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Questões - Farmacologia dos antidepressivos

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Roteiro revisão anti depressivos 
1. Por que demora de 6-12 semanas para haver melhora de humor com os AD? 
A questão é que se ela aumentar, ela aumenta de modo global, inclusive em regiões onde a SE é inibitória (reduz 
ansiedade), mas em locais em que ela é excitatória (pode piorar a ansiedade). Isso causa os sintomas paradoxais – piora 
associada ao início do tratamento. A melhora demora porque deve haver rebalanço de receptores. 
2. Quais são as alterações morfológicas e funcionais na anatomia em pacientes com depressão ? 
Atrofia hipocampal, morte neuronal e perda de glia, amigdala hiperativa, perda da arborização 
3. Explique a ativação normal do eixo HPA e a patológica com a depressão 
Em situações normais, quando o individuo passa por um período de estresse, há ativação da amigdala que ativa o HPA 
agindo sobre o hipotálamo que produz CRH que estimula a hipófise que produz ACTH que estimula a adrenal que secreta 
cortisol. O cortisol tem papel nas vias autonômicas gerando uma resposta de luta/fuga. As formas de controle desse 
eixo são: feedback negativo do cortisol nos neurônios do hipotálamo e o controle do hipocampo e do córtex pre frontal 
inibindo a hiperativação do HPA porque o excesso de cortisol causa neurotoxicidade. 
Na depressão, há hiperatividade da amigdala e perda dos mecanismos inibitórios de controle do hipocampo e córtex 
pré frontal em decorrência da atrofia cortical dessas áreas. E há perda do feedback negativo do cortisol no hipotálamo 
porque os receptores estão dessensibilizados. Quando o ligante está frequente a ativação do receptor diminui mesmo 
estando presentes ali. Não muda a quantidade e sim a atuação deles na liberação crônica de cortisol. 
4. Explique os conceitos antigos e novos da teoria monoaminergica 
ANTES – pensava-se que os pacientes com depressão tinham uma queda das monoaminas na sinapse (SE, NA, DA) e por 
isso havia a sintomatologia. É uma teoria empírica e simples. Assim, por algum motivo a pessoa com depressão tem 
menos serotonina e a serotonina que ela consegue liberar na fenda sináptica possui receptores pós e pré sinápticos, 
sendo estes últimos responsáveis pelo controla da liberação do NT. Assim, os receptores pré sinápticos (5HT1A) tem 
maior afinidade com a serotonina que os pós sinápticos. Por isso, a pequena porção de serotonina liberada já se liga ao 
5HT1A e não aos pós sinápticos. Ao se ligar ela causa a inibição da liberação de SE. Então já tem pouca e a pouca liberada 
induz a inibição da liberação. Pórem, essa teoria não explica porque uma pessoa não tem a melhora súbita dos sintomas 
com o uso de AD, já que eles aumentam imediatamente a quantidade de serotonina na fenda. 
NOVA – trata da suprarregulação de receptores monoaminergicos. Adiciona uma camada à teoria antiga. Quando 
receptores são ativados em uma frequência baixa eles ficam mais sensíveis, ou seja, uma pequena quantidade de NT já 
é suficiente para que ele seja ativado. Por algum motivo a serotonina reduz (isso pode ser causado, por exemplo, por 
morte neuronal de áreas que produzem monoaminas, ou produzem serotonina) e isso leva a uma adaptação desses 
receptores. Analise do uso de AD na sinapse serotoninérgica: 
CURTO PRAZO – os AD aumentam a quantidade de monoaminas nas sinapses mas há uma quantidade bem grande de 
receptores que estão hipersensibilizados. Na hipersensibilização há uma reposta exacerbada ou acentuada. Acontece, 
então, um efeito bem mais intenso e potente do que se era esperado e isso gera os EFEITOS PARADOXAIS – piora de 
ansiedade, sono, TGI, fome. 
LONGO PRAZO – ao usar o fármaco constantemente, constantemente os receptores estão sendo ativados porque o 
fármaco de alguma forma faz com que haja aumento de monoaminas na sinapse. Com isso quando eu ativo 
frequentemente os receptores eles são dessensibilizados e isso gera um retorno dos receptores para a homeostase. 
Isso leva um tempo para que o efeito antidepressivo ocorra melhorando os sintomas. A ideia do uso dos AD é fornecer 
tempo para que haja um rebalanço dos receptores fazendo com que haja uma regulação adequada entre a proporção 
de monoaminas produzidas e a quantidade de receptores. 
 
5. Por que a BUSPIRONA é melhor que os BENZO no tratamento da ansiedade? 
BUSPIRONA é um antagonista/agonista parcial serotoninérgico do receptor 5HT1. Assim, ela atua regulando o estimulo 
na sinapse, de modo que se tem muita serotonina ela ativa 5HT1 se tem pouca ela inibe. O efeito positivo em relação 
aos benzo se pauta na baixa sedação e hipnose e na baixa dependência. Porem ela demora ate 21 dias para melhorar 
os efeitos de ansiedade e depressão. É bom para estudantes com ansiedade que não podem usar benzo por terem ação 
sedativa. Assim, a buspirona não prejudica a memoria e não causa sedação. 
6. Explique os efeitos indesejados dos AD serotoninérgicos 
A serotonina possui caráter dual (ora excitatória/inibitória no SNC) e está distribuída em todo o organismo – SNC, SNP, 
plasma, mm lisa, plaquetas e TGI. Por isso, com o uso de AD há um aumento global da SE o que gera efeitos em todo o 
corpo – em todas as áreas que tem receptores. Seus efeitos relacionam-se principalmente comalterações no TGI e 
disfunção sexual. 
7. Sabe-se que com o uso de AD há uma normalização da quantidade de monoaminas e da sensibilização dos 
receptores. Porém, eles são uteis na reversão dos danos neuroanatomicos (atrofia cortical, hipocampo, 
hiperativação amigdala e perda de arborização)? 
As monoaminas favorecem os efeitos neurotroficos de modo que o uso de AD favorece a neurogenese. Sem o ganho 
de neurogenese não tem o efeito dos fármacos. O BNDF é importante para neurogenese e plasticidade. O aumento de 
cortisol reduz o BNDF e aumenta glutamato (excitotoxicidade). Assim, os AD podem atuar diretamente em receptores 
de BNDF aumentando a neurogenese e gerando seus efeitos para além da regulação de monoaminas na sinapse. 
8. Qual o racional terapêutico dos IMAO? 
A MAO está presente na membrana mitocondrial pré sináptica dos neurônios monoaminergicos. Degrada dopamina, 
serotonina, noradrenalina. Os fármacos não interagem com a receptação (NET, SERT) e sim com a degradação no 
citossol do neurônio pré sinpatico. Há um aumento da quantidade de monoaminas exportadas porque após elas serem 
recaptadas elas já são importadas para a fenda novamente sem passar pela degradação. 
FARMACOS  TRANILCIPROMINA + MOCLOBEMIDA 
9. Os IMAO são usados quando? 
Para pacientes depressivos refratários, isto é, que outras classes não funcionaram. 
10. Qual o efeito indesejado do IMAO? 
 Interação alimentar com alimentos fermentados que causam efeito simpatomimético – reação do queijo 
 Interação farmacológica com fármacos que causam efeito simpatomimético 
O efeito simpatomimético (substancias que vão na pré sinapse e estimulam a liberação das veisculas de NT) + uso de 
IMAO (impede a degradação de monoaminas) gera um excesso de monoaminas na sinapse gerando efeitos 
aautonomicos exarcebados. 
 Agitação, hipotensão (aumentam a vasodilatação), ganho de peso, efeitos sexuais 
 Atuam em varias vias de transmissão e bloqueadores muscarinicos, histamínicos e alfa1adrenergicos 
11. Como o entendimento de MAOA E B auxiliou a reverter a reação do queijo? 
A MAO A degrada principalmente serotonina e noradrenalina e a B dopamina. As substancias simpatomimeticas 
(alimentos ou de fármacos) são degradadas por ambas. Então se você usar um AD IMAO especifico para MAOA você 
consegue obter o efeito AD somado a inibição da reação do queijo, pois a MAOB está disponível para degradar a 
substancia simpatomimética. Outro exemplo é o uso de SELEGILINA (IMAOB para Parkinson), pois ele aumenta a 
disponibilidade de dopamina e mantem a MAOA para evitar a reação do queijo. 
12. Qual o racional terapêutico dos tricíclicos? 
Não interferem no metabolismo/degradação das monoaminas. Atuam na RECAPTAÇÃO de serotonina (SERT) e 
noradrenalina (NET). Todos inibem ambas,porem eles podem ser um pouco mais seletivos para uma ou para outra. 
Mesmo sendo da mesma classe, pode haver efeitos preferenciais de serotonina ou noradrenalina conforme a 
seletividade dele. 
13. Qual o perfil indesejado dos tricíclicos? 
Efeitos igual a da MAO porem acentuados – bloqueadores dos receptores histamínicos, colinérgicos, alfa1adrenergico. 
Ex: boca seca, disfunção sexual, hipotensão, sedação, fome). Principal queixa – GANHO DE PESO. 
14. Pessoas com problema cardíaco pode usar tricíclico? 
Não, pois ele causa arritmia 
15. Pacientes podem provocar suicídio com ADT? 
Sim, pois a janela terapêutica deles é estreita – podem morrer por parada cardíaca. 
16. Fluoxetina, sertralina, fluvoxamina e paroxetina e citoplopram são o que? 
ISRS 
17. Quais são os principais efeitos colaterais de ISRS? 
Efeitos sexuais (libido, anorgasmia) e gastrointestinais (náusea, vomito, constipação). 
18. Qual a diferença entre AD duais e tricíclicos? 
Possuem a mesma eficácia, porem os duais (inibidores da receptação de serotonina e noradrenalina) possuem perfil de 
segurança maior, pois diferente dos triciclios estes não estão envolvidos com bloqueio de perfil sujo (muscarinico, 
alfa1adrenergico e histamínico). 
Dos fármacos AD atípicos existem aqueles que agem como ANTAGONISTAS DE RECEPTORES MONOAMINERGICOS 
sendo que não atuam nem na receptação e nem na metabolização e sim em vários receptores (perfil sujo). Esses são 
ruins para pacientes jovens porque causam MUITA SEDAÇÃO E FOME (bloqueadores histamínicos) 
19. Qual o perfil farmacocinético dos AD? 
São lipofílicos, possuem grande período de meia vida (porque precisam passar a BHE e chegar no SNC) e por isso podem 
ser usados em 1 dose diária (facilita tratamento). Melhor usar antes de dormir naquele que causa sedação e ao acordar 
naquele que causa agitação. Para ser transportados no sangue devem estar ligados a proteínas.

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