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Olfação A olfação é o menos conhecido de nossos sentidos, em parte devido ao fato de que o sentido da olfação é um fenômeno subjetivo que não pode ser estudado facilmente em animais inferiores. Outro problema complicador é que o sentido da olfação é pouco desenvolvido nos seres humanos em comparação com os animais inferiores. O olfato possui indice de discriminação baixo, pequenos estímulos são suficientes para gerar resposta. Concentrações somente 10 a 50 vezes maiores que o limiar evocam a intensidade máxima da olfação. Processamento Olfatório: Características Gerais Glândulas de Bowman ou células de suporte: glândulas secretoras de muco, composto por mucopolissacarídeos,. As moléculas odorantes inaladas são dissolvidas no muco. Existem Proteínas ligadoras de odorantes no muco para “capturar” os odorantes lipossolúveis (que se dissolvem com dificuldade no meio aquoso do muco). Os cilios dos receptores olfatórios ficam imersos no muco. Células olfatórias, neurônio receptor olfatório ou neurônios olfativos primários: neurônios bipolares (dois dendritos) localizados na membrana no epitélio olfatório. Possuem cílios, onde se localizam proteínas receptoras que se ligam às moléculas odorantes que irão promover a despolarização, por isso, as células olfatórias são os locais de transdução do sinal olfativo. 2 Mas como ocorre a transdução? (1) a ativação da proteína receptora pela substância odorante ativa o complexo da proteína G que, por sua vez; (2) ativa muitas moléculas de adenilil ciclase, que se encontram do lado intracelular da membrana da célula olfatória, levando a que; (3) muitas moléculas de AMPc sejam formadas; e, finalmente, ( 4) o AMPc induz a abertura de número muitas vezes maior de canais de sódio. Portanto, mesmo pequena concentração de substância odorante específica inicia o efeito cascata que abre quantidade extremamente grande de canais de sódio. O AMPc ativa enzimas fosforilantes (cinases) que provocam a abertura de canais inespecíficos de cátions, despolarizando a membrana e assim provocando um potencial receptor que se espalha por toda a célula, até o cone de implantação do axônio olfatório 3 Continuando... Células basais: são células tronco que promovem a regeneração do epitélio olfativo, substituindo as células olfatórias velhas de 4 a 8 semanas. Os axônios das células olfativas formam o nervo olfatório ou nervo craniano I e atravessam a lâmina cribiforme do osso etmóide, em direção aos bulbos olfatórios. Esses axônios não se juntam todos em um feixe, atravessando o osso em pequenos grupos. Os bulbos olfatórios se localizam entre a lâmina cribiforme e o lobo frontal, sendo respectivamente, superior e inferior a esses. Lâmina cribiforme: separa a cavidade encefálica da parte superior da cavidade nasal. 4 Dessa forma, os axônios das células olfatórias dão seguimento através do osso etmóide até os bulbos, locais nos quais estão localizados as células mitrais e das células em tufo. Os dendritos das células mitrais e das células em tufo ficam juntos e aglomerados em estruturas chamadas de glomérulos. São nesses locais que ocorrem o primeiro nível de processamento sensorial através de sinapses excitatórias entre os axônios das células olfatórias e os dendritos das células mitrais e em tufos. Obs: um mesmo dendrito pode receber sinapses inibitórias, mediadas por GABA, através das células granulares ou por células periglomerulares. Cada glomérulo contém, em média, terminações dendríticas de 25 células mitrais e de 60 células em tufo. Um glomérulo é molecularmente homogêneo: todos os neurônios receptores que terminam nele expressam o mesmo receptor olfatório. 5 NROs: neurônios receptores olfatórios M: células mitrais T: células em tufo GL: glomérulos PG: células periglomerulares Gr: células granulares Existem dois tipos de interneurônios que fazem sinapses dendrodendríticas inibitórias: células periglomerulares e células granulares: Células periglomerulares: fazem sinapses com os dendritos primários das células m/t. Células granulares: fazem sinapses com os dendritos secundários das células m/t, que se estendem por longas distâncias. Os dendritos das células granulares e periglomerulares se conectam aos dendritos das células M e T através de junções comunicantes, onde ocorrem SINAPSES ELÉTRICAS. 6 ➔ As sinapses dendrodendríticas inibitórias das células PG e Gr com as células M/T são ELÉTRICAS. Mas como ocorrem essas sinapses inibitórias? O PA das células M/T segue em direção aos seus dendritos secundários e, ao encontrar os dendritos das células glanulares acaba ativando os receptores glutamatérgicos que estão presentes nelas. Esses receptores liberam GABA, que inibe uma célula M/T. ➔ Se essa célula M/T inibida for A MESMA que disparou o PA, tem-se um feedback negativo como forma de inibição. ➔ Se a célula M/T inibida for OUTRA, diferente daquela que disparou o PA, tem-se o que se chama de inibição lateral. 7 Mas para que serve a inibição lateral? A inibição lateral aumenta o contraste e torna mais fácil a percepção de um estímulo. Após isso, os axônios das células das células mitrais e das células em tufo se projetam pelo trato olfatório, uma extensão do bulbo olfatório até o SNC, atingindo, basicamente, o córtex cerebral e o sistema límbico, sem passar pelo tálamo. 8 O trato olfatório sofre bifurcações em porções mediais, laterais, constituindo as estrias olfatórias. Essas bifurcações delimitam uma área triangular, o trígono olfatório. Daí em diante, cada estria segue para areas diferentes, descritas abaixo. 9 A Área Olfatória Medial Grupo de núcleos, localizados na porção mediobasal do encéfalo, imediatamente anterior ao hipotálamo. Os mais conspícuos são os núcleos septais, localizados na linha média e que se projetam para o hipotálamo e outras partes primitivas do sistema límbico. A remoção dessas áreas apenas dificilmente afeta as respostas mais primitivas da olfação, como lamber os lábios, salivação e outras respostas relacionadas à alimentação, provocadas pelo cheiro de comida ou por impulsos emocionais básicos associados à olfação 10 A Área Olfatória Lateral Abrange as áreas olfatórias primárias: A área olfatória lateral é composta principalmente pelo córtex pré-piriforme, córtex piriforme e pela porção cortical do núcleo amigdalóide. Fazem parte do córtex piriforme: ➔ amígdala cortical ➔ uncus ➔ giro para-hipocampal: mais especificamente a área entorrinal, a parte anterior do giro para-hipocampal ➔ limen da ínsula: o ponto de junção entre o córtex do lobo insular e o córtex do lobo frontal 11 ➔ 12 Dessas áreas, as vias neurais atingem quase todas as partes do sistema límbico, especialmente nas porções menos primitivas, como hipocampo, que parece ser o mais importante para o aprendizado relacionado ao gostar ou não de certos alimentos, de acordo com a experiência prévia com esses alimentos. Por exemplo, acredita-se que essa área olfatória lateral e suas muitas conexões com o sistema límbico comportamental fazem com que a pessoa desenvolva aversão absoluta para alimentos que tenham lhe causado náuseas e vômitos. Um aspecto importante da área olfatória lateral é que muitas vias neurais dela provenientes também se projetam diretamente, para a parte mais antiga do córtex cerebral, chamada paleocórtex, na porção anteromedial do lobo temporal. Essa é a única área de todo o córtex cerebral em que os sinais sensoriais passam diretamente para o córtex, sem passar primeiro pelo tálamo. 13 A Via Mais Recente. Foi identificada uma via olfatória mais recente que passa pelo tálamo, para o núcleo talâmico dorsomedial e, então, para o quadrante posterolateral do córtex orbitofrontal. Estudos em macacos indicam que esse sistema mais novo provavelmente auxilia na análise consciente do odor 14 Fontes: A célula periglomerular do bulbo olfatório e seu papel no processamento de odores: um modelo computacional - USP - 2010 - Tese de dissertação do programa do programa de fisica aplicada a medicina - DeniseArruda https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59135/tde-23092010-171519/publico/DeniseArru da.pdf Todos os livros de fisiologia e neurociências possiveis e imaginaveis neuroanatomia - machado Gustação O sistema gustatório constitui a modalidade sensorial denominada de gustação, uma combinação de cinco qualidades: doce, azedo (ácido), salgado, amargo e umami, um gosto associado ao aminoácido glutamato e alguns nucleotídeos. Por essa razão, o glutamato monossódico (MSG) é utilizado como um aditivo alimentar em alguns países. É constituído por receptor específico (cavidade oral), onde estão localizados os quimiorreceptores gustatórios, fibras aferentes de três nervos cranianos (facial, glossofaríngeo e vago). Essas fibras se conectam ao núcleo do trato solitário, no tronco encefálico, responsável por distribuir a informação para o tálamo e o córtex. ➔ As fibras aferentes do N. Vago são responsáveis pela base da língua e epiglote ➔ As fibras aferentes do N. Glossofaríngeo são responsáveis pelo terço posterior da língua ➔ As fibras aferentes do N. facial são responsáveis pelos dois terços posteriores da língua Os receptores gustatórios estão localizados primariamente nos botões gustatórios, agrupados na superfície da língua. Um botão gustatório é composto de 50 a 150 células https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59135/tde-23092010-171519/publico/DeniseArruda.pdf https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59135/tde-23092010-171519/publico/DeniseArruda.pdf 15 receptoras gustatórias (CRGs), juntamente com células de sustentação e células basais regenerativas. Os receptores gustatórios também estão espalhados em outras regiões da cavidade oral, como o palato, laringe e faringe. Esses botões são estruturas em forma de cebola, que repousam sobre uma lâmina basal e, em sua porção apical, as células gustativas têm microvilosidades que se projetam por uma abertura denominada poro gustativo. Muitas das células têm função gustativa, enquanto outras têm função de suporte. Células basais indiferenciadas são responsáveis pela reposição de todos os tipos celulares. Diferentemente do sistema olfatório (no qual as células receptoras são os neurônios aferentes primários), as células receptoras do sistema gustativo não são neurônios. São células epiteliais especializadas que funcionam como quimiorreceptores, transduzindo os estímulos químicos em sinais elétricos Na língua, os botões gustativos são encontrados, às centenas, nas papilas gustativas, que são elevações do epitélio oral onde a lâmina própria assume diversas formas e funções, existem quatro tipos: filiformes, fungiformes, foliadas e circunvaladas. 16 ➔ As células receptoras gustativas das papilas circunvaladas são inervadas pelos N. Facial e N. Glossofaríngeo - NC VII e IX ➔ As células gustativas, das papilas fungiformes, são exclusivamente inervadas pelo ramo da corda do tímpano do N. Facial - NC VII. Transdução do Sabor As cinco qualidades podem ser detectadas em toda a superfície da língua, diferentes regiões do órgão apresentam limiares distintos 17 Codificação do Estímulo Gustativo Não se sabe, exatamente, como as qualidades do sabor são codificadas no SNC. Segundo uma teoria, existe a codificação-padrão interfibras, em que cada fibra gustativa responde melhor a um estímulo, mas também responde, em menor grau, a outro estímulo. Assim, uma fibra gustativa aferente pode responder melhor ao salgado, mas também responde ao ácido. Dessa maneira, cada fibra gustativa aferente recebe estímulos de população de receptores gustativos, com padrão distinto de respostas. O padrão de resposta interfibras codifica, então, determinada sensação de paladar. 18 Vias do Paladar 1. A substância gustante se dissolve na saliva e no muco da boca 2. Os ligantes gustatórios dissolvidos interagem com a célula receptora gustatória 3. Os sinais químicos liberados das células receptoras gustatórias ativam neurônios sensoriais primários (neurônios gustatórios), cujos axônios seguem nos nervos cranianos Facial -VII, Glossofaríngeo -IX e Vago -X para a porção posterior do bulbo (nos núcleos solitários, onde fazem sinapse e seguem até o tálamo, 4. Do tálamo vai até o córtex gustatório e interpreta a sensação gustatória. Doce, umami e amargo: são mediados por receptores acoplados à proteína G ➔ As células receptoras gustatórias tipo II respondem a esses sabores. ➔ Receptores TR1: doce e umami ➔ Receptores TR2: amargo ➔ Proteína G específica: gustducina ➔ Para a sensação amarga, as moléculas de sabor se ligam a receptores acoplados à proteína G, da membrana do receptor gustativo, e, pelo mecanismo do mediador 1,4,5-trifosfato de inositol (IP3 )/Ca 2+ , ocorre abertura dos canais de potenciais receptores transientes (TRP) e sua consequente despolarização. Para as sensações de doce e umami, as moléculas se ligam à classe diferente de receptores acoplados à proteína G, na membrana da célula receptora gustativa, e, usando IP3 /Ca 2+ , abrem canais TRP, provocando despolarização. 19 Doce e Umami Amargo · Doces: Estão associados aos receptores heterodiméricos (formados por duas diferentes subunidades) T1R (T1R2 e T1R3) · Umami: para a detecção dos aminoácido glutamato depende de receptores heterodiméricos GPCR (formado por subunidades proteicas distintas T1R1 e T1R3) · Utiliza cerca de 30 variantes de receptores homodiméricos T2R (esse amargo pode ser induzido por sais, ácidos, alguns açúcares etc Salgado e Azedo: são mediados por canais iônicos ➔ As células pré-sinápticas tipo III respondem ao sabor azedo. Para sensação ácida (mediada por H+ ), o H+ entra no receptor gustativo por meio de canais epiteliais de Na + (ENaC), conduzindo à despolarização. Para a sensação salgada (mediada por Na + ), o íon entra no receptor gustativo por canais específicos, provocando, diretamente, a despolarização. Salgado Azedo 20 · Tem canais de sódio sensíveis à amilorida · O aumento da concentração desse íon na superfície da língua provoca o fluxo iônico para o interior da célula= despolarização · A despolarização da membrana promove a abertura de canais de Ca2++, influencia o cálcio intracelular e vai liberar os neurotransmissores. · O íons H+ são os responsáveis pelo azedume e acidez · O íon de H+ vai entrar pelos canais de sódio sensíveis a amilorina (mesmo canal que intermedeia o salgado- a célula não é capaz de distringuir o Na+ do H+) · Vai despolarizar a célula · O H+ vai bloquear a entrada dos canais de potássio (K+), os quais são responsáveis por manter a célula num nível de hiperpolarização · A despolarização da membrana promove a abertura de canais de Ca2++, influencia o cálcio intracelular e vai liberar os neurotransmissores. 21 Imagem do livro de Fisiologia da Linda Constanzo 22 23 Imagem explicativa do silverthon 24 25 26 Núcleo do trato solitário – bulbo Núcleo do trato solitário é um núcleo sensitivo, formando uma coluna vertical no bulbo raquidiano recebe fibras aferentes especiais e gerais dos seguintes pares cranianos: VII (nervo facial), IX (nervo glossofaríngeo) e X (nervo vago/pneumogástrico). Sua principal função está relacionada ao paladar (aferentes sensitivas) e a secreção de saliva. Faz parte também de uma via de ativação do Locus ceruleus (noradrenérgica) importante na formação de memórias aversivas e de reconhecimento de objetos. O núcleo do trato solitário tem conexão com a região rostral ventrolateral do bulbo raquidiano, modulando seu funcionamento. Esta região é o local de origem dos estímulos excitatórios do sistema nervoso simpático, que irão estimular a medula adrenal e a cadeia simpática. Núcleo ventral Posteromedial – tálamo: Núcleo ventral póstero-medial (NVPM): relé das vias sensitivas, recebe aferência pelo lemnisco trigeminal (sensibilidade somática geral da cabeça) e pelas fibras solitariotalâmicas (gustação) e projeta para o córtex do giro pós-central (para área somestésica primária da cabeça e área primária da gustação) Opérculo insular frontal anterior – córtexgustatório: Lobo da ínsula é um lobo profundo, situado no fundo do sulco lateral, no encéfalo. A ínsula tem forma triangular com vértice ínfero-anterior, está separada dos lobos vizinhos por sulcos pré-insulares. Possui cinco giros (curtos e longos). Suas principais funções são fazer parte do sistema límbico e coordenar quaisquer emoções, além de ser responsável pelo paladar. 27 Resumo (elaborado por mim com base nas imagens e nos escritos, pode ser que ajude) 1- Na língua, a substância se dissolve. 2- A substância interage com seus respectivos receptores e ativa os neurônios gustativos. TR1: doce e umami TR2: amargo 3- A ativação dos neurônios gustativos leva a informação para os axônios, que seguem para os nervos cranianos. 4- Os nervos cranianos levam o estímulo através de gânglios, para o núcleo do trato solitário, no bulbo. 5- A informação passa pelo núcleo ventral póstero medial do tálamo até chegar ao córtex gustativo 28 29 OBSERVAÇÕES A salivação é importante para a gustação. As enzimas nela presentes agem como um solvente. Outros candidatos para novas sensações gustatórias incluem carbonatação (CO2 dissolvido) e Ca2 , outro elemento essencial obtido da dieta. As terminações nervosas na boca possuem receptores TRP e transmitem o sabor apimentado ao longo do nervo trigêmeo (NC V). A capsaicina das pimentas, o mentol da hortelã, moléculas da canela, óleo de mostarda e muitas especiarias indianas ativam esses receptores contribuindo para nossa apreciação do alimento que está sendo ingerido A quimiorrecepção intestinal é mediada pelos mesmos receptores e mecanismos de transdução de sinal usados nos botões gustatórios da língua. Os estudos mostraram proteínas receptoras T1R para o gosto doce e umami, bem como a proteína G gustducina, em várias células do intestino de roedores e de seres humanos. Existe a fome específica, que normalmente representa a falta de um nutriente no corpo. O apetite por sal, que representa a falta de Na no corpo, tem sido reconhecido por anos 30 Fontes: Livros de fisiologia da Linda constanzo, Silverthorn e Guyton. Histologia Básica. Junqueira, Juiz Carlos Uchoa. Histologia Básica – 12ª Ed. Rio de Janeiro. 2013 A margarida foi só pra imagem mesmo porque eu não entendo aquela mulher. Integração O nosso sentido do paladar, ou gustação, está intimamente relacionado com o olfato. De fato, muito do que chamamos de sabor do alimento é, na verdade, o aroma, como você pode perceber quando tem um resfriado muito forte. A olfação interfere na percepção do sabor e pode levar a satisfação ou a repulsa de um alimento. O cheiro de um alimento é o que proporciona a sensação de sabor, por exemplo, a canela não possui gosto. Se você ingerir um pouco de canela com as vias respiratórias ocluídas, não sentirá nenhum gosto, mas ao respirar, o sabor preenche a boca, e por isso, a canela é usada como condimento em doces e bolos, já aumentando a palatabilidade dos alimentos apenas pelo olfato. ➔ A olfação é provavelmente mais importante do que a gustação para a seleção dos alimentos. Fonte: Silverthorn O professor de biomedicina Wagner Fernandes, da Universidade Cidade de São Paulo, assinala que as moléculas químicas de um alimento, em geral, são voláteis. As partículas, quando deglutidas, são impulsionadas pela faringe 31 até a cavidade nasal e, desse modo, as vias sensoriais para a gustação e a olfação podem ser acionadas ao mesmo tempo. Os pesquisadores envolvidos no estudo acreditam que os resultados obtidos até o momento poderão ser usados para a manipulação do sabor de alimentos. Eles querem desenvolver modificadores de paladar baseados em odor, que vão ajudar as pessoas a deixarem de ingerir sal, açúcar e gordura em excesso, o que contribuirá para o combate de doenças, como a obesidade e a diabetes. Embora a sensação do gosto se dê na boca, o olfato participa ativamente do paladar. Durante a mastigação, moléculas de odor são liberadas, intensificando o sentido do olfato, que acrescenta importantes informações ao paladar, contribuindo muito na caracterização do sabor. A sensação real do sabor é mais complexa do que simplesmente definir se um alimento é doce, salgado, azedo, etc. Não é resultante apenas de impulsos gustativos, mas da combinação de informações do paladar, do olfato (odor), da visão (a aparência), da audição (o som emitido durante a mastigação), da textura, das sensações de ardência, da temperatura, etc. Assim, a sensação é mais detalhada e torna a experiência mais rica quando há interação de todos estes sentidos. Fonte: Publicação no correio brasiliense: Interação entre olfato e paladar pode começar na língua, e não no cérebro - https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2019/05/28/interna_ciencia_saude,757989/int eracao-entre-olfato-e-paladar-pode-comecar-na-lingua.shtml O olfato também regula o apetite: Um trabalho de mestrado em Otorrinolaringologia afirmou que a maioria dos indivíduos com disfunção do olfato e paladar queixam-se de dificuldades na confecção dos alimentos, falta de apetite e perda de interesse em se alimentar. Além disso, cerca de 17% a 30% dos indivíduos que sofrem de distúrbios olfativos reportam diminuição da qualidade de vida e distúrbios depressivos. ➔ A grelina, o hormônio da fome, aumenta a percepção olfativa; ➔ A percepção olfativa diminui os níveis de leptina e insulina; Fonte: Correlação dos sentidos do olfato e paladar entre si e comportamentos sociais - Faculdade de Medicina de Lisboa - 2018; https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2019/05/28/interna_ciencia_saude,757989/interacao-entre-olfato-e-paladar-pode-comecar-na-lingua.shtml https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2019/05/28/interna_ciencia_saude,757989/interacao-entre-olfato-e-paladar-pode-comecar-na-lingua.shtml
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