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FICHAMENTO DE CITAÇÃO Referência: CAMPOLIN, A. I., & FEIDEN, A. Metodologias Participativas em Agroecologia. (Documentos / Embrapa Pantanal, ISSN 1981-7223; 115). Corumbá, MS, 2011. “A Agroecologia como desenvolvimento rural sustentável consiste na busca do local para, partindo daí, recriar a heterogeneidade do mundo rural por meio de formas de ação social coletiva”(CAMPOLIN & FEIDEN, 2011, p. 7). “[...] estas metodologias permitem a construção coletiva de conhecimentos acerca da realidade (social, econômica, cultural e ambiental), além de fortalecer a organização das comunidades na gestão e controle do processo de desenvolvimento local, otimizando também as ações das instituições que atuam no meio rural” (CAMPOLIN & FEIDEN, 2011, p. 7). “A participação só se concretiza a partir de estruturas organizativas coletivas e para que essa ocorra, devem ser as próprias populações interessadas na participação a dar o salto de qualidade neste sentido. Isto significa que essas populações devem se responsabilizar, desde o início, com as ações propostas e com a conquista de resultados concretos para a comunidade como um todo” (CAMPOLIN & FEIDEN, 2011, p. 8). “[...] os métodos participativos podem ser classificados em métodos de diagnóstico, métodos de intervenção e métodos de avaliação. [...] mobilização da comunidade, diagnóstico da comunidade, restituição dos dados levantados nos diagnósticos; criação de grupos de interesse por problemas identificados; elaboração de propostas de intervenção participativa junto com os diferentes grupos de interesse; implantação das propostas e finalmente a avaliação participativa das ações efetuadas. A intervenção em geral se baseia em teste de propostas tecnológicas para solução de problemas identificados, e que são apresentadas como hipóteses de solução para os problemas e avaliadas pelos agricultores (WEID, 2001)” (CAMPOLIN & FEIDEN, 2011, p. 9). “O Diagnóstico Rápido e Participativo de Agroecossistemas. – DRPA – foi introduzido no Brasil, por diversas ONGs, sendo a abordagem aqui utilizada uma adaptação das utilizadas pela AS-PTA – Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa e pelo IAPAR – Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR, 1997; PETERSEN, 1999; WEID, 2001)” (CAMPOLIN & FEIDEN, 2011, p. 9). “Ao DRPA segue-se uma etapa de pesquisa, ou seja, levantamento de hipóteses de respostas aos problemas identificados na etapa anterior (WEID, 2001). Identificados os principais problemas da comunidade, criados os grupos de interesse, buscam-se tecnologias com potencial de solucionar estes entraves ao desenvolvimento local, priorizados pela comunidade” (CAMPOLIN & FEIDEN, 2011, p. 11). “O primeiro equívoco é considerar que basta aplicar as técnicas para que a participação esteja garantida. [...] as metodologias participativas requerem algumas habilidades dos técnicos que as utilizam. [...] Neste contexto, em geral os agricultores têm grandes dificuldades em decidir seus rumos ou criar organizações autônomas. Assim, métodos que exijam menor protagonismo dos agricultores podem servir como ponto de partida para evoluir para níveis de organização maiores, que permitam a utilização de métodos com maior grau de participação dos agricultores” (CAMPOLIN & FEIDEN, 2011, p. 12, 13). QUADRO COMPARATIVO Ferramenta Objetivo Público-alvo Etapa Questionário s São bastante úteis no decorrer do processo de planejamento participativo, quando são definidas as atividades específicas que precisam de informações mais amplas para serem executadas. A população precisa ser tecnicamente apoiada com conhecimentos específicos, sobretudo na hora de elaborar, multiplicar e aplicar estes questionários. Envolvimento da população da comunidade e dos técnicos, através de práticas coletivas. Depende do processo de planejamento participativo. A prática coletiva mostra que as pessoas assumem responsabilidades e entram em ação quando existe uma necessidade comum, produzindo resultados significantes. Mapa da Comunidade Um grupo dos participantes do DP faz a caminhada acompanhado pelo facilitador, que os orienta na observação que servirá de subsídios para a elaboração do mapa da comunidade e para a discussão dos problemas e oportunidades. Conhecer os ecossistemas, tipo de solo, relevo, recursos naturais existentes, culturas, criações, recursos hídricos, infraestrutura existente. É uma importante fonte de observação da realidade. Este instrumento deve envolver homens, mulheres, jovens, crianças e idosos para que possam expressar suas percepções na elaboração do mapa. Após a caminhada, os participantes desenham um mapa mostrando todos os elementos observados durante o trajeto como recursos naturais, aspectos de produção, infraestrutura e serviços. Na plenária, os resultados serão discutidos. Diagrama de Venn Os membros da comunidade desenham a sua comunidade no centro de um papel flip chart ou papel Kraft. Eles podem escolher a forma de como vão desenhar a comunidade (por ex.: um círculo, etc.). Algumas perguntas orientadoras podem ajudar a guiar o processo. Explorar o ambiente interno e externo da comunidade, identificando e caracterizando as relações com as instituições e grupos existentes. Membros de uma comunidade, instituições e grupos existentes. Uma vez terminado o desenho, o facilitador começa a discutir o campo das parcerias com o objetivo de que o grupo possa descobrir quais as relações mais importantes, onde ela teria que mudar e de que maneira poderia ser feito. Podendo seguir algumas perguntas orientadoras. Calendário Sazonal Agropecuário Trata-se de uma matriz em que o grupo determina as principais culturas e criações existentes na comunidade, relacionando todas as atividades produtivas e/ou improdutivas com os períodos de maior trabalho. Esta ferramenta serve para determinar os problemas e as oportunidades durante um ano normal, ampliando o entendimento da rotina local. Além disso, esta ferramenta serve também como referência para o planejamento. Identificar as atividades agropecuárias regulares realizadas pela comunidade, considerando as diferentes culturas e criações, durante um período de tempo determinado. Membros de uma comunidade/grupos de pessoas que praticam atividades agropecuárias como culturas e criações. Criação de um calendário sazonal das atividades agropecuárias regulares realizadas pela comunidade. Onde cada matriz deverá conter uma legenda que relacione cada comunidade com um símbolo convencionado. Levantament o de Problemas, Sistematizaçã o e Priorização As ideias serão registradas, ordenadas, avaliadas (esclarecendo dúvidas e eliminando repetições), agrupadas e escolhido um título para cada agrupamento. Posteriormente, na plenária, serão socializados os resultados do trabalho de grupos e tiradas as conclusões. Compreender todos os problemas da comunidade para serem sistematizados e priorizados para que finalmente sejam resolvidos pelo grupo (determinação dos objetivos/tarefas comuns do grupo). Comunidade/grupos e técnico moderador para guiar bem a discussão dos problemas apresentados na comunidade. Diálogo/discussão importante para escolher, passo ao passo o problema prioritário, perguntando quais os três problemas mais importantes a comunidade declara como prioritários. Ao final, dos três problemas um fica como prioritário. Por fim, é colado no papel Kraf, para posteriormente a elaboração de um relatório final.
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