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PRISÃO E LIBERDADE

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Prisão
É a privação da liberdade de locomoção
determinada por ordem escrita da
autoridade competente ou em caso de
flagrante delito.
Espécies de Prisão –
• Prisão Pena ou Prisão-Penal – é aquela imposta em virtude de
sentença condenatória transitada em julgada.
• Prisão Sem Pena ou Prisão Processual – trata-se de prisão de
natureza puramente processual, com finalidade cautelar,
destinada a assegurar o bom desempenho da investigação
criminal, do processo penal ou da execução da pena, ou ainda
a impedir que, solto, o sujeito continue praticando delitos.
Depende do preenchimento dos pressupostos do periculum in
mora e do fumus boni iuris. É a chamada prisão provisória.
• Prisão Civil
• Prisão Administrativa
• Prisão Disciplinar – permitida em caso de transgressões
militares e crimes militares.
• Prisão para Averiguação – é a privação momentânea da
liberdade, fora das hipóteses de flagrante e sem a ordem
escrita do juiz competente, com a finalidade de investigção
Mandado de Prisão – é o instrumento escrito que corporifica
a ordem judicial de prisão.
Requisitos – art. 285, PU, CPP
Cumprimento do Mandato – a prisão poderá ser feita
qualquer dia e qualquer hora, respeitada apenas a
inviolabilidade de domicílio; o executor entregará ao preso,
logo depois da prisão, cópia do mandado, afim de que o
mesmo tome conhecimento do motivo pelo qual está
sendo preso; preso será informado de seus direitos, entre
os quais de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a
assistência da família e de advogado; o preso tem direito à
identificação dos responsáveis de sua prisão ou por seu
interrogatório extrajudicial; a prisão, excepcionalmente
pode ser efetuada sem a apresentação do mandado, desde
que o preso seja imediatamente apresentado ao juiz que
determinou sua expedição; não é permitida a prisão do
eleitor, desde 5 dias antes até 48h depois da eleição, salvo
flagrante delito ou em virtude de sentença penal
condenatória.
Prisão em Domicílio –
Prisão em Perseguição – Nesta hipótese, contanto que a
perseguição não seja interrompida, o executor poderá
efetuar a prisão onde quer que alcance o capturado,
desde que dentro do território nacional. (art. 290 CPP)
Prisão Fora do Território do Juiz – quando o réu estiver no
território nacional, em lugar estranho da jurisdição , será
deprecada a sua prisão, devendo constar da precatória o
inteiro teor do mandado (art. 289 CPP). Em caso de
urgência o juiz poderá requisitar a prisão por telegrama
ou telex.
Custódia – ninguém será recolhido à prisão sem que seja
exibido o mandado ao respectivo diretor ou carcereiro, a
quem deve ser entregue cópia assinada pelo executor ou
apresentada a guia pela autoridade competente.
Uso de Algemas
Pag. 301 a 305.
Prisão Especial – Determinadas pessoas, em razão da função que
desempenham ou de uma condição especial que ostentam, tem
direito à prisão provisória quartéis ou em cela especial. (art. 295
CPP)
Na ausência de acomodações adequadas, o titular do benefício
poderá ficar preso em estabelecimento adequado. (STJ).
Esta prisão somente pode ser concedida durante o processo ou
inquérito policial, de maneira que após a condenação transitada em
julgado cessa o benefício, devendo o sujeito ser recolhido a
estabelecimento comum.
Os únicos privilégios do preso são: recolhimento em
estabelecimento distinto do comum ou em cela distinta dentro do
mesmo estabelecimento e não ser transportado junto com o
comum.
Prisão Provisória Domiciliar – Mediante autorização do juiz, ouvido
o Ministério Público, onde não houver estabelecimento adequado
para se efetivar a prisão especial, o preso com direito a ela poderá
recolher-se em seu próprio domicílio.
Prisão em Flagrante
É medida restritiva da liberdade, de natureza cautelar e processual,
consistente na prisão, independente de ordem escrita do juiz
competente, de quem é surpreendido cometendo, ou logo após ter
cometido, um crime ou uma contravenção.
Espécies –
• Flagrante Próprio (propriamente dito, real ou verdadeiro) – é
aquele em que o agente é surpreendido cometendo uma infração
penal ou quando acaba de cometê-la. (art. 302 I e II CPP). Devemos
interpretar a expressão “acaba de cometê-la” de forma restritiva,
no sentido de uma absoluta imediatidade, ou seja, o agente deve
ser encontrado imediatamente após o cometimento da infração
penal (sem qualquer intervalo de tempo)
• Flagrante Impróprio (irreal ou quase flagrante) – ocorre quando o
agente é perseguido, logo após cometer o ilícito, em situação que
faça presumir ser o autor da infração. (art. 302 III CPP). A expressão
logo após, admite-se um intervalo de tempo maior entre a prática
do delito , a apuração dos fatos e o início da perseguição.
Assim a expressão logo após compreende todo o espaço de tempo
necessário para a polícia chegar ao local, colher as provas
elucidadoras da ocorrência do delito e dar início a perseguição do
autor. Para Rangel tem o lapso de 2h a 3h, para que seja iniciada a
perseguição.
Obs.: Não há tempo estabelecido para a perseguição, a mesma pode
levar dias , desde que ininterrupta.
• Flagrante Presumido – o agente é preso, logo depois de cometer a
infração, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam
presumir ser ele o autor da infração (art. 302 IV CPP). Não é
necessário que haja perseguição, bastando que a pessoa seja
encontrada logo depois da prática do ilícito em situação suspeita.
Nesse caso não é necessário que haja perseguição, bastando que a
pessoa seja encontrada logo depois da prática do ilícito em situação
suspeita . Para Rangel o lapso é de 8h a 10h.
• Flagrante Compulsório ou Obrigatório – chama-se compulsório
porque o agente é obrigado a efetuar a prisão em flagrante, não
tendo discricionariedade sobre a conveniência ou não de efetivá-la.
(art. 301 CPP).
• Flagrante Facultativo – Consiste na faculdade de efetuar
ou não o flagrante, de acordo com critérios de
conveniência e oportunidade. (art. 301 CPP)
• Flagrante Preparado ou Provocado – Ocorre por obra do
agente provocador quando alguém de forma insidiosa
provoca o agente à pratica de um crime, ao mesmo
tempo em que toma providências para que o mesmo não
se consume. Trata-se de modalidade de crime impossível,
pois, embora o meio empregado e o objeto material
sejam idôneos, há um conjunto de circunstâncias
previamente preparadas que eliminam totalmente a
possibilidade do resultado.
Existe flagrante preparado ou provocado quando o
agente, policial ou terceiro, conhecido como provocador,
induz o autor à prática do crime, viciando a sua vontade,
e, logo em seguida, o prende em flagrante. (Sumula 145
STF)
• Flagrante Esperado – Nesse caso, a atividade do policial ou de
terceiro consiste em simples aguardo do momento do cometimento
do crime, sem qualquer atitude de induzimento ou instigação.
• Flagrante Prorrogado ou Retardado – Art. 2° II da Lei 9034/95. O
agente policial detém discricionariedade para deixar de efetuar a
prisão em flagrante no momento em que presencia a prática da
infração penal, podendo aguardar um momento mais importante
do ponto de vista da investigação criminal ou da colheita de prova.
Difere-se do esperado, pois, neste, o agente é obrigado a efetuar a
prisão em flagrante no primeiro momento que ocorrer o delito, não
podendo escolher um momento posterior que considere mais
adequado, enquanto no prorrogado, o agente policial tem a
discricionariedade quanto ao momento da prisão.
OBS.: O art. 53 da lei 11.343/2006 autoriza o flagrante prorrogado nos
crimes previstos nesta lei.
• Flagrante Forjado (fabricado, maquinado ou urdido) – nesta espécie
os policiais ou particulares criam provas de um crime inexistente,
colocando, por exemplo, no interior de um veículo substância
entorpecente.
Flagrante nas Várias Espécies de Crimes
• Crime Permanente – enquanto não cessar a permanência, perdura
o flagrante ensejador da prisão - Enquanto não cessar a
permanência, o agente encontra-se em situação de flagrante delito
(Art. 303 CPP).
• Crime Habitual – em tese, não cabe prisão em flagrante, pois o
crimesó se aperfeiçoa com a reiteração da conduta, o que não é
possível verificar em um ato ou momento isolado.
Mirabete não concorda com esta posição, pois se o agente é
surpreendido na pratica do ato e se recolhe, no ato, provas cabais
da habitualidade.
• Crime de Ação Penal Privada – nada impede a prisão em flagrante ,
uma vez que o art. 301 não distingue entre crimes de ação pública e
privada. No entanto, capturado o autor da infração, deverá o
ofendido autorizar a lavratura do auto ou ratificá-la dentro do prazo
da entrega da nota de culpa, sob pena de relaxamento. Além dessa
autorização ou ratificação, deverá oferecer a queixa-crime no prazo
de 5 dias, após a conclusão do inquérito policial.
• Crime Continuado – Existem várias ações independentes, sobre as
quais incide, isoladamente, a possibilidade de se efetuar a prisão
em flagrante.
Auto de Prisão em Flagrante – São as seguintes as etapas do auto de prisão
em flagrante:
• Antes da lavratura do auto, a autoridade policial deve entrevistar as partes
e, em seguida, de acordo com a sua discricionária convicção, ratificar ou
não a voz de prisão do condutor.
• Não se trata, no caso, de relaxamento de prisão em flagrante, uma vez
que, sem a ratificação, o sujeito se encontra apenas detido, aguardando a
formalização por meio da ordem de prisão em flagrante determinada pala
autoridade policial.
• O auto somente não será lavrado se o fato for manifestamente atípico,
insignificante ou se estiver presente, com clarividência, uma das hipóteses
de causa de exclusão da antijuridicidade, devendo-se atentar que, nessa
fase, vigora o princípio do in dubio pro societate.
• Em seguida, procede-se à oitiva do condutor, após a oitiva do condutor, a
autoridade colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia
do termo e recibo de entrega do preso.
• Não deve ser admitida, em hipótese alguma, a transferência do preso pelo
condutor a terceiro, que não tomou parte na detenção, sendo vedada a
chamada de prisão por delegação.
• Após oitiva e dispensa do condutor, e entrega de recibo, serão ouvidas as
testemunhas presenciais ou não, que acompanharam a condução, as quais
devem ser, no mínimo, duas, admitindo-se, porém, que o condutor
funcione como primeira testemunha, o que significa a necessidade de ser
ouvido, além dele, somente mais um testigo.
Relaxamento da Prisão em Flagrante – A autoridade
policial, sendo autoridade administrativa, possui
discricionariedade para decidir a cerca da lavratura ou
não do auto de prisão em flagrante. Sempre
considerando que nesta fase vigora o princípio in dubio
pro societate e que qualquer juízo exculpatório se
reveste de arrematada excepcionalidade, o delegado
de polícia pode recusar-se a ratificar a voz de prisão
emitida anteriormente pelo condutor, deixando de
proceder à formalização do flagrante e, com isso,
liberando imediatamente o apresentado.
Prisão em Flagrante por Apresentação Espontânea –
Não existe. A autoridade policial não poderá prender
em flagrante a pessoa que se apresentar
espontaneamente, de maneira que não se pode falar
em flagrante por apresentação.
Prisão Preventiva
Prisão cautelar de natureza processual decretada pelo juiz durante o
inquérito policial ou processo criminal, antes do trânsito em
julgado, sempre que estiverem preenchidos os requisitos legais e
ocorrerem os motivos autorizadores.
Natureza Jurídica – É uma espécie de prisão provisória, possuindo
natureza tipicamente cautelar, pois visa garantir a eficácia de um
futuro provimento jurisdicional.
Presunção de Inocência e Prisão Cautelar- A prisão cautelar não
atrita de forma irremediável com a presunção de inocência. Há, em
verdade, uma convivência harmonizável entre ambas desde que a
medida de cautela preserve o seu caráter de excepcionalidade e
não perca a sua qualidade instrumental ... A prisão cautelar não
pode, por isso, decorrer de mero automatismo legal, mas deve
estar sempre subordinada à sua necessidade concreta, real efetiva,
traduzida pelo fumus boni iuris e o periculum in mora.
Pressupostos para Prisão Preventiva – nada
mais é que um dos requisitos da tutela
cautelar. Com efeito, esses pressupostos
constituem o fumus boni iuris e o periculum in
mora.
Fumus boni iuris – trata-se da probabilidade
de que o réu tenha sido o autor de um fato
típico e ilícito.
Periculum in mora – perigo da demora.
Hipóteses em que Pode ser Decretada a Prisão
Preventiva (art. 312 CPP):
• Garantia da ordem pública – finalidade de impedir que
o agente, solto, continue a delimquir, ou de acautelar o
meio social, garantindo a credibilidade da justiça, em
crimes que provoquem grande clamor popular.
• Conveniência da Instrução Criminal – visa impedir que
o agente perturbe ou impeça a produção de provas,
ameaçando testemunhas, apagando vestígios do crime,
destruindo documentos e etc.
• Garantia de aplicação da lei penal – no caso de
iminente fuga do agente do distrito da culpa,
inviabilizando a futura execução da pena.
• Garantia da ordem econômica – trata-se de uma
repetição do requisito “garantia da ordem pública”.
Quanto as condições de admissibilidade da prisão
preventiva somente é admitida nos crimes dolosos (art.
313 CPP):
• Punidos com reclusão;
• Punidos com detenção, se o indiciado for vadio ou de
identidade duvidosa;
• Se for reincidente;
• Se o crime envolver violência doméstica e familiar
contra a mulher, nos termos da lei específica, para
garantir a execução das medidas protetivas de
urgência.
Não cabe prisão preventiva em caso de crime culposo,
contravenção penal, e crimes em que o réu se livra
solto, independente de fiança. Não se decreta,
também, no caso de ter o réu agido acobertado por
causa de exclusão da ilicitude.
Decretação da Prisão Preventiva – Pode ocorrer em
qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal,
em virtude de requerimento do Ministério Público,
representação da Autoridade Policial, ou de ofício pelo Juiz
(art. 311 CPP).
Fundamentação – o despacho que decretar ou denegar a
prisão preventiva será sempre fundamentado (art. 315
CPP), diante do princípio constitucional da motivação das
decisões judiciais.
Revogação – O juiz poderá revogar a prisão preventiva se,
no decorrer do processo, verificar falta de motivo para que
subsista (art. 316 CPP). Da decisão que indeferir ou revogar
a prisão preventiva , cabe recurso em sentido estrito (art.
581 V CPP).
Apresentação Espontânea – não impede a decretação da
prisão preventiva, ao contrário do que ocorre com a prisão
em flagrante (art. 317 CPP).
Prisão Temporária
Prisão cautelar de natureza processual destinada
a possibilitar as investigações a respeito de
crimes graves, durante o inquérito policial.
Decretação – Só pode ser decretada pela
autoridade judiciária.
Fundamentos – pode ser decretada nas situações
previstas pelo art. 1° da lei 7.960/89.
Aplicação da Prisão Temporária – 4 posições
• Para Tourinho Filho e Júlio Mirabete, é cabível prisão temporária em
qualquer das três situação previstas em lei (os requisitos são
alternativos: ou um, ou outro).
• Antônio Scarance Fernandes defende que a prisão temporária só
pode ser decretada se estiverem presentes as três situações (os
requisitos são cumulativos).
• Segunda Damásio E de Jesus e Antônio Magalhães Gomes Filho , a
prisão temporária só pode ser decretada naqueles crimes
apontados pela lei. Nestes crimes, desde que ocorra qualquer uma
das duas primeiras situações, caberá a prisão temporária.
• A prisão temporária pode ser decretada em qualquer das situações
legais, desde que, com ela, concorram os motivos que autorizam a
decretação da prisão preventiva (art. 312 CPP)
OBS. Entendemos que, para decretação da prisão temporária, o gente
deve ser apontado como suspeito ou indiciado por um dos crimes
constantes da enumeração legal, e, além disso, deve estar presente
pelo menos um dos outros dois requisitos, evidenciadores do
periculum in mora. Sem a presença de um destes dois requisitos ou
fora do rol taxativo da lei, não se admitirá a prisão provisória.
Concordamos,portanto, com a terceira posição.
Prazo – 5 dias, prorrogáveis por igual período.
30 dias, prorrogáveis por igual período, em se tratando de crimes hediondo
OBS. Não se computa este prazo naquele que deve ser respeitado para a conclusão
do inquérito policial.
Procedimento –
• A prisão temporária pode ser decretada em face da representação da autoridade
policial ou de requerimento do MP;
• Não pode ser decretado de ofício pelo juiz;
• No caso de representação da autoridade policial, o juiz, antes de decidir, tem de
ouvir o MP;
• O juiz tem o prazo de 24 horas, a partir do recebimento da representação ou
requerimento, para decidir fundamentadamente sobre a prisão;
• O mandado de prisão deve ser expedido em duas vias, uma das quais deve ser
entregue ao indiciado, servindo como nota de culpa;
• Efetuada a prisão, a autoridade policial deve advertir o preso do direito
constitucional de permanecer calado;
• Ao decretar a prisão, o juiz poderá determinar que o preso lhe seja apresentado,
solicitar informações da autoridade policial ou submetê-lo a exame de corpo de
delito;
• O prazo de 5 dias pode ser prorrogado uma vez em caso de comprovada e extrema
necessidade;
• Decorrido o prazo legal, o preso deve ser colocado imediatamente em liberdade, a
não ser que tenha sido decretada sua prisão preventiva, pois o atraso configura
crime de abuso de autoridade;
• O preso temporário deve permanecer separado dos demais detentos.
Liberdade Provisória
Instituto processual que garante ao acusado o direito de aguardar
em liberdade o transcorrer do processo até o transito em julgado,
vinculado ou não a certas obrigações, podendo ser revogado a
qualquer tempo, diante do descumprimento das condições
impostas.
Espécies –
• Obrigatória – trata-se de direito incondicional do acusado, não lhe
podendo ser negado em hipótese alguma. Ocorre no caso de a
infração penal não ser punida com pena privativa de liberdade ou
quando o máximo de pena privativa de liberdade prevista não
exceder a três meses. Na lei 9099, quando o autor do fato,
surpreendido em flagrante, assumir o compromisso de comparecer
à sede do juizado.
• Permitida – ocorre nas hipóteses em que não couber prisão
preventiva.
• Vedada – quando proibida por lei.
Liberdade Provisória sem a Necessidade de Recolhimento
de Fiança –
• Infrações penais de que o réu se livre solto (art. 321 I e II
CPP).
• No caso do juiz verificar que o agente praticou fato
acobertado por causa de exclusão da ilicitude ; torna-se
irrelevante saber se a infração é afiançável, inafiançável ou
daquelas em que o réu se livra solto.
• No caso do juiz verificar que não está presente nenhum dos
motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva.
Competência para a Concessão – só o juiz o pode conceder
a liberdade provisória sem fiança, mas sempre depois de
ouvir o MP. Deve ser assinado termo de comparecimento
por parte do acusado, que se compromete, assim, a se
fazer presente em todos os atos do processo, sob pena de
revogação.
Recurso – Da decisão que conceder a liberdade provisória
cabe recurso em sentido estrito (art. 581 V CPP).
Liberdade Provisória com Fiança
Princípio – ninguém será levado à prisão ou nela
mantido quando a lei admitir a liberdade
provisória com ou sem fiança.
Conceito de Fiança – é uma caução destinada a
garantir o cumprimento das obrigações
processuais do réu.
Natureza Jurídica da Fiança – Direito subjetivo
constitucional do acusado.
Momento para Concessão da Fiança – desde a
prisão em flagrante até o transito em julgado da
sentença condenatória.
São infrações inafiançáveis:
• Crimes punidos com reclusão em que a pena mínima for superior a
2 anos; a afiançabilidade de infração penal, a partir da lei 6416/77,
verifica-se em função do mínimo da pena abstratamente cominada,
e não da concretamente aplicada;
• Contravenção penal;
• Crimes punidos com reclusão que provoquem clamor público ou
que tenham sido cometidos com violência ou grave ameaça a
pessoa;
• Crimes de racismo;
• Crimes hediondos, tráfico de drogas, tortura e terrorismo;
• Crimes praticados por grupos armados, civis ou militares, contra a
ordem constitucional e o Estado Democrático;
• No caso de prisão civil e militar;
• Para o réu que estiver quebrado a fiança no mesmo processo;
• Reu que deixar de comparecer a qualquer ato do processo a que
tenha sido intimado;
• Quando estiver presente qualquer dos motivos que autorizam a
prisão preventiva.
A fiança pode ser dividida nas seguintes modalidades:
1. Por depósito – consiste no depósito de dinheiro,pedras,
objetos ou metais preciosos e títulos da dívida pública.
2. Por hipoteca – desde que inscrita em primeiro lugar.
O arbitramento da fiança deverá se levar em conta a
natureza da infração, as condições pessoais de fortuna do
agente, a sua vida pregressa e as circunstâncias indicativas
de sua periculosidade (art. 326 CPP).
Será exigido um reforço quando a fiança for tomada, por
engano, em valor insuficiente, quando inovada a
classificação do delito ou quando houver depreciação do
valor dos bens hipotecados ou caucionados (art. 340 CPP).
Nos casos em que o juiz verificar que o réu não pode
prestar fiança, por motivo de pobreza, poderá conceder-
lhe a liberdade provisória, dispensando-o do pagamento
(art. 350 CPP).

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