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Bernoulli - 2020 - Prova 1 pdf

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PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
1 Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a 
Proposta de Redação, dispostas da seguinte maneira:
a. as questões de número 01 a 45 são relativas à área de Linguagens, 
Códigos e suas Tecnologias;
b. Proposta de Redação;
c. as questões de número 46 a 90 são relativas à área de Ciências 
Humanas e suas Tecnologias.
2 Confira se o seu CADERNO DE QUESTÕES contém a quantidade de questões 
e se essas questões estão na ordem mencionada na instrução anterior. Caso o 
caderno esteja incompleto, tenha qualquer defeito ou apresente divergência, 
comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.
3 Escreva e assine seu nome nos espaços próprios do CARTÃO-RESPOSTA com 
caneta esferográfica de tinta preta.
4 Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA, pois ele não poderá 
ser substituído.
5 Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções identificadas 
com as letras , , , e . Apenas uma responde corretamente 
à questão.
6 Marque no CARTÃO-RESPOSTA a opção de língua estrangeira.
7 Use o código presente nesta capa para preencher o campo correspondente no 
CARTÃO-RESPOSTA.
8 Com seu RA (Registro Acadêmico), preencha o campo correspondente ao 
código do aluno. Se o seu RA não apresentar 7 dígitos, preencha os primeiros 
espaços e deixe os demais em branco.
9 No CARTÃO-RESPOSTA, preencha todo o espaço destinado à opção escolhida 
para a resposta. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo 
que uma das respostas esteja correta.
10 O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
11 Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. 
Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não 
serão considerados na avaliação.
12 Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.
13 Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este 
CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA / FOLHA DE REDAÇÃO.
14 Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do 
início da aplicação e poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em 
definitivo a sala de provas nos últimos 30 minutos que antecedem o término 
das provas.
15 Você será excluído do Exame, a qualquer tempo, no caso de:
a. prestar, em qualquer documento, declaração falsa ou inexata;
b. agir com incorreção ou descortesia para com qualquer participante 
ou pessoa envolvida no processo de aplicação das provas;
c. perturbar, de qualquer modo, a ordem no local de aplicação das 
provas, incorrendo em comportamento indevido durante a realização 
do Exame;
d. se comunicar, durante as provas, com outro participante verbalmente, 
por escrito ou por qualquer outra forma;
e. portar qualquer tipo de equipamento eletrônico e de comunicação 
durante a realização do Exame;
f. utilizar ou tentar utilizar meio fraudulento, em benefício próprio ou 
de terceiros, em qualquer etapa do Exame;
g. utilizar livros, notas ou impressos durante a realização do Exame;
h. se ausentar da sala de provas levando consigo o CADERNO DE 
QUESTÕES antes do prazo estabelecido e / ou o CARTÃO-RESPOSTA 
a qualquer tempo.
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
*de acordo com o horário de Brasília
2020
Código da Prova: 32
Simulado 2 – Prova I
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
QUESTÃO 01 
As tirinhas da série Itchy Feet retratam, de forma cômica, situações vivenciadas por viajantes. Na tirinha anterior, o autor 
busca satirizar o(a)
A. 	comportamento de turistas provenientes de nações desenvolvidas, os quais tendem a considerar exóticos os hábitos 
culturais de outros países.
B. 	desinteresse de alguns viajantes pelas práticas religiosas dos países que visitam, optando por ignorar seus templos 
e outros locais de adoração.
C. 	displicência típica de alguns turistas com seus objetos de valor, os quais são deixados sem supervisão, mesmo em 
países onde roubos são comuns.
D. 	substituição paulatina das câmeras digitais, antes muito comuns entre viajantes, por celulares com câmera, que são 
menores e mais fáceis de carregar.
E. 	diminuição gradual do entusiasmo de turistas que começam suas viagens registrando todos os detalhes, mas, 
eventualmente, perdem o interesse.
ENEM – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 3BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 02 
Disponível em: <http://moviefone.tumblr.com/>. 
Acesso em: 16 abr. 2015.
A publicidade tem como objetivo não só divulgar empresas, 
produtos ou serviços, mas também persuadir o público a aderir 
a uma ideia ou comportamento. Nessa campanha, o leitor 
é incentivado a 
A. 	 dirigir conforme os limites de velocidade permitidos. 
B. 	 telefonar para os parentes em caso de defeitos no veículo.
C. 	 respeitar a proibição do uso de telefone celular ao volante. 
D. 	 utilizar o serviço de motorista do estabelecimento. 
E. 	 evitar a combinação de bebida alcoólica e direção. 
QUESTÃO 03 
Success is counted sweetest
Success is counted sweetest
By those who never succeed.
To comprehend a nectar
Requires sorest need.
Not one of all the purple Host
Who took the Flag today
Can tell the definition
So clear of Victory
As he defeated – dying –
On whose forbidden ear
The distant strains of triumph
Burst agonized and clear! 
DICKINSON, E. Disponível em: <http://www.poetryfoundation.org>. 
Acesso em: 18 mar. 2016.
Emily Elizabeth Dickinson foi uma poetisa americana cujos 
poemas aparentam simplicidade, mas, na verdade, descrevem 
complicadas verdades psicológicas. No poema “Success is 
counted sweetest”, a autora afirma que as pessoas tendem a
A. 	 comemorar o sucesso alheio com mais entusiasmo.
B. 	 buscar o sentido da vida nos momentos de dificuldade.
C. 	 reclamar dos percalços que encontram em seu caminho.
D. 	 desejar de forma mais aguda aquilo que nunca possuíram.
E. 	 vangloriar-se de seus triunfos e envergonhar-se de seus 
fracassos.
QUESTÃO 04 
We teach girls to shrink themselves, to make 
themselves smaller. 
We say to girls: You can have ambition, but not too much. 
You should aim to be successful but not too successful, 
otherwise you will threaten the man. If you are the breadwinner 
in your relationship with a man, pretend that you are not, 
especially in public, otherwise you will emasculate him.
[…] Because I am female, I’m expected to aspire to 
marriage. I am expected to make my life choices always 
keeping in mind that marriage is the most important. Marriage 
can be a good thing, a source of joy, love, and mutual support. 
But why do we teach girls to aspire to marriage, but we don’t 
teach boys to do the same?
[…] Our society teaches a woman at a certain age who 
is unmarried to see it as a deep personal failure. While a man 
at a certain age who is unmarried has not quite come around 
to making his pick.
[…] We raise girls to see each other as competitors – not 
for jobs or accomplishments, which in my opinion can be a 
good thing – but for the attention of men.
ADICHIE, C. N. We should all be feminists. Nova Iorque: 
Vintage Books, 2014. [Fragmento]
Chimamanda Ngozi Adichie é uma escritora nigeriana que 
explora, em suas obras, temas como feminismo, racismo, 
intolerância, religião e política, entre vários outros. Nesse 
excerto de seu discurso, a autora 
A. 	 condena alguns hábitos culturais de seu país de origem 
com os quais não concorda.
B. 	 denuncia o modo díspar com que são tratados homens 
e mulheres na sociedade.
C. 	 declara sua oposição à imposição do casamento a 
meninas menores de idade.
D. 	 critica o espírito competitivo que as mulheres nutrem 
umas contra as outras.
E. 	 defende o direito da mulher de trabalhar fora e de ser 
a provedora do lar.
QUESTÃO 05 
Formation
My daddy Alabama 
My mama Louisiana
You mix that negro with that Creole, make a Texas-bama
I like my baby hair with baby hairand afros
I like my negro nose with Jackson 5 nostrils
I earned all this money but they never take the country out me
I got hot sauce in my bag… swag
Disponível em: <http://www.beyonce.com/track/>. 
Acesso em: 20 out. 2016. [Fragmento]
A música “Formation” foi lançada pela cantora Beyoncé no ano 
de 2016. Por meio do uso de termos e expressões como Creole, 
afros, negro nose e hot sauce, além da referência aos estados 
do Alabama e da Luisiana, a artista busca, nessa canção,
A. 	refrear o ódio racial nos Estados Unidos.
B. 	enaltecer as suas raízes afro-americanas. 
C. 	revisitar a história dos negros em seu país.
D. 	mostrar a diversidade étnica estadunidense.
E. 	reproduzir o discurso racista do qual foi vítima.
LCT – PROVA I – PÁGINA 4 ENEM – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
QUESTÃO 01 
LINIERS, R. Disponível em: <http://www.porliniers.com>. Acesso em: 27 out. 2016.
A tirinha do argentino Liniers faz uma crítica ao(à)
A. 	 ausência de tempo das pessoas que trabalham muito.
B. 	 uso das redes sociais para reencontrar os amigos distantes. 
C. 	 falta de interesse das pessoas em buscar informação nas redes sociais. 
D. 	 excesso de tempo que possuem as pessoas que não utilizam as redes sociais. 
E. 	 sociedade contemporânea, que prioriza as relações virtuais em detrimento das pessoais. 
QUESTÃO 02 
Julieta
Película: Julieta 
Dirección y guion: Pedro Almodóvar
País: España 
Año: 2015 
Duración: 95 min 
Género: Drama 
[…]
Calificación por edades: No recomendada para menores de 12 años
Julieta vive en Madrid con su hija Antía. Las dos sufren en silencio la pérdida de Xoan, padre de Antía y marido de Julieta. 
Pero el dolor a veces no une a las personas sino que las separa. Cuando Antía cumple dieciocho años abandona a su madre, 
sin una palabra de explicación. Julieta la busca por todos los medios, pero lo único que descubre es lo poco que sabe de su hija. 
La película habla de la lucha de la madre para sobrevivir a la incertidumbre. Habla también del destino, del complejo de culpa 
y de ese misterio insondable que nos hace abandonar a las personas que amamos, borrándolas de nuestra vida como si 
nunca hubieran significado nada, como si no hubieran existido. 
Disponível em: <http://www.labutaca.net>. Acesso em: 27 out. 2016 (Adaptação). 
De acordo com a sinopse, o filme do diretor espanhol Pedro Almodóvar 
A. 	aborda a questão das relações afetivas entre marido e mulher.
B. 	procura mostrar a luta de mães que tiveram seus filhos desaparecidos.
C. 	classifica-se como uma comédia, gênero bastante explorado pelo diretor.
D. 	é recomendada para crianças e adolescentes por possuir classificação livre. 
E. 	trata do complexo de culpa e da obscuridade em torno do abandono de entes queridos.
ENEM – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 5BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 03 
Riñon, el órgano que más esperan los mexicanos para trasplante
En el marco del Día Mundial del Donador de Órganos y Tejidos, la Secretaría de Salud dio a conocer que en México hay 
más de 20 mil personas en espera de recibir un trasplante y el riñon es el más solicitado.
Esta conmemoración fue establecida por la Organización Mundial de la Salud (OMS) en Ginebra, Suiza, y tiene como 
objetivo difundir y promover la donación de órganos y tejidos para trasplantes, y sumar los esfuerzos de quienes trabajan en 
el mundo a favor de esta causa. 
Detalla que el Centro Nacional de Trasplantes y la Ley General de Salud ofrecen como alternativa para donar la firma 
de un documento oficial de la donación donde se manifiesta el consentimiento de las personas cuya voluntad, después de la 
vida, es ceder sus órganos o tejidos para que sean utilizados con fines terapéuticos.
[...]
Agrega que los órganos que pueden ser trasplantados son el corazón, riñones, hígado, páncreas y pulmón, mientras 
que entre los tejidos están la médula ósea, córneas, piel, hueso, válvulas cardíacas, cartílago, tendones, arterias y venas. 
Disponível em: <http://www.eluniversal.com.mx>. Acesso em: 27 out. 2016. [Fragmento]
A respeito da doação de órgãos no México, a notícia informa que
A. 	 há mais de 20 mil pessoas na fila por um transplante de rim nesse país. 
B. 	 há uma data exclusiva, estabelecida pela OMS, para realizar as doações de órgãos. 
C. 	 promover a doação de órgãos diminui os esforços dos que trabalham em favor da causa. 
D. 	 assinar um documento oficial garante o consentimento de doação de órgãos após a morte. 
E. 	 existe um estoque de órgãos como coração, rins, fígado e pulmão disponíveis para doação.
QUESTÃO 04 
Novelas al dictado
Álvaro Pombo ni escribe a mano ni aporrea un teclado. Él dicta. “Dicto todo lo que se me va ocurriendo y eso forma un bloque. 
Lo leo, lo corrijo, lo vuelvo a leer, me lo leen. Es un mundo de la viva voz. Yo cuento las cosas. Para una novela habitualmente 
dicto 300 páginas y después de esas se quitan 50 o las que sean. La gracia es quitar. Y el ordenador es más cómodo para 
quitar y poner. Los calcos ya son historia”. Siempre trabaja por las tardes. El autor de Contra natura o Donde las mujeres se 
levanta temprano. Emplea las mañanas en leer. “Leo los periódicos con gran atención y preparo un poco lo que voy a hacer 
por la tarde”. A mediodía se da un paseo. “La artrosis me ha martirizado y me ha inmovilizado mucho. Yo antes podía andar 
y andar. Ahora, que soy más lento y cojitranco, me siento más”. Está escribiendo un libro de poemas al que llama El barrio. 
“Yo soy muy de barrio, de este barrio (Argüelles). Se ha vuelto totalmente mestizo, se ha llenado de tailandeses y negros. 
Es estupendo”.
Disponível em: <http://www.elmundo.es/>. Acesso em: 18 nov. 2015.
Para o espanhol Álvaro Pombo, em seu ofício de escritor, o que mais lhe agrada é
A. 	 andar à tarde pelas ruas do bairro onde mora.
B. 	 retirar trechos dos romances ditados por ele.
C. 	 conviver com os mestiços do bairro onde vive.
D. 	 ler atenciosamente os jornais pelas manhãs.
E. 	 ditar as histórias para escrever um romance.
QUESTÃO 05 
Qué es Ni Una Menos
Ni Una Menos es un grito colectivo contra la violencia machista. Surgió de la necesidad de decir “basta de femicidios”, 
porque en Argentina cada 30 horas asesinan a una mujer solo por ser mujer. La convocatoria nació de un grupo de periodistas, 
activistas, artistas, pero creció cuando la sociedad la hizo suya y la convirtió en una campaña colectiva. A Ni Una Menos se 
sumaron a miles de personas, cientos de organizaciones en todo el país, escuelas, militantes de todos los partidos políticos. 
Porque el pedido es urgente y el cambio es posible, Ni Una Menos se instaló en la agenda pública y política.
El 03 de junio de 2015, en la Plaza del Congreso, en Buenos Aires y en cientos de plazas de toda Argentina una multitud de 
voces, identidades y banderas demostraron que Ni Una Menos no es el fin de nada sino el comienzo de un camino nuevo. Sumate.
Disponível em: <http://niunamenos.com.ar>. Acesso em: 27 out. 2016.
O texto informativo apresenta o movimento feminista Ni Una Menos. De acordo com o texto, 
A. 	o coletivo foi um reflexo de manifestações ocorridas na América Latina. 
B. 	a campanha representa um grito coletivo contra a violência de gênero.
C. 	a convocatória nasceu da iniciativa de políticos do congresso argentino.
D. 	as mulheres possuem direitos semelhantes aos dos homens na Argentina. 
E. 	os crimes contra a mulher ocorrem com pouca frequência no país rio-platense. 
LCT – PROVA I – PÁGINA 6 ENEM – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 06 
Disponível em: <http://creativelife.cz/>. Acesso em: 16 dez. 2016 
(Adaptação).
É comum, em publicidades ou propagandas, o uso de recursos 
verbo-visuais para gerar reflexão ou humor. A figura de 
linguagem identificada no anúncio anterior também é vista em:
A. 	
Disponível em : <http://adsoftheworld.com/>. Acesso em: 14 nov. 2016. 
B. 	
Disponível em: <http://image.slidesharecdn.com/>.Acesso em: 31 out. 2016.
C. 	
Disponível em: <http://pt.slideshare.net/>. Acesso em: 31 out. 2016.
D. 	
Disponível em: <https://revistavelha.wordpress.com/>. 
Acesso em: 06 dez. 2016. 
E. 	
Disponível em: <http://antesqueanaturezamorra.blogspot.com.br/>. 
Acesso em: 31 out. 2016. 
QUESTÃO 07 
Roteiros e patrimônios tão incríveis que sua viagem 
também será histórica.
Disponível em: <https://www.mg.gov.br/>. Acesso em: 07 dez. 2016.
A palavra “que”, presente no texto publicitário do governo de 
Minas Gerais, está a serviço da coesão do texto. As ideias 
que essa conjunção traz combinadas são
A. 	adição e comparação.
B. 	conclusão e explicação.
C. 	causa e adição.
D. 	consequência e causa.
E. 	explicação e adição. 
ENEM – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 7BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 08 
A pátria de trompetes
Nova Orleans, no estado americano da Louisiana, era 
no século XIX o que Paris só viria a ser mais de 100 anos 
depois: uma festa. [...]
Dos antigos colonizadores, Nova Orleans herdara a 
tolerância católica a manifestações dos escravos – bem 
diferente do resto do país, protestante. Aos domingos, os 
escravos podiam exibir suas danças e cantos em Congo 
Square. Desde o século XVIII, ainda sob o domínio dos 
franceses, o carnaval, chamado de Mardi Gras, era 
tradicionalíssimo. Um jornal de 1838 revelava a nova mania 
de trompetes e cornetas que tomava conta da cidade. 
Nova Orleans tinha tanta fama de licenciosidade que um 
bairro foi criado em 1897, Storyville, para abrigar a zona de 
meretrício. [...]
A musicalidade da cidade não se restringia aos trompetes 
e atingia as camadas mais miseráveis da população. 
Os escravos se esqueciam da expectativa de 36 anos 
entoando as chamadas canções de trabalho, as canções 
religiosas de fé ou de lamentação e um tipo de interação 
aprendido nas igrejas, o “chamado e resposta”, em que o 
pastor conclamava, e os fiéis respondiam. De uma fusão 
dos elementos musicais africanos com o som de bandas 
militares e a tradição erudita europeia, ensinada a colonos 
e créoles (os filhos livres dos antigos colonos europeus com 
suas amantes negras), nasciam os embriões de um gênero 
musical que tornaria a vida dos negros de lá mais feliz.
SEBBA, J. Aventuras na História. São Paulo, ano 6, n. 62, p. 37-38, 
set. 2008. [Fragmento]
De acordo com o texto, o que tornou possível o surgimento 
do jazz na cidade de Nova Orleans foi o
A. 	 comportamento tolerante dos ex-colonizadores, que 
permitiam aos escravos expressar sua cultura e credo.
B. 	 pioneirismo cultural dos habitantes, que influenciavam 
os hábitos até mesmo dos colonizadores vindos de 
Paris.
C. 	 medo de uma morte prematura por parte dos escravos, 
que almejavam ser lembrados por meio da arte.
D. 	 número elevado de zonas boêmias, que funcionavam 
como antro da prostituição, mas também da criação 
artística.
E. 	 Mardi Gras, que oferecia grandes oportunidades aos 
artistas locais de mostrar seus trabalhos.
QUESTÃO 09 
Como se não bastasse não entendermos as letras 
das receitas médicas, é possível ouvir palavras que nem 
sabemos de onde vieram durante uma consulta. E você não 
está sozinho nessa situação. Dependendo do médico, fica 
bem difícil entender tudo o que ele diz. Mas, em qualquer 
circunstância, na dúvida, pergunte! Nada de ficar com 
vergonha. É da sua saúde que estamos falando. [...]
Por mais que essa ferramenta possa ser útil, nem 
sempre os dados encontrados se aplicam a seu caso 
específico. A ideia inicial das idas tanto ao pronto-socorro 
quanto em uma visita a um especialista é que você saia de 
lá com todas as questões sanadas. Afinal, todos os médicos 
são treinados para isso! 
Cláudia Vasconcellos, professora da Faculdade de 
Medicina de Petrópolis (FMP), conta que “esse processo 
se inicia com o estudante de Medicina entendendo o novo 
termo e, a partir daí, ele deve fazer uma tradução para que 
qualquer paciente possa compreendê-lo”. Cláudia lembra 
que essas traduções são também exploradas durante as 
aulas de semiologia – que é a parte da Medicina relacionada 
ao estudo de sinais e sintomas de patologias –, em que o 
futuro médico aprende a fazer a história com o paciente 
e examiná-lo. 
Disponível em: <http://revistavivasaude.uol.com.br>. 
Acesso em: 29 jul. 2016. [Fragmento]
Baseando-se no texto, pode haver, na comunicação 
entre médico e paciente, um problema de compreensão 
relacionado à
A. 	 informatividade, pois o uso da linguagem médica faz 
com que o paciente não receba ideias inéditas durante 
a comunicação. 
B. 	 aceitabilidade, visto que o paciente que não tem 
conhecimento de termos da área da saúde pode ter 
dificuldade de entender as informações. 
C. 	 coerência, haja vista que é inadequado que os 
pacientes busquem uma consulta médica sem o 
conhecimento de determinadas palavras. 
D. 	 intencionalidade, porque o médico que utiliza o 
“mediquês” tem o objetivo de poupar o paciente de 
notícias desagradáveis sobre a sua saúde. 
E. 	 situacionalidade, já que, em uma consulta, é coerente 
utilizar o “mediquês” quando faltam palavras que 
substituam termos médicos. 
LCT – PROVA I – PÁGINA 8 ENEM – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 10 
Consoada
Quando a indesejada das gentes chegar 
(Não sei se dura ou caroável), 
Talvez eu tenha medo. 
Talvez sorria, ou diga: 
– Alô, iniludível! 
O meu dia foi bom, pode a noite descer. 
(A noite com seus sortilégios.) 
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa, 
A mesa posta, 
Com cada coisa em seu lugar.
BANDEIRA, M. Consoada. In: Poesia completa e prosa. 
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2009.
No texto de Manuel Bandeira, a iminência da morte é 
encarada de forma debochada pelo eu lírico, no entanto 
eufemismos são empregados para se referir a ela. O uso 
dessa figura de linguagem no poema se justifica pelo(a)
A. 	 apelo estético do autor, que preferiu uma expressão 
mais longa para caracterizar a morte.
B. 	 convocatória por parte do autor para que os leitores 
reflitam sobre a efemeridade da vida. 
C. 	 necessidade do autor de sensibilizar seu leitor ao tratar 
de tema tão controverso na literatura.
D. 	 desconforto do eu lírico pela morte, ainda que demonstre 
alguma proximidade dela em sua abordagem.
E. 	 comparação que o eu lírico faz entre a morte e a 
passagem do tempo, vista na dicotomia dia / noite.
QUESTÃO 11 
Disponível em: <http://www.soportugues.com.br>. Acesso em: 01 nov. 2016.
A placa apresenta erro de acentuação na palavra “proibido”. 
De acordo com a norma-padrão da língua, a inadequação 
justifica-se porque o(a)
A. 	 vocábulo classifica-se como proparoxítono.
B. 	 hiato nas vogais “o” e “i” não é tônico.
C. 	 vogal tônica no ditongo “proi” é o “o”. 
D. 	 sílaba tônica dessa palavra é “-do”.
E. 	 acento diferencial não é necessário.
QUESTÃO 12 
Todo azul do mar
Daria pra beber todo azul do mar 
Foi quando mergulhei no azul do mar 
Onda que vem do azul, todo azul do mar
VENTURINI, F.; BASTOS, R. Todo azul do mar. In: Flávio Venturini. 
Ao vivo. LP. Som Livre, 1991. [Fragmento]
Uma mesma palavra pode pertencer a classes gramaticais 
distintas, dependendo do contexto da frase em que está 
inserida. O trecho de música que apresenta o uso da palavra 
“azul” equivalente a seu uso na canção anterior é:
A. 	Você pega o trem azul 
O sol na cabeça 
O sol pega o trem azul 
Você na cabeça 
O sol na cabeça
Disponível em: <http://www.letras.com.br>. Acesso em: 12 dez. 2016.
B. 	Mas quem sofre sempre tem que procurar 
Pelo menos vir a achar 
Razão para viver 
Ver na vida algum motivo pra sonhar 
Ter um sonho todo azul 
Azul da cor do mar
Disponível em: <http://www.timmaia.com.br>. Acesso em: 12 dez. 2016.
C. 	Se acaso anoitecer 
E o céu perder o azul 
Entre o mar e o entardecer 
Alga marinha, vá na maresia 
Buscar ali um cheiro de azul
Disponível em: <http://www.djavan.com.br>. Acesso em: 12 dez. 2016.
D. 	E esse amor é azul 
Como o mar azul 
Como no coraçãoUma doce ilusão
Disponível em: <http://www.letras.com.br>. Acesso em: 12 dez. 2016.
E. 	Eu não sei 
Se vem de Deus 
Do céu ficar azul 
Ou virá 
Dos olhos teus 
Essa cor 
Que azuleja o dia...
Disponível em: <https://www.vagalume.com.br>. 
 Acesso em: 12 dez. 2016.
ENEM – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 9BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 13 
Meu povo preste atenção
O que agora vou contar
De um homem muito valente
Que morava num lugar –
Até o próprio governo
Tinha medo de o cercar
O seu nome era Vilela
Do Sertão pernambucano,
E ele desde pequenino
Que tinha o gênio tirano:
Só com dez anos de idade
Vilela mata o seu mano
Os dois estavam brincando
Na véspera de São João.
Vilela mais o seu mano
Tiveram uma discussão –
Só por causa de um cachimbo
Vilela mata o seu irmão.
ATHAYDE, J. M. História do Valente Vilela. Ceará: José Bernardo da 
Silva, 1975. [Fragmento]
O texto de João Martins Athayde é um exemplar da literatura 
de cordel, tipicamente nordestina. Uma característica desse 
gênero identificada no texto é a
A. 	 banalização da violência para retratar a difícil realidade 
dos sertanejos.
B. 	 incorporação da literatura como meio para alertar os 
leitores sobre um criminoso.
C. 	 caracterização de Vilela num texto que tem como fim 
biografar figuras importantes.
D. 	 reação de protesto do cordelista contra o governo, que 
nada faz para prender Vilela.
E. 	 apresentação da personagem Vilela como um temido 
herói do Sertão pernambucano.
QUESTÃO 14 
O projeto Viva Rugby, que visa divulgar o esporte 
e apresentar os valores da modalidade, esteve nessa 
sexta-feira, 14, na Satc. O atleta Daniel Xavier, da Seleção 
Brasileira, conversou com os estudantes sobre a prática que 
vem crescendo no Brasil.
O jogador falou com os estudantes durante palestra onde 
apresentou o esporte e a trajetória do rúgbi como esporte 
olímpico. “Nossa intenção com o projeto é tornar a modalidade 
conhecida, já que está se popularizando país afora. Além 
disso, queremos propagar valores importantes como respeito, 
amor ao próximo e disciplina”, destacou o atleta.
Além de visitar a Satc, o projeto desenvolvido pelo 
Criciúma Rugby Clube esteve no bairro da Juventude. Os 
treinos da equipe criciumense ocorrem nos campos da Satc.
Disponível em: <http://www.portalsatc.com>. Acesso em: 28 out. 2016.
Embora sua história no Brasil date do século XIX, somente 
nas últimas décadas o rúgbi tem se disseminado pelo 
país, conquistando adeptos de todas as idades. O projeto 
desenvolvido na cidade catarinense de Criciúma busca 
difundir a prática do rúgbi, mas também tem a finalidade de
A. 	 incorporar esse esporte como uma prática de prestígio 
perante a sociedade.
B. 	 aperfeiçoar as táticas empregadas pela equipe local 
durante os treinamentos.
C. 	 associar esse esporte a uma manifestação corporal 
necessária a um grupo social.
D. 	 levar às pessoas que praticam atividades físicas uma 
nova opção de lazer.
E. 	 conquistar a mesma estima associada ao futebol como 
esporte olímpico. 
QUESTÃO 15 
Capítulo III
Um criado trouxe o café. Rubião pegou na xícara e, 
enquanto lhe deitava açúcar, ia disfarçadamente mirando 
a bandeja, que era de prata lavrada. Prata, ouro, eram os 
metais que amava de coração; não gostava de bronze, 
mas o amigo Palha disse-lhe que era matéria de preço, e 
assim se explica este par de figuras que aqui está na sala: 
um Mefistófeles e um Fausto. Tivesse, porém, de escolher, 
escolheria a bandeja, – primor de argentaria, execução fina 
e acabada. O criado esperava teso e sério. Era espanhol; e 
não foi sem resistência que Rubião o aceitou das mãos de 
Cristiano; por mais que lhe dissesse que estava acostumado 
aos seus crioulos de Minas, e não queria línguas estrangeiras 
em casa, o amigo Palha insistiu, demonstrando-lhe a 
necessidade de ter criados brancos. Rubião cedeu com 
pena. O seu bom pajem, que ele queria pôr na sala, como 
um pedaço da província, nem o pôde deixar na cozinha, onde 
reinava um francês, Jean; foi degradado a outros serviços.
ASSIS, M. Quincas Borba. In: Obra completa. V.1. Rio de Janeiro: 
Nova Aguilar, 1993. [Fragmento]
Quincas Borba situa-se entre as obras-primas do autor 
e da literatura brasileira. No fragmento apresentado, 
a peculiaridade do texto que garante a universalização 
de sua abordagem reside
A. 	 no conflito entre o passado pobre e o presente rico, 
que simboliza o triunfo da aparência sobre a essência.
B. 	 no sentimento de nostalgia do passado devido 
à substituição da mão de obra escrava pela dos 
imigrantes.
C. 	 na referência a Fausto e Mefistófeles, que representam 
o desejo de eternização de Rubião.
D. 	 na admiração dos metais por parte de Rubião, que 
metaforicamente representam a durabilidade dos bens 
produzidos pelo trabalho.
E. 	 na resistência de Rubião aos criados estrangeiros, que 
reproduz o sentimento de xenofobia.
LCT – PROVA I – PÁGINA 10 ENEM – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 16 
Cidadezinha qualquer
Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.
 
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas olham.
Eta vida besta, meu Deus.
ANDRADE, C. D. Antologia poética. 12. ed. Rio de Janeiro: 
José Olympio, 1978.
Para retratar a paisagem de uma cidade, o autor utiliza 
elementos que reforçam as características interioranas 
encontradas nesse lugar. Entre esses recursos, destaca-se a
A. 	repetição do advérbio “devagar”, que dá a ideia de 
mesmice, rotina comum de quem vive no interior.
B. 	representação da paisagem natural, única imagem 
presente nos ambientes desse tipo de cidade.
C. 	enumeração de substantivos, que representam os 
pacatos habitantes de uma cidade do interior.
D. 	reiteração do uso do artigo, que indica a quantidade 
reduzida de habitantes de pequenas cidades.
E. 	reprodução da fala de um morador da cidade do interior, 
indicada pela marca de regionalismo.
QUESTÃO 17 
“Se a minha vida não vale, que produzam sem mim.”
A frase no cartaz de uma manifestante nas ruas de 
Buenos Aires, em 19 de outubro [2016], expressa um ponto 
de inflexão nos protestos contra a violência sofrida pelas 
mulheres. Não são apenas mulheres no lado de dentro 
das ruas, mas mulheres fora da produção. Ao relacionar 
corpos violados com corpos que se recusam a produzir, pela 
declaração de greve geral, o potencial de questionamento e 
de rebelião amplia-se. Não é uma fagulha, mas um incêndio. 
Este não é um outubro qualquer no campo dos feminismos.
BRUM, E. Disponível em: <http://brasil.elpais.com>. 
Acesso em: 08 nov. 2016. [Fragmento]
O texto debate as manifestações de mulheres ao redor 
do mundo, em especial na Argentina. Sobre o excerto, 
depreende-se que explicita, principalmente,
A. 	 a crítica à precária situação das mulheres empregadas. 
B. 	 o menosprezo governamental às mulheres que 
reivindicam.
C. 	 o incentivo à greve pelo aumento da violência contra 
mulheres.
D. 	 a ampliação dos motes e das reivindicações de 
protestos feministas.
E. 	 o aprofundamento da crise social das mulheres que 
não produzem.
QUESTÃO 18 
TEXTO I
Books de cachorros resgatados fazem o número de 
adoções aumentar
Uma iniciativa simples impulsionou a adoção de 
cachorros resgatados pela Prefeitura de Piraquara, na 
Região Metropolitana de Curitiba. O setor de comunicação 
da administração municipal se mobilizou para fazer uma 
campanha diferente: alguns dos cães ganharam um ensaio 
fotográfico.
Os dois books foram postados na página da prefeitura no 
Facebook e repercutiram rapidamente. O primeiro, divulgado 
em fevereiro, teve quase dez mil compartilhamentos e quatro 
mil curtidas, além de centenas de comentários, mais de 500. 
O interesse pela adoção foi tão grande que a administração 
municipal decidiu fazer uma campanha de adoção logo 
depois do lançamento do ensaio fotográfico na rede social.
KANIAK, T. Disponível em: <http://g1.globo.com/>. 
Acesso em: 31 out. 2016. [Fragmento adaptado]
TEXTO II
Campanharealizada pelo shopping Golden Square, em 
São Bernardo do Campo.
Disponível em: <http://www.abcdoabc.com.br/>. Acesso em: 31 out. 2016.
A notícia e o cartaz tratam da adoção de cachorros. Quanto 
à abordagem, o texto II apresenta um posicionamento que
A. 	 invalida o texto I, pois, se aumentam as adoções, as 
campanhas tornam-se desnecessárias. 
B. 	 desvirtua o texto I, pois é uma campanha de iniciativa 
privada, visando, portanto, ao lucro.
C. 	 reforça o texto I, pois, bem como a notícia, o cartaz tem 
o objetivo de promover mais adoções.
D. 	 completa o texto I, pois o fato noticiado somente se legitima 
pela exposição do cartaz.
E. 	 apoia o texto I, pois a adoção de animais tende a 
aumentar por meio de campanhas.
ENEM – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 11BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 19 
Fora da ordem
Em 1588, o engenheiro militar italiano Agostinho Romelli 
publicou Le Diverse er Artficiose Machine, no qual descrevia 
uma máquina de ler livros. Montada para girar verticalmente, 
como uma roda de hamster, a invenção permitia que o leitor 
fosse de um texto ao outro sem se levantar de sua cadeira.
Hoje podemos alternar entre documentos com muito mais 
facilidade – um clique no mouse é suficiente para acessarmos 
imagens, textos, vídeos e sons instantaneamente. Para 
isso, usamos o computador, e principalmente a Internet – 
tecnologias que não estavam disponíveis no Renascimento, 
época em que Romelli viveu.
BERCITTO, D. Revista Língua Portuguesa, ano II, n. 14.
O inventor italiano antecipou, no século XVI, um dos princípios 
definidores do hipertexto: a quebra de linearidade na leitura 
e a possibilidade de acesso ao texto conforme o interesse 
do leitor. Além de ser característica essencial da Internet, do 
ponto de vista da produção do texto, a hipertextualidade se 
manifesta também em textos impressos, como
A. 	 dicionários, pois a forma do texto dá liberdade de 
acesso à informação.
B. 	 documentários, pois o autor faz uma seleção dos fatos 
e das imagens.
C. 	 relatos pessoais, pois o narrador apresenta sua 
percepção dos fatos.
D. 	 editoriais, pois o editorialista faz uma abordagem 
detalhada dos fatos.
E. 	 romances românticos, pois os eventos ocorrem em 
diversos cenários.
QUESTÃO 20 
Vambora
Entre por essa porta agora 
e diga que me adora 
Você tem meia hora 
pra mudar a minha vida 
Vem vambora 
que o que você demora 
é o que o tempo leva 
 
Ainda tem o seu perfume pela casa 
ainda tem você na sala 
porque meu coração dispara 
quando tem o seu cheiro 
dentro de um livro 
Dentro da noite veloz
CALCANHOTO, A. Vambora. In: Adriana Calcanhoto. Maritmo. CD. 
Sony Music, 1998. [Fragmento]
Em textos literários, é recorrente o uso de figuras de 
linguagem para a expressão de ideias. Na letra da canção, 
a autora emprega a figura de linguagem
A. 	 metonímia, em “você tem meia hora”.
B. 	 antítese, em “Vem vambora”.
C. 	 sinestesia, em “Ainda tem o seu perfume pela casa”.
D. 	 metáfora, em “porque meu coração dispara”.
E. 	 prosopopeia, em “Dentro da noite veloz”.
QUESTÃO 21 
Alguns episódios que reforçam a sina de agosto, 
o mês do cachorro louco
A história brasileira deu sua contribuição para reforçar 
a crendice em torno do “mês do desgosto”, mas sua origem 
vem, como boa parte das coisas boas e ruins da pátria, 
de Portugal.
Segundo o folclorista Mário Souto Maior, as mulheres 
portuguesas não casavam em agosto porque este era o mês 
preferido para os navios deixarem o país em busca de novos 
territórios para o reino.
Como casar neste mês significava ficar sem lua de 
mel ou mesmo viúva logo após o matrimônio, cunhou-se a 
expressão: “Casar em agosto traz desgosto”. A superstição 
veio para a colônia e persiste em várias regiões do país 
(os destemidos que ousam contrariá-la podem, inclusive, 
conseguir bons descontos).
Em seu Dicionário do Folclore Brasileiro, Câmara Cascudo 
define agosto como “o mês das desgraças e das infelicidades” 
nos países latinos.
VISEU, R. Disponível em: <http://ahistoriacomoelafoi.blogfolha.uol.
com.br>. Acesso em: 27 out. 2016. [Fragmento]
Ao longo do texto, que trata do misticismo que cerca o mês 
de agosto, muitos substantivos que carregam conotações 
negativas são usados para traçar a origem da crença de 
que esse período do ano é cercado de maus agouros. 
No entanto, outros vocábulos são empregados com acepção 
positiva no texto, como é o caso de
A. 	 “sina”.
B. 	 “cachorro”.
C. 	 “contribuição”.
D. 	 “pátria”.
E. 	 “territórios”.
QUESTÃO 22 
A curiosidade de um ouvinte belo-horizontino foi 
despertada após escutar o slogan de uma estação de rádio 
de sua cidade natal. Ele pensou, então, que haveria duas 
possibilidades de escrita, grafadas a seguir:
 I. Alvorada, 94,9 FM. Você sabe por que ouve.
 II. Alvorada, 94,9 FM. Você sabe, porque ouve.
A diferença na escrita das palavras em destaque implica à 
interpretação dos slogans
A. 	 duplicidade de sentidos, pois o texto I exprime a ideia 
de “razão”, e o II a de explicação.
B. 	 ideia de consequência de um fato no texto I, e noção 
de causa no texto II.
C. 	 incoerência, posto que os pronomes relativos nos 
textos I e II estão mal-empregados.
D. 	 redundância, já que existe certeza do informado nos 
dois textos.
E. 	 semelhança de sentido, mas classificações 
morfológicas diferentes.
LCT – PROVA I – PÁGINA 12 ENEM – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 23 
Múmia de 3 mil anos passa por tomografia
Como estudar uma múmia de quase 3 mil anos dentro 
de um sarcófago, quando só o fato de abrir o invólucro, 
colocando-a em contato com o ar, pode transformar em pó 
os restos conservados por milênios? Aliando a tecnologia 
médica com estudos arqueológicos, o Museu Oriental da 
Universidade de Chicago conseguiu obter uma imagem 
tridimensional da múmia Meresamun sem violar seu sarcófago.
Pesquisadores supõem que Meresamun foi sacerdotisa 
de um templo de Tebas em 800 a.C. Sua urna funerária é 
decorada com elaboradas pinturas e está em ótimo estado 
de conservação. Por isso, depois de descoberta, passou 
80 anos lacrada. Segundo os cientistas da universidade, 
com as informações obtidas no exame será possível estudar 
como Meresamun vivia, e continuar deixando-a descansar 
em paz dentro de seu sarcófago.
BETING, G. História viva. São Paulo, ano 6, n. 66, p. 13, abril. 2009.
O texto anterior é informativo, por isso sua abordagem é 
objetiva, estruturada em relatos hierarquizados pelo nível de 
importância dentro do contexto. Com base nisso, a autora 
privilegia a informação de que o
A. 	 estudo das múmias deve ser feito por especialistas 
para que elas não se deteriorem.
B. 	 museu usou recursos tecnológicos atuais para estudar 
uma múmia sem degradá-la.
C. 	 sarcófago encontrado pertenceu a uma personagem 
de relativo destaque na sociedade egípcia.
D. 	 contato do ar com achados arqueológicos pode 
desgastar ou até destruir relíquias milenares. 
E. 	 tempo por que ficou lacrada a urna funerária depois de 
descoberta denota sua conservação.
QUESTÃO 24 
Guardar
Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
Em cofre não se guarda coisa alguma.
Em cofre perde-se a coisa à vista.
Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por admirá-la, 
isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.
Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por ela, isto 
é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela, isto é, estar 
por ela ou ser por ela.
Por isso melhor se guarda o voo de um pássaro
Do que um pássaro sem voos.
Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica, por 
isso se declara e declama um poema:
Para guardá-lo:
Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
Guarde o que quer que guarda um poema:
Por isso o lance do poema:
Por guardar-se o que se quer guardar.
MACHADO, G. In: MORICONI, I. (org.). Os cem melhores poemas 
brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
A memória é um importante recurso do patrimônio cultural de 
uma nação. Ela está presente nas lembranças do passado 
e no acervo culturalde um povo. Ao tratar o fazer poético 
como uma das maneiras de se guardar o que se quer, o texto
A. 	 ressalta a importância dos estudos históricos para a 
construção da memória social de um povo. 
B. 	 valoriza as lembranças individuais em detrimento das 
narrativas populares ou coletivas.
C. 	 reforça a capacidade da literatura em promover a 
subjetividade e os valores humanos.
D. 	 destaca a importância de reservar o texto literário 
àqueles que possuem maior repertório cultural.
E. 	 revela a superioridade da escrita poética como forma 
ideal de preservação da memória cultural.
QUESTÃO 25 
Pacutiguibê Iaô
Pacutiguibê macumba Iaê! 
Pacutiguibê macumba Iaô! 
Hoje tem festa no terreiro 
De Maria Cotia 
Pois hoje é dois de fevereiro 
Para felicidade minha 
Hoje eu vou me mandar 
É pra lá 
Já levo atabaque 
Afinado enfeitado inteiro 
Já levo zamba minha nêga 
Um batuque pro sinhô 
Já levo a fita rubro-negra 
Pra ofertar pra Iaô 
Iaô chegou pra comemorar 
Iaô entrou na roda de zambar bonito 
Iaô chegou do mar
RIBAS, M. Pacutiguibê Iaô. In: Marku Ribas. Underground. LP. 
Copacabana, 1973. [Fragmento]
Uma nação é formada por aspectos sociais, econômicos 
e políticos, que estão diretamente relacionados às formas 
de expressão e à língua. A canção de Marku Ribas trata da 
cultura afrodescendente, empregando versos que destacam a
A. 	 dificuldade do negro de se inserir social e culturalmente 
hoje no Brasil. 
B. 	 oposição da crença e fé europeias em relação à 
religiosidade africana. 
C. 	 festividade de origem negra, envolvendo dança e 
instrumentos musicais.
D. 	 diversidade dos idiomas africanos em relação àqueles 
falados na Europa.
E. 	 participação de negros em rituais conhecidos como de 
origem portuguesa.
ENEM – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 13BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 26 
DAHMER, André. Disponível em: <http://www.malvados.com.br/>. Acesso em: 10 dez. 2014.
A tirinha aborda uma prática recorrente na contemporaneidade: a utilização das redes sociais virtuais. A fala do terceiro 
quadrinho contém uma crítica à(ao)
A. 	 democratização dos aparatos virtuais na contemporaneidade. 
B. 	 existência da escravidão em tempos remotos.
C. 	 possibilidade de escravos terem acesso às redes sociais.
D. 	 tempo disponibilizado na utilização das redes virtuais.
E. 	 tempo gasto pelos escravos na construção das pirâmides. 
QUESTÃO 27 
GALHARDO. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 14 nov. 2016.
Com frequência, as tirinhas servem-se de poucos elementos composicionais para despertar reflexões sobre a vida humana. 
Nesse sentido, os recursos verbo-visuais no texto anterior apontam, simbolicamente, a 
A. 	 condição das pessoas com deficiência. 
B. 	 dúvida existencial de muitas pessoas. 
C. 	 complexidade de questionamentos abstratos. 
D. 	 hipocrisia nos julgamentos dos indivíduos. 
E. 	 ignorância do sujeito sobre sua condição.
QUESTÃO 28 
BROWNE, D. Disponível em: <http://planetatirinhas.wordpress.com>. Acesso em: 22 dez. 2016.
Na tirinha, as personagens dialogam, até que, no último quadrinho, algo inesperado acontece. A atitude da personagem 
principal revela, supostamente, sua intenção de demonstrar a
A. 	sabedoria dos anciãos.
B. 	esperteza dos adultos.
C. 	negligência dos jovens.
D. 	humildade das crianças.
E. 	determinação dos pais.
LCT – PROVA I – PÁGINA 14 ENEM – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 29 
O mundo se tornava fascista. Num mundo assim, 
que futuro nos reservariam? Provavelmente não havia 
lugar para nós, éramos fantasmas, rolaríamos de cárcere 
em cárcere, findaríamos num campo de concentração. 
Nenhuma utilidade representávamos na ordem nova. 
Se nos largassem, vagaríamos tristes, inofensivos 
e desocupados, farrapos vivos, velhos prematuros; 
desejaríamos enlouquecer, recolher-nos ao hospício ou 
ter coragem de amarrar uma corda ao pescoço e dar o 
mergulho decisivo. Essas ideias, repetidas, vexavam-me; 
tanto me embrenhara nelas que me sentia inteiramente 
perdido. Afligia-me especialmente supor que não me seria 
possível nunca mais trabalhar; arrastando-me em ociosidade 
obrigatória, dependeria dos outros, indigno e servil.
RAMOS, G. Memórias do cárcere. São Paulo: José Olympio, 1953. 
Graciliano Ramos apresenta um relato sobre sua prisão 
durante o Estado Novo, no qual narra as situações com que 
se deparou naquele período. No fragmento apresentado, o 
autor 
A. 	 denuncia o modo como o Brasil que surgia tratava os 
cidadãos com ideologias contrárias à Ditadura. 
B. 	 expõe, com a menção a assassinatos ou suicídios, 
uma constante sensação de que a morte se aproxima.
C. 	 afirma que os presos eram inúteis e loucos, sem 
condições dignas de trabalhar e sustentar a si mesmos.
D. 	 faz uma equiparação das pessoas que se encontram 
em cárcere, seja em cadeias, seja em hospícios. 
E. 	 reflete sobre os sentimentos de perdição e ócio 
causados por sua incapacidade de trabalhar na cadeia.
QUESTÃO 30 
Fechado após ser destruído durante um incêndio no fim 
do ano passado [2015], o Museu da Língua Portuguesa fará 
exposições itinerantes do seu acervo no estado de São Paulo 
em 2016. A mostra de “Estação da Língua” será aberta no dia 
4 de março, em Araraquara, interior paulista, e depois passará 
por outras cidades durante o ano, como Pirassununga. 
O fogo destruiu parte do prédio da Estação da Luz, onde 
funciona o Museu da Língua Portuguesa, região central da 
capital paulista, em 21 de dezembro.
Segundo a Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, a 
exposição itinerante em 2016 seguirá o conceito central do Museu 
da Língua Portuguesa, propondo interatividade e tecnologia como 
veículos para apresentar o idioma ao público, nos seus mais 
variados sotaques e evoluções. Como o acervo do museu é digital, 
ele pode ser aplicado e adaptado para outros espaços.
Disponível em: <http://g1.globo.com/>. Acesso em: 14 nov. 2016. 
[Fragmento]
Segundo a notícia, o Museu da Língua Portuguesa destaca-se 
ao preservar o patrimônio linguístico nacional sobretudo por 
A. 	 oferecer interatividade efetiva ao público que o visita. 
B. 	 possibilitar a flexibilidade e a segurança de seu acervo. 
C. 	 promover o acesso à investigação dos variados sotaques.
D. 	 retratar cronologicamente a evolução do português 
brasileiro. 
E. 	 simbolizar a identidade brasileira por meio da língua 
padrão. 
QUESTÃO 31 
“Ler para uma criança é uma atitude transformadora. Por 
meio da leitura, a criança desenvolve a criatividade e adquire 
cultura, conhecimento e valores”, afirma a educadora Ana 
Teberoski, professora da Universidade de Barcelona e uma das 
pesquisadoras mais respeitadas quando o tema é alfabetização.
FLEURY, Y. Disponível em: <http://www.curtamais.com.br>. 
Acesso em: 07 dez. 2016.
Quanto mais cedo a leitura começar, melhor será para a 
criança, de acordo com a pesquisadora entrevistada na 
reportagem. Nessa reflexão, sua fala apoia-se em
A. 	 permitir o contato com um mundo completamente 
desconhecido.
B. 	 apontar para os pais quais são os interesses futuros 
de seu filho.
C. 	 ampliar o potencial de descobertas e a compreensão 
da ética pela criança.
D. 	 buscar o contato com o multiculturalismo para o futuro 
leitor.
E. 	 aumentar logo cedo as chances de uma alfabetização 
eficiente.
QUESTÃO 32 
O quereres
Ah! Bruta flor do querer 
Ah! Bruta flor, bruta flor 
 
Onde queres comício, flíper-vídeo 
E onde queres romance, rock ‘n’ roll 
Onde queres a Lua, eu sou o Sol 
Onde a pura natura, o inseticídio 
Onde queres mistério, eu sou a luz 
E onde queres um canto, o mundo inteiro 
Onde queres quaresma, fevereiro 
E onde queres coqueiro, eu sou obus
VELOSO, C. O quereres. In: Caetano Veloso. Totalmente demais. LP. 
Phillips Records, 1986. [Fragmento]
Caetano Veloso utiliza na canção figuras de linguagem para 
falar da expectativa que pessoas afetivamente envolvidas 
têm uma da outra. Para construir o sentido do texto, 
a principal figura de linguagem presente no trecho é o(a)
A. 	antítese, porqueexiste uma relação de sentidos opostos 
entre as palavras para reforçar a ideia das diferenças 
enfrentadas pelo par. 
B. 	eufemismo, pois são utilizados termos que amenizam a 
situação problemática que envolve a expectativa de um 
em relação ao outro.
C. 	metáfora, porque as palavras permitem inúmeras 
possibilidades de leitura, construindo uma comparação 
implícita entre as pessoas.
D. 	metonímia, porque há termos empregados no lugar de 
outros, com proximidade de ideias, representando as 
diferenças do par.
E. 	paradoxo, pois as combinações de ideias expressas 
pelas palavras são inconcebíveis, sugerindo a 
incompatibilidade entre as pessoas.
ENEM – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 15BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 33 
Arrumação
Josefina sai cá fora e vem vê
olha os fôrro ramiado vai chovê
vai trimina riduzi toda a criação
das banda da lá do ri Gavião
chiquêra prá cá já ronca a truvão
Futuca a tuia, pega o catadô 
Vamo plantá feijão no pó
Mãe Purdença inda num culheu o ai
o ai rôxo essa lavora tardâ
diligença pega panicum balai
vai cum tua irmã, vai num pulo só
vai colhê o ai, ai da tua avó
[...]
MELO, E. F. Arrumação. In: Elomar. Na quadrada das águas perdidas. 
LP. Seminário Música de Agora na Bahia, 1978.
A letra da canção manifesta aspectos do repertório linguístico 
e cultural do Brasil. Para expressar melhor esse repertório o 
compositor faz uso de vários recursos, como a(o)
A. 	 adoção de uma ordem cronológica na narrativa, 
impedindo, assim, a construção de sentido da letra da 
canção.
B. 	 citação de vários elementos típicos da paisagem 
urbana para expressar a cultura regional brasileira.
C. 	 emprego da norma-padrão da Língua Portuguesa para 
garantir a expressão cultural do tema retratado pela 
canção.
D. 	 omissão de alguns elementos da narrativa, como o 
uso de personagens para retratar vários aspectos da 
cultura brasileira.
E. 	 utilização de expressões regionais que, embora 
possam inicialmente dificultar o entendimento, não 
impedem a construção de sentido da canção.
QUESTÃO 34 
Tá faltando eu
Preciso me curtir bem mais 
É pena que só olho pros lados 
Se a alma quer um banho de sais 
O corpo quer me ver apaixonado 
O medo aguça a atração 
A solidão na pele arde 
Espero que quando eu me ver 
E acordar não seja tarde
LEÃO, F. Tá faltando eu. In: Gusttavo Lima. Buteco do Gusttavo. CD. 
Som Livre, 2015. [Fragmento]
Em letras de músicas, a linguagem informal é usada para 
aproximar a canção dos ouvintes. No entanto, ao se analisar 
o texto pelo viés da norma-padrão, inadequações podem ser 
identificadas, como visto no(a)
A. 	 colocação do pronome “me” no primeiro verso.
B. 	 ausência de um artigo indefinido antes de “pena”.
C. 	 uso da preposição que antecede “atração”.
D. 	 conjugação do verbo “ver” na segunda estrofe.
E. 	 emprego do advérbio de negação após o verbo.
QUESTÃO 35 
Como as novas gerações vão expandir a energia solar
O Greenpeace Brasil e a NESsT Brasil lançaram um 
desafio: convocar universitários de todo o país para trazerem 
suas ideias de como democratizar a energia solar. O concurso 
Desafio Solar para Negócios Sociais teve mais de 250 inscrições 
e mostrou que há muitos jovens com boas ideias por aí. 
Ao longo de cinco meses, grupos selecionados participaram 
de seminários, palestras e mentorias com profissionais do 
mercado. Assim, eles receberam informações valiosas para 
conseguir tirar suas ideias do papel.
Segundo Rodrigo Sauaia, presidente executivo da 
Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (ABSOLAR), 
é muito importante ouvir esses jovens e incentivá-los, ainda 
mais quando o interesse é por uma fonte limpa e renovável 
de energia.
Disponível em: <http://www.greenpeace.org>. 
Acesso em: 26 out. 2016. [Fragmento]
Quando lançou o concurso em busca de soluções de 
expansão do uso de energia solar, a organização do desafio 
visou
A. 	 divulgar as boas ideias sustentáveis das instituições.
B. 	 chamar a atenção das universidades para o problema.
C. 	 avaliar o desempenho dos futuros profissionais da área.
D. 	 buscar investimentos em diversos eventos acadêmicos.
E. 	 convidar os jovens a contribuir com propostas 
atualizadas.
QUESTÃO 36 
Disponível em: <http://www.alwaysbrasil.com.br>. Acesso em: 27 out. 2016.
Textos publicitários exploram diferentes recursos para o 
convencimento do público-alvo. A mensagem transmitida 
pelo anúncio anterior estrutura-se pela confluência do texto 
verbal com o texto não verbal, uma vez que o(a)
A. 	corte na frase e o chute na caixa refutam papéis sociais 
atribuídos à mulher.
B. 	produto anunciado cessa os limites sociais historicamente 
impostos ao gênero feminino.
C. 	radicalismo de movimentos feministas do século XXI é 
enaltecido pelo anunciante.
D. 	estampa da camiseta denota que o produto anunciado 
tem respaldo científico.
E. 	igualdade de gêneros torna-se tangível com a existência 
e a venda do produto. 
LCT – PROVA I – PÁGINA 16 ENEM – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 37 
Crônica da abolição
[...] Toda a história desta lei de 13 de maio estava por mim 
prevista, tanto que na segunda-feira, antes mesmo dos debates, 
tratei de alforriar um molecote que tinha. [...]
Disse-lhe com rara franqueza: 
– Tu és livre, podes ir para onde quiseres. Aqui tens casa amiga, 
já conhecida, e tens mais um ordenado, um ordenado que... 
– Oh! meu senhô! Fico. 
– Um ordenado pequeno, mas que há de crescer. Tudo 
cresce neste mundo: tu cresceste imensamente. Quando 
nasceste eras um pirralho deste tamanho; hoje estás mais alto 
que eu. Deixa ver; olha, és mais alto quatro dedos... 
– Artura não qué dizê nada, não, senhô... 
– Pequeno ordenado, repito, uns seis mil-réis: mas é de 
grão em grão que a galinha enche o seu papo. Tu vales muito 
mais que uma galinha. 
– Eu vaio um galo, sim, senhô. 
– Justamente. Pois seis mil-réis. No fim de um ano, se 
andares bem, conta com oito. Oito ou sete. 
Pancrácio aceitou tudo: aceitou até um peteleco que lhe dei 
no dia seguinte, por me não escovar bem as botas; efeitos da 
liberdade. Mas eu expliquei-lhe que o peteleco, sendo um impulso 
natural, não podia anular o direito civil adquirido por um título 
que lhe dei. Ele continuava livre, eu de mau humor; eram dois 
estados naturais, quase divinos. Tudo compreendeu o meu bom 
Pancrácio: daí para cá, tenho-lhe despedido alguns pontapés.
MACHADO DE ASSIS. Crônica da abolição. 
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br>. Acesso em: 07 ago. de 2014. 
Com um objetivo marcadamente irônico, Machado de Assis 
publicou essa crônica poucos dias depois da abolição da 
escravatura no Brasil. O discurso e a atitude do “dono” de 
Pancrácio, que o alforria para contratá-lo como assalariado, 
são os elementos que sustentam a ironia do texto. 
A fala que melhor revela a hipocrisia desse personagem é:
A. 	 “Toda a história desta lei de 13 de maio estava por mim 
prevista, tanto que na segunda-feira, antes mesmo dos 
debates, tratei de alforriar um molecote que tinha.”
B. 	 “Tu és livre, podes ir para onde quiseres. Aqui tens 
casa amiga, já conhecida, e tens mais um ordenado.”
C. 	 “Um ordenado pequeno, mas que há de crescer. 
Tudo cresce neste mundo: tu cresceste imensamente. 
Quando nasceste eras um pirralho deste tamanho; 
hoje estás mais alto que eu.”
D. 	 “Pequeno ordenado, repito, uns seis mil-réis: mas é de 
grão em grão que a galinha enche o seu papo. Tu vales 
muito mais que uma galinha.”
E. 	 “Pois seis mil-réis. No fim de um ano, se andares bem, 
conta com oito. Oito ou sete.”
QUESTÃO 38 
– Aí, beleza? Você joga bola?
– Jogo.
– A gente tá precisando de um lateral direito pra 
completar o time da turma, tá afim?
– Tô dentro.
– Aí, gente, fechamos o time! Qual é seu nome?
– É Léo.
– Vem pra cá, Léo! Chega mais! – chamou um outro garoto.
REBOUÇAS, T. Ela disse, ele disse. Rio de Janeiro: Rocco, 2011.
Por causa de influências históricas, sociais, regionais, entre 
outras, a variação linguística do Brasil é rica e retrata a 
diversidade de seu povo. No trechoapresentado, à procura 
de mais um jogador de futebol, um garoto convida Léo para 
completar o time. A linguagem utilizada
A. 	pertence à variedade culta da língua e está adequada 
ao contexto, pois os garotos acabaram de se conhecer.
B. 	representa o modo de falar dos garotos daquela idade, 
pois a informalidade é comum nesse grupo de falantes.
C. 	está em desacordo com o contexto, pois a informalidade 
do ambiente pede que a linguagem seja coloquial.
D. 	reforça a ideia de como os jovens se expressam mal, 
pois esse modo de falar não condiz com a norma-padrão.
E. 	dificulta a compreensão dos garotos, pois as abreviações 
das palavras e o uso de gírias são inadequados.
QUESTÃO 39 
O Brasil figura entre os países de maior diversidade 
linguística. Estima-se que, atualmente, são faladas mais de 
200 línguas. A partir dos dados levantados pelo Censo IBGE 
de 2010, especialistas calculam a existência de pelo menos 
170 línguas ainda faladas por populações indígenas. 
Embora não contabilizadas pelo Censo, pesquisas na 
área de linguística também apontam para outras línguas 
historicamente “situadas” e amplamente utilizadas no 
Brasil, além das indígenas: línguas de imigração, de sinais, 
de comunidades afro-brasileiras e línguas crioulas. Esse 
patrimônio cultural é desconhecido ou mesmo ignorado 
por grande parte da população brasileira.
A historiografia do país demonstra que foi necessário 
considerável esforço do colonizador português em impor 
sua língua pátria em um território tão extenso. Trata-se 
de um fenômeno político e cultural relevante o fato de, 
na atualidade, a Língua Portuguesa ser a língua oficial e 
plenamente inteligível de norte a sul do país, apesar das 
especificidades e da grande diversidade dos chamados 
“sotaques” regionais. Esse empreendimento relacionado à 
imposição da Língua Portuguesa foi adotado enquanto uma 
das estratégias de dominação, ocupação e demarcação 
das fronteiras do território nacional, sucessivamente, em 
praticamente todos os períodos e regimes políticos. Da 
Colônia ao Império, da República ao Estado Novo e daí 
em diante.
GARCIA, M. V. C. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br>. 
Acesso em: 21 out. 2016. [Fragmento]
Em um país territorialmente tão grande como o Brasil, é 
impossível não haver variedade linguística. Sobre essa 
diversidade exposta no texto, conclui-se que 
A. 	as influências de outras culturas no país contribuíram 
para que a Língua Portuguesa alcançasse todos os 
falantes do território brasileiro.
B. 	os sotaques interferem na compreensão e na qualidade 
da Língua Portuguesa, apesar de esta ser falada de 
norte a sul do país.
C. 	as outras línguas, embora plenamente usadas, são 
irrelevantes, visto que a maioria da população usa a 
Língua Portuguesa.
D. 	as línguas faladas pela minoria são desvalorizadas pela 
população geral, que sabe muito pouco ou nada sobre 
a existência e a importância delas.
E. 	os portugueses esforçaram-se para que a Língua 
Portuguesa dominasse o Brasil por considerarem 
inferiores as outras línguas.
ENEM – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 17BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 40 
TE
XT
O 
AS
SI
NA
TU
RA
= CONFIRMO MINHA PRESENÇA JANTAR DIA TRES VG QUANDO TEREI 
SEMPRE RENOVADO PRAZER ABRACAR VELHOS ET PREZADOS AMIGOS 
PRESTIGIOSO PT CORDIALMENTE =
HABITUE-SE A INDICAR NO RECIBO DO SEU TELEGRAMA A HORA EM QUE 
O RECEBER. COM ESSA PROVIDÊNCIA, AUXILIARÁ O DEPARTAMENTO NA 
FISCALIZAÇÃO DA ENTREGA DOS TELEGRAMAS
Disponível em: <http://www.anosdourados.blog.br>. 
Acesso em: 27 out. 2016 (Adaptação).
O telégrafo foi um meio de comunicação popular no Brasil 
ao longo dos séculos XIX e XX. Um dos gêneros textuais 
decorrentes dele era o telegrama, correspondência social 
caracterizada pela pronta-entrega e por seu texto curto, 
já que a cobrança era feita por palavra. A necessidade de 
compor um texto simples inovou a língua, como comprovado, 
no texto anterior, pela
A. 	 dispensa de todos os sinais diacríticos.
B. 	 supressão de preposições e conjunções.
C. 	 omissão do sujeito em todas as orações.
D. 	 utilização de abreviações em termos longos.
E. 	 ausência de marcadores de pausa na escrita.
QUESTÃO 41 
Oceano
Vem me fazer feliz 
Porque eu te amo 
Você deságua em mim 
E eu oceano 
Esqueço que amar 
É quase uma dor
 
Só sei 
Viver 
Se for 
Por você
DJAVAN. Oceano. In: Djavan. Djavan. LP. Luanda Edições Musicais, 
1989. [Fragmento]
No texto da canção, como recurso estrutural, o autor muda a 
classe gramatical de um dos vocábulos. Essa estratégia implica 
subjetividade temática, demonstrando que o compositor 
A. 	 identifica semelhança sonora entre o substantivo “oceano” 
e a desinência número-pessoal de “amo”. 
B. 	 associa uma ideia de ação ao substantivo concreto 
“água”, inserindo-o entre dois pronomes pessoais.
C. 	 percebe a semelhança de som nos vocábulos terminados 
em “r”, empregando-os todos como verbos.
D. 	 impõe noção de experiência no lugar de ação ao utilizar 
o verbo “viver” como um substantivo. 
E. 	 trabalha a ambiguidade apresentada pelo vocábulo 
“por”, sendo tanto um verbo como uma preposição.
QUESTÃO 42 
Linha de frente
O nó da tua orelha ainda dói em mim 
E Cebolinha mandou avisar 
Quando a “fleguesa” chegar 
Muitos pãezinhos há de degustar 
Magali faz a cadência da situação 
É que essa padaria nunca vendeu pão 
E tudo que é de ruim sempre cai pra cá 
Tem pouca gente na fronteira, então é só chegar 
O dinheiro vem pra confundir o amor 
O santo pesado que tá sem andor 
Na turma da Mônica do asfalto 
Cascão é rei do morro e a chapa esquenta fácil 
Quem tá na linha de frente 
Não pode amarelar 
O sorriso inocente 
Das crianças de lá
Disponível em: <http://www.letras.com.br>. Acesso em: 20 out. 2016. 
O rapper Criolo evidencia, em seu discurso, a preocupação 
com o povo brasileiro, levando para suas canções a realidade 
das periferias. Em “Linha de frente”, o cantor refere-se à 
Turma da Mônica, conhecida história em quadrinhos de 
Mauricio de Sousa, para 
A. 	 denunciar o trabalho infantil presente nas favelas 
brasileiras, em que crianças se sujeitam a empregos 
no comércio local em troca de um salário ínfimo, pois 
estão na linha de frente do sustento da família.
B. 	 refletir sobre o abandono das crianças de periferia, 
que vivem ociosas, observando o movimento da rua 
e do comércio sem fregueses, e conscientes de sua 
condição, sem dinheiro e assistência.
C. 	 falar da realidade das crianças envolvidas com o tráfico 
no Brasil, que utilizam os comércios de fachada para a 
venda de drogas, as quais entram facilmente no país 
porque as fronteiras são pouco vigiadas.
D. 	 homenagear as personagens, fazendo uma menção 
ao seu papel de representantes das crianças, tanto 
do morro quanto dos grandes centros, mesmo sendo 
essas realidades tão diferentes.
E. 	 mostrar como a realidade das crianças da periferia é 
difícil, pois, como há policiamento na fronteira, o que 
há de pior na sociedade vai para lá, afastando-as das 
pessoas que evitam frequentar esses locais.
LCT – PROVA I – PÁGINA 18 ENEM – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 43 
O meu nirvana
No alheamento da obscura forma humana, 
De que, pensando, me desencarcero, 
Foi que eu, num grito de emoção, sincero 
Encontrei, afinal, o meu nirvana!
Nessa manumissão schopenhauereana, 
Onde a vida do humano aspecto fero 
Se desarraiga, eu, feito força, impero 
Na imanência da ideia soberana!
Destruída a sensação que oriunda fora
Do tato – ínfima antena aferidora
Destas tegumentárias mãos plebeias –
Gozo o prazer, que os anos não carcomem,
De haver trocado a minha forma de homem
Pela imortalidade das ideias
ANJOS, A. O meu nirvana. In: Eu e outras poesias. 3. ed. São Paulo: 
Livraria Martins Fontes Editora, 2011.
No soneto de Augusto dos Anjos, o eu lírico reflete acerca 
de sua imortalidade como poeta. O gênero literário em que 
esse poema se enquadra é o lírico, pois a voz poética
A. 	usa da confluência de tempos, espaços, ações e vozesna construção do texto.
B. 	busca homenagear o autor Schopenhauer por meio de 
linguagem grandiloquente.
C. 	dá vazão à sua subjetividade num texto em que 
prevalecem rima e musicalidade.
D. 	trabalha uma temática cotidiana numa ordem sequencial 
e progressiva de tempo.
E. 	narra seus grandes feitos, citando o autor Schopenhauer, 
aqui visto como o herói.
QUESTÃO 44 
Disponível em: <www.ivancabral.com>. Acesso em: 27 fev. 2012.
O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação 
de informações visuais e recursos linguísticos. No contexto 
da ilustração, a frase proferida recorre à
A. 	 polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão 
“rede social” para transmitir a ideia que pretende veicular.
B. 	 ironia para conferir um novo significado ao termo 
“outra coisa”.
C. 	 homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o 
espaço da população pobre e o espaço da população 
rica.
D. 	 personificação para opor o mundo real pobre ao mundo 
virtual rico.
E. 	 antonímia para comparar a rede mundial de 
computadores com a rede caseira de descanso da 
família.
QUESTÃO 45 
Disponível em: <http://www.ebah.com.br>. Acesso em: 08 nov. 2016.
A linguagem publicitária visa atrair vendas para o produto que 
anuncia usufruindo de recursos linguísticos e expressivos 
variados. A forma e o vocabulário apresentados no texto, 
que divulga um jornal impresso, têm como objetivo
A. 	 alertar os leitores sobre o problema da comunicação 
no país, apresentando como solução o uso de termos 
coloquiais na publicação.
B. 	 esclarecer que os jornalistas preferem a linguagem 
informal por não causar polêmicas ou distorções na 
intenção discursiva.
C. 	 convidar o leitor a ler o periódico, já que neste é 
empregada uma linguagem acessível e popular para 
relatar os fatos acontecidos.
D. 	 demonstrar que a informalidade, juntamente com os 
regionalismos, também é tema de notícias, mesmo 
aparentando não ser.
E. 	 divulgar que a “língua da gente” é a informal, embora 
haja normas e convenções em textos de outros jornais 
em circulação.
ENEM – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 19BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
TEXTO I
O atual conceito de família valoriza a dignidade da pessoa 
humana, no momento em que tutela o afeto como o ponto 
central, o próprio coração de uma legítima família. A família 
é um vínculo de afeto e é protegida constitucionalmente, 
considerada como a base da sociedade. A diversidade sexual 
com a sua pluralidade afetiva deve ser compreendida como 
um elemento de integração social.
SENA, M. T. C. Novas formas de família. Disponível em: 
<http://ambito-juridico.com.br>. Acesso em: 14 nov. 2016.
TEXTO II
O projeto de lei 6 583 / 13 [Estatuto da Família], de autoria 
do deputado Anderson Ferreira (PR-PE), [...] apresenta, 
logo no artigo 2º, a definição de família: “define-se entidade 
familiar como o núcleo social formado a partir da união entre 
um homem e uma mulher, por meio de casamento ou união 
estável, ou ainda por comunidade formada por qualquer dos 
pais e seus descendentes.”
A proposta está de acordo com o que diz a Constituição 
Federal de 1988, mas vai de encontro a uma decisão do 
Supremo Tribunal Federal brasileiro de 2011. [...] Neste 
ano, ministros do STF reconheceram por unanimidade 
a união entre pessoas do mesmo sexo como família, 
igualando direitos e deveres de casais heterossexuais e 
homossexuais. E, em 2013, o CNJ (Conselho Nacional de 
Justiça) regulamentou a união homoafetiva por meio de 
resolução que obriga os cartórios a realizar o casamento 
civil entre pessoas do mesmo sexo.
Disponível em: <http://noticias.uol.com.br>. Acesso em: 14 nov. 2016. 
[Fragmento] 
TEXTO III
Composição das famílias brasileiras
Casal sem filhos
Casal sem filhos e com parentes
Casal com filhos
Casal com filhos e com parentes
Mulher sem cônjuge com filhos
Mulher sem cônjuge com filhos e com parentes
Homem sem cônjuge com filhos
Homem sem cônjuge com filhos e com parentes
Outros
4,2%
6,3%
2000 2010
13%
1,9%
56,4%
7,2%
11,6%
3,7%
1,5%
0,4%
0,6%
1,8%
4%
12,2%
5,5%
49,4%
2,5%
17,7%
Disponível em: <http://g1.globo.com>. Acesso em: 06 dez. 2016.
TEXTO IV
[...] De acordo com o IBGE, que elaborou o estudo 
Estatísticas de Gênero, em 2000, as mulheres chefiavam 
24,9% dos 44,8 milhões de domicílios particulares. 
Em 2010, 38,7% dos 57,3 milhões de domicílios registrados 
já eram comandados por mulheres. Segundo a Secretaria 
de Políticas para as Mulheres (SPM), em mais de 42% 
destes lares, a mulher vive com os filhos, sem marido ou 
companheiro. Neste cenário de dificuldades e desafios, elas 
conquistaram muito, mas é preciso avançar mais. [...]
Disponível em: <http://www.brasil.gov.br>. Acesso em: 14 nov. 2016. 
[Fragmento]
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INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. 
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas. 
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de 
linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: 
4.1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”. 
4.2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. 
4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.
4.4. apresentar nome, assinatura, rubrica ou outras formas de identificação no espaço destinado ao texto.
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, 
redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da Língua Portuguesa sobre o tema 
“Pluralidade familiar no Brasil: desafios e perspectivas”, apresentando proposta de intervenção que respeite 
os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para 
defesa de seu ponto de vista.
TEXTOS MOTIVADORES
LCT – PROVA I – PÁGINA 20 ENEM – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 46 a 90
QUESTÃO 46 
Assim formou-se a Liga de Delos, com Atenas 
encarregando-se de garantir a proteção das cidades que 
dela faziam parte mediante um tributo destinado a financiar 
a constituição e o funcionamento da frota.
MARITAIN, J. A filosofia da natureza. São Paulo: Edições Loyola. p. 27. 
A Liga de Delos, importante instrumento na luta contra os 
persas, assumiu dimensão distinta da destacada no texto, 
na medida em que os(as)
A. 	 cidades gregas propunham um papel agressivo na 
busca da formação de um império. 
B. 	 pitonisas de Delfos profetizaram a ameaça proveniente 
da Guerra do Peloponeso. 
C. 	 espartanos compreenderam o papel militar decisivo 
dos povos de origem dória. 
D. 	 gregos foram invadidos pelas tropas militares 
macedônicas de Alexandre, o Grande. 
E. 	 recursos arrecadados foram desviados para os 
interesses exclusivos da pólis ateniense. 
QUESTÃO 47 
Disponível em: <http://www.italiamedievale.org>. Acesso em: 19 out. 2016.
A imagem retrata figuras femininas do século XIV na defesa 
de um castelo. Essa representação questiona a 
A. 	versão de que as mulheres eram consideradas inferiores 
pelos homens medievais.
B. 	definição tradicional de sociedade estamental justificada 
ideologicamente pela Igreja.
C. 	concepção de que as mulheres tinham papéis sociais 
ligados ao trabalho doméstico.
D. 	interpretação historiográfica que limita aos homens a 
participação nos combates.
E. 	visão que restringe os papéis sociais exercidos pelas 
mulheres no Período Medieval.
QUESTÃO 48 
Talvez não haja melhor lugar para se observar o 
impacto inicial da queda das taxas de fertilidade da Europa 
nas últimas décadas que a zona rural alemã, um problema 
com implicações assustadoras para a economia e a psique 
do continente.
[...]
Em seu censomais recente [2013], a Alemanha 
descobriu que havia perdido 1,5 milhão de habitantes. 
Segundo especialistas, em 2060, a população do país poderá 
ter encolhido outros 19%, chegando a cerca de 66 milhões. 
Disponível em: <http://economia.estadao.com.br>. 
Acesso em: 01 dez. 2015 (Adaptação).
Entre as medidas adotadas por alguns países europeus para 
evitar a grande escassez de mão de obra, destacam-se o(a) 
A. 	redução do tempo de permanência dos trabalhadores 
em atividade.
B. 	contenção do fluxo migratório proveniente de países 
mais pobres.
C. 	limitação do número de mulheres no mercado de trabalho.
D. 	estímulo à natalidade por meio de subsídios financeiros 
aos pais.
E. 	geração de emprego para a população ativa em 
idade adulta.
QUESTÃO 49 
As três viagens de que Américo [Vespúcio] participou, 
realizadas entre 1499 e 1503, tiveram o mérito de invalidar 
Colombo. Depois delas, ficou claro que as novas terras 
[compunham] um continente desconhecido. Mesmo sem 
ter sido responsável direto por essa descoberta, Américo foi 
recebido na Corte como autoridade na matéria.
GOMES, P. F. Américo antes da América. 
Disponível em: <http://www.revistadehistoria.com.br>. 
Acesso em: 23 out. 2015.
No contexto da Expansão Marítima, o continente que 
os europeus encontraram recebeu o nome de América, 
em homenagem ao florentino Américo Vespúcio, mesmo 
Colombo tendo sido o primeiro europeu a desembarcar 
oficialmente na região. Essa homenagem está relacionada 
com o fato de que Américo Vespúcio
A. 	 invalidou a “descoberta” de Colombo, uma vez que 
o florentino realizou mais viagens que o navegante 
genovês.
B. 	 possuía mais conhecimentos geográficos do que 
Colombo, pois aquele se apoiava na cartografia do 
geógrafo grego Ptolomeu.
C. 	 refutou, por meio de relatos detalhados, a tese de 
Colombo, o qual acreditava ter chegado ao Extremo 
Oriente. 
D. 	 estudou em Florença, fato que lhe conferiu legitimidade, 
pois a cidade era considerada uma referência em 
assuntos náuticos.
E. 	 promoveu uma conquista bem-sucedida da América 
do Sul, ao contrário de Colombo, que fracassou nesse 
intento.
ENEM – VOL. 2 – 2020 CH – PROVA I – PÁGINA 21BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 50 
Eternos moradores do luzente 
Estelífero polo, e claro assento, 
Se do grande valor da forte gente 
De luso não perdeis o pensamento, 
Deveis de ter sabido claramente, 
Como é dos fados grandes certo intento, 
Que por ela se esqueçam os humanos 
De assírios, persas, gregos e romanos.
CAMÕES, L. Os Lusíadas. Disponível em: <http://www.dominiopublico.
gov.br>. Acesso em: 23 nov. 2016. [Fragmento]
Um argumento baseado no trecho do poema épico de Camões 
e outro fundamentado pela atual Historiografia, que buscam 
justificar o pioneirismo português nas viagens ultramarinas, 
são, respectivamente:
A. 	Capacidade técnica dos cosmógrafos / Financiamento 
dos grupos mercantis.
B. 	Heroísmo de figuras públicas / Domínio português da 
navegação de cabotagem.
C. 	Vocação marítima do povo português / Vasta experiência 
dos navegadores.
D. 	Posição geográfica de Portugal / Desenvolvimento das 
ciências da navegação.
E. 	Surgimento de novos instrumentos náuticos / Fundação 
da Escola de Sagres.
QUESTÃO 51 
[...] Os europeus pensaram que a América lhes estava 
destinada. De início, o Novo Mundo constituiu um país de 
sonho, o Eldorado, e de aventuras. O sonho se desfez 
depressa, a aventura permaneceu durante muito tempo a 
regra. A rápida derrocada dos impérios indígenas deu aos 
europeus a impressão de que se encontravam diante de uma 
natureza virgem que poderiam modelar. Como a América 
oferecia menos obstáculos e mais interesses que a África, 
projetaram transplantar para essa região sua civilização 
e engrandecer sua pátria. A América foi o continente das 
novas províncias: Novas Castela, Galiza, Granada, Espanha, 
[...]. Realmente [...], as sociedades constituídas pelos 
europeus diferenciavam-se sensivelmente das de seus 
países. 
CORVISIER, A. História Moderna. São Paulo: Difel, 1980. p. 256. 
[Fragmento]
A expectativa inicial dos europeus, de que a América era 
um território virgem onde poderiam reproduzir fielmente 
sua própria civilização, não se concretizou. Um aspecto que 
corrobora essa originalidade da sociedade colonial que se 
constituiu na América Espanhola foi a
A. 	 adoção de aspectos da cultura nativa pelos colonos. 
B. 	 adesão do catolicismo por parte da população ameríndia.
C. 	 rejeição dos valores europeus pelos povos nativos.
D. 	 miscigenação entre colonos e nativos incentivada 
pela Coroa.
E. 	 imposição de critérios elitistas de organização social. 
QUESTÃO 52 
O conceito de lugar sempre esteve presente na análise 
geográfica, sofrendo amplas considerações em diferentes 
épocas. Por muito tempo, a Geografia tratou o lugar como 
uma expressão do espaço geográfico sob uma dimensão 
pontual (localização espacial absoluta). Para ultrapassar 
esta ideia, a discussão de lugar tem sido realizada sob duas 
acepções: lugar e experiência e lugar e singularidade.
GIOMETTI, S.; PITTON, S. E.; ORTIGOZA, S. A. G. Leitura do 
espaço geográfico através das categorias: lugar, paisagem e território. 
Disponível em: <http://www.acervodigital.unesp.br>. 
Acesso em: 05 dez. 2016 (Adaptação).
A Geografia, como ciência social, utiliza, em sua análise, um 
conjunto de categorias que expressam sua identidade, ao 
discutir a ação humana no ato de ocupar, modificar e modelar 
a superfície terrestre. Dessa forma, a análise do lugar como 
experiência pessoal caracteriza-se principalmente pela 
A. 	 valorização da afetividade em relação ao ambiente.
B. 	 definição do espaço como realidade socialmente 
construída.
C. 	 interpretação da noção coletiva da análise espacial.
D. 	 inserção da noção de território como algo particular.
E. 	 redução dos limites entre tudo que é público e individual.
QUESTÃO 53 
Uma das revoltas de escravos mais conhecida é 
a de Espártaco, ocorrida no ano 70, a partir da fuga 
de um grupo de gladiadores na Campânia [...]. Outras 
revoltas igualmente famosas foram as da Sicília de 
136 a 133 [...]. Estes dois movimentos, não obstante 
terem provocado, pelas suas dimensões, o pânico 
entre os romanos, não foram capazes de ameaçar 
verdadeiramente a ordem estabelecida (escravista) [...]. 
É deste ângulo que também deve ser abordada a 
participação dos escravos urbanos nas lutas políticas entre 
os cidadãos durante o último século da República; lutas que, 
como se sabe, degeneraram em verdadeiras guerras civis. 
Os escravos que se envolveram nestes conflitos na verdade 
serviam de massa de manobra aos políticos ambiciosos e 
não apresentavam um programa político próprio.
FLORENZANO, M. B. O mundo antigo: economia e sociedade. 
São Paulo: Brasiliense, 1982. p. 75-77.
Os exemplos mencionados no texto evidenciam que as lutas 
escravistas ocorridas em Roma, na Antiguidade, foram
A. 	 incapazes de desestabilizar a ordem política dos 
governos romanos.
B. 	 fragilizadas pelo distanciamento dos demais grupos 
sociais subalternos.
C. 	 ineficientes em relação às conquistas de alforrias de 
pessoas escravizadas.
D. 	 limitadas pela falta de uma proposta alternativa à 
estrutura social vigente.
E. 	 irrelevantes historicamente pela incapacidade de 
combater o escravismo.
CH – PROVA I – PÁGINA 22 ENEM – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 54 
[Tom] Standage, editor de conteúdo do site da 
revista britânica The Economist, afirma que redes sociais 
como Facebook, Twitter e Tumblr podem ser as últimas 
encarnações de uma prática que começou por volta do ano 
51 a.C., na Roma Antiga. 
O autor relata como Cícero usava um escravo, 
que posteriormente tornou-se seu escriba, para redigir 
mensagens em rolos de papiro que eram enviados a uma 
espécie de rede de contatos. Essas pessoas, por sua 
vez, copiavam seu texto, acrescentavam seus próprios 
comentários e repassavam adiante.
Disponível em: <https://noticias.terra.com.br>. 
Acesso em: 18 out. 2016. [Fragmento

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