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F5-Inclusao-atraves-do-esporte

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GRATUITA
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ESPORTE 
ADAPTADO COMO 
FERRAMENTA PARA 
O PROTAGONISMO E 
A TRANSFORMAÇÃO 
SOCIAL
Mário Antônio de Moura Simim
5
Apresentação
1. Esporte Adaptado
2. O esporte adaptado enquanto 
transformação social
3. Conclusões
Referências
68
69
78
79
79
Sumário
Todos os direitos desta edição reservados à:
Fundação Demócrito Rocha
Av. Aguanambi, 282/A - Joaquim Távora 
CEP: 60.055-402 - Fortaleza-Ceará 
Tel.: (85) 3255.6037 - 3255.6148
fdr.org.br | fundacao@fdr.org.br
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD 
P967
Inclusão Social Através do Esporte / vários autores ; organizado por Ricardo Catunda ; 
ilustrado por Guabiras. - Fortaleza : Fundação Demócrito Rocha, 2021.
192 p. : il. ; 26cm x 30cm. – (Inclusão Social Através do Esporte ; 12v.)
Inclui bibliografia e apêndice/anexo.
ISBN: 978-85-7529-972-2 (Coleção)
ISBN: 978-85-7529-974-6 (Fascículo 5) 
1. Esporte. 2. Inclusão Social. 3. Políticas Públicas. 4. Educação Física. 5. Educação 
Inclusiva. 6. Esporte Inclusivo. 7. Estratégias Pedagógicas. 8. Acessibilidade. 9. Esporte 
Adaptado. I. Catunda, Ricardo. II. Guabiras. III. Título. IV. Série.
CDD 796.0456
2021-3267CDU 796:364 
Elaborado por Vagner Rodolfo da Silva - CRB-8/9410 
Índice para catálogo sistemático:
Esporte : Inclusão Social 796.0456
Esporte : Inclusão Social 796:364
Copyright © 2021 Fundação Demócrito Rocha
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA (FDR)
Presidência Luciana Dummar 
Direção Administrativo-Financeira André Avelino de Azevedo 
Gerência Geral Marcos Tardin
Gerência Editorial e de Projetos Raymundo Netto 
Gerência Canal FDR Chico Marinho
Gerência Marketing & Design Andrea Araujo
Análise de Projetos Aurelino Freitas e Fabrícia Góis
Edição de Mídias Isabel Vale
UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE (UANE)
Gerência Pedagógica Viviane Pereira
Coordenação de Cursos Marisa Ferreira
Design Educacional Joel Lima
Front End Isabela Marques
INCLUSÃO SOCIAL ATRAVÉS DO ESPORTE
Concepção e Coordenação Geral Valéria Xavier 
Coordenação de Conteúdo Ricardo Catunda
Coordenação Editorial e Revisão Daniela Nogueira
Projeto Gráfico e Edição de Design Andrea Araujo 
Design Miqueias Mesquita
Estagiária Design Kamilla Damasceno
Ilustração Guabiras
Analista de Projetos Juliana Montenegro
Análise de Marketing Digital Fábio Júnior Braga
Estratégia e Relacionamento Adryana Joca
Apoio Secretaria do Esporte e Juventude do Ceará | Lei de Incentivo ao Esporte do Ceará | 
Conselhos Federal e Regionais de Educação Física | Universidade Estadual do Ceará
Patrocínio Enel
Realização Uane | FDR
Este fascículo é parte integrante do projeto Inclusão Social Através 
do Esporte, viabilizado por meio da Lei Estadual de Incentivo 
ao Esporte, Lei nº 15.700 de 20 de novembro de 2014, CAP nº 25.
Apresentação
Neste fascículo 5, trabalharemos esporte adaptado como ferramenta para o protagonismo e a transforma-ção social. Nos módulos anteriores, foram discutidas questões sobre os princípios da prática esportiva 
inclusiva (Módulo 1), legislação e normas para prática esportiva 
para pessoas com deficiência (Módulo 2), além das questões rela-
tivas ao profissional de Educação Física como agente de inclusão 
pelo esporte (Módulo 3) e aspectos inerentes à atividade física e 
ao esporte de rendimento adaptados e inclusivos para a pessoa 
com deficiência (Módulo 4). 
No decorrer deste módulo, você aprenderá conceitos e parti-
cularidades relacionados ao esporte adaptado. Conhecendo as 
características do esporte adaptado, ficará mais fácil abordar os 
principais conteúdos para alcançar o melhor desenvolvimento e 
proporcionar experiências que acrescentem na formação do aluno. 
Abordaremos os seguintes temas: histórico e evolução dos esportes 
adaptados, caracterização e benefícios aos participantes. 
Além disso, a contribuição do esporte adaptado no processo 
de inclusão das pessoas com deficiência na sociedade também 
será foco do nosso módulo. Ao fim, você terá desenvolvido a 
competência de conhecer os aspectos relacionados aos diferentes 
esportes adaptados e como a prática esportiva pode ser agente 
transformador das vidas das pessoas com deficiência. 
A fim de orientar nossos estu-dos, vamos acompanhar a experiência de um aluno do curso de Educação Física ao 
longo de suas atividades acadêmicas. O 
nome dele é Mário. Graças aos seus esfor-
ços, ele foi aprovado no curso de Educação 
Física e, logo que se matriculou no curso, 
1
procurou seu antigo professor da época 
do colégio, o professor João Bernardo. Ele 
era professor do Centro de Referência de 
Esporte Adaptado (CRE-A) e convidou Mário 
para conhecer esse projeto e ser seu esta-
giário. O CRE-A promove a inclusão social 
das pessoas com deficiências por meio da 
prática de esportes adaptados. Para acom-
panhar bem as atividades desenvolvidas 
no projeto, Mário precisou fazer um curso 
de capacitação com os professores João 
Bernardo e Helvio. Durante a capacitação, 
algumas questões foram levantadas pelos 
professores para que Mário respondesse: o 
que é esporte adaptado? Quando começou 
o esporte adaptado no mundo? E no Brasil? 
Observando esses questionamentos, abor-
daremos as respostas que Mário estudou 
durante a capacitação com os professores 
João Bernardo e Helvio.
Esporte Adaptado
Saiba mais
Atletas surdos estavam entre 
os primeiros grupos de pessoas 
com deficiência a se envolver em 
esportes organizados em escolas. 
Na década de 1870, a Escola 
para Surdos de Ohio se tornou 
a primeira escola para surdos 
a oferecer beisebol. Escolas do 
estado de Illinois introduziram 
o futebol americano em 1885. O 
basquete foi introduzido na Escola 
para Surdos de Wisconsin em 1906. 
68 | FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA - UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE INCLUSÃO SOCIAL ATRAVÉS DO ESPORTE | 69
Esporte adaptado consiste na possibi-
lidade de prática esportiva para pessoas 
com deficiência. Em linhas gerais, o esporte 
adaptado refere-se ao esporte modificado ou 
criado para atender às necessidades exclusi-
vas das pessoas com deficiência. Isso ocorre 
porque essa terminologia é consistente 
com os termos educação física adaptada e 
atividade física adaptada. O esporte adap-
tado centra-se na modificação do esporte em 
vez da deficiência, estimulando as questões 
de respeito a pessoa com deficiência.
O esporte adaptado em nossos dias 
atuais teve sua estruturação nos traba-
lhos e estudos em centros de reabilitação 
da década de 1940 no Hospital de Stoke 
Mandeville (Reino Unido). O pai do esporte 
adaptado é o médico neurologista Ludwig 
Guttmann, que utilizava o esporte como auxí-
lio na reabilitação física, social e psicológica. 
Fica a dica
O filme “Mais vivos do que nunca” relata 
a história de Ludwig Guttmann e a 
criação dos Jogos de Stoke Mandeville. 
Em 1948, Guttmann criou e realizou os 
Jogos de Stoke Mandeville. Os métodos utili-
zados por ele começaram a se expandir pelo 
mundo. Em 1952, um grupo de veteranos 
de guerra do Centro Militar de Reabilitação 
de Doorn (Países Baixos) competiu com os 
britânicos, acontecendo, assim, os primeiros 
Jogos Internacionais de Stoke Mandeville.
O início da prática do esporte adaptado 
no Brasil ocorreu pelo caminho da reabilita-
ção de Robson Sampaio de Almeida e Sérgio 
Serafim Del Grande, residentes no Rio de 
Janeiro e em São Paulo, respectivamente. 
Robson e Del Grande foram procurar os 
serviços de reabilitação nos Estados Unidos 
após acidentes de carro. 
As pessoas que utilizavam os serviços 
de reabilitação dos institutos nos Estados 
Unidos tinham no programa de reabilitação 
uma atividade esportiva, podendo esco-
lher entre basquete, natação, arco e flecha 
ou arremesso de disco e dardo. Robson 
Sampaio de Almeida fundou o Clube do 
Otimismo no Rio de Janeiro em 1958. Del 
Grande fundou o Clube dos Paraplégicos de 
São Paulo no mesmo ano. 
Após compreender a definição e histórico 
do esporte adaptado, Mário iniciou suas 
atividades como estagiário no CRE-A. No 
primeiro dia, ele acompanhouas aulas do 
professor João Bernardo com a turma com 
paralisia cerbreal da Escola João Moreira 
Sales. Observando a aula, Mário notou que 
alguns alunos apresentavam característi-
cas diferentes. Alguns caminhavam com 
dificuldade, outros tinham dificuldade na 
fala, outros estavam na cadeira de rodas. 
Mário procurou um livro na biblioteca do 
CRE-A e descobriu que as pessoas com defi-
ciência podem ser classificadas conforme 
os tipos de deficiência em quatro grandes 
categorias (WINNICK, 2004): 1) deficiências 
físico-motoras; 2) deficiências sensoriais; 3) 
deficiências intelectuais e 4) deficiências 
múltiplas. O quadro a seguir apresenta a 
caracterização e exemplos de cada uma 
dessas deficiências.
70 | FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA - UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE INCLUSÃO SOCIAL ATRAVÉS DO ESPORTE | 71
CATEGORIAS E TIPOS DE DEFICIÊNCIA
CATEGORIA DEFINIÇÃO EXEMPLOS
Físico-motoras
Alteração completa ou parcial de um 
ou mais segmentos do corpo humano, 
acarretando o comprometimento da 
função física.
Paralisia Cerebral
Lesão Medular
Nanismo
Amputação etc.
Sensoriais São caracterizadas por problemas de ordem sensorial.
Deficiência visual
Deficiência 
auditiva
Intelectuais
Incapacidade caracterizada por limitações 
significativas no funcionamento intelectual 
e no comportamento adaptativo, sendo 
diagnosticada antes da idade de 18 anos.
Síndrome de 
Williams
Síndrome de 
Turner
Síndrome de 
Down etc.
Múltiplas
É a ocorrência de duas ou mais deficiências 
simultaneamente – deficiências 
intelectuais, físicas, sensoriais ou 
combinadas.
Sem dados que 
comprovem 
quais são as mais 
recorrentes
Mário também notou que o professor 
João Bernardo fez algumas mudanças nas 
atividades, tais como utilizar bolas de dife-
rentes tamanhos e mais leves; algumas 
regras mudaram também. Ao fim da aula, 
Mário perguntou ao professor João Ber-
nardo por que as atividades foram alteradas 
e/ou adaptadas. Veja que, a partir desse 
questionamento, explicaremos as carac-
terísticas do esporte adaptado. 
Esporte adaptado remete à prática espor-
tiva com adaptações necessárias para que a 
pessoa com deficiência possa participar ati-
vamente. Para que o esporte seja considerado 
adaptado devem existir alterações em suas 
estruturas convencionais. Observe no quadro 
abaixo exemplos das principais adaptações 
para que os esportes sejam considerados 
adaptados para pessoas com deficiência.
ADAPTAÇÕES EM ESTRUTURAS CONVENCIONAIS 
PARA REALIZAÇÃO DO ESPORTE ADAPTADO
ESTRUTURA 
ADAPTADA EXEMPLO
Regras No tênis em cadeira de rodas, a bola pode quicar duas vezes antes de ser rebatida.
Espaço de jogo
No voleibol sentado, a quadra mede 10m de comprimento por 
6m de largura; a altura da rede é de 1,15m no masculino e 1,05m 
no feminino.
Estrutura do jogo 
ou da atividade
Junto às linhas laterais da quadra de futebol de 5, são colocadas 
bandas que impedem que a bola saia do campo.
Divisão por grupos 
afins (classificação 
esportiva)
No para-atletismo os atletas são organizados em classes 
esportivas que consideram o tipo de deficiência e a 
funcionalidade.
Criação de novas 
modalidades
O goalball foi criado para atender às necessidades exclusivas 
dos participantes com deficiência visual.
Perceba que são realizadas adaptações 
com o objetivo de promover nova oportu-
nidade de aprendizado e interação social. 
Mário também percebeu que é possível 
realizar adaptações metodológicas. Um 
exemplo disso foi a atividade apresentada 
pelo professor João Bernardo, que utilizou 
bolas de diferentes tamanhos e mais leves.
O professor explicou que, para tornar o 
programa de aula adequado para todos, são 
necessárias modificações em outros aspec-
tos, como nos equipamentos utilizados na 
aula. Assim, Mário estudou e elaborou um 
quadro para auxiliar no conhecimento das 
adaptações necessárias para ensinar às 
pessoas com diferentes condições de defi-
ciência. As principais adaptações são reali-
zadas no ambiente, no estilo de instrução, 
nas regras e nos equipamentos. 
72 | FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA - UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE INCLUSÃO SOCIAL ATRAVÉS DO ESPORTE | 73
SUGESTÕES DE ADAPTAÇÕES METODOLÓGICAS QUANTO AO TIPO DE DEFICIÊNCIA
ADAPTAÇÕES DEFICIÊNCIA VISUAL DEFICIÊNCIA AUDITIVA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL DEFICIÊNCIA FÍSICA
Instrução e 
orientação
Dirigir-se à pessoa 
chamando-a sempre pelo 
nome. / Antecipar ações 
verbalmente para não 
surpreender ou assustar a 
pessoa. / Utilizar de descrição 
verbal precisa. /Recorrer 
à demonstração tátil ou 
cinestésica somente quando 
necessário.
Utilizar demonstrações 
visuais durante a 
explicação. / Utilizar 
simultaneamente 
gestos e linguagem 
de sinais durante a 
comunicação. / Observar 
o posicionamento do 
instrutor para favorecer a 
leitura labial. /Não exagerar 
na intensidade da voz e na 
articulação das palavras.
Identificar o nível de apoio que 
o aluno necessita. / Apresentar 
pequena quantidade de 
informação por vez e aumentar 
o grau de dificuldade e 
complexidade gradativamente. 
/Assegurar a transferência de 
aprendizagem para situações 
cotidianas. / Não infantilizar a 
linguagem.
Conhecer o tipo de 
deficiência física e o 
nível funcional de cada 
pessoa para prescrever 
atividades adequadas às 
suas possibilidades.
Materiais e 
equipamentos
Substituir informações visuais 
por sinais auditivos ou táteis, 
tais como guizos, sinos ou 
dispositivos eletrônicos. / 
Ampliar o tamanho de alvos, 
bolas e demarcações. / Em 
caso de baixa visão, observar 
diferenças de cores, nitidez 
no contorno e utilização de 
contrastes.
Substituir sinais 
sonoros por visuais, 
tais como aceno de 
bandeira em vez do uso 
do apito ou o disparo 
de flash em vez de tiro.
Aumentar o tamanho de bolas, 
raquetes e outros implementos. 
/ Utilizar bolas e objetos 
mais leves e que apresentem 
trajetória mais lenta, como 
bexigas etc.
Utilizar bolas leves 
e macias. / Fixar 
implementos como 
raquetes, remos e bastões 
às mãos das pessoas 
com dificuldade de 
preensão manual pelo 
uso de velcro, faixas e 
esparadrapos.
Espaço físico
Conduzir a pessoa a fazer o 
reconhecimento espacial do 
local e comunicar qualquer 
mudança ou alteração na 
disposição de objetos no espaço 
físico. / Incluir demarcações 
táteis nos pisos, utilizando 
carpetes ou barbante fixado 
com fita adesiva. / Disposição de 
sinais sonoros no ambiente para 
facilitar orientação espacial.
Observar os cuidados 
com segurança nos 
diferentes ambientes, 
como piscina, quadra, 
playground etc.
Observar os cuidados com 
segurança nos diferentes 
ambientes, como piscina, 
quadra, playground etc. / 
Diminuir a distância observada 
no posicionamento do 
participante em relação a trave, 
alvo, pinos de boliche etc.
Adequar as instalações, 
removendo barreiras 
arquitetônicas. / Atentar 
para o uso de muletas 
em pisos escorregadios. 
/ Observar as condições 
de temperatura da agua 
da piscina, para evitar 
espasmos musculares 
e disfunções de 
termorregulação.
Regras
Aumentar tempo de 
permanência com posse 
de bola. / Passar a bola a 
determinado número de 
participantes.
Certificar-se da 
compreensão das regras 
por parte da pessoa.
Aumentar tempo de 
permanência com posse 
de bola. / Passar a bola a 
determinado número de 
participantes. / Permitir que a 
bola toque no solo uma ou mais 
vezes antes de ser recebida.
Passar a bola a 
determinado número de 
participantes. / Permitir 
que a bola toque no solo 
uma ou mais vezes antes 
de ser recebida.
Cuidados 
especiais
Atenção a “maneirismos” ou 
funções substitutivas, tais 
como balanceio ritmado do 
tronco e/ou cabeça, agito dos 
dedos e mãos.
Remover o aparelho 
auditivo antes de 
atividades vigorosas de 
impacto ou que envolvam 
água. / A pessoa pode 
apresentar problemas 
de equilíbrio (surdez 
neurossensorial).
Solicitar laudo médico às 
crianças com Síndrome 
de Down para identificar 
instabilidade atlanto-axial. 
/ Caso diagnosticada, evitar 
atividades envolvendo impacto, 
mergulho e rolamentos.
Verificar uso depróteses 
e/ou cadeira de rodas 
esportivas. / Utilizar cintos 
e faixas para fixação 
do indivíduo à cadeira 
de rodas. / Observar 
presença de escaras de 
decúbito e/ou haste de 
metal na coluna vertebral.
Fonte: Munster; Almeida, 2006. 
Ao longo dos últimos anos, as oportunida-
des esportivas para pessoas com deficiência 
aumentaram. Hoje existem grandes competi-
ções internacionais para atletas de elite com 
deficiência, além de inúmeras competições 
nacionais, regionais e locais. Mas talvez as 
mais conhecidas competições internacionais 
para pessoas com deficiência sejam a Special 
Olympics e os Jogos Paralímpicos. Vamos 
aprender um pouco sobre elas. 
Mário está cada vez mais envolvido com 
as atividades no CRE-A. Além de auxiliar nas 
aulas do professor João Bernardo, agora 
ele acompanha as aulas de natação do 
professor Hélvio. Em um dos dias do estágio 
na piscina, Hélvio comenta com Mário que 
eles vão atender alunos que fazem parte 
da Special Olympics. Você saberia dizer o 
que é a Special Olympics? Então, vamos lá!
 A Special Olympics é uma organização 
mundial sem fins lucrativos que promove 
treinamento e competições esportivas para 
melhorar a vida de pessoas com deficiência 
intelectual. O movimento nasceu nos EUA 
em 1968, quando Eunice Kennedy Shriver 
realizou um acampamento para pessoas 
com deficiência intelectual. A partir desta 
experiência, ela percebeu que essas pessoas 
tinham mais habilidades para os esportes 
e atividades físicas do que se imaginava. 
1.1. COMPETIÇÕES E OPORTUNIDADES 
ESPORTIVAS PARA ATLETAS COM DEFICIÊNCIA
74 | FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA - UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE INCLUSÃO SOCIAL ATRAVÉS DO ESPORTE | 75
O principal diferencial da Special 
Olympics é a filosofia da organização, que 
atua somente com pessoas com deficiência 
intelectual. As competições acontecem 
em níveis locais, regionais e mundiais e 
contemplam todos os níveis de habilidades 
dos atletas. Outro ponto é que existem 
diferentes programas de apoio para a 
pessoa com deficiência intelectual e para 
sua família (exemplo: atletas saudáveis). 
Veja outros diferenciais da Special Olympics.
• Na Special Olympics, os atletas são agru-
pados de acordo com idade, gênero e 
nível de habilidade. 
• Os níveis de habilidade vão de ativida-
des motoras simples (exemplo: prova 
adaptadas da natação - 15m flutuação 
ou 15m caminhada) até as mais avan-
çadas da competição formal (exemplo: 
50m nado livre ou 50m nado borboleta).
• Existem séries igualitárias entre 3 a 8 
atletas em cada série/equipes.
• Em cada cerimônia de premiação, além 
das tradicionais medalhas para o 1o, 2o 
e 3o colocados, os atletas que ficarem 
do 4o ao último lugar são presenteados 
com uma fita de participação. 
• Independentemente do nível de habi-
lidade, o atleta tem a possibilidade de 
participar de competições internacionais. 
• Programa gratuito.
• A Special Olympics contempla mais de 
30 modalidades esportivas.
Agora que Mário já conhece um pouco do 
que é a Special Olympics, ele e o professor 
Hélvio iniciam as atividades com o grupo 
de alunos com deficiência intelectual. Mário 
percebeu que, para incluir adequadamente 
esses alunos nas aulas e sessões de treina-
mento, é necessário saber que: 
• O nível de suporte que um atleta requer 
pode variar dependendo do seu nível 
de habilidade.
• Devemos incluir demonstrações e dicas 
visuais.
• Cada pessoa é única! Parabenizar 
quando o sucesso for alcançado; enco-
rajar quando não for.
• Mudanças nas programações, nos 
planos e nas expectativas podem ser 
um desafio particular. Então, construa 
rotina e crie familiaridade nas aulas e 
sessões de treinamento.
• Dar instruções claras, concisas e con-
sistentes e repeti-las com frequência.
• Demonstrar e ensinar um elemento de 
cada vez no treinamento das habilida-
des específicas.
Após finalizar as atividades, Mário escuta 
do professor Hélvio que o tipo de atividade 
realizada com os atletas da Special Olympics 
é diferente das atividades da turma da 
noite. Essa turma é composta por atletas 
com deficiência visual e deficiência física 
que estão buscando índice para os Jogos 
Paralímpicos. Você saberia falar sobre os 
esportes paralímpicos? 
Os Jogos Paralímpicos são equivalentes 
às Olimpíadas para atletas de elite com defi-
ciência física, visual e intelectual. Os jogos 
de verão e inverno são realizados a cada 
quatro anos. Começando em Seul em 1988, 
os Jogos Paralímpicos foram oficialmente 
programados para acontecer no mesmo 
país e cidade-sede dos Jogos Olímpicos.
Para compreender o que são os Jogos 
Paralímpicos, precisamos fazer uma viagem 
no tempo. Em 1960, os Jogos Internacionais 
Stoke Mandeville foram realizados pela pri-
meira vez no mesmo país e cidade dos Jogos 
Olímpicos, ou seja, em Roma. Esse fato ficou 
conhecido na história como os “Primeiros 
Jogos Paralímpicos”. A palavra “paraolím-
pico” refere-se a “paralelo” (da preposição 
grega “para”) e “Olímpico”, ilustrando como 
os dois movimentos existem lado a lado. Em 
2021, os Jogos Paralímpicos serão realizados 
pela segunda vez na cidade de Tóquio/Japão. 
O crescimento do esporte paralímpico no 
mundo deve-se a três fatores: efetividade do 
esporte no processo de reabilitação, direito 
das pessoas com deficiência à prática do 
esporte e caráter da modalidade enquanto 
entretenimento. Tais componentes não se 
aplicam apenas ao esporte paralímpico e, 
sim, ao esporte adaptado em geral. 
Boas práticas
Para saber mais sobre a Special 
Olympics, acesse os sites https://
www.specialolympics.org/ ou 
https://specialolympics.org.br/ 
Fica a Dica
Para conhecer as modalidades 
paraolímpicas, acesse o site do 
Comitê Paralímpico Brasileiro pelo 
endereço https://cpb.org.br/ 
 CONDIÇÕES ELEGÍVEIS PARA PARTICIPAR DOS JOGOS PARALÍMPICOS
TIPO DE COMPROMETIMENTO EXEMPLOS
Deficiência Visual Retinose pigmentar, degeneração da retina, albinismo, glaucoma etc.
Deficiência Intelectual Síndrome de Klinefelter, Síndrome de X-frágil, Síndrome de Williams, Ciliopatia genética etc.
Deficiências físico-motoras
Hipertonia
Paralisia cerebral, traumatismo cranioencefálico etc.Ataxia
Atetose
Baixa estatura Displasias esqueléticas, acondroplasia, osteogênese imperfeita, disfunção do hormônio do crescimento.
Diminuição de força 
muscular
Lesão medular, distrofia muscular, Lesão do Plexo Braquial, Paralisia 
de Erb, poliomielite, espinha bífida, Síndrome de Guillain-Barré etc.
Deficiência de membros Amputação, focomelia.
Diferença entre 
membros inferiores
Encurtamento ósseo significativo em uma perna devido à 
deficiência congênita ou trauma.
Diminuição de 
amplitude de 
movimento
Anquilose, artrogripose e pós-queimaduras na pele e contraturas 
articulares.
Jogos Paralímpicos remetem à prática das 
22 modalidades de verão e as seis de inverno 
do programa dos Jogos Paralímpicos. 
A participação dos atletas é marcada 
pelo processo de classificação esportiva, que 
torna os atletas elegíveis ou inelegíveis 
para sua prática. Você sabe o que significa 
“atleta elegível”? Vamos explicar. Atleta ele-
gível é aquele no qual o comprometimento 
(deficiência) que a compõe é pré-requisito 
para a participação nos Jogos Paralímpicos. 
Atualmente existem 10 condições elegíveis 
para participar das competições. Sabe quais 
são elas? Veja na tabela abaixo. 
Mário descobriu que cada modadalidade 
esportiva tem um sistema de classificação 
esportiva como critério de elegibilidade de 
atletas. Ou seja, para que a competição seja 
justa, é necessário que sejam realizadas 
avaliações – clínicas/funcionais, técnicas e 
de observação. Esse sistema é indispensável 
para garantir que o desempenho esportivo 
de um atleta é relacionado ao seu treina-
mento, e não à sua deficiência. Por isso, 
podemos ter em uma mesma prova de nata-
ção pessoas com deficiências diferentes. 
Em 22 de setembro de 1989, na cidade de 
Düsseldorf/Alemanha, é fundado o Comitê 
Paralímpico Internacional (International 
Paralympic Committee – IPC) com a missão de 
permitir queos atletas paralímpicos alcancem 
a excelência esportiva e inspirem o mundo. 
O IPC é uma organização não governamen-
tal internacional, sem fins lucrativos para os 
desportos de elites destinados a atletas com 
deficiências. Atualmente sua sede fica na 
cidade de Bonn/Alemanha. O IPC é o órgão 
máximo do esporte paralímpico mundial, 
responsável por supervisionar a organização 
e a execução dos Jogos Paralímpicos. 
No dia 9 de fevereiro de 1995, foi fundado 
na cidade de Niterói/RJ o Comitê Paralímpico 
Brasileiro (CPB). Atualmente a sede é locali-
zada em Brasília/DF. Apesar do curto período 
de existência, o CPB passou a colocar em prá-
tica uma de suas principais funções: a orga-
nização de eventos paralímpicos nacionais 
para o desenvolvimento do esporte no país. 
Após compreender as questões orga-
nizacionais do esporte paralímpico, Mário 
buscou quais são as modalidades esportivas 
dos Jogos Paralímpicos. Ele percebeu que os 
Fica a Dica
Acesse o site https://lexi.global/
about/alternative-designs/3d-
character-animations-and-
alternates/ para ver animações com 
as diferentes classes esportivas.
76 | FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA - UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE INCLUSÃO SOCIAL ATRAVÉS DO ESPORTE | 77
Uma questão interessante é que, quando 
a pessoa com deficiência começa a ter 
sucesso no esporte adaptado, a sociedade 
reconhece que, além de atleta, o indivíduo 
representante a instituição a que pertence 
(clube, cidade, estado ou país). Ele deixa de 
ser “coitadinho” e passa a ser uma pessoa 
eficiente para o esporte e a sociedade. 
Você sabia que muitos atletas com defi-
ciências concordam que o esporte é uma 
forma de afirmar sua competência e valor 
social? Os esportes adaptados desviam o 
foco das deficiências das pessoas e colocam 
a atenção em suas habilidades. Por meio 
do esporte, a habilidade e a experiência de 
uma pessoa são valorizadas e significativas. 
No entanto, embora muitos atletas com 
deficiências se considerem atletas compro-
metidos e sérios, eles normalmente sentem 
que o público em geral não os vê como atle-
tas legítimos. A mídia e o público tendem 
a vê-los como heróis não por causa de seu 
desempenho esportivo, mas porque supera-
ram o obstáculo de um “corpo incompleto”. 
Ao contrário dessa visão, a maioria 
dos atletas com deficiência não quer ser 
reduzida a um estereótipo “supercrip” ou 
vista como um pseudoatleta. Eles simples-
mente desejam que suas realizações atléti-
cas legítimas sejam reconhecidas como tal.
Após todos os questionamentos, estudos 
e conversas que Mário teve com os profes-
sores João Bernardo e Hélvio, ele percebeu 
algumas contribuições do esporte adaptado 
na vida da pessoa com deficiência.
O esporte 
adaptado enquanto 
transformação social
2 3
Mário começa a acompanhar os treinamentos de uma equipe de futebol para amputados. Lá ele descobre que o goleiro 
Bartolomeu é constantemente convocado 
para a seleção brasileira. Curioso sobre 
como ele entende o esporte adaptado, 
Mário realiza uma entrevista com Bartolo-
meu. Veja a seguir as perguntas e respostas 
dessa entrevista.
Mário: O que é importante para você 
no esporte em geral? O que você ganha 
com isso?
Bartolomeu: O que é mais importante 
para mim no esporte são as 
vitórias. Representar meu país e trazer a 
vitória para casa me dá grande alegria. O 
esporte me dá alegria, saúde, cultura e 
conhecimento.
Mário: O que é especial para você sobre 
o seu esporte em comparação com 
outros esportes?
Bartolomeu: O futebol para 
amputados é diferente. É a paixão dos 
brasileiros. Sonhamos desde a infância em 
ser jogador de futebol. Tenho o prazer de 
representar um esporte que é o símbolo do 
Brasil. Esse é o meu motor.
Mário: Qual seria o seu conselho, como 
atleta da seleção brasileira de futebol 
para amputados, para outras pessoas 
que praticam esportes?
Bartolomeu: Meu conselho é o que 
sempre digo: nunca desista. A gente 
sempre encontra dificuldades, elas 
existem, mas temos que passar por elas e 
seguir em frente.
Mário: Qual seria o seu conselho, como 
atleta da seleção brasileira de futebol 
para amputados, para outras pessoas 
progredirem na vida?
Bartolomeu: Eu digo às pessoas para 
sempre fazerem o que consideram ser 
certo. Seguir seus corações e sonhos, 
ignorando as dificuldades que vão 
surgindo e sempre seguindo em frente.
Mário: Qual é o seu objetivo no futuro?
Bartolomeu: Meu objetivo no futebol é 
continuar representando o Brasil como 
jogador de futebol para amputados e 
continuar adquirindo conhecimentos: 
estudando, me formando em educação 
física. Também ser reconhecido como 
melhor goleiro do mundo.
Mário: Você tem uma máxima pessoal 
na vida e no esporte?
Bartolomeu: Eu quero alcançar meus 
objetivos. Acho que isso torna todos os 
atletas iguais. Sempre queremos vencer. Não 
importa quantas pernas ou braços o atleta 
tenha. Nos esportes, meu desempenho deve 
ser o mais importante. No esporte e na vida, 
o meu lema que me anima quando acordo 
todos os dias para treinar é: “Nunca desistir e 
fazer sempre o meu melhor”.
A partir da entrevista, você consegue per-
ceber o poder transformador dos esportes 
adaptados? Veja que confiança, melhora da 
saúde e inspiração do senso de competição 
é a essência do esporte adaptado. Observe 
que o foco do esporte adaptado é no que 
as pessoas com deficiência podem fazer, e 
não para o que eles não podem. 
O esporte adaptado é uma ponte que une 
o esporte à consciência social. Isso contribui 
para o desenvolvimento de uma sociedade 
mais justa, com respeito e oportunidades 
iguais para todos os indivíduos.
Em geral, os benefícios do esporte adap-
tado incluem o desenvolvimento físico e 
psicológico. Além desses benefícios, o 
esporte adaptado desenvolve qualidades 
sociais, como a empatia pelas pessoas e o 
desenvolvimento do relacionamento em 
diferentes grupos sociais.
Saiba mais
Oliveira, A. P. V.; Poffo, B. N.; Souza, 
D. L. “É melhor ser super-herói do 
que ser a vítima: um estudo sobre 
a percepção de atletas e ex-atletas 
com deficiência visual sobre a 
cobertura midiática. Movimento, v. 
24, n. 4, p. 1179-1190, 2019.
Supercrip:
alguém que supera 
sua deficiência 
de maneira que 
muitas vezes são 
percebidas pelo 
público como 
inspiradoras. 
Conclusões
Neste módulo, você acompanhou percurso de Mário nas ativida-des do Centro de Referência de Esporte Adaptado (CRE-A). O 
esporte adaptado é um fenômeno cultural 
visto como produto e reflexo da sociedade. 
O esporte adaptado deixou sua marca na 
sociedade. Pessoas com deficiência lutaram 
pela inclusão no esporte e se tornaram 
reconhecidas como atletas por suas reali-
zações no esporte. As atitudes em relação 
aos atletas com deficiência mudaram, as 
barreiras à inclusão foram reduzidas e o 
esporte tornou-se mais acessíveis. Embora 
não esteja completo, a tendência é de inclu-
são e aceitação progressivas. 
Você deve ter compreendido que ter 
uma deficiência pode, muitas vezes, limi-
tar a percepção das pessoas. Por meio do 
esporte adaptado, essa percepção pode 
ser mudada. Quaisquer que sejam as limi-
tações, o esporte adaptado pode contribuir 
com a quebra de barreiras sociais e físicas. 
A perspectiva futura é de que as oportuni-
dades para incluir pessoas com deficiência 
por meio do esporte continuarão a crescer.
Referências
MUNSTER, M. A.; Almeida, J. J. G. Um olhar sobre a 
inclusão de pessoas com deficiência em progra-
mas de atividade motora: do espelho ao caleidos-
cópio. In: Rodrigues, D. (Org.). Atividade Motora 
Adaptada: valores e práticas para a inclusão. 
Porto Alegre: Artmed, 2006, p. 81-92.
Simim, M. A. M. Esporte Paralímpico em Jovens Atletas. 
In: Coelho, E. F.; Werneck, F. Z.; Ferreira, R. M. (Org.). 
Manual do Jovem Atleta: da escola ao alto rendi-
mento. Curitiba: Editora CRV, 2020, v. 1, p. 377-396.
WINNICK, J. P. Educação física e esportes adap-
tados. Barueri: Manole, 2004.
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Autor
Mário Antôniode Moura Simim
É doutor em Ciências do Esporte (UFMG), mestre 
em Educação Física (UFTM), especialista em 
Esportes e atividades físicas inclusivas para 
pessoas com deficiência (UFJF) e graduado em 
Educação Física (Uni-BH). É professor adjunto 
no Instituto de Educação Física e Esportes (Iefes) 
da Universidade Federal do Ceará, professor 
permanente no Programa de Pós-graduação em 
Fisioterapia e Funcionalidade (UFC), agente de 
Acessibilidade da Secretaria de Acessibilidade 
UFC-Incluir, auxiliar técnico da Seleção Brasileira 
de Futebol para Amputados, membro pesquisador 
da Academia Paralímpica Brasileira e coordenador 
do Grupo de estudos em Educação Física e 
Desporto Adaptado (Gefda/Iefes/UFC).
PATROCÍNIO REALIZAÇÃOAPOIO
Ilustrador
Guabiras
Carlos Henrique Santos da Costa é cartunista e 
jornalista por formação. Trabalhou no O POVO 
(Fortaleza/CE) de 1998 a 2019. Colaborou para 
a revista MAD (SP) de 2003 a 2016. Publicou em 
2003 uma história em quadrinhos no jornal Extra, 
de Nova York (EUA). Ganhou em 2015, junto com 
a equipe de arte do O POVO, o prêmio Esso de 
Jornalismo na categoria Criação Gráfica. Em 2016, 
o Prêmio Ângelo Agostini de “Melhor Cartunista” 
e dois Troféus HQ MIX em parcerias. Participou 
de projetos como Tarja Preta (RJ), Escape (SP), 
 Gibi Quântico (SP) e Marcatti 40 (SP).

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