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4721 ParaEntender a Terra Os tenemotosocorremcommaiorfreqüênciaemlimites deplacas,ondeastensõessãoconcentradase adeformaçãoé intensa. o rebote elástico explica por que ocorrem os terremotos O terremotonafalhadeSantoAndré,quedevastouSanFran- cisco(EUA), em 1906,recebeuo maisdetalhadoestudoden- tretodosostenemotosocorridosatéaquelaépoca.Um geólo- go queinvestigoua catástrofe,HenryFieldingReid,daUni- versidadeJohnsHopkins,propôsa teoriado rebateelástico paraexplicarporqueocorremostenemotos. Paravisualizaro queaconteceemumtenemoto,imagineo seguinteexperimentoconduzidopormeiodeumafalhaentre doisblocoscrustaishipotéticos.Suponhaqueosagrimensores tenhampintadolinhasretasnochão,estendendo-seperpendi- cularmenteàfalha,deumblocoaooutro,comonaFigurapa- norâmica19.1.Ambososblocosestãosendoempurradosem direçõesopostaspelomovimentodasplacas.Entretanto,o pe- so dasrochassobrejacentescomprime-osumcontrao outro, assim,africçãotrava-osaolongodafalha.Elesnãosemovem, exatamentecomoumcanonãosemovequandoofreioéacio- nado.Ao invésdedeslizaremaologodafalhacomo aumento datensão,osblocossãodeformadoselasticamentepróximosa ela,comomostradopelaslinhasencurvadasnaFigurapanorâ- mica19.1.Por "elasticamente",queremosdizerqueosblocos iriamreacomodar-seeretomaràsuaformasemtensãoeinde- formadaseafalha,derepente,destrancasse. À medidaqueosmovimentosdeplacascontinuamaem- purrarosblocosemdireçõesopostas,adeformaçãonasrochas - evidenciadapeloencurvamentodaslinhaspintadas- conti- nuasendoacumulada,pordécadas,séculosou atémilênios. Em algumponto,aresistênciadasrochaséexcedida.O esfor- çofriccionalemalgumlocalquedetémo movimentodafalha nãoagüentamaiseelaserompe.Os blocosdeslizamsubita- menteearupturaestende-seaolongodeumasecçãodafalha. A Figurapanorâmica19.1mostracomoosdoisblocossofre- ramrecuperação- foramreacomodadosaoseuestadoindefor- mado- apóso tenemoto.As linhasencurvadasimagináliasre- tificaram-se,eosblocosforamdeslocados.A distânciadodes- locamentoéchamadaderejeito. o rompimento de falhas durante os terremotos O pontonoqualo deslocamentocomeçaéofocoSdotenemo- to (verFigurapanorâmica19.1).O epicentroé o pontogeo- gráficonasuperfíciedaTena diretamentesobreo foco. Por exemplo,vocêpodeouviremumnoticiário:"Sismólogosdo InstitutodeTecnologiadaCalifómia informaramqueo epi- centrododestrutivotenemotoocorridonanoitepassadafoi lo- calizadoa56kmasudestedeLosAngeles.A profundidadedo focofoi de10km". Na maioriadosterremotosqueocorremnacrostacontinen- tal,asprofundidadesfocaisvariamde2 a20km.Ostenemo- toscontinentaissãorarosabaixode20km,porque,sobasal- tastemperaturasepressõesencontradasemgrandesprofundi- dades,acrostadeforma-secomomaterialdúctilenãopodesu- portarfraturamentorúptil(talcomoaceraquenteflui é submetidaaumesforço,enquantoa cerafria érompi Capítulo11).Em zonasdesubducção,entretanto,onde feraoceânicafria mergulhadevoltaparaomanto,oste• tospodemcomeçaremprofundidadesdeaté690km. A rupturadafalhanãooconetodadeumavez.Elac - nofoco eespalha-separaforanoplanodefalha,tipic comvelocidadede2 a 3 kmls (Figura 19.2).A ruptu ondeosesforçostoruam-seinsuficientesparacontinuar- pendoafalha(comonoslocaisondeasrochassãomai := tentes)ouondearupturaentraemmaterialdúctil,noq nãopodemaissepropagarcomoumafratura.Comove~ maisadiante,nestecapítulo,o tamanhodeumterremo relacionadocomaáreatotalrompidapelafalha.A maior.L.- tenemotosé muitopequena,ouseja,o tamanhodarup bemmenorqueaprofundidadedofoco,demodoquea _: ranuncaquebraasuperfície.Em terremotosgrandesedes::: tivos,entretanto,as rupturasemsuperfíciesãocomuns_-= exemplo,o grandeterremotodeSanFrancisco,em1906. soudeslocamentosde,emmédia,4 mnasuperfície,ao: deumsetordafalhadeSantoAndrémedindo400km(\'c::- gura19.2).Osfalhamentosnosmaioresterremotospode~_ tender-seporaté1.000km,eo deslocamentodosdoisb' podeatingiraté20m.Geralmente,quantomaislongaa radafalha,maioro deslocamento. O deslocamentorepentinodosblocosnomomentod remotoreduzo esforçonafalhae liberagrandeparteda~ gia de deformaçãoacumulada.A maiorpartedessaen~_ acumuladaé convertidaemaquecimentopor fricçãona- defalha,maspartedelaé liberadaemformadeondassí quesepropagamparaforadaruptura,taiscomoasondul ,- sepropagamparaalémdopontoondeumapedracaina~_ parada.O focodeumterremotogeraasprimeirasondas . cas,emboraaspartesdeslocadasdafalhacontinuema ;= ondasatéquea rupturapare.Em umgrandeevento,co terremotodeSanFrancisco,em1906,afalhacontinuoua_ duzirondasporváriasdezenasdesegundos.Essasondas demcausardanosaolongodetodaafalha,atémesmoI _ doepicentro. A energiadedeformaçãoelásticaquelentamentese mulaaolongodedécadas,quandodoisblocossãoempUIl:i...o emdireçõesopostas,é análogaàenergiadedeformação muladaemumelásticodeborrachaquandoeleé lentam~ esticado.A liberaçãorepentinadeenergiaemumterre~ assinaladapelodeslocamentoaolongodeumafalhaepele._ raçãodeondassísmicas,é análogaaoviolentoretomoou to paratrásquea borrachadá quandoarrebenta.A ene:;: elásticaacumuladaemumatiradeborrachaesticadaérere namenteliberadaemumareaçãoviolenta.Do mesmom energiaelásticaé acumuladapor muitasdécadasemr - submetidasa esforços.A energiaé liberadano momento queafalhaserompe,epartedelaé irradiadaemformade dassísmicasnospoucosminutosdeumterremoto. De formaidealizada,o modelodoreboteelásticoirr:; caqueasfalhasdevemexibirperiódicasacumulaçõese11; raçõesdeenergiadedeformação.Entretanto,asseqüên de terremotosraramenteexibemcomportamentotão _ pIes,o queéumadasrazõespelasquaiselessãotãodifí deprever.
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