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Semiologia - Exame Físico do Abdome

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Thais Alves Fagundes 
EXAME FÍSICO DO ABDOME 
1. Inspeção 
2. Ausculta (palpação e percussão podem alterar peristaltismo e ruídos 
hidroaéreos, devendo, por isso, serem realizadas após a ausculta). 
3. Palpação 
4. Percussão 
Condição ideal: local silencioso, bem iluminado, temperatura adequada. 
Posicionamento: 
 Todo o abdome exposto. 
 Decúbito dorsal com MMSS estendidos e MMII estendidos ou ligeiramente flexionados. 
 Travesseiro baixo: pescoço muito flexionado ocasiona contração da parede abdominal. 
 Em caso de contração no abdome inferior: joelhos fletidos ou travesseiro abaixo dos joelhos. 
 Examinador à D (ou à E → baço). 
DIVISÃO DO ABDOME 
HIPOCÔNDRIO DIREITO 
 Fígado 
 Vesícula biliar 
 Flexura hepática do cólon 
 Rim e suprarrenal direita 
EPIGÁSTRICO 
 Fígado 
 Estômago 
 Cólon transverso e omento 
 Duodeno 
 Pâncreas 
 Aorta 
HIPOCÔNDRIO ESQUERDO 
 Estômago 
 Baço 
 Flexura esplênica do cólo 
 Rim e suprarrenal esquerda 
 Cauda do pâncreas 
FLANCO DIREITO 
 Cólon ascendente 
 Intestino delgado 
 Rim direito 
MESOGÁSTRICO (REGIÃO UMBILICAL) 
 Estômago 
 Duodeno 
 Cólon transverso e omento 
 Intestino delgado 
 Aorta 
FLANCO ESQUERDO 
 Cólon descendente 
 Intestino delgado 
 Rim esquerdo 
FOSSA ILÍACA DIREITA 
 Ceco 
 Apêndice 
HIPOGÁSTRICO (SUPRAPÚBICA) 
 Intestino delgado 
 Flexura sigmoide 
 Bexiga distendida 
 Útero gravídico 
FOSSA ILÍACA ESQUERDA 
 Flexura sigmoide 
 
 
Thais Alves Fagundes 
 INSPEÇÃO 
 Decúbito dorsal ou em ortostatismo (hérnias) 
 Forma: plano, escavado, globoso, piriforme, em batráquio, em avental. 
 Simetria, abaulamentos ou retrações. 
 Cicatrizes (obstrução por aderências/bridas). 
 Circulação colateral, pulsações. 
 Peristaltismo visível. 
 Equimoses (Cullen/periumbilical, Grey-Turner/ flancos). 
 
 Abdome em batráquio: abdome aumentado para frente e para os lados (cirrose). 
 Abdome em avental (obesidade). 
 Circulação colateral - cabeça de medusa -, acontece na hipertensão porta (cirrose). 
EQUIMOSES 
Sinal de Gray-Turner: flanco 
Sinal de Cullen: periumbilical 
 Encontradas na pancreatite aguda, principalmente em complicações – pancreatite necrohemorrágica. 
 
HÉRNIAS - INSPEÇÃO DINÂMICA 
 Hérnia: saída de conteúdo herniário (ex: alça intestinal), quando há rompimento da camada muscular, que 
fica enfraquecida. Esse enfraquecimento pode ocorrer após cirurgia: (hérnia incisional) ou pode ocorrer em 
locais de fragilidade da parede muscular (epigástrica, umbilical, inguinal, femoral). 
o Redutível: manobra manual recoloca a hérnia no local. 
o Irredutível: não é possível recolocar a hérnia. 
 Estrutura com possibilidade de isquemia, implica em urgência cirúrgica. 
 Manobra de Valsalva: solicitar ao paciente que tampe a boca com o dorso da mão, vedando a boca, e sopre 
com força, sem deixar o ar sair. Na presença de hérnia, devido ao aumento da pressão intra-abdominal, 
ocorre a exteriorização da mesma, visualizada como um aumento. 
 
Thais Alves Fagundes 
 
DIÁSTASE DO MÚSCULO RETO ABDOMINAL 
 Separação da musculatura do músculo reto abdominal, com herniação. 
 Principalmente em obesos e gestantes. 
 Diástase de reto-abdominal pode não ser evidenciada com a manobra de valsalva, sendo percebida quando 
o paciente está contraindo a musculatura, ao deitar e levantar. 
 
HEPATOPATIAS 
Colestase: 
 Icterícia colestática, por defeito na excreção (aumento de bilirrubina direta, fosfatase alcalina e gama gt). 
 Icterícia visível em mucosa, esclera e na rima da língua. 
 Colúria: cor escurecida da urina. 
 Acolia / hipocolia fecal. 
 Xantomas e xantelasmas. 
 Petéquias púrpuras na pele. 
 
Hepatopatia crônica / cirrose: 
 Telangectasias (aranhas vasculares) 
 Baqueteamento digital 
 
 Manifestações endocrinológicas da cirrose: decorrentes do aumento do estrógeno e diminuição de 
androgênios (testosterona), devido à má conversão do estrógeno periférico. 
o Ginecomastia 
o Eritema palmar 
o Xantelasma 
Thais Alves Fagundes 
o Contratura de Dupuytren 
o Equimoses 
o Sarcopenia 
o Atrofia testicular 
o Diminuição de pelos axilares e pubianos 
 
 Hálito hepático, confusão mental, asterixis/flapping 
o Confusão mental: indica encefalopatia. 
o Asterixis/flapping: tremor fino, que indica encefalopatia. 
 AUSCULTA DO ABDOME 
 Auscultar por 15 segundos cada quadrante. 
 Estetoscópio segurado com firmeza, leve pressão sobre a parede abdominal. 
 Paciente não deve falar durante a ausculta. 
Ruídos intestinais: interação entre peristaltismo, líquidos e gases. 
 Aumento: após refeições, obstruções, diarreia e hemorragia digestiva (irritação da mucosa). 
 Diminuição: período pós-prandial tardio, PO cirurgia abdominal e irritação peritoneal. 
 Silêncio abdominal: ausência de ruídos hidroaéreos após 2 minutos de ausculta. 
Sopros (sistólicos/arteriais ou contínuos/venosos). 
 
 PALPAÇÃO 
PALPAÇÃO SUPERFICIAL 
 Avaliação da parede abdominal. 
o Palpação monomanual: com uma mão sobreposta à outra. 
o Palpação bimanual: realizada ao final, para comparar lado D e lado E. 
o Em sentido horário ou anti-horário. 
 Examinador em ortostatismo, à D do paciente. 
 Orientar o paciente para falar se houver dor ou desconforto e observar a face do paciente. 
 Evitar palpar inicialmente o local onde o paciente relata dor. 
o Contração voluntária (hipertonia, sensibilidade): 
 Falta de relaxamento da musculatura abdominal. 
 Geralmente é generalizada. 
Thais Alves Fagundes 
 Cócegas, tensão emocional, mãos frias do examinador, posição inadequada. 
 Para facilitar, relaxar o paciente. 
o Relaxamento da musculatura abdominal: 
 Distrair o paciente. 
 Boca entreaberta (relaxa o abdome). 
 Flexão da coxa (relaxa o abdome inferior). 
 Maior tensão: ascite, massas intra-abdominais, distensão gasosa (sem contração muscular). 
PALPAÇÃO PROFUNDA 
 Realizar durante a expiração, pois há diminuição da tensão muscular e da pressão intra-abdominal. 
 Facilita se o paciente é magro e tem musculatura flácida. 
 Presença de massas: 
o Localização, sensibilidade (se há dor ou indolor), dimensão, forma, consistência, superfície, 
mobilidade e pulsação. 
o Tumores benignos ou malignos, cistos, gânglios, órgão fora da sua posição anatômica. 
MANOBRAS ESPECIAIS 
PALPAÇÃO DO FÍGADO: 
 Realizar durante a inspiração, pois o diafragma desloca o fígado para baixo facilitando a palpação. 
 Palpação em garra: 
o À direita e de costas para o paciente. 
o Mão em garra do examinador repousa sobre o rebordo costal direito. 
o À inspiração, procura-se palpar o fígado. 
 Palpação bimanual: 
o Mão esquerda no dorso direito do paciente, fazendo pressão para cima (desloca o fígado para cima). 
o Mão direita no rebordo costal direito. 
o À inspiração, a mão direita procura palpar o fígado. 
 Descrever: 
o Borda: fina ou romba/grosseira (esteatose, esteato-hepatite). 
o Superfície: lisa ou irregular (cirrose - nódulos, cistos). 
o Consistência: firme, amolecida/fibroelástica (esteatose) ou endurecida (cirrose). 
o Sensibilidade: há dor ou é indolor. 
o Pulsação. 
 Hepatomegalia: quantos centímetros está aumentado a partir do rebordo costal (1 polpa digital = 1,5 cm). 
 
PALPAÇÃO DO BAÇO: 
 Decúbito dorsal: bimanual, semelhante à palpação do fígado. 
 Posição de Schuster 
o Paciente no meio termo entre decúbito lateral e decúbito dorsal. 
o Examinador à esquerda ou a direita do paciente. 
Thais Alves Fagundes 
 Esplenomegalia: 
o Baço cresce para baixo e lateralizando para direita. 
o Boyd I: palpa-se a ponta do baço. 
o Boyd II: palpa-se um pedaço maior do baço, que não ultrapassa a linha umbilical. 
o Boyd III: palpa-se em nível da cicatriz umbilical. 
o Boyd IV: palpa-se abaixo da cicatriz umbilical. 
 
SINAIS 
Contração involuntária: peritonite 
Sinal de Blumberg: 
 Manobra da descompressão súbita provoca dor: 
o Comprime-seprogressivamente um local do abdome que tenha se mostrado dolorido à palpação 
(durante a compressão, a dor se exacerba, mas é tolerada). 
o Ao alcançar determinada compressão, retira-se a mão abruptamente. 
o Blumberg positivo: dor exacerba na descompressão, indica irritação peritoneal. 
 Indica irritação peritoneal / peritonite. 
 Pode acompanhar de contratura abdominal involuntária e localizada. 
 Ex: apendicite. 
Sinal de Murphy: 
 Mão do examinador no ponto cístico e o paciente interrompe a inspiração devido à dor. 
o Ao comprimir o ponto biliar pede-se ao paciente que inspire profundamente. 
o Diafragma faz o fígado descer, o que faz com que a vesícula biliar alcance o ponto biliar comprimido. 
o Murphy positivo: manobra desperta uma dor inesperada que obriga o paciente a interromper 
subitamente a inspiração. 
 Ex: colecistite aguda. 
 PERCUSSÃO 
 Complementa a palpação. 
 Macicez: órgãos maciços (fígado, baço). 
 Timpanismo: ar no interior de uma víscera oca ou na cavidade peritoneal (intestino). 
Hepatimetria: 
 Mensuração do tamanho do fígado 
o Percussão digito-digital, na linha mamilar, a partir do 2º espaço intercostal. 
 Transição do som claro pulmonar (pulmão), para o som maciço (fígado). 
o Percussão digito-digital, na linha mamilar, a partir da fossa ilíaca. 
 Transição do som timpânico, para o som maciço (fígado). 
o Marcar esses dois pontos de transição e medir com fita métrica. 
Thais Alves Fagundes 
 Fígado normal: 8 a 12 centímetros. 
 Borda superior nítida: 5º a 6º EIC. 
 
Espaço de Traube e bolha gástrica: 
 Espaço de traube é uma cavidade oca. 
 Na projeção do espaço de traube, está a bolha gástrica, isto é, bolha de ar do estômago. 
 Timpanismo é mais nítido na área de projeção do estômago (“bolha gástrica”). 
 Presença de macicez nessa área indica aumento do baço/esplenomegalia, que passa a ocupar esse espaço. 
 
Sinal de Jobert: 
 Timpanismo na área hepática, linha axilar média (ar na cavidade peritoneal). 
o Presença do som timpânico sobre a área hepática, em substituição à macicez. 
 Pacientes com abdome agudo. 
 Indica perfuração de víscera oca (pneumoperitônios), cirurgia ou punção abdominal recente, úlcera péptica 
duodenal perfurada. 
 
Ascite: líquido livre na cavidade peritoneal (insuficiência hepática, disfunção cardíaca, alteração pancreática). 
Macicez móvel: 
 Pesquisa de ascite moderada (1,5L). 
 Paciente em decúbito dorsal: percussão com macicez no hipogástrio e flancos e timpanismo acima. 
 Paciente em decúbito lateral: mudança da macicez para timpanismo, pelo deslocamento do líquido. 
o Lado direito (lado para baixo): som maciço. 
o Lado esquerdo (lado para cima): som timpânico. 
Sinal do Piparote: 
 Pesquisa de ascite volumosa (2 – 2,5L). 
 Com uma das mãos o examinador golpeia o abdome com piparotes. 
 Com a outra mão, espalmada na região contralateral, procura captar ondas líquidas chocando-se contra a 
parede abdominal. 
Thais Alves Fagundes 
o Se possível, pedir ao paciente que coloque a borda cubital da mão em leve pressão na região medial, 
para reduzir influências, como edema da parede abdominal e gordura. 
 
 
Sinal do Psoas: 
 Extensão da articulação coxo-femural / extensão da coxa provoca dor no hipogástrio. 
o Ativa: paciente eleva a perna pra cima e o examinador realiza força contrária, abaixando a perna. 
o Passiva: paciente em decúbito lateral e o examinador executa extensão forçada da coxa. 
 Avalia inflamação do psoas. 
Sinal do Obturador: 
 Rotação interna passiva da coxa fletida – limite máximo – provoca dor no hipogástrio. 
 Paciente flete a coxa e examinador faz uma rotação interna da coxa (pé para fora e joelho para dentro). 
 
PERCUSSÃO REGIÃO LOMBAR 
Sinal de Giordano: 
 Punho-percussão: colocar a mão espalmada na região do ângulo costovertebral e golpear com a face cubital 
da outra mão, dos dois lados. É positivo em caso de dor. 
 Inflamação na região retroperitoneal (pâncreas, rins).

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