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……….…....……… Propedêutica Abdominal ………………………. Abdome Agudo Dor abdominal aguda; Que faz o paciente procurar um médico; Necessita de tratamento de urgência. Tipos de Abdome agudo: Inflamatório (AAI). Obstrutivo (AAO). Perfurativo (AAP). Vascular (AAV). Hemorrágico (AAH). AAP – AAV: POUCAS HORAS < AAH: 8 – 12h < AAI: 12 – 24h < AAO: 48 – 72h Abdome agudo inflamatório ………………………. Homem de 34 anos, sem antecedentes mórbidos conhecidos, procura o serviço de emergência relatando dor abdominal peri-umbilical há 1 dia, que migrou nas últimas 2h para a fossa ilíaca direita. Associado ao quadro relata perda de apetite, distensão abdominal e febre não mensurada. Etiologia: Apendicite aguda, diverticulite (cólon), abscesso hepático, pancreatite aguda, colecistite aguda Dor: Contínua, insidiosa e progressiva 12-24 horas Fatores associados: Febre, vômitos Palpação: Descompressão brusca presente, sinal de defesa e ruído hidroaéreo diminuído Sinal de Blumberg: descompressão brusca positiva/ dolorosa na fossa ilíaca direita (apendicite aguda) Sinal de Rovsing: dor na fossa ilíaca direita pela palpação retrógrada dos cólons comprimidos em direção contrária ao sentido normal (apendicite aguda) Sinal de Murphy: interrupção da inspiração devido à dor à palpação do hipocôndrio direito (colecistite aguda) Abdome agudo obstrutivo ………………………….. Homem de 66 anos, com antecedente de tabagismo 50 anos-maço, procura o serviço de emergência relatando dor abdominal há 48h. Associado ao quadro relata distensão abdominal e parada de eliminação de fezes e gases. Etiologia: Tumores de cólon, hérnias estranguladas, fecaloma, úlceras obstrutivas, formação de bridas (pósoperatório), bezoares, intussuscepção, bolo áscaris, volvo Dor: Cólica 48-72 horas Fatores associados: Vômitos (mais intensos em obstrução alta), parada de eliminação de gases e fezes, distúrbios hidreletrolíticos (devido aos vômitos) Palpação: Distensão abdominal, ruídos hidroaéreos aumentados, ruídos metálicos, timpanismo à percussão, presença de ondas de Kussmaul Sinal de Gersuny : borborigma na descompressão durante a palpação de fecaloma Abdome agudo perfurativo …………………………. Mulher de 57 anos, com antecedente de osteoartrite em uso crônico de AINE, procura o serviço de emergência relatando dor abdominal intensa há 4h. Associado ao quadro apresenta abdome em tábua e timpanismo à percussão da loja hepática. 1 Etiologia: Úlceras perfuradas (gástricas e duodenais), iatrogenia, empalamento, neoplasias, doença de Crohn Dor: Súbita e intensa, com difusão precoce. Dor depende da quantidade do líquido extravasado e do tipo de líquido Poucas horas Fatores associados: Pouca movimentação Palpação: Contratura abdominal involuntária (abdome em tábua), descompressão brusca não realizável (devido à contratura) Sinal de Joubert: timpanismo no hipocôndrio direito/ desaparecimento da maciçez hepática devido à presença de ar subdiafragmático (pneumoperitônio) Abdome agudo vascular …………………………….. Mulher de 77 anos, com antecedente de fibrilação atrial, procura o serviço de emergência relatando dor abdominal há 6h. Associado ao quadro apresenta descompressão brusca positiva na região mesogátrica. Etiologia: Trombose arterial da mesentérica (25%), trombose venosa da mesentérica (5%), embolia da artéria mesentérica (50%), isquemia por baixo fluxo não oclusiva (20%) Dor: Súbita, intensa e mal localizada, sem melhora com analgésico Poucas horas Fatores associados: Toxemia, vômitos, parada de eliminação de gases e fezes Palpação: Distensão abdominal, ruídos hidroaéreos diminuídos (alça em sofrimento) e sinal de defesa. Abdome agudo hemorrágico ;...................... Mulher de 29 anos, sem antecedentes mórbidos conhecidos, procurou o serviço de emergência relatando dor abdominal há 8h. Associado ao quadro apresenta palidez importante e atraso menstrual. Etiologia: Rutura de cisto ovariano, gravidez ectópica rota Dor: Súbita, progressiva 8-12 horas, de acordo com a intensidade da hemorragia Fatores associados: Fraqueza e mal-estar Palpação: Palidez cutâneo-mucosa Propedêutica abdominal …………………………….. Regiões abdominais anteriores. 1: hipocôndrio direito; 2: hipocôndrio esquerdo; 3: flanco direito; 4: flanco esquerdo; 5: fossa ilíaca direita; 6: fossa ilíaca esquerda; 7: epigastro; 8: mesogastro; 9: hipogastro. Inspeção ……………………………………………………….. Avaliação da parede abdominal: Depressão epigástrica. Linha mediana. Cicatriz umbelical. 2 Prega inguinal. Pilificação. Retrações subcostais. Movimentos respiratórios. Pulsações na linha mediana. Descrever o abdome quanto a: Alterações na forma. Alterações da pele. Pulsatilidade. Movimentos peristálticos. Descrição de alterações da forma: Abdome retraído generalizado ou escavado (ex. caquexia, Sd. consumptiva). Abdome globoso (ex. obesidade, ascite, pneumoperitôneo). Abdome abaulado em avental (ex. obesidade). Abdome em batráquio: achatado com flancos dilatados (ex. ascite em paciente caquético). Abdome abaulado localizado (ex. tumores, hérnias). Descrever o abdome quanto a: Alterações na forma. Alterações da pele. Pulsatilidade. Movimentos peristálticos. Descrição das alterações de pele: Cicatrizes. Estrias. Erupções e lesões. Veias dilatadas. Manchas. - Pulsatilidade Pulsação supraumbilical da aorta abdominal. Patologicamente, a 3 pulsatilidade da aorta abdominal pode ser vista quando há dilatação aneurismática. Geralmente, essas dilatações não provocam sintomas; se associadas a dor abdominal, hipotensão e massa pulsátil, então deve- se pensar em um quadro clínico de emergência denominado aneurisma roto de aorta abdominal. Ausculta …………………………………………………………. Recomenda-se executar a ausculta antes da palpação para evitar aumento involuntário do peristaltismo. Avaliar motilidade intestinal: Ruídos hidroaéreos: 5 a 34 por minuto (ausculta em um único ponto geralmente é suficiente). Aumentados: diarreia e fase inicial de obstruções. Diminuídos ou ausentes: íleo adinâmico e peritonite. A ausência de ruídos deve ser assinalada após 2 minutos de ausculta. Explorar doenças vasculares. Palpação ……………………………………………………….. - Palpação superficial. Sensibilidade. Temperatura da parede abdominal. Tensão. Desníveis. Com as mãos aquecidas previamente, iniciar a palpação do abdome com delicadeza. Com a mão direita ou com as duas mãos espalmadas e os dedos flexionados sobre a pele, palpa-se de forma simétrica em relação à linha mediana o epigastro, o mesogastro, o hipogastro, os flancos e as fossas ilíacas Palpação profunda. Explorar estruturas intra-abdominais: músculo psoas, estômago, porção terminal do íleo, ceco, cólon, sigmoide, fígado, polo inferior do rim direito, bexiga quando cheia, aorta abdominal e ilíacas. Avaliar para todas as vísceras: Forma. Consistência. Limites. Mobilidade. Ruídos: espontâneos ou provocados pela palpação. Dor. Palpação do fígado ……………………………………... Palpável em sua borda inferior no nível do rebordo costal na linha hemiclavicular (normal: 1 ou 2 dedos). 4 Longilíneos: pode-se palpá-lo um pouco abaixo do rebordo. Brevilíneos: se palpável pode ser um sinal de crescimento. Avaliar: Volume. Forma. Superfície. Dor à palpação. Presença de pulsações. Consistência: (normal: firme). Mobilidade respiratória: (normal: tanto inspiratória como expiratória). Técnicas de Palpação: - Lemos Torres. Posição do doente: decúbito dorsal. Posição do médico: à direita do paciente, sentado na borda do leito, voltado para a cabeça deste. Técnica: colocar a mão esquerda espalmada posteriormente sobre ogradeado costal direito, fazendo pressão a fim de levantar o bordo inferior do fígado. Utilizar o bordo radial da mão direita sobre a parede anterior do abdome para palpar o fígado na sua descida inspiratória. A pesquisa com a mão direita deve ser feita desde a fossa ilíaca direita - Mathieu-Cardarelli. Posição do doente: decúbito dorsal. Posição do médico: à direita do paciente, sentado na borda do leito, voltado para os pés deste. Técnica: mãos paralelas, com dedos em garra, palpando desde a fossa ilíaca direita, como o método da palpação profunda e deslizante; deve-se sentir a borda do fígado descer de encontro às mãos do examinador durante a inspiração Palpação do baço ………………………………………… Em condições normais não é palpável. Nem percutível. Longilíneos: pode-se palpá-lo um pouco abaixo do rebordo. Brevilíneos: se palpável pode ser um sinal de crescimento. Avaliar: Consistência: mole ou dura. Superfície lisa apresentando no seu bordo medial a chanfradura. Bordo cortante ou rombo. Mobilidade respiratória evidente. Mobilidade de decúbito. Indolor em condições normais. Técnicas de Palpação: - Lemos Torres. Posição do médico e do paciente: o médico deve estar à direita do paciente, em pé e olhando para a cabeça deste. O paciente precisa estar em decúbito dorsal. Técnica: colocar a mão esquerda sobre o gradeado costal, fazendo pressão a fim de levantar o baço. A mão direita é colocada sobre a parede anterior do abdome, palpando com o bordo radial, de modo a sentir o baço na sua descida inspiratória 5 - Mathieu-Cardarelli. Posição do médico e do paciente: o médico deve estar à esquerda do paciente, sentado na borda do leito, voltado para os pés deste. O paciente deve estar em decúbito dorsal ou semi decúbito lateral direito. Técnica: com as mãos paralelas, com dedos em garra, palpar desde a fossa ilíaca direita em direção ao hipocôndrio esquerdo. A palpação é superficial e deve-se sentir a borda do baço descer de encontro às mãos do examinador durante a inspiração. Percussão ……………………………………………………... Percussão do abdome: Timpânico: vísceras ocas e no espaço de Traube. Maciço: vísceras sólidas, tumores, cistos e ascite. Hipertimpanismo: meteorismo e pneumoperitônio. Sinal de Jobert: A presença de timpanismo na região da linha hemiclavicular direita onde normalmente se encontra macicez hepática, caracteriza pneumoperitônio. - Hepatimetria Iniciar no quarto espaço intercostal linha hemiclavicular Hepatimetria > 12 cm: hepatomegalia Espaço de Traube: Espaço semilunar do sexto ao décimo primeiro espaços intercostais Direito: lobo esquerdo hepático Esquerdo: linha axilar anterior esquerdo Superior: diafragma e pulmão esquerdo Inferior: rebordo costal esquerdo Normalmente se palpa o baço 6 7
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