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DESENVOLVIMENTO MOTOR INFANTIL

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Refere-se ao conjunto de mudanças que 
ocorrem no comportamento motor da 
criança e estão relacionadas com a idade, 
ocorrendo ao longo de toda a vida. 
→ O conhecimento dessa criança 
modifica o comportamento ao longo 
do tempo e pode ajudar a entender o 
processo de mudanças que 
acontecem no desenvolvimento. 
→ Possuem grandes mudanças no 
comportamento motor do indivíduo 
em um período curto de tempo. 
→ O desenvolvimento exploratório 
depende dos contextos ambiental, 
social e cultural. Ou seja, os 
movimentos ocorrem em um sistema 
indivíduo-ambiente indissociável 
(fatores intrínsecos e ambientais). 
 
: BEBÊS EXPLORAM EVENTOS 
• Os sistemas de ação do bebê estão 
relacionados com o domínio da 
percepção e o domínio motor, sendo 
considerada igualmente nesses dois 
aspectos. 
• Os movimentos do RN não começam 
com reflexos com antes eram descritos. 
Eles servem a importantes funções do RN 
e são estereotipados e automáticos. 
Atualmente, já se sabe que a maioria das 
ações do RN é prospectiva, ou seja, 
direcionada externamente de forma 
antecipatória. Dessa forma, são 
intencionais desde a hora que emergem 
e iniciam com a motivação da criança, 
definida por um objeto e guiada pelas 
informações ambientais. 
• As ações são compostas por posturas, 
que são aquisições persistentes no 
ambiente. 
• A movimentação espontânea do RN em 
diferentes posturas é influenciada pelo 
posicionamento das articulações e pelo 
padrão flexor. 
• Ele nasce com habilidades de perceber 
as affordances de superfícies, coisas, 
lugares e eventos. Elas são possibilidades 
de ações suportadas pelo ambiente, 
tomando como referência as 
capacidades de ação do indivíduo. 
Trazem informações sobre as mudanças 
no ambiente provocadas pela ação e 
também sobre o bebê. 
• O aprendizado perceptual é um processo 
gradativo de diferenciação ao longo do 
desenvolvimento que resulta na 
especificação da informação para uma 
determinada affordance 
• O RN é ativo e explora os ambientes 
visualmente pelos movimentos dos olhos 
e da cabeça, que podem ser provocados 
por sons. Embora, os olhos ainda não 
estejam acompanhando objetos e 
pessoas sem a movimentação da 
cabeça. 
• A exploração visual é a preferencial, mas 
usam também outras formas como 
percepção auditiva e hepática (vinda 
dos receptores mecânicos da pele, 
músculos, tendões, ligamentos e fáscias). 
Bem como a boca, que funciona como 
excelente sistema exploratório. 
• Eles apresentam movimentos 
generalizados chamados general 
movements (GM) que são movimentos 
grossos espontâneos que envolvem todo 
o corpo e podem durar segundos a 
alguns minutos. Começam na gestação 
e vão até o 4° mês de vida. Tem 
sequência de movimentos variados nos 
membros, pescoço e tronco, 
normalmente com movimentos de flexão 
e extensão, acompanhados de ligeiras 
rotações na mudança de direção do 
movimento. Varia em velocidade e 
intensidade. 
 
DÉCUBITO VENTRAL (PRONO) 
• Quando nasce e é colocado em decúbito 
ventral, a cabeça está rodada para um 
lado, mas ele não consegue levantar e 
rodar para outro lado. 
• Ombros são abduzidos e flexionado; 
cotovelos flexionados e mãos fechadas. 
• Coluna é flexionada, com cifose desde a 
cervical até o sacro, que pode ser por 
causa dos discos intervertebrais com 
pouca água, pela posição no útero e pela 
inatividade dos músculos paravertebrais. 
• Pelve em retroversão e quadris 
flexionados, abduzidos e rodados 
externamente; joelhos flexionados e 
tornozelos em flexão dorsal. 
• A posição dos MMII provoca elevação 
pélvica e deslocamento do peso corporal 
para face, ombros e mãos, por isso 
movimentam pouco os MMSS nessa 
posição. 
• Até os 4 meses de vida, a gravidade e a 
ativação dos extensores auxiliam no 
alongamento dos flexores, 
especialmente em quadril e joelhos. Logo, 
os ombros ficam mais abduzidos e com 
maior flexão anterior, a coluna mais 
estendida, a pelve menos retrovertida e 
os quadris e os joelhos mais estendidos. 
• As mudanças nas articulações e o 
desenvolvimento gera mais estabilidade 
da escapula e no úmero, o que favorece 
a elevação da cabeça. 
• Ao final da fase, o bebê consegue manter 
a cabeça ereta (90° de extensão) com 
apoio dos antebraços na postura em 
decúbito ventral. 
• À medida que o bebê experimenta a 
postura de decúbito ventral, ocorre a 
ativação sinérgica dos flexores de tronco 
durante a extensão. Logo, ele será capaz 
de se apoiar sobre as mãos, mantendo 
os cotovelos semiflexionados. 
• A maior ativação dos paravertebrais e 
dos abdominais oblíquos desempenha 
papel importante na angulação das 
costelas para baixo a partir da posição 
horizontal original. 
 
 
 
 
 
DÉCUBITO DORSAL (SUPINO) 
• Postura em que o RN fica na maior parte 
do tempo. 
• Cabeça geralmente está rodada para 
um lado; MMSS próximos aos corpos; 
pelve em retroversão; quadris abduzidos, 
flexionados e rodados externamente; 
joelhos flexionados e tornozelos em flexão 
dorsal. 
• Dá pontapés frequentes quando 
acordado, flexionando ou estendendo a 
articulações do quadril, do joelho e 
tornozelo em fase, ou seja, todas as 
articulações de um membro inferior se 
flexionam ao mesmo tempo, enquanto 
as articulações de do outro membro 
inferior se estendem. 
• Com o tempo, ocorrem mudanças no 
padrão de movimento dos MMII. 
• Entre 4 e 6 meses, o movimento em 
sincronia de todas as articulações 
diminui e ele consegue fazer ao mesmo 
tempo, por exemplo, flexão de quadril e 
extensão de joelho. Assim, os pontapés se 
tornam fora de fase. 
• Em torno do terceiro ou quarto mês de 
vida, o bebê já apresenta a habilidade de 
ficar com a cabeça e os MMSS e MMII 
orientados de forma simétrica. 
• Consegue unir as duas mãos na linha 
média e alcançar os joelhos na postura 
de decúbito dorsal. 
 
 
 
 
SENTADO COM APOIO 
• O bebê ainda não consegue permanecer 
na postura sentada sem apoio. 
• Quando suportado, faz flexão de cabeça 
e tronco, com pelve perpendicular à 
superfície de apoio, membros inferiores 
ficam na mesma postura do DD. Caso ele 
seja solto, ele cai para frente. 
• Durante o primeiro ano, ele vence aos 
poucos a gravidade, da cabeça 
progredindo para os pés. 
• Consegue elevar a cabeça e isso se torna 
cada vez mais fácil para ele. 
• Antes de ter controle de tronco, ele 
consegue fazer elevação de ombros e 
adução de escápulas, que são 
estratégias que aumentam a 
estabilidade. 
• No final dessa fase, a coluna não faz 
extensão o suficiente, mas ele consegue 
sustentar a cabeça contra a força da 
gravidade quando suportado na postura 
sentada. 
• As faces laterais das coxas e das pernas 
se apoiam na superfície, favorecendo 
mais estabilidade. 
• A cabeça está em rotação, mas não 
consegue alcançar objetos nessa 
postura. 
• Em torno de 4 meses, a mão se torna um 
meio exploratório de mundo, quando 
consegue a habilidade de manipular e 
alcançar objetos. 
• A boca é usada desde o nascimento 
para paladar, sugar, vocalizar e examinar 
texturas e propriedades de objetos. 
 
 
 
DE PÉ COM APOIO 
• Quando sustentado em pé ele consegue 
suportar parte do seu peso corporal e 
estender os quadris e o joelho. 
• O grau de extensão dos MMIII é limitado 
pelo encurtamento dos músculos 
flexores e de outros tecidos moles. 
• Tornozelos em flexão dorsal e inversão. 
• O ângulo entre a tíbia e o fêmur no plano 
coronal fica em torno de 15 graus, 
caracterizando um alinhamento 
fisiológico em varo do joelho ao nascer. 
• Quando inclinado para frente em pé, ele 
pode fazer movimentos alternados de 
flexão e extensão dos membros inferiores 
em um padrão semelhante a marcha, 
sendo o reflexo da marcha automática, 
que desaparece por volta de 8 meses em 
decorrência da maturação do SNC. 
• Adquirem maior quantidade de tecido 
adiposo do que massa muscular, o que 
leva a uma capacidade de gerar força 
muscular relativamente menor do que ao 
nascimento. 
• O bebê só não continua a dar passos ao 
longo do primeiro ano de vida porque amaturação e a experiência em todos os 
subsistemas contribuintes, incluindo 
equilíbrio, controle postural, força 
muscular e demandas dinâmicas da 
marcha, ainda não estão prontas. 
 
: ATENÇÃO PARA 
AFFORCANCES E CARACTERÍSTICAS 
DISTINTAS DOS OBJETOS 
 
• As novas atividades exploratórias tornam 
possível um novo conjunto de 
affordances e ocorre o aumento da 
acuidade visual e o aprimoramento dos 
componentes musculares para 
exploração visual, alcance, preensão e 
manipulação de objetos. 
• Aprende sobre características próprias 
de cada objeto, ou seja, aquilo que torna 
o objeto único e diferente de outros 
objetos. 
• Primeiramente, o alcance é 
caracterizado por movimentos sinuosos 
do membro superior com variações de 
velocidade de mudanças de direção 
antes do contato com o objeto. Com o 
passar do tempo, há um aprimoramento 
da capacidade de alcançar objetos e 
realizar preensão com aumento 
gradativo do número de alcances e do 
tempo investido na manipulação de 
objetos. 
• A capacidade de realizar a preensão de 
um objeto abre novas oportunidades 
para exploração visual, manual e oral e 
proporciona ao bebê informações sobre 
as propriedades distintas dos objetos. 
• Por volta de 5 meses, o bebê é capaz de 
ajustar a configuração da pegada da 
mão de acordo com o tamanho e a 
forma do objeto. 
 
DECÚBITO VENTRAL 
• A maior atividade extensora dos 
paravertebrais possibilita maior elevação 
do corpo na postura de decúbito ventral, 
deslocando o peso sobre o abdome. 
• Inicia a transferência de peso para 
sustentar com um membro superior 
apenas apoiando para alcançar objetos. 
A sustentação do peso sobre punho e 
dedos favorece ganho de mobilidade da 
mão. 
• Desenvolve habilidade de rolar de DV 
para DL e para DD. 
• Adquire habilidades de locomoção: 
pivotear, arrastar engatinhar. 
• PIVOTEAR: o bebê precisa usar seus 
membros superiores e inferiores e rodar 
em torno de seu próprio eixo corporal. 
• ARRASTAR: o bebê distribui peso ora sobre 
um, ora sobre o outro lado do corpo, o 
que favorece a mobilidade da pelve e 
alongamento do tronco e a extensão do 
quadril no lado que sustenta o peso. O 
quadril que se impulsiona trabalha 
contra a resistência, favorecendo a 
diminuição da coxa valga e da 
anteversão femoral (fisiológicos do 
nascimento). 
• ENGATINHAR: o bebê precisa manter os 
cotovelos estendidos e realizar a 
extensão dos ombros de modo 
alternado. Os membros superior e inferior 
de lados opostos movem o corpo para a 
frente. É adquirida entre o sétimo e o nono 
mês, mas alguns não passam por essa 
fase e adquirem logo a marcha 
independente ao final do primeiro ano de 
vida. 
• O fato de não engatinhar e andar 
diretamente, está relacionado com o 
modo em que os pais proporcionam 
experiências de ficar no chão para o 
bebê para haver a exploração. Bebês que 
ficam desde cedo no colo ou em alguma 
superfície sustentados na postura em pé, 
tendem a andar sem engatinhar. 
• Os que pivoteiam ou se arrastam têm 
mais chance de engatinhar e serem bons 
nessa habilidade, quando comparados 
com os que não passam por essa fase. 
• O engatinhar com o apoio das mãos e 
dos joelhos aumenta a exigência de 
estabilidade porque o abdome está fora 
do chão. Isso permite que o bebê se 
locomova independentemente, sem 
precisar de alguém para lhe carregar, 
ampliando seu acesso rápido a lugares 
diferentes. Além disso, favorece a 
percepção visual e tem implicações no 
desenvolvimento cognitivo e social. 
 
 
DECUBITO DORSAL 
• Ele aprimora o controle antigravitacional 
dos músculos flexores e desenvolve as 
reações de equilíbrio nessa postura. 
• É capaz de rolar de DD para DV em torno 
de 5 ou 6 meses. Para ROLAR, o bebê 
precisa realizar a adução do ombro e do 
quadril, transferindo o peso para um lado 
do corpo. A cabeça se retifica 
lateralmente e a ação dos abdominais 
promove a rotação do tronco durante a 
transferência. 
• Em torno de 6 meses, ele consegue 
alcançar objetos colocados distantes do 
corpo, realizando abdução escapular, 
maiores flexão e adução dos ombros e 
extensão dos cotovelos. 
• As mãos alcançam os pés e o bebê pode 
levá-los à boca. 
• Ele consegue alcançar objetos além da 
linha média, usando a pronação do 
antebraço e a extensão do punho e dos 
dedos. Para isso, devem estar ativos os 
músculos serrátil anterior, peitoral maior 
e manguito rotador. 
• Quando o bebê não quer mais manipular 
o objeto, ele já consegue abrir a mão e 
soltá-lo. 
• Ao final dessa fase, o bebê não costuma 
gostar muito de ficar em decúbito dorsal, 
uma vez que já é capaz de se transferir e 
explorar o ambiente utilizando os 
movimentos de rolar, se arrastar e 
engatinhar. 
• O DD é utilizado em brincadeiras de 
exploração de objetos e do próprio corpo. 
 
 
 
 
SENTADO 
• Em torno de 6 meses, o bebê pode 
adquirir a habilidade de permanecer 
sentando-se sem apoio, pois o controle 
postural está mais desenvolvido. 
• À medida que a estabilidade da cintura 
pélvica e dos membros inferiores 
aumenta, o bebê consegue realizar a 
rotação do tronco e alcançar objetos que 
estão mais distantes do corpo. 
• O posicionamento dos membros 
inferiores em círculo ou em anel favorece 
a estabilidade na postura sentada. 
• Os membros superiores ficam livres para 
alcançar e explorar objetos, 
possibilitando que o bebê rode, transfira 
objetos de uma mão para outra e aponte 
as extremidades deles. 
• As novas atividades exploratórias tornam 
possível a descoberta de um novo 
conjunto de affordances, favorecendo o 
desenvolvimento perceptual e cognitivo 
do bebê. 
• O desenvolvimento do controle postural 
sentado progride da habilidade de se 
sentar com o apoio das mãos para se 
sentar brevemente sem o apoio das 
mãos e, finalmente, sentar independente. 
• Se o centro de gravidade do bebê for 
deslocado para além dos limites de 
estabilidade, ele poderá não ter força 
muscular suficiente para se puxar de 
volta à posição. 
• Ao longo do tempo, ele consegue se 
proteger com as mãos (isto é, reação 
protetora) para a frente e para os lados e 
posteriormente voltar à posição inicial 
sem cair ou precisar se proteger. 
• A rotação da cabeça favorece a 
mobilidade pélvico-femoral. 
• Em torno de 7 meses, tem início a lordose 
lombar, indicando que o bebê apresenta 
maior grau de extensão da coluna. 
• Ao final dessa fase, ele consegue 
modificar a posição dos MMII e se sentar 
de diferentes maneiras como, anel, 
joelhos estendidos, de lado (sereia) ou 
em W. 
• As diferentes maneiras de sentar 
modificam a base de suporte e são 
usadas para transferência para outras 
posturas ou para exploração de objetos e 
do ambiente. 
 
 
 
DE PÉ COM APOIO 
• No início da fase, o tronco fica inclinado 
para frente e os quadris ainda estão 
atrás dos ombros quando o bebê é 
sustentado na postura em pé. 
• Já suporta maior parte do peso corporal 
nos MMII e geralmente brinca nessa 
postura de “saltar”. No qual há 
coativação dos músculos ao redor da 
pelve, fornecendo informação héptica e 
vestibular ao bebê. Os quadris ficam 
semiflexionados e ligeiramente 
posteriores à linha dos ombros. Os pés 
estão pronados e os artelhos flexionados. 
• À medida que o controle na postura de 
pé se desenvolve, em torno dos 7 meses 
de idade o bebê pode conseguir 
permanecer de pé com o apoio apenas 
de uma das mãos e se abaixar para 
pegar objetos no chão. 
• Entre 7 e 10 meses, em média aos 8 
meses, tem início da habilidade se puxar 
para posição de pé. Muitas vezes, pode 
ocorrer no berço segurando nas grades e 
passando para posição de pé a partir da 
postura sentada no colchão. 
• Inicialmente, o bebê se puxa para a 
posição de pé sustentando a maior parte 
de seu peso corporal com os membros 
superiores e realiza a extensão simétrica 
dos membros inferiores. Com o 
aprimoramento da força muscular dos 
membros inferiores, estes se tornam mais 
ativos durante a transferência. 
• Os movimentos de rotação de tronco e 
da pelve sobreo fêmur na postura de pé 
auxiliam no aumento da mobilidade do 
quadril e na formação dos arcos 
longitudinais. 
• Alguns bebês conseguem dar passos 
curtos quando sustentados pelas mãos 
de um adulto. Eles mantêm a rotação 
externa de quadril e a base de suporte 
alargada. 
 
 
 
 
 
 
 
: EXPLORAÇÃO AMBULATÓRIA 
(9 A 12 MESES) 
• Como aprimoramento da locomoção, há 
uma expansão do horizonte e um novo 
campo de conhecimento é abeto para a 
criança. 
• A percepção é um guia para locomoção. 
• O bebê tem dificuldade de manter o 
equilíbrio por conta das suas proporções 
corporais (cabeça maior em relação ao 
corpo). Para se equilibrar eles usam das 
seguintes estratégias: informação 
háptica de seus músculos, articulações e 
pele; informação vestibular das 
acelerações da cabeça, e informação 
visual do fluxo óptico criado pelos 
movimentos do corpo. 
• A locomoção é um processo de 
resolução de problemas, ou seja, ele 
precisa explorar as soluções possíveis 
para se locomover de acordo com sua 
capacidade. 
• Os pais promovem a ação do bebê 
mediante a organização do ambiente e 
das tomadas de decisões, por exemplo 
deixá-lo brincar no chão e dar acesso 
monitorado as escadas e mobílias que 
dão suporte no processo. 
 
 
 
DECÚBITO VENTRAL 
• Nessa fase, as atividades prediletas do 
bebê são engatinhar e escalar. 
• Quando ele explora o ambiente, suas 
habilidades perceptivas são 
desenvolvidas e ele aprende a encontrar 
soluções para superar os obstáculos e 
melhorar sua relação com o ambiente. 
• É possível observar algumas variações do 
engatinhar: engatinhar com apoio de um 
pé na lateral, com as mãos e os pés 
apoiados no chão e com apoio das mãos 
e dos joelhos. 
• Quando engatinha com apoio das mãos 
e dos pés no chão, os joelhos 
permanecem em ligeira flexão ou 
estendidos, o que exige maior 
estabilidade dos ombros e controle da 
pelve. 
• Já o engatinhar com o apoio das mãos e 
dos joelhos se aprimora ao longo do 
tempo, com posicionamentos dos 
quadris em menor abdução e rotação 
externa e maior distribuição do peso e 
sustentação diagonal. 
• Quando ele encontra um obstáculo no 
caminho ou quer pegar algum objeto 
que está em cima ou embaixo do sofá. Ele 
usa a escalada para transpor obstáculos, 
subir no sofá ou se arrasta ou engatinha 
para debaixo das mobílias. Isso 
proporciona experiencias sobre seu 
próprio corpo, sobre o ambiente e 
aprimora a percepção espacial e de 
profundidade. 
 
 
 
 
 
 
SENTADO 
• Essa postura é utilizada para explorar 
objetos e para o bebê transferir para 
posição semiajoelhada, de quatro apoios 
ou de pé, à medida que se interessa por 
algo no ambiente. 
• Consegue alcançar objetos ao lado e 
atras do corpo e usa a rotação de tronco 
para passar para quatro apoios. 
 
DE PÉ 
• O bebê consegue assumir as posturas 
ajoelhada e semiajoelhada e fica nessas 
posições sem suporte para brincar. 
• Consegue também ficar de cócoras, 
onde o bebê fica agachado, com flexão 
de quadris e joelhos, para explorar 
objetos. 
• Para ficar em pé, tem início com o apoio 
das mãos. Eles se puxam para posição de 
pé e gradativamente necessitam de 
menos suporte para permanecerem 
assim. 
• Durante a passagem para a postura de 
pé, os membros inferiores estão mais 
ativos e o bebê, muitas vezes, pode sair 
da postura sentada e passar para as de 
quatro apoios, ajoelhada, semiajoelhada 
e de pé, sucessivamente. Se não tiver o 
apoio das mãos, ele pode passar pela 
postura semiagachada e se transferir 
para a de pé utilizando a extensão 
simétrica dos quadris e joelhos. 
• Por volta de 10 meses, ele consegue 
permanecer de pé com a assistência 
mínima de uma das mãos, o que deixa os 
membros superiores mais livres para 
exploração. 
• Para ficar em pé sem apoio de ambas as 
mãos, mantém abdução de quadris para 
aumentar a base de suporte. 
• Antes de andar para frente, ele realiza a 
marcha lateral, que é interessante pois 
proporciona a locomoção de pé sem a 
ajuda de um adulto. Além disso, ganha 
força muscular dos MMII e aprimora a 
percepção visual para se equilibrar e 
também a coordenação entre os MMII. 
• A transição de engatinhar para andar 
modifica o campo visual do bebê. 
• Durante o engatinhar, as mãos estão 
apoiadas e o bebê vê o chão; durante o 
andar, toda a configuração do ambiente 
está no campo de visão. 
• Enquanto anda, o bebê carrega muito 
mais objetos do que enquanto 
engatinha, favorecendo a interação 
social, o compartilhamento de objetos e 
o modo como o adulto responde ao 
bebê. 
• A marcha anterior com apoio torna 
possíveis a prática e o desenvolvimento 
do controle postural de pé, sendo 
realizada com a extensão do tronco, 
quadril, joelho e tornozelo no final da fase 
de apoio, e o peso é distribuído para a 
cabeça dos metatarsos. 
• Ao final do primeiro ano de vida, a 
maioria dos bebês consegue andar de 
maneira independente, embora haja 
uma grande variação na idade de 
aquisição desse marco motor. 
• Para iniciar a marcha independente o 
bebê precisa ter desenvolvido força 
muscular e equilíbrio suficientes para 
sustentar o peso do corpo sobre um 
membro inferior enquanto o outro está 
na fase de balanço. É caracterizada por 
passos curtos e rápidos, base de suporte 
alargada e ausência balanceio recíproco 
dos MMSS. 
• O bebê executa a flexão do quadril, a 
semiflexão do joelho e a flexão dorsal 
durante a fase de balanço. O contato 
inicial é feito com todo o pé no chão ou 
em flexão plantar. No final da fase de 
apoio ocorre ligeira extensão do quadril e 
do joelho. Os quadris se mantêm em 
rotação externa e abdução durante todo 
o ciclo da marcha, o que faz com que os 
pés apontem para fora. 
• Alguns fatores contribuem para a 
aquisição da marcha independente: 
mudanças nas proporções corporais, 
maturação neural e experiência, que 
contribui para aumento da força 
muscular e equilíbrio, pois proporciona a 
prática de se mover na posição ereta. 
• O desenvolvimento da marcha 
independente pode parecer apenas um 
estágio natural da sequência de 
aquisição de habilidades do bebê; 
entretanto, não é uma aquisição simples.

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