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Prévia do material em texto

EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA E INCLUSIVA 
APRESENTAÇÃO 
 
CURRÍCULO LATTES 
 
Profa. Dra. Ana Luiza Barbosa Anversa 
 
● Doutora em Educação Física pelo Programa de Pós-Graduação Associado em 
Educação Física da Universidade Estadual de Maringá e da Universidade 
Estadual de Londrina ( PEF-UEM/UEL); 
● Mestre em Educação Física ( PEF-UEM/UEL); 
● Especialista em Prescrição Personalizada de Exercícios Físicos- Personal 
Training pela Universidade Estadual de Maringá (UEM); 
● Especialista em Educação a Distância e Tecnologias Educacionais pela 
Universidade Cesumar (UNICESUMAR); 
● Especialista em orientação, supervisão e gestão escolar pelo Centro Universitário 
Internacional Uninter (UNINTER); 
● MBA em Gestão do conhecimento nas organizações pelo Centro Universitário 
Metropolitano de Maringá (UNIFAMMA) 
● Graduada em Educação Física (Universidade Estadual de Maringá); 
● Graduada em Pedagogia (Centro Universitário Internacional Uninter); 
● Vice- Coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Física 
Escolar, Educação e Políticas Educacionais (GEEFE) (Universidade Estadual de 
Maringá); 
Experiência na área de Educação Física e Pedagogia, atuando principalmente nos 
seguintes temas: princípios pedagógicos, estágio supervisionado, formação e 
intervenção profissional, identidade profissional, planejamento e educação física para 
pessoas com deficiência. 
 
Link para acesso ao currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/7812424308966855 
 
 
 
 
http://lattes.cnpq.br/7812424308966855
 
Prof. Me. Bruna Solera 
 
● Doutoranda em Educação Física pelo Programa de Pós-Graduação Associado 
em Educação Física da Universidade Estadual de Maringá e da Universidade 
Estadual de Londrina (PEF- UEM/UEL); 
● Mestre em Educação Física (PEF - UEM/UEL); 
● Especialista em Tecnologias Aplicadas ao Ensino a Distância (Centro 
Universitário Cidade Verde); 
● Especialista em Educação Especial (Instituto Paranaense de Educação de 
Maringá-PR); 
● Especialista em Psicomotricidade no Contexto Escolar (Instituto Paranaense de 
Educação, Maringá-PR); 
● Graduada em Educação Física Bacharelado (Universidade Estadual de Maringá); 
● Graduada em Educação Física Licenciatura (Universidade Estadual de Maringá); 
● Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Física Escolar, 
Educação e Políticas Educacionais (GEEFE) (Universidade Estadual de Maringá); 
● Coordenadora do curso de Educação Física na modalidade de Educação à 
Distância, no Centro Universitário Cidade Verde (UniFCV). 
 
Experiência de atuação com a pessoa com deficiência e com o Esporte Paralímpico por 
meio do Programa de Atividade Física Adaptada (PROAFA) e da arbitragem de Bocha 
Paralímpica. 
 
Link para acesso ao currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/4778060448341914 
http://lattes.cnpq.br/4778060448341914
 
APRESENTAÇÃO DA APOSTILA 
 
Olá estudante, 
 
Seja bem vindo (a) a apostila de “Educação Física Adaptada e Inclusiva”! 
Neste material iremos tratar de temas pertinentes a sua formação profissional no 
que se refere a Educação Física Adaptada e Inclusão. Sua apostila está dividida em 
quatro unidades. Vamos conhecê-las? 
Na unidade I, intitulada de “Educação Física Adaptada e Inclusão”, você terá 
oportunidade de adquirir conhecimentos acerca dos aspectos históricos da Educação 
Física Adaptada, da pessoa com deficiência, assim como, entender o que é a deficiência. 
Vamos contemplar em nosso conteúdo, os modelos de deficiência e as características 
das deficiências física, visual, auditiva e intelectual. 
Na unidade II, “Esportes Adaptados e Paralímpicos” vamos discutir a diferença 
entre esportes adaptados e esportes paralímpicos. Você sabe o que diferencia tais 
nomenclaturas? Além disso, você conhecerá os esportes paralímpicos de verão e de 
inverno. 
Já na unidade III, chamada de “Educação Física Escolar Inclusiva", teremos como 
foco o debate da inclusão e seus aspectos legais no contexto escolar. Falaremos sobre 
acessibilidade e traremos dicas de como incluir alunos com deficiência em suas aulas. 
Por fim, na unidade IV “Educação Física e Populações Especiais”, estudaremos a 
obesidade, gestantes e idosos de forma a caracterizá-los e a partir disso, verificarmos 
como podemos atuar de forma a possibilitar a eles, uma intervenção profissional de 
qualidade, seja no espaço escolar ou fora dele. 
Esperamos que ao final dessa jornada do conhecimento você compreenda melhor 
o universo da inclusão e da Educação Física para pessoas com deficiência, além de 
quais ações podem ser desenvolvidas pelo profissional da área dentro e fora da escola. 
Desejamos a você uma excelente caminhada pelas estradas do conhecimento! 
 
 
 
 
UNIDADE I 
EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA E INCLUSÃO 
Professora Doutora Ana Luíza Barbosa Anversa 
Professora Mestre Bruna Solera 
 
 
Plano de Estudo: 
• Aspectos históricos da Educação Física Adaptada; 
• Pessoa com deficiência: da exclusão à inclusão na sociedade e na escola; 
• O que é deficiência: conceitos e características. 
 
 
Objetivos de Aprendizagem: 
• Contextualizar historicamente a Educação Física Adaptada e a deficiência; 
• Compreender os modelos e os tipos de deficiência. 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Olá estudante, 
 
Seja bem vindo(a) a primeira unidade da apostila de “Educação Física Adaptada e 
Inclusão”! 
A unidade I tem como objetivo apresentar conhecimentos que servirão como base 
para as demais unidades, sendo essenciais para o entendimento da deficiência ao longo 
da história e quais os desdobramentos que levaram à como a sociedade vê e se 
relaciona com a pessoa com deficiência nos dias atuais. 
Esta unidade está dividida em três tópicos. São eles: Tópico 1. “Aspectos históricos 
da Educação Física Adaptada”. Tópico 2. “Pessoa com deficiência: da exclusão à 
inclusão na sociedade e na escola” e Tópico 3. “O que é deficiência: conceitos e 
características”. 
No primeiro momento vamos entender os aspectos históricos da Educação Física 
Adaptada e quais ações e indicativos legais, médicos e pedagógicos levaram a esse 
campo de atuação que conhecemos hoje, ou seja, vamos caminhar sobre as trilhas 
históricas do esporte e seus indicativos para inclusão. 
Na sequência conheceremos melhor o cotidiano das pessoas com deficiência, 
refletindo em especial sobre os termos exclusão, segregação, integração e inclusão. 
Você vai descobrir como as pessoas com algum tipo de “diferença” eram vistas no 
passado e quais as barreiras e potencialidades as mesmas apresentam. 
Por fim, no terceiro tópico você irá conhecer os tipos de deficiência. Você sabe 
quais são os aspectos funcionais que acometem cada deficiência e quais os riscos e 
possibilidades de ações inerentes às deficiências física, visual, auditiva e intelectual? 
Vamos conhecê-las! 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem do Tópico: https://www.deficienteciente.com.br/origem-dos-jogos-paraolimpicos.html 
Fonte: Deficiente ciente [s.d]. 
 
1 ASPECTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA 
 
 
A história da Educação Física Adaptada vem se consolidando nos últimos anos 
com práticas direcionadas à inclusão, seja no âmbito esportivo, educacional, da saúde e 
qualidade de vida. 
No entanto, vale ressaltar que essas ações não são recentes, há relatos sobre a 
utilização de exercícios físicos como o tratamento médico ou terapia desde os anos 3.000 
a.C., mas à sistematização das propostas e adoção do termo Educação Física Adaptada 
se deu apenas em 1950 por meio da American Association for Health Physical Education, 
Recreation and Dance (AAHPERD). 
O termo Educação Física Adaptada é o mais utilizado mundialmente, mas 
podemos encontrar referenciais teóricos e materiais da área que adotam os termos 
Educação Física Especial, Educação Física para pessoas com Deficiência, Educação 
Física Adaptada ou ainda Atividades Motoras adaptadas. Mas afinal, porque surgiu a 
Educação Física Adaptada?Os referenciais teóricos da área, indicam que à Educação Física Adaptada surgiu 
como uma forma de abranger pessoas que não atendiam um padrão estético corporal 
https://www.deficienteciente.com.br/origem-dos-jogos-paraolimpicos.html
 
socialmente aceito, ou seja, que não apresentavam corpos bonitos, fortes e saudáveis 
para prática esportiva competitiva, para os métodos ginásticos, incursões militares ou 
ações laborais. De início as propositivas eram com o intuito de ocupar corpos vulneráveis 
ou destituídos de contribuição social e econômica, reduzindo à instauração de doenças 
e gastos com a saúde pública (FREITAS; CIDADE, 2010). 
Com o passar do tempo, em especial após as grandes guerras mundiais, a 
pessoas com deficiência começa a ser compreendida em suas individualidades e 
necessidades, fomentando o olhar para práticas corporais como meio de fortalecimento 
físico e reintegração social. Foi após a Segunda Guerra Mundial que a Educação Física 
Adaptada ganhou maior visibilidade, sendo utilizada como exercícios terapêuticos em 
hospitais para recuperar a força e função muscular perdidos nos tempos de 
convalescência. Essa prática incentivou a criação de centros de reabilitação. 
Foi em um desses centros de reabilitação, Centro Nacional de Lesionados 
Medulares, incentivado pelo Dr. Ludwig Guttman que os jogos e esportes adaptados para 
amputados, paraplégicos ou outras deficiências se tornaram mais populares. Ele 
acreditava que a Educação Física Adaptada era uma parte essencial no tratamento 
médico, considerando tanto as mazelas de ordem física como psicológicas e de 
reintegração social. Foi por meio de suas ações que ocorreu o Jogo de Stoke Mandeville, 
envolvendo 16 veteranos de guerra em competição de arco e flecha. 
Hoje em dia, de acordo com Winnick (2004) a Educação Física Adaptada se 
configura como um programa de práticas corporais elaborado para suprir as 
necessidades individuais das pessoas com deficiência ou alguma limitação, 
contemplando desde questões motoras, físicas e esportivas até ações direcionadas à 
saúde e bem estar. 
Frente ao exposto, nota-se que a princípio à Educação Física era uma prática 
corporal direcionada apenas para corpos dentro de um “padrão” de normalidade, para o 
desenvolvimento de destrezas físicas, mas frente aos avanços científicos que 
desmistificam as deficiências e com o quadro de militares lesionados devido às guerras, 
o pensar novas possibilidades de práticas corporais voltadas para saúde, bem estar e 
integração social se tornaram de suma importância, fomentando os indicativos da 
Educação Física adaptada que temos hoje. 
 
 
SAIBA MAIS 
 
Você sabia que nos cursos de formação inicial em Educação Física questões sobre 
a deficiência, suas características e possibilidades de intervenção só foram inseridas no 
currículo na década de 1980, incentivados pelas propositivas do Ano Internacional da 
Pessoa Deficiênte (1981), pressões políticas governamentais propostas pelas 
Organização das nações Unidas (ONU) e pela renovação crítica/pedagógica que à área 
passou nesse período. Mas mesmo assim, o que se vê ainda são fragilidades sobre a 
compreensão sobre a deficiência, estando a maioria das ações centradas apenas nos 
conhecimentos e vivências dos esportes adaptados. 
 
 
Imagem do Tópico: https://tendimag.files.wordpress.com/2014/03/freaks-2.jpg 
Fonte: Tendências do imaginário, 2014. 
 
Fonte: As autoras. 
 
#SAIBA MAIS# 
https://tendimag.files.wordpress.com/2014/03/freaks-2.jpg
 
2 PESSOA COM DEFICIÊNCIA: DA EXCLUSÃO A INCLUSÃO NA SOCIEDADE E 
NA ESCOLA 
 
 
O percurso histórico da pessoa com deficiência não foi fácil, assim como, ainda não 
é. Mas após passar pela exclusão e diversos desafios, tais sujeitos chegam aos dias 
atuais, dias estes marcados pela inclusão. Você conhece essa história? Vamos conhecê-
la ou relembrá-la. 
Existem registros das pessoas com deficiência ao longo da história. Na Grécia 
Antiga, em Esparta e Atenas, os recém nascidos que possuíam algum tipo de deficiência 
eram abandonados em cavernas profundas ou a própria sorte (DIEHL, 2006), assim 
como em Roma, na qual as pessoas “defeituosas” (como chamavam-nas na época) eram 
eliminadas. Isso acontecia pois, não havia reconhecimento de qualquer humanidade 
nelas, devido a presença de “defeitos” (ARANHA, 2001). As pessoas com deficiência 
passavam por um momento de exclusão. 
No decorrer da Idade Média, as pessoas com deficiência deixaram de ser 
exterminadas, no entanto passaram a ser excluídas do contexto social (DIEHL,2006). 
Com isso, crianças, jovens, adultos com deficiência passaram a ser isolados em porões, 
ilhas, vales, asilos, dentre outros. Esse período passou a ser chamado de segregação 
(DIEHL, 2006; GAIO, 2006). 
Então estudante, as pessoas com deficiência que antes eram eliminadas, agora 
são isoladas do convívio social, veja a figura 1. 
 
Figura 1. Representação da Exclusão e Segregação da Pessoa com deficiência na 
sociedade 
 
 
Fonte: Governo do Paraná/UNIFESP, 2020. 
https://www.unifesp.br/campus/san7/todas-noticias/2298-deficiencia-o-desafio-da-acessibilidade-e-
da-inclusao-social 
 
Ao final da Idade Média, se tem o predomínio da razão e interesse pelo o homem 
e pela natureza e então, começaram a surgir indícios de pesquisas sobre a deficiência 
(DIEHL, 2006). Foi entre os séculos XVI e XVIII que médicos começaram a procurar 
causa da deficiência (KASSAR, 1999). Especificamente no século XVIII se tem as 
primeiras instituições voltadas ao tratamento das deficiências (DIEHL, 2006), como 
exemplo temos o Instituto Real, em Paris, a primeira escola para cegos. 
Ainda no século XVII, XVIII e XIX, as pessoas com deficiência se apresentavam em 
circos e em praças públicas. Tais sujeitos eram alvos de zombaria (FAVATO, 2018). 
Observe a figura 2. Nela está Josephene Myrtle Corbin, conhecida como “a mulher de 
quatro pernas”, ela era uma tração no circo, no "show de horrores” nos Estados Unidos. 
Ela se apresentava como “aberração”. 
 
https://www.unifesp.br/campus/san7/todas-noticias/2298-deficiencia-o-desafio-da-acessibilidade-e-da-inclusao-social
https://www.unifesp.br/campus/san7/todas-noticias/2298-deficiencia-o-desafio-da-acessibilidade-e-da-inclusao-social
 
 
Figura 2. Josephene Myrtle Corbin 
 
Fonte: Mistérios do Mundo, [s.d]. 
https://misteriosdomundo.org/wp-content/uploads/2020/04/727px-Myrtle_Corbin-690x1024.jpg 
 
Os estudos científicos foram se proliferando e atingiram seu auge no século XX 
(DIEHL, 2006). Havia também um crescimento do interesse em “normalizar” as pessoas 
com deficiência, por isso, há o surgimento de escolas e clínicas de reabilitação. 
Esperava-se que tais pessoas se recuperassem para conviver em sociedade. A 
reabilitação seria uma forma de integração ao mundo, visto ele, como “normal”. Com 
isso, tinha-se como objetivo, inserir a pessoa com deficiência na sociedade sem 
transformações do ambiente social, esse processo foi conhecido como Movimento de 
Integração (MARQUES; GUTIERREZ, 2014). 
https://misteriosdomundo.org/wp-content/uploads/2020/04/727px-Myrtle_Corbin-690x1024.jpg
 
Durante esse movimento, as pessoas eram aceitas na sociedade, mas elas 
deveriam ser capazes de vencer e se adaptar ao ambiente social (CIDADE; FREITAS, 
2002). Veja a figura 3 
 
Figura 3. Representação da integração da pessoa com deficiência 
 
Fonte: Governo do Paraná/UNIFESP, 2020. 
https://www.unifesp.br/campus/san7/todas-noticias/2298-deficiencia-o-desafio-da-acessibilidade-e-da-
inclusao-social 
 
Tal movimento não deu muito certo! Isso porque só a reabilitação não estava sendo 
suficiente para ajudar as pessoas com deficiência a se “normalizarem” e conseguirem 
conviver em sociedade, então, percebeu-se a necessidade de outra iniciativa, ou seja, 
viu-se que a sociedade poderia ter papel essencial nesta questão. Sendo assim, chega-
se à inclusão. 
A inclusão é um movimento no qualo sujeito passa a fazer parte da sociedade. 
Observe a figura 4. 
https://www.unifesp.br/campus/san7/todas-noticias/2298-deficiencia-o-desafio-da-acessibilidade-e-da-inclusao-social
https://www.unifesp.br/campus/san7/todas-noticias/2298-deficiencia-o-desafio-da-acessibilidade-e-da-inclusao-social
 
 
Figura 4. Representação da inclusão 
 
Fonte: Governo do Paraná/UNIFESP, 2020. 
https://www.unifesp.br/campus/san7/todas-noticias/2298-deficiencia-o-desafio-da-acessibilidade-e-da-
inclusao-social 
 
De acordo com Aranha (2001, p. 18) a inclusão é, 
 
Processo de ajuste mútuo, onde cabe à pessoa com deficiência 
manifestar-se com relação a seus desejos e necessidades e à sociedade, 
a implementação dos ajustes e providências necessárias que a ela 
possibilitem o acesso e a convivência no espaço comum, não segregado. 
 
Neste momento, a sociedade passa a assumir responsabilidade na construção de 
possibilidades para que as pessoas com deficiência possam conviver em melhores 
condições. A inclusão ela não substitui a integração, mas vem melhorá-la (SOLERA, 
2018). 
Até a chegada da inclusão, Leis e declarações foram sendo criadas e conquistadas 
pelas pessoas com deficiência. Estas foram trilhando caminhos para chegarmos até a 
inclusão e também reafirmando-a na sociedade. Hoje temos a Lei mais atual que 
direcionada a esses sujeitos, é a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência 
(LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015). Esta Lei tem como objetivo, conforme 
mencionado em seu Art. 1º “assegurar e promover, em condições de igualdade, o 
exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando 
à sua inclusão social e cidadania” (BRASIL, 2015). 
Ademais, esta Lei afirma que assegurar os direitos das pessoas com deficiência é 
dever do Estado, da sociedade e da família, veja a citação que segue: 
https://www.unifesp.br/campus/san7/todas-noticias/2298-deficiencia-o-desafio-da-acessibilidade-e-da-inclusao-social
https://www.unifesp.br/campus/san7/todas-noticias/2298-deficiencia-o-desafio-da-acessibilidade-e-da-inclusao-social
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.146-2015?OpenDocument
 
 
Art. 8º É dever do Estado, da sociedade e da família assegurar à pessoa 
com deficiência, com prioridade, a efetivação dos direitos referentes à 
vida, à saúde, à sexualidade, à paternidade e à maternidade, à 
alimentação, à habitação, à educação, à profissionalização, ao trabalho, 
à previdência social, à habilitação e à reabilitação, ao transporte, à 
acessibilidade, à cultura, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à informação, 
à comunicação, aos avanços científicos e tecnológicos, à dignidade, ao 
respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária, entre outros 
decorrentes da Constituição Federal, da Convenção sobre os Direitos das 
Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo e das leis e de 
outras normas que garantam seu bem-estar pessoal, social e econômico. 
 
Neste documento, todos os direitos mencionados são esmiuçados. Visite-o na 
íntegra. 
 
SAIBA MAIS 
 
Você sabia que ao longo da história a pessoa com deficiência já foi chamada de 
monstro, monstruosidade? Pois é. Com o passar do tempo, várias nomenclaturas foram 
utilizadas para se referir a estes sujeitos, como deficiente, portador de deficiência. Mas 
o termo mais adequado e atual para se referir a elas, é PESSOA COM DEFICIÊNCIA. 
 
Imagem :Shutterstock 
https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/disabled-people-disabilities-prosthesis-blind-
woman-1182651652 
 
Fonte: As autoras. 
https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/disabled-people-disabilities-prosthesis-blind-woman-1182651652
https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/disabled-people-disabilities-prosthesis-blind-woman-1182651652
 
 
3 O QUE É A DEFICIÊNCIA: CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS 
 
 
Estudantes, o que é deficiência? Pare e reflita sobre este questionamento e em 
seguida prossiga a leitura. 
Sem dúvidas você já deve ter se deparado, em algum espaço, com alguma pessoa 
com deficiência, não é mesmo? Pois é, nos dias atuais, esses sujeitos se fazem mais 
presentes (atuantes) na sociedade, isso porque, como vimos nos tópicos anteriores, hoje 
a sociedade oferece meios para que as pessoas com deficiência tenham condições de 
participarem da vida social, presenciamos um momento de inclusão. Mesmo que a 
sociedade, assim como o espaço escolar, não seja totalmente inclusivo, estamos 
buscando a cada dia possibilitar maior equidade, e veja bem, já evoluímos! 
O que vamos discutir em seguida, faz parte dessa bagagem em prol da inclusão, 
pois o conhecimento desmistifica concepções e abre nossos olhos para novos caminhos. 
 
3.1 Deficiência: modelo médico x social 
 
Você já ouviu falar em modelos de deficiência? Pois é. Eles existem. Eles se 
referem a formas de se entender a deficiência. São eles: Modelo Médico e Modelo Social. 
No modelo médico, deficiência, de acordo com a Organização Mundial da Saúde - 
Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) (2004, p. 49), 
é definida como “problemas nas funções ou nas estruturas do corpo, tais como um desvio 
importante ou uma perda”. Marques, Cidade e Lopes (2009, p. 119), trazem a deficiência 
como “problemas nas funções ou nas estruturas do corpo como um desvio significativo 
ou uma perda”. Tais conceitos associam a deficiência à dimensão biológica dos sujeitos. 
Com isso, as alterações ou danos, significaram impedimento, que levaria a incapacidade 
(FERREIRA; GUIMARÃES, 2003). 
Incapacidade para Marques, Cidade e Lopes (2009, p. 119) “é uma desvantagem 
individual, resultante do impedimento ou da deficiência, que limita ou impede o 
cumprimento ou desempenho de um papel social”. A deficiência nesse olhar, é algo 
natural do corpo, tendo por exemplo, como suporte para melhoria da qualidade de vida 
 
desses sujeitos, a medicina, a reabilitação. Sendo apenas do sujeito a responsabilidade 
por não conseguir ir e vir, por exemplo, de forma independente na sociedade. 
Com o passar dos anos, esse modelo foi perdendo força e abrindo espaço para 
outras formas de pensamento. Então, a este modelo médico, integrou-se um conceito 
construído a partir da área das humanidades, o modelo social. De acordo com este 
modelo, a deficiência não está relacionada apenas ao corpo, e sim a restrição social 
(SOLERA, 2018). Assim a deficiência teria sua causa associada a imposição social de 
barreiras que irão impedir ou dificultar às pessoas com deficiência usufruírem seus 
direitos. 
Estudante, conseguiu identificar a diferença entre os modelos? É importante 
ressaltar que eles se complementam. Então podemos afirmar que a deficiência está 
associada a questões biológicas sim, mas ela só se torna uma desvantagem em uma 
sociedade cheia de barreiras. Devemos então, contribuir para que possamos possibilitar 
a nossos alunos, um ambiente, um espaço que possibilite a ele frequentar, conviver e se 
desenvolver de forma autônoma, sem barreiras. 
Para finalizar, trazemos a definição de pessoa com deficiência, segundo a Lei 
Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). 
Esta é a Lei mais atual relacionada à pessoa com deficiência, sendo assim ela é vista 
como, 
Art. 2º [..] aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, 
mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais 
barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em 
igualdade de condições com as demais pessoas (BRASIL, 2015). 
 
É possível observar nesta definição a tentativa de junção dos modelos que estamos 
tratando neste subtópico, conseguiu identificar? Ao mesmo tempo em que se relaciona 
a pessoa com deficiência ao um impedimento, ela afirma que este pode ser fortalecido 
por meio da interação com barreiras, o que implica na dificuldade de participação plenae efetiva na sociedade. 
Estudante, definir a deficiência não é tarefa simples, assim como não se trata de 
algo engessado, é algo biológico e social, que poderá refletir em nossa atuação. Então 
temos a responsabilidade de entender do que trata este assunto e contribuir com a 
minimização de barreiras para uma inclusão efetiva. 
 
 
3.2 Deficiência Física 
 
De acordo com Marques, Cidade e Lopes (2009, p. 128) a deficiência física 
“caracteriza-se por uma alteração da estrutura anatômica ou da função que interfere 
na movimentação e/ou locomoção do indivíduo e lhe causa dificuldades de participar 
da vida de forma independente”. Para Diehl (2006, p. 92), as pessoas com deficiência 
física são aquelas que “apresentam algum tipo de comprometimento para a realização 
dos padrões motores esperados”. Isso resulta na dificuldade em executar os padrões 
motores, o que pode consequentemente pode comprometer ou não a realização de 
alguns movimentos como: “caminhar, correr, saltar, manipular coordenadamente 
objetos e movimentos de estabilização”. 
As deficiências físicas podem ser de origem cerebral, medular, muscular ou 
ósseo-articular, o que afetará diferentes áreas motoras. Vamos conhecer então 
algumas deficiências? 
 
 3.2.1 Origem Cerebral 
 
As deficiências de origem cerebral, de acordo com Diehl (2006), têm sua causa 
devido a lesões que acontecem no cérebro, afetando diferentes partes do corpo. 
Segundo Diehl (2006) e Marques, Cidade e Lopes (2009) as deficiências podem causar: 
● Monoplegia: quando um membro do corpo é afetado. 
● Diplegia: quando afeta dois membros. 
● Triplegia: quando afeta três membros. 
● Quadriplegia: quando afeta quatro membros. 
● Hemiplegia: comprometimento completo, apenas de um lado do corpo. 
● Paraplegia: comprometimento de ambos os membros inferiores. 
 
A paralisia cerebral é o tipo mais comum de deficiência de origem cerebral. 
 
3.2.1.1 Paralisia Cerebral 
 
 
Figura 5. Criança com Paralisia Cerebral 
 
Fonte: Shutterstock 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/cheerful-boy-disability-rehabilitation-center-kids-524271736 
 
A Paralisia Cerebral (PC), para Diehl (2006, p. 94), “é uma lesão que afeta o 
Sistema Nervoso Central (SNC) antes que seu desenvolvimento tenha se completado, 
causando desordem motora e sensitiva na movimentação ampla e fina do corpo”. A PC 
pode ser classificada de acordo com o tipo de alteração do controle de movimento. Veja 
a seguir. 
● Espástica: O tônus muscular está aumentado (HERNÁNDEZ et al., 2018). Há 
uma desordem nos movimentos voluntários do sujeito, fazendo com que todo o 
corpo participe de um movimento, que em pessoas sem a PC espástica, 
envolveria apenas uma parte do corpo (DIEHL, 2006). 
● Atetóica: Neste tipo, o tônus muscular apresenta variações, podendo em 
momentos estar em hipotonia e em outros em hipertonia. Essa mudança se dá 
conforme a atividade e também provoca movimentos involuntários anormais 
(HERNÁNDEZ et al., 2018). Esse movimento involuntário pode acontecer até 
mesmo em repouso (DIEHL, 2006). 
● Atáxica: O tônus muscular tende a estar diminuído com frequência. Há um 
distúrbio motor que acarreta em problemas na postura e na coordenação motora, 
o que consequentemente reflete em dificuldades no equilíbrio e na percepção tátil 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/cheerful-boy-disability-rehabilitation-center-kids-524271736
 
(DIEHL, 2006). As crianças podem ter dificuldades em se manter em uma 
determinada posição (HERNÁNDEZ et al., 2018). 
 
De acordo com Hernández et al. (2018) a alteração cerebral tende a dar origem a 
transtornos do movimento e do tônus muscular, como vimos nos tipos mencionados 
anteriormente. Isso resulta na falta de coordenação e de equilíbrio muscular. 
Destacamos ainda, que a gravidade da PC pode variar bastante. Podemos ter crianças 
com profundas alterações da postura, com quase que ausência total de autonomia, 
assim como, podemos ter apenas crianças com uma desordenação para movimentos 
finos. Pessoas podem ter a necessidade de utilizar uma comunicação alternativa (Figura 
6), enquanto outras podem se comunicar verbalmente, como os demais sujeitos. 
 
 
Figura 6. Pasta de comunicação alternativa 
 
Fonte: Blog AEE 2013 Bruna. 
http://aeeufc2013bruna.blogspot.com/2013/09/pasta-de-comunicacao-alternativa.html 
 
 A figura 6, mostra uma pasta de comunicação alternativa, ou seja, é um meio de 
comunicação para a PC. Então as figuras e as páginas podem ser adicionadas conforme 
necessidade do sujeito, que por sua vez, apontará a figura de acordo com o que ele 
deseja ou necessita dizer. 
Veja estudante, podemos nos deparar com crianças que apresentam 
comprometimento intelectual associado a PC, mas isso não é regra. A PC está ligada a 
dificuldades motoras. Sendo assim, na maioria dos casos o intelecto está preservado, 
possibilitando a essas pessoas, por exemplo, a participação em jogos complexos. 
Devemos tomar cuidado ao depararmos com tais sujeitos, pois muitas das pessoas 
confundem as dificuldades motoras, com deficiência intelectual, e com essa falta de 
conhecimento, agem de forma errônea, fortalecendo atitudes que andam na contramão 
da inclusão. Fique atento! 
 
http://aeeufc2013bruna.blogspot.com/2013/09/pasta-de-comunicacao-alternativa.html
 
SAIBA MAIS 
 
“A incidência normal da PC é de cerca de 2% das crianças nascidas vivas, mas este 
número varia segundo as séries estudadas, os critérios de seleção, o tempo e o tipo de 
comunidade analizada" (HERNÁNDEZ et al., 2018, p. 19). 
 
#SAIBA MAIS# 
 
 3.2.2 Origem Muscular 
 
As deficiências físicas neste tipo, tem sua origem associada a questão muscular, 
há uma degeneração progressiva da musculatura. Sua origem é genética e esta 
ligada ao sexo (DIEHL, 2006). O tipo mais comum é chamado de Distrofia Muscular 
de Duchenne. Vamos conhecer? 
 
 3.2.2.1 Distrofia Muscular Progressiva de Duchenne 
 
A Distrofia Muscular Progressiva de Duchenne é uma “doença neuromuscular 
transmitida por herança recessiva ligada ao gênero: as mães são portadoras do gene 
responsável que desencadeia a enfermidade e esta afeta a 50% dos filhos homens” 
(HERNÁNDEZ, et al., 2018, p. 24). Diehl (2006) afirma que é uma deficiência rara em 
meninas. Ela aparece em torno dos 4 anos de idade e, segundo Diehl (2006) possui 
duas etapas bem definidas: 
1. No primeiro momento há o aparecimento de um desequilíbrio da marcha que, 
aos poucos, vai aumentando e evolui para um desvio na coluna que acaba por piorar 
a postura, levando a criança ao uso de cadeira de rodas. 
2. A partir dos 10 anos, aproximadamente, há um agravamento da degeneração 
e o adolescente irá precisar ser auxiliado em todas as tarefas, atividades, isso porque 
tem uma perda de força. De forma geral, pessoas com Distrofia Muscular Progressiva 
de Duchenne vão a óbito em torno de 20 anos, por insuficiência respiratória (DIEHL, 
2008). 
 
Hernández et al. (2018, p.25) destacam que, na realização de atividade física, 
deve-se levar em consideração estas características. Atividades na água não são 
ótima ideia, pois as pessoas conseguirão se deslocar com maior facilidade. Ademais, 
é importante ressaltar que a criança com Distrofia de Duchenne “não pode esgotar 
sua musculatura no decorrer da prática física, embora esta seja uma terapia”. 
 
 3.2.3 Origem Ósseo-articular 
 
As deficiências de origem ósseo-articular, são aquelas em que as lesões afetam 
principalmente o tecido ósseo e/ou articular. Isso pode levar a sequelas no aparato 
motor (DIEHL, 2006). Tais lesões podem ser originadas antes ou durante o 
nascimento da criança, que são as chamadas de malformações congênitas, ou 
podem ainda, ser adquiridas ao longo da vida, como exemplo temos a amputação. 
 
 3.2.3.1 Malformações 
 
A malformação pode acontecer durante a gestão ou no momento do nascimento. 
Isso pode resultar na ausência de um membro completoou ausência de alguma parte. 
Essa ausência de membro ou de parte dele pode ser causada por toxicidade de 
medicamentos, podemos mencionar como exemplo a talidomida (DIEHL, 2006).
 
 
Figura 8. Malformação na mão 
 
Fonte: Shutterstock 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/malaga-andalusia-spain-15-april-2019-1762186289 
 
Diehl (2006) aponta que há também outra forma de malformação congênita. 
Esta diz respeito à rigidez articular, há a calcificação das articulações de forma com 
que o sujeito pede a mobilidade dos locais atingidos. 
 
3.2.3.2 Amputação 
 
A amputação, de acordo com Hernández et al. (2018, p. 30) é “perda total ou 
parcial de uma extremidade superior ou inferior”. Amputação é uma lesão adquirida, 
em geral, tem como causa algum trauma que acaba afetando o sistema nervoso 
periférico, causando sequelas graves, que por sua vez, se torna necessário a retirada 
do membro um pouco acima da lesão (DIEHL, 2006). 
O médico irá preservar a parte de cima do membro que foi amputado. Este 
restante é chamado de coto. É o coto que permite a colocação da prótese (DIEHL, 
2006). Tais próteses substituem a extremidade perdida (HERNÁNDEZ, et al., 2018). 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/malaga-andalusia-spain-15-april-2019-1762186289
 
 
Figura 9. Membro inferior amputado. 
 
Fonte: Shutterstock. 
https://image.shutterstock.com/image-photo/amputated-woman-cinematic-image-beautiful-
600w-1892122660.jpg 
 
Estudante, é importante ressaltar que a amputação pode acontecer em qualquer 
momento da vida. Suas causas podem ser: 
● Congênitas: quando acontece a falta de formação embrionária. 
● Traumáticas: por acidentes de trânsito ou de trabalho… 
● Vasculares: ocorre em pessoas que possuem diabetes ou arteriosclerose. 
● Tumorais: por tumores. 
 
3.2.4 ORIGEM MEDULAR 
 
https://image.shutterstock.com/image-photo/amputated-woman-cinematic-image-beautiful-600w-1892122660.jpg
https://image.shutterstock.com/image-photo/amputated-woman-cinematic-image-beautiful-600w-1892122660.jpg
 
As deficiências de origem medular são aquelas causadas por lesões na região 
da coluna medular, com isso, afeta-se a sensibilidade, o controle motor ou os dois. 
Ela pode ocorrer na coluna cervical (C1 a C7), torácica (T1 a T12), lombar (L1 a L5) 
ou sacral (DIEHL, 2006). Veja a figura 6, que representa a coluna. 
 
 
Figura 10. Coluna vertebral 
 
 
Fonte: Shutterstock 
https://image.shutterstock.com/image-vector/human-spine-vertebral-column-name-600w-
1478879357.jpg 
 
A deficiência de origem medular, podem ter suas lesões originadas da Espinha 
Bífida, Traumatismos e outros. 
 
 
3.2.4.1 Espinha Bífida 
 
De acordo com Hernández et al. (2018, p. 16), a espinha bífida é “uma 
malformação congênita que consiste numa falha no fechamento do tubo neural 
durante o período embrionário”. Quando a criança ainda está útero, não acontece o 
fechamento total da coluna vertebral quando ela se forma, e com isso, algumas 
vértebras ficam abertas e parte da medula espinhal fica para fora (HERNÁNDEZ et 
al., 2018). A criança que nasce com a espinha bífida apresenta uma protuberância 
nas costas bem evidente. Hernández et al. (2018) traz uma primeira classificação: 
 
● Espinha bífida oculta: aqui não há protuberância e nem manifestação externa 
de algo. Este é o tipo mais leve e comum de espinha bífida (MARQUES; 
CIDADE; LOPES, 2009). 
 
Figura 11. Espinha bífida oculta 
 
Fonte: Tua Saúde, s/d. https://www.tuasaude.com/espinha-bifida-oculta/ 
 
● Meningocele: há meninge e líquido cefalorraquidiano na protuberância, não 
células nervosas. Para Marques, Cidade e Lopes (2009), essa forma de 
espinha bífida raramente tem danos neurológicos.
https://www.tuasaude.com/espinha-bifida-oculta/
 
 
Figura 12. Meningocele 
 
Fonte: Saúde News, 2020. 
https://www.amato.com.br/meningocele-mielomenigocele-espinha-bifida/ 
 
● Mielomeningocele: malformação medular, acarretando em hérnia dorsal com 
células nervosas. Este é o tipo mais grave. A mielomeningocele acontece com 
mais frequência nas vértebras lombares, o que limita a deficiência aos 
membros inferiores (MARQUES; CIDADE; LOPES, 2009). 
https://www.amato.com.br/meningocele-mielomenigocele-espinha-bifida/
 
 
Figura 13. Mielomeningocele 
 
Fonte: Blog Casa Adaptada, 2016. 
https://casadaptada.com.br/2016/12/mielomeningocele-causas-sintomas-e-tratamentos/ 
 
3.2.4.2 Traumatismos medulares 
 
A coluna é parte integrante do Sistema Nervoso Central, qualquer lesão que 
aconteça nela, causará danos irreversíveis. Segundo Diehl (2006, p. 98), “conforme 
o trauma, o indivíduo pode perder parcial ou totalmente a sensibilidade do corpo e o 
controle dos movimentos logo abaixo de onde ocorreu a lesão”. A altura da lesão na 
coluna está relacionada com a consequência desta, ou seja, quanto mais alta a lesão 
maior o comprometimento. Veja a seguir um quadro com a explicação acerca das 
lesões, classificações e consequências. 
 
 
 
 
 
 
https://casadaptada.com.br/2016/12/mielomeningocele-causas-sintomas-e-tratamentos/
 
Quadro 1. Lesões, classificações e consequências 
ALTURA DA LESÃO CLASSIFICAÇÃO CONSEQUÊNCIA 
Acima da C4 Tetraplegia alta Perda da capacidade 
respiratória, perda sensitiva e 
do controle motor dos quatro 
quatro membros e tronco. 
Cervicais abaixo da C4 Tetraplegia Perda sensitiva e do controle 
motor dos quatro membros e 
tronco. 
Torácicas Paraplegia alta Perda sensitiva e do controle 
motor dos membros inferiores 
e tronco. 
Lombares Paraplegia baixa Perda sensitiva e do controle 
motor da musculatura do 
quadril e dos membros 
inferiores. 
Sacrais e coccígeas Paralisia parcial Perda parcial da sensibilidade 
e do controle motor da 
musculatura e dos membros 
inferiores. 
Fonte: Diehl, 2006, p.98. 
 
REFLITA 
 
Você sabia que a principal origem das deficiência físicas no Brasil advém de acidentes 
de trânsito e de trabalho? Pois é. Essa informação é verdadeira. 
 
Fonte: Hernádez et al., 2018. 
 
#REFLITA# 
 
 
 3.3 Deficiência Visual 
 
Figura 14. Criança com deficiência visual 
 
Fonte: Shutterstock. 
https://image.shutterstock.com/image-photo/blind-visually-impaired-childkidtoddlerpreschoolerboy-
walking-600w-1192950877.jpg 
 
Então estudante, você sabe o que é a deficiência visual e como devemos 
chamar tais sujeitos? Vamos juntos descobrir. 
A deficiência visual, é um termo que usamos para nos referirmos à perda visual 
que não pode ser corrigida com lentes por prescrição regular (SILVA; VITAL; MELLO, 
2012), “se refere a uma limitação sensorial que anula a ou reduz a capacidade ver” 
(MARQUES; CIDADE; LOPES, 2009). 
A deficiência visual pode ser de origem congênita ou adquirida, ou seja, o sujeito 
nasce com a deficiência ou a adquire ao longo da vida. Um exemplo para essa 
aquisição, seria o glaucoma, a retinose pigmentar, retinoblastoma, diabetes tipo 1. A 
pessoas que possuem deficiência visual ela pode ser cega ou ter baixa visão. 
A pessoa cega é aquela que não consegue ver nada. A cegueira é a “ausência 
ou perda da visão em ambos os olhos, ou um campo inferior a 0,1 grau do melhor 
olho” (DIEHL, 2006, p. 62), isso mesmo após correção. Falando sobre o viés 
https://image.shutterstock.com/image-photo/blind-visually-impaired-childkidtoddlerpreschoolerboy-walking-600w-1192950877.jpg
https://image.shutterstock.com/image-photo/blind-visually-impaired-childkidtoddlerpreschoolerboy-walking-600w-1192950877.jpg
 
educacional, Diehl (2006) afirma que a cegueira é vista como perda total da visão ou 
resíduo mínimo de visão que leva o aluno a utilizar do Braille (sistema de escrita tátil) 
para ler e escrever, além de outros recursos didáticos necessários. Observe a figura 
abaixo, nela você encontra o alfabeto em braille. 
 
Figura 15. Alfabeto em braille 
 
Fonte: Shutterstock 
https://image.shutterstock.com/image-illustration/braille-visually-impaired-writing-system-600w-1858649119.jpg 
 
A pessoa que possui baixa visão, são aquelas que “apresentam desde 
condições de indicar projeção luminosa, até o grau em que a redução de sua acuidade 
visual limite o desempenho das atividades diárias da vida” (MARQUES; CIDADE; 
LOPES, 2009, p. 140). Na educação elas também necessitam de recursos didáticos 
especiais, como alteração da cor do papel, impressão com letras grandes. 
As pessoas com deficiência visual podem usar uma bengala. Esta bengala 
possui cores, que por sua vez ajudam a identificar a deficiência. Veja a figura 16.
https://image.shutterstock.com/image-illustration/braille-visually-impaired-writing-system-600w-1858649119.jpg
https://image.shutterstock.com/image-illustration/braille-visually-impaired-writing-system-600w-1858649119.jpg
 
 
Figura 16. Cores de bengala e tipos de deficiência 
 
Fonte: Folha da Terra, 2019. 
https://www.portalfolhadaterra.com.br/wp-content/uploads/2019/12/Deficientes-
visuais.jpg.pagespeed.ce_.NNnkmDdN5D.jpg 
 
Estudante, a pessoa que utiliza a bengala branca é cega. A pessoa que usa a 
bengala verde, possui baixa visão e a pessoa com a bengala vermelha e branca, 
significa que é surda e cega. 
Além da bengala a pessoa com deficiência visual pode utilizar como meio de 
orientação e mobilidade o cão-guia (figura 17) (ele indica os espaços em que a pessoa 
pode se deslocar com segurança) e o guia humano ou vidente (a pessoa com 
deficiência visual é orientada por uma pessoa que enxerga) (figura 18). 
https://www.portalfolhadaterra.com.br/wp-content/uploads/2019/12/Deficientes-visuais.jpg.pagespeed.ce_.NNnkmDdN5D.jpg
https://www.portalfolhadaterra.com.br/wp-content/uploads/2019/12/Deficientes-visuais.jpg.pagespeed.ce_.NNnkmDdN5D.jpg
 
 
Figura 17. Cão guia 
 
Fonte: shutterstock. 
https://image.shutterstock.com/image-photo/guide-dog-helping-blind-woman-600w-
714740041.jpg 
 
Figura 18. Guia humano 
 
Fonte: Solera (2021) 
 
 
3.4 Deficiência Auditiva 
 
A pessoa que possui deficiência auditiva, é chamada de surda, sendo assim ela 
possui surdez. A surdez caracteriza-se pela “perda total ou parcial da capacidade de 
https://image.shutterstock.com/image-photo/guide-dog-helping-blind-woman-600w-714740041.jpg
https://image.shutterstock.com/image-photo/guide-dog-helping-blind-woman-600w-714740041.jpg
 
conduzir ou perceber sinais sonoros, ou seja, corresponde à perda parcial ou total da 
audição” (DUARTE; GORLA, 2009, p. 24). A surdez pode ser: 
● Surdez de condução: a lesão está localizada no ouvido externo ou médio, o 
que leva a diminuição da audição na intensidade sonora. 
● Surdez neurossensorial: lesão no ouvido interno, no labirinto. Há a 
diminuição ou perda da capacidade de perceber o som. 
Independente do tipo de surdez, as alterações poderão ocorrer em maior ou 
menor grau. De acordo com Duarte e Gorla (2009, p. 25) “ o surdo, muitas vezes 
escuta o som, mas não compreende o que está escutando, e isso pode desencadear 
irritação, frustração, curiosidade e desmotivação, que podem interferir em seu 
processo cognitivo e psicológico". 
Mas estudante, você sabe como se identifica e mede o grau de audição de uma 
pessoa? Por meio de testes audiométricos. Veja o quadro abaixo (Quadro 2) sobre 
os níveis de limiares auditivas. 
 
Quadro 2. Níveis de limiares auditivas 
DEFICIÊNCIA AUDITIVA LIMIAR AUDITIVO EXEMPLOS 
APROXIMADOS 
Leve 25 a 40 dB Sussurro/cochicho 
Moderada 41 a 55dB Voz fraca 
Acentuada 56 a 70 dB Voz normal 
Severa 71 a 85dB Tráfego, furadeira, voz 
forte 
Grave 86 a 90 dB Liquidificador, voz muito 
forte 
Profunda Superior a 91dB Trem, britadeira, buzina de 
automóvel, turbina de 
avião, sons que causam 
dor. 
Fonte: Diehl, 2006, p. 43. 
 
 
Sendo assim, pessoas que têm perda auditiva em ambos os ouvidos e escutam 
entre 25 a 40 dB são consideradas pessoas com deficiência auditiva leve. Estes 
sujeitos irão conseguir ouvir o som de uma conversa sussurrada, mas eles não 
ouvem, por exemplo, os barulhos das folhas. E assim por diante conforme 
mencionado no quadro 2. 
É importante destacar que a surdez pode ser congênita ou adquirida. E a pessoa 
com deficiência auditiva utilizará da língua de sinais para sua comunicação. Esta 
língua “é uma forma de comunicação estritamente visual, comunicada através de 
gestos codificados, tais como expressões faciais e pequenos movimentos do corpo” 
(DIEHL, 2006, p. 45). 
 
Figura 19. Língua de sinais 
 
Fonte: Shutterstock. 
https://image.shutterstock.com/image-photo/african-deaf-kid-girl-her-600w-1687124812.jpg 
 
 
3.5 Deficiência Intelectual 
 
A deficiência intelectual é aquela que está associada a um funcionamento 
intelectual abaixo da média. Para Silva, Vital e Mello (2009) a deficiência intelectual é 
resultado de múltiplos fatores, mas o que há de comum, é a insuficiência intelectual. 
Geralmente esses sujeitos possuem um ritmo mais lento de aprendizagem. Esse 
https://image.shutterstock.com/image-photo/african-deaf-kid-girl-her-600w-1687124812.jpg
 
funcionamento abaixo da média, interfere em atividades como comunicação, realizações 
de tarefas diárias, adaptação social, segurança, lazer, trabalho, entre outros. 
Há tipos de deficiência intelectual, que dependendo do grau de comprometimento 
dos sujeitos, eles irão apresentar algumas características. Esses tipos estão 
relacionados com QI (Quociente de Inteligência), que é um indicador derivado de vários 
testes que avaliam a capacidade cognitiva das pessoas. Para Silva, Vital e Mello (2009), 
são eles: 
● Profundo (QI abaixo de 19): esses indivíduos apresentam independência 
completa, eles não conseguem cuidar de si mesmos. Possuem limitações 
extremamente acentuadas de aprendizagem. 
● Severo (QI entre 20 e 35): os sujeitos ainda precisam de apoio tanto em casa 
quanto na escola. Há um acentuado prejuízo de comunicação e mobilidade. Essas 
pessoas podem chegar a resultados por meio de atividades condicionadas e 
repetitivas de forma supervisionada. 
● Moderado (QI entre 36 e 51): indivíduo que possui um considerável atraso na 
aprendizagem e na maioria dos casos apresenta problemas motores visíveis. 
Apesar disso, tal sujeito apresenta maior facilidade social, assim como a inserção 
social na família, na escola e na comunidade. 
● Leve (QI entre 55 e 69): são as pessoas que apresentam uma aprendizagem 
lenta, mas que possuem capacidade para realizar tarefas escolares e da vida 
diária. 
● Limítrofe (QI entre 68 e 84): Aqui o sujeito é considerado como a pessoa que 
possui um desvio de inteligência por conta de algumas dificuldades em exercer 
tarefas que precisam de raciocínio lógico e grande demanda cognitiva. 
 
Como exemplo de deficiência intelectual temos a Síndrome de Down. 
 
3.5.1 Síndrome De Down 
 
A Síndrome de Down é uma anomalia causada por um acidente genético na hora 
da divisão cromossômica das células (DIEHL, 2006). 
 
Em pessoas sem esta síndrome, as células possuem 46 cromossomos e estes 
estão distribuídos em 23 pares. Na Síndrome de Down, o erro acontece no cromossomo 
21, que fica com 3 cromossomos, ao invés de dois (figura 20). 
 
Figura 20. Trissomia 21 
 
Fonte: Shutterstock 
https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/down-syndrome-trisomy-chromosome-21-
1526557787 
 
Por isso, esta síndrome também é conhecida como Trissomia 21 (DANIELSKI, 
2001). Este tipo de erro acontece em 95% dos casos de Síndrome de Down. Os outros 
5% estão entre a Translação e a Síndrome de Down em Mosaico. 
A Translação é caracterizada “por uma translocação entre o cromossomo 21 e um 
dos demais cromossomos, geralmente o 12 ou o 22” (DIEHL, 2006, p. 79). Ela ocorre 
em cerca de 4% dos pacientes. 
A Síndrome de Down em Mosaico, ocorre em 1% dos sujeitos. Neste caso “a 
“primeira célula” do embrião é normal e o erro ocorre no momento da primeira duplicação 
desta célula e se repete em cada célula enquanto o feto se desenvolve” (DANIELSKI, 
2001, p. 25).Apesar desses casos, as pessoas com Síndrome de Down possuem algumas 
prováveis características. São elas: “Hipotonia, baixa estatura, pescoço curto, orelhas 
com aparência dobrada típica, boca aberta com a língua protrusa, prega no canto dos 
olhos semelhante à das pessoas da raça mongólica, pele áspera e seca, dentes 
pequenos” (DIEHL, 2006, p. 79). A mobilidade pode ser desajeitada e acanhada 
(DANIELSKI, 2001). 
 
Figura 21. Criança com Síndrome de Down 
 
Fonte: Shutterstock. 
https://image.shutterstock.com/image-photo/cute-little-girl-painted-hands-600w-296822216.jpg 
 
Você já deve ter visto uma criança com Síndrome de Down, não é mesmo 
estudante? Devido a questão genética, é possível reconhecermos tais sujeitos em boa 
parte dos casos, pois a aparência entre eles é muito semelhante. Veja a próxima figura.
https://image.shutterstock.com/image-photo/cute-little-girl-painted-hands-600w-296822216.jpg
 
 
Figura 22. Crianças com Síndrome de Down. 
 
Fonte:Shutterstock 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/children-down-syndrome-friendly-company-dogs-
753545983 
 
Essas crianças podem apresentar algumas anomalias, como: instabilidade 
atlantoaxial, convulsões, epilepsia, cardiopatias congênitas, duplicação intestinal, 
infecções do aparelho respiratório, estrabismo/miopia, entre outras (DIEHL, 2006). 
Ademais, possuem também deficiência intelectual, tendo um processo de aprendizagem 
mais lento, dificuldade de manter a atenção por muito tempo, antecipar e selecionar 
estímulos e respostas (MARQUES; CIDADE; LOPES, 2009). 
 
 
 
 
 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/children-down-syndrome-friendly-company-dogs-753545983
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/children-down-syndrome-friendly-company-dogs-753545983
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Estudante, chegamos ao fim de nossa primeira unidade da apostila de “Educação 
Física Adaptada e Inclusiva”. Nesta empreitada inicial, desvendamos o campo voltado à 
pessoa com deficiência. Você teve a oportunidade de ter contato com aspectos históricos 
da Educação Física Adaptada e da pessoa com deficiência, assim como, pode conhecer 
algumas das características e tipos das deficiências física, visual, auditiva e intelectual. 
Frente a isso podemos concluir que: 
O esporte adaptado surgiu com o intuito de auxiliar as pessoas mutiladas da guerra 
em sua recuperação e partir disso, tem evoluído a cada dia e possibilitado às pessoas 
que o pratica diversos pontos positivos, não é mesmo? Além disso, trouxe para a 
Educação Física a oportunidade de olhar para um corpo fora de um padrão socialmente 
estabelecido, buscando compreender suas práticas e propositivas para além do corpo 
perfeito, saudável, forte, etc. 
O percurso histórico da pessoa com deficiência não foi fácil. Pelo contrário, foi 
sempre desafiador. Mas apesar de tais sujeitos terem percorrido os caminhos da 
exclusão, segregação, integração, hoje nos deparamos com o momento de inclusão, no 
qual, as pessoas com deficiência podem se sentir pertencentes à sociedade, assim como 
possuem melhores condições para convivência e seu desenvolvimento autônomo. No 
entanto, vale ressaltar que ainda temos muito a fazer. 
Quanto às deficiências física, visual, auditiva e intelectual, é preciso ter em mente 
a importância de conhecer cada detalhe destas e suas especificidades. Apesar de termos 
definido, por exemplo, os tipos de deficiência física, cada sujeito pode apresentar uma 
condição particular. Fique atento! 
Por fim estudante, estes conhecimentos são extremamente importantes para o 
decorrer de seus estudos em nossa apostila. Conhecer a história é uma forma de 
entender os desdobramentos atuais, assim como, conhecer os tipos de deficiência é a 
base para em seguida conhecer as modalidades esportivas destinadas a ela. 
 
Vamos em frente! 
 
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
 
Caro(a) estudante, vimos que as pessoas com deficiência apresentam algumas 
especificidades que devem ser levadas em consideração ao intervimos junto a elas e 
que nem todas as ações partem efetivamente dos preceitos da integração e inclusão. 
Quando olharmos a pessoa com deficiência apenas em suas limitações e 
buscamos ajudá-la fazendo as coisas por ela e não a auxiliando a fazer por si mesmo 
(em suas potencialidades) não estamos incluindo e sim evidenciando suas dificuldades, 
agindo de forma assistencialista. Por isso, lembre-se de sempre ver o que a pessoa com 
deficiência consegue fazer para então buscar a melhor forma de ajudá-la, viabilizando 
autonomia a mesma. 
Nesta unidade, conhecemos as deficiências em seus conceitos e características, 
compreendendo seus modelos e tipos e vimos também que a Educação Física 
Adaptada,expressão relativamente nova (proposta em 1950 pela Association for Health, 
Physical Education, Recreation and Dance) vem se instaurando como um campo de 
atuação que busca promover saúde, bem estar físico, psicológico, social e cognitivo para 
essas pessoas, por isso, é um campo multifacetado que diariamente se reinventa e abre 
novas possibilidades de práticas e atuação profissional. 
As primeiras ações sistematizadas para os propósitos supra apresentados, 
partiram das propositivas do Dr. Ludwig Guttman, conhecido como pai da Educação 
Física Adaptada, em especial dos esportes paralímpicos. 
No Brasil, segundo Costa e Souza (2004) a preocupação com práticas 
direcionadas às pessoas com deficiência e ao esporte adaptado ganham força em 1950, 
com enfoque médico, ou seja, direcionado para prevenção de doenças e exercícios de 
correção e prevenção, mas de certa forma, nos dias de hoje ainda possuem algumas 
lacunas que precisam ser revistas e melhoradas, ampliando o olhar para a Educação 
Física Adaptada como um meio de inserção social e efetiva inclusão. 
Vocês já pararam para pensar que os esportes adaptados/paralímpicos, são sim 
um meio de reintegração social, saúde, qualidade de vida, etc., mas muitas vezes essas 
práticas são realizadas apenas entre pessoas com deficiência? Para uma efetiva 
inclusão e atender os propósitos em sua plenitude, essas experiências corporais 
 
precisam envolver pessoas com e sem deficiência, por isso os esportes adaptados 
precisam ser fomentados no contexto escolar, de centros esportivos, academias, clubes 
e associações, entre tantos outros. 
Carmo (2002) traz reflexões importantes; será que a Educação Física está 
preparada para tratar o uno e o diverso em uma mesma prática corporal? Quais práticas 
propõe a participação conjunta de pessoas com e sem deficiência? Será possível uma 
educação inclusiva? As escolas, alunos, professores, espaços públicos estão 
preparados e abertos para essas experiências? 
Ficam aqui algumas reflexões importantes para a Educação Física Adaptada e 
para busca da inclusão, esperamos que ao longo deste material você encontre respostas 
para esses e tantos outros questionamentos. 
 
Fonte: Anversa; Solera (2021) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIVRO 
 
 
• Título. Educação Física Adaptada. 
• Autor. Maria de Fátima Fernanda Vara; Ruth Eugênia Cidade. 
• Editora. Intersaberes. 
• Sinopse . A prática de atividades físicas é de suma importância para a manutenção da 
saúde das pessoas. Quando a atividade física é um esporte, os ganhos são ainda 
maiores, uma vez que ele proporciona, entre outras habilidades, a de superação de 
obstáculos. Nesse sentido, a educação física adaptada entra em cena para garantir que 
o desenvolvimento de práticas tão benéficas da cultura corporal de movimento e do 
esporte estejam ao alcance de todos. Acompanhe-nos nestas páginas e descubra novas 
formas de ensinar, explorar e valorizar a possibilidade e o potencial de cada aluno, de 
modo que a diferença seja a motivação para novas oportunidades de aprendizado. 
 
 
 
 
 
 
FILME/VÍDEO 
 
 
 
• Título. Intocáveis. 
• Ano. 2019. 
• Sinopse. O filme“Intocáveis”, escrito e dirigido por Eric Toledano e Olivier Nakache, 
conta a história de tetraplégico milionário, que contrata um homem da periferia para ser 
o seu acompanhante, apesar de sua aparente falta de preparo. Ao longo do filme, a 
relação que antes era profissional cresce e vira uma amizade que mudará a vida dos 
dois. 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
ARANHA, M. S. F. Paradigmas da relação da sociedade com as pessoas com 
deficiência. Revista do Ministério Público do Trabalho, São Paulo, n. 21, p. 160-173, 
mar. 2001. 
 
BRASIL, Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa 
com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, DF, 2015a. Sessão 1, 
p. 2. Disponível em: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2015/lei-13146-6-julho-
2015-781174-norma-pl.html. Acesso: 25 abri. 2021. 
 
CARMO, A.A do. Inclusão escolar e a educação física: que movimentos são estes. 
Revista Integração, p. 6-13, 2002. 
 
CIDADE, R. E. A.; FREITAS, P. S. Introdução à educação física e ao desporto para 
pessoas com deficiência. Curitiba: Ed. da UFPR, 2002. 
 
COSTA, A. M. da; SOUSA, S. B. Educação física e esporte adaptado: história, avanços 
e retrocessos em relação aos princípios da integração/inclusão e perspectivas para o 
século XXI. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 25, n. 3, 2004. 
 
DANIELSKI, V. Síndrome de Down: uma contribuição à habilitação da criança com 
Down. 2ª ed. São Paulo: Ave Maria, 2001. 
 
DIEHL, R. M. Jogando com as diferenças: jogos para crianças e jovens com 
deficiência. São Paulo: Phorte, 2006. 
 
DUARTE, E.; GORLA, J. I. Pessoas com deficiência. In: GORLA, J. I.; CAMPANA, M. 
B.; OLIVEIRA, L. Z. (org). Teste e avaliação em esporte adaptado. São Paulo: 
Phorte, 2009. 
 
FAVATTO, N. C. Educação Física Inclusiva. Maringá: Unicesumar, 2018. 
 
FERREIRA, M. E. C.; GUIMARÃES, M. Educação Inclusiva. Rio de Janeiro: DP&A, 
2003. 
 
FREITAS, P. S; CIDADE, R. E. A. Introdução a educação física adaptada para 
pessoas com deficiência. Curitiba: Editora UFPR, 2010. 
 
GAIO, R. Para além do corpo deficiente. Jundiaí: Fontoura, 2006. 
 
HERNÁNDEZ, M.; RODRÍGUEZ, A. B.; JANÉ, T. B.; GRES, N. C. Atividade Física 
Adaptada: o jogo e os alunos com deficiência. Petrópolis: Vozes, 2018. 
 
KASSAR, M. C. M. Deficiência múltipla e educação no Brasil: discurso e silêncio na 
história dos sujeitos. Campinas,SP: Autores Associados, 1999. 
 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.146-2015?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.146-2015?OpenDocument
 
MARQUES, R. F.R.; GUTIERREZ, G. L. O esporte paralímpico no Brasil: 
profissionalismo, administração e classificação de atletas. São Paulo: Phorte, 2014. 
 
MARQUES, A. C.; CIDADE, R. E. C.; LOPES, K. A. T. Questões da deficiência e as 
ações no Programa Segundo Tempo.In: OLIVEIRA, A. A. B.; PERIM, G. L. 
Fundamentos Pedagógicos do Programa Segundo Tempo: da reflexão à prática. 
Maringá: Eduem, 2009. 
 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Classificação Internacional de 
Funcionalidade, Incapacidade e Saúde-CIF. Lisboa, 2004. Disponível em: 
http://www.inr.pt/uploads/docs/cif/CIF_port_%202004.pdf. Acesso em: 3 mar. 2021. 
 
SOLERA, Bruna. Deficiência, corpo e inclusão: um estudo a partir de praticantes de 
esportes paralímpicos. 2018. Dissertação (Mestrado em Educação Física)– Centro de 
Ciências da Saúde. Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2018. 
 
SILVA, A.; VITAL, R.; MELLO, M. T. Deficiência, incapacidades e limitações que 
influenciam na prática do esporte paralímpico. In: MELLO, M. T.; WINCKLER, C. 
Esporte Paralímpico. São Paulo: Atheneu, 2012. 
 
WINNICK, J. Educação física e esportes adaptados. São Paulo: Manole, 2004. 
 
 
 
 
 
UNIDADE II 
ESPORTES ADAPTADOS E PARALÍMPICOS 
Professora Doutora Ana Luíza Barbosa Anversa 
Professora Mestre Bruna Solera 
 
 
Plano de Estudo: 
• Esportes Adaptados x Esportes Paralímpicos; 
• Esportes Paralímpicos de Verão; 
• Esportes Paralímpicos de Inverno. 
 
 
Objetivos de Aprendizagem: 
• Conceituar e caracterizar os Esportes Adaptados e Esportes Paralímpicos; 
• Conhecer as modalidades de verão e inverno de Esporte Paralímpico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Olá estudante, 
Seja bem vindo (a) a segunda unidade da nossa apostila de “Educação Física 
Adaptada e Inclusiva”! 
Esta unidade, intitulada de “Esportes Adaptados e Paralímpicos” tem como objetivo 
possibilitar a você conhecimentos acerca das modalidades esportivas que foram 
adaptadas ou criadas para pessoas com deficiência, destacando os esportes 
Paralímpicos de verão e de inverno. 
Sendo assim, dividimos esta unidade em três momentos: tópico 1 “Esportes 
Adaptados x Esportes Paralímpicos”, tópico 2 “Esportes Paralímpicos de Verão” e tópico 
3 “Esportes Paralímpicos de Inverno”. 
No primeiro tópico iremos conceituar esporte adaptado e esporte paralímpico, 
assim como diferenciá-los. Você conhece essa diferença? Já no tópico seguinte, você 
terá a oportunidade de conhecer as modalidades que integram o programa de esporte 
paralímpico de verão, como, a bocha, basquete em cadeira de rodas, canoagem, 
ciclismo, entre outros. E por fim, no terceiro tópico, haverá a exposição das modalidades 
esportivas paralímpicas de inverno, como esqui cross country, curling em cadeira de 
rodas, hóquei no gelo, snowboard, esqui alpino e biatlo. 
Será uma caminhada incrível que contribuirá com a sua formação e atuação 
profissional. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem do Tópico: https://image.shutterstock.com/image-vector/group-multiracial-man-woman-on-
600w-1787474846.jpg 
www.shutterstock.com/ 
 
1 ESPORTES ADAPTADOS X ESPORTE PARALÍMPICOS: CONCEITOS E HISTÓRIA 
 
 
O esporte adaptado é uma terminologia que abrange a prática esportiva realizada 
pelas pessoas com deficiência com o objetivo de inclusão ou melhoria nas questões 
motoras (COSTA; WINCKLER, 2012). Ele é baseado em modalidades convencionais 
que foram adaptadas para a participação desses sujeitos (exemplo, Basquete em 
Cadeira de Rodas, Vôlei Sentado, Bocha) ou foram criadas especificamente para atender 
as necessidades de uma deficiência, como é o caso do goalball, esporte criado 
exclusivamente para pessoas com deficiência visual. 
Enquanto o esporte paralímpico, se caracteriza como uma das formas do esporte 
adaptado (MARQUES; GUTIERREZ, 2014). As modalidades que se encaixam aqui, são 
reconhecidas pelo Comitê Paralímpico Internacional. Sendo assim, ele se constitui como 
um espaço mais restrito, pois remete a prática de modalidades de verão e modalidades 
https://image.shutterstock.com/image-vector/group-multiracial-man-woman-on-600w-1787474846.jpg
https://image.shutterstock.com/image-vector/group-multiracial-man-woman-on-600w-1787474846.jpg
http://www.shutterstock.com/
 
de inverno e demanda uma avaliação médica e funcional do praticante, para partidas 
oficiais. 
Tais modalidades estão presentes nos chamados Jogos Paralímpicos. De acordo 
com Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), seguem as modalidades que temos em tal 
competição: 
 
Modalidades de Verão: 
 
Atletismo; Basquete em Cadeira de Rodas; Bocha; Canoagem; Ciclismo; Esgrima em 
Cadeira de Rodas; Futebol de 5; Futebol de 7; Goalball; Halterofilismo; Hipismo; Judô; 
Natação; Parabadminton; Parataekwondo; Remo; Rugby em Cadeira de Rodas; Tênis 
de Mesa; Tênis em Cadeira de Rodas; Tiro com Arco; Tiro Esportivo; Triatlo; Vôlei 
Sentado. 
 
Modalidades de Inverno: 
 
Esqui Cross-Country; Curling em Cadeira de Rodas; Esqui Alpino; Biatlo; Hóquei no 
Gelo; Snowboard. Conheça essas modalidades nos próximos tópicos. 
 
O Esporte Paralímpico possui um logotipo/símbolo. Observe a figura 1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1. Logotipo atual Paralímpico 
 
Fonte: Shutterstock 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/london-april-16-paralympic-symbol-on-188368247Este símbolo é composto por 3 Agitos das cores vermelho, azul e verde. O Agito 
significa “Eu me movimento” em latim. As cores dos Agitos representam as cores mais 
utilizadas em todas as bandeiras do mundo. Os três agitos circulam um ponto central, 
com o objetivo de enfatizar o papel do Comitê Internacional Paralímpico (IPC) em reunir 
atletas de todo o mundo e fazê-los competir. 
1.2 Jogos Paralímpicos 
 
Os Jogos Paralímpicos acontecem a cada 4 anos, em geral nos mesmos anos dos 
esportes olímpicos. Nele estão os melhores atletas do mundo. É o segundo maior evento 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/london-april-16-paralympic-symbol-on-188368247
 
esportivo, perde apenas para as Olímpiadas. Mas é o maior evento quando se trata de 
esporte para pessoas com deficiência. 
A primeira edição aconteceu no ano de 1952, em Stoke Mandeville, onde havia 
apenas pessoas com lesão medular, dois países e 130 atletas participando. A 
competição de chamou 1º Jogos Internacionais Stoke Mandeville. Mas o Brasil começou 
a participar apenas em 1972, na Alemanha (Heidelberg). Do total de 984 atletas, dez 
eram do Brasil competindo em cinco modalidades, e o restante, de 43 países. Já em 
1976, em Toronto (Canadá), participaram do evento pessoas de 38 países com lesão 
medular, amputação, deficiência visual e outras deficiências, com 1.657 atletas. Destes, 
23 eram brasileiros competindo em oito modalidades. 
O evento e a participação em geral, assim como do Brasil, foram crescendo, 
incluindo deficiências e modalidades esportivas ao longo das edições. Em 2008, na 
China (Beijing), 150 países participaram com um total de 1.970 atletas, o Brasil levou 
186 atletas que competiram em 13 modalidades (PARSONS; WINCKLER, 2012) e 2016 
foi o ano em que o país teve sua maior participação na Paralimpíada, tanto em número 
de atletas quanto de modalidades. Veja o quadro 1. 
 
 
 
 
 
Quadro 1. Informações sobre os Jogos Paralímpicos, entre 1960 e 2016. Logotipo, ano, local, 
logomarca, número de países participantes, número de atletas no total, colocação do Brasil, 
número de atletas brasileiros, total de medalhas do Brasil e modalidades de participação 
brasileira 
Ano Local Nº de 
Países 
Nº de 
Atletas 
Colocação 
do Brasil 
Nº de 
atletas 
Total de 
medalhas 
Modalidades 
de 
participação 
brasileira 
1952 Stoke 
Mandeville 
2 130 - - - - 
1960 Roma, 
Itália 
23 400 - - - - 
1964 Tóquio, 
Japão 
21 357 - -- - - 
1968 Tel Aviv, 
Israel 
29 750 - - - - 
1972 Heidelberg
, 
Alemanha 
43 984 32º 10 0 Basquetebol, 
atletismo, 
natação e tiro 
com arco. 
 
1976 Toronto, 
Canadá 
38 1.657 32 º 23 2 Atletismo, 
basquetebol, 
bocha 
paralímpica e 
bocha, dardo, 
sinuca, tênis 
de mesa, 
levantamento 
de peso. 
1980 Arnhem, 
Holanda 
42 1.973 42 º 15 0 Basquetebol 
e natação. 
1984 Stoke 
Mandeville
, Inglaterra 
e Nova 
York,EUA 
41 
Ingl. 
45 
EUA 
1.100 
Ingl. 
1.800 
EUA 
24 º 31 22 Atletismo e 
natação. 
1988 Seul, 
Coréia do 
Sul 
61 3.013 25 º 60 27 Atletismo, 
judô, natação, 
tênis de mesa 
e basquetebol 
em cadeira de 
rodas. 
1992 Barcelona, 
Espanha 
82 3.021 30 º 41 7 Atletismo, 
ciclismo, 
futebol de 7, 
judô, natação 
e tênis de 
mesa. 
 
1996 Atlanta, 
EUA 
103 3.195 37 º 60 21 Atletismo, 
basquetebol 
em cadeira de 
rodas, 
ciclismo, 
futebol de 7, 
judô, natação, 
levantamento 
de peso, tênis 
em cadeira de 
rodas e tênis 
de mesa 
2000 Sidney, 
Austrália 
122 3.843 24 º 64 22 Atletismo, 
basquetebol 
DM, ciclismo, 
esgrima, 
futebol de 7, 
judô, natação, 
levantamento 
de peso e 
tênis de mesa 
2004 Atenas, 
Grécia 
136 3.806 14 º 96 33 Atletismo, 
basquetebol 
DM, ciclismo, 
esgrima, 
futebol de 7, 
judô, natação, 
levantamento 
de peso e 
tênis de mesa 
 
2008 Beijing, 
China 
150 3.970 9 º 186 47 Atletismo, 
basquete em 
cadeira de 
rodas, 
ciclismo, 
hipismo, 
futebol de 5, 
futebol de 7, 
goalball, judô, 
Tênis em 
cadeira de 
rodas, remo e 
tênis de mesa 
2012 London, 
Great 
Britain 
164 4.245 7º 182 43 Atletismo, 
bocha, 
ciclismo, 
hipismo, 
futebol de 5, 
futebol de 7, 
goalball, judô, 
levantamento 
de potência, 
tênis em 
cadeira de 
rodas, remo , 
vela, natação, 
tiro esportivo, 
basquete em 
cadeira de 
rodas, 
esgrima em 
cadeira de 
rodas. 
 
2016 Rio de 
Janeiro, 
Brasil 
160 4.328 8 º 283 72 Atletismo, 
basquete em 
cadeira de 
rodas (BCR), 
bocha, 
canoagem, 
ciclismo de 
estrada, 
ciclismo de 
pista, esgrima 
em cadeira de 
rodas, futebol 
de 5, futebol 
de 7, goalball, 
halterofilismo, 
hipismo, judô, 
natação, 
remo, rúgbi 
em cadeira de 
rodas, tênis 
de mesa, 
tênis em 
cadeira de 
rodas, tiro 
com arco, tiro 
esportivo, 
triatlo, vela e 
vôlei sentado. 
Fonte: Adaptação de Parsons; Winckler (2012); International Paralympic Committee (201?). 
Na última edição dos Jogos Paralímpicos, Rio 2016, o megaevento contou com 
mais de 4.000 atletas de 170 países (quadro 2), sendo 283 atletas brasileiros que 
competiram nas 23 modalidades do programa paralímpico, com cobertura jornalística de 
154 países (PORTAL BRASIL, 2016). 
Quadro 2. Países que participaram dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 
 
CONTINENTE PAÍS 
 
 
 
 
 
 
 
ÁFRICA 
Algeria Angola Benin Botswana 
Burkina Faso Burundi Cameroon Cape Verde 
Central African 
Republic 
Congo DR Congo Cote d'Ivoire 
Egypt Ethiopia Gabon Gambia 
Ghana Guinea Guinea-Bissau Kenya 
Lesotho Libya Madagascar Malawi 
Mali Mauritius Morocco Mozambique 
Namibia Niger Nigeria Rwanda 
Sao Tome & 
Principe 
Senegal Seychelles Sierra Leone 
Somalia South Africa UR of 
Tanzania 
Togo 
Tunisia Uganda Zimbabwe 
 Argentina Aruba Bermuda US Virgin 
Islands 
https://www.paralympic.org/rio-2016/algeria
https://www.paralympic.org/rio-2016/angola
https://www.paralympic.org/rio-2016/benin
https://www.paralympic.org/rio-2016/botswana
https://www.paralympic.org/rio-2016/burkina-faso
https://www.paralympic.org/rio-2016/burundi
https://www.paralympic.org/rio-2016/cameroon
https://www.paralympic.org/rio-2016/cape-verde
https://www.paralympic.org/rio-2016/central-african-republic
https://www.paralympic.org/rio-2016/central-african-republic
https://www.paralympic.org/rio-2016/congo
https://www.paralympic.org/rio-2016/democratic-republic-congo
https://www.paralympic.org/rio-2016/cotedivoire
https://www.paralympic.org/rio-2016/egypt
https://www.paralympic.org/rio-2016/ethiopia
https://www.paralympic.org/rio-2016/gabon
https://www.paralympic.org/rio-2016/gambia
https://www.paralympic.org/rio-2016/ghana
https://www.paralympic.org/rio-2016/guinea
https://www.paralympic.org/rio-2016/guinea-bissau
https://www.paralympic.org/rio-2016/kenya
https://www.paralympic.org/rio-2016/lesotho
https://www.paralympic.org/rio-2016/libya
https://www.paralympic.org/rio-2016/madagascar
https://www.paralympic.org/rio-2016/mali
https://www.paralympic.org/rio-2016/mauritius
https://www.paralympic.org/rio-2016/mauritius
https://www.paralympic.org/rio-2016/mozambique
https://www.paralympic.org/rio-2016/namibia
https://www.paralympic.org/rio-2016/nigeria
https://www.paralympic.org/rio-2016/rwanda
https://www.paralympic.org/rio-2016/sao-tome-principe
https://www.paralympic.org/rio-2016/sao-tome-principe
https://www.paralympic.org/rio-2016/senegal
https://www.paralympic.org/rio-2016/seychelles
https://www.paralympic.org/rio-2016/sierra-leone
https://www.paralympic.org/rio-2016/somalia
https://www.paralympic.org/rio-2016/south-africa
https://www.paralympic.org/rio-2016/tanzania
https://www.paralympic.org/rio-2016/tanzania
https://www.paralympic.org/rio-2016/togo
https://www.paralympic.org/rio-2016/tunisia
https://www.paralympic.org/rio-2016/uganda
https://www.paralympic.org/rio-2016/zimbabwe
https://www.paralympic.org/rio-2016/argentina
https://www.paralympic.org/rio-2016/aruba
https://www.paralympic.org/rio-2016/bermuda
https://www.paralympic.org/rio-2016/us-virgin-islandshttps://www.paralympic.org/rio-2016/us-virgin-islands
 
 
 
 
AMÉRICA 
Brazil Canada Chile Colombia 
Costa Rica Cuba Dominican 
Republic 
Ecuador 
El Salvador Guatemala Haiti Honduras 
Jamaica Mexico Nicaragua Panama 
Peru Puerto Rico Suriname Trinidad & 
Tobago 
Uruguay USA Venezuela 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÁSIA 
 
Afghanistan Bahrain Cambodia Uzbekistan 
People's Republic 
of China 
Hong Kong, China India Indonesia 
Islamic Republic 
of Iran 
Iraq Japan Jordan 
Kazakhstan DPR Korea Korea Kuwait 
Kyrgyzstan Lao People's 
Democratic Republic 
Macao, China Nepal 
Malaysia Mongolia Myanmar Philippines 
Oman Pakistan Palestine Sri Lanka 
https://www.paralympic.org/rio-2016/brazil
https://www.paralympic.org/rio-2016/canada
https://www.paralympic.org/rio-2016/chile
https://www.paralympic.org/rio-2016/colombia
https://www.paralympic.org/rio-2016/costa-rica
https://www.paralympic.org/rio-2016/cuba
https://www.paralympic.org/rio-2016/dominican-republic
https://www.paralympic.org/rio-2016/dominican-republic
https://www.paralympic.org/rio-2016/ecuador
https://www.paralympic.org/rio-2016/el-salvador
https://www.paralympic.org/rio-2016/guatemala
https://www.paralympic.org/rio-2016/haiti
https://www.paralympic.org/rio-2016/honduras
https://www.paralympic.org/rio-2016/jamaica
https://www.paralympic.org/rio-2016/mexico
https://www.paralympic.org/rio-2016/nicaragua
https://www.paralympic.org/rio-2016/panama
https://www.paralympic.org/rio-2016/peru
https://www.paralympic.org/rio-2016/puerto-rico
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Qatar Saudi Arabia Singapore Thailand 
Syrian Arab 
Republic 
Chinese Taipei Tajikistan 
 
Vietnam 
Timor-Leste Turkmenistan United Arab 
Emirates 
 
 
 
 
 
 
EUROPA 
Armenia Austria Azerbaijan Belarus 
Belgium Bosnia and 
Herzegovina 
Bulgaria Croatia 
Cyprus Czech Republic Denmark Estonia 
Faroe Islands Finland FYR 
Macedonia 
France 
Georgia Germany Great Britain Greece 
Hungary Iceland Ireland Israel 
Italy Latvia Lithuania Luxembourg 
Malta Republic of Moldova Montenegro Netherlands 
Norway Poland Portugal Romania 
Serbia Slovakia Slovenia Spain 
https://www.paralympic.org/rio-2016/qatar
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https://www.paralympic.org/rio-2016/syria
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https://www.paralympic.org/rio-2016/uae
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https://www.paralympic.org/rio-2016/bosnia-herzegovina
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https://www.paralympic.org/rio-2016/slovenia
https://www.paralympic.org/rio-2016/spain
 
Sweden Switzerland Turkey Ukraine 
 
OCEANIA 
Australia Fiji New Zealand Papua New 
Guinea 
Fonte: Adaptação International Paralympic Committee (201?). 
Note estudante, que com o passar das edições do Jogos Paralímpicos, houve uma 
evolução na participação do Brasil, assim como, teve um aumento no ganho de medalhas 
e melhor posicionamento na classificação geral, tendo atingido o 7º lugar em Londres, o 
melhor deles. No Rio 2016, apesar de colocado em 8º lugar, o país levou maior número 
de atletas e conquistou mais medalhas que na edição anterior. 
 
SAIBA MAIS 
 
O termo paralímpico é “uma associação entre o prefixo grego “para”, que significa 
paralelo, e o termo “olímpico”, que segundo o IPC(2010), representa a condição paralela 
entre os Jogos Olímpicos e Paralímpicos” (PARSONS; WINCKLER, 2014, p. 6). Vale 
ressaltar que por muitos anos foi utilizado o termo paraolímpico, unindo “paraplegia” e 
“olimpíada”, mas o fato de envolver outras deficiências para além de cadeirantes, 
somada a questões linguísticas resultou na mudança do termo. 
 
 
https://www.paralympic.org/rio-2016/sweden
https://www.paralympic.org/rio-2016/switzerland
https://www.paralympic.org/rio-2016/turkey
https://www.paralympic.org/rio-2016/ukraine
https://www.paralympic.org/rio-2016/australia
https://www.paralympic.org/rio-2016/fiji
https://www.paralympic.org/rio-2016/new-zealand
https://www.paralympic.org/rio-2016/papua-new-guinea
https://www.paralympic.org/rio-2016/papua-new-guinea
 
 
 
Imagem do Tópico: 
https://lh3.googleusercontent.com/proxy/RMWtiz2JuRpChuT1xVJ8VGFQZ0fqSjJQPnkbmLZCBMhkOBc6
fUt26Utrd7S3Ijv4Pt5c0F9ARYI8JHjW_mNT4c6Wv_0GwpzZiGoU_1iPyuE4ymD37QivG51_FMhOtXJ3XRI
pbanGtcvHwb1xVHAlecYth62TkxVEn-
ENLvVlql5QSpILHE_avGMkvvgngbcilXclg6BwOcz1HBx7NPUMf5GW550ET4IkWTt1yEs1Iw2Lg6QCWYt
AoEHoXYuDfnzcJ1YYV22AHzP9_NXHFaoRj_A0g_iwGS6pFonte: Rede Nacional de Esporte, 2016. 
http://rededoesporte.gov.br/pt-br/noticias/brasil-alcanca-feito-inedito-vence-a-coreia-do-sul-e-e-
ouro-na-bocha 
 
#SAIBA MAIS#
https://lh3.googleusercontent.com/proxy/RMWtiz2JuRpChuT1xVJ8VGFQZ0fqSjJQPnkbmLZCBMhkOBc6fUt26Utrd7S3Ijv4Pt5c0F9ARYI8JHjW_mNT4c6Wv_0GwpzZiGoU_1iPyuE4ymD37QivG51_FMhOtXJ3XRIpbanGtcvHwb1xVHAlecYth62TkxVEn-ENLvVlql5QSpILHE_avGMkvvgngbcilXclg6BwOcz1HBx7NPUMf5GW550ET4IkWTt1yEs1Iw2Lg6QCWYtAoEHoXYuDfnzcJ1YYV22AHzP9_NXHFaoRj_A0g_iwGS6p
https://lh3.googleusercontent.com/proxy/RMWtiz2JuRpChuT1xVJ8VGFQZ0fqSjJQPnkbmLZCBMhkOBc6fUt26Utrd7S3Ijv4Pt5c0F9ARYI8JHjW_mNT4c6Wv_0GwpzZiGoU_1iPyuE4ymD37QivG51_FMhOtXJ3XRIpbanGtcvHwb1xVHAlecYth62TkxVEn-ENLvVlql5QSpILHE_avGMkvvgngbcilXclg6BwOcz1HBx7NPUMf5GW550ET4IkWTt1yEs1Iw2Lg6QCWYtAoEHoXYuDfnzcJ1YYV22AHzP9_NXHFaoRj_A0g_iwGS6p
https://lh3.googleusercontent.com/proxy/RMWtiz2JuRpChuT1xVJ8VGFQZ0fqSjJQPnkbmLZCBMhkOBc6fUt26Utrd7S3Ijv4Pt5c0F9ARYI8JHjW_mNT4c6Wv_0GwpzZiGoU_1iPyuE4ymD37QivG51_FMhOtXJ3XRIpbanGtcvHwb1xVHAlecYth62TkxVEn-ENLvVlql5QSpILHE_avGMkvvgngbcilXclg6BwOcz1HBx7NPUMf5GW550ET4IkWTt1yEs1Iw2Lg6QCWYtAoEHoXYuDfnzcJ1YYV22AHzP9_NXHFaoRj_A0g_iwGS6p
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https://lh3.googleusercontent.com/proxy/RMWtiz2JuRpChuT1xVJ8VGFQZ0fqSjJQPnkbmLZCBMhkOBc6fUt26Utrd7S3Ijv4Pt5c0F9ARYI8JHjW_mNT4c6Wv_0GwpzZiGoU_1iPyuE4ymD37QivG51_FMhOtXJ3XRIpbanGtcvHwb1xVHAlecYth62TkxVEn-ENLvVlql5QSpILHE_avGMkvvgngbcilXclg6BwOcz1HBx7NPUMf5GW550ET4IkWTt1yEs1Iw2Lg6QCWYtAoEHoXYuDfnzcJ1YYV22AHzP9_NXHFaoRj_A0g_iwGS6p
http://rededoesporte.gov.br/pt-br/noticias/brasil-alcanca-feito-inedito-vence-a-coreia-do-sul-e-e-ouro-na-bocha
http://rededoesporte.gov.br/pt-br/noticias/brasil-alcanca-feito-inedito-vence-a-coreia-do-sul-e-e-ouro-na-bocha
 
 
2 ESPORTES PARALÍMPICOS DE VERÃO: HISTÓRICO, CARACTERIZAÇÃO, 
REGRAS OFICIAIS. 
 
 
Estudante, nesse tópico você irá conhecer alguns dos Esporte Paralímpicos de 
verão. Vamos lá? 
 
 
2.1 Atletismo 
 
O atletismo é uma modalidade adaptada para as pessoas com deficiência física, 
visual e intelectual, seja eles, do sexo feminino ou masculino. Os competidores são 
divididos em classes esportivas, geralmente os números indicam o grau de 
comprometimento (quanto menor o número mais grave à deficiência) e as letras indicam 
o tipo de esporte. Essas classes consideram a funcionalidade na prática esportiva para 
os atletas com deficiência física e a acuidade visual para os atletas com deficiência visual 
(COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO). 
 
2.1.1 Provas de Atletismo 
 
No Atletismo Paralímpico há provas de corrida, saltos, lançamentos e arremessos, 
tanto no feminino quanto masculino. De acordo com o CPB, são elas: 
 
2.1.1.1 Provas de Pista 
As provas de pista são: 
● Velocidades : 100m, 200m, 400, rev. 4x400m e rev. 4x100m 
● Meio fundo: 800m, 1.500m 
● Fundo: 5.000, 10.000m 
● Salto em distância 
● Salto em altura 
● Salto Triplo 
 
2.1.1.2 Provas de Rua 
As provas de rua são: 
● Maratona: 42km 
● Meia-maratona: 21km 
 
2.1.1.3 Provas de Campo 
 
As Provas de Campo são: 
● Lançamento de disco e club; 
● Lançamento de dardo 
● Arremesso de peso. 
 
2.1.2 Classes no Atletismo 
 
Os atletas são divididos em grupos de acordo com o grau de deficiência identificado 
por meio da classificação funcional. Os que disputam provas de pista (velocidade, meio 
fundo, fundo e saltos) e de rua (maratona), levam a letra T (de track) em sua classe 
(COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO). 
● T | Track (pista) 
● T11 a T13 | Deficiências visuais 
● T20 |Deficiências intelectuais 
● T31 a T38 | Paralisados cerebrais (31 a 34 para cadeirantes: 35 a 38 para 
andantes) 
● T40 e T41 |Anões 
● T42 a T44 |Deficiência nos membros inferiores 
● T45 a T47 |Deficiência nos membros superiores 
● T51 a T54 |Competem em cadeiras de rodas 
● T61 a T64 |Amputados de membros inferiores com prótese 
 
Para os atletas que participam das provas de campo, sendo elas os arremessos e 
lançamentos, há a identificação com a letra F (field) em sua classificação, conforme 
segue. 
● F | Field 
● F11 a F13 | Deficiências visuais 
● F20 | Deficiências intelectuais 
● F31 a F38 | Paralisados cerebrais (31 a 34 para cadeirantes: 35 a 38 para 
andantes) 
● F40 e F41 | Anões 
● F42 a F46 | Amputados ou deficiência nos membros superiores ou inferiores 
(F42 a F44 para membros inferiores e F45 a F46 para membros superiores) 
● F51 A F57 | competem em cadeiras de rodas (sequelas de poliomielite, lesões 
medulares, amputações) 
Estudante, os atletas com deficiência visual possuem atletas-guia e de apoio. Essa 
utilização varia de acordo com a classe funcional. Nas provas de 5000m, de 10.000m e 
na maratona, os atletas das classes T11 e T12 podem ter o auxílio de até dois atletas-
guia durante o percurso. No caso de pódio, recebe medalha o atleta-guia que terminar a 
prova (COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO). 
E durante a prova, como funciona o auxílio do atleta-guia? Para os atletas T11, eles 
correm ao lado do atleta-guia e usa um cordão de ligação (figura 2). No salto em distância 
eles são auxiliados por um apoio.
 
 
Figura 2. T11 e seu atleta-guia 
 
Fonte: Shutterstock 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/rio-brazil-september-10-2016-gomes-1461178952 
 
Para os atletas T12 o atleta-guia e apoio são opcionais. Já os T13 não podem usar 
atleta-guia e nem apoio no salto. 
 
2.2 Basquete Em Cadeira De Rodas 
 
O Basquete em Cadeira de Rodas (BCR), é uma modalidade de esporte 
paralímpico que sofreu adaptações, ou seja, ele foi inspirado no basquete convencional. 
Essa modalidade envolve pessoas com deficiência física/motora, do sexo feminino e 
masculino. A quadra e cesta usadas nesta modalidade, seguem os padrões olímpicos. 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/rio-brazil-september-10-2016-gomes-1461178952
 
 
Figura 3. Basquete em Cadeira de Rodas 
 
Fonte: Shutterstock. 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/rio-de-janeirobrazil-september-16-2016-568484779 
 
A partida de BCR tem duração de quatro quartos de 10 minutos e suas regras são 
as mesmas do basquete olímpico, contando com uma adaptação: cada atleta deve 
quicar, arremessar ou passar a bola a cada dois toques de dedo na cadeira (COMITÊ 
PARALÍMPICO BRASILEIRO). Em quadra, cada equipe deve conter 5 atletas. Cada time 
possui uma pontuação referente aos atletas em quadra, e essa pontuação não pode 
ultrapassar 14 pontos no total. 
 
2.2.1 Classes no Basquete em Cadeira de Rodas 
 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/rio-de-janeirobrazil-september-16-2016-568484779
 
Na classificação funcional, os atletas serão avaliados conforme comprometimento 
físico-motor, com base nessa avaliação, eles vão receber pontos em uma escala de 1 a 
4,5 (COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO). Então, quanto maior a deficiência, menor a 
classe, e vice-versa. Nesse sentido, a equipe precisa ter atletas com uma pontuação 
diversificada, o que impossibilita que só se tenha atletas com menor comprometimento. 
 
2.3 BOCHA 
 
A Bocha é um esporte que sofreu adaptações para possibilitar a participação de 
pessoas com deficiência. Os atletas dessa modalidade são do sexo feminino ou 
masculino com deficiência severa ou elevado grau de paralisia cerebral. A Bocha exige 
que os atletas pensem em estratégias a cada jogada, então os jogadores, apesar do alto 
grau de comprometimento motor, não possuem deficiência intelectual. 
A competição consiste em lançar bolas de cor (azul e vermelhas) o mais próximo 
possível da bola alvo (também chamada de Jack). Para isso, os atletas ficam em um 
espaço demarcado, chamado de box. Os atletas devem lançar as bolas dentrodos 
limites da quadra, para esse lançamento é permitido usar as mãos, os pés e instrumentos 
de auxílio. Os atletas com maior comprometimento contam com a ajuda de um assistente 
desportivo (também chamados de calheiros) em seu lançamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4. Atleta de Bocha 
 
Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro, 2016. 
https://cpb.org.br/noticia/detalhe/1727/ct-paralimpico-brasileiro-recebe-a-quarta-edicao-da-copa-brasil-
de-bocha 
 
2.3.1 Classes da Bocha 
 
A bocha conta com 4 classes, elas são divididas de acordo com o grau da 
deficiência e da necessidade de auxílio ou não. Vamos conhecê-las? 
 
BC1: o atleta apresenta paralisia cerebral com disfunção motora que afeta todo o 
corpo (VIEIRA; CAMPEÃO, 2012). Nesta classe a opção de auxílio de ajudantes, estes 
por sua vez podem estabilizar a cadeira de rodas do jogador e entregar a bola, quando 
pedido). 
 
 
 
 
 
 
https://cpb.org.br/noticia/detalhe/1727/ct-paralimpico-brasileiro-recebe-a-quarta-edicao-da-copa-brasil-de-bocha
https://cpb.org.br/noticia/detalhe/1727/ct-paralimpico-brasileiro-recebe-a-quarta-edicao-da-copa-brasil-de-bocha
 
Figura 5. Atleta BC1 
 
Fonte: Globo.com, 2012. Foto de Guilherme Taboada / CPB 
Disponivel em: http://globoesporte.globo.com/mg/triangulo-mineiro/noticia/2012/09/jose-carlos-fica-em-4-
na-bocha-paralimpica-e-ja-pensa-no-brasileiro.html. Acesso em 23 de jul. 2021. 
 
BC2: o atleta também apresenta paralisia cerebral com disfunção disfunção motora que 
afeta o corpo todo (VIEIRA; CAMPEÃO, 2012), no entanto, o seu comprometimento é 
menor do que na classe BC1. Estes atletas não podem ter assistente.
http://globoesporte.globo.com/mg/triangulo-mineiro/noticia/2012/09/jose-carlos-fica-em-4-na-bocha-paralimpica-e-ja-pensa-no-brasileiro.html
http://globoesporte.globo.com/mg/triangulo-mineiro/noticia/2012/09/jose-carlos-fica-em-4-na-bocha-paralimpica-e-ja-pensa-no-brasileiro.html
 
 
Figura 6. Atleta BC2 
 
Fonte: CQ. 
Disponível em: https://gq.globo.com/GQ-no-podio/noticia/2016/09/bocha-ja-rendeu-oito-medalhas-ao-
brasil-nos-jogos-paralimpicos.html. Acesso em: 23 de jul. 2021. 
 
BC3: O atleta pode apresentar paralisia cerebral ou uma deficiência de origem não 
cerebral ou degenerativa (VIEIRA; CAMPEÃO, 2012). Esta é a classe na qual estão os 
atletas com maior comprometimento motor, estão inclusas as deficiência muito severas. 
Os atletas podem usar instrumento auxiliar (ponteira e calha), e ainda podem ser 
ajudados por um assistente desportivo. 
 
https://gq.globo.com/GQ-no-podio/noticia/2016/09/bocha-ja-rendeu-oito-medalhas-ao-brasil-nos-jogos-paralimpicos.html
https://gq.globo.com/GQ-no-podio/noticia/2016/09/bocha-ja-rendeu-oito-medalhas-ao-brasil-nos-jogos-paralimpicos.html
 
 
Figura 7. Atleta BC3 
 
Fonte: Rede Nacional do Esporte, 2016. Disponível em: 
http://rededoesporte.gov.br/pt-br/noticias/brasil-alcanca-feito-inedito-vence-a-coreia-do-sul-e-e-ouro-na-
bocha. Acesso em 23 de jul. 2021. 
 
BC4: Os atletas nesta classe também possuem deficiência severas, eles tem uma grave 
disfunção locomotora nos quatro membros (VIEIRA; CAMPEÃO, 2012). Recebem 
assistência apenas os atletas que jogam com o pé. 
 
Figura 8. Atleta BC4 
 
Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro,2017. 
Disponível em: https://cpb.org.br/noticia/detalhe/1598/atletas-da-bocha-voltam-cedo-aos-treinamentos-
para-a-temporada-de-2017. Acesso em: 23 de jul. 2021. 
 
http://rededoesporte.gov.br/pt-br/noticias/brasil-alcanca-feito-inedito-vence-a-coreia-do-sul-e-e-ouro-na-bocha
http://rededoesporte.gov.br/pt-br/noticias/brasil-alcanca-feito-inedito-vence-a-coreia-do-sul-e-e-ouro-na-bocha
https://cpb.org.br/noticia/detalhe/1598/atletas-da-bocha-voltam-cedo-aos-treinamentos-para-a-temporada-de-2017
https://cpb.org.br/noticia/detalhe/1598/atletas-da-bocha-voltam-cedo-aos-treinamentos-para-a-temporada-de-2017
 
2.3.2 Divisões de jogo 
 
A Bocha pode ser jogada de forma individual, em pares (duplas) ou equipes (3 
atletas para cada lado). Em todas as divisões, cada lado terá 6 bolas de cor. Um lado 
jogará com as bolas vermelhas e outro lado com as bolas azuis. Então no caso de duplas, 
cada atleta terá 3 bolas, e em equipes, cada um terá duas bolas. Ambos lados possuem 
apenas uma bola branca (a primeira bola a ser lançada no jogo). 
 
 
2.4 Ciclismo 
 
O Ciclismo é uma modalidade adaptada que pode ser praticada por pessoas com 
paralisia cerebral, deficiência visual, amputação e lesão medular (usuários de cadeira de 
rodas), de ambos os sexos. Esta modalidade segue as regras da União Internacional de 
Ciclismo, tendo apenas algumas diferenças. 
As provas provas podem ser de estrada e pista. Temos quatro tipos de Bikes. De 
acordo com o Comitê Paralímpico Brasileiro, são elas: 
Convencionais: Esta bikes são para atletas amputados e com outras deficiências físico-
motoras. Elas podem ter adaptações específicas para o uso de câmbios e freios.
 
 
Figura 10. Bike convencional 
 
Fonte: Shutterstock 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/beaurouvrefrancejul-21-winner-le-tour-de-108206228 
 
Triciclos: Estas bikes possuem duas rodas atrás para dar mais equilíbrio. Os atletas 
que a usam são aqueles com paralisia cerebral. 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/beaurouvrefrancejul-21-winner-le-tour-de-108206228
 
 
 
Figura 11. Triciclos 
 
Fonte: Jornal de Indaiatuba. Photo Credit To Arquivo - Giuliano Miranda/ RIC-PMI 
http://www.jornalexemplo.com.br/jornal/indaiatuba-recebe-copa-brasil-de-paraciclismo/ 
 
Handbikes: São impulsionados pelos braços. São para atletas com paraplegia e 
tetraplegia. 
 
http://www.jornalexemplo.com.br/jornal/indaiatuba-recebe-copa-brasil-de-paraciclismo/
 
 
Figura 12. Handbike 
 
Fonte: Shutterstock 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/moscow-russia-12-may-2018-handbike-1089427016 
 
 
Tandem: são bicicletas de dois lugares, elas são utilizadas pelos atletas com deficiência 
visual que vão atrás e são conduzidos por seus guias que vão na frente (CIVATTI, 2012). 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/moscow-russia-12-may-2018-handbike-1089427016
 
 
Figura 13. Tandem 
 
Fonte: Pedal, Photo por Marcio Rodrigues. 2018. Disponível em: 
https://www.pedal.com.br/mundial-de-paraciclismo-de-pista-2018-brasil-tera-maior-delegacao-da-
historia_texto12781.html. Acesso em: 23 de jul. 2021. 
 
 
2.4.1 Classes do Ciclismo 
 
Os atletas de ciclismo são divididos em quatro tipos de classes. De acordo com o Comitê 
Paralímpico Brasileiro, são elas: 
● H1 a H5 | Atletas impulsionam a bicicleta adaptada (handbike) com os braços. 
● T1 e T2 | Ciclistas com paralisia cerebral cuja deficiência impede de andar numa 
bicicleta convencional (competem em triciclos). 
● C1 a C5 | Atletas competem em bicicletas convencionais. Classes direcionadas 
aos competidores com deficiência físico-motora e amputados. 
● Tandem | Classe destinada aos deficientes visuais. As bicicletas são de dois 
lugares e o ciclista da frente, ou “piloto” enxerga normalmente. 
 
2.5 Futebol de 5 
 
O Futebol de 5 é uma modalidade adaptada e exclusiva para cegos e pessoas com 
deficiência visual do sexo masculino. Sua elaboração baseia-se nas regras do futsal 
adotadas pela FIFA (FREIRE; MORATO, 2012). As adaptações que existem, vem para 
https://www.pedal.com.br/mundial-de-paraciclismo-de-pista-2018-brasil-tera-maior-delegacao-da-historia_texto12781.html
https://www.pedal.com.br/mundial-de-paraciclismo-de-pista-2018-brasil-tera-maior-delegacao-da-historia_texto12781.html
 
contemplar as especificidades da deficiência. As medidas da quadra de jogo são as 
mesmas do futsal e o seu piso pode ser madeira, borracha sintética, mas ultimamente 
tem se utilizado grama sintética (COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO). 
Junto às linhas laterais, são colocadas bandas, que impedem que a bola saia de 
campo. Cada time é formado por 5 jogadores, sendo um goleiro vidente(ele não pode 
ter participado de competições oficiais da Fifa nos últimos cinco anos) e quatro na linha 
(com deficiência visual). A bola possui guizos internos para que os atletas consigam ouvi-
la, sendo assim as partidas são silenciosas, podendo haver manifestação da torcida 
apenas na hora do gol. 
O jogo tem duração de dois tempos de 25 minutos com 10 minutos de intervalo. Os 
jogadores usam uma venda nos olhos, caso eles a toquem, cometerão uma falta. Com 
cinco infrações o atleta é expulso de campo, e pode ser substituído por outro jogador. 
Além disso, há no jogo um guia (chamador). Ele fica atrás do gol adversário com o 
objetivo de orientar os atletas de seu time. O chamador pode dizer onde os jogadores 
devem se posicionar e para onde devem chutar. O técnico e goleiro também auxiliam em 
quadra. 
 
Figura 14. Futebol de 5 
 
Fonte: Adaptação Educa + Brasil. 2019. 
 
https://images.educamaisbrasil.com.br/content/banco_de_imagens/guia-de-estudo/D/futebol-para-cegos-
chamador.jpg 
 
2.5.1 Classes no Futebol de 5 
 
Após a aferição visual dos atletas, eles são classificados em três classes: 
B1: são os atletas com maior comprometimento, são cegos ou com percepção de luz, 
no entanto não reconhecem o formato de uma mão a qualquer distância. 
B2: atletas com baixa visão, com percepção de vultos. 
B3: atletas com menor comprometimento, conseguem definir imagens. 
Nos Jogos Paralímpicos competem apenas as classes B1. 
 
2.6 Futebol De 7 
 
O Futebol de 7 é uma modalidade adaptada baseada no futebol, da qual participam 
atletas do sexo masculino, com paralisia cerebral, indivíduos com sequelas de 
traumatismo crânio-encefálico ou de acidentes vasculares cerebrais (CRUZ, 2012). 
As regras são da FIFA, com a diferença de que os arremessos laterais podem ser 
cobrados com apenas uma das mãos e não há impedimento (COMITÊ PARALÍMPICO 
BRASILEIRO). 
https://images.educamaisbrasil.com.br/content/banco_de_imagens/guia-de-estudo/D/futebol-para-cegos-chamador.jpg
https://images.educamaisbrasil.com.br/content/banco_de_imagens/guia-de-estudo/D/futebol-para-cegos-chamador.jpg
 
 
Figura 15. Futebol de 7 
 
Fonte: Esporte MS, 2018. 
https://esportems.com.br/site/2018/11/28/com-quatro-times-do-ms-comeca-hoje-disputa-do-brasileiro-de-
futebol-pc-7-em-sao-paulo/ 
 
Campo de Jogos: o campo tem no máximo 75mx55m, com balizas de 5mx2m. A 
marca do pênalti fica a 9,20m do centro da linha de gol. 
Número de atletas: cada equipe possui 7 jogadores, sendo um deles o goleiro. O 
time conta ainda com 5 reservas. 
Tempo de jogo: A partida dura 60 minutos, que são divididos em dois tempos de 30 
minutos com intervalo de 10 minutos. 
 
2.6.1 Classes no Futebol de 7 
 
No Futebol de 7, há 3 classes. Segundo o Comitê Paralímpico Brasileiro são elas: 
FT1: são os atletas que possuem comprometimento severo. 
FT2: atletas que possuem comprometimento mediano. 
FT3: os atletas possuem comprometimento leve. 
De acordo com a regra atual é obrigatório que exista sempre, pelo menos um atleta 
da classe FT1 em campo. Caso não seja possível, o time deve jogar com um dois 
https://esportems.com.br/site/2018/11/28/com-quatro-times-do-ms-comeca-hoje-disputa-do-brasileiro-de-futebol-pc-7-em-sao-paulo/
https://esportems.com.br/site/2018/11/28/com-quatro-times-do-ms-comeca-hoje-disputa-do-brasileiro-de-futebol-pc-7-em-sao-paulo/
 
jogadores a menos. Além disso, cada equipe só pode contar com no máximo um atleta 
da classe FT3 em campo, durante toda a partida (COMITÊ PARALÍMPICO 
BRASILEIRO). 
 
 
2.7 Goalball 
 
O Goalball é uma modalidade criada exclusivamente para pessoas com deficiência 
visual, tanto para o sexo femino quanto masculino. O objetivo deste esporte é fazer gols, 
é balançar a rede adversária. Os arremessos são realizados com as mãos e devem ser 
rasteiros ou tocar pelo menos uma vez nas áreas obrigatórias. 
A equipe é composta por 3 atletas em quadra que são ao mesmo tempo 
arremessadores e defensores. E 3 jogadores são reservas. Os atletas podem ser cegos 
ou de baixa visão, e para que não haja vantagem, todos os atletas devem entrar em 
quadra bandados e vendados (MORATO; ALMEIDA, 2012). 
A quadra tem as mesmas dimensões da quadra de vôlei (9m de largura por 18m 
de comprimento). De cada lado da quadra, há um gol com 9m de largura e 1,30m de 
altura. 
 
 
Figura 16. Goalball 
 
Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro. 2017. Disponível em: 
https://cpb.org.br/noticia/detalhe/1053/campeonato-das-americas-de-goalball-comeca-nesta-quarta-feira-
29-em-sp. Acesso em: 23 de jul. 2021. 
 
O jogo é dividido em dois tempos de 12 minutos, com 3 minutos de intervalo. A bola 
usada no Goalball é de borracha e possui um guizo em seu interior, então esta 
modalidade também é um jogo silencioso para que os atletas escutem a bola. 
https://cpb.org.br/noticia/detalhe/1053/campeonato-das-americas-de-goalball-comeca-nesta-quarta-feira-29-em-sp
https://cpb.org.br/noticia/detalhe/1053/campeonato-das-americas-de-goalball-comeca-nesta-quarta-feira-29-em-sp
 
 
Figura 17. Bola de Goalball 
 
Fonte: Shutterstock. 
https://image.shutterstock.com/image-photo/rio-de-janeirobrazil-september-8-600w-579176449.jpg 
 
2.7.1 Classes no Goalball 
 
No Goalball temos 3 classes, B1, B2 e B3. Essas classes competem juntas. Todas 
as classificações são realizadas por meio da mensuração do melhor olho e da 
possibilidade máxima de correção do problema (COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO). 
Todos os atletas, independente da classificação, usam vendas. 
B1: os atletas são cegos totais ou com percepção de luz, no entanto, não 
conseguem reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância. 
B2: os atletas possuem percepção de vultos. 
B3: os atletas conseguem definir imagens. 
https://image.shutterstock.com/image-photo/rio-de-janeirobrazil-september-8-600w-579176449.jpg
 
 
 
2.8 Vôlei Sentado 
 
O Vôlei Sentado é uma modalidade adaptada para a prática de homens e mulheres 
com alguma deficiência física ou relacionada à locomoção (COMITÊ PARALÍMPICO 
BRASILEIRO). As regras são as mesmas do vôlei olímpico (melhor de 4 sets). A exceção 
é que se pode bloquear o saque, no entanto, os jogadores devem manter contato com o 
chão o tempo todo. Ganha a partida a equipe que vencer três sets. 
A quadra possui medidas específicas. Ela mede 10m X 6m. A rede fica a 1,15m do 
chão no masculino, e a 1,05m no feminino. Cada time é composto por 6 jogadores. 
 
Figura 18. Vôlei Sentado 
 
Fonte: Shutterstock 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/rio-de-janeirobrazil-august-28-2016-1722204562 
 
 
2.8.1 Classificação no Vôlei Sentado 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/rio-de-janeirobrazil-august-28-2016-1722204562
 
 
De acordo com o Comitê Paralímpico Brasileiro, no Vôlei Sentado os atletas são 
divididos em dois grupos, sendo eles, VS1 e VS2. 
VS1: nesta classe estão os atletas com uma deficiência que tem maior impacto nas 
funções essenciais da modalidade, por exemplo, amputados de perna. 
VS2: nesta classe encontram-se os atletas com uma deficiência com menor 
interferência nas funções em quadra, por exemplo, amputação de parte do pé, 
amputação de polegar. 
Então, no Vôlei Sentado temos atletas com deficiências menos severas. 
 
 
 
 
 
Imagem do Tópico: Shutterstock 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/sochi-russia-march-9-2014-winners-182701439 
3 ESPORTES PARALÍMPICOS DE INVERNO: CARACTERIZAÇÃO E REGRAS 
OFICIAS BÁSICAS 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/sochi-russia-march-9-2014-winners-182701439
 
 
 
Neste momento vamos falar sobre os esportes paralímpicos de inverno, Esqui 
Cross-Country; Curling em Cadeira de Rodas; Esqui Alpino; Biatlo; Hóquei no Gelo; 
Snowboard. 
 
3.1 Esqui Cross-country 
 
O Esqui cross-country é uma modalidade que permite a participação de atletas com 
deficiência física e visual. 
Sobre a deficiência física: dependendo da limitação, o esquiadorpoderá usar um 
sit-ski, ou seja, uma cadeira equipada com par de esquis). 
 
Figura 19. Esqui cross-country: deficiência física 
 
Fonte: Shutterstock 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/sochi-russia-march-9-2014-roman-182638610 
 
 
Sobre deficiência visual: tais atletas competem com um guia, ou não. As classes 
B2 e B3 podem escolher se irão competir com guia ou não. Homens e mulheres 
participam de provas de distâncias curtas, que envolvem provas de velocidade, provas 
de distância média (5 km a 20 km) e longas, que variam de 10 km a 20 km. Além disso, 
ainda temos o revezamento por equipe. 
 
3.2 Curling Em Cadeira De Rodas 
 
O curling em cadeira de rodas é uma adaptação do curling (um esporte coletivo 
praticado em pista de gelo, que tem como objetivo lançar pedras de granito o mais 
próximo possível do alvo, para isso usa-se varredores). As equipes são formadas por 
homens e mulheres, A modalidade é aberta para pessoas com qualquer tipo de 
dificuldade de locomoção (paraplegia, lesão da medula espinhal, paralisia cerebral, 
esclerose múltipla e amputação de pernas). 
Os times devem elaborar estratégias para empurrar sua pedra em direção ao alvo 
ou bloquear as pedras da outra equipe utilizando um bastão. Os atletas devem calcular 
o peso, a volta e o caminho que a pedra deve ser jogada (COMITÊ PARALÍMPICO 
BRASILEIRO). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 19. Curling em Cadeira de Rodas 
 
 
Fonte: Shutterstock 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/sochi-russia-mar-8-2014-paralympic-218340160 
 
 
3.3 Esqui Alpino 
 
O esqui alpino paralímpico é uma adaptação do esqui alpino. A modalidade é 
praticada em uma pista de esqui, localizada geralmente entre montanhas. Os atletas 
devem percorrer um percurso decente em velocidade com passagens obrigatórias por 
destacas plantadas na neve (portas). O objetivo é completar o percurso o mais rápido 
possível. O Esqui alpino possui três categorias. 
De pé: são para atletas com alguma amputação (LW 1 a LW9). 
Sentados: possuem alguma deficiência de paraplegia (Lw10- Lw12). 
Deficiência Visual: são para atletas com deficiência visual (B1-B3). 
Neste caso os atletas terão um guia, que pode iniciar a prova sem passar pelo 
portão inicial, permitindo que ele esteja um pouco à frente do atleta para oferecer a ele 
instruções verbais. 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/sochi-russia-mar-8-2014-paralympic-218340160
 
Há duas provas técnicas: 
Slalom: possui um percurso que exige curvas abruptas, há menor distâncias entre 
as portas. 
Slalom Gigante: apresenta maior distância entre as portas. 
Temos também duas disciplinas de velocidade: 
Super-G e Downhill: possuem menos mudança de direção, isso porque a distância 
entre as portas é maior. 
Por fim, se tem o Super Combinado, que combina uma prova técnica com uma 
prova de velocidade. 
 
Figura 20. Esqui Alpino 
 
Fonte: Shutterstock 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/sochi-russia-march-9-2014-yevgeniy-182569505 
 
 
3.4 Biatlo 
 
De acordo com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), o Biatlo é um esporte que 
combina o esqui cross-country com o tiro esportivo. Os atletas são divididos nas 
categorias sentado, em pé e com deficiência visual. O esporte foi adotado como uma 
disciplina formal nos Jogos Paralímpicos de Inverno de Lillehammer, em 1994. 
O Biatlo paralímpico consiste em 7,5m, dividido em 3 etapas de 2,5m, entre as duas 
etapas os atletas devem acertar dois alvos localizados a uma distância de 10m. A 
modalidade combina resistência física e capacidade de tiro. Os rifles dos atletas cegos 
são equipados com óculos eletroacústicos. Quanto mais próximo do alvo o atleta aponta, 
mais alto é o tom. 
 
Figura 21. Biatlo 
 
Fonte: Sthutterstock 
 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/pyeongchang-2018-march-14th-biathlon-center-
1077395165 
3.5 Hóquei No Gelo 
O hóquei no gelo, de acordo com o Comitê Paralímpico Brasileiro é um esporte 
rápido, com alta exigência física, jogado por homens e mulheres com deficiência física 
nos membros inferiores do corpo. 
Os atletas usam trenós com duas lâminas, duas varas (uma tem uma ponta para 
empurrar e outra para o tiro). A disputa é entre dois times de 13 jogadores e dois goleiros. 
Figura 22. Hóquei no gelo 
 
Fonte: Shutterstock 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/sochi-russia-mar-12-2014-paralympic-230309908 
 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/pyeongchang-2018-march-14th-biathlon-center-1077395165
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/pyeongchang-2018-march-14th-biathlon-center-1077395165
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/sochi-russia-mar-12-2014-paralympic-230309908
 
3.6 Snowboard 
No snowboard os atletas são divididos em dois grupos, com comprometimento nos 
membros inferiores (categorias SBLL-1, SBLL-2) e com comprometimento nos membros 
superiores (categoria SB-UL) . Há provas de: 
Snowboard cross: na qual os atletas percorrem um trajeto cheio de obstáculos. A 
classificação é feita com tomada de tempo individual. Depois os competidores avançam 
conforme cada round. 
Banked slalom, os atletas têm o trajeto com banco de viradas, todos os atletas 
descem três vezes, o melhor tempo determina o resultado final. 
 
Figura 23. Snowboard 
 
Fonte: Shutterstock 
 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/2018-march-16th-peyongchang-paralympic-games-
1077389600 
 
 
REFLITA 
 
O conhecimento faz parte da concretização do movimento de inclusão, sendo assim, 
temos o compromisso em transmitir o aprendizado aos nossos alunos, a fim de 
minimamente contribuir para desmistificar preconceitos imbricados em pessoas leigas 
quando o assunto é deficiência. 
 
Fonte: As autoras. 
 
#REFLITA# 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/2018-march-16th-peyongchang-paralympic-games-1077389600
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/2018-march-16th-peyongchang-paralympic-games-1077389600
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Chegamos ao fim de mais uma unidade da apostila de “Educação Física Adaptada”. 
Nesta segunda etapa da nossa disciplina, objetivamos possibilitar a você conhecimentos 
acerca das modalidades esportivas que foram adaptadas ou criadas para pessoas com 
deficiência. 
Para isso, traçamos caminhos que nos levaram a entender que a o esporte 
adaptado, se constitui como uma manifestação adaptada ou criada para a participação 
de pessoas com deficiência, enquanto o esporte paralímpico é uma forma do esporte 
adaptado, no entanto, direcionado a um ambiente mais restrito de modalidades, ou seja, 
inclui apenas as modalidades presentes nos Jogos Paralímpicos de Verão e Inverno. 
A respeito dos esportes paralímpicos apresentados, vimos que todos eles buscam 
adequar suas regras e os materiais utilizados durante a prática, de forma que 
potencialize a performance dos atletas. Assim como, toda modalidade possui uma 
classificação funcional, a qual permite que as disputas sejam justas. 
Estudante, os conhecimentos trazidos não se esgotam nas páginas de nossa 
apostila. Sendo assim, busque a cada dia conhecer com maior profundidade o visto neste 
momento, assim como, conteúdos novos, com isso, daremos mais um passo em direção 
a uma formação e uma atuação profissional de qualidade. 
 
Vamos em frente! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
 
Caro(a) estudante, você reparou ao longo dessa unidade, que os Jogos 
Paralímpicos contemplam as deficiências físicas, visuais e intelectuais? Frente a isso, 
você deve ter pensado e a deficiência auditiva, porque não é contemplada nesse evento? 
A resposta é simples, os atletas surdos participam de um evento específico, 
conhecido como “Surdolímpiadas”. O Comitê Paralímpico Internacional, apresenta que a 
realização de evento específico para os atletas surdos se dá pela limitação do número 
de atletasnos Jogos Paralímpicos, não sendo possível contemplar todos os atletas das 
diferentes deficiências. E devido ao alto custo que envolveria a contratação de intérpretes 
de línguas de sinais. 
Em relação a Surdolimpíadas, a primeira edição do evento ocorreu em 1924 em 
Paris-França, sendo nomeado de Jogos Internacionais para Surdos ou Jogos 
Internacionais Silenciosos, essa nomenclatura foi adotada até o ano de 1965. De 1966 
a 1999 a competição assumiu o nome de Jogos Mundiais para surdos e em 2000, 
passou-se a adotar o termo Surdolimpíadas (assumido até hoje) (WINNICK, 2004). 
O evento é organizado pelo Comitê Internacional de Desporto para Surdos (ICSD) 
e ocorre a cada quatro anos. Para participar dos jogos é preciso que o atleta tenha 
perdido 55 decibéis no seu melhor ouvido e não é permitido o uso de recursos para a 
deficiência, como aparelhos auditivos, implantes cocleares, entre outros. 
Esse evento paradesportivo também possui sua versão verão e inverno. Nos 
jogos de verão são contempladas 13 modalidades esportivas individuais (atletismo, 
badminton, boliche, caratê, ciclismo, judô, lutas, natação, orientação, tênis, tênis de 
mesa, taekwondo e tiro desportivo) e quatro modalidades esportivas coletivas (basquete, 
futebol, vôlei e vôlei de praia). Já no evento de inverno são contempladas quatro 
modalidades individuais (esqui alpino, esqui cross-country, snowboard e xadrez) e duas 
coletivas (Curling e Hóquei no gelo). 
Atualmente, o evento conta com a participação de 108 federações nacionais. O 
Brasil teve sua primeira participação no evento na década de 1990, mas até os dias de 
hoje, conta com poucos atletas e apoio financeiro, devido a falta de visibilidade. 
Por fim, vale ressaltar que a Surdolimpíadas apresenta algumas particularidades. 
Não há adaptações nas modalidades, elas seguem as mesmas regras dos esportes para 
 
as pessoas sem deficiência, a única adaptação é à substituição de avisos e sinalizações 
sonoras por visuais, por exemplo, apitos são substituídos por sinais de luz, placas ou 
bandeiras com cores, etc. 
 
Fonte: Anversa e Solera (2021) 
 
 
 
 
 
LIVRO 
 
• Título. Esporte Paralímpico. 
• Autor. Marco Túlio de Mello e Ciro Winckler. 
• Editora. Atheneu 
• Sinopse. O Livro Esporte Paralímpico tem como objetivo divulgar e consolidar o 
conhecimento sobre um dos movimentos esportivos que mais cresce no Brasil nos 
últimos anos. O livro tem seu conteúdo dividido em 3 grandes tópicos: Na primeira parte, 
serão tratados os aspectos históricos, filosóficos e políticos do esporte paralímpico; no 
segundo tópico serão abordados os impactos da deficiência sobre o rendimento 
esportivo e a classificação esportiva das pessoas com deficiência; e no terceiro serão 
apresentadas as 20 modalidades esportivas disputadas no programa dos Jogos 
Paralímpicos de Verão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FILME/VÍDEO 
 
 
• Título. Pódio para todos (Rising Phoenix) 
• Ano. 2020 
• Sinopse. O filme, “Pódio para todos”, é um documentário que traz depoimentos de 
nove atletas de elite de diferentes países, ativistas e dirigentes, sobre os Jogos 
Paralímpicos e como esse evento se reflete na forma que vemos a deficiência, à 
diversidade e a excelência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO. Modalidades. Brasília, DF, 201?. Disponível 
em: <http://www.cpb.org.br/modalidades>. Acesso em: 5 maio 2021. 
 
COSTA, A. M.; WINCKLER, C. A. Educação física e o esporte paralímpico. In: MELLO, 
M. T.; WINCKLER, C. Esporte paralímpico. São Paulo: Atheneu, 2012. p. 15 - 20. 
CIVATTI, C. Ciclismo. In: MELLO, M. T.; WINCKLER, C. Esporte paralímpico. São 
Paulo: Atheneu, 2012. 
 
CRUZ, P. Futebol de sete. In: MELLO, M. T.; WINCKLER, C. Esporte paralímpico. 
São Paulo: Atheneu, 2012. 
 
FREIRE; J.; MORATO, M. O. Futebol de Cinco. In: MELLO, M. T.; WINCKLER, C. 
Esporte paralímpico. São Paulo: Atheneu, 2012. 
MARQUES, R. F.R.; GUTIERREZ, G. L. O esporte paralímpico no Brasil: 
profissionalismo, administração e classificação de atletas. São Paulo: Phorte, 2014. 
 
MORATO, M.; ALMEIDA, J. J. G. Goalball. In: MELLO, M. T.; WINCKLER, C. Esporte 
paralímpico. São Paulo: Atheneu, 2012. 
 
PARSONS, A.; WINCKLER, C. A Esporte e a pessoa com deficiência: contexto 
histórico. In: MELLO, M. T.; WINCKLER, C. Esporte paralímpico. São Paulo: Atheneu, 
2012. 
 
PORTAL BRASIL. Esporte. 2016. Disponível em: 
http://www.brasil.gov.br/esporte/2016/09/brasil-tera-atletas-em-22-modalidades-da-
paralimpiada. Acesso em: 5 maio. 2021. 
 
 
VIEIRA, I. B.; CAMPEÃO, M. Bocha. In: MELLO, M. T.; WINCKLER, C. Esporte 
Paralímpico. São Paulo: Atheneu, 2012. 
 
WINNICK, J. P. Educação Física e esportes adaptados. 3. ed. São Paulo: Manole, 
2004. 
 
UNIDADE III 
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E INCLUSIVA 
Professora Doutora Ana Luíza Barbosa Anversa 
Professora Mestre Bruna Solera 
 
 
Plano de Estudo: 
• Questões legais acerca da inclusão de pessoas com deficiência; 
• Acessibilidade x Barreiras; 
• Aulas de Educação Física Inclusivas: o que, como e porque fazer? 
 
 
Objetivos de Aprendizagem: 
• Conhecer as questões legais acerca da inclusão de pessoas com deficiência na 
escola; 
• Compreender a acessibilidade; 
• Estudar as aulas de Educação Física como espaço para inclusão dos alunos com 
deficiência. 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Olá estudante, 
 
Seja bem vindo (a) a Unidade III da apostila de “Educação Física Escolar e 
Inclusiva”! 
Após você ter adquirido conhecimentos acerca da deficiência, do esporte adaptado, 
dos tipos de deficiência, das modalidades de esporte paralímpico, nesta unidade 
chamada de “Educação Física Inclusiva” as discussões se ampliarão, e será possibilitado 
a aquisição de saberes acerca da Educação Física como meio de promover, contribuir e 
trabalhar com a inclusão, seja na escola ou fora dela. 
Para isso, nossa unidade está dividida em 3 tópicos. Tópico 1 “Questões legais 
acerca da inclusão de pessoas com deficiência”, tópico 2 “Acessibilidade x barreiras” e 
tópico 3 “Aulas de Educação Física inclusivas: o que, como e porque fazer?”. 
No primeiro tópico iremos falar sobre Leis, declarações que dão suporte, que 
garantem direitos às pessoas com deficiência, tanto com relação a sua presença no 
espaço escolar, como o direito à vida, a reabilitação, a saúde, ao trabalho, a moradia… 
Já no tópico seguinte, vamos estudar a acessibilidade. Você sabe o que é a 
acessibilidade? Será que em sua cidade as ruas, as calçadas, o transporte público 
oferece condições para o ir e vir das pessoas com deficiência? Vamos juntos desvendar 
tais questões. 
E por fim, no terceiro tópico, vamos focar nas aulas de Educação Física como meio 
de promoção da inclusão e como espaço de envolvimento e participação de todos os 
alunos, independente de sua condição. Assim como, traremos dicas e estratégias para 
utilizarmos em nossa prática profissional, seja ela, dentro ou fora da escola, para 
envolver a todos. 
Esperamos que aproveitem esta parte da caminhada rumo a uma formação 
profissional que respeita e envolve a todos em suas intervenções. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
Imagem do Tópico: https://image.shutterstock.com/image-photo/man-protecting-inclusion-text-multi-
600w-1639058665.jpg 
 
1 QUESTÕES LEGAIS ACERCA DA INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA 
 
Caro aluno, como vimos anteriormente, a Organização das Nações Unidas (ONU) 
define a pessoa com deficiência como aquela que tem impedimentos de natureza física, 
intelectual ou sensorial, que diante de barreiras diversas, tem sua participação plena e 
efetiva na sociedade e com as demais pessoas limitada. 
Vimos também que para que ocorra a efetiva inclusão da pessoa com deficiência 
na sociedade, é importante que a sociedade se adapte a pessoa com deficiência e não 
o contrário, reduzindo barreiras arquitetônicas, comunicacionais, metodológicas ou 
pedagógicas e atitudinais ou sociais. 
A LeiBrasileira de Inclusão (BRASIL, 2015) aponta que é fundamental garantir o 
acesso à informação e a comunicação e tratar com punição quem descumpre esses 
pontos, quebrando as barreiras que impedem a efetiva inclusão. Para se atingir esse 
propósito, algumas questões legais são implementadas. Dentre as Leis e indicativos 
internacionais de inclusão podemos destacar: 
 
● 1990: Declaração de Jomtien (Tailândia), indicando a necessidade da inclusão e 
permanência de todos na escola. Esse documento foi elaborado na Conferência 
Mundial sobre Educação para Todos e traz pontos referentes às necessidades 
básicas de aprendizagem para crianças, jovens e adultos. Não é específico da 
https://image.shutterstock.com/image-photo/man-protecting-inclusion-text-multi-600w-1639058665.jpg
https://image.shutterstock.com/image-photo/man-protecting-inclusion-text-multi-600w-1639058665.jpg
 
pessoa com deficiência, mas traz indicativos importantes para a vida com 
dignidade e qualidade de vida. 
● 1994: Declaração de Salamanca (Espanha), parte das “Regras e padrões sobre 
Equalização de Oportunidades para Pessoas com Deficiência" da ONU que 
indica a necessidade de inclusão da pessoa com deficiência no ensino regular e 
o apoio ao desenvolvimento da educação especial. Além disso, o documento 
apresenta a estrutura de ação em educação especial e as linhas de ação em nível 
nacional. 
● 1999: Convenção de Guatemala, traz direcionamentos interamericanos para a 
eliminação das formas de descriminação contra à pessoa com deficiência, com o 
objetivo de prevenir e eliminar todas as formas de descriinação e propiciar a plena 
integração à sociedade, além de definir os direitos iguais à participação, 
aprendizagem e trabalho. 
● 2006: Realização da convenção sobre os direitos da pessoa com deficiência, 
adotada pela ONU em comemoração ao Dia Internacional dos Direitos Humanos. 
Essa convenção teve como propósito “promover, proteger e assegurar o exercício 
pleno e equitativo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais para 
todas as pessoas com deficiência e promover o respeito pela sua dignidade 
inerente” (SICORDE, 2007, p.16). 
● 2013: Apresentação do Relatório da situação mundial da Infância pela UNICEF, 
que traz dados estatísticos sobre as crianças com deficiência e apresenta 
indicativos de como superar barreiras da inclusão e viabilizar a participação ativa 
destas na sociedade. 
● 2015: Apresentação dos objetivos do desenvolvimento sustentável, indicando a 
necessidade da educação inclusiva e equitativa para todos. 
 
Já nas Leis e indicativos nacionais de inclusão destaca-se: 
 
● 1988: Constituição Federal, que defende a educação como direito de todos e 
dever do Estado em oferecer atendimento educacional especializado. 
 
● 1994: Direcionamentos do Ministério da Educação (MEC) quanto aos aspectos 
éticos e políticos para as ações educacionais de normatização e integração da 
pessoa com deficiência. 
● 1996: Implantação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) 
indicando a necessidade da Educação Especial e criação de instituições privadas 
sem fins lucrativos. 
● 2003: Instauração da Portaria 3.284 que torna obrigatória condições de 
acessibilidade para autorização e reconhecimento de cursos em nível superior. 
● 2005: Programa Acessibilidade no Ensino Superior, que propõe normativas para 
o atendimento da pessoa com deficiência física e sensorial, destacando à 
adaptação arquitetônica e Decreto 5.626 que indica a necessidade de inclusão 
da LIBRAS como disciplina curricular obrigatória nos cursos superiores 
destinados à formação de professores e no curso de Fonoaudiologia e optativa 
nos demais cursos de educação superior e educação profissional. 
● 2007: Homologação do Plano de Desenvolvimento Educacional, indicando a 
importância da acessibilidade arquitetônica, sala de recursos e formação docente 
para atendimento das pessoas com deficiência. E Decreto 6.094 garantindo o 
acesso e permanência da pessoa com deficiência no ensino regular. 
● 2008: Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da educação 
inclusiva, ação que visa acompanhar os avanços do conhecimento e das lutas 
sociais em prol da qualidade da educação para todos os estudantes. Essa política 
destaca o atendimento educacional especializado complementar ou suplementar, 
mas destaca que o atendimento em escolas especiais não potencializa a 
educação inclusiva. 
● 2009: Resolução 02/2009 que trata das Diretrizes Operacionais para o 
atendimento educacional especializado na educação básica, indicando que 
atendimentos em sala de recursos e atendimentos especializados não são 
substitutivos das classes comuns, por isso devem ser ofertados em turno inverso 
da escolarização. 
● 2011: Plano Nacional dos direitos da pessoa com deficiência (Decreto 
7.612/2011), destacando a educação inclusiva, inclusão social e ampliação da 
 
participação da pessoa com deficiência no mercado de trabalho, acessibilidade, 
ampliação das políticas de assistência social, prevenção das causas da 
deficiência, atenção à saúde e promoção o acesso, desenvolvimento e da 
inovação em tecnologia assistiva. 
● 2013: Parecer CNE/CEB nº 2/2013, que indica a possibilidade de ampliação da 
terminalidade específica e flexibilização curricular, adequando os componentes 
curriculares à possibilidade cognitiva dos alunos, ou seja, atendendo desde os 
que não puderem atingir o nível exigido no tempo proposto, devido a sua 
deficiÊncia, até à aceleração para concluir o cronograma escolar frente à casos 
de superdotação. 
● 2015: Lei Brasileira de Inclusão da pessoa com deficiência (Lei 13.146), que 
instituiu o Estatuto da Pessoa com Deficiência, promovendo “condições de 
igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais da pessoa com 
deficiência, visando à inclusão social e cidadania” (BRASIL, 2015, p.1). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem do Tópico: https://image.shutterstock.com/image-photo/cropped-image-man-his-
wheelchair-600w-1130626052.jpg 
 
2 ACESSIBILIDADE X BARREIRAS 
 
Estudante, você sabe o que é a acessibilidade? Reflita sobre esta pergunta e em 
seguida prossiga a leitura. 
De acordo com a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 
13.146, de 6 de julho de 2015), a acessibilidade se refere a: 
 
Possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e 
autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, 
transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e 
tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao 
público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana 
como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida 
(BRASIL, 2015). 
 
 
A acessibilidade é um direito da pessoa com deficiência. Sua garantia é dever do 
Estado, da sociedade e da família. Sendo assim, a escola deve ser acessível, a 
educação, todos os ambientes e serviços ofertados devem possibilitar a pessoa com 
deficiência condições para sua utilização com segurança e autonomia. 
Sassaki (2005) classifica a acessibilidade em 6 tipos. São eles: acessibilidade 
atitudinal, acessibilidade arquitetônica, acessibilidade metodológica, acessibilidade 
comunicacional, acessibilidade instrumental e acessibilidade programática. Vamos 
conhecê-las? 
● Acessibilidade atitudinal: refere-se a percepção do outro sem preconceitos, 
sem estigmas, sem estereótipos e sem discriminação. Aqui, o mencionado é 
superado por meio de programas e práticas de conscientização das pessoas em 
geral acerca da diversidade humana. A atitude das pessoas possibilita a quebra 
de barreiras, à compreensão sobre a deficiência e suas potencialidades e os 
meios para abordar e auxiliar as pessoas que precisam. 
 
https://image.shutterstock.com/image-photo/cropped-image-man-his-wheelchair-600w-1130626052.jpg
https://image.shutterstock.com/image-photo/cropped-image-man-his-wheelchair-600w-1130626052.jpghttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.146-2015?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.146-2015?OpenDocument
 
● Acessibilidade arquitetônica: a acessibilidade arquitetônica refere-se a não ter 
barreiras ambientais físicas nos espaços urbanos, nos edifícios, no transporte 
coletivo, na sala de aula e espaços públicos e privados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1. Acessibilidade no transporte coletivo 
 
 
Fonte: Shutterstock 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/inside-public-bus-reserved-seat-label-1787912381 
 
Para as pessoas com deficiência física é preciso que se tenham rampas, espaço 
reservado para a deficiência física, como na figura 2. Banheiros também devem ser 
adequados, possibilitando condições para o uso independente (figura 3). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2. Banheiro acessível 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/inside-public-bus-reserved-seat-label-1787912381
 
 
 
Fonte: Shutterstock 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/disabled-accessibility-toilet-bathroom-1041846595 
 
No caso da deficiência visual, são exemplos de acessibilidade estrutural o piso 
tátil (figura 4) e avisos sonoros para travessia na faixa de pedestres (figura 5). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/disabled-accessibility-toilet-bathroom-1041846595
 
Figura 3. Piso tátil para pessoas com deficiência visual 
 
 
Fonte: Shutterstock 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/visually-impaired-man-using-tactile-tiles-1511839871 
 
 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/visually-impaired-man-using-tactile-tiles-1511839871
 
Figura 4. Semáforo sonoro para pessoas com deficiência visual 
 
Fonte: Shutterstock 
https://www.shutterstock.com/pt/search/accessibility+traffic+light 
 
● Acessibilidade metodológica: também conhecida como acessibilidade 
pedagógica, ela quer dizer sem barreiras nos métodos e técnicas de estudo, como 
adaptações curriculares, uso de todos os estilos de aprendizagem, aulas com 
base nas inteligências múltiplas, novo visão sobre avaliação da aprendizagem. 
São exemplos, pranchas de comunicação, texto impresso e ampliado, softwares 
ampliadores de comunicação alternativa, leitores de tela, entre outros. 
https://www.shutterstock.com/pt/search/accessibility+traffic+light
 
Figura 5. Prancha de comunicação alternativa 
 
Fonte: CIVIAM. 
https://civiam.com.br/pranchas-de-comunicacao-alternativa-ao-alcance-de-todos/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://civiam.com.br/pranchas-de-comunicacao-alternativa-ao-alcance-de-todos/
 
Figura 6. Teclado acessível para pessoas com deficiência visual 
 
Fonte:Shutterstock 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/close-blind-person-hands-using-computer-1768963037 
 
Na figura 7 observe estudante, que no teclado convencional há um teclado em 
braile. Outro recurso que se pode utilizar é o DOSVOX. Ele é um sistema computacional 
baseado no uso sintetizador de voz. O sistema conversa com a pessoa com deficiência 
visual, facilitando o uso de computadores. 
 
● Acessibilidade comunicacional: a acessibilidade comunicacional se refere a 
não ter barreiras na comunicação interpessoal (face-a-face, língua de sinais, 
linguagem corporal), na comunicação escrita (jornal, livros, entrevistas com 
braille, com letras ampliadas e outras tecnologias assistivas) e na comunicação 
virtual (acessibilidade digital). 
 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/close-blind-person-hands-using-computer-1768963037
 
● Acessibilidade instrumental: sem barreiras nos instrumentos e utensílios de 
estudos (lápis, caneta, borracha, carteira), sem barreiras nas atividades da vida 
diária (higiene, comer, vestir) e de lazer, esporte e recreação (dispositivos que 
atendam às pessoas com deficiência, independente de qual ela seja). 
 
Figura 7. Adaptação para escrita com lápis 
 
Fonte: Reab, 2017. 
https://www.reab.me/materiais-adaptados-para-a-escrita/ 
 
● Acessibilidade programática: a acessibilidade programática se refere a 
ausência de barreiras nas políticas públicas, em regulamentos e em normas no 
geral. 
 
Além do mencionado e trazido seguindo os estudos de Sassaki (2005). Temos 
ainda a acessibilidade digital. Este tipo de acessibilidade se refere a apresentação de 
informações em formatos alternativos. Exemplo: a instituição de ensino superior que 
disponibiliza o seu material teórico em formato que possibilite a pessoa com deficiência, 
independente de qual for ela, condições para acesso à informação e ao conhecimento. 
De encontro com a acessibilidade, temos as barreiras, sendo elas, 
 
https://www.reab.me/materiais-adaptados-para-a-escrita/
 
Qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou 
impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o 
exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e 
de expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, 
à circulação com segurança (BRASIL, 2015). 
 
As barreiras, acordo com a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência 
(Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015), podem ser classificadas como: 
a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias e nos espaços públicos e privados 
abertos ao público ou de uso coletivo. 
 
Figura 8. Barreira urbanística 
 
Fonte: Beta. [s.d]. 
http://www.betaredacao.com.br/garantir-acessibilidade-e-desafio-para-a-administracao-publica/ 
 
b) barreiras arquitetônicas: as existentes nos edifícios públicos e privados; 
 
 
 
 
Figura 9. Barreira arquitetônica 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.146-2015?OpenDocument
http://www.betaredacao.com.br/garantir-acessibilidade-e-desafio-para-a-administracao-publica/
 
 
Fonte: Shutterstock 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/young-man-wheelchair-who-cant-get-189613025 
 
c) barreiras nos transportes: existentes nos sistemas e meios de transportes. 
d) barreiras nas comunicações e na informação: qualquer entrave, obstáculo, 
atitude ou comportamento que dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de 
mensagens e de informações por intermédio de sistemas de comunicação e de 
tecnologia da informação; 
e) barreiras atitudinais: atitudes ou comportamentos que impeçam ou prejudiquem 
a participação social da pessoa com deficiência em igualdade de condições e 
oportunidades com as demais pessoas; 
f) barreiras tecnológicas: as que dificultam ou impedem o acesso da pessoa com 
deficiência às tecnologias. 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/young-man-wheelchair-who-cant-get-189613025
 
2.1 TECNOLOGIAS ASSISTIVAS 
Estudante, temos na sociedade algo que se chama Tecnologias Assistivas (TA). 
Já ouviu falar algo sobre isso? 
Pois bem. A TA de acordo com Bersch (2007, p. 2) pode ser vista como “um auxílio 
que promoverá a ampliação de uma habilidade funcional deficitária ou possibilitará a 
realização da função desejada e que se encontra impedida por circunstância de 
deficiência”.“Tecnologia assistiva é uma expressão utilizada para identificar todo o 
arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades 
funcionais de pessoas com deficiência e, consequentemente, promover vida 
independente e inclusão” (BERSCH, 2007, p. 31). 
Quando olhamos para a TA no espaço escolar, podemos afirmar que ela é um meio 
de buscar com criatividade, uma opção para que nossos alunos realizem o que desejam 
ou precisam. 
 
É encontrar uma estratégia para que ele possa fazer de outro jeito. É valorizar o 
seu jeito de fazer e aumentar suas capacidades de ação e interação a partir de 
suas habilidades. É conhecer e criar novas alternativas para a comunicação, 
escrita, mobilidade, leitura, brincadeiras, artes, utilizaçãode materiais escolares 
e pedagógicos, exploração e produção de temas através do computador, etc. É 
envolver o aluno ativamente, desfiando-se a experimentar e conhecer, 
permitindo que construa individual e coletivamente novos conhecimentos. É 
retirar do aluno o papel de espectador e atribuir-lhe a função de ator (BERSCH, 
2007, p. 31). 
 
Para Solera (2020) a TA vem como uma possibilidade para posicionar o aluno no 
centro do processo educacional e, com isso, contribuir com sua autonomia. Bersch 
(2007, p. 37), afirma que a TA se organiza por modalidades. Veja abaixo. 
 
● Auxílios para a vida diária e vida prática. 
● Comunicação Aumentativa e Alternativa. 
● Recursos de acessibilidade ao computador. 
● Adequação Postural (posicionamento para função). 
● Auxílios de mobilidade. 
● Sistemas de controle de ambiente. 
● Projetos arquitetônicos para acessibilidade. 
● Recursos para cegos ou para pessoas com visão subnormal. 
● Recursos para surdos ou pessoas com déficits auditivos. 
● Adaptações em veículos. 
 
 
Vamos conhecer cada uma delas? De acordo com Bersch (2017): 
 
a) Auxílios para a vida diária e vida prática: são materiais e produtos que 
contribuem com o desempenho de forma autônoma e independente em tarefas 
do dia a dia, assim como, tem como objetivo facilitar o cuidado de pessoas com 
deficiência que dependem de auxílio em atividades como se alimentar, cozinhar, 
vestir-se e outras necessidades. São exemplos: talheres modificados, velcro, 
barras de apoio. Além disso, aqui também se insere equipamentos que auxiliam 
as pessoas com deficiência visual em sua independência na realização de tarefas, 
como, consultar o relógio, usar a calculadora, identificar peças de vestuário, 
escrever dentre outros. 
 
Figura 11. Talher adaptado 
 
Fonte: Shutterstock. 
https://image.shutterstock.com/image-photo/spoon-fork-cutlery-sick-disabled-600w-1705169623.jpg 
 
b) Comunicação Aumentativa e Alternativa: A CAA é direcionada ao atendimento 
de pessoas sem fala e ou escrita funcional ou com defasagem entre sua 
necessidade comunicativa e sua habilidade de falar, escrever e/ou compreender. 
São exemplos, pranchas de comunicação (utilizadas para que os sujeitos 
consigam expressar seus desejos, questões, sentimentos…) (figura 12) e 
computadores com softwares específicos que contribuem com a efetiva 
comunicação. 
 
Figura 12. Prancha de comunicação 
 
Fonte: UFRGS, 2020. Disponível em: 
https://www.ufrgs.br/coronavirus/base/hospitais-de-porto-alegre-recebem-pranchas-para-auxiliar-a-
comunicacao-com-pacientes/. Acesso em: 23 de jul. 2021. 
 
 
 
c) Recursos de Acessibilidade ao computador: Conjunto de hardware e software 
pensados para deixar os computadores acessíveis para as pessoas com 
deficiência visual, auditiva, intelectual e motora. Nesses recursos estão inclusos 
mouses, teclados e outros (dispositivos de entrada) e sons, imagens, informações 
táteis (dispositivos de saída). Como exemplo podemos citar teclados modificados, 
software de reconhecimento de voz, órteses, ponteiras para digitação e etc. 
https://www.ufrgs.br/coronavirus/base/hospitais-de-porto-alegre-recebem-pranchas-para-auxiliar-a-comunicacao-com-pacientes/
https://www.ufrgs.br/coronavirus/base/hospitais-de-porto-alegre-recebem-pranchas-para-auxiliar-a-comunicacao-com-pacientes/
 
Figura 13. Teclado adaptado para pessoas com deficiência visual 
 
 
Fonte: Shutterstock. 
https://image.shutterstock.com/image-photo/asian-young-blind-person-woman-600w-1763944685.jpg 
 
Figura 14. Ponteira para digitação 
 
Fonte: Blog Acessibilidade, 2010. Disponível em: 
https://image.shutterstock.com/image-photo/asian-young-blind-person-woman-600w-1763944685.jpg
 
http://mundoacessivel.blogspot.com/2010/03/conheca-os-equipamentos-para.html. Acesso em: 23 de jul. 
2021. 
 
 
 
d) Sistemas de Controle do Ambiente: por meio de um controle remoto as pessoas 
podem ligar, desligar e ajustar a luz, o som, a TV, ventilador, abrir e fechar portas. 
 
e) Projetos arquitetônicos para acessibilidade: projetos de edificação e 
urbanismo que possibilita o acesso, funcionalidade e mobilidade para todas as 
pessoas com deficiência. São exemplos, elevadores, banheiros, mobiliários e etc. 
 
Figura 15. Mobiliário adaptado 
 
Fonte: Pinterest, s/d. 
Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/328481366542530701/. Acesso em: 23 de jul. 2021. 
 
 
f) Órteses e próteses: as órteses são colocadas junto a um segmento do corpo, 
contribuindo uma melhor posição, estabilização ou função do mesmo (figura 16). 
As próteses substituem partes do corpo que são ausentes (figura 17). 
http://mundoacessivel.blogspot.com/2010/03/conheca-os-equipamentos-para.html
https://br.pinterest.com/pin/328481366542530701/
 
Figura 16. Órtese 
 
Fonte:Shutterstock 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/feet-5yearold-boy-orthopedic-splints-learn-1698528505 / 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/feet-5yearold-boy-orthopedic-splints-learn-1698528505
https://www.inspirar.com.br/cursos/extensao/orteses-e-tecnologia-assistida-na-fisioterapia-neurofuncional/
 
 
Figura 17. Prótese 
 
Fonte: Shutterstock 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/athletes-different-ages-running-leg-prosthesis-1630042093 
 
 
g) Adequação Postural: auxílio para manter a postura alinhada, estável, 
confortável. Exemplo: almofadas no leito, estabilizadores ortostáticos etc. 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/athletes-different-ages-running-leg-prosthesis-1630042093
 
 
Figura 18. Estabilizador 
 
Fonte: Meu Anjo Gabriela, 2014. Disponível em: 
http://meuanjogabriela.com.br/gabi-no-parapodium/. Acesso em: 23 de jul. 2021. 
 
 
h) Auxílios de Mobilidade: cadeiras de rodas, andadores, bengalas são meios de 
auxiliar na mobilidade pessoal das pessoas com deficiência. 
 
i) Recursos para surdos ou pessoas com déficits auditivos: são auxílios que 
incluem aparelhos para surdez, sistemas com alerta visual e tátil, celular com 
mensagens escritas, vibrações, livros e dicionários digitais com a língua de sinais. 
 
j) Recursos para cegos ou para pessoas com visão subnormal: recursos que 
vão desde o braille até softwares de ampliação de tela, lupas e teclado ampliados. 
 
k) Adaptações em veículos: são acessórios que ajudam as pessoas com 
deficiência física a dirigir um automóvel, a entrar e sair do transporte coletivos, 
como elevadores, rampas.
http://meuanjogabriela.com.br/gabi-no-parapodium/
 
 
 
 
Imagem do Tópico: Blog Moda Infantil 
https://blog.brandili.com.br/5-desenhos-com-licoes-bonitas-sobre-inclusao/cuerdas-es-un-
cortometraje-de-animacion-escrito-y-dirigido-por-pedro-solis-garcia-2/ 
 
3 AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVAS: O QUE, COMO E PORQUE FAZER? 
 
O que devemos fazer ao receber alunos com deficiência em nossas aulas? 
O primeiro passo é simples e valoriza o aluno. Devemos perguntar a ele, o que ele 
PODE fazer, o que ele CONSEGUE fazer. Ou seja, vamos iniciar nosso diagnóstico da 
deficiência, a partir das potencialidades dos sujeitos que a contém. Claro que vamos 
levar em consideração as suas fragilidades e necessidades, mas inicialmente para que 
ele se sinta incluído, partir de suas potencialidades é indispensável. 
Além desta atitude positiva, tem muitas outras que devemos ter em nossa atuação 
profissional. Veja a seguir. 
 
3. 1 Atitudes Positivas 
 
https://blog.brandili.com.br/5-desenhos-com-licoes-bonitas-sobre-inclusao/cuerdas-es-un-cortometraje-de-animacion-escrito-y-dirigido-por-pedro-solis-garcia-2/
https://blog.brandili.com.br/5-desenhos-com-licoes-bonitas-sobre-inclusao/cuerdas-es-un-cortometraje-de-animacion-escrito-y-dirigido-por-pedro-solis-garcia-2/
 
3.1.1 Atitudes dos professores para com os alunos com deficiência física 
 
De acordo com Marques, Cidade e Lopes (2009), são atitudes positivas dos 
professores para o trabalho com alunos com deficiência física:● Acolher e valorizar o nosso aluno com ênfase em suas potencialidades; 
● Criar um clima que ofereça segurança e confiança para que o aluno consiga 
expressar suas vivências, expectativas, preocupações e medos; 
● Ficar alerta com possíveis situações de apatia, tristeza e cansaço; 
● Estimular a expressão corporal e linguística, sobretudo em alunos com 
acometimentos mais severos; 
● Em relação a aprendizagem, ter uma atitude aberta, flexível e incessante na busca 
da melhor forma de comunicação, aplicação das estratégias metodológicas e 
avaliação; 
● Ter flexibilidade na organização de horários das atividades; 
● Observar permanentemente; 
● Manter rotinas que ajude os alunos a antecipar situações e a estruturar 
temporalmente seu mundo; 
● Ter atitude investigativa e aberta, procurar experimentar novos métodos, materiais 
ou sugestões. 
 
Além disso, é importante: 
● Facilitar o acesso dos alunos com deficiência física, por meio da eliminação de 
barreiras arquitetônicas (rampas, elevadores), contribuindo com a garantia da 
mobilidade dos alunos dentro da escola ou do espaço de atuação; 
● Providenciar adaptações específicas, como muletas, andadores, cadeiras de 
rodas; 
● Verificar a adaptação dos banheiros; 
● Saber como manejar e familiarizar-se com instrumentos mais específicos, como, 
sondas, coletores etc; 
● Utilizar recursos pessoais como amigo tutor, voluntários e familiares. 
 
 
3.1.2 Cuidados a serem tomados pelo professor em relação à pessoa com 
deficiência visual 
 
Ao atuar com pessoas com deficiência visual, devemos tomar alguns cuidados, 
para que nossa prática interventiva seja efetiva e inclusiva. São elas: 
● Sempre verbalizar as atividades que serão realizadas. Falar de forma clara, 
objetiva e tranquila. Isso facilitará a percepção do aluno; 
● Caso necessário, demonstrar o exercício a partir da ajuda física; 
● Saber o nome do aluno. Isso transmite segurança a ele; 
● Usar dicas específicas ambientais, como muros, cheiro característico de algum 
local, posição do sol. Isso auxiliará o aluno em sua locomoção e formação de um 
mapa mental do ambiente físico; 
● Evitar ambientes com muitos estímulos sonoros para desenvolver suas 
atividades; 
● Ao se aproximar ou se afastar de pessoas com deficiência visual sempre o 
comunicar sobre isso, se apresentar e se despedir; 
● Buscar trabalhar as atividades por etapas, para que os alunos se sintam seguros; 
● Não demonstre excesso de proteção. O aluno cego é um ser humano, deve ser 
tratado como os demais e ter liberdade; 
● Integrar seus conteúdos com as adaptações necessárias para inclusão de todos 
os alunos. 
 
IMPORTANTE! 
 
Com profissionais, devemos reconhecer o nível de orientação e mobilidade de cada 
pessoa, de cada aluno com deficiência visual para conseguir lidar de forma mais efetiva 
com a deficiência. 
 
A principal via de recepção da informação das pessoas com deficiência visual é a 
audição. 
 
A interação no ambiente e com as pessoas e crianças sem deficiência visual facilitará 
seu desenvolvimento. 
 
 
 
3.1.3 Cuidados para trabalhar com as pessoas com deficiência auditiva 
 
Para se trabalhar com pessoas com deficiência, precisamos ter alguns cuidados, que 
contribuirão com a inclusão desses sujeitos. 
● Durante sua intervenção sempre fala com seu aluno de frente para ele. Muitos 
deles podem fazer leitura labial; 
● Fale de forma objetiva e clara; 
● Não masque chicletes enquanto fala; 
● Utilize estratégias visuais para aplicar suas atividades; 
● Não mude constantemente as regras das atividades e sempre que fizer isso, 
chame todos os alunos e dê uma instrução clara; 
● Tente estimular o maior envolvimento dos alunos; 
● Utilize Libras. 
 
3.1.4 Orientações gerais para inclusão das pessoas com deficiência 
intelectual 
 
Para inclusão de pessoas com deficiência intelectual é preciso considerar alguns 
aspectos para facilitar a inclusão desses sujeitos durante nossa prática profissional. 
 
Atitudes: 
● Aja naturalmente; 
● Não superproteger o aluno com deficiência intelectual; 
● Garanta a participação de todos; 
● Promova desafios; 
● Garanta a autonomia; 
● Estimule a prática esportiva sem preconceitos ou medos; 
● Não subestime a capacidade dos alunos; 
 
Na prática: 
 
● Selecionar atividades que estejam de acordo com o desenvolvimento do 
aluno; 
● Seja criativo, proponha atividades que chame a atenção dos alunos; 
● Se necessário faça adaptações nas atividades; 
● Atividades mais complexas devem ser desenvolvidas por etapas; 
● Evite instruções longas e preze por orientações claras e breves. 
 
 
 3. 2 Amigo Tutor 
 
Você conhece o amigo tutor? 
Ele é um colega da turma, da sala, que irá auxiliar a pessoa com deficiência em 
suas atividades durante a aula ou em seus deslocamentos pela escola ou em outros 
espaços. 
O amigo tutor pode ser alguém próximo do aluno com deficiência. O professor 
ainda pode revezar essa função entre a turma, mas, é importante saber que, ser o 
amigo tutor, deve ser algo prazeroso para quem desempenha esse papel. 
Ao exercer o papel de amigo tutor é preciso se atentar para alguns aspectos 
como: posicionamento, procurando sempre estar a frente ou próximo da pessoa que 
irá tutoriar; vestimenta, a roupa do tutor precisa ser confortável não limitando 
movimentação e auxílio, além disso deve se atentar para alguns pontos. Ao ser tutor 
de uma pessoa baixa visão buscar roupas com maior contraste, se da pessoa com 
transtorno espectro autista, evitar cores vibrantes, acessórios e perfumes com 
fragrância muito forte. Motivação, o amigo tutor precisa sempre estar motivado e 
buscar motivar o tutoriado, estimulando-o a tentar executar as tarefas e superar as 
barreiras apresentadas, além disso é importante que o tutor conheça as barreiras que 
a atividade e/ou ambiente irão oferecer para analisar e estruturar a melhor forma de 
auxílio. 
Fulk e King (2001) apresentam que na formação e atuação como tutor, algumas 
Diretrizes devem ser consideradas: 
 
● Explicar a finalidade e papéis de ação: o tutor deve conhecer sua função e 
quais ações devem ser desenvolvidas, além disso, precisa conhecer as 
principais características da deficiência na qual irá atuar. 
● Colaboração e Cooperação: é importante conhecer a diferença entre os termos 
e analisar a situação para ver qual das duas atenderá melhor às demandas da 
pessoa com deficiência e da atividade proposta. 
● Treinamento: a pessoa que irá exercer a tutoria precisa conhecer e vivenciar a 
deficiência, além de discutir junto aos seus pares, professores ou especialistas 
quais as melhores estratégias de feedback e correção. 
● Modelar comportamentos: estimulando a pessoa com deficiência a tentar 
executar a atividade proposta dentro de suas potencialidades, auxiliando-a a 
relacionar com situações cotidianas e outras tarefas que demandem ações 
similares. 
● Roteiros pré-estabelecidos: para atuar da melhor forma o amigo tutor precisa 
ter ciência do que será desenvolvido para que não precise compreender ou 
receber instruções sobre a tarefa durante a execução da mesma. 
● Acompanhamento e orientação: analisar as principais barreiras apresentadas 
e como acompanhar e orientar a pessoa com deficiência. 
● Avaliação do processo de tutoria: após a ação desenvolvida analisar os pontos 
positivos e negativos, buscando feedback junto a pessoa com deficiência e ao 
professor ou profissional responsável pelas atividades propostas. 
 
Figura 19. Amigo tutor 
 
 
Fonte: Pinterest. [s.d]. 
https://br.pinterest.com/pin/492229434265061697/ 
 
A utilização do amigo tutor é uma estratégia válida e que de fato funciona. 
 
 
3.3 Educação Física e Inclusão na Escola 
 
No espaço escolar vamos nos deparar com uma diversidade de alunos, entre eles, 
os com deficiência. A Educação Física, como componente curricular obrigatório e 
presente na Educação Básica, deve possibilitar o envolvimentode todos os alunos em 
suas aulas, independente de sua condição. 
Para isso o professor assume importante papel. É ele quem deverá planejar as 
aulas considerando estratégias para incluir o aluno com deficiência, possibilitando 
vivências, experiências efetivas e ativas na Educação Física, o que por sua vez, levará 
uma aprendizagem com sentido e significado a esse sujeito. 
É importante ressaltar que o professor deve pensar em todos os alunos de sua 
turma ao elaborar seu plano, e não apenas nos estudantes com algum tipo de deficiência! 
Fique atento a isso. 
https://br.pinterest.com/pin/492229434265061697/
 
Como esse pensar em todos pode ser efetivado? Algo valioso para a inclusão e 
participação ativa dos alunos com deficiência é a adaptação. O que isso quer dizer? 
Você como professor pode pensar em uma aula para toda a turma e partir disso, adaptar 
o envolvimento do aluno com deficiência. Por exemplo: a aula é sobre Jogos e 
Brincadeiras, na brincadeira escolhida, é preciso passar entre os cones saltando, no caso 
da deficiência física, o aluno pode passar os cones os contornando. Além disso, temos 
o amigo tutor, como vimos anteriormente, ele é uma peça essencial para contribuir com 
a participação dos indivíduos que não possuem independência para locomoção. 
Há inúmeras formas de adaptar as nossas aulas ! Use a criatividade! O que não 
devemos fazer é deixar este aluno de lado, excluído, ou simplesmente fazendo trabalhos 
teóricos ou sendo assistente do professor. 
Além disso, é importante mencionar que em nossas aulas, podemos e devemos 
trabalhar com os esportes adaptados. A partir disso, iremos possibilitar aos alunos sem 
a deficiência a vivência da mesma. É uma experiência incrível, o que também contribui 
com a conscientização dos demais acerca das dificuldades e desafios dos alunos com 
deficiência. Veja em seguida imagens com possibilidades para se trabalhar os esportes 
adaptados na escola. 
 
Figura 20. Basquete adaptado 
 
Fonte: Colégio Sagrado Coração. [s.d]. Disponível em: 
http://www.novosite.ssps.org.br/novosite/public.asp?7362-18416-o-esporte-adaptado. Acesso em: 23 de 
jul. 2021. 
 
Na figura 20, temos a adaptação para a prática do Basquete em Cadeira de Rodas. 
Repare que o professor utilizou cadeiras convencionais para isso. É uma ótima ideia, no 
caso de não se ter cadeira de rodas para todos os alunos. 
http://www.novosite.ssps.org.br/novosite/public.asp?7362-18416-o-esporte-adaptado
 
Figura 21. Goalball 
 
Fonte: Colégio Certus. [s.d]. Disponível em: 
https://certus.com.br/blog/esporte/inclusao-voce-ja-ouviu-falar-do-goalball/. Acesso em: 23 de jul. 2021. 
 
Na figura 21, temos a prática do Goalball na escola. As vendas foram adaptadas 
com coletes, os gols são demarcados com cones e a bola, é uma bola de volêi envolvida 
por sacolas, para que esta produza som. 
Outra opção para a bola, é pegar uma bola que está sem condições de uso e fazer 
um furinho nela, e por ele, inserir um gizo. As vendas também podem ser confeccionadas 
com TNT. 
https://certus.com.br/blog/esporte/inclusao-voce-ja-ouviu-falar-do-goalball/
 
Figura 22. Bocha 
 
Fonte: Diversa: educação inclusiva na prática. 2015. Disponível em: https://diversa.org.br/relatos-de-
experiencia/bocha-inclusiva-incentiva-protagonismo-de-aluno-com-deficiencia-fisica/. Acesso em: 23 de 
jul. 2021. 
 
Na figura 22, os alunos estão jogando Bocha. Para isso você pode utilizar qualquer 
bolinha que se tenha na escola, bolinhas de plástico, bolinhas de meia, bolinhas de 
alpiste. Basta que você tenha 6 bolas azuis, 6 bolas vermelhas e uma bola branca. 
Dependendo do material das bolas, você escolherá qual o melhor piso para o jogo. 
Sabemos que a Bocha é jogada na quadra, mas isso não impede que façamos uma 
adaptação do local. Durante o jogo os alunos podem ficar sentados no chão ou em 
cadeiras. 
https://diversa.org.br/relatos-de-experiencia/bocha-inclusiva-incentiva-protagonismo-de-aluno-com-deficiencia-fisica/
https://diversa.org.br/relatos-de-experiencia/bocha-inclusiva-incentiva-protagonismo-de-aluno-com-deficiencia-fisica/
 
Figura 23. Volêi Sentado 
 
Fonte: Professor Leandro Miller. 
https://www.youtube.com/watch?v=-Y7f6u5kyTM 
 
Na figura 23, temos o vôlei sentado. Veja que tal modalidade pode ser facilmente 
trabalhada em suas aulas. Na grande maioria das escolas há bola de vôlei e rede, sendo 
assim, para jogar basta adaptar a altura da rede. Na ausência dela, utilize uma corda. 
 
3.3.1 Atendimento Educacional Especializado e a Educação Física 
 
Estudante, nas escolas você poderá encontrar o professor AEE. Você sabe quem 
são eles? 
AEE significa, Atendimento Educacional Especializado. Este atendimento é 
realizado por professores, sendo estes, aqueles especializados em Educação Inclusiva, 
com conhecimentos das especificidades da atuação com pessoas com deficiência 
(SOLERA, 2020). Tais professores possuem a responsabilidade em possibilitar a 
autonomia dos alunos com deficiência, melhor qualidade de vida e ampliação de suas 
habilidades (como comunicação e mobilidade) (BERSCH; MACHADO, 2007). Além 
disso, eles estabelecem parcerias com outras áreas, como engenharia, terapia 
ocupacional, fisioterapeuta para o desenvolvimento de serviços e recursos adequados 
aos alunos que necessitam e que fazem parte desse atendimento. 
https://www.youtube.com/watch?v=-Y7f6u5kyTM
 
O aluno frequenta o AEE no contra turno escolar. O AEE pode ser realizado na 
sala de recursos multifuncionais. Mas além disso, o professor AEE deve atuar em 
parceria com os demais professores da escola, como o de Educação Física. Nesse 
sentido, o professor de Educação Física, de sala de aula comum, irá identificar possíveis 
barreiras para este aluno e comunicar ao AEE. E em conjunto, possibilitarão um processo 
de ensino e aprendizagem com sentido e significado ao aluno, assim como contribuirão 
com seu desenvolvimento e sua autonomia. 
 
 
SAIBA MAIS 
 
Além do auxílio prestado pelo amigo tutor a pessoa com deficiência, podemos contar 
com o trabalho colaborativo e a consultoria. O trabalho colaborativo ocorre quando dois 
profissionais ou professores atuam de modo conjunto, ou seja, se tem um direcionado 
para a ação a ser desenvolvida (por exemplo o professor regular, preparador físico) e um 
professor ou prosional especialista em Educação Física Adaptada, nesse caso à ação 
se dá em planejar em conjunto as atividades à serem desenvolvidas, pensando em 
metodologias inclusivas e adaptações necessárias às práticas propostas. Já na 
consultoria o auxílio prestado é indireto, o professor/profissional que trabalha com 
pessoas com deficiência busca auxílio de um especialista que o ajuda a identificar as 
potencialidades e dificuldades, presta feedback das ações desenvolvidas e reanalisar as 
ações de modo a torná-las mais significativas, atuando assim na estruturação do 
planejamento e na solução de problemas. 
 
Fonte: FULK e KING (2001). 
 
#SAIBA MAIS# 
 
 
 
 
 
REFLITA 
 
 
A Educação Física é para todos, logo precisamos saber como auxiliar a pessoa com 
deficiência ou alguma limitação de forma natural e espontânea. Por isso é importante 
que informações sobre as deficiências e as formas específicas de ajuda sejam 
propagadas na sociedade, de modo a reduzir o preconceito e aumentar as formas de 
inclusão e participação ativa das pessoas com deficiência. Reflita como você pode 
contribuir com essa ação. 
 
Fonte: As autoras. 
 
#REFLITA# 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Caros estudantes, chegamos ao fim de nossa terceira unidade da apostila 
“Educação Física Adaptada”. Essa unidade teve por objetivo apresentar as questões 
legais acerca da inclusão de pessoas com deficiência na escola, debatendo sobre pontos 
relacionados à acessibilidade e barreiras para a inclusão e como favorecer a participação 
ativa e autônoma das pessoas com deficiência na educação física escolare prática de 
exercícios físicos. 
 Para se atingir esses propósitos, conhecemos os principais indicativos legais 
internacionais e nacionais que regulamentam a inclusão e quais as prepositivas 
direcionadas à superação das barreiras de acessibilidade (atitudinal, arquitetônica, 
metodológica, comunicacional e instrumental). 
 Sobre a Educação Física Escolar e Inclusiva, debatemos sobre algumas ações 
pedagógicas adotadas pelo cenário escolar, como o uso de tecnologias assistivas, 
atendimento especializado e atitudes positivas que podem ser adotadas ao se trabalhar 
com as diferentes deficiências, indicando também a importância do amigo tutor nesse 
processo de inclusão. 
Esperamos que os conhecimentos trazidos contribuam com sua prática interventiva 
e que essas se reflitam no contexto social, contribuindo para efetividade dos indicativos 
legais mas principalmente para à inclusão e construção de um novo olhar para a 
deficiência. Além disso, almeja-se que o atendimento especializado prestado por vocês 
vá além dos indicados ao longo desta unidade. 
 
Vamos em frente! 
 
 
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
 
Ao longo desta unidade conhecemos sobre as questões legais da inclusão da 
pessoa com deficiência e como essas se refletem nas questões da acessibilidade e nas 
aulas/atividades relacionadas à Educação Física. Mas como tem se dado a 
acessibilidade e inclusão na sociedade contemporânea? 
Amaral (2019) indica que para se ter inclusão social é importante garantir 
participação igualitária, e isso remete à questões educacionais, políticas, laborais, 
culturais, etc. Será que essa inclusão tem ocorrido? Pense nas estruturas da sua cidade, 
quais são as estratégias de inclusão adotadas pelas empresas, comércio, universidades, 
cinemas, teatros, entre outros? Acreditamos que muito se avançou nos últimos anos, 
mas ainda se tem muito a fazer, logo mesmo com indicativos legais ainda temos espaços 
de exclusão social do indivíduo. 
Segundo Silva (2014, p.138) para se ter a inclusão é necessário “investir em 
tecnologias assistivas, diagnósticos de áreas e atividades possíveis de adaptações”, 
além de capacitação de equipes. Logo no cenário da Educação Física precisa-se de um 
planejamento estrutural e pedagógico para que a inclusão se efetive em escolas, centros 
esportivos, academias, etc. 
Na questão arquitetônica os espaços para à prática de exercícios físicos precisa 
ofertar além de rampas de acesso e banheiros adaptados, a utilização de pisos 
antiderrapantes e táteis, espaços específicos para pessoas com deficiência nas 
arquibancadas, nas piscinas é necessário bancos de transferência, degraus e rampas 
submersos e barras de apoio nas bordas (ABNT, 2015), além de maior espaço entre as 
carteiras ou materiais de musculação e um ambiente organizado sem grandes mudanças 
de distribuição. 
Na questão comunicacional precisamos estar preparados para nos comunicar 
com as pessoas com deficiência, seja por meio da LIBRAS ou gestos previamente 
combinados, sabendo descrever exercícios, movimentos e espaços de modo auxiliar o 
deficiênte visual e tendo nas quadras esportivas painéis eletrônicos (placar), que emita 
sinais sonoros e de luz em momentos e ações específicos das partidas esportivas. 
 
Na questão atitudinal precisamos ver as pessoas com deficiência sempre em suas 
potencialidades, não subestimando e proporcionando vivências que venham a 
enriquecer suas experiências motoras. Além disso, é importante que a sociedade como 
um todo respeite os espaços direcionados para esse público (filas prioritárias, vagas de 
estacionamento, etc.) 
Por fim, na questão pedagógica alunos e professores precisam ser treinados para 
ofertar assistência física primária e secundária condizente e discernir quando uma ou 
outra se faz necessária. A assistência física primária é quando se explica o exercício ou 
atividade por meio de instrução verbal, gestual ou gráfica, auxiliando na execução 
apenas questões pontuais. Já a assistência física secundária é quando o instrutor ou 
tutor toca na pessoa com deficiência auxiliando-a a executar o movimento do geral para 
específico, essa assistência só deve ser oferecida em casos específicos, uma vez que 
de certa forma reduz a autonomia do praticante. 
 
Fonte: Anversa e Solera (2021). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIVRO 
 
• Título. Deficiência e Inclusão Escolar 
• Autor. Elsa Midori Shimazaki e Edilson Roberto Pacheco (Org.) 
• Editora. Eduem (Disponível em: 
http://old.periodicos.uem.br/~eduem/novapagina/?q=node/710) 
• Sinopse . O livro Deficiência e Inclusão Escolar, traz reflexões de pesquisadores da 
área sobre a educação especial, abordando a relação com à família, à inclusão escolar, 
a aprendizagem e o desenvolvimento, as características morfofuncionais das 
deficiências e as tecnologias assistiva, além de indicativos para inclusão das pessoas 
com deficiência no ensino regular. 
 
 
 
FILME/VÍDEO 
 
• Título: Extraordinário (Wonder) 
• Ano. 2017 
• Sinopse: Auggie Pullman (Jacob Tremblay) é um garoto de 10 anos com uma 
deformação facial congênita, que já passou por muitas cirurgias. O filme retrata seu 
ingresso no ensino regular, e como ele lida com a constante observação e avaliação dos 
colegas de escola. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
AMARAL, L. C. Pessoa com deficiência: inclusão e acessibilidade na sociedade 
contemporânea. Legis Augustus, v. 12, n. 1, p. 33-52, 2019. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade de 
pessoas portadoras de deficiência a edificações, espaços, mobiliário e 
equipamentos urbanos. 2. ed. Rio de Janeiro, 2015. 
 
BRASIL. Constituição da República Federativa (1988). Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm Acesso: 14 maio 
2021. 
 
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996: dispõe sobre as diretrizes e bases 
da educação nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ Acesso: 14 maio 
2021. 
 
BRASIL. Decreto nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005: dispõe sobre a Língua 
Brasileira de Sinais. Disponível em: 
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2005/decreto-5626-22-dezembro-2005-
539842-publicacaooriginal-39399-pe.html Acesso: 14 maio 2021. 
 
BRASIL. Convenção sobre os Direitos das pessoas com deficiência. Secretaria 
Especial dos Direitos Humanos, Brasília, 2007. Disponível em: 
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=424-
cartilha-c&category_slug=documentos-pdf&Itemid=30192 Acesso: 14 maio 2021. 
 
BRASIL. Decreto nº 6.094 de 24 de abril de 2007: Dispõe sobre a implementação do 
Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6094.htm Acesso: 14 
maio 2021. 
 
BRASIL. Portaria 3.284: dispõe sobre requisitos de acessibilidade de pessoas 
portadoras de deficiência, para instruir os processos de autorização e de 
reconhecimento de cursos e de credenciamento de instituições. Disponível em: 
http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/portaria3284.pdf Acesso: 14 maio 2021. 
 
BRASIL. Resolução nº 04/2009: institui as Diretrizes Operacionais para o atendimento 
educacional especializado na educação básica, modalidade Educação Especial. 
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_09.pdf Acesso: 14 maio 
2021. 
 
BRASIL. Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011: dispõe sobre a Educação 
Especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2011/decreto/d7611.htm Acesso: 14 maio 2021. 
 
 
BRASIL. Parecer CNE/CEB n.02/2013: Consulta sobre a possibilidade de aplicação de 
“terminalidade específica" nos cursos técnicos integrados ao Ensino Médio. Disponível 
em: 
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=12517-
pceb002-13-pdf&category_slug=fevereiro-2013-pdf&Itemid=30192.Acesso: 14 maio 
2021. 
 
BRASIL, Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa 
com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, DF, 2015a. Sessão 1, 
p. 2. Disponível em: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2015/lei-13146-6-julho-
2015-781174-norma-pl.html. Acesso: 14 maio 2021. 
 
BERSCH, R. Tecnologia Assistiva -TA. In: SCHIRMER, C. R.; BROWNING, N.; 
BERSCH, R.; MACHADO, R. Atendimento Educacional Especializado: deficiência 
física. Brasília: SEESP/SEED/MEC, 2007. 
 
BERSCH, R.; MACHADO, R. Atendimento Educacional Especializado para a 
Deficiência Física In: SCHIRMER, C. R.; BROWNING, N.; BERSCH, R.; MACHADO, R. 
Atendimento Educacional Especializado: deficiência física. Brasília: 
SEESP/SEED/MEC, 2007. 
 
FULK, Barbara M.; KING, Kathy. Classwide peer tutoring at work. Teaching 
Exceptional Children, v. 34, n. 2, p. 49-53, 2001. 
 
MARQUES, A. C.; CIDADE, R. E. C.; LOPES, K. A. T. Questões da deficiência e as 
ações no Programa Segundo Tempo.In: OLIVEIRA, A. A. B.; PERIM, G. L. 
Fundamentos Pedagógicos do Programa Segundo Tempo: da reflexão à prática. 
Maringá: Eduem, 2009. 
 
SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: o paradigma do século 21. Revista Inclusão. ano 
I, n. 1, p. 19-23, out., 2005. 
 
SICORDE - SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE DEFICIÊNCIA. 
Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência. Brasília: Coordenadoria 
Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, 2007. 
 
SILVA, R. S. A inclusão no mercado de trabalho formal e a construção da 
identidade de pessoas com deficiência: um estudo de caso. 89 f. 
Dissertação (Mestrado Profissional em Administração). Centro Universitário 
UNA, Belo Horizonte, 2014. 
 
SOLERA, B. Atendimento educacional de alunos com deficiência física. Unifatecie: 
Paranavaí, 2020. 
 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.146-2015?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.146-2015?OpenDocument
 
UNESCO. Declaração Mundial sobre Educação para Todos: satisfação das 
necessidades básicas de aprendizagem. UNESCO: Jomtien, 1990. 
 
UNESCO. Declaração de Salamanca: sobre princípios, políticas e práticas na área 
das necessidades educativas especiais. Salamanca: Espanha, 1994. 
 
UNICEF. Situação Mundial da Infância: Criança com Deficiência, 2013. Disponível 
em: 
https://crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/publi/unicef_sowc/sit_mund_inf_2013_deficienc
ia.pdf Acesso: 14 maio 2021. 
 
UNIDADE IV 
EDUCAÇÃO FÍSICA: CONHECENDO OUTRAS CONDIÇÕES 
Professora Doutora Ana Luíza Barbosa Anversa 
Professora Mestre Bruna Solera 
 
 
Plano de Estudo: 
• Obesidade, gestantes e idosos e a atuação do profissional em espaços formais e 
informais; 
• Transtorno do Espectro Autista e Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade 
 
 
Objetivos de Aprendizagem: 
• Conhecer a obesidade, gestantes e idosos e a atuação do profissional em espaços 
formais e informais; 
• Estudar o Transtorno do Espectro Autista e Transtorno do déficit de atenção com 
hiperatividade. 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Olá estudante, 
 
Seja bem vindo (a) a última unidade da nossa apostila de “Educação Física 
Adaptada e Inclusiva”! 
Nesta unidade intitulada de “Educação Física: foco em outras condições” você terá 
a oportunidade de conhecer populações com necessidades especiais ou transtornos, e 
como você pode intervir com esse grupo quando se deparar com eles ao longo de sua 
caminhada profissional. 
Para tanto, essa unidade está estruturada em dois tópicos. No tópico 1 “Educação 
Física e Populações Especiais”, abordaremos conhecimentos que possibilitarão a você 
conhecer aspectos relacionados à obesidade, às gestantes e aos idosos, assim como, 
os cuidados devem ser considerados para a intervenção com essa população. 
Já no tópico 2 “Educação Física: foco nos transtornos” você terá oportunidade de 
estudar e se aproximar do Transtorno do Espectro Autista e Transtorno do déficit de 
atenção com hiperatividade, vendo as principais características destes e como atuar de 
modo a amenizar os reflexos desses transtornos no cotidiano de ações e/ou no processo 
de aprendizagem. 
 
Vamos juntos até o fim desta viagem! 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem do Tópico: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/full-length-profile-shot-pregnant-
woman-1881188110 
 
1 EDUCAÇÃO FÍSICA E POPULAÇÕES ESPECIAIS 
 
A inclusão não se refere apenas às pessoas com deficiência, mas sim, a todas 
minorias ou possíveis pessoas que estejam ou possam ser excluídas da sociedade 
devido às suas necessidades especiais. Sendo assim, devemos também incluir em 
nossa prática pedagógica esses grupos, e para tanto precisamos conhecê-los em suas 
características, potencialidades e limitações. 
 
 
1.1 Obesidade, Gestantes e Idosos e a Atuação Profissional em Espaços 
Formais e Informais 
 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/full-length-profile-shot-pregnant-woman-1881188110
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/full-length-profile-shot-pregnant-woman-1881188110
 
Estudante, em sua atuação profissional, seja ela em espaço formal (escola) como 
informal (contexto não escolar), você irá se deparar com uma diversidade de sujeitos, 
que demandam conhecimentos e ações diferenciadas. Nas unidades anteriores falamos 
bastante sobre a pessoa com deficiência, mas além dela, temos que considerar e 
conhecer os grupos especiais, como a obesidade, as gestantes e os idosos. Vamos lá? 
 
 
1.1.1 Obesidade 
 
Figura 1. Obesidade 
 
Fonte: Shutterstock. 
 
Há algum tempo atrás, a obesidade e os depósitos de gordura estavam associados 
ao sinônimo de saúde e a falta de doença, dessa forma, as crianças, os adolescentes, 
os adultos que estivessem acima do peso, não iriam contrair doenças (ZANUTO; 
ZWARG; TEIXEIRA, 2008). Com o decorrer dos anos, o excesso de peso foi aumentando 
e hoje, ele é considerado o principal problema de saúde pública enfrentado não só no 
Brasil, mas no mundo, devido a sua associação com algumas das doenças crônicas não 
transmissíveis (DCNT). 
A obesidade é caracterizada como uma doença multifatorial, o que isso quer dizer? 
Que ela possui várias causas, como, fatores genéticos, psicológicos, metabólicos e 
ambientais (ZANUTO; ZWARG; TEIXEIRA, 2008). Então a obesidade pode ter sua 
gênese de fatores endógenos (genéticos, psicogênicos exemplo, compulsão alimentar), 
endócrinos (por exemplo, síndrome do ovário policístico) fatores medicamentosos 
(exemplo, antidepressivos)) e/ ou exógenos (alimentação, o estresse, a inatividade 
física). A obesidade está associada a várias doenças (quadro 1). 
 
Quadro 1. Doenças provocadas pela obesidade 
 
Orgão Patologia Associada 
Cardiovascular Hipertensão arterial, doença cardiovascular 
(hipertrofia ventricular esquerda), varizes e 
trombose. 
Respiratório Dispnéia, apnéia obstrutiva do sono. 
Gastrointestinal Hérnia de hiato, colelitíase, estenose 
hepática, cirrose, hemorróidas, câncer 
colorretal. 
Metabólico Dislipidemia, diabetes mellitus 2, resistência 
à insulina. 
Gravidez Complicações obstétricas, macrossomia fetal. 
Mamas Câncer e ginecomastia. 
Uterino Câncer de endométrio e cervical. 
Urológico Câncer de próstata e incontinência urinária. 
Pele Dermatites por sudorese, micoses, 
linfoedema e celulite. 
Ortopédico Osteoartrites, gota e problemas ortopédicos e 
articulares. 
 
Endócrino Hipercortisolismo, ovário policístico, 
hiperandrogenismo e irregularidade 
menstrual. 
Renal Proteinúria. 
Fonte: ZANUTO; ZWARG; TEIXEIRA, 2008. Adaptado de Halpern e Mancini (2002) e Pi-Sunyer (2002). 
 
Então caro estudante, a obesidade é uma doença de várias causas que se 
manifesta por meio do excesso de massa corporal, excesso de gordura no corpo, este 
excesso é algo anormal e com isso prejudica a saúde, levando apatologias como as 
mencionadas no quadro 1. 
A obesidade pode ser classificada de acordo com a distribuição da massa de 
gordura. Sendo assim ela pode ser andróide e ginóide (figura 2). 
 
Figura 2. Obesidade Andróide e Ginóide 
 
 
Fonte: Adaptado IMEB. 
https://imeb.com.br/corpo-em-formato-de-maca-pode-indicar-risco-aumentado-de-diabetes/. 
 
O tipo ginóide (pêra) apresenta a distribuição de gordura geralmente na região do 
quadril, nas extremidades. Já a tipo andróide (maçã) possui o tecido adiposo na região 
abdominal e no tronco. 
Independente do tipo, precisamos como profissionais da Educação Física atender 
tais sujeitos, seja na escola ou fora dela. A atividade física regular traz benefícios para o 
organismo, sendo assim, pessoas ativas obesas apresentam menor morbidade e 
mortalidade do que sedentários (ZANUTO; ZWARG; TEIXEIRA, 2008). Além disso, o 
exercício físico e uma alimentação saudável são meios infalíveis para perder peso. É 
possível afirmar que a prática do exercício físico é meio de tratamento da obesidade. 
Sendo assim, nós como profissionais temos papel importantíssimo na prescrição 
de treinos para auxiliar nessa doença. Para isso é preciso considerar o quadro do aluno, 
verificar se além do excesso de peso ele possui patologias, fragilidades, limitações e 
monitorar essas ao longo de sua prática interventiva. Conhecer o nosso aluno é 
indispensável. 
https://imeb.com.br/corpo-em-formato-de-maca-pode-indicar-risco-aumentado-de-diabetes/
 
Já na escola, é o espaço no qual os professores de Educação Física, possibilitarão 
a seus alunos conhecimentos sobre os benefícios do exercício físico, sobre os tipos de 
treinos, é onde os sujeitos serão motivados a manterem uma vida fisicamente ativa, 
assim como, a terem hábitos saudáveis para que se tenha, consequentemente uma 
melhor qualidade de vida. 
 
SAIBA MAIS 
 
Há estudos que indicam que em 2025 o Brasil será o quinto país do mundo a ter 
problemas de obesidade em sua população. 
 
Fonte: ZANUTO; ZWARG; TEIXEIRA, 2008. 
 
#SAIBA MAIS# 
 
 
1.1.2 Gestantes 
 
Figura 3. Gestante 
 
 
Fonte: Shutterstock 
 
 
 
A gravidez geralmente tem duração de 38 a 42 semanas. Tal período pode ser 
dividido por trimestres. 
1º Trimestre (entre 0 a 12 semanas): neste momento tem-se a implantação do 
óvulo fertilizado no útero da mãe. Ela já começa a sentir os primeiros sintomas da 
gravidez. Espera- se um ganho de peso entre 00 e 1,5kg. 
2º Trimestre (entre 13 e 26 semanas): fase na qual a gestante se sente bem. A 
barriga se torna visível. Momento de sentir os primeiros movimentos fetais. Geralmente 
nessa etapa da gravidez exercícios físicos de baixo impacto são indicados, uma vez que 
auxiliará a mãe a se preparar para o trabalho de parto, fortalecerá a musculatura lombar 
e o assoalho pélvico. 
3º Trimestre (entre 27 e 42 semanas): são nesses meses que a gestante sentirá 
os maiores desconfortos, como falta de ar, dificuldade para dormir confortavelmente, 
inchaço nos pés, dor na região lombar. Há contrações regulares, conhecidas como 
contrações de treinamento (Braxton Hicks). 
Com base nesses indicativos, estudos que apontam que mulheres que são 
fisicamente ativas têm menor possibilidade de surgimento de problemas durante a 
gestação, além disso, tendem a ganhar menos peso. Para Pfrimer e Teixeira (2008, p. 
274), 
 
Por meio da prática de atividades físicas regulares, a gestante poderá 
diminuir as diversas dores de origem musculoesqueléticas, em razão do 
fortalecimento de músculos fracos e alongamento de músculos tensos e 
encurtados, levando à adoção de uma postura corporal mais adequada. 
O exercício contribui para o aumento do gasto energético da gestante, 
sendo coadjuvante no controle do peso corporal, evitando maior 
sobrecarga articular em virtude de um peso corporal excessivo. 
 
São várias as contribuições do exercício físico para as gestantes, não é mesmo? 
 
A prática da atividade física deveria estar na rotina de todas as mulheres 
que passam pela gestação, afinal, ela proporciona uma melhora no 
condicionamento físico facilitando o momento do parto. Embora a 
gravidez não seja uma doença, passa por diversas transformações e os 
benefícios adquiridos através da prática de atividade física podem 
diminuir o desconforto desse período (SOUZA et al., 201?, p. 262). 
 
 
Mas quando devemos iniciar tais práticas com essa população? Para Pfrimer e 
Teixeira (2008), este momento é sempre após a autorização médica. No início deve-se 
evitar estímulos novos, já que o bebê está em formação. Após o terceiro mês o bebê já 
está quase que totalmente formado, a partir daí ele irá crescer e desenvolver o que já 
está pronto. Assim, se a gestante era sedentária, a prática do exercício físico deve-se 
iniciar após o terceiro mês, mas se ela já era uma pessoa ativa antes de engravidar, ela 
deve continuar desde o primeiro trimestre (restrições podem existir no caso de se tratar 
de uma gravidez de risco). 
Na escola também podemos nos deparar com adolescentes grávidas, então 
durante as aulas de Educação Física, deve-se também ter a permissão do médico para 
o envolvimento da gestante nas atividades práticas. “A gravidez na adolescência requer 
um olhar individualizado por se tratar de uma temática complexa envolvida na rotina 
escolar” (SOUZA et al., 201?, p. 261). Mas é preciso considerar que “as aulas de 
educação física podem ser o único acesso às atividades esportivas e os cuidados com 
a saúde durante a gravidez são fundamentais para o desenvolvimento do feto e da 
gestante” (SOUZA et al., 201?, p. 261). 
Veja estudante, que tanto dentro quanto fora da escola, nós como profissionais de 
Educação Física temos o compromisso em tomar os devidos cuidados com as gestantes, 
assim como, devemos conhecer esta condição para poder intervir de forma adequada. 
Aqui temos o início de seus conhecimentos. Ainda há muito para aprender. 
 
 
1.1.3 Idosos 
 
 
Fonte: Shutterstock. 
 
De acordo com o Estatuto do Idoso (BRASÍLIA, 2009), é considerado idoso aquele 
indivíduo com 60 anos ou mais. Apesar disso, há um Projeto de Lei (PL5383/2019 que 
propõe a alteração de 60, para 65 anos. O idoso tem todos os direitos fundamentais 
inerentes à pessoa humana, o que assegura-lhe “todas as oportunidades e facilidades, 
para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, 
espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade” (BRASÍLIA, 2009, p. 7). 
O idoso possui prioridades. São elas: 
 
I - atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos 
públicos e privados prestadores de serviços à população; 
II - preferência na formulação e na execução de políticas sociais públicas 
específicas; 
III - destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas 
com a proteção ao idoso; 
IV - viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e 
convívio do idoso com as demais gerações; 
V - priorização do atendimento do idoso por sua própria família, em 
detrimento do atendimento asilar, exceto dos que não a possuam ou 
careçam de condições de manutenção da própria sobrevivência; 
 
VI - capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de 
geriatria e gerontologia e na prestação de serviços aos idosos; 
VII - estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de 
informações de caráter educativo sobre os aspectos biopsicossociais de 
envelhecimento; 
VIII - garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de assistência 
social locais (BRASÍLIA, 2009). 
 
É preciso considerar que o envelhecimento é uma etapa do desenvolvimento 
humano (PEIXOTO; TEIXEIRA, 2008). Com o avanço da idade é comum nos 
depararmos com alterações na mobilidade, perda da função física, devido à redução da 
força muscular, da tolerância ao exercício físico, aumento dos quadros de DCNT, como 
as cardiovasculares e metabólicas, e devido ao aumento de risco dequedas e fraturas. 
Perante isso, é de suma importância que o profissional de Educação Física esteja 
qualificado e habilitado a intervir junto a esse grupo, auxiliando na capacidade funcional, 
saúde mental, cognitiva e psicossocial dos mesmo. 
Conforme indicado por Oliveira (2021), ao trabalharmos com exercícios físicos 
com o público idoso, precisamos partir de atividades com evidência científica, que sejam 
seguros e de fácil compreensão, utilizando-se de materiais acessíveis que atendam as 
necessidades e limitações físicas e funcionais. Os autores indicam que é importante que 
sejam realizados 300 minutos de atividade física moderada por semana e de 75 a 150 
minutos de atividade vigorosa, que tenham por foco, principalmente, os grandes grupos 
musculares e ações cotidianas como sentar e levantar, caminhar, puxar e empurrar, 
equilibrar-se etc. Os principais exercícios indicados para o público idoso são os 
resistidos, na água, aeróbicos ou funcionais. 
Os exercícios resistidos, tem por objetivo o desenvolvimento da qualidade 
muscular, devem ser desenvolvidos junto a esse público de forma sequencial e 
sistematizada, atentando-se para uma sequência dinâmica, que envolva diferentes 
grupos musculares e com velocidades de execução na fase concêntrica e excêntrica. 
Para tanto Bertelli-Costa e Oliveira (2021) ressaltam que as variáveis de treinamento 
devem ser consideradas, destacando: 
● Intensidade: refere-se a carga empregada no exercício físico. Para definição da 
mesma é importante a realização de testes como o de força máxima ou a percepção 
subjetiva de esforço (esse é mais utilizado para esse público). 
 
● Volume: refere-se à quantidade do trabalho realizado na sessão considerando o 
número de séries/ repetições e a carga empregada (peso). Os autores indicam com base 
em Nelson et al., (2007) que o volume indicado ao público idoso é de 2 a 3 séries com 6 
a 15 repetições cada, e que esse volume deve passar por progressão ao longo do 
período de treinamento. 
● Densidade: refere-se a relação entre duração e frequência, indicando a 
frequência semanal e duração dos intervalos entre séries e entre exercícios. A 
densidade indicada é de duas a três sessões por semana, podendo ter variações, com 
intervalos curtos (até 60 segundos), moderados (de 60 à 120 segundos) e longos (igual 
ou superior a 180 segundos). 
Os exercícios na água são indicados para esse grupo por apresentar a diminuição 
do peso corporal/ impacto devido a flutuação, se refletindo em variáveis fisiológicas e 
cinesiológicas. Mezzaroba e Oliveira (2021, p. 159) apontam que exercícios na água 
propiciam um ambiente relaxante e atrativo, trabalho da maioria dos grupos musculares, 
boa amplitude muscular (devido a facilidade de execução) e redução do impacto nas 
articulações. Além disso, os autores apontar que práticas como a natação e o fitness 
aquático contribuem para “[...] cinco componentes do condicionamento físico, sendo: 
resistência aeróbica, resistência muscular localizada, força, flexibilidade e composição 
corporal”, além de contribuir com o “[..] equilíbrio, agilidade, reflexo e coordenação 
motora”. 
Já os aeróbicos, caracterizado pelo padrão cíclico com fonte energética 
predominantemente oxidativa e realizado de forma regular e sistematizada, melhoram a 
função arterial e fluxo sanguíneo, o metabolismo, aptidão cardiorrespiratória e 
composição corporal, podendo ser contínuo, intervalado ou combinado (CHACON-
MIKAHIL; CASTRO; SARDELI, 2021). Os autores indicam, com base no American 
College of Sports Medicine (2017), que exercícios aeróbicos de intensidade moderada 
são indicados cinco dias por semana ou mais, intensidade vigorosa, três vezes ou mais 
e quando combinados de três à cinco veze por semana e basear-se em uma escala de 
percepção de esforço ( de 0 à 10) e na frequência cardíaca. 
Os exercícios funcionais voltam-se para o trabalho específico de qualidades 
físicas de forma multiarticular, o que auxilia na saúde e autonomia dos idosos. Para 
 
estruturar um programa de treinamento funcional é de suma importância considerar os 
princípios biológicos e metodológicos do treinamento físico. 
 Para tanto, em geral, são estruturados em forma de circuito, que propicia uma 
recuperação ativa entre os exercícios. 
Por fim, conforme a autora supracitada, esse circuito é estruturado em quatro 
blocos, sendo o primeiro com exercícios de mobilidade e estabilidade articular, o 
segundo e terceiro bloco voltado para aspectos neuromusculares e o quarto para 
exercícios cardiometabólicos. A intensidade de cada bloco precisa considerar a 
capacidade individual e se embasar na percepção subjetiva de esforço. 
 
SAIBA MAIS 
 
“Evidências científicas têm fortalecido a teoria de que o sedentarismo ao longo da vida é 
uma das principais causas da fragilidade física das pessoas idosas”. 
 
Fonte: Peixoto e Teixeira, 2008, p. 289. 
 
#SAIBA MAIS# 
 
 
2 EDUCAÇÃO FÍSICA: FOCO NOS TRANSTORNOS 
 
2.1 TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA E TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E 
HIPERATIVIDADE 
 
O transtorno do espectro autista (TEA), é caracterizado pelo déficit permanente 
na comunicação e interação social e pelo comportamento e/ou interesse repetitivo ou 
restrito (DSM-V-5, 2013; GOERGEN, 2014). O TEA pode ser dividido por graus: 
● Nível I: A pessoa apresenta falta de empatia, baixa capacidade para fazer 
amizades, conversação unilateral dando respostas inconsistentes. Apresenta foco por 
assuntos específicos, movimentos desordenados e comportamento repetitivo e restrito. 
Nesse nível o nível de apoio é baixo. 
● Nível II: A pessoa apresenta menor grau de autonomia e dificuldade de se 
expressar verbalmente, devido a um déficit nas habilidades de comunicação verbais e 
não verbais, devido a isso apresenta necessidade de apoio substancial. 
● Nível III: O grau de comprometimento pode interferir no desenvolvimento da 
criança e na sua independência na realização de atividades cotidianas. Devido a severos 
prejuízos na comunicação, não conseguem estabelecer interações e apresentam alto 
nível de estresse, necessitando de apoio muito substancial. 
Ainda não se sabe ao certo quais são as causas que levam ao autismo, no 
entanto, estudos evidenciaram que o transtorno é desencadeado devido a falhas no 
processo de interação entre neuroliginas e neurotoxinas durante as sinapses, o que leva 
à um desequilíbrio entre os sinais excitatórios e inibitórios. Por não se ter uma causa 
clara e sinais e sintomas que parte da interação social e linguagem, a maioria dos 
diagnósticos são fechados após os três anos de idade, momento em que as crianças 
estão juntando palavras e formando frases (GOERGEN, 2014). Mas alguns indicativos 
podem gerar alerta anteriormente a esse período, sendo: 
● Dificuldade de se relacionar com crianças e adultos 
● Fala pobre ou falha 
● Sensibilidade aos sons 
● Brincadeiras inapropriadas com brinquedos 
 
● Dificuldades de sair da rotina 
● Choro ou riso inapropriado 
● Falta de noção de perigo 
● Hiperatividade ou passividade extrema 
● Sensibilidade ao contato/toque físico 
● Atração estranha por objeto 
● Falta de contato visual 
● Não responder à ser chamado pelo nome 
● Falha na execução de funções sociais (ex: mandar beijo) 
● Atraso na linguagem e no desenvolvimento motor 
● Realização de movimentos involuntários ( estereotipias) ou de movimentos auto 
regulatórios. 
● Dificuldade em brincar de faz de conta. 
No cenário da Educação Física, Goergen (2014) indica que geralmente as 
crianças com autismo apresentam-se irritadas ao serem inseridas em atividades 
coletivas. Por exemplo, em atividades com bola ficam extasiados e por isso apresentam 
dificuldades em seguir sequências de regras do jogo, além disso, estímulos causados 
por texturas, olfato, coloração, luz, podem prejudicar seu engajamento nas ações 
propostas. 
Já o Transtorno do Déficit de Atençãoe Hiperatividade (TDAH) é um transtorno 
do neurodesenvolvimento que afeta o autocontrole, resultando em problemas de 
atenção, hiperatividade ou impulsividade. Geralmente esse transtorno inicia entre os seis 
e doze anos de idade gerando comportamentos que persistem por mais de seis meses, 
esses comportamentos geralmente afetam a capacidade de controlar o comportamento, 
sustentar à atenção e controlar ou inibir impulsos proporcionados por situações e/ou 
atividades (BARKLEY, 2020). 
Com base no autor supracitado, alguns passos podem ser adotados para melhorar 
o comportamento de uma pessoa com TDAH, sendo: 
● Estabelecer relação de respeito, cooperação e compreensão. 
● Reduzir conflitos, aborrecimentos ou discussões. 
● Fortalecer e/ou fomentar comportamentos adequados e sociais. 
 
● Dar comandos claros e efetivos. 
O tratamento do TDAH envolve acompanhamento psicológico, alteração no estilo 
de vida/alimentação e medicação. Segundo Mattos (2020) essas estratégias buscam 
modificar os níveis de dopamina e noradrenalina em especial nas áreas cerebrais 
responsáveis pela atenção, emoção, motivação e atividade motora. Vale ressaltar que 
o uso de medicamentos deve ser analisado junto a uma equipe multiprofissional. 
 
 
 
SAIBA MAIS 
 
Você já deve ter ouvido falar sobre a Síndrome de Asperger, um transtorno 
neurobiológico que leva à pessoa a ter dificuldade de socialização, atos motores 
repetitivos e interesses restritos, gerando, por vezes, grandes habilidades devido a 
repetição de movimentos. No entanto, desde 2013 com a quinta edição do Manual de 
Diagnóstico da Associação Americana de Psiquiatria (DSM-5) o termo entrou em desuso, 
passando a ser considerado uma forma branda de autismo (não apresenta perdas 
intelectuais ou verbais). 
 
Fonte: As autoras. 
 
#SAIBA MAIS# 
 
REFLITA 
 
Você sabia que o autismo afeta quatro a cinco vezes mais meninos do que meninas? E 
que a estimativa é que uma em cada 68 crianças apresentam o transtorno? Será que 
estamos preparados para trabalhar junto com esse público? 
 
Fonte: As autoras. 
 
#REFLITA# 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Caros estudantes, chegamos ao fim de nossa quarta unidade da apostila 
“Educação Física Adaptada”. Nela debatemos sobre a Educação Física e o exercício 
físico para populações especiais, com o objetivo de conhecer como o profissional da área 
pode atuar junto à obesos, gestantes, idosos no contexto formal e não formal de ensino, 
além de estudarmos sobre o Transtorno do Espectro Autista e Transtorno do déficit de 
atenção com hiperatividade. 
Vimos que assim como as pessoas com deficiência as população especial 
também demanda conhecimentos específicos do profissional, viabilizando o melhor para 
sua saúde e qualidade de vida. 
Os obesos podem apresentar concomitantemente doenças crônicas não 
transmissíveis, que demandam atenção específica e alguns cuidados do 
professor/profissional de Educação Física em sua prática interventiva. 
As gestantes, apresentam diferentes ações dos profissionais da área ao longo dos 
trimestres gestacionais. A prática de exercícios físicos corretos e bem orientados podem 
prevenir o aumento de peso excessivo, quadros de diabetes gestacional e/ou pré-
eclâmpsia,além de auxiliar no momento do parto e sua recuperação. 
Os idosos por sua vez, é a população que mais cresce no Brasil, e hoje temos 
idosos conscientes da importância de uma vida fisicamente ativa e saudável, por isso 
precisamos estar preparados para atendê-los da melhor forma possível, adaptando 
exercícios físico, especialmente em relação à intensidade, volume e densidade. 
Por fim, as pessoas com TEA e TDAH precisam de ações que amenizem as 
consequências do transtorno, auxiliando no desenvolvimento de ações cotidianas, no 
processo de aprendizagem e socialização. Para isso é importante conhecermos as 
características dos transtornos e como evitar práticas que gerem desconforto ou reações 
negativas nas mesmas. 
Esperamos que os conhecimentos trazidos nesta unidade te ajudem a 
compreender as demandas e necessidades das pessoas com necessidades especiais, 
para que então sejam estruturadas práticas interventivas condizentes aos anseios dos 
 
mesmos e ao contexto em que eles estiverem inseridos (escola, academia, clube, 
centros esportivos, etc.) 
 
Vamos em frente! 
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
 
Conforme vimos nesta unidade, o exercício físico é de suma importância para o 
idoso e para um envelhecimento saudável, que garanta autonomia na execução das 
atividades de vida diária. 
No entanto, um fator que pode acometer o idoso e prejudicar seu engajamento na 
prática de exercícios físicos é o risco de quedas, uma vez que conforme indica Teixeira 
(2021, p.271) elas podem estar “[...] associadas a lesões, diminuição da atividade 
funcional, incapacidades, prejuízos psicológicos e, em casos extremos, à morte”. 
Perante isso, para amenizar o risco de quedas, precisamos em nossas práticas e 
também no ambiente domiciliar, propiciar exercícios e ações que garantam e/ou 
desenvolvam o equilíbrio postural, de modo a manter posturas, movimentos e 
deslocamentos. 
O ato de equilibrar-se não envolve apenas o equilíbrio estático (manter-se em pé), 
também temos o equilíbrio dinâmico (quando se envolve movimento) e rotacional 
(quando envolve eixos corporais). Por isso, o autor supracitado indica que os sistemas 
sensoriais devem ser considerados na hora de prescrever uma atividade e/ou exercício. 
Já parou para pensar como podemos fazer isso? 
O sistema visual orienta o corpo no espaço, levando ao sistema nervoso dados 
sobre disposição sobre o espaço físico e possíveis obstáculos. Frente a isso é importante 
propor atividades que envolvam mudanças de direção (para frente, trás, lados, diagonal) 
e transpor objetos (cordas, cones, escada funcional, etc.) 
O sistema vestibular é localizado no ouvido interno e auxilia na localização do 
corpo no espaço físico e a trajetória realizada, sendo essencial para a manutenção do 
equilíbrio. Para trabalhar esse sistema é importante atividades que estimule o idoso a 
olhar para a direita e para à esquerda, sentar e levantar, apanhar objetos no chão, subir 
e descer escadas, trabalhar equilíbrios em diferentes superfícies (cimento, areia, 
colchonete, buzu, etc.) 
Por fim, o sistema somatossensorial que relaciona movimento e superfícies e 
as adaptações envolvidas em ações de equilíbrio e desequilíbrio, demandando ações 
rápidas e por vezes movimentos reflexos. Podem ser trabalhados exercícios de marcha, 
apoio unipodal, apoio com pés unidos e afastados, atividades em plataformas vibratórias, 
 
agachamentos, atividades com bola, carregar objetos, andar em linha reta, atividades 
que envolvam tempo de reação, agilidade, entre outros. 
Deste modo, queridos alunos e alunas, antes de desenvolver ações junto aos 
idosos, e também aos demais grupos especiais vistos nessa unidade, planeje sua aula, 
considerando qual será o foco das atividades propostas, o ambiente e materiais 
disponíveis, à complexidade da tarefa e a organização do espaço. 
 
Fonte: Anversa; Solera (2021). 
 
 
 
 
 
LIVRO 
 
• Título. Autismo: fala, linguagem e comunicação 
• Autor. Silva Dias Caldas 
• Editora. Contentus 
• Sinopse . O Livro, disponível em nossa biblioteca virtual, traz maiores informações 
sobre o Autismo. Estruturado em seis capítulos, você aprofundará seus conhecimentos 
sobre o desenvolvimento da linguagem, a linguagem no transtorno do espectro do 
autismo, comunicação, sistemas de comunicação, aprendizagem e autismo e 
brincadeiras e autismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FILME/VÍDEO 
 
• Título. Gilbert Grape - Aprendiz de Sonhador 
• Ano. 1993 
• Sinopse. “No filme Gilbert Grape - Aprendiz de Sonhador, lançado em 1994, o ator 
Leonardo DiCaprio interpreta Arnie, um adolescente que está prestes a completar 18 
anos e sofre de autismo.Na trama, o personagem passa por crises constantes, nas 
quais, por vezes, tenta fugir de casa ou agredir a si próprio.” (AGÊNCIA UNIVERSITÁRIA 
DE NOTÍCIAS, Ano: 48 - Edição Nº: 116) 
• Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=MuwJ41XNN2E 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BARKLEY, R.À. Aprendendo a viver TDAH: transtorno do Déficit de Atenção com 
Hiperatividade. Tradução de Luis Reyes Gil, 1 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2020. 
 
BERTELLI- COSTA, T.; OLIVEIRA, D.V. O programa de exercícios resistidos para 
idoso. In: OLIVEIRA, D.V (org). Educação Física em Gerontologia. Curitiba: Appris, 
2021. 
 
BRASÍLIA. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Estatuto do Idoso. Brasília/DF, 2009. 
 
 
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CONCLUSÃO GERAL 
 
Prezado(a) aluno(a), 
Ao longo deste material, procuramos trazer para você os principais conceitos a 
respeito da Educação Física Adaptada. Iniciamos nossos estudos e reflexões 
contextualizando a deficiência ao longo da história e quais as principais características 
das deficiências físicas e sensoriais. 
Esse percurso histórico nos ajudou a compreender que as deficiências são tão 
antigas quanto à própria humanidade, mas por muito tempo permaneceram veladas pela 
sociedade, por serem vistas como um pecado ou castigo. Até chegar na compreensão 
de que a deficiência se trata de um caráter patológico de causa orgânica, as pessoas 
desse grupo social passaram por momentos de eliminação, aceitação até conquistar 
meios e diretos em busca de sua efetiva inclusão. 
Compreendido à deficiência ao longo da história e seus desdobramentos na 
sociedade, discutimos sobre os esportes adaptados e paralímpicos, de verão e de 
inverno, destacando ações que levam a prática esportiva, à importância da Educação 
Física Adaptada e algumas ações que nos levam a refletir se realmente os esportes 
paralímpicos são inclusivos. 
Dando sequência conhecemos as questões legais da inclusão da pessoa com 
deficiência na escola e na sociedade, conhecendo os meios e barreiras de acessibilidade 
e como podemos intervir junto a esse grupo no cenário escolar e não escolar. 
Por fim, conhecemos alguns grupos que também demandam uma prática 
interventiva diferenciada, mesmo não tendo deficiência a população especial requer uma 
prática diferenciada e adaptada aos seus anseios e necessidades. Obesos, gestantes, 
idosos, pessoas com transtornos intelectuais apresentam peculiaridades e precisam de 
atendimento especializado, uma vez que, à prática de exercício físico se faz de suma 
importância para a saúde, qualidade de vida, autonomia e inclusão social dos mesmos. 
A partir de agora acreditamos que você já está preparado para desenvolver uma 
boa prática interventiva, compreendendo esse público não em suas limitações mas sim 
em suas potencialidades. 
 Até uma próxima oportunidade. Muito Obrigado!

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