ARGUMENTATIVO. O que é um texto? Segundo o dicionário Michaelis texto é uma sequência de frases de um autor, em um documento, folheto, livro etc.; redação original de uma obra escrita: “[…] joguei tudo de uma só vez, fazendo um texto com os poucos elementos que possuía, falando nas três mortes que, na realidade, pareciam só preocupar a mim” (CA). - Latim: Surgimento do Português (língua antiga). - Texto do latim “Textum”. - Costura, tessitura, entrelaçado. O QUE É NECESSÁRIO PARA QUE UM TEXTO SEJA UM TEXTO? - Textualidade: é um conjunto de características que fazem com que um texto seja considerado como tal, e não como um amontoado de palavras e frases. Uma definição alternativa apontaria textualidade como uma premissa adotada pelo interlocutor (nessa instância o termo não é ligado ao texto, mas aos agentes do processo comunicativo), baseada em seus prévios conhecimentos estruturais e funcionais de texto, que permite através da consideração de vários fatores realizar a textualização de uma mensagem em determinada situação comunicativa. - Coesão: é a ligação harmônica entre duas partes, utilizada na gramática como forma de obter um texto claro e compreensível. Comunicação e Expressão Oral 36˧ Nos estudos linguísticos, a coesão textual consiste no uso correto das articulações gramaticais e conectivos, que permitem a ligação harmoniosa entre as frases, orações, termos, períodos e parágrafos de um texto. A coesão textual é essencial para a construção de uma boa redação, pois permite o sequenciamento das ideias de modo lógico, facilitando a leitura do texto. Coerência: é a característica daquilo que tem lógica e coesão, quando um conjunto de ideias apresenta nexo e uniformidade. Para que algo tenha coerência, este objeto precisa apresentar uma sequência que dê um sentido geral e lógico ao receptor, de forma que não haja contradições ou dúvidas acerca do assunto. A origem da palavra “coerência” está no latim cohaerentia, que significa “conexão” ou “coesão”. O que é dissertar? É debater, questionar, discutir, opinar, expor pontos de vista e, por fim, tentar convencer a partir de argumentos que embasem, que sustentem nossas opiniões. Dissertação argumentativa – esse é o tipo de dissertação mais comum e conhecida por todos. Nela o intuito é convencer o leitor, persuadi-lo a concordar com a ideia ou ponto de vista exposto. Isso se faz por meio de várias maneiras de argumentação, utilizando-se de dados, estatísticas, provas, opiniões relevantes, etc. Comunicação e Expressão Oral 37˧ Dissertação expositiva – como o próprio nome já sugere, é um tipo de texto em que se expõem as ideias ou pontos de vista. O objetivo é fazer com que o leitor os considere coerentes e não fazê-lo concordar com eles. Argumentação: COMO FAZER. Tenha sempre em mente o destinatário. (para quemvocê está escrevendo). Conhecer o assunto tratado, o tema sobre o qual vai discorrer é imprescindível. Tema: OS JOGOS NO COMPUTADOR PREJUDICAM A FORMAÇÃO EDUCACIONAL DO ADOLESCENTE Levantar a partir do tema um questionamento (pergunta): POR QUE os jogos no computador prejudicam a formação intelectual do adolescente? Responda com duas ou três justificativas, pelo menos: 1. Porque veiculam, muitas vezes, a violência como resposta natural frente à solução de problemas. 2. Porque os pais não sabem estabelecer limites de tempo aos filhos quanto à exposição frequente a tais tipos de jogos. 3. Porque a escola não se prepara para trabalhar de forma favorável com muitas das ferramentas oferecidas pelo computador ou pela internet. Comunicação e Expressão Oral 38˧ Partes da Dissertação Dissertação: Introdução, desenvolvimento e conclusão. Visual: 1 parágrafo: Introdução. 2 ou 3 parágrafos: Desenvolvimento. 1 parágrafo: Conclusão. Introdução: A ideia é a de que você transmita, já em tal parágrafo, de forma clara e objetiva o tema sobre o qual irá discorrer e, se possível, seu posicionamento argumentativo frente ao mesmo. Tipos de introdução: 1. Básica: é aquela em que se vai dizer, resumidamente, o tema sobre o qual o texto tratará. 2. Enumeração: é aquela em que se coloca o tema e depois se enumera os argumentos que serão trabalhados nos parágrafos seguintes. 3. Por definição: define-se, dá-se o significado da palavra/expressão central sobre a qual o texto irá discorrer (por exemplo, define-se o que é aborto). 4. Por questionamento: faz-se uma pergunta ao tema, pergunta esta que deverá, obrigatoriamente, ser respondida ao longo da redação. (Exemplo: Tema: O dinheiro não compra a felicidade): Por que podemos afirmar, com segurança, que o dinheiro não traz felicidade? Desenvolvimento: Na dissertação a persuasão aparece de forma explícita, essa se faz presente no desenvolvimento do texto. É nesse momento que o escritor Comunicação e Expressão Oral 39˧ desenvolve o tema, seja através de argumentação por citação, comprovação ou raciocínio lógico, tomando sua posição a respeito do que está sendo discutido. O conteúdo do desenvolvimento pode ser organizado de diversas maneiras, dependerá das propostas do texto e das informações disponíveis. Cada parágrafo girará em torno de um argumento. Não misture argumentos e posicionamentos no mesmo parágrafo. Se começar defendendo o assunto, vá até o final defendendo. Contradição: incoerência entre uma afirmação ou atitude anteriores ou atuais (Falta de nexo). Crie um esquema ou rascunho. Conclusão: É o desfecho ao seu texto, cabem aqui as respostas à perguntas que ainda não foram respondidas, as considerações finais e as sugestões que você porventura queira apresentar ao problema levantado pelo tema. Evite o uso da Primeira pessoa do singular (eu), caso julgue necessário, use o plural (nós). Não - eu concluo / Sim – nós concluímos. Comunicação e Expressão Oral 40˧ Exemplo prático: TEMA: Chegando ao terceiro milênio, o homem ainda não conseguiu resolver graves problemas que preocupam a todos. QUESTIONAMENTO (pergunta) POR QUE chegando ao terceiro milênio, o homem ainda não conseguiu resolver graves problemas que preocupam a todos? 3 respostas diferentes: 1. Existem populações imersas em completa miséria. 2. A paz é interrompida frequentemente por conflitos internacionais. 3. O meio ambiente encontra-se ameaçado por sério desequilíbrio ecológico. Introdução (enumeração): ESQUEMA PARA ENTENDIMENTO: TEMA + 3 ARGUMENTOS E CONECTIVOS: ARGUMENTO 1 CONECTIVOS ARGUMENTO 2 ARGUMENTO 3 Ex: Chegando ao terceiro milênio, o homem ainda não conseguiu resolver graves problemas que preocupam a todos, POIS existem populações imersas em completa miséria, a paz é interrompida frequentemente por conflitos internacionais E, ALÉM DO MAIS, o meio ambiente encontra- se ameaçado por sério desequilíbrio ecológico. Comunicação e Expressão Oral 41˧ Desenvolvimento: Explicar cada argumento: Primeiro parágrafo: Embora o planeta disponha de riquezas incalculáveis- estas, mas distribuídas, quer entre os Estados, quer entre os indivíduos-, encontramos legiões de famintos em pontos específicos da Terra. Nos países do Terceiro Mundo, sobretudo em certas regiões da África, vemos, com tristeza, a falência da solidariedade humana e da colaboração entre as nações. Segundo parágrafo: Além disso, nestas últimas décadas, temos assistido, com certa preocupação, aos inúmeros conflitos internacionais que se sucedem. Muitos trazem na memória a triste lembrança das guerras do Vietnã e da Coréia, as quais provocaram grande extermínio. Em nossos dias, testemunhamos conflitos na antiga Iugoslávia, em alguns países membros da comunidade dos Estados Independentes, sem falar da Guerra do Golfo,que tanto apreensão nos causou. Além disso: Ligação entre os parágrafos. Terceiro parágrafo: Outra preocupação constante é desequilíbrio, provocado pela ambição desmedida de alguns, que provocam desmatamentos desordenados e poluem as águas dos rios. Tais atitudes contribuem para que o meio ambiente, em virtude de tantas agressões, acabe por se transformar em local inabitável. Outra preocupação constante: elemento de ligação com o parágrafo anterior. Comunicação e Expressão Oral 42˧ Conclusão: EXPRESSÃO INICIAL+REAFIRMAÇÃO DO TEMA+UM COMENTÁRIO EXPRESSÃO INICIAL REAFIRMAÇÃO DO TEMA UM COMENTÁRIO Ex: Expressão inicial - Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a acreditar que o homem está muito longe de solucionar os graves problemas que afligem diretamente uma grande parcela da humanidade e indiretamente a qualquer pessoa consciente e solidária. Reafirmação do tema - É desejo de todos nós que algo seja feito no sentido de conter essas forças ameaçadoras, para podermos suportar as adversidade e construir um mundo que, por ser justo e pacífico, será mais facilmente habitado pelas gerações vindouras. Conclusão: somente o comentário, não necessita a expressão inicial e reafirmação do tema. Esquema visual: Introdução: Tema+argumento 1+argumento 2+ argumento 3. Desenvolvimento: Desenvolvimento argumento 1,2,3. Conclusão: Expressão inicial+reafirmação do tema+observação final. Comunicação e Expressão Oral 43˧ ARGUMENTAÇÃO (II) Um dos aspectos importantes a considerar quando se lê um texto é que, em princípio, quem o produz está interessado em convencer o leitor de alguma coisa. Todo texto tem, por trás de si, um produtor que procura persuadir o seu leitor (ou leitores), usando para tanto vários recursos de natureza lógica e linguística. Chamamos procedimentos argumentativos a todos os recursos acionados pelo produtor do texto com vistas a levar o leitor a crer naquilo que o texto diz e a fazer aquilo que ele propõe. Para ter ideia de alguns desses procedimentos argumentativos, vamos ler um fragmento de um dos sermões de Padre Antônio Vieira, no qual ele tenta explicitar certos recursos que o pregador deve usar para que o sermão cumpra o papel de persuasão ou convencimento: (...) o sermão há de ser duma só cor, há de ter um só objeto, um só assunto, uma só matéria. Há de tomar o pregador uma só matéria, há de defini-la para que se conheça, há de dividi-la para que se distinga, há de prová-la com a Escritura, há de declará-la com a razão, há de confirmá-la com o exemplo, há de amplificá-la com as causas, co os efeitos, com as circunstâncias, com as conveniências que se hão de seguir, com os inconvenientes que se devem evitar, há de impugnar e refutar com todo a força de eloquência os argumentos contrários, e depois disto há de colher, há de apertar, há de concluir, há de persuadir, há de acabar. Istoé sermão, isto é pregar, e o que não é isto, é falar de mais alto. Não nego nem quero dizer que o sermão não haja de ter variedade de discursos, mas esses hão de nascer todos da mesma matéria, e continuar a acabar nela. (Sermão da Sexagésima. In:- Os sermões. São Paulo, Difel, 1968. VI,P.99) Comunicação e Expressão Oral 44˧ Tomando o fragmento citado como ponto de partida, podemos inferir alguns dos recursos argumentativos que um texto deve conter para ser convincente ou persuasivo. A primeira qualidade que Vieira aponta é que o texto deve ter unidade, isto é, deve tratar de “um só objeto”, “uma só matéria”. Essa qualidade é um dos mais importantes recursos argumentativos já que um texto dispersivo, cheio de informações desencontradas não é entendido por ninguém: fica-se sem saber qual é seu objeto central. O texto que fala de tudo acaba não falando de nada. Mas é preciso não confundir unidade com repetição ou redundância. O próprio fragmento que acabamos de ler adverte que o texto deve ter variedade desde que essa variedade explore uma mesma matéria, isto é, comece, continue e acabe dentro do mesmo tema central. Outro recurso argumentativo apontado pelo texto Vieira é a comprovação das teses defendidas com citações de outros textos autorizados. Como sacerdote que é, sugere as citações das sagradas escrituras, já que, segundo sua crença, são elas a fonte legítima da verdade. O que Vieira diz sobre os Sermões vale para qualquer outro texto, desde que não se tome ao pé da letra o que ele diz sobre as Sagras Escrituras. Um texto ganha mais peso quando, direta ou indiretamente, apoia-se em outros textos que trataram do mesmo tema. Costuma-se chamar argumento de autoridade a esse recurso à citação. O texto aconselha ainda que o pregador, ao elaborar o seu sermão, use o raciocínio ou a razão para estabelecer correlações lógicas entre as partes do texto, apontando as causas e os efeitos das afirmações que produz. Comunicação e Expressão Oral 45˧ Esses recursos de natureza lógica dão consistência ao texto, na medida em que amarram com coerência cada uma das suas partes. Um texto desorganizado, sem articulação lógica entre seus segmentos, não é convincente, não é persuasivo. Além disso, o pregador deve cuidar de confirmar com exemplos adequados as afirmações que faz. Uma ideia geral e abstrata ganha mais confiabilidade quando vem acompanhada de exemplos concretos adequados. Os dados da realidade observável dão peso a afirmações concretas. Um último recurso argumentativo apontado pelo texto de Vieira é a refutação os argumentos contrários. Na verdade, sobretudo quando se trata de um tema polêmico, há sempre versões divergentes sobre ele. Um texto, para ser convincente, não pode fazer de conta que não existam opiniões opostas àquelas que se defendem no seu interior. Ao contrário, deve expor com clareza as objeções conhecidas e refutá-las com argumentos sólidos. Essas são alguns dos recursos que podem ser explorados pelo produtor do texto para persuadir o leitor. Comunicação e Expressão Oral 46˧ (Não obrigatório) 1. Sobre o texto dissertativo, é correto afirmar que: a) Trata-se de um tipo de texto que descreve com palavras o que se viu e se observou. Tipo textual desprovido de ação, em que o ser, o objeto ou o ambiente são mais importantes. Valorização do substantivo e do adjetivo, que ocupam lugar de destaque na frase. b) Tem como principal objetivo contar uma história, seja ela real ou fictícia e até mesmo mesclando dados reais e imaginários. Apresenta uma evolução de acontecimentos, ainda que sem linearidade ou relação com o tempo real. c) Tipo de redação escrita em prosa sobre determinado tema, sobre o qual deverão ser apresentados argumentos, provas e exemplos a fim de que se chegue a uma conclusão para os fatos abordados. d) Tipo de texto que indica para o leitor os procedimentos a serem realizados. Nesse tipo de texto, as frases, geralmente, estão no modo imperativo. Comunicação e Expressão Oral 47˧ 2. Sobre a dissertação-argumentativa, podemos afirmar que se trata: a) de um gênero textual. b) de um tipo textual. c) de um texto literário. d) de uma composição lírica. Comunicação e Expressão Oral 48˧ 4. Observe o texto abaixo: Sobre o texto que aparece na imagem, podemos afirmar que se trata de uma: a) dissertação-argumentativa. b) narração. c) descrição. d) injunção. e) prescrição. Comunicação e Expressão Oral 49˧ Fonte: http://exercicios.mundoeducacao.bol.uol.com.br/exercicios- redacao/exercicios-sobre-dissertacao-2.htm http://exercicios.mundoeducacao.bol.uol.com.br/exercicios-redacao/exercicios-sobre-dissertacao-2.htm http://exercicios.mundoeducacao.bol.uol.com.br/exercicios-redacao/exercicios-sobre-dissertacao-2.htm Comunicação e Expressão Oral 50˧ NESTA UNIDADE VOCÊ APRENDEU – Características do Texto Dissertativo (argumentação, introdução, desenvolvimento e conclusão) Comunicação e Expressão Oral 51˧ SEÇÃO 2 - A HISTÓRIA DA ARTE ORATÓRIA Oratória é a arte de falar em público de forma estruturada e deliberada, com a intenção de informar, influenciar, ou entreter os ouvintes. A oratória refere-se ao conjunto de regras e técnicas adequadas para produzir e apresentar um discurso e apurar as qualidades pessoais do orador. Na Grécia Antiga, e também para um orador romano, a oratória era estudada como componente da retórica, ou seja, a composição e apresentação de discursos, e era considerada uma importante habilidade na vida pública e privada. Aristóteles, Cícero e Quintiliano estão entre os mais conhecidos autores clássicos que estudaram o tema. A oratória tem sido essencial em todas as áreas do conhecimento humano, já que todas elas necessitam de uma boa transmissão para o seu desenvolvimento. Na oratória, como em qualquer forma de comunicação, existem cinco elementos básicos a considerar, muitas vezes expressos como "quem diz - o quê - a quem - por que meio - com que efeitos?". O propósito de falar em público pode variar, da simples transmissão de informações, à necessidade de motivar as pessoas a agir ou, simplesmente, contar uma história. Os bons oradores devem ser capazes de alterar as emoções dos seus ouvintes e não apenas informá-los. Entre as personalidades que ficaram famosas pelos dotes como grandes oradores estão Demóstenes, Cícero, Padre António Vieira e Winston Churchill. História Cícero discursando no senado romano em 63 a.C.: as suas Catilinárias, uma série de quatro discursos célebres ainda hoje são citadas, Afresco de Cesare Maccari, século XIX. O primeiro treino para falar em público ocorreu no antigo Egito. A primeira obra grega sobre oratória, escrita há mais de 2000 anos, assentava Comunicação e Expressão Oral 52˧ nos princípios extraídos da prática e experiência de oradores das cidades- estado da Grécia antiga. Na Grécia Antiga e em Roma a oratória era estudada como componente da retórica, ou seja, a composição e apresentação de discursos, e era considerada uma importante habilidade na vida pública e privada. Aristóteles e Quintiliano estudaram a oratória. Durante a Idade Média e o Renascimento a oratória foi enfatizada como parte da educação na artes liberais. A arte de falar em público foi desenvolvida inicialmente pelos gregos e ficou registrada nas obras da antiguidade clássica. Na vida pública de então cada pessoa falava em seu próprio nome, e não existiam representantes de um cliente ou um círculo, por isso qualquer cidadão que quisesse ter sucesso no tribunal, na política ou na vida social tinha de aprender técnicas de falarem público. As técnicas eram ensinadas primeiro pelos auto-intitulados "sofistas", conhecidos por cobrar taxas para "tornar forte o mais fraco argumento", e treinar os seus alunos para serem "melhores". Platão, Aristóteles, e Isócrates desenvolveram teorias sobre oratória em oposição aos sofistas, e as suas ideias foram instituídas à medida que surgiram escolas onde a arte de falar em público era ensinada. Mais tarde a cultura grega de treino para falar em público foi adotada na íntegra pelos romanos. Com a ascensão política da República Romana, oradores romanos copiaram e modificaram as técnicas gregas de falar em público. Sob a influência romana, a instrução na retórica desenvolveu-se num currículo completo, incluindo a instrução em gramática (estudo dos poetas), exercícios preliminares (progymnasmata), e preparação de discursos públicos (declamação) em ambos os gêneros forense e deliberativo. O Speaker's Corner (Recanto do Orador), no nordeste do Hyde Park, em Londres, um local onde qualquer cidadão pode discursar. Comunicação e Expressão Oral 53˧ O estilo latino foi fortemente influenciado por Cícero, e envolveu uma forte ênfase numa educação abrangente em todas as áreas de estudos humanísticos (nas artes liberais, incluindo a filosofia), bem como sobre o uso da esperteza e humor para apelar às emoções do ouvinte e em digressões (frequentemente utilizadas para explorar temas gerais relacionados com o tema específico do discurso). No Império Romano, embora menos central para a vida política do que nos dias da República, a oratória manteve-se importante no direito, e tornou-se (sob os novos sofistas) uma importante forma de entretenimento, com oradores e declamadores famosos a obterem grande riqueza e prestígio pela suas habilidades. O estilo latino foi a principal forma de oratória no mundo até o início do século XX. Após a Segunda Guerra Mundial, começou uma depreciação gradual deste estilo. Com a ascensão do método científico e a ênfase num estilo "claro" e coloquial de falar e escrever, até a oratória formal se tornou menos refinada e ornamentada, embora ainda hoje os políticos possam progredir ou regredir nas suas carreiras com base no sucesso ou insucesso dos seus discursos. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Orat%C3%B3ria DISCURSO DE MATIN LUTTER KING “Estou feliz em me unir a vocês hoje naquela que ficará para a história como a maior manifestação pela liberdade na história de nossa nação”. Cem anos atrás um grande americano, em cuja sombra simbólica nos encontramos hoje, assinou a proclamação da emancipação [dos escravos]. Este decreto momentoso chegou como grande farol de esperança para milhões de escravos negros queimados nas chamas da injustiça Comunicação e Expressão Oral 54˧ abrasadora. Chegou como o raiar de um dia de alegria, pondo fim à longa noite de cativeiro. Mas, cem anos mais tarde, o negro ainda não está livre. Cem anos mais tarde, a vida do negro ainda é duramente tolhida pelas algemas da segregação e os grilhões da discriminação. Cem anos mais tarde, o negro habita uma ilha solitária de pobreza, em meio ao vasto oceano de prosperidade material. Cem anos mais tarde, o negro continua a mofar nos cantos da sociedade americana, como exilado em sua própria terra. Então viemos aqui hoje para dramatizar uma situação hedionda. Em certo sentido, viemos à capital de nossa nação para sacar um cheque. Quando os arquitetos de nossa república redigiram as magníficas palavras da Constituição e da Declaração de Independência, assinaram uma nota promissória de que todo americano seria herdeiro. Essa nota era a promessa de que todos os homens, negros ou brancos, teriam garantidos os direitos inalienáveis à vida, à liberdade e à busca pela felicidade. É evidente hoje que a América não pagou esta nota promissória no que diz respeito a seus cidadãos de cor. Em lugar de honrar essa obrigação sagrada, a América deu ao povo negro um cheque que voltou marcado “sem fundos”. Mas nós nos recusamos a acreditar que o Banco da Justiça esteja falido. Nos recusamos a acreditar que não haja fundos suficientes nos grandes depósitos de oportunidade desta nação. Por isso voltamos aqui para cobrar este cheque –um cheque que nos garantirá, a pedido, as riquezas da liberdade e a segurança da justiça. Também viemos para este lugar santificado para lembrar à América da urgência ferrenha do agora. Não é hora de dar-se ao luxo de esfriar os ânimos ou tomar a droga tranquilizante do gradualismo. Agora é a hora de fazermos promessas reais de democracia. Agora é a hora de sairmos do vale Comunicação e Expressão Oral 55˧ escuro e desolado da segregação para o caminho ensolarado da justiça racial. É hora de arrancar nossa nação da areia movediça da injustiça racial e levá- la para a rocha sólida da fraternidade. Agora é a hora de fazer da justiça uma realidade para todos os filhos de Deus. Seria fatal para a nação passar por cima da urgência do momento e subestimar a determinação do negro. Este verão sufocante da insatisfação legítima do negro não passará enquanto não chegar um outono revigorante de liberdade e igualdade.Mil novecentos e sessenta e três não é um fim, mas um começo. Os que esperam que o negro precisasse apenas extravasar e agora ficará contente terão um despertar rude se a nação voltar à normalidade de sempre. Não haverá descanso nem tranquilidade na América até que o negro receba seus direitos de cidadania. Os turbilhões da revolta continuarão a abalar as fundações de nossa nação até raiar o dia iluminado da justiça. Mas há algo que preciso dizer a meu povo posicionado no morno liminar que conduz ao palácio da justiça. No processo de conquistar nosso lugar de direito, não devemos ser culpados de atos errados. Não tentemos saciar nossa sede de liberdade bebendo do cálice da amargura e do ódio. Temos de conduzir nossa luta para sempre no alto plano da dignidade e da disciplina. Não devemos deixar nosso protesto criativo degenerar em violência física. Precisamos nos erguer sempre e mais uma vez à altura majestosa de combater a força física com a força da alma. A nova e maravilhosa militância que tomou conta da comunidade negra não deve nos levar a suspeitar de todas as pessoas brancas, pois muitos de nossos irmãos, conforme evidenciado por sua presença aqui hoje, acabaram por entender que seu destino está vinculado ao nosso destino e que a liberdade deles está vinculada indissociavelmente à nossa liberdade. Comunicação e Expressão Oral 56˧ Não podemos caminhar sozinhos. E, enquanto caminhamos, precisamos fazer a promessa de que caminharemos para frente. Não podemos retroceder. Há quem esteja perguntando aos devotos dos direitos civis ‘quando vocês ficarão satisfeitos?’. Jamais estaremos satisfeitos enquanto o negro for vítima dos desprezíveis horrores da brutalidade policial. Jamais estaremos satisfeitos enquanto nossos corpos, pesados da fadiga de viagem, não puderem hospedar-se nos hotéis de beira de estrada e nos hotéis das cidades. Não estaremos satisfeitos enquanto a mobilidade básica do negro for apenas de um gueto menor para um maior. Jamais estaremos satisfeitos enquanto nossas crianças tiverem suas individualidades e dignidades roubadas por cartazes que dizem ‘exclusivo para brancos’. Jamais estaremos satisfeitos enquanto um negro no Mississippi não puder votar e um negro em Nova York acreditar que não tem nada em que votar. Não, não estamos satisfeitos e só ficaremos satisfeitos quando a justiça rolar como água e a retidão correr como um rio poderoso. Sei que alguns de vocês aqui estão, vindos de grandes provações e atribulações. Alguns vieram diretamente de celas estreitas. Alguns vieram de áreas onde sua busca pela liberdade os deixou feridos pelas tempestades da perseguição e marcados pelos ventos da brutalidadepolicial. Vocês têm sido os veteranos do sofrimento criativo. Continuem a trabalhar com a fé de que o sofrimento imerecido é redentor. Voltem ao Mississippi, voltem ao Alabama, voltem à Carolina do Sul, voltem a Geórgia, voltem a Louisiana, voltem aos guetos e favelas de nossas cidades do norte, cientes de que de alguma maneira a situação pode ser mudada e o será. Não nos deixemos atolar no vale do desespero. Comunicação e Expressão Oral 57˧ Digo a vocês hoje, meus amigos, que, apesar das dificuldades de hoje e de amanhã, ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano. Tenho um sonho de que um dia esta nação se erguerá e corresponderá em realidade o verdadeiro significado de seu credo: ‘Consideramos essas verdades manifestas: que todos os homens são criados iguais’. Tenho um sonho de que um dia, nas colinas vermelhas da Geórgia, os filhos de ex-escravos e os filhos de ex-donos de escravos poderão sentar- se juntos à mesa da irmandade. Tenho um sonho de que um dia até o Estado do Mississippi, um Estado desértico que sufoca no calor da injustiça e da opressão, será transformado em um oásis de liberdade e de justiça. Tenho um sonho de que meus quatro filhos viverão um dia em uma nação onde não serão julgados pela cor de sua pele, mas pelo teor de seu caráter. Tenho um sonho hoje. Tenho um sonho de que um dia o Estado do Alabama, cujo governador hoje tem os lábios pingando palavras de rejeição e anulação, será transformado numa situação em que meninos negros e meninas negras poderão dar as mãos a meninos brancos e meninas brancas e caminharem juntos, como irmãs e irmãos. Tenho um sonho hoje. Tenho um sonho de que um dia cada vale será elevado, cada colina e montanha será nivelada, os lugares acidentados serão aplainados, os lugares Comunicação e Expressão Oral 58˧ tortos serão endireitados, a glória do Senhor será revelada e todos os seres a enxergarão juntos. Essa é nossa esperança. Essa é a fé com a qual retorno ao Sul. Com esta fé poderemos talhar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé poderemos transformar os acordes dissonantes de nossa nação numa bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé podemos trabalhar juntos, orar juntos, lutar juntos, ir à cadeia juntos, defender a liberdade juntos, conscientes de que seremos livres um dia. Esse será o dia em que todos os filhos de Deus poderão cantar com novo significado: “Meu país, é de ti, doce terra da liberdade, é de ti que canto. Terra em que morreram meus pais, terra do orgulho do peregrino, que a liberdade ressoe de cada encosta de montanha”. E, se quisermos que a América seja uma grande nação, isso precisa se tornar realidade. Então que a liberdade ressoe dos prodigiosos picos de New Hampshire. Que a liberdade ecoe das majestosas montanhas de Nova York! Que a liberdade ecoe dos elevados Alleghenies da Pensilvânia! Que a liberdade ecoe das nevadas Rochosas do Colorado! Que a liberdade ecoe das suaves encostas da Califórnia! Mas não só isso –que a liberdade ecoe da Montanha de Pedra da Geórgia! Que a liberdade ecoe da Montanha Sentinela do Tennessee!” Que a liberdade ecoe de cada monte e montículo do Mississippi. De cada encosta de montanha, que a liberdade ecoe. Comunicação e Expressão Oral 59˧ E quando isso acontecer, quando deixarmos a liberdade ecoar, quando a deixarmos ressoar em cada vila e vilarejo, em cada Estado e cada cidade, poderemos trazer para mais perto o dia que todos os filhos de Deus, negros e brancos, judeus e gentios, protestante e católicos, poderão se dar as mãos e cantar, nas palavras da velha canção negra, “livres, enfim! Livres, enfim! Louvado seja Deus Todo-Poderoso. Estamos livres, enfim!” Fonte: https://www.pensador.com/discurso_de_martin_luther_king/ Comunicação e Expressão Oral 60˧ (Não obrigatório) ATIVIDADES SOBRE O DISCURSO DE MARTIN LUTTER KING Querido acadêmico, o discurso de Martin Luther King é um exemplo de persuasão e argumentos. Responda as questões para ampliar seus conhecimentos. 1. Assassinado em 1968, Martin Luther King iniciou suas atividades políticas em 1956, a partir do episódio relatado na reportagem. O principal resultado das propostas de Martin Luther King para a sociedade norte-americana está diretamente relacionado com: (A) unificação das leis estaduais (B) expansão da igualdade social (C) regulação de causas trabalhistas Comunicação e Expressão Oral 61˧ (D) universalização dos direitos civis 2. Um dos países que mais lutaram contra o racismo foi a África do Sul. De 1948 a 1994, o país viveu o regime conhecido como: A. Perestroika. B. Apartheid. C. Comunismo. D. Nazismo. E. Socialismo. 3. "Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter." Este discurso em defesa dos direitos dos negros foi proferido por quem? A. Martin Luther King. B. Hittler. C. Malcolm X. D. Muhammad Ali. E. Nelson Mandela. 4. Quem foi Martin Luther King? A. Ativista. B. Professor. C. Advogado. Comunicação e Expressão Oral 62˧ D. Guerrilheiro. E. Político. 5. Um dos episódios mais marcantes da luta contra a segregação racial em que Martin Luther King se envolveu desencadeou um boicote de mais de um ano aos transportes públicos de Montgomery, Alabama. Neste episódio: A. Um taxista branco atropelou um comerciante negro. B. Uma mulher negra foi obrigada a ceder seu lugar no ônibus a um homem branco. C. Um negro foi jogado nos trilhos do trem por um grupo de jovens brancos. D. Um ônibus escolar deixou de pegar crianças negras. E. Um motorista de ônibus branco atropelou uma mulher negra. Fontes: http://www.revista.vestibular.uerj.br/questao/questao- objetiva.php?seq_questao=1166/ http://formulageo.blogspot.com.br/2012/04/10-questoes-sobre- racismo.html http://www.revista.vestibular.uerj.br/questao/questao-objetiva.php?seq_questao=1166/ http://www.revista.vestibular.uerj.br/questao/questao-objetiva.php?seq_questao=1166/ Comunicação e Expressão Oral 63˧ SEÇÃO 3 - COMO CONTROLAR O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO Muitas pessoas procuram desenvolver sua expressão verbal com o objetivo de eliminar o medo de falar em público. O medo, apontado como o maior inimigo do homem por Emílio Mira Y Lópes, um dos mais destacados estudiosos do comportamento humano, constitui o gigante negro cujos tentáculos escravizam a vontade, limitam a criatividade, interrompem o desenvolvimento e despertas das potencialidades. Nasce com o homem e abraça-o por toda a vida. Todos nós estamos sujeitos às investidas desse fantasma que quase sempre é apenas resultado da fabulação do nosso espírito. Pesquisamos o comportamento de milhares de homens e mulheres, que mesmo possuindo elevado nível cultural, pressionados pelo medo, não acreditavam nas suas qualidades de comunicadores, evitando todas as oportunidades para falar diante de grupos de pessoas. A partir desse estudo nasceu a filosofia de trabalho responsável pelo sucesso dos nossos programas de treinamento: “A valorização das qualidades de cada um, sem considerar falhas ou aspectos negativos das suas apresentações. O homens possuem na constituição de sua Expressão Verbal, mais ou menos desenvolvidos, dois oradores normalmente diferenciados, coexistindo dentro da mesma pessoa: um orador real e outro imaginário. Orador real é a verdadeira imagem do comunicador, composta dos defeitos naturais do ser humano, mas também das qualidades visíveis ou potencialmente prontas para serem aproveitadas. É o orador que aparece aos olhos da plateia, que, mesmo não se empolgando, às vezes, com sua forma de se expressar, é capaz de ouvi-lo sempre até comrelativo interesse. Orador imaginário é a imagem que o consumidor pensa que transmite ao ouvinte. Durante a formação do homem, ele recebe toda sorte Comunicação e Expressão Oral 64˧ de pressões e acumula nas suas complexas entranhas os fracassos e dissabores que a vida oferece. Esses fatores, isolados ou inter-relacionados, constroem uma imagem distorcida, imaginada dentro de um perfil psicológico tão concreto que parece verdadeira. Nasce aí a falta de confiança nas suas potencialidades de sucesso para se apresentar diante de auditórios. De nada adiantará a alguém aprender todas as técnicas da boa Expressão Verbal: voz, vocabulário, postura, retórica, etc. se continuar pensando que ainda se expressa mal, baseado na convicção de que o orador imaginado existe realmente. Não se iluda com a criação de qualidades inexistentes, pois isto o levaria a acreditar num comportamento enganoso e irreal, mas, ao analisar suas condições, descubra quais são os aspectos positivos da sua Expressão Verbal. Adquira confiança através desta avaliação e crie um retrato interior imaginado mais próximo daquele demonstrado pelo orador real. Consciente das suas qualidades já existentes e daquelas prestes a aflorar, você encontrará novo ânimo, encherá o espírito de esperança e tornará esta nova força interior a grande arma que o ajudará a combater o medo de falar em público. Não se trata de um milagre, é apenas a chance que cada ser humano precisar dar-se para romper a linha que impede de acreditar em si mesmo. Não estamos propondo uma solução mágica para resolver este drama que ataca o homem desde o aparecimento da terra. Tudo dependerá do seu esforço, da sua vontade e da sua determinação para encontrar a liberdade tão sonhada: falar com desembaraço e sem inibições. Quando a confiança começar a aparecer, pelo conhecimento e consciência dos aspectos positivos da sua comunicação, as qualidades latentes encontrarão caminho livre para o seu aperfeiçoamento e começarão a dividir gradativamente um reforço ao conjunto da sua Expressão Verbal. A experiência demonstra que, nessa fase, os defeitos e as falhas começam a desaparecer ou perder a importância, devido ao seu enfraquecimento e ao Comunicação e Expressão Oral 65˧ significativo robustecimento da personalidade. Nem sempre esse processo é rápido e simples. Ás vezes exigem-se anos até que ocorra completa transformação, pois o orador imaginado foi construído dia a dia durante toda a vida e fixou-se de tal forma na mente, que é necessária até muita persistência para modificá-lo. Ao final, quando já tiver trabalhado duro na conquista da segurança, se sentir ainda certo nervosismo antes de falar ou mesmo quando estiver falando, não se preocupe, isto é normal e ocorre com quase todos os oradores, até com os mais experientes. Osmar Santos um dos maiores comunicadores brasileiros, disse, em uma das formaturas no nosso curso de Expressão Verbal, que sempre ficava nervoso antes de falar e achava isso tão importante que tinha prometido a si mesmo abandonar a profissão de locutor esportivo quando não sentisse mais esta sensação antes de narrar um espetáculo. Faça deste sintoma outro fator de apoio ao seu sucesso na arte de falar; canalize o nervosismo dentro da força de sua comunicação; distribua-o entre a vibração e a emoção das suas palavras e torne sua mensagem mais convincente. Assim, o nervosismo remanescente estará colaborando para conquistar a mente e o coração de seus ouvintes. Fale principalmente com a energia da verdade do seu coração; traduza em palavras apenas suas convicções mais profundas, pois elas colocarão um escudo protetor contra o receio e trarão à superfície todas as ideias que desejar transmitir. Coelho Neto, grande escritor brasileiro, deixou um magnífico exemplo da importância desta convicção interior. Ele ocupava a cadeira número dois na Academia Brasileira de Letras e coube-lhe a responsabilidade de saudar Mário de Alencar, que ocuparia a cadeira número vinte e um, no lugar de José do Patrocínio. Nesta saudação conta o autor de A CONQUISTA que certa noite, no Teatro Lucinda, no Rio de Janeiro, encontraram-se dois extraordinários oradores: José do Patrocínio e Silva Jardim. Eles que haviam lutado lado a Comunicação e Expressão Oral 66˧ lado em defesa da causa da abolição dos escravos, agora eram adversários, porque Silva Jardim se apaixonara por novo ideal, a causa republicana, que ia contra a linha de pensamento de José do Patrocínio. Silva Jardim falou inicialmente e entusiasmou a todos quantos o ouviram, pela elegância e firmeza da sua comunicação, temperada com envolventes doses de ironia. Quando chegou a vez de José do Patrocínio, ouviu-se uma palavra hesitante e tímida, saída de uma figura apagada, quase medrosa, que lanceava com o olhar indeciso o auditório agitado. Já se pronunciavam as primeiras vaias na plateia. “Não era o tribuno fogoso dos grandes dias, relata Coelho Neto, mas um vencido que se rendia de rastos aos pés do adversário.” Prestes a ser derrotado, sem que ninguém esperasse, veio, de repente, entre um tartamudear e outro de suas palavras, uma frase áspera do alto de uma das torrinhas do teatro, que cruzou o espaço e bateu como uma chicotada no rosto do tribuno “Cala a boca negro”. Coelho Neto descreve com detalhes o momento da reação: “Patrocínio bambeou, tremeu, acenderam-se-lhe os olhos, as narinas entraram a aflar sofregamente como se farejavam com raiva; o seu corpo pôs-se a oscilar como zimbrando em mareta, e o gigante reapareceu formidando, o verbo explodiu com raios duma nuvem negra carregada de procela. Oh! Esse discurso, o apelo, à voz anônima, à voz covarde, ao silvo da víbora e, por fim, a resposta esmagadora a Silva Jardim, a reabilitação do caráter pela gratidão do patriota e pelo amor ao pai. O povo ergueu-se, e as mesmas vozes que, minutos antes, o haviam apupado aclamaram-no com delírio. A derrota mudou-se em triunfo e foi por entre alas que atroaram aplausos, através de uma oração estupenda, que Comunicação e Expressão Oral 67˧ Patrocínio deixou o teatro onde estivera tão comprometida a reputação de sua eloquência arrebatadora”. Patrocínio soube depois que Paula Ney, um dos seus pares mais fieis, foi que havia propositalmente pronunciado aquelas palavras para mexer com seu brio e arrancar a fúria adormecida da verdade interior. Comunicação e Expressão Oral 68˧ SEÇÃO 4 - 10 DICAS PARA FAZER UMA ÓTIMA APRESENTAÇÃO Falar em público é um grande desafio, mas que pode ser superado. Veja dez dicas rápidas que irão ajudar você a fazer uma apresentação de qualidade Quando falamos em público devemos estar atentos para nosso tom de voz, escolha das palavras, gesticulação e objetividade. Apresentação muito longas, de conteúdo complexo e com uso inadequado de recurso multimídia, como o PowerPoint, pode ser um grande fracasso. Para não cometer esses erros, você deve se preparar tanto intelectual como mentalmente. Para fazer uma apresentação de qualidade e alcançar seus objetivos, confira dez dicas para ajudá-lo: 1) Pratique Se puder, reúna amigos e familiares e pratique a apresentação. É uma maneira de aprender a controlar o estresse e ansiedade. Além disso, seus colegas podem ajudá-lo com dicas e críticas positivas que irão aprimorar sua apresentação. 2) Argumento Quando defender uma ideia, use perguntas retóricas. Elas são um recurso de persuasão forte que passa credibilidade e segurança sobre os argumentos que você irá defender. Além disso, é uma maneira de interagir com o público de maneira prática. 3) Gesticulação Quando empregada de maneira correta, a gesticulação auxilia o entendimento do conteúdo que é passado. Suas mãos devem acompanhar Comunicação e Expressão Oral 69˧ seuraciocínio, mas não de forma excessiva ou exagerada. Não fique parado em apenas um ponto do palco, mas mostre confiança e utilize os espaços disponíveis. 4) Além do conteúdo Saber de cor tudo aquilo que você irá falar não é suficiente. Tom de voz, eloquência e estilo são aspectos tão importantes quanto o conteúdo e podem ser ainda mais relevantes para o público. 5) Roupas O que você usa irá afetar a imagem que as pessoas têm de você. Procure por algo que corresponda com o público e não distancia as realidades do palco e da platéia. Além disso, não se esqueça de sorrir, esse pode ser seu melhor acessório. 6) Expectativas Mantenha suas expectativas e um nível saudável e equilibrado. Mantenha-se positivo e não deixe que irritações e imprevistos prejudiquem sua preparação. 7) Humor Descontrair ou quebrar o gelo é uma ótima forma de começar e terminar sua apresentação. No início, ela irá aproximar você e o público de maneira amigável. No fim, é uma maneira de manter-se positivamente na memória das pessoas. 8) Postura Além dos gestos, preste atenção em sua postura. Procure ficar com as costas eretas e o corpo bem posicionado, sem ficar apoiado por tempos longos em cadeiras ou púlpitos. Use seu corpo como expressão do que você Comunicação e Expressão Oral 70˧ fala, para que as pessoas se correspondam emocionalmente com seus argumentos. 9) Modelos Você tem algum ídolo ou uma pessoa que admira muito? Veja como esse indivíduo se comporta durante as apresentações e procure aprender a partir desse modelo. Aproveite as partes positivas e negativas, procurando evitar falhas que ele cometeu. 10) Nervosismo Cada pessoa possui maneiras diferentes de relaxar. Encontre a sua e faça isso antes da apresentação. Mantenha pensamentos positivos, que ajudem você a se concentrar e estar bem preparo para sua tarefa. Fonte: http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/05/04/9270 71/10-dicas-fazer-uma-otima-apresentaco.html Comunicação e Expressão Oral 71˧ SEÇÃO 5 - A SINTONIA ENTRE ORADOR E PÚBLICO Sintonia - do grego syntonia - significa acordo mútuo, reciprocidade. Em Psicologia é o estado de quem se encontra em correspondência ou harmonia com o meio. Orador - do lat. oratore -, aquele que ora um discurso em público. Auditório - do lat. auditoriu -, conjunto de ouvintes que assiste a algum discurso. A indutância, a capacitância a ressonância e a própria sintonia em eletricidade oferecem-nos campo para a analogia. Valendo-nos da ressonância, coloquemos quatro pêndulos (dois de comprimento curto e dois de comprimento longo) e movimentemos um deles. Imediatamente, o pêndulo de mesmo comprimento começará a oscilar querendo entrar na mesma freqüência daquele que foi acionado, enquanto os outros dois permanecem fixos. Como interpretar psicologicamente esse fenômeno mecânico? O discurso oratório pressupõe o emissor, a mensagem e o receptor. O orador é o indutor, ou seja, o pêndulo emissor. À sua frente os ouvintes. Para que seja ouvido deve entrar em sintonia com o auditório. Mas, o que é entrar em sintonia com o público? é captar o ponto médio dos ouvintes e trabalhar em cima dele. Pois, se estiver muito acima da média não será entendido e, muito abaixo, tornar-se-á desinteressante. O impacto interpessoal define o ajustamento entre o orador e o público. Para que o orador desperte a atenção consciente dos ouvintes, deve falar somente aquilo que interessa ao auditório. Pressupor público inteligente e falar como se estivesse na condição de ouvinte auxiliam sobremaneira a preparação de nossa peça oratória. Consequentemente, criaremos um campo mental harmonioso entre nossa pessoa e aqueles que nos ouvem. Comunicação e Expressão Oral 72˧ A manutenção do interesse durante a exposição exige diversos cuidados. Primeiramente, o preparo do orador. Este deve ter em mente a sintonia com Deus, consigo próprio e com aqueles que irão ouvi-lo. Em segundo lugar, a preparação do tema. Montar e seguir um roteiro, deixando brechas para a criatividade do momento, em que os Benfeitores Espirituais poderão inspirar-nos o pensamento correto para atender às necessidades do ambiente. Apliquemos todas as nossas potencialidades para a compreensão do tema a ser exposto. A naturalidade de nossa expressão garantirá a verdadeira sintonia com o público que nos assiste. Fonte: http://www.ceismael.com.br/oratoria/sintonia-entre-orador- publico.htm Comunicação e Expressão Oral 73˧ SEÇÃO 6 - OS CEM ERROS MAIS COMUNS NA ORATÓRIA Erros gramaticais e ortográficos devem, por princípio, ser evitados. Alguns, no entanto, como ocorrem com maior frequência, merecem atenção redobrada. O primeiro capítulo deste manual inclui explicações mais completas a respeito de cada um deles. Veja os cem mais comuns do idioma e use esta relação como um roteiro para fugir deles. 1 - "Mal cheiro", "mau-humorado". Mal opõe-se a bem e mau, a bom. Assim: mau cheiro (bom cheiro), mal-humorado (bem- humorado). Igualmente: mau humor, mal-intencionado, mau jeito, mal-estar. 2 - "Fazem" cinco anos. Fazer, quando exprime tempo, é impessoal: Faz cinco anos. / Fazia dois séculos. / Fez 15 dias. 3 - "Houveram" muitos acidentes. Haver, como existir, também é invariável: Houve muitos acidentes. / Havia muitas pessoas. / Deve haver muitos casos iguais. 4 - "Existe" muitas esperanças. Existir, bastar, faltar, restar e sobrar admitem normalmente o plural: Existem muitas esperanças. / Bastariam dois dias. / Faltavam poucas peças. / Restaram alguns objetos. / Sobravam ideias. 5 - Para "mim" fazer. Mim não faz, porque não pode ser sujeito. Assim: Para eu fazer, para eu dizer, para eu trazer. 6 - Entre "eu" e você. Depois de preposição, usa-se mim ou ti: Entre mim e você. / Entre eles e ti. 7 - "Há" dez anos "atrás". Há e atrás indicam passado na frase. Use apenas há dez anos ou dez anos atrás. Comunicação e Expressão Oral 74˧ 8 - "Entrar dentro". O certo: entrar em. Veja outras redundâncias: Sair fora ou para fora, elo de ligação, monopólio exclusivo, já não há mais, ganhar grátis, viúva do falecido. 9 - "Venda à prazo". Não existe crase antes de palavra masculina, a menos que esteja subentendida a palavra moda: Salto à (moda de) Luís XV. Nos demais casos: A salvo, a bordo, a pé, a esmo, a cavalo, a caráter. 10 - "Porque" você foi? Sempre que estiver clara ou implícita a palavra razão, use por que separado: Por que (razão) você foi? / Não sei por que (razão) ele faltou. / Explique por que razão você se atrasou. Porque é usado nas respostas: Ele se atrasou porque o trânsito estava congestionado. 11 - Vai assistir "o" jogo hoje. Assistir como presenciar exige a: Vai assistir ao jogo, à missa, à sessão. Outros verbos com a: A medida não agradou (desagradou) à população. / Eles obedeceram (desobedeceram) aos avisos. / Aspirava ao cargo de diretor. / Pagou ao amigo. / Respondeu à carta. / Sucedeu ao pai. / Visava aos estudantes. 12 - Preferia ir "do que" ficar. Prefere-se sempre uma coisa a outra: Preferia ir a ficar. É preferível segue a mesma norma: É preferível lutar a morrer sem glória. 13 - O resultado do jogo, não o abateu. Não se separa com vírgula o sujeito do predicado. Assim: O resultado do jogo não o abateu. Outro erro: O prefeito prometeu, novas denúncias. Não existe o sinal entre o predicado e o complemento: O prefeito prometeu novas denúncias. 14 - Não há regra sem "excessão". O certo é exceção. Veja outras grafias erradas e, entre parênteses, a forma correta: "paralizar" (paralisar), "beneficiente" (beneficente), "xuxu" (chuchu), Comunicação e Expressão Oral 75˧ "previlégio" (privilégio), "vultuoso" (vultoso), "cincoenta" (cinqüenta), "zuar" (zoar), "frustado" (frustrado), "calcáreo"
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