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1 Sistema olfatório o Sentidos químicos são associados ao nariz e boca e com recepção trigeminal o São eles: olfato, gustação e sistema quimiossensocial trigeminal – detectam substancias químicas no ambiente cuja informação gerada pelo estimulo é interpretada no SNC nas regiões corticais envolvidas com cada sentido. SISTEMA OLFATORIO o Por volta de 1500, testava-se odor e gosto juntos como um só sentido o Com o passar do tempo, descobriu-se uma relação cortical entre odor e sabores, embora sejam sentidos diferentes o Assim surgiram testes diferentes para odor e para a gustação o Em 2004 linda Buck e Richard Axel postularam que o olfato dispõe de cerca de 1.000 receptores moleculares diferentes para perceber os cheiros o Hoje se sabe que o olfato humano tem 400 tipos de receptores diferentes no epitélio olfatório CARACTERISTICAS o Sistema olfatório é uma das modalidades menos compreendidas ate hoje o O sistema olfatório é o mais estudado até hoje componentes quimiossensorial e estruturas de processamento (caracterizam a identidade dos cheiros, qualidade), estímulos químicos modificados no epitélio sensorial o O nariz funciona como um dispositivo sensorial (proteção) o Odorantes moléculas captadas no sistema olfatório o Moléculas odoríferas transmitem diversas informações sobre alimentos (podre, bom), sobre nós, pessoas, animais, meio ambiente. Regulam inclusive respostas emocionais, medo, prazer. o Animais inferiores possuem o órgão vômer nasal relacionado com o sistema de reprodução – modulação de comportamentos pelo sistema olfatório o Olfato pode ser indicador de algumas doenças, como Parkinson, Alzheimer, diabetes e obesidade – trazem consigo uma diminuição da capacidade olfatória – isso pode predizer alguma alteração patológica. Outro exemplo: covid-19. Algumas pessoas podem ter a perda total ou retornar as funções desse sistema o Aromas – são reconhecidos pelo sistema olfatório – moléculas voláteis o Algumas moléculas hidrossolúveis (comida misturada a salida) estimulam o olfato. Ou quando bebemos algo, algumas moléculas hidrossolúveis podem ser percebidas por esse sistema, por entrarem na cavidade posterior do sistema olfatório e estimularem receptores o Não só as moléculas voláteis, mas também as hidrossolúveis podem estimular receptores do nariz e fazer com que essa percepção seja sentida CAVIDADE NASAL o No interior da cavidade nasal temos o epitélio olfativo – presente em metade da cavidade. O restante é epitélio respiratório o Está localizado na região superior da cavidade nasal o A partir dele ocorre essa detecção das moléculas odoríferas o Existem também aparatos de proteção e umidificação o Epitélio olfativo – neurônios receptores olfatórios – detectam a identidade, concentração e qualidade dos odorantes o Nervo olfatório passa pela lamina cribriforme e a partir dessas células há conexões no bulbo olfatório e formação do trato olfatório o O córtex piriforme é uma estrutura importante que recebe aferências odoríferas. Além dele temos: amigdala e córtex entorrinal (sistema límbico) e tubérculo olfatório. o A informação não passa pelo talamo, atinge diretamente as regiões corticais. o Após atingir essas regiões, o estimulo pode chegar em outros locais também, como: a partir de regiões corticais do córtex piriforme ou entorrinal ao talamo, a 2 informação chega até as vias hipotalâmicas responsáveis por respostas emocionais e viscerais apropriadas para o estimulo o Não existe um mapeamento dessa informação no córtex – não é somatotopico – as moléculas especificas não são detectadas em tal área do córtex. Ainda não se sabe o mapeamento desses estímulos nas regiões corticais EPITELIO OLFATIVO o O olfato é considerado o estimulo menos acurado nos humanos o Maior número de receptores olfatórios – animais em relação ao homem o 70kg – epitélio olfativo 10c² - homem o 3 kg – epitélio olfativo 20c² - gato o Os cães possuem uma área de epitélio olfatório 10 a 20 vezes maior que no homem o Molécula odorífera do pimentão pode ser detectada mesmo em concentrações muito baixas o As moléculas mais lipossolúveis são detectadas em menores concentrações. As moléculas percebidas em baixas concentrações são mais lipossolúveis, enquanto aquelas com maior limiar são mais hidrossolúveis o Pimentão – 0,01 molar o Etanol – 2,00 molar para ser percebido PERCEPÇÃO OLFATIVA o A capacidade de detectar as moléculas odoríferas diminui com a idade o No gráfico vemos que com o aumento da idade há um decréscimo na capacidade olfativa o De 20-40 anos de idade se são testados e tem baixos acertos, nota-se que há uma distorção no sentido olfatório que pode estar ligada a alguma patologia – Parkinson, Alzheimer, diabetes o Anosmia geral pode causar perda de prazer para o alimento gerando desnutrição o Anosmia incapacidade de detectar odores comuns TESTES OLFATORIOS o Indivíduos normais são capazes de identificar os 7 odores – acima de 80% deles conseguem ser aprovados no teste o Aqueles anosmicos parciais detectam algumas e os gerais nenhuma – 15% deles identificam até 6 odores o Aproximadamente mais da metade dos anosmicos são incapazes de detectar qualquer um dos estímulos 3 RESPOSTAS FISIOLÓGICAS E COMPORTAMENTAIS o Os odores podem causar respostas fisiológicas e comportamentais nos indivíduos o Reflexos condicionadas de Pavlov resposta visceral à determinada molécula odorífera o Aumento da salivação e da motilidade gástrica em decorrência de um cheiro de uma comida saborosa o Ou alguns cheiros nocivos podem causar náusea e vomito – proteção o Comportamento reprodutivo e funções endócrinas o Órgão vomero nasal é responsável por detectar nos animais inferiores os feromônios – chamado de órgão de Jacobson o Ratos e camundongos detectam os feromonios através de receptores acoplados à proteína G em uma estrutura denominada órgão vomeronasal (OVN) o Em humanos foi identificada a presença do OVN Estudo com 564 humanos demonstrou que em 70% OVN não estava presente, mas alguns comportamentos humanos têm relação com o olfato. Ex: mulheres que permanecem em uma mesma sala a muito tempo, passam a ter a menstruação no mesmo período. o Interações mães/filhos – neonato detecta o cheiro da mãe a reconhecendo – cheiro do seio materno SISTEMA OLFATÓRIO único entre os sistemas sensoriais que não envolve retransmissão talâmica antes de atingir o córtex o Axônios do bulbo olfatório formam o trato olfatório o A via do trato olfatório envolve: córtex piriforme, tubérculo olfatório, amigdala, córtex entorrinal o A partir dessas regiões, a informação chega ao córtex orbitofrontal, talamo, hipotálamo, formação hipocampal (relacionado com as memorias dos odores) o O processamento dessas vias identifica o estimulo odorífero e iniciam as reações motoras, viscerais e emocionais NEURONIOS RECEPTORES OLFATORIOS o Epitélio olfativo – camada de neurônios e células de suporte que revestem aproximadamente ½ da cavidade nasal o Existem vários tipos celulares porem a mais importante é a célula receptora olfatória o Placa cribriforme por onde passa o nervo olfatório. Padrão celular: o Células de suporte do epitélio olfativo o Célula tronco em divisão roxas, capacidade de renovação celular. Presentes na parte basal, formam células receptoras 4 o Glândula de bowman – secretam muco presente nas regiões apicais o CELULA RECEPTORA OLFATÓRIA – neurônio bipolar com axônio amielinico de pequeno diâmetro que elva a informação olfatória ao SNC. Na parte apical dela existe uma dilatação que formam cílios. Dialtação + cílios possuem os receptores das moléculas odoríferas. A porção apical dacelula fica imersa na camada de muco, o que faz com que haja favorecimento da captação das moléculas odoríferas. Na região basal existe um dendrito que se comunica com as regiões superiores o APICAL região interna da cavidade nasal, mergulhada no muco onde há cílios que possuem receptores de moléculas odorantes o BASAL prolongamentos (dendritos) que fazem conexões com outras células em regiões superiores o Muco – reveste a cavidade nasal e controla o meio iônico dos cílios olfatórios – produzido pelas glândulas de bowman o Células de suporte contem enzimas CYP450 que catabolizam substancias orgânicas em moléculas potencialmente perigosas, protegendo a cavidade nasal. TRANSDUÇÃO DOS SINAIS OLFATORIOS o As moléculas odoríferas agem na superfície externa onde os cílios com os receptores estão o Começa com a ligação das moléculas de odores na superfície externa dos cílios diretamente ou através de proteians ligantes de odorantes o Quando as moléculas odoríferas são liberadas próximas aos cílios ocorrem correntes elétricas gerando os PA o Quando o estimulo ocorre no corpo da celula temos uma atividade celular menor que não gera o PA devido o A localização principal das moléculas odoríferas é nos cílios das células receptoras MECANISMO DE AÇÃO o A maquinaria celular e molecular da transdução olfatória está localizada nos cílios 1. Odorante se liga a um receptor especifico no cilio – ele está acoplado a uma proteína G 2. Proteína G olfatória (GOLF) ativada pela molécula odorífera especifica gera deslocamento da subunidade G que ativa segundos mensageiros 3. Adenilato ciclase ativada aumenta as concentrações de AMPc 4. O aumento de AMPc abre canais que permite a entrada de Na+ e principalmente Ca+ levando a despolarização parcial do neurônio 5. Cálcio ativa canais de cloreto dependentes de cálcio abrindo-os 6. Ocorre saída de cloreto da célula – tiro carga negativa 7. A despolarização é amplificada por correntes de cloro ativadas por cálcio 8. Despolarização envia informação ate as regiões superiores no bulbo olfatório 9. Cálcio pode se ligar a calmodulina 10. Complexo cálcio-calmodulina inibe ativação do canal de cloreto 11. Cálcio também pode ir para fora da celula pelo trocador cálcio/sódio 12. Isso faz com que a célula não seja sensível a estímulos – aqueles estímulos prolongados não vão ser percebidos. Ex: pessoa acende um cigarro do seu lado, no inicio você logo percebe, mas se ficar ali por muito tempo, o cheiro deixa de te incomodar porque reduz a sensibilidade a ele. GOLF adenilato AMPC cálcio nos canais de cloreto = despolarização o A adaptação ao estimulo olfatório ocorre pela formação do complexo cálcio/calmodulina que inibem o canal de cloreto. Além disso, o trocador cálcio/sódio 5 faz com que haja menos cálcio no interior da célula, reduzindo a sensibilização ao estimulo. o Abaixo temos um receptor das moléculas odoríferas: o Ele possui um domínio extracelular variável de acordo com a recepção especifica da molécula odorífera o Porção intracelular – interage com GOLF o As proteínas receptoras de odores possuem sete domínios transmembranas o A sequência de aminoácidos para estas moléculas demonstra grande variabilidade, principalmente nas regiões transmembrana o Foram descritos 1000 genes de decodificação dessas proteínas nos mamíferos o Os receptores podem tanto detectar um estimulo especifico como um só estimulo o A somatória dos receptores em células especificas receptoras são o transformador desse sinal, fazendo com que seja possivel sentir o odor o Temos na imagem diferentes estímulos olfatórios o O neurônio 1 gera potencial de ação a todas as moelcuals odoríferas o Enquanto os 2 e 3 respondem a apenas uma dessas moléculas odoríferas o Isso demonstra que os receptores das células com cílios respondem a diferentes tipos de moleculas odoríferas ou a vários tipos delas. o A codificação do cheiro ocorre por ativação de um conjunto desses receptores que envia uma mensagem sobre o odor. ORGANIZAÇÃO MOLECULAR DO SISTEMA OLFATORIO o No epitélio olfatório existe uma divisão em zona 1, 2, 3, 4 o O mapeamento em zona determina que determinadas moléculas odoríferas ativam dada área do bulbo olfatório o Determinadas moléculas odoríferas agem em determinadas zonas do epitélio olfatório que estimulam suas respectivas zonas no bulbo olfatório – o mapeamento do epitélio existe junto com o do bulbo olfatório. Porem isso não é identificado no SNC INTEGRAÇÃO DOS SINAIS OLFATORIOS o Dendritos das células receptoras olfatórias chegam até o bulbo olfatório (acima da placa cribriforme) e fazem conexões o No bulbo olfatório 2 células formam o trato olfatório lateral que se direciona até o córtex (entorrinal, amigdala, piriforme) por meio do trato optico. o As células que compõem o bulbo são axônios das células em tufo e células mitrais o Essas aferencias sensitivas chegam ao córtex e são interpretadas nas regiões superiores o Existe uma conexão sináptica em forma circular chamada de glomérulo. Os terminais dendriticos das células receptoras chegam ao glomérulo e fazem sinapse com os dendritos das células em tufo e as mitrais o A conexão desses glomérulos é importante para que o impulso gerado e o PA gerado nas células receptoras 6 chegue até o glomérulo estimulando os dendritos das células mitrais e em tufos o Células granulares (são bipolares, isto é, lançam dendritos para os 2 lados) interagem com as em tufo e mitrais lançando NT inibitórios, a fim de modular a atividade dessas células funcionam como interneuronios inibitórios o Células periglomerular – atua nas sinapses glomerulares entre glomérulos. Liga um glomérulo a outro. Porém o papel dela ainda não está bem descrito. PARA ONDE VÃO AS INFORMAÇÕES A PARTIR DO TRATO OLFATORIO LATERAL? o Ele se projeta à amigdala, córtex entorrinal, córtex piriforme, núcleo olfatório acessório, tubérculo olfatório. o O principal destino do trato olfatório lateral é o córtex piriforme, localizado na porção ventro-medial do lobo temporal – ocorrem as maiores respostas sobre os odores nesta região o Outras estruturas também são ativadas a partir do córtex piriforme via talamo. o A ativação das regiões hipotalâmicas gera respostas viscerais e somáticas além de respostas do sistema límbico. Referencias: o Purves o Curi e procopio o Roberto lent – cem bilhões de neurônios
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