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REFLEXOS PRIMITIVOS

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REFLEXO DA GLABELA 
Leve percussão com o dedo na região da 
glabela provoca o fechamento imediato das 
pálpebras, simétrica e bilateralmente. Pode 
ser observado até por volta do segundo mês 
e permite verificar eventuais paresias faciais. 
 
REFLEXO DE BUSCA OU DOS QUATRO PONTOS 
CARDIAIS 
Estímulo oferecido na comissura labial e na 
porção média perilabial superior e inferior; 
como resposta, haverá desvio dos lábios 
para o lado estimulado. A literatura 
apresenta variabilidade quanto ao período 
deste como resposta reflexa e a transição 
para controle voluntário, ocorrendo entre o 
terceiro a sexto mês de vida. 
 
REFLEXO DE VÔMITO (NAUSEANTE) 
Até 6 meses de idade, é desencadeado com 
estímulo, localizado no terço anterior da 
língua. De 6 meses em diante, passa para o 
terço posterior, seguindo como um reflexo de 
proteção. 
 
REFLEXO DE MORO 
O examinador coloca o bebê sobre um 
antebraço apoiando a cabeça com a outra 
mão. A mão que sustenta a cabeça move-
se para baixo desencadeando um 
 
 
 
 
deslocamento abrupto da cabeça do bebê 
para trás, o que promoverá a excitação dos 
canais semicirculares e dos proprioceptores 
do pescoço pela modificação da posição da 
cabeça em relação ao corpo. Como 
resposta, observam-se extensão, abdução e 
elevação de ambos os membros superiores, 
seguidas de retorno à posição flexora inicial. 
Pode ser seguido de choro durante a 
manobra, por este motivo recomenda-se 
realizar a pesquisa ao final da avaliação dos 
demais reflexos. Em média, deve estar 
integrado por volta do quarto mês de idade. 
 
REFLEXO TÔNICO CERVICAL ASSIMÉTRICO 
(RTCA) 
Descrito por Magnus e De Kleijn, decorre das 
mudanças tônicas assimétricas nos 
músculos do pescoço, detectadas pelas 
terminações proprioceptivas 
correspondentes às raízes posteriores dos 
três primeiros nervos cervicais, seguindo por 
vias aferentes até centros subcorticais 
ligados ao labirinto. Pode ser observada 
resposta resultante de movimentos 
espontâneos ou pela rotação da cabeça 
para um ou outro lado realizado pelo 
examinador enquanto a outra mão 
estabiliza o tronco do RN. Essa resposta se dá 
pela extensão dos membros do lado para o 
qual a face estiver direcionada e pela flexão 
do lado occipital. Essa atitude, também 
descrita como “de esgrimista”, favorece a 
presença da mão do bebê no campo visual, 
o que contribuirá para importante aquisição, 
estabelecendo a imagem da mão no 
esquema corporal, favorecendo a 
coordenação olho-mão e facilitando o 
desenvolvimento da preensão. Esse reflexo 
estará bem ativo no segundo mês de vida e 
deverá estar integrado por volta do terceiro 
a quarto mês. 
 
REFLEXO MÃO-BOCA OU BABKIN 
Como resposta à pressão exercida pelos 
polegares do examinador sobre as palmas 
das mãos do lactente, este fará a rotação da 
cabeça para a linha média, acompanhada 
pela abertura da boca. Esse reflexo se 
atenua por volta do terceiro mês e deve 
estar integrado já no quarto mês. A presença 
pressupõe à existência de conexões 
sensório-motoras entre as mãos e a boca, o 
que permitirá mais tarde a coordenação 
voluntária entre elas. 
 
REFLEXO DE PREENSÃO PALMAR 
Desencadeado pela pressão da palma da 
mão. Observa-se flexão dos dedos. Resulta 
de aferência e eferência das raízes de C6, C7 
e C8. Desaparece no quarto mês. 
 
REFLEXO DE EXTENSÃO CRUZADA 
O membro inferior do bebê deverá ser 
contido em extensão; a seguir, estimula-se a 
planta do pé e como resposta o membro 
inferior contralateral aumenta a flexão da 
perna sobre a coxa e desta sobre o abdome, 
para em seguida aduzir e estender ao 
máximo, aproximando o pé do ponto 
estimulado, como para se defender do 
estímulo nocivo. Está presente ao 
nascimento e costuma desaparecer por 
volta do segundo mês 
 
REFLEXO DOS OLHOS DE BONECA 
Presente ao nascimento, sofre rápido 
declínio e em média se encontra atenuado 
já a partir do décimo dia de vida. Ao se 
desviar a cabeça para um dos lados, há 
desvio conjugado dos olhos para o lado 
oposto, recuperando lentamente a posição 
habitual de centralização. Indica integridade 
das vias vestíbulo-oculares. 
 
REFLEXO DE SUCÇÃO 
Um estímulo oferecido pelo dedo mínimo do 
examinador protegido por uma luva, ou 
utilizando-se o dorso da mão do próprio 
bebê, na região do lábio ou da língua. Como 
resposta, o bebê fará a sucção. Costuma 
seguir o reflexo de procura com relação ao 
período de transição para motricidade 
voluntária. 
 
REFLEXOS CUTÂNEOS ABDOMINAIS 
A pele do abdome deve ser estimulada com 
um estilete de ponta romba explorando-se: 
o reflexo cutâneo abdominal médio, 
horizontalmente da lateral até o umbigo; o 
superior e o inferior em linha de cima para 
baixo e de baixo para cima, até o umbigo. 
Resultará na contração brusca dos 
músculos da parede abdominal, decorrente 
de estímulos superficiais, sendo uma reação 
medular. Há diferenças relatadas quanto à 
idade em que se fazem presentes, mas 
parece haver um consenso de que em torno 
dos 8 meses a 1 ano de idade as respostas 
difusas não serão mais observadas, 
demonstrando maturidade neurológica 
para a realização desta prova. 
 
REFLEXO CUTANEOPLANTAR 
Realiza-se estímulo com estilete de ponta 
romba, na porção lateral do pé do bebê, no 
sentido artelhos-calcâneo para evitar a 
resposta combinada da preensão plantar, 
segundo Funayama. Outros autores 
sugerem estímulos no sentido calcanhar-
artelhos, seguindo pelo bordo lateral. O 
reflexo cutaneoplantar é em extensão no 
primeiro semestre de vida. No segundo 
semestre, pode ser em flexão, indiferente ou 
em extensão. Possui aferência em S1 e 
eferência em L4. A partir da aquisição da 
marcha independente, deve ser sempre em 
flexão. Não foi mencionado o reflexo de 
Babinski, seguindo Coriat, Dargassies e 
Lefèvre, por ser este um sinal que denuncia 
lesão piramidal, apresentando 
características tanto pelo mecanismo 
fisiológico, como pela expressão 
semiológica, bem distintas do reflexo 
cutaneoplantar. 
 
REFLEXO DA PREENSÃO PLANTAR 
Desencadeado pela pressão da base dos 
artelhos, observa-se flexão dos dedos do pé. 
Está presente ao nascimento, atenua-se por 
volta do terceiro trimestre e desaparece 
totalmente aos 12 meses. Parece demonstrar 
maturidade neuromotora da criança, 
influenciada mais pelo uso voluntário dos 
membros inferiores do que pela idade 
cronológica. 
 
REAÇÃO DE APOIO PLANTAR 
Observada quando se oferece contato dos 
pés em uma superfície rígida (mesa de 
exame) com o bebê suspenso na região 
infra-axilar em posição vertical. Ele realizará 
aumento do tônus extensor dos membros 
inferiores. Em média, é considerado presente 
até os 2 a 3 meses de idade. Coelho relata 
este reflexo como de controle situado no 
tronco cerebral. 
 
REFLEXO DE MARCHA 
Seguindo a postura descrita anteriormente e 
alcançada a extensão dos membros 
inferiores, uma leve inclinação anterior 
favorece a alternância dos membros, com 
cruzamento de uma perna à frente da outra, 
resultando na troca de passos. Também 
observado até os 2 meses de idade em 
média. 
 
REAÇÃO DE COLOCAÇÃO 
É desencadeada por estímulo tátil do dorso 
do pé, estando o bebê em suspensão 
vertical segurado pelas axilas. Observa-se 
elevação do pé como se estivesse subindo 
um degrau de escada. Há integração 
corticocerebelar citada por Funayama 
como o único reflexo primitivo com 
integração cortical. As mãos podem 
apresentar a mesma resposta, quando 
estimuladas na face dorsal, realizando o 
apoio sobre a mesa de exame. Observado 
até o segundo mês de vida. 
 
REAÇÃO DE LANDAU 
Decorre da complexa interação de reações 
labirínticas e tonicocervicais. É pesquisada 
com o bebê em suspensão ventral, e nesta 
condição a cabeça irá se elevar 
espontaneamente, formando um arco 
côncavo para cima. Existem relatos distintos 
com relação a idade em que ela surge e 
quanto ao seu término. Alguns autores a 
relatam como presente a partir do 
nascimento. Outros fazem referência a partir 
dos 3 meses de idade, quando a extensão da 
cabeçaultrapassa a linha corporal, quando 
a extensão alcança o tronco e quadril em 
torno de 6 meses e quando finalmente se 
apresenta até os membros inferiores por 
volta dos 10 meses. É classificada em Landau 
I, quando ocorre a extensão, e Landau II, 
quando ao se fletir ventralmente a cabeça 
da criança esta apresentará flexão do 
tronco e dos membros. 
 
REFLEXO DE GALANT 
Pode ser obtido em decúbito ventral (neste 
caso, deve-se manter a cabeça do bebê na 
linha média) ou suspensão ventral. Estímulo 
realizado sobre a pele na região 
costolombar, um pouco acima da crista 
ilíaca; como resposta, a coluna se curva 
para este lado. Presente desde o 
nascimento, desaparece no decorrer do 
segundo mês. 
 
 
REAÇÃO DE FUGA À ASFIXIA 
Colocado em decúbito ventral, a rotação da 
cabeça é imediata, garantindo a liberação 
das vias aéreas.

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