Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
crimes em espécie parte especial - Análise dos crimes (art.121-359) - Descreve uma conduta, estabelece uma sanção e quando a ação se encaixa nessa conduta temos a tipicidade - Art. 121 (Matar alguém) – Sujeito ativo (quem cometeu), sujeito passivo (vítima), elemento subjetivo (dolo/culpa), consumação, tentativa (possui?), qualificadoras/causas de aumento/diminuição, ação penal crimes contra vida (121 – 128) - Homicídio - Aborto - Infanticídio - Induzimento, instigação, auxílio ao suicídio ou a automutilação - Homicídio simples: - Art. 121 – matar alguém - Pena – reclusão de seis a vinte anos - Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum) - Sujeito passivo: ser vivo nascido de mulher (extrauterina, iniciou trabalho de parto) - Elemento subjetivo: dolo (direto (quer o resultado) ou eventual (assume o risco, prevê como possível) – animus necandi - Consumação: crime material (produção de um resultado naturalístico – produz alteração no mundo exterior) – evento morte (encefálica) – instantâneo de efeitos permanentes - Ocorre evento morte - Dolo de matar: instrumento utilizado, local onde atingiu a vítima, quantidade de golpes TENTATIVA - Art. 14, II do CP - Cogitação – mentaliza, planeja - Preparação – atos anteriores necessários ao início da execução, mas que não configuram ataque ao bem jurídico - Execução – inicia a realização do verbo - Consumação – todos os elementos que se encontram descritos no tipo penal foram realizados - Tentativa Branca ou Incruenta: objeto material não é atingido pela conduta criminosa (ex: A efetua contra B sem acertá-lo) - Tentativa Cruenta ou Vermelha: objeto material é alcançado pela atuação do agente, vítima sofre dano (ex: A com intenção de matar atira em B, mas é socorrido e sobrevive) - Tentativa imperfeita: processo executivo interrompido ao meio - Tentativa perfeita: esgotou processo de execução TEXTO - Iter criminis: percurso a ser praticado por quem comete o crime - Cogitação (debate internamente se vai cometer ou não) - Atos preparatórios (atos prévios ao início da execução do crime) - Atos executórios (são aqueles que compõem o início da prática do crime (agente praticando a conduta prevista no tipo penal) – já é possível punir o agente pela tentativa – até momento anterior a consumação) - Consumação (agente executa integralmente o tipo penal, realiza todos os elementos) - Exaurimento (atos praticados depois da consumação, quando o bem jurídico já foi lesionado) - Da consumação (dá início a contagem do prazo prescricional) - Tipos penais materiais: no momento que o bem jurídico é lesionado - Tipos penais formais e de mera conduta: ocorre no momento da prática da conduta descrito no tipo penal, independentemente do resultado - Tipos penais culposos: ocorrência do resultado (materiais) - Tipos penais omissivos próprios práticas da conduta omissa, deveria ter agido, mas não o fez - Tipos penais omissivos impróprios: em que ocorre o resultado que o autor deveria ter evitado - Da tentativa - é a execução incompleta do tipo penal - Crime tem que ter sido iniciado (praticado algum ato executório) - Não pode se consumar por vontade alheia ao agente - Se o crime não consumar por vontade do agente será arrependimento eficaz ou desistência voluntária - Tentativa depende de 3 requisitos: - Início da execução da ação típica - Não consumação por circunstância alheia a vontade do agente - Dolo em relação ao crime consumado - Punibilidade da tentativa: - Teoria subjetiva: - Fundamentada em um ponto de vista moral, vontade do autor em agir - Defende que a punição deve ser idêntica à do crime consumado - Teoria objetiva: - Fundamenta no perigo sofrido pelo bem jurídico, ou seja, se não se consuma o bem jurídico sofre menos perigo – cp segue - Então tentativa é punida de forma menos severa já que o agente tem direito de uma redução de um a dois terço, mas existem casos que pode ser punido como o crime consumado – ex: fugir da cadeia - Tipos penais que não admitem tentativa: - Culposos: o resultado não é desejado pelo agente - Preterdolosos: mesmo motivo do culposo - Omissivos próprios - Penais habituais - Unissubsistentes: não admitem o fracionamento de suas condutas em atos, pois cada ato configura um crime - Contravenções penais - Tentativa inacabada e tentativa acabada - Tentativa inacabada: autor não esgotou todos os recursos para consumar o crime - Tentativa acabada: esgotou - Desistência voluntaria e arrependimento eficaz - Desistência voluntaria: relacionada com a tentativa inacabada pois após ter dado início aos atos executórios pode continuar a execução e consumar, mas desiste voluntariamente - Agente não responderá pela tentativa somente pelos atos praticados - Arrependimento eficaz: relacionado com a tentativa acabada pois ocorre quando o agente ter esgotado arrepende-se e prática novas condutas que evitam a consumação – Intervenção do autor em benefício da vítima – no caso de envenenamento oferece um antidoto depois - Somente terá o benefício se conseguir salvar a vítima, se ela morrer responderá por homicídio doloso consumado - Arrependimento posterior: responderá pelo crime praticado, mas tem direito a redução de um a dois terços - Crime sem violência ou grave ameaça: não é cabível no roubo, lesão corporal, homicídio, estupro etc. É cabível no furto, estelionato. - Reparação de dano ou restituição da coisa até o recebimento da denúncia ou queixa - Ato voluntario do agente - Crime impossível ou tentativa inidônea - Após a prática do fato percebe-se erro na execução que tornaria impossível o ato ser consumado ou porque o meio era ineficaz ou o objeto do crime era improprio – não há punição - Ex: tenta matar alguém com arma de brinquedo – meio / dar remédio abortivo para quem não está gravida – absoluta do objeto
Compartilhar