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1 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 3 2 RELACIONAMENTO ................................................................................ 4 2.1 Relacionamento - Origem e Significado ............................................. 5 2.2 Relacionamento Como Objeto Científico ............................................ 5 3 RELACIONAMENTO E SUAS POSSIBILIDADES .................................... 5 3.1 Relacionamento Interpessoal & Relacionamento Interpessoal: Diferenças 6 3.2 Relacionamento Intrapessoal ............................................................. 7 3.3 Relacionamento Familiar .................................................................... 8 3.4 Relacionamento Parental ................................................................. 11 3.5 Relacionamento Conjugal ................................................................ 13 3.6 Relacionamento Social - Amizade .................................................... 15 3.7 Relacionamento Profissional ............................................................ 16 4 RELACIONAMENTO POSITIVOS .......................................................... 17 5 BEM-ESTAR ........................................................................................... 18 5.1 Bem-Estar Subjetivo ......................................................................... 20 5.1.1 Dimensão Emocional de BES ................................................................................... 22 5.1.2 A Dimensão Cognitiva de BES .................................................................................. 25 5.1.3 Bem-Estar Psicológico ............................................................................................. 27 5.2 BEM-ESTAR NO TRABALHO .......................................................... 29 6 BEM-ESTAR E SAÚDE .......................................................................... 32 REFERÊNCIAS ............................................................................................ 33 3 1 INTRODUÇÃO Prezado Aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 4 2 RELACIONAMENTO Na era da busca pela felicidade, as pessoas buscam além do que ter felicidade, desejam encontrar motivos para serem felizes de forma plena, verdadeira e autêntica, para assim, alcançar um estado de bem-estar e autossatisfação. Os relacionamentos possuem grande importância no bem-estar e qualidade de vida do ser humano. O ser humano por ser um ser relacional tem a necessidade de estar em contato com outras pessoas, criando vínculos, gerando conexões e em alguns momentos se envolvendo em nível emocional. Quando as relações estabelecidas forem positivas e construtivas, os pensamentos, emoções e comportamentos serão consequentemente positivas. Fonte: sistemizecoach.com 5 2.1 Relacionamento - Origem e Significado O termo relacionamento vem da raiz relação, que é derivado do latim relatio, que tem seu significado no ato de relatar ou narrar alguma situação, ou de trazer alguma coisa de volta. A palavra relatio vem da raiz relatus, que é uma forma do verbo refero. Refero apresenta vários significados: relatar alguma coisa; referir-se a algum assunto; relembrar; dar ou trazer alguma coisa de volta (Dicionário Etimológico, 2008). É possível observar que em todos os seus significados apresenta o sentido de trazer alguma coisa de volta, seja uma memória, um lugar ou uma pessoa. Com o passar dos anos a palavra relação teve seu significado mudado para ligação entre pessoas ou coisas. A palavra relacionamento, então, surgiu para descrever o ato de se relacionar com outa pessoa. O Dicionário Michaelis (2020) descreve relacionamento como o ato de relacionar(-se); relação de amizade; capacidade de interagir bem com as pessoas. 2.2 Relacionamento Como Objeto Científico O relacionamento como objeto de estudo científico traz composição de diferentes áreas do conhecimento, como a sociologia e antropologia, por exemplo. Na psicologia, é investigado com frequência nos campos da psicologia social, psicologia do desenvolvimento, psicologia de personalidade e psicologia clínica (Duck e Perlman, 1985). A psicologia positiva, considerada um novo ramo da psicologia foca seu estudo cientifico nas emoções positivas, forças e virtudes humanas (Seligman & Csikszentmihalyi, 2000; Sheldon & King, 2001). Nessa perspectiva, a psicologia positiva vem contribuir com seu arcabouço teórico, ampliando o campo de conhecimento sobre as contribuições de aspectos positivos no cotidiano das pessoas. 3 RELACIONAMENTO E SUAS POSSIBILIDADES 6 Ao falar de relacionamento é necessário pensar em todas as possibilidades: Relacionamento Intrapessoal e Relacionamento Interpessoal (familiar, conjugal, parental, trabalho, amizade, etc). Fonte: hypescience.com A essência de um relacionamento é a troca, o aprendizado com o outro. Para construir boas relações demanda tempo, confiança, comprometimento, respeito e colaboração de todas as partes dessa relação. É necessário que todos os envolvidos contribuem para que a ligação, possa produzir efeito positivo a todos. Assim, quanto maior for a qualidade destes relacionamentos, maiores serão as chances de obter o bem-estar e a felicidade autêntica. 3.1 Relacionamento Interpessoal & Relacionamento Interpessoal: Diferenças A relação intrapessoal é definida como aquela relação que o indivíduo estabelece consigo mesmo, com seus próprios sentimentos e aspirações. Quanto mais o indivíduo se conhece maiores são as possibilidades de alcançar a felicidades e o bem-estar. 7 O relacionamento Interpessoal é definido como a relação com o próximo. Refere-se a habilidade do indivíduo se relacionar bem com as pessoas com a qual se interage. 3.2 Relacionamento Intrapessoal Fonte: empreeducando.wordpress.com A definição de Relacionamento Intrapessoal faz referência à capacidade de relacionar-se com suas próprias emoções e sentimentos, ou seja, diz respeito ao autoconhecimento e a automotivação do indivíduo e como ele aplica estes em sua vida. O autoconhecimento é a habilidade de conhecer a si mesmo, nos variados aspectos, desde emocionais até as pequenas atitudes, conhecer-se dentro de sua individualidade. Há diversas formas de compreender o autoconhecimento, alguns entendem apenas como objeto de investigação, pode ser considerando a essência de cada ser humano em sua individualidade. Na visão de um filósofo, é o estado no qual uma pessoa se encontra onde subsequentemente terá a oportunidade de ser mestre de si 8 mesmo. Portanto, a pessoa que se conhece pode usar esta maestria sobre si mesmocom o fim de ser um ser humano melhor nas relações familiares, amorosas, nos estudos, vida social, no trabalho e muito mais. Quando o indivíduo tem conhecimento de quem ele é em sua essência, tornar- se claro quais são suas qualidades, seus pontos de melhoria, suas emoções mais fortes. A partir deste conhecimento sobre si mesmo vem a automotivação, autodomínio e a possibilidade do autodesenvolvimento, elementos importantes para que o relacionamento interpessoal seja o melhor possível em todos os aspectos da vida. Estes elementos aliados à capacidade de relacionamento interpessoal são fundamentais para que o indivíduo alcance os resultados almejados, pois influenciam propriamente na capacidade de comunicar e relacionar-se positivamente com as pessoas e alcançar sua cooperação. 3.3 Relacionamento Familiar Dentro desse relacionamento o indivíduo começa a estabelecer a sua história. É na família que inicia a primeira interação social. Conforme (Schenker & Minayo, 2003), esta instituição é responsável pelo processo de socialização primária das crianças e dos adolescentes. O conceito de família, definido no Dicionário Michaelis: É o conjunto de pessoas, em geral ligadas por laços de parentesco, que vivem sob o mesmo teto; conjunto de ascendentes, descendentes, colaterais e afins de uma linhagem ou provenientes de um mesmo tronco; estirpe; pessoas do mesmo sangue ou não, ligadas entre si por casamento, filiação ou mesmo adoção; parentes, parentela. (MICHAELIS, 2020) O relacionamento familiar vai direcionar a estrutura psicossocial do indivíduo, em relação a si mesmo e aos outros. Sendo importante na determinação e na organização da personalidade, além de influenciar significativamente no comportamento individual através das educações e medidas educativas tomadas no âmbito familiar (Drummond & Drummond Filho, 1998). 9 Para alguns estudiosos da psicologia social, a família possui algumas funções primordiais, que podem ser agrupadas em três categorias: biológica, refere às condições que torna possível a existência dos seres humanos; psicológica, funciona como ponto de referência comportamental perante a vida; e finalmente social, refere ao processo de socialização do indivíduo (citado por Santos, 2008). Fonte: nanossavida.com A função biológica principal que a família possui é a de garantir a sobrevivência da espécie humana, provendo os cuidados indispensáveis para que o bebê humano possa se desenvolver adequadamente. Em relação às funções psicológicas, podem ser mencionadas a de proporcionar afeto ao recém-nascido, que é fundamental para a sobrevivência emocional do indivíduo; servir de suporte e continência para as ansiedades existenciais dos seres humanos durante o desenvolvimento, auxiliando na superação de “crises vitais” que vivenciam no decorrer do ciclo vital e criar um ambiente apropriado que permita a aprendizagem empírica que sustenta o processo cognitivo dos seres humanos, conforme descreve (Osório, 1996). Para Romanelli (1997) a família tem um lugar privilegiado de afeto, onde há expressões de emoções e sentimentos e a existência de relacionamentos íntimos. 10 Portanto, é no seio familiar que o indivíduo mantém seus primeiros relacionamentos interpessoais com pessoas significativas, onde estabelece trocas emocionais que tem a funcionalidade de suporte afetivo na vida adulta. A função social da família, está na transmissão de cultura de uma dada sociedade aos indivíduos (Osório, 1996) e na preparação dos mesmos para o exercício de cidadania (Amazonas & cols., 2003). Por isso, a partir desse processo de socialização o indivíduo elabora sua identidade e subjetividade (Romanelli, 1997), e adquire os valores, as normas, as crenças, as ideias, os modelos e padrões de comportamentos necessários para sua atuação na sociedade (Drummond & Drummond Filho, 1998; Tallón & cols.,1999). Os valores e normas que são introjetados, pelo indivíduo, no interior da família permanece por toda a vida, atuando como base para a as atitudes e tomada de decisão. Fonte: pt.dreamstime.com Na compreensão do funcionamento familiar alguns autores caracterizam a família dentro de uma perspectiva sistêmica, por considera-la como um sistema ativo que está em constante processo de transformação e evolução, e que se move em 11 ciclos (Sudbrack, 2001). A família, então, constitui-se como uma organização complexa de relações entres seus membros, objetivando organizar, produzir e dar forma a essas relações. Dessa forma, são necessárias adaptações constantes da rede complexa de relações familiares diante às constantes transformações que ocorrem no âmbito familiar, a fim de que essas relações promovam o desenvolvimento de seus membros (Romanelli, 1997; Sudbrack, 2001). No ciclo vital evolutivo da família ocorrem eventos críticos previsíveis (nascimento, adolescência, casamento de filho, entre outros) e eventos críticos não previsíveis (doenças, perdas, separações, dentre outros), que causam grande impacto no contexto familiar e provocam aumento da pressão e desorganização que influencia no processo de desenvolvimento da família (Scabini, 1992). Esta crise precisa ser sanada para que haja a manutenção da saúde da família. É através dessa superação que ocorrem mudanças pessoais e que define as diferenças entre os membros da mesma. 3.4 Relacionamento Parental A Relação Parental é a forma como a ligação entre os pais e filhos é constituída. Esta relação influência no desenvolvimento do indivíduo, de forma positiva ou negativa, trazendo consequências dependendo da posição que os pais assumem diante da criança. Conforme Cardoso e Col. é evidente como a relação parental influencia a educação e o comportamento das crianças, e esta traz consequências ao seu desenvolvimento. Para Mondim, quando há relacionamentos que prevalece a segurança e empatia a criança aprende, desde cedo, a desenvolver competências empáticas, e construir relacionamentos saudáveis com os pares e com os adultos. Existe diferentes tipos de relações parentais inseridas em diversificado contexto. Os pais podem apresentar diferentes estilos que podem ser autorizantes, permissivos ou autoritários (Cardoso, & Veríssimo, 2013). Os pais autorizantes assumem uma posição de controle, porém de forma 12 afetuosa, sendo calorosos com os filhos em função das suas necessidades (Cardoso & Medeiros, 2013). Desta forma há a exigência com afeto, que desperta no indivíduo um melhor desenvolvimento. A comunicação ocorre de forma aberta, estes pais optam por propiciar a autonomia e a responsabilidade nos filhos, a fim de que possam construir sua individualidade (Cardoso & Veríssimo, 2013). Os pais com postura de total tolerância e aceitação aos impulsos, desejos e atitudes dos filhos, sem haver qualquer tipo de restrição ou controle são identificados como pais permissivos, conforme estabelece (Cardoso & Veríssimo, 2013). Estes pais não regulam o comportamento dos filhos, são poucos punitivos, não há investimento nas regras e nas rotinas, permitindo assim que os filhos, mesmo sem estrutura para tal, orientam seu próprio caminho. Os pais autoritários são caracterizados como rígidos, pouco ou nada promovem a autonomia dos seus filhos, pelo contrário assumem posição de controladores pela punição, onde os filhos precisam ser obedientes em totalidade (Cardoso & Veríssimo, 2013). De acordo com Romanelli, as relações familiares estão estruturadas por relações distintas. Há as relações de poder e autoridade que estruturam a família, e, por outro lado, a família se compõe por relações afetivas criadas entre seus membros, que são estabelecidas conforme o vínculo entre eles. Fonte: pearsonclinical.com.br 13 As relações entre pais e filhos apresenta o vínculo mais forte dentrodo contexto familiar. As experiências genuínas em termos de afeto, dor, medo, raiva e inúmeras outras emoções, possibilita aprendizado essencial para a sua atuação futura. Tallón e cols. destacam que a interação que ocorre entre pais e filhos, as expectativas e sentimentos dos pais em relação aos filhos, exerce um papel significativo na definição de personalidade futura dos filhos e até mesmo no êxito escolar destes. 3.5 Relacionamento Conjugal O relacionamento conjugal pode ser definido como uma relação entre pessoas que se unem uma à outra, objetivando uma vida mútua em comum. O processo de formação do relacionamento conjugal envolve diferentes contextos e níveis de relação, o que resulta na definição psicossocial de um relacionamento afetivo estável (Féres-Carneiro & Diniz Neto, 2010). O relacionamento conjugal exige que duas pessoas que possuem vidas precedentes distintas, encontram-se e renegociem questões já antes decididas de modo individual (Carter & McGoldrick, 1995; Schmidt, 2012). São essas mudanças que auxiliam na construção de uma vida e identidade conjugal. Ainda são definidas as relações com os familiares, amigos e sociais. Dessa forma, Willi afirma que casamento não se reduz exclusivamente aos vínculos interpessoais estabelecidas por duas pessoas, mas existe um contexto ecossistêmico amplo, a qual o casal se interage. Mediante as modificações que o casamento vem passando nas últimas décadas, os laços conjugais necessitam incluir um espaço onde a relação conjugal e a individualidade do casal coexistam e interajam (Féres-Carneiro, 1998; Féres- Carneiro & Diniz Neto, 2010; Scorsolini-Comin & Santos, 2011a) para que assim, permaneçam determinadas a constituir uma relação conjugal de qualidade e satisfatória para ambos. A satisfação conjugal pode ser definida como a avalição pessoal que cada um dos cônjuges faz sobre a qualidade de vida do relacionamento do casal (Narciso & 14 Ribeiro, 2009). Para Bolze et al. a harmonia conjugal, a frequência e a intensidade das manifestações corporais de reciprocidade negativa são subsídios que influencia na qualidade do relacionamento do casal. Fonte: www.semprefamilia.com.br Os casais que se percebem mais infelizes tendem a ser mais negativos emocionalmente, refletindo nas relações diárias, comparando aos casais que se consideram felizes (Féres-Carneiro & Diniz Neto, 2010). Essas diferenças se tornam evidentes nas situações de conflitos conjugais, onde os casais demonstram menor concordância e aprovação. É percebido ainda, que estes casais adotam um comportamento de evitação, que para Colossi e Col. esses comportamentos são considerados disfuncionais, possibilitando um maior risco de insatisfação conjugal. A harmonia no relacionamento conjugal pode ser definida por um sentimento de empatia, que permite uma percepção de acolhimento, valia de seus sentimentos e respeito na relação com o parceiro, conforme Oliveira, Falcone & Ribas (2009). Se o casal se reconhece feliz e ajustado, demonstra alto nível de concordância nas variadas áreas pertencentes a vida em comum, é considerado um casal harmônico (Silvares & Souza, 2008). 15 3.6 Relacionamento Social - Amizade Na sociologia, as relações sociais são definidas pelo conjunto de interações entre indivíduos ou grupos sociais. Estas interações ocorrem em diversos espaços sociais, e podem ocorrer de modo natural ou através de interesses individuais. Para Zimerman, o homem durante o seu desenvolvimento passa por diferentes grupos: família, amigos, escola e trabalho. No convívio social o indivíduo se identifica com aquele grupo que tenha um perfil mais próximo do seu. Para que essa convivência prevaleça é necessário que haja troca de apoio, segurança e que tenha objetivo em comum. Dentro das relações sociais há aquelas identificadas como formais que são isentos de companheirismo e afeto entre os membros, na maioria das vezes passageiras. Há ainda aquelas denominadas de informais que possui uma relação duradoura e nutrida de afeto. As relações sociais são importantes na vida do ser humano, tendo em vista que a afetividade humana é alimentada através de carinho, respeito, reconhecimento e amor recebido. Os vínculos mais superficiais com a amizade e companheirismo auxiliam na melhora da autoestima e no crescimento como pessoa. Embora sejam muito importantes, as relações sociais são também muito complexas, afinal sair dos limites da sua própria individualidade para vincular-se com outro e manter uma relação é necessário abandonar de alguns comportamentos em prol do bem-estar da relação. Portanto, o ser humano busca estar vinculado a alguém, a fim de estabelecer troca de energia, e estabelecer conhecimentos e emoções com outras pessoas. Quanto melhores e mais positivos forem os relacionamentos sociais, maiores são as possibilidades de construir conexões verdadeiras com as pessoas as quase se convive. Algo importante que as relações interpessoais ocasionam é que em contato com pessoas que tenham diferenças é possível ampliar as perspectivas e expandir a visão de mundo em variados aspectos. 16 3.7 Relacionamento Profissional O relacionamento profissional faz referência a forma como os colegas de trabalho se relacionam. O relacionamento no âmbito profissional deve ser considerado, pois é essencial para que o indivíduo possa realizar o seu trabalho e ser feliz com ele. A maneira como é estabelecido o relacionamento com seu líder, colegas de trabalho e parceiros de negócios terá influência na satisfação do indivíduo. Quanto mais positivas forem essas relações, mais colaborativo e agradável será esse ambiente profissional. Fonte: administradores.com.br Um aspecto importante para um bom relacionamento profissional é saber lidar com as diferenças no ambiente de trabalho e conviver com pessoas que possuem outros valores, costumes, formação e outras gerações. Estas diferenças podem gerar conflitos e saber evita-los criará um bom clima no ambiente e trará crescimento na relação profissional. Nessa relação a empatia tem grande importância, pois deixa a rotina mais leve e proveitosa, com clima de harmonia. 17 A manutenção de bons relacionamentos profissionais é indispensável para o crescimento e sucesso na carreira de qualquer profissional, pois assim, haverá um clima positivo na empresa e a possibilidade de um networking de qualidade. 4 RELACIONAMENTO POSITIVOS Por fim, relacionamentos positivos é mais do que conviver bem com outras pessoas. Como o ser humano vive em sociedade, precisa se relacionar para sobreviver no mundo atual, sendo necessário ás vezes, conviver com pessoas indesejáveis e não que não há possibilidade de evita-las devido à situação de vida. Neste caso, é necessário reconhecer que é impossível ter afinidade com todo mundo, precisa reconhecer as próprias emoções, focar na situação-problema e não na pessoa. Para manter relacionamentos positivos é necessário dedicar tempo para que o vínculo criado seja mantido. A constância é algo imprescindível para o sucesso em qualquer esfera da vida, seja nos estudos, trabalho e nos relacionamentos tanto amorosos como nas amizades. A maior vantagem em manter relacionamentos – familiar, conjugal, parental e de amizades - positivos, é o fato das pessoas saberem que há alguém em que possam confiar em momentos difíceis, pois isso acaba por reduzir níveis de estresse e minimizando a possibilidade de alguns distúrbios psicológicos. A amizade é fundamental na recuperação das adversidades, auxilia o aumento da resiliência. Os relacionamentos de amizade também são responsáveis por instituir o apego e a confiança naqueles que se interagem. Os relacionamentos positivos tornam o indivíduo mais resistentes as dificuldades no âmbito de trabalho, possibilitando apoio mútuo,troca de ideias e maior entusiasmos no trabalho. Seligman (2004) afirma que as pessoas felizes possuem mais amigos, praticam mais atividades grupais, o que indica maior facilidade de contato social, permanecendo casadas por um maior período de tempo. 18 Há uma intrínseca relação entre relacionamentos com o bem-estar, já que os relacionamentos interpessoais integram o grupo das principais causas da felicidade, junto ao trabalho e ao lazer (Argyle, 2001). Fonte: noticias.r7.com Entende-se que focar nas experiências positivas pode cooperar para a prevenção e promoção da saúde, auxiliando ainda nos mecanismos de enfrentamento das doenças (Calvetti et. al., 2007). 5 BEM-ESTAR A expressão “bem-estar” é utilizada diariamente com frequência, porém sua compreensão esteve mudando ao longo dos anos. Historicamente, a definição de bem-estar esteve vinculada ao conceito econômico de riqueza. Porém, houve essa separação e o conceito se tornou mais amplo, abrangendo o bem-estar a outros aspectos que produzem a qualidade de vida, como a saúde, relações interpessoais, liberdade de expressão e satisfação com o trabalho (Van Praag & Frijters, 1999). 19 Para Ryan e col. o bem-estar faz referência ao bom funcionamento psicológico e à experiência psicológica positiva. Entretanto, esse é um tema complexo e controverso, para qual há discussões desde a Grécia Antiga (Siqueira, Padovam, 2008). A Filosofia atesta que a felicidade é uma preocupação humana bem antiga. Aristóteles, acreditava na felicidade como objetivo de todo homem, o qual só seria atingido através do exercício das virtudes, em sintonia com a vida em sociedade (Aristóteles, Ética a Nicômano, 1987). O filósofo Bertrand Russel por acreditar que a felicidade é um bem a ser conquistado e não como uma dádiva divina, aponta a importância de o homem unir-se com a sociedade, buscando a felicidade do outro na mesma medida em que busca a sua própria (Russel, 2003). Conforme Bowling e Col. os conceitos de bem-estar, qualidade de vida e felicidades confundem-se entre si, permanecendo em variadas ocasiões como indefinidos e indistintos. Para Seligman, o bem-estar pode ser avaliado de forma objetiva enquanto a felicidade é totalmente subjetiva, deste modo, a felicidade é incluída como um dos aspectos do bem-estar. Na literatura científica, os termos bem-estar e felicidade são, diversas vezes, usados como sinônimos. Os autores da Psicologia evitam usar o termo felicidade e apropriaram de termos como afeto e bem-estar, atualmente a tendência é enfatizar as experiências positivas do sujeito (Paschoal, 2008; Warr, 2007). A Psicologia Positiva, teoria que busca estudar os aspectos positivos do ser humano, objetiva deixar a vida das pessoas mais gratificante e prevenir doenças bem como promover a saúde. Conforme seu principal autor, Martin Seligman, a experiência dos principais aspectos dessa teoria pode levar o indivíduo a condição de bem-estar que todos buscam alcançar. Nos estudos sobre o bem-estar, pode-se destacar duas importantes correntes, que convergem no que se refere a concepção da felicidade: o bem-estar subjetivo (bem-estar hedônico), e o bem-estar psicológico (bem-estar eudemônico) (Paschoal; Tamayo, 2008). Para Ryan e Col. o bem-estar subjetivo hedônico) aborda o estado subjetivo de felicidade e o bem-estar eudemônico investiga o potencial humano. 20 5.1 Bem-Estar Subjetivo O Bem-Estar Subjetivo (BES) representa um campo de estudos que procura entender as avaliações que as pessoas fazem de suas vidas (Diener, Suh & Oishi, 1997). Esse campo teve uma ascensão acelerada na última década, difundindo como seus fundamentais pontos de pesquisa satisfação e felicidade (Diener & cols., 2003). Tais avaliações necessitam ser cognitivas (satisfações globais com a vida e com outros domínios específicos como com o casamento e o trabalho) e precisam incluir também uma análise pessoal sobre a constância com que se vivenciam emoções positivas e negativas. Para que seja descrito um nível de BES apropriado, é necessário que o indivíduo mantenha um nível alto de sua satisfação com a vida, elevada frequência de vivências emocionais positivas e baixas frequências de experiências emocionais negativas. Ainda de acordo com Diener e cols. essa área de conhecimento não busca pesquisar estados psicológicos negativos ou patológicos, mas distinguir as condições de bem-estar que as pessoas alcançam em suas vidas. Essas percepções reafirmam que BES abrange um tema ligado aos fundamentos defendidos pelos atuais disseminadores (Seligman & Csikszentmihalyi, 2000) da psicologia positiva. Fonte: flaviavillar.com.br 21 O conceito de BES surgiu ao final dos anos 1950, ao se buscar referências de qualidade de vida para acompanhar mudanças sociais e implantar políticas sociais (Land, 1975). Na literatura sobre o tema durante a década de 1960, podem ser indicados os livros de Andrews e Withey (1976) e Campbell, Converge e Rodgers (1976), por indicarem que, apesar das pessoas viverem em ambientes objetivamente definidos, elas respondem ao mundo subjetivamente definido. Nesse ponto de vista, BES tornou-se um relevante fator de qualidade de vida. Outras importantes obras sobre o assunto foram três estudos (Bradburn, 1969; Cantril, 1967; Gurin, Veroff & Feld 1960) que destacaram satisfação com a vida e felicidade como integrantes ao conceito de qualidade de vida. O pesquisador Bradburn (1969) mostrou que os sentimentos de prazer e desprazer são relativamente independentes. Diener e Cols. afirma que a descoberta de Bradburn traz importantes resultados para o conceito de bem-estar subjetivo, pois mostra que a remissão ou alívio do sofrimento, embora sejam importantes, não é capaz de promover a felicidade humana. Ultimamente, BES é trabalhado por Diener e Col. como uma definição que demanda autoavaliação, pois, só pode ser analisado e descrito pelo próprio indivíduo e não por referências externas definidas por terceiros. Para entender o BES, é preciso considerar que cada indivíduo experimenta sua própria vida utilizando percepções subjetivas e assim, apoia-se em seus próprios valores, emoções, perspectivas e experiências anteriores. Deve-se observar que a análise feita pelo próprio indivíduo sobre seu BES inclui, entre outros componentes, aspectos positivos que não abrangem, fundamentalmente, elementos de prosperidade financeira (Diener & cols., 1999). No Brasil, pode-se encontrar estudos voltados para o bem-estar subjetivo. Os autores têm buscado construir e validar medidas de bem-estar subjetivo (Albuquerque & Troccoli, 2004; Siqueira, Martins e Moura, 1999), a averiguar seus precedentes (Freire, 2001) e suas relações com sentimentos de solidão e interações sociais (Capitanini, 2000), bem como analisar a interferência de bem-estar subjetivo sobre a qualidade de vida (Prebianchi, 2003). 22 O bem-estar subjetivo é definido pela ausência de depressão e presença de estados cognitivos e emoções positivas (Seligman, 2011). O conceito de bem-estar subjetivo, nesta teoria, concorda com o conceito de saúde da Organização Mundial de Saúde “o completo estado de bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de enfermidade” (Preâmbulo da Constituição da OMS). De acordo com a perspectiva hedônica, o bem-estar subjetivo inclui as experiências de prazer e desprazer baseados em julgamentos feitos sobre componentes positivos e negativos da vida. São experiências internas do indivíduo, e por isso, as experiências externas embora tenham importância sobre ele, não os definem (Albuquerque, Tróccoli, 2004). 5.1.1 Dimensão Emocional de BES O arranjo emocional do conceito BES contém duas dimensões emocionais: emoções positivas e emoções negativas. Para que haja a representação de uma dimensão de BES,precisa resultar de uma relação positiva entre as emoções vividas, ou seja, a vivência de mais emoções positivas do que negativas no decorrer da vida. Esta dimensão de BES está ligada a compreensão hedônica de felicidade, pois enfatiza aos aspectos afetivos da vida (Keyes, Shmotkin & Ryff, 2002). Ao estudar os afetos positivos e negativos, busca-se identificar se as experiências vividas foram mais emoções prazerosas do que por sofrimentos. Segundo alguns pesquisadores (Andrews & Robinson, 1991; Diener & Diener, 1996; Thomas & Diener, 1990), os indivíduos costumam expor maior presença de emoções positivas do que negativas em suas vidas. De acordo com Diener e col. as avaliações sobre bem-estar podem estar bem mais conexas à frequência com que se experimentam emoções positivas do que à intensidade dessas emoções, por isso, as experiências emocionais se tornam importantes para as avaliações que uma pessoa faz do seu BES. A discussão sobre as dimensões emocionais do BES teve suas primeiras concepções no trabalho seminal de Bradburn (1969), que defendeu a ideia de que os afetos positivos e negativos não eram opostos mas formavam diferenças de 23 afetividade, que apresentam particularidades de traços de personalidade. Bradburn apresentou uma estrutura bidimensional para os afetos: afetos positivos e afetos negativos. Nesse entendimento, BES obtêm elementos cognitivos ou intelectuais, e envolve aspectos emocionais. No arranjo de afetos positivos, a autoestima foi indicada como um conceito psicológico que representava saúde mental, porque incluía uma autoavaliação. Outros conceitos também foram incluídos como partes da dimensão positiva de BES, tais como autoaceitação, autoimagem e autorespeito. Desde aquele tempo, passou a ser considerado BES como um construto psicológico associado por experiências emocionais positivas e negativas e a se nomear tais experiências de afetos positivos (positive affects) e afetos negativos (negative affects). Fonte: sbie.com.br A composição bidimensional dos afetos proposta por Bradburn incentivou diversos teóricos a elaborar e validar medidas para aferi-la. Em 1988, Watson e cols. validaram a Lista de Afetos Positivos e Negativos (Positive Affect and Negative Affect Schedule – PANAS), composta por duas escalas com 10 itens cada, que se revelaram, conforme seus autores, consistentes, válidas e eficientes para aferir as duas dimensões de afetividade. 24 Na década de 80, os estudos que utilizaram as medidas de estrutura dos afetos aplicaram predominantemente a PANAS. Naquele período, ainda não se divulgava como hoje a inclusão dos afetos positivos e negativos como dimensões do BES. A ênfase era dada aos traços afetivos que se assemelhavam a alguns traços de personalidade. Já a AP era relacionada a dimensões positivas da personalidade como extroversão, AN tornava-se um equivalente ao neuroticismo. Siqueira e cols. desenvolveram e validaram a Escala de Ânimo Positivo e Negativo (EAPN) para a população brasileira. A EAPN é composta por 14 afetos, que se distribuem em duas subescalas, que medem afetos positivos através de seis itens e afetos negativos por meio de oito itens. Fonte do Autor Outra aferição brasileira da dimensão emocional BES foi inserida na Escala de Bem-Estar Subjetivo (EBES) criada e validada por Albuquerque e Tróccoli .A EBES contém 21 itens de afetos positivos e 26 de afetos negativos, que organizam, respectivamente, os fatores 1 e 2, ambos com índices de precisão de 0,95. O terceiro fator mede, através de 15 itens, a dimensão cognitiva de BES, satisfação-insatisfação com a vida, cuja precisão é de 0,90. A inclusão de afetos positivos e negativos na composição emocional de BES ocorreu, com maior ênfase, nos anos 1970 e 1980, quando diversos autores (Andrews & Withey, 1976; Campbell & cols., 1976; Diener, 1984; Emmons, 1986) introduziram 25 os afetos positivos e negativos, ao lado de satisfação com a vida (componente cognitivo), como integrantes de BES. 5.1.2 A Dimensão Cognitiva de BES No arranjo cognitivo do conceito BES refere-se à satisfação com a vida, cuja definição se dá como o julgamento que o indivíduo faz sobre sua vida (Keyes & cols., 2002) e que representa o quanto esse indivíduo se entende próximo ou distante de suas aspirações (Campbell & cols., 1976). Para Neugarten e cols. é um estado psicológico que guarda íntima semelhança com bem-estar, não apenas análises objetivas da qualidade de vida pessoal. Neugarten e cols., declaram, que o indivíduo que apresenta alta qualidade de vida pode relatar insatisfações, à medida que um indivíduo com baixa qualidade de vida poderá até revelar satisfações com a vida. Fonte: tjdft.jus.br Este conceito é ainda entendido como uma dimensão subjetiva de qualidade de vida, ao lado de felicidade e bem-estar. No enfoque objetivo de qualidade de vida, entende-se que saúde, ambiente físico, recursos, moradia e outros referências 26 observáveis e quantificáveis consideram o entendimento da qualidade de vida que uma pessoa tem. De outra forma, a expectativa subjetiva de qualidade de vida, que inclui a satisfação, deverá levar em conta, as avaliações individuais, diferenças culturais na percepção do padrão de vida. Nessa perspectiva, é entendido que mesmo quando certos grupos compartilham a mesma cultura, há variações entre os indivíduos quanto a suas crenças, valores, objetivos e necessidades A primeira vez que houve aproximação do conceito de satisfação com a vida ao de bem-estar foi em uma pesquisa populacional realizada nos Estados Unidos no ano de 1957, conduzida por Gurin e publicada em 1960, onde contabilizou níveis de satisfação com a vida, felicidade e moral. Quando realizado esse estudo a satisfação com a vida era apontada como um elemento de qualidade de vida (Keyes & cols., 2002). Em 1980, alguns pesquisadores (George & Bearon, 1980; Stones & Kozma, 1980; Stull, 1987) já reconheciam satisfação com a vida como dimensão cognitiva de BES. O reconhecimento de satisfação com a vida como componente cognitivo de BES permitiu aos pesquisadores em psicologia possuir elaborações teóricas mais sólidas e conduzir investigações utilizando medidas específicas de cada um dos componentes de BES, ainda permite avaliar relações entre os seus componentes cognitivo e emocional. A primeira aferição de satisfação com a vida foi desenvolvida por Neugarten e colaboradores em 1961, continha duas versões (A e B) criadas para avaliar sentimentos gerais de bem-estar que possibilita constatar envelhecimento bem- sucedido. A versão A possui um checklist de 20 frases, sendo 12 positivas e oito negativas com as quais o respondente concorda ou discorda. A versão B abrange 12 questões abertas sobre as quais é atribuído um escore após análise do conteúdo das respostas. No Brasil foi desenvolvida e validada uma medida de satisfação com a vida, denominada Escala de Satisfação Geral com a Vida – ESGV, (Siqueira, Gomide & Freire, 1996). A ESGV é uma escala unidimensional que contém 31 frases, envolvendo o mesmo número de aspectos e permite avaliar o quanto cada indivíduo está satisfeito ou insatisfeito com cada um deles por uma escala de respostas de cinco 27 pontos (1=muito insatisfeito, 2=insatisfeito, 3=nem satisfeito nem insatisfeito, 4=satisfeito, 5=muito satisfeito). 5.1.3 Bem-Estar Psicológico As teorias acerca do conceito de bem-estar psicológico (BEP) surgiram como críticas à debilidade das definições que sustentavam BES e aos estudos psicológicos que ressaltaram a infelicidade e o sofrimento e descuidaram das causas e consequências do funcionamento positivo. Conforme Ryff e col., as definições teóricas em que se apoiam o área de estudos de BES são fragilizados por diversas razões, apontam que o clássico estudo deBradburn, onde sugeriu a existência de duas dimensões na estruturação dos afetos (positivos e negativos) são resultantes do inesperado, uma vez que Bradburn buscava identificar como certas mudanças sociais de nível macro afetavam o padrão de vida dos cidadãos e este o seu noção de bem-estar, com pouca atenção para compreensão de bem-estar. Ainda, conforme os autores, a satisfação com a vida, demandada como componente cognitivo de BES, apareceu após mudanças do conceito que surgiu no campo sociológico, sem que o mesmo tenha registro teórico consistente em psicologia. Fonte: epocanegocios.globo.com 28 Para sustentar as teorias de BEP, os autores Ryff e col. declaram a existência de diversas teorias psicológicas que possibilitam construir concepções consistentes sobre o funcionamento psíquico, enfatizando-se os seus aspectos positivos. Portanto, o BES tradicional vem se sustentando em análises de satisfações com a vida e num levantamento entre afetos positivos e negativos que revelam felicidade, já as compreensões teóricas de BEP são profundamente constituídas sobre concepções psicológicas do desenvolvimento humano e na capacidade para enfrentar os desafios da vida. Os autores Ryan e col. afirmam, faz referência a um bem-estar que difere da simples experiência de prazer é um estado subjetivo e relaciona-se aos sentimentos presentes quando o indivíduo se move para a autorrealização, expandindo seus potenciais individuais e progredindo em direção a seus propósitos de vida (Waterman; Schwartz; Conti, 2008). Os teóricos do bem-estar psicológico afirmam que a felicidade está situada nas experiências de expressão pessoal e de autorrealização (Paschoal, 2008). Conforme Ryff, o bem-estar psicológico é determinado a partir de seis dimensões que se integram aos distintos desafios encontrados pelo indivíduo em sua procura pela autorrealização. Neste modelo, um indivíduo com alto bem-estar manifesta elevados índices de atitudes positivas em relação a si mesmo (auto- aceitação), de satisfação e confiança em suas interações com os outros (relação positiva com os outros), de independência e autorregulação do comportamento (autonomia), de aptidões para propor ou criar situações apropriadas às condições pessoais (controle do ambiente), de noção de direção e de metas que colaboram para que ele entenda que a vida é significativa (propósito na vida) e de evolução de seu potencial e de sua expressão pessoal (crescimento pessoal). Segundo Waterman e cols. a eudaimonia é uma situação suficiente, mas não indispensável para a felicidade hedônica, pois, existem várias coisas que o indivíduo deseja ter ou fazer que não envolvem o aperfeiçoamento de suas potencialidades individuais. As experiências de felicidade hedônica ocorrem mais vezes que 29 experiências de expressão pessoal e de autorrealização (Paschoal, 2008). Assim sendo, o bem-estar pode ser compreendido como um fenômeno multidimensional, que inclui em sua definição elementos hedônicos e eudaimônicos de felicidade, ou seja, o bem-estar é o estado afetivo do indivíduo e sua percepção de aprimoramento de potenciais e de avanço nos propósitos de vida (Waterman, 1993). 5.2 BEM-ESTAR NO TRABALHO Ainda não há na literatura compreensões claras sobre o conceito de bem- estar no trabalho e quando debatem o assunto, os pesquisadores escolhem conceitos diversos para representá-lo, quer seja um fator positivo como satisfação com o trabalho (Amaral & Siqueira, 2004) quer seja conceitos negativos como burnout (Maslach, Schaufeli & Leiter, 2001) ou estresse (Byrne, 1994). Além disso, bem-estar e saúde são tratados de forma interdependente, principalmente quando os estudiosos apontam fatores que possam comprometer ambos, tais como perigos do ambiente de trabalho, fatores de personalidade e estresse ocupacional (Danna & Griffi , 1999) ou, ainda, segurança no trabalho, horas trabalhadas, controle do trabalho e estilo gerencial (Sparks, Fargher & Cooper, 2001). Fonte: beecorp.com.br 30 O bem-estar no trabalho pode ser definido como um conceito interligado por três elementos: satisfação no trabalho, envolvimento com o trabalho e comprometimento organizacional afetivo. Esses três conceitos, já estabelecidos no campo da Psicologia Organizacional e do Trabalho, representam vínculos positivos com o trabalho (satisfação e envolvimento) e com a organização (comprometimento afetivo) conforme relatam Siqueira e Gomide Jr. (2004). Foi adotada como referência teórica para as definições acerca do conceito de bem-estar no trabalho as alegações de Diener e cols. (2003) sobre a base do conceito de bem-estar subjetivo, apresentada pelos autores como um modelo hierárquico de felicidade. Na inspiração desse modelo, indica que bem-estar no trabalho possa ser entendido como um construto psicológico multidimensional, associado por vínculos afetivos positivos com o trabalho (satisfação e envolvimento) e com a organização (comprometimento organizacional afetivo). Então, a composição proposta para o conceito de bem-estar no trabalho une três conceitos com sentido positivos, ao tempo que envolve ligações prazerosas no contexto de trabalho, como evidenciado nas definições contidas na literatura: Satisfação no trabalho: “[...] um estado emocional positivo ou de prazer, resultante de um trabalho ou de experiências de trabalho. ” (Locke, 1976, p. 1.300). Envolvimento com o trabalho: “[...] grau em que o desempenho de uma pessoa no trabalho afeta sua autoestima” (Lodahl & Kejner, 1965, p. 25). Comprometimento organizacional afetivo: “[...] um estado no qual um indivíduo se identifica com uma organização particular e com seus objetivos, desejando manter-se afiliado a ela com vista a realizar tais objetivos” (Mowday, Steers & Porter, 1979, p. 225). Para unificar o conceito de bem-estar no trabalho, é necessário avançar sobre essas concepções. Recentemente, satisfação no trabalho tem sido assinalada como um vínculo afetivo positivo com o trabalho, especificando com as satisfações que se obtêm nos relacionamentos com as chefias e com os colegas de trabalho, as satisfações devido o salário pago pela empresa, das oportunidades de promoção 31 estimuladas pela política de gestão da empresa e, finalmente, das satisfações com as tarefas realizadas. Fonte: revistaportuaria.com.br Outro elemento utilizado para conceituar bem-estar no trabalho é o comprometimento organizacional afetivo. Se refere a percepção de ligação positiva do empregado com um empregador, de alta identificação com os objetivos da organização (Borges-Andrade, 1994; Mowday & cols., 1979) e de consideração sobre o quanto estar ligado àquela instituição pode repercutir positivamente na vida do indivíduo. Para determinar entre trabalhadores um alto nível de bem-estar no trabalho, é necessário que eles relatem estar satisfeitos com o trabalho, reconhecendo o envolvimento com as tarefas que realizam e, finalmente, revelar que mantêm compromisso afetivo com a organização empregadora. 32 6 BEM-ESTAR E SAÚDE Acredita-se que o foco nas experiências positivas pode contribuir para a prevenção e promoção de saúde, ajudando também nos mecanismos de enfrentamento das doenças (Calvetti et al., 2007). Pode também trazer elementos para a compreensão do bem-estar subjetivo, que é definido pela ausência de depressão e presença de estados cognitivos e emoções positivas (Seligman, 2011). O conceito de bem-estar subjetivo, nesta teoria, vai de acordo com o conceito de saúde da Organização Mundial de Saúde (1946): "o completo estado de bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de enfermidade" (Preâmbulo da Constituição da OMS) e isso mostra mais uma importância do estudo dos aspectos positivos do ser humano. É possível perceber que o indivíduoé o maior agente facilitador para alcançar o seu próprio bem-estar. Como o ser humano é um ser relacional, ele necessita viver em contato com outras pessoas e na construção de relações positivas poderá alcançar aquilo que buscam, um estado de bem-estar e autossatisfação 33 REFERÊNCIAS ALBUQUERQUE, A. S. e Col. Desenvolvimento de uma escala de bem-estar subjetivo. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Brasília, v. 20, n. 2, p. 153-164, 2004. AMARAL, D..J. e Col. Relações entre percepção da estrutura organizacional e bem-estar de profissionais de uma empresa em processo de privatização. Em J. Ribeiro & I. 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