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Extinção da personalidade natural Modos de extinção Art. 6 - a existência da pessoa natural termina com morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. ➔ A pessoa natural só tem seu fim com a morte, podendo ser real, presumida, civil ou simultânea (comoriência). Morte real ➔ Deve ser comprovada com o atestado de óbito, por ação declaratória de morte presumida ou justificação de óbito, sem decretação de ausência. ➔ Se dá com a morte encefálica. Art. 9 - Serão registrados em registro público: I - os nascimentos, casamentos e óbitos; II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz; III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa; IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida. ➔ Ocorre com a paralisação da atividade encefálica. ➔ A morte real extingue a capacidade e dissolve tudo (mors omnia solvit), não sendo mais o morto sujeito de obrigações. Acarreta a extinção do poder familiar, do vínculo matrimonial, a abertura da sucessão, extinção dos contratos personalíssimos e extinção de pagar alimentos (passa para os herdeiros). ➔ A vontade do de cujus sobrevive por meio do testamento. E o corpo é protegido por lei, deve haver respeito. ➔ Militares podem ser condecorados post mortem e vendedores terem falência decretada. Art. 7 - pode ser decretada a morte presumida, sem decretação de ausência: I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra. Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento. Morte presumida ➔ A morte presumida pode ser com ou sem declaração de ausência. Presume-se a morte, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva ou na provisória quando o ausente tem 80 anos. ➔ A presunção de morte pode ser considerada no caso de casamento, quando a esposa de um ausente quer se casar e precisa se separar. “o casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste Código quanto ao ausente” ➔ No processo de ausência a presunção de morte é declarada ao iniciar o processo de sucessão definitiva. Implica a morte presumida do ausente. ➔ “Quem estava em perigo de vida” abrange qualquer pessoa em situação de risco que pode levar à morte. Morte civil ➔ Existiu na idade média, onde pessoas eram consideradas mortas para o mundo ao perderem direitos civis. ➔ Atualmente, a morte civil se encontra abolida das legislações. Mas há uma exceção, no art. 1816 trata o herdeiro como morto para afastá-lo da sucessão. Comoriência Art. 8 - se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos. ➔ A comoriência como uma presunção de simultaneidade de óbitos ➔ "Presumir-se-ão simultaneamente mortos”. ➔ O principal efeito da presunção de morte simultânea é que, não tendo havido tempo ou oportunidade para a transferência de bens entre os comorientes, um não herda do outro. Não há, pois, transferência de bens e direitos entre comorientes. Por conseguinte, se morrem em acidente casal sem descendentes e ascendentes, sem se saber qual morreu primeiro, um não herda do outro. ➔ Não haverá sucessão entre as pessoas falecidas, devendo ser aberta a sucessão de cada um deles separadamente, como se nunca houvesse existido o outro. x Referência bibliográfica: Direito Civil Brasileiro, Parte Geral. 2021. Carlos Roberto Gonçalves.
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