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1 Serie - Sim 04 - Ling e CH - 25.09.2021

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PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
ESTA PROVA SOMENTE PODERÁ SER APLICADA
A PARTIR DO DIA 25/09/2021, ÀS 13H00*.
1 Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a 
Proposta de Redação, dispostas da seguinte maneira:
a. as questões de número 01 a 45 são relativas à área de Linguagens, 
Códigos e suas Tecnologias;
b. Proposta de Redação;
c. as questões de número 46 a 90 são relativas à área de Ciências 
Humanas e suas Tecnologias.
2 Confira se o seu CADERNO DE QUESTÕES contém a quantidade de questões 
e se essas questões estão na ordem mencionada na instrução anterior. Caso o 
caderno esteja incompleto, tenha qualquer defeito ou apresente divergência, 
comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.
3 Escreva e assine seu nome nos espaços próprios do CARTÃO-RESPOSTA com 
caneta esferográfica de tinta preta.
4 Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA, pois ele não poderá 
ser substituído.
5 Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções identificadas 
com as letras , , , e . Apenas uma responde corretamente 
à questão.
6 Marque no CARTÃO-RESPOSTA a opção de língua estrangeira.
7 Use o código presente nesta capa para preencher o campo correspondente no 
CARTÃO-RESPOSTA.
8 Com seu RA (Registro Acadêmico), preencha o campo correspondente ao 
código do aluno. Se o seu RA não apresentar 7 dígitos, preencha os primeiros 
espaços e deixe os demais em branco.
9 No CARTÃO-RESPOSTA, preencha todo o espaço destinado à opção escolhida 
para a resposta. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo 
que uma das respostas esteja correta.
10 O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
11 Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. 
Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não 
serão considerados na avaliação.
12 Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.
13 Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este 
CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA / FOLHA DE REDAÇÃO.
14 Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do 
início da aplicação e poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em 
definitivo a sala de provas nos últimos 30 minutos que antecedem o término 
das provas.
15 Você será excluído do Exame, a qualquer tempo, no caso de:
a. prestar, em qualquer documento, declaração falsa ou inexata;
b. agir com incorreção ou descortesia para com qualquer participante 
ou pessoa envolvida no processo de aplicação das provas;
c. perturbar, de qualquer modo, a ordem no local de aplicação das 
provas, incorrendo em comportamento indevido durante a realização 
do Exame;
d. se comunicar, durante as provas, com outro participante verbalmente, 
por escrito ou por qualquer outra forma;
e. portar qualquer tipo de equipamento eletrônico e de comunicação 
durante a realização do Exame;
f. utilizar ou tentar utilizar meio fraudulento, em benefício próprio ou 
de terceiros, em qualquer etapa do Exame;
g. utilizar livros, notas ou impressos durante a realização do Exame;
h. se ausentar da sala de provas levando consigo o CADERNO DE 
QUESTÕES antes do prazo estabelecido e / ou o CARTÃO-RESPOSTA 
a qualquer tempo.
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES
*de acordo com o horário de Brasília
Simulado Ensino Médio – 1ª série – Prova I
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO – VOLUME 4
2021
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
QUESTÃO 01 
Disponível em: <http://www.pakistanjobsbank.com>. 
Acesso em: 29 ago. 2017.
Classificados são pequenos textos geralmente publicados 
em jornais, revistas ou sites com o objetivo de anunciar 
produtos, serviços, atividades, etc. Entre os indivíduos a 
quem o anúncio anterior pode interessar, estão
A. 	 pessoas pertencentes a minorias em busca de 
assistência social.
B. 	 voluntários que desejam ajudar a combater a pobreza 
na África.
C. 	 doadores interessados em contribuir com causas 
sociais.
D. 	 profissionais que possam residir na cidade de 
Islamabad.
E. 	 estudantes à procura de intercâmbios internacionais.
QUESTÃO 02 
Your sponge may be dirtier than your toilet 
If you’re someone who repeatedly uses the same 
sponge to wipe your kitchen counters, table and dishes, 
replacing it only every month or so, a new study published 
in Scientific Reports may make you want to change your 
cleaning habits ASAP.
A team of German researchers analyzed 14 used 
kitchen sponges, collected from households in southwestern 
Germany, and discovered that they harbored a surprisingly 
high amount of bacteria. You may be wasting your time by 
even trying to clean your sponge; the study found that the 
best thing you can do is replace your sponge once a week.
Previous research has shown that kitchen sponges 
contain more active bacteria than anywhere else in the house – 
including the toilet. It has also shown that sponges contain 
pathogenic bacteria – the type that can lead to disease – like 
E. coli and salmonella. Sponges are “the biggest reservoirs 
of active bacteria in the whole house”, the authors write.
Unfortunately, the new study showed that regularly 
sanitized kitchen sponges did not contain significantly less 
bacteria than unclean ones, so it’s probably best to invest 
in a weekly sponge if you want to have a cleaner kitchen.
Disponível em: <http://time.com/4882325/kitchen-sponge-bacteria-
dirty/>. Acesso em: 26 jun. 2018. 
O texto anterior aborda o uso de esponjas para lavar a 
louça e limpar mesas e bancadas na cozinha. A utilização 
de esponjas pode oferecer riscos à saúde humana, pois elas
A. 	 apresentam concentrações muito elevadas de fungos.
B. 	 liberam resíduos químicos tóxicos nos utensílios de 
cozinha.
C. 	 abrigam bactérias patogênicas, como a salmonela e a 
E. coli.
D. 	 ficam impregnadas com restos de alimentos em 
decomposição.
E. 	 proliferam germes na mesma quantidade encontrada 
em sanitários.
QUESTÃO 03 
Another day in paradise
She calls out to the man on the street 
Sir, can you help me? 
It’s cold and I’ve nowhere to sleep, 
Is there somewhere you can tell me?
He walks on, doesn’t look back 
He pretends he can’t hear her 
Starts to whistle as he crosses the street 
Seems embarrassed to be there
Oh think twice, it’s another day for you and me in paradise 
Oh think twice, ‘cause it’s just another day for you, 
You and me in paradise
Think about it
She calls out to the man on the street 
He can see she’s been crying 
She’s got blisters on the soles of her feet 
She can’t walk but she’s trying
Oh think twice, 
‘Cause it’s another day for you and me in paradise
COLLINS, Phillip D. C.; NORWOOD, Willie. Disponível em: 
<https://www.letras.mus.br/phil-collins/8190/>. 
Acesso em: 15 maio 2018. [Fragmento]
O trecho da canção “Another day in paradise” relata o 
encontro entre uma moradora de rua e um pedestre em uma 
grande cidade dos Estados Unidos. Por meio desse relato, 
pretende-se denunciar o(a)
A. 	 indiferença da sociedade em relação à situação 
dos moradores de rua.
B. 	 aumento da desigualdade econômica entre as 
classes sociais.
C. 	 falta de atendimento médico para pessoas de 
baixa renda.
D. 	 precariedade das moradias nos grandes centros urbanos.
E. 	 violência enfrentada pelos moradores de rua no dia a dia.
EM 1ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 LCT – PROVA I – PÁGINA 3BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 04 
Disponível em: <http://adsoftheworld.com>. Acesso em: 13 dez. 2016.
A publicidade anterior, da Prefeitura de Curitiba, busca alertar o leitor sobre os perigos relativos 
A. 	às atitudes descuidadas de algumas pessoas idosas.
B. 	aos danos causados por defeitos de encanamento.
C. 	à presença do botijão de gás em ambientes fechados.
D. 	à falta de supervisão a pessoas em idade avançada. 
E. 	aos problemas de saúde desenvolvidos na velhice.
QUESTÃO 05Forget the “selfie”, holidaymakers go for the “braggies”!
What’s the first thing you do when you get to your holiday home? Unpack your suitcase? Inspect the property for any 
changes? It seems that the trendy thing to do is take a “braggie”.
Since the “selfie” craze began on Twitter and Instagram, people are uploading their holiday pics by the second. Well 
it’s now been documented that a staggering 5.4 million of us upload a photo within just 10 minutes of arriving at our holiday 
destinations to make our friends and family at home jealous.
In a new poll, 25% admitted to sharing a photo with everyone within an hour of arriving, although we’re not all completely 
techno-mad apparently, as the average wait time until people bragged to everyone back home about the stunning view of the 
Med from the hotel balcony averaged about 3 hours.
The poll found that photos were captured and sent mostly via smart phones or tablets and commonly included the “view 
from my hotel room” or the “surrounding area and landscape” such as the swimming pool or sea view – as well as food in 
restaurants. The most frequently used social media platform was Facebook.
But here’s the interesting bit…! With the use of editing apps, research found that 6.5 million of us are likely to edit or crop 
unflattering photos before posting to the public. And surprisingly, 5% of men polled said they would be editing before uploading 
their pics compared to only 2% of women.
Disponível em: <http://www.gotimeshare.org/forget-selfie-holidaymakers-go-braggies/>. Acesso em: 14 jun. 2018. [Fragmento]
Considerando-se as informações do texto, a expressão braggie se refere
A. 	 às fotos produzidas por hotéis e restaurantes para divulgar os melhores destinos de férias.
B. 	 às fotos de viagens publicadas nas redes sociais para causar inveja em outras pessoas. 
C. 	 ao processo de edição digital de fotos de viagens que deixa as imagens mais atraentes.
D. 	 às fotos de viagem alteradas digitalmente usando aplicativos em tablets e smartphones.
E. 	 às selfies masculinas tiradas em locais paradisíacos e publicadas no Facebook.
LCT – PROVA I – PÁGINA 4 EM 1ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
QUESTÃO 01 
Esta es la historia de Mariana, Martín y la ciudad. Ambos 
viven en la misma manzana, el uno frente al otro, en diferentes 
edificios, pero no pueden encontrarse. Sus caminos se cruzan 
sin saber el uno del otro. Ella sube una escalera y él la baja. 
Él sube a un autobús y ella baja. Coinciden en el videoclub 
pero los separa una estantería de películas. Se sientan en 
la misma fila de cine pero la sala está a oscuras. La ciudad 
los une y a la vez los separa.
Disponível em: <https://www.elmulticine.com>. 
Acesso em: 13 jun. 2019.
Considerando as características do gênero sinopse, observa-se, 
no texto sobre o filme argentino Medianeras, a presença de
A. 	 dados essenciais sem os quais não se entende a 
história.
B. 	 descrição detalhada do desenlace da narrativa.
C. 	 objetividade ao abordar o enredo da obra.
D. 	 crítica aos desencontros tratados no filme.
E. 	 recomendação implícita ao resumir a obra.
QUESTÃO 02 
Llevar un estilo de vida saludable, como habrás 
escuchado y leído en más de una ocasión, es la clave para 
vivir más y mejor. 
1. Alimentación: Aliméntate de forma equilibrada, 
variada, suficiente y de calidad. También debes reducir el 
consumo de alimentos precocinados, bollería, embutidos, 
mantequillas, margarinas, refrescos y carnes rojas.
2. Ejercicio físico: Dedícale, al menos, 30 minutos 
diarios o 150 minutos a la semana. Dispones de muchas 
formas de realizar actividad física: caminar, bailar, correr, 
bicicleta, tenis… 
3. Peso y grasa abdominal: Mide tu Índice de Masa 
Corporal (divide tu peso en kilos entre tu altura en metros 
elevada al cuadrado). Como indica la Organización Mundial 
de la Salud, si el resultado es mayor de 25 kg/m2 se considera 
sobrepeso. Por encima de 30 kg/m2 es obesidad. Por otra 
parte, mide tu perímetro abdominal a nivel del ombligo. En 
la mujer debe ser inferior a 88 cm y en el hombre a 102 cm. 
Cifras superiores suponen un importante incremento de 
riesgo cardiovascular.
SARMIENTO, M. Disponível em: <http://fundacionsanrafael.org>. 
Acesso em: 23 set. 2019. [Fragmento]
O texto anterior, disponível no site de uma instituição de 
saúde, tem como objetivo
A. 	 promover a discussão do tema da saúde pública.
B. 	 incentivar a prática de atividades físicas uma vez por 
semana.
C. 	 estimular o interlocutor a manter hábitos saudáveis.
D. 	 vender um produto indicado para a diminuição da 
gordura abdominal. 
E. 	 informar o leitor a respeito do consumo de alimentos 
ultraprocessados.
QUESTÃO 03 
La situación de la población indígena de México en el 
Día para la Cero Discriminación
Los indígenas en México deben enfrentar todos 
los días formas sistemáticas de discriminación 
por su cultura e identidad étnica
Cada primero de marzo se celebra a nivel mundial el 
Día de la Cero Discriminación, que tiene como fin fomentar 
la tolerancia y la diversidad social y luchar por un mundo 
igualitario, donde todos los ciudadanos gocen de las mismas 
oportunidades. En México este día tiene una relevancia 
especial, ya que existen millones de mexicanos que sufren a 
diario estas formas de segregación. [...]
En México, uno de los problemas más graves de 
discriminación es el que afecta a las poblaciones indígenas. 
Los individuos de estas comunidades son discriminados por 
su aspecto físico, su lengua materna o sus tradiciones y se 
ven desfavorecidos en cuanto a oportunidades de trabajo y 
ejercicios de sus derechos como ciudadanos.
La cultura indígena y sus valores se ven amenazados 
por esta segregación, viéndose obligados muchas veces a 
optar modos de vida diferentes o emigrar de sus pueblos 
nativos en búsqueda de una vida mejor. Según los datos 
recogidos de Conapred, hay 15,7 millones de mexicanos 
indígenas que sufren discriminación en múltiples formas que 
se derivan de prejuicios y falta de normativa aplicable que 
asegure su inserción en la sociedad.
El proyecto de nacionalización ha provocado que 
muchas personas entiendan erróneamente que todos los 
individuos del país deben compartir las mismas tradiciones 
y costumbres, por ello, los indígenas que no se integran 
completamente son estigmatizados y se los considera ajenos 
a la sociedad. [...]
En la actualidad, existe la Ley Federal para Prevenir y 
Eliminar la Discriminación que promueve la eliminación de 
las diferencias de trato y oportunidades, pero esta iniciativa 
aún es insuficiente para un verdadero cambio. [...]
SICRE, S. Z. Disponível em: <http://noticias.universia.net.mx>. 
Acesso em: 28 ago. 2017.
A situação de discriminação racial e segregação sofrida pelos 
povos indígenas nativos do México priva os indivíduos desse 
grupo étnico-racial de oportunidades de trabalho, educação, 
saúde e do exercício de sua cidadania. De acordo com o 
texto, essa discriminação deve-se à
A. 	 integração forçada entre brancos e indígenas pela 
proposta de zero discriminação.
B. 	 resistência dos povos indígenas de se relacionar com 
descendentes de espanhóis. 
C. 	 desvalorização das características físicas, das línguas, 
das tradições e das culturas indígenas.
D. 	 revolta da população branca contra as políticas de 
favorecimento aos indígenas.
E. 	 repulsa aos povos indígenas incentivada pelo projeto 
de nacionalização do país.
EM 1ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 LCT – PROVA I – PÁGINA 5BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 04 
Disponível em: <https://recreoviral.com>. Acesso em: 16 ago. 2019. 
Visando promover a saúde e o bem-estar dos cidadãos, o infográfico promovido pela Federação Mexicana de Diabetes 
sugere que 
A. 	 a inclusão de frutas e doces no desjejum regula as taxas de açúcar de pacientes diabéticos.
B. 	 a organização do prato matinal deve se basear em uma dieta que evita cereais.C. 	 a composição do café da manhã deve conter, ao todo, três quartos de frutas, verduras e cereais.
D. 	 o consumo de água deve ser realizado principalmente no café da manhã. 
E. 	 a presença de iogurte e leite condensado é essencial para uma dieta balanceada.
QUESTÃO 05 
Windows 98 sigue vivo. Los colores chillones, el sonido enlatado y los gifs pixelados continúan en géneros musicales 
como el vaporwave, una corriente contracultural en la que el pasado se encuentra muy presente. Da igual que sea popular o 
no: este estilo bucea entre todo lo que tiempo atrás fue desprestigiado para recuperarlo con más fuerza. Un bofetón ochentero 
que, paradójicamente, no entiende de generaciones.
“Es la apropiación y recontextualización de la música popular, principalmente de los años 80 o 90”, explica 
a eldiario.es Clinton Affair, un artista inglés de vaporwave alojado en Madrid. Entre los rasgos del género, señala que las 
canciones “son cortas, repetidas en bucle y suelen estar acompañadas de una estética correspondiente al periodo en el que 
se ambienta”.
LUNA, J. A. Disponível em: <https://www.sinembargo.mx/>. Acesso em: 07 jun. 2019.
No artigo, o uso da expressão “da igual que” (linha 02) indica que o estilo vaporwave inspira-se em
A. 	 programas de computadores atuais e na cultura hacker dos cyberpunks.
B. 	 elementos futuristas e predominantemente na cultura inglesa oitentista.
C. 	 vestimentas e modos de comportamento entendidos atualmente como retrógrados.
D. 	 notícias e acontecimentos de prestígio veiculados há mais de duas décadas pelas rádios.
E. 	 elementos computacionais e em estética musical que alcançou sucesso ou não no passado.
LCT – PROVA I – PÁGINA 6 EM 1ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 06 
ANGELI. Disponível em: <http://www2.uol.com.br>. 
Acesso em: 17 maio 2018.
A confluência dos recursos verbais e não verbais no cartum 
promove uma reflexão crítica acerca da
A. 	 desigualdade econômica existente em uma mesma 
cidade.
B. 	 exploração da mão de obra nas grandes cidades 
brasileiras.
C. 	 falta de acesso à educação pelas crianças em situação 
de rua.
D. 	 manutenção de traços de segregação racial na 
sociedade brasileira.
E. 	 violência explícita e com teor racista praticada por 
parte da sociedade.
QUESTÃO 07 
Há uma opinião comum – a qual é menos um chavão 
que um esforço teórico – segundo a qual se deve distinguir 
o interesse pela beleza do interesse por fazer as coisas. Não 
apreciamos as coisas belas apenas por sua utilidade, mas 
também pelo que são em si mesmas – ou de modo mais 
plausível, pela forma como parecem em si mesmas. “Com 
o bom, o verdadeiro e o útil”, escreveu Schiller, “o homem 
permanece tão somente na seriedade, mas com o belo ele 
brinca”. Apenas quando nosso interesse é completamente 
arrebatado por algo tal qual ele se mostra à nossa percepção 
é que começamos a falar de sua beleza, não importando o 
uso que lhe possa ser dado.
SCRUTON, R. Julgando a beleza. São Paulo: É Realizações, 2013.
De acordo com as reflexões do autor, a arte deve ser julgada 
pelo(a)
A. 	 localidade na qual é exposta.
B. 	 contexto no qual é produzida.
C. 	 funcionalidade na vida cotidiana.
D. 	 arrebatamento estético que causa.
E. 	 excelência do artista que a concebe.
QUESTÃO 08 
TEXTO I
Monte Castelo
Ainda que eu falasse
a língua dos homens.
E falasse a língua dos anjos, 
sem amor eu nada seria.
É só o amor, é só o amor.
Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal.
Não sente inveja ou se envaidece. 
[...]
Estou acordado e todos dormem.
Todos dormem, todos dormem.
Agora vejo em parte, 
mas então veremos face a face.
RUSSO, R. Monte Castelo. In: Legião Urbana. 
As quatro estações. EMI, 1989. [Fragmento]
TEXTO II
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos 
anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou 
como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse 
todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda 
a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não 
tivesse amor, nada seria.
[...]
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; 
o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
[...]
Quando eu era menino, falava como menino, sentia 
como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei 
a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então 
veremos face a face; agora conheço em parte, mas então 
conhecerei como também sou conhecido.
1 Coríntios 13:1-13. Disponível em: <https://www.bibliaonline.com.br>. 
Acesso em: 04 set. 2017. [Fragmento]
Verifica-se uma relação de intertextualidade entre a letra 
da canção e o discurso bíblico que consiste na paráfrase, 
pois a letra
A. 	 imita o estilo bíblico ao se expressar em um tom 
religioso e formal. 
B. 	 critica o discurso religioso por meio da alteração irônica 
de palavras. 
C. 	 cita o trecho sem alterar a forma e as palavras do 
discurso original.
D. 	 reformula o texto original bíblico, mantendo intacto seu 
sentido.
E. 	 ecoa vagamente o texto bíblico por meio de marcas 
sutis. 
EM 1ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 LCT – PROVA I – PÁGINA 7BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 09 
Irás a divertir-te na floresta,
Sustentada, Marília, no meu braço;
Ali descansarei a quente sesta,
Dormindo um leve sono em teu regaço;
Enquanto a luta jogam os pastores,
E emparelhados correm nas campinas,
Toucarei teus cabelos de boninas,
Nos troncos gravarei os teus louvores.
Graças, Marília bela,
Graças à minha estrela!
Depois que nos ferir a mão da Morte,
Ou seja neste monte, ou noutra serra,
Nossos corpos terão, terão a sorte
De consumir os dois a mesma terra.
Na campa, rodeada de ciprestes,
Lerão estas palavras os pastores:
“Quem quiser ser feliz nos seus amores,
Siga os exemplos que nos deram estes.”
Graças, Marília bela,
Graças à minha estrela!
GONZAGA, T. A. Marília de Dirceu. In: A Poesia dos Inconfidentes. 
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996.
A obra de Tomás António Gonzaga se insere no movimento 
artístico do Arcadismo. O fragmento anterior representa as 
propostas estéticas de seu tempo por expor um(a)
A. 	 discurso permeado do culto ao divino.
B. 	 linguagem subjetiva carregada de emoção.
C. 	 consciência trágica da efemeridade da vida.
D. 	 desejo de união do amor com a espiritualidade. 
E. 	 vida idealizada em proximidade com a natureza.
QUESTÃO 10 
Esse “papo” de educação e estímulo à leitura desde a 
infância não vai resolver todos os nossos males, claro, mas 
a mudança passa por eles. Meu desejo é que os nossos 
distintos representantes despertem e comecem desde já 
a construir um país educador e uma sociedade justa com 
raízes fincadas na razão às próximas gerações.
Otimismo demais? Sim, necessitamos de um pouco de 
otimismo nesses tempos em que os debates públicos andam 
tão tresloucados.
MELO, G. Disponível em: <http://observatoriodaimprensa.com.br>. 
Acesso em: 19 set. 2018.
Morfemas são pequenas unidades linguísticas dotadas de 
sentido utilizadas no processo de formação de palavras. 
O prefixo empregado na última palavra do texto é um 
morfema que apresenta sentido semelhante ao de
A. 	 “bendito”.
B. 	 “subjugado”.
C. 	 “analfabeto”.
D. 	 “intravenoso”.
E. 	 “ultrapassado”.
QUESTÃO 11 
Atualmente, o mundo vive a quarta revolução tecnológica 
moderna, estimada para abarcar o período de 2010 
a 2050, com mudanças assombrosas na biotecnologia, 
na inteligência artificial, no rompimento tecnológico geral 
e com o surgimento do robô cognitivo. O ser humano tem 
habilidades físicas e habilidades cognitivas. Nas revoluções 
tecnológicas anteriores, as máquinas competiram com o 
homem em habilidades físicas. Agora, os robôs vão competir 
com o ser humano em habilidades cognitivas, campo em que 
a inteligência artificial exercerá papel central. 
A legislação trabalhista brasileira havia envelhecido 
diante da evolução do mundo do trabalho e dos rumos da 
quarta revolução tecnológica, cujas assombrosas inovaçõesque estão por vir irão impor novas atualizações da legislação 
que regula as relações no mercado do trabalho e, no meio 
disso tudo, enfrentar o desafio de gerar empregos em um 
mundo que caminha para chegar a 10 bilhões de habitantes 
por volta de 2060. O desafio está posto.
Disponível em: <https://www.gazetadopovo.com.br>. 
Acesso em: 21 ago. 2019. [Fragmento]
A análise da construção argumentativa do editorial revela 
que o autor
A. 	 considera a legislação brasileira atual suficiente para 
lidar com a nova realidade mercadológica que se 
aproxima. 
B. 	 parte da revolução tecnológica para discutir as relações 
de trabalho no futuro e a geração de novos empregos.
C. 	 sugere que a legislação empresarial brasileira se 
adeque à nova realidade do mercado de trabalho. 
D. 	 insinua uma aparente defasagem na legislação 
trabalhista de países subdesenvolvidos.
E. 	 critica as novas tecnologias como causa do desemprego 
e do fim dos métodos tradicionais. 
QUESTÃO 12 
Como as flores que nascem nos despenhadeiros e 
algares, onde não penetram os esplendores da natureza, 
a alma de Berta fora criada para perfumar os abismos da 
miséria, que se cavam nas almas, subvertidas pela desgraça.
Era a flor da caridade, alma sóror1.
ALENCAR, J. Til. 5. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1957. p. 349-350. 
1alma irmã; irmã de caridade.
A obra Til, de José de Alencar, enquadra-se na fase 
regionalista do Romantismo brasileiro. No trecho, como 
característica da primeira fase do movimento, identifica-se a
A. 	 descrição objetiva do espaço e das personagens.
B. 	 associação da figura feminina à beleza da natureza.
C. 	 exaltação da pátria como resultado da Independência.
D. 	 representação da natureza como espaço de isolamento.
E. 	 transcrição de termo latino para remeter ao Classicismo.
LCT – PROVA I – PÁGINA 8 EM 1ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 13 
A Santa Inês
Cordeirinha linda,
como folga o povo
porque vossa vinda
lhe dá lume novo!
Cordeirinha santa,
de Iesu querida,
vossa santa vinda
o diabo espanta.
Por isso vos canta,
com prazer, o povo,
porque vossa vinda
lhe dá lume novo.
Nossa culpa escura
fugirá depressa,
pois vossa cabeça
vem com luz tão pura
ANCHIETA, J. A Santa Inês. In: Literaturas da Língua Portuguesa: 
marcos e marcas. São Paulo: Arte & Ciência, 2007. p. 101. 
[Fragmento]
A literatura jesuítica está entre as primeiras manifestações 
artísticas brasileiras. No texto de Padre José de Anchieta, é 
uma característica da literatura quinhentista 
A. 	 a descrição do catolicismo aos índios.
B. 	 a aproximação com temas indígenas.
C. 	 o vocabulário infantil e alfabetizador.
D. 	 o sofrimento pelos pecados cristãos.
E. 	 o caráter doutrinário da poesia.
QUESTÃO 14 
[...] As ancas balançam, e as vagas de dorsos, das 
vacas e touros, batendo com as caudas, mugindo no meio, 
na massa embolada, com atritos de couros, estralos de 
guampas, estrondos e baques, e o berro queixoso do gado 
junqueira, de chifres imensos, com muita tristeza, saudade 
dos campos, querência dos pastos de lá do sertão...
Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando... 
Dança doido, dá de duro, dá de dentro, dá direito... Vai, vem, 
volta, vem na vara, vai não volta, vai varando...
Pouco a pouco; porém, os rostos se desempanam e 
os homens tomam gesto de repouso nas selas, satisfeitos. 
Que de trinta, trezentos ou três mil, só está quase pronta a 
boiada quando as alimárias se aglutinam em bicho inteiro – 
centopeia –, mesmo prestes assim para surpresas más. 
ROSA, G. O burrinho pedrês. In: Sagarana. Rio de Janeiro: Nova 
Fronteira, 2015. [Fragmento]
O trecho de Guimarães Rosa narra o avanço da boiada 
utilizando primordialmente a função poética da linguagem, 
em que o conteúdo da mensagem é reiterado por sua forma. 
Nesse sentido, a função poética pode ser identificada na
A. 	 metáfora da boiada como a maré, associando-a às 
ondas do mar para representar seu ritmo constante e 
seu aspecto visual. 
B. 	 descrição detalhada da cena, com o aspecto da boiada 
e os sons que a compõem, para que se construa uma 
imagem sinestésica.
C. 	 emoção atribuída aos animais, caracterizados por um 
berro queixoso de tristeza e pela saudade dos campos 
e pastos do Sertão.
D. 	 comunicação interrompida no segundo parágrafo, 
no qual não há um assunto delimitado, mas uma 
construção focando no canal.
E. 	 representação da marcha da boiada no ritmo narrativo 
dos dois primeiros parágrafos, que se inicia lento e 
depois se acelera.
QUESTÃO 15 
Por que as relações no trânsito no Brasil são tão 
agressivas?
No Brasil, há a ideia de que todo mundo no país se 
considera superior ao outro, de que nossa família é mais 
importante. É uma sociedade que conjuga uma estrutura 
aristocrática não debatida de maneira profunda e crítica. 
Ninguém respeita o outro porque o outro não existe, apesar 
de o trânsito colocar de maneira inapelável a noção de 
igualdade. Uma vez que o outro não existe, todo tipo de 
agressão é permitida.
Então, as relações de trânsito no Brasil são reflexo 
do modo como a sociedade brasileira vem sendo 
construída desde a época da colonização?
O trânsito é coadjuvante do drama do conflito dos 
aristocratas e das pessoas comuns, apesar de essas 
distinções praticamente terem sido desfeitas desde a 
Proclamação da República. As transformações políticas e 
econômicas são relativamente fáceis de desfazer, faz-se 
até com decreto. Você muda a Constituição, mas não as 
práticas sociais. Como disse Gilberto Freyre, a cultura do 
açúcar das famílias escravocratas e patriarcais forrou as 
nossas regras de convivência mais complexas. Aqui quem 
chega por último é o mais importante. Imagina, então, essa 
mentalidade de barão dentro de um automóvel. É como se 
estivéssemos pilotando uma carruagem potente.
DAMATTA, R. Diário de Pernambuco. 16 ago. 2015. [Fragmento]
No fragmento, o entrevistado apresenta seu ponto de vista 
sobre a relação entre o trânsito e a sociedade brasileira. 
As palavras que sintetizam as ideias defendidas por ele são
A. 	 “arrogância” e “ofensa”.
B. 	 “altruísmo” e “violência”.
C. 	 “egoísmo” e “prepotência”.
D. 	 “ganância” e “desrespeito”.
E. 	 “meritocracia” e “superioridade”.
EM 1ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 LCT – PROVA I – PÁGINA 9BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 16 
DAVIS, J. Disponível em: <://tirinhasdogarfield.blogspot.com.br>. Acesso em: 19 set. 2018.
Os textos carregam funções específicas e diversas, a fim de alcançar o público e transmitir a mensagem pretendida. 
Na tirinha, a função da linguagem predominante é aquela responsável por
A. 	 focar nos textos verbal e não verbal e na seleção do vocabulário.
B. 	 direcionar-se à própria mensagem como meio de provocar sensações.
C. 	 privilegiar os posicionamentos e impressões dos autores das mensagens.
D. 	 destacar o canal de comunicação e o contato por si só entre interlocutores.
E. 	 trabalhar as emoções do receptor e seu resultado no processo comunicativo.
QUESTÃO 17 
– Puxe mais um chorado na viola, compadre
– Mano, espermente um golinho de cachaça ardosa pra tomar sustança
– Então abram roda
BOPP, R. Cobra Norato. 22. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2004.
Cobra Norato reconta a lenda amazônica de uma índia que engravida do Cobra Grande ao se banhar entre o rio Amazonas 
e o Trombetas. Nos versos de Raul Bopp, o vocabulário empregado pelas personagens é um registro que reflete a
A. 	 verossimilhança da fala do grupo em questão.
B. 	 decadência da cultura originária da Amazônia.
C. 	 ausência de instrução formal entre os falantes.
D. 	 objetividade do falar informal em vez do formal.
E. 	 valorização de diversas variantes do português.
QUESTÃO 18 
BUONARROTI, M. A criação de Adão, 1508-1511. Afresco, 280 × 570 cm. Capela Sistina, Vaticano. 
Na obra de Michelangelo, criada durante a Idade Média, observa-se uma das principais ideias dos humanistas pela 
representação do
A. 	 religioso, dispondo o homem em posição de temor a Deus, submisso a seu poder.B. 	 encontro entre Deus e o ser humano, valorizando a divindade acima da condição humana.
C. 	 homem, cujo retrato alude à busca pela perfeição física valorizada pelos artistas do período.
D. 	 alegórico, retomando a figura clássica do deus Zeus e dos seres humanos submetidos a ele. 
E. 	 divino, mostrado em posição acima do homem como forma de representar sua superioridade. 
LCT – PROVA I – PÁGINA 10 EM 1ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 19 
A capitania de Pernambuco está cinco léguas de 
Tamaracá, pelo o sul em altura de oito graus, da qual é 
capitão e governador Duarte Coelho Dalbuquerque. Tem 
duas povoações, a principal se chama Olinda, a outra 
Guaraçu, que está quatro léguas pela terra dentro. Haverá 
nesta capitania mil vizinhos. Tem vinte e três engenhos 
de açúcar posto que destes três ou quatro não são ainda 
acabados.
Alguns moem com bois, a estes chamam trapiches, 
fazem menos açúcar que os outros: mas a maior parte dos 
engenhos do Brasil moem com água. Cada engenho destes 
um por outro, faz três mil arrobas cada ano, nesta capitania 
se fazem mais açúcares que nas outras, por que houve 
ano que passaram de cinquenta mil arrobas, ainda que o 
rendimento deles não é certo, são segundo as novidades 
e os tempos que se oferecem. Esta se acha uma das ricas 
terras do Brasil, tem muitos escravos índios que é a principal 
fazenda da terra. Daqui os levam e compram para todas as 
outras capitanias, por que há nesta muitos, e mais baratos 
que em toda a costa: há muito pau do Brasil e algodão de 
que enriquecem os moradores desta capitania. O porto 
onde os navios entram está uma légua da povoação Olinda; 
servem-se pela praia e também por um rio pequeno que vai 
dar junto da mesma povoação. A esta capitania vão cada ano 
mais navios do reino que a nenhuma das outras. Há nela um 
mosteiro de padres da Companhia de Jesus.
GANDAVO, P. M. Tratado da Terra do Brasil: história da província 
Santa Cruz, a que vulgarmente chamamos Brasil. Brasília: Senado 
Federal, Conselho Editorial, 2008. 
O fragmento apresenta o olhar português sobre as terras 
da América no século XVI. Esse olhar é representado pela
A. 	 narração sensibilizada sobre Pernambuco, que é visto 
como uma terra de riquezas e belezas.
B. 	 presença de argumentação, que busca convencer o rei 
da colonização das terras recém-descobertas.
C. 	 exposição de opinião sobre os povos do Brasil, que 
revela respeito e empatia por parte dos europeus.
D. 	 discussão sobre o papel da Companhia de Jesus, que 
demonstra a força do catolicismo na metrópole.
E. 	 descrição detalhada da região, que expõe informações 
objetivas sobre estrutura, funcionamento e riquezas.
QUESTÃO 20 
[...] Meneses trazia amores com uma senhora, separada 
do marido, e dormia fora de casa uma vez por semana. 
Conceição padecera, a princípio, com a existência da 
comborça; mas, afinal, resignara-se, acostumara-se, e 
acabou achando que era muito direito.
Boa Conceição! Chamavam-lhe “a santa”, e fazia jus ao 
título, tão facilmente suportava os esquecimentos do marido. 
Em verdade, era um temperamento moderado, sem extremos, 
nem grandes lágrimas, nem grandes risos. No capítulo de 
que trato, dava para maometana; aceitaria um harém, com 
as aparências salvas. Deus me perdoe, se a julgo mal. 
Tudo nela era atenuado e passivo. O próprio rosto era 
mediano, nem bonito nem feio. Era o que chamamos uma 
pessoa simpática. Não dizia mal de ninguém, perdoava tudo. 
Não sabia odiar; pode ser até que não soubesse amar.
ASSIS, M. A missa do galo. In: Contos consagrados. Rio de Janeiro: 
Ediouro, 1998. [Fragmento]
No trecho do conto de Machado de Assis, predomina uma 
tipologia no primeiro parágrafo e outra no segundo, já que 
estes trazem, respectivamente,
A. 	 explicação de fatos e instrução sobre o temperamento 
de uma santa.
B. 	 recapitulação do enredo e explicação para as atitudes 
de Conceição.
C. 	 exposição da situação e argumentação para justificar 
o título “santa”.
D. 	 informação a respeito do enredo e elucidação da 
história da personagem.
E. 	 progressão de acontecimentos e caracterização da 
personagem.
QUESTÃO 21 
Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.
ANDRADE, C. D. Procura da poesia. In: A rosa do povo. São Paulo: 
Companhia das Letras, 2012. [Fragmento]
A linguagem cumpre diferentes funções no processo de 
comunicação. No trecho, coexistem diferentes funções da 
linguagem, sendo predominante a
A. 	 conativa, pois o autor esquematiza a composição de 
um texto literário.
B. 	 metalinguística, pois o poema reflete sobre o processo 
de escrita.
C. 	 referencial, pois o foco está na descrição dos objetos 
em análise.
D. 	 poética, pois o autor inova no emprego dos recursos 
linguísticos.
E. 	 emotiva, pois o eu lírico valoriza seus sentimentos 
mais íntimos.
EM 1ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 LCT – PROVA I – PÁGINA 11BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 22 
BUENO, R. Disponível em: <http://www.ivoviuauva.com.br/>. Acesso em: 21 ago. 2019. 
No texto anterior, por suas características, predomina a função da linguagem
A. 	 emotiva, pois as personagens utilizam a conotação para construir suas falas. 
B. 	 fática, pois o foco da mensagem está naquilo que se diz, e não em como é dito. 
C. 	 metalinguística, pois os elementos verbo-visuais referenciam o próprio gênero tirinha.
D. 	 poética, pois há o emprego de linguagem predominantemente rítmica, métrica e figurada. 
E. 	 referencial, pois o foco do texto se concentra nas informações transmitidas pelas personagens.
QUESTÃO 23 
No dia seguinte, alcançamos uma serra alta, que se chama Ocaraçu e não fica muito afastada da terra dos 
Tupinambá. Ali prepararam o acampamento para passarmos a noite. Fui à cabana de Cunhambebe e perguntei-Ihe 
o que pretendia fazer com os mamelucos. Respondeu que iam ser comidos e me proibiu de falar-Ihes. Estava muito 
zangado; seria melhor que tivessem ficado em casa em vez de partirem para a guerra junto com seus inimigos, pensava 
o chefe. Pedi que, apesar disso, poupasse suas vidas e os vendesse para seus amigos. Mas ele determinou que 
os mamelucos iam ser comidos. 
STADEN, H. A verdadeira história dos selvagens, nus e ferozes devoradores de homens. Tradução de Pedro Süssekind. Rio de Janeiro: Editora Dantes, 
1998. p. 190. [Fragmento]
O fragmento da obra de Hans Staden, um aventureiro alemão do século XVI, tem como principal objetivo 
A. 	 colaborar para a catequização compulsória jesuítica. 
B. 	 apresentar impactos que justificassem a colonização.
C. 	 registrar as observações dos europeus sobre a nova terra.
D. 	 garantir que as terras ficassem sob o domínio cultural europeu.
E. 	 ratificar a influência da cultura indígena na transformação europeia.
QUESTÃO 24 
COUTINHO, L. Disponível em: <https://folha.uol.com.br/>. Acesso em: 20 ago. 2019.
A charge de Laerte Coutinho objetiva, socialmente, 
A. 	 questionar as manifestações populares favoráveis à educação, à saúde e ao trabalho no atual contexto brasileiro.
B. 	 expor o ponto de vista da chargista, que incompreende a função das manifestações populares atuais.
C. 	 mobilizar os leitores, como parte do povo brasileiro, a se manifestarem a favor das causas populares.
D. 	 reforçar o caráter empático dos brasileiros, que se unem em manifestações por causas populares.
E. 	 criticar a pouca mobilização dos brasileiros diante dos problemas que afetam o Brasil hoje.
LCT – PROVA I – PÁGINA 12 EM 1ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 BERNOULLI S ISTEMADE ENSINO
QUESTÃO 25 
TEXTO I
Poema do Jornal
O fato ainda não acabou de acontecer
e já a mão nervosa do repórter
o transforma em notícia.
O marido está matando a mulher.
A mulher ensanguentada grita.
Ladrões arrombam o cofre.
A pena escreve.
A polícia dissolve o meeting.
Vem da sala de linotipos a doce música mecânica.
ANDRADE, C. D. Alguma poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 
2013.
TEXTO II
Poema tirado de uma notícia de jornal
João Gostoso era carregador de feira-livre e morava no morro 
da Babilônia num barracão sem número
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu 
afogado.
BANDEIRA, M. Libertinagem. Estrela da vida inteira. 
Rio de Janeiro: José Olympio, 1966.
A intertextualidade pode ocorrer por meio de diversos 
recursos. Assim, o aspecto intertextual entre os dois poemas 
está presente no(a)
A. 	 confronto antitético e pessimista entre vida e morte.
B. 	 denúncia à angústia presente na sociedade moderna.
C. 	 crítica ao excesso de objetividade do texto jornalístico.
D. 	 imediatismo e ativismo da vida moderna na metrópole.
E. 	 falta de credibilidade atribuída à imprensa sensacionalista.
QUESTÃO 26 
Se quer seguir-me, narro-lhe; não uma aventura, mas 
experiência, a que me induziram, alternadamente, séries 
de raciocínios e intuições. Tomou-me tempo, desânimos, 
esforços. Dela me prezo, sem vangloriar-me. Surpreendo-me, 
porém, um tanto à-parte de todos, penetrando conhecimento 
que os outros ainda ignoram. O senhor, por exemplo, que sabe 
e estuda, suponho nem tenha ideia do que seja na verdade – um 
espelho? Demais, decerto, das noções de física, com que se 
familiarizou, as leis da óptica. Reporto-me ao transcendente. 
Tudo, aliás, é a ponta de um mistério. Inclusive, os fatos. 
Ou a ausência deles. Duvida? Quando nada acontece, há 
um milagre que não estamos vendo.
ROSA, J. G. O espelho. In: Primeiras estórias. 16. ed. Rio de Janeiro: 
Nova Fronteira, 1985. [Fragmento]
Considerando as partes que compõem uma narrativa, 
o fragmento do conto anterior, de Guimarães Rosa, 
corresponde 
A. 	 à apresentação, pois introduz as personagens e o tema 
que será abordado.
B. 	 ao desenvolvimento, pois cria a expectativa sobre os 
acontecimentos narrados.
C. 	 ao clímax, pois representa o auge do conflito num 
momento de tensão na trama. 
D. 	 à complicação, pois encadeia os fatos com o objetivo 
de construir um conflito. 
E. 	 ao desfecho, pois apresenta a solução para um conflito 
instaurado anteriormente.
QUESTÃO 27 
Catar feijão
Catar feijão se limita com escrever:
joga-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na da folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.
Ora, nesse catar feijão, entra um risco:
o de entre os grãos pesados entre
um grão qualquer, pedra ou indigesto,
um grão imastigável, de quebrar dente.
Certo não, quanto ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
obstrui a leitura fluviante, flutual,
açula a atenção, isca-a com o risco. 
MELO NETO, J. C. A educação pela pedra. Rio de Janeiro: José 
Olympio, 1966. [Fragmento]
O poema aproxima o ato de catar feijão da própria 
escrita literária, em que a pedra encontrada equivaleria, 
metaforicamente, ao(à) 
A. 	 elemento que aumenta a atenção do leitor sobre o 
texto.
B. 	 expressão artística que afeta o leitor em sua 
sensibilidade.
C. 	 erro que interrompe a leitura e prejudica o entendimento 
do texto.
D. 	 componente que se intercala entre as palavras na 
leitura do texto.
E. 	 item de dificuldade interpretativa que gera ambiguidades 
na leitura.
EM 1ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 LCT – PROVA I – PÁGINA 13BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 28 
Disponível em: <https://painelnoticias.com.br>. Acesso em: 21 ago. 2019. 
Na campanha anterior, o intuito de influenciar na adoção de novos hábitos é concretizado por meio da 
A. 	 alusão a uma situação de violência restrita a lares com crianças que são vítimas indiretas. 
B. 	 apresentação de recursos verbo-visuais que incentivam a luta contra a violência doméstica por todos. 
C. 	 insinuação de que a mulher vítima de violência doméstica deixa de dar a atenção necessária aos filhos.
D. 	 vitimização da criança que sofreu agressões por parte de seus pais ou responsáveis na intimidade do lar.
E. 	 sugestão de que as crianças são as maiores vítimas nos casos de agressão doméstica contra as mulheres. 
QUESTÃO 29 
São Paulo, a maior cidade do Brasil, pode enfrentar mais uma vez uma crise da água em ano eleitoral. E não em qualquer 
eleição, mas nesta que se anuncia como uma das mais duras e truculentas da história recente, agravada ainda pelas fake 
news. Na primeira crise da água, em 2014, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) reelegeu-se no primeiro turno afirmando 
que estava “tudo sob controle”. Apesar das evidências cotidianas de que algo muito grave estava acontecendo, a maioria 
da população de São Paulo preferiu acreditar que tudo ia ficar bem e a vida poderia ser retomada sem maiores alterações. 
A descoberta mais importante revelada pela crise foi o nível de desconexão com a realidade a que as pessoas podem chegar 
para não serem obrigadas a enfrentar as dificuldades, fazer mudanças permanentes na vida e pressionar os governantes 
e legisladores por políticas públicas. E como estão dispostas a acreditar em qualquer um que pronuncie a expressão “sob 
controle”. O problema é que qualquer pessoa que diga, em tempos de mudança climática, que algo está “sob controle” ou 
é mentiroso ou é maluco. Mas de novo estamos voltando a esse tipo de irresponsabilidade alimentada pela incapacidade 
de se responsabilizar de adultos infantilizados que preferem acreditar em qualquer estupidez a ter que enfrentar o mal- 
-estar que sentem nos ossos.
BRUM, E. Disponível em: <https://brasil.elpais.com>. Acesso em: 19 set. 2018. 
O fragmento, publicado num jornal para jovens e adultos de diferentes esferas sociais, trata de crise hídrica do estado de São 
Paulo. Entre características da tipologia em pauta, há marcas linguísticas próprias do uso
A. 	 acadêmico, no uso de termos que se associam à Ciência.
B. 	 persuasivo, no emprego de adjetivação que revela opinião.
C. 	 oral, no discurso que está distante da norma culta da língua.
D. 	 literário, na estrutura que mistura variadas figuras de linguagem.
E. 	 narrativo, na criação de trama que se compõe com personagens.
LCT – PROVA I – PÁGINA 14 EM 1ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 30 
Com que roupa?
Agora vou mudar minha conduta
Eu vou pra luta pois eu quero me aprumar
Vou tratar você com a força bruta
Pra poder me reabilitar
Pois esta vida não está sopa
E eu pergunto: com que roupa?
Com que roupa que eu vou
Pro samba que você me convidou?
Com que roupa que eu vou
Pro samba que você me convidou?
Agora eu não ando mais fagueiro
Pois o dinheiro não é fácil de ganhar
Mesmo eu sendo um cabra trapaceiro
Não consigo ter nem pra gastar
ROSA, N. Com que roupa? In: Noel Rosa. Com que roupa? / Malandro 
medroso. LP. Parlophone, 1930. [Fragmento]
No texto de Noel Rosa, permeado de licenças poéticas, 
há emprego da norma culta em
A. 	 “Eu vou pra luta pois eu quero me aprumar”.
B. 	 “Pois esta vida não está sopa”.
C. 	 “Pois o dinheiro não é fácil de ganhar”.
D. 	 “Mesmo eu sendo um cabra trapaceiro”.
E. 	 “Não consigo ter nem pra gastar”.
QUESTÃO 31 
Terça-feira, 29 de agosto
Por que todo o mundo gosta de reprovar as coisas 
más que a gente faz e não elogia as boas? Eu e minha 
irmã nem parecemos filhas dos mesmos pais. Eu sou 
impaciente, rebelde, respondona, passeadeira, incapaz 
de obedecer e tudo o que quiserem que eu seja. Luisinha 
é um anjo de bondade. Não sei como se pode ser como 
ela, tão sossegada. Nunca sai de casa sem ir empencada 
no braço de mamãe. Não reclama nada. Se eu disser que 
já avi reclamando um vestido novo, minto. E se ganha um 
vestido e eu quiser lhe tomar, ela não se importa. Pois todos 
me chamam de menina rebelde e ninguém elogia Luisinha.
Vou escrever aqui o que eu fiz com ela e não tenho 
vergonha, porque é só o papel que vai saber.
MORLEY, H. Minha vida de menina. São Paulo: Companhia das 
Letras, 2016.
Entre as características do texto que permitem identificá-lo 
como pertencente ao gênero diário, está o fato de ter sido 
escrito para ser
A. 	 esquecido pela própria autora.
B. 	 publicado em tempos posteriores.
C. 	 mantido como um registro privado.
D. 	 exposto a interlocutores específicos.
E. 	 descartado para preservar segredos.
QUESTÃO 32 
Um dia, a prefeitura improvisou uma casinha pra gente 
fazer atendimento no assentamento sem-terra Tomé Afonso, 
porque se a gente fosse de casa em casa, conseguiríamos 
fazer poucos atendimentos porque as casas eram distantes. 
Lá eu tive contato com uma senhora de 60 anos, mas de 
aparência bastante envelhecida, que nunca havia tido 
contato com um médico. Ela tinha muita vergonha, mal 
conseguia falar nem olhar nos meus olhos. Aí ela me disse: 
“Doutor, é que falar com homem, ainda mais com dor nas 
partes de baixo...”. Expliquei que era normal falar dessas 
coisas com um médico, mas vi que precisava conduzir a 
consulta e ir perguntando o que ela sentia. Tinha infecção 
urinária há meses. Tentava se tratar com chás, mas não 
conseguia resolver. 
FRAGA, E. Folha de S.Paulo, 06 dez. 2018.
O texto anterior foi produzido por um médico recém-formado 
que resolveu trabalhar em uma região carente no interior do 
Ceará. Para atingir o seu objetivo comunicativo, ele opta por 
desenvolver suas ideias por meio de
A. 	 diálogos fictícios.
B. 	 raciocínio dialético. 
C. 	 relato de experiência.
D. 	 comparações neutras.
E. 	 argumentos de autoridade.
QUESTÃO 33 
Senhor,
Posto que o Capitão-mor desta Vossa frota, e assim 
os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a notícia do 
achamento desta Vossa terra nova, que se agora nesta 
navegação achou, não deixarei de também dar disso minha 
conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda 
que – para o bem contar e falar – o saiba pior que todos fazer!
Todavia tome Vossa Alteza minha ignorância por boa 
vontade, a qual bem certo creia que, para aformosentar 
nem afear, aqui não há de pôr mais do que aquilo que vi e 
me pareceu.
Da marinhagem e das singraduras do caminho não darei 
aqui conta a Vossa Alteza – porque o não saberei fazer – e 
os pilotos devem ter este cuidado.
CAMINHA, P. V. A carta. Disponível em: < http://www.dominiopublico.
gov.br>. Acesso em: 26 dez. 2017. [Fragmento]
A introdução d’A carta revela a intenção do autor e a 
elaboração de seu relato. De acordo com o que está exposto 
no trecho, Pero Vaz de Caminha constrói seu texto atendendo 
à característica da literatura de informação de
A. 	 privilegiar uma construção estética baseada na forma 
do relato. 
B. 	 denunciar sem afetação os costumes pagãos na terra 
desconhecida.
C. 	 convencer o rei de sua competência comparável à de 
outros capitães.
D. 	 transmitir informações precisas do lugar sem interferência 
da fantasia.
E. 	 descrever experiências cotidianas e pessoais num 
diário de bordo.
EM 1ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 LCT – PROVA I – PÁGINA 15BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 34 
Atualmente a população e os órgãos públicos têm exercido 
um papel fundamental na construção de uma sociedade 
sustentável, entendendo a importância da sustentabilidade e 
pressionando as organizações a se posicionarem perante as 
ações de sustentabilidade empresarial.
Muitas organizações não aderem a projetos sustentáveis 
devido à delonga do retorno financeiro, porém esse cenário 
está mudando, as empresas estão repensando seus 
valores e, para Elson Aparecido dos Santos, Coordenador 
de Utilidades na Unilever e pós-graduado em Gestão 
da Sustentabilidade e Responsabilidade Corporativa na 
Unicamp, “as iniciativas com o viés de sustentabilidade 
estão sendo colocadas como prioridade independente do 
benefício financeiro. Isso certamente será uma tendência por 
conta do grande momento que vivemos e dos compromissos 
assumidos pelos governantes do mundo para reduzir os 
impactos ambientas, mantendo o crescimento da economia”.
Com essa evolução vemos que as organizações de 
origem privada e pública precisam tornar visíveis os projetos 
de sustentabilidade nos quais estão engajadas para que essas 
ações gerem credibilidade significativa frente à opinião pública.
MIOTO, D.; MUNIZ, S. Disponível em: <https://portal.metodista.br>. 
Acesso em: 21 out. 2017. [Fragmento]
Com base na argumentação construída, o texto apresenta uma 
proposta de intervenção para o problema da sustentabilidade 
nas organizações, que consiste em
A. 	 proporcionar transparência para os projetos de 
sustentabilidade.
B. 	 associar a sustentabilidade ao lucro para atrair as 
organizações. 
C. 	 possibilitar a evolução das empresas para justificar os 
projetos.
D. 	 mobilizar a opinião pública em favor das empresas 
privadas.
E. 	 fomentar as parcerias entre empresas públicas e 
privadas.
QUESTÃO 35 
Disponível em: <http://www.fn10.com.br>. Acesso em: 20 set. 2018.
Campanhas publicitárias muitas vezes colocam em evidência 
problemas sociais. O cartaz anterior tem a intenção de
A. 	 destacar o agente etiológico da febre amarela. 
B. 	 comunicar sobre as formas de contágio da doença.
C. 	 divulgar a campanha de vacinação contra a doença.
D. 	 ressaltar a necessidade de combate à febre amarela.
E. 	 instruir sobre a prevenção contra mosquitos infectados.
QUESTÃO 36 
Batata quente
Se eu te entregasse agora o meu amor
aceso como ele está,
como ele está, pesado,
você o trocaria rapidamente de mão,
você o guardaria um pouco na esquerda,
um pouco na direita,
por quanto tempo antes de o passar adiante?
MARQUES, A. M. A vida submarina. Belo Horizonte: Scriptum, 2009.
O eu lírico de Ana Martins Marques, quanto ao amor, 
evidencia uma visão
A. 	 debochada, que o compara à mera brincadeira de 
criança.
B. 	 infantilizada, que revela um fascínio recém-descoberto.
C. 	 conformada, que se opõe à melancolia do término.
D. 	 amargurada, que rememora as experiências.
E. 	 projetada, que causa frustrações sucessivas.
QUESTÃO 37 
Deste tudo que está sempre passando, é o homem não 
só a parte principal, mas verdadeiramente o tudo do mesmo 
tudo. E vendo o homem com os olhos abertos e, ainda os 
cegos, como tudo passa, só nós vivemos como se não 
passáramos. Somos como os que navegando com vento 
e maré, e correndo velocissimamente pelo Tejo acima, se 
olham fixamente para a terra, parece-lhes que os montes, 
as torres, e a cidade é a que passa; e os que passam, são 
eles. [...] E se Diógenes então perguntasse, quais eram os 
que passavam, se os do triunfo, se os que o estavam vendo, 
não há dúvida, que pareceria a pergunta digna de riso. Mas 
o certo é que tanto os da procissão e do triunfo, como os 
que das janelas e palanques os estavam vendo, uns e outros 
igualmente passavam, porque a vida e o tempo nunca param: 
e ou indo, ou estando ou caminhando ou parados, todos 
sempre com igual velocidade passamos.
VIEIRA, A. Sermão da primeira Dominga do Advento. Disponível em: 
<http://www.dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 10 fev. 2018.
A sociedade barroca é permeada por sentimentos conflitantes 
referentes à condição humana. Dessa forma, no trecho do 
sermão de António Vieira, reconhece-se o sentimento de
A. 	 impotência do ser humano frente à passagem do tempo 
e à inevitabilidade da morte.
B. 	 pertencimento, como uma parte trivial, ao tudo que é 
representado pela criação divina.
C. 	 prazer perante as possibilidades que se apresentam 
com o surgimento das navegações.
D. 	 deslumbramento diante do grande cortejo de conquistas 
que a passagem do tempo oferece.
E. 	 piedade por aqueles que ignoram belezas na paisagem, 
como os montes e as torres da cidade.
LCT – PROVA I – PÁGINA 16 EM 1ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 BERNOULLIS ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 38 
Disponível em: <https://www.instagram.com>. 
Acesso em: 30 maio 2019. 
Pela associação das características verbais e não verbais do texto, infere-se que 
A. 	 a primeira pessoa do plural se refere a mulheres negras. 
B. 	 o uso do verbo “combinar” revela entendimento entre “eles” e “nós”. 
C. 	 a terceira pessoa do plural revela um público socialmente inexperiente. 
D. 	 o conectivo “mas” direciona o leitor para o encadeamento de ideias convergentes.
E. 	 “matar” e “morrer” evidenciam exageros entre os sujeitos. 
QUESTÃO 39 
O fato é que, menino ainda, Adriano já era independente como o diabo e sempre dizia que não havia de suceder o 
pai com o facão para vender carne de segunda a pessoas de terceira. Esta sua piada tinha corrido por toda a Congonhas, 
indignando os fregueses do velho açougueiro, e este, para dar uma satisfação à sociedade carnívora de Congonhas, sovara 
valentemente o menino Adriano.
CALLADO, A. A madona de cedro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. p.15.
Há várias estratégias de escrita capazes de imprimir humor ao texto literário. No romance de Antônio Callado, a recepção 
negativa da piada de Adriano origina-se de uma compreensão da passagem “vender carne de segunda a pessoas de terceira” 
como
A. 	 metáfora debochada que degrada a imagem da clientela do açougue.
B. 	 ironia fina que minimiza o desprezo do jovem pelos seus conterrâneos.
C. 	 contradição que evidencia o caráter inescrupuloso e infeliz do açougueiro.
D. 	 trocadilho que permite aos moradores da cidade sentirem-se homenageados.
E. 	 comparação ingênua que exalta a qualidade moral dos compradores de carne.
EM 1ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 LCT – PROVA I – PÁGINA 17BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 40 
TEXTO I
Disponível em: <http://www.mosteirodesaobentorio.org.br>. Acesso em: 21 set. 2018.
TEXTO II
Construída entre 1633 e 1691, a Igreja e Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro possui talha barroca dourada em ouro 
em estilo português. Os motivos folheares, a multidão de anjinhos e pássaros, a figura dinâmica da Virgem no retábulo-mor 
projetam um ambiente barroco no interior de uma arquitetura clássica.
Disponível em: <https://arquiteturadobrasil.wordpress.com>. Acesso em: 21 set. 2018.
Assim como nas composições literárias barrocas, há elementos estéticos que compõem a arquitetura das igrejas do Período 
Colonial brasileiro. Essas características aludem 
A. 	 às hipérboles empregadas para dar suporte a uma lógica existencial.
B. 	 à clareza e à racionalidade das reflexões iluministas em voga na época.
C. 	 ao rebuscamento das imagens sacras como algo menor e desnecessário.
D. 	 ao egocentrismo estimulado por filosofias modernas questionadoras da fé.
E. 	 ao enaltecimento da fé católica como reação direta à Reforma Protestante.
QUESTÃO 41 
Cortes de verbas
Como estudante do terceiro ano do Ensino Médio, prestes a fazer o vestibular, considero as manifestações que ocorrerão 
nesta quarta-feira (15) de suma importância para o meu futuro e para o de outros estudantes. O texto “USP, Unicamp e Unesp 
convocam protesto no dia 15” informa que não serão só as federais as prejudicadas, mas todas as universidades públicas. 
A qualidade e a excelência das universidades estão em risco. Protestar contra os cortes é algo que todo estudante deveria fazer.
BICALHO, J. V. Painel do Leitor. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/>. Acesso em: 06 jun. 2019. 
A opinião de João Vitor Bicalho foi publicada na Folha de São Paulo, em uma seção destinada a isso, que tem por objetivo 
A. 	 complementar com fatos e argumentos a edição atual do jornal. 
B. 	 intensificar o intercâmbio de notícias entre os jornais e seus leitores. 
C. 	 mostrar o ponto de vista do jornal sobre um assunto de grande abrangência. 
D. 	 expor a posição do leitor sobre matéria que ele publicará em outra edição. 
E. 	 defender um posicionamento sobre um assunto abordado antes pelo jornal. 
LCT – PROVA I – PÁGINA 18 EM 1ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 42 
TEXTO I 
“Dona Lúcia” envia carta a Felipão e vira 
sucesso no Twitter
Mensagem foi lida por Carlos Alberto Parreira no final da entrevista coletiva de Felipão nesta quarta-feira, na Granja 
Comary, após a trágica derrota de 7 a 1 para a Alemanha.
TEXTO II 
Professor Felipão,
Acabo de ver a coletiva dada pelo senhor. [...]
Mais uma vez provou que é um grande homem. Um ser humano ímpar. Eu, como os demais brasileiros, gostaria de estar 
comemorando outro resultado. Porém, sei que ninguém perde por vontade própria. Meu e-mail é para agradecer os momentos 
de grande felicidade que o senhor e sua equipe proporcionaram a esta nação. Foram vários. [...]
Fique com Deus e lembre-se que o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem ao amanhecer. Quero dizer com essa 
citação que vai passar e tudo ficará bem. Saiba que, como eu, há várias pessoas que estão apoiando a nossa Seleção, que 
tem o privilégio de ser comandada pelo senhor.
Receba um abraço de uma brasileira anônima, que não conhece muito de futebol, mas que o admira muito e sabe que 
você fez o melhor.
Lúcia
Disponível em: <https://gauchazh.clicrbs.com.br>. Acesso em: 07 maio 2018. 
O gênero carta pessoal possui variados traços constitutivos. A característica desse gênero que teria determinado a visibilidade 
nacional do texto foi o(a)
A. 	 despedida efusiva, que a vincula a uma fã leiga em futebol.
B. 	 assinatura quase anônima da remetente, que a preserva.
C. 	 referência metalinguística, que expõe o objetivo do texto. 
D. 	 interlocução, que marca o diálogo entre os dois sujeitos.
E. 	 linguagem afetiva, que constrói um tom motivador. 
QUESTÃO 43 
Como não cair na cilada de princesas e heróis dos brinquedos infantis
A separação de gênero dos brinquedos [nas lojas] parece não acompanhar discussões de força na sociedade, que buscam 
a equidade como parâmetro para o futuro.
“A segmentação de produto é uma estratégia comercial”, diz Lívia Cattaruzzi, advogada do programa Criança e Consumo do 
Instituto Alana. “Nas lojas, até as cores do Lego são diferentes. Se uma família tem um casal de filhos, compra dois produtos”. 
“Eles [os brinquedos] são objetos culturais muito antigos, e se tornaram uma representação social do campo do imaginário”, 
diz Raquel Franzim, coordenadora pedagógica do Instituto Alana. 
“É por meio da brincadeira que a criança interage com outros e vivencia situações de casa”, diz Andrea Luiza, que 
coordena o projeto Toda Criança Pode Aprender. Ela lembra de uma cena curiosa: “Vi um grupo de crianças brincando com 
bonecas e roupinhas. Um menino chegou para brincar com um super-herói e começou a dar banho e mamadeira para ele”. 
Para a criança, o que dita as regras é o descobrir. 
Para os pais e a sociedade, o momento é de pressionar para alinhar o que está nas prateleiras às expectativas 
dos novos tempos. Já surtiu efeito: “Vemos mais bonecas negras, mais bonecos bebês meninos”, diz Cataruzzi. 
No fim desse processo, as crianças só querem mais um motivo para brincar.
GALVANI, G. Carta Capital. Disponível em: <https://www.cartacapital.com.br/>. Acesso em: 13 abr. 2019. [Fragmento]
No texto, nota-se que a exposição e a argumentação estão a favor da defesa da tese, porque os(as)
A. 	 argumentos são desfavoráveis ao ponto de vista defendido no texto.
B. 	 falas defendem a ideia de que os brinquedos devem seguir os gêneros infantis. 
C. 	 opiniões expostas contradizem a tese defendida no texto, contrapondo-se a ela.
D. 	 dados expostos apresentam contradição sobre as preferências lúdicas da infância.
E. 	 opiniões expressas e as informações expostas reafirmam aquelas da autora.
EM 1ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 LCT – PROVA I – PÁGINA 19BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 44 
Soneto XX
Transforma-se o amador na cousa amada,
por virtude do muito imaginar;
não tenho, logo, mais que desejar,
pois em mim tenho a parte desejada.
Se nela está minha alma transformada,
que mais deseja o corpo de alcançar?
Em sisomente pode descansar,
pois consigo tal alma está liada.
Mas esta linda e pura semideia,
que, como o acidente em seu sujeito,
assim co a alma minha se conforma,
Está no pensamento como ideia:
[e] o vivo e puro amor de que sou feito,
como matéria simples busca a forma.
CAMÕES, L. Disponível em: <https://www.dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 14 abr. 2019. 
Luís de Camões, importante poeta do período classicista português, explorava diferentes temáticas, entre elas o sofrimento 
amoroso, que no soneto se evidencia ao fazer com que o sujeito poético
A. 	 imagine como poderá ser o encontro amoroso.
B. 	 lamente o fato de o amor não ser correspondido.
C. 	 problematize o sentimento amoroso frente à rejeição.
D. 	 aluda a um sentimento sem reflexos no mundo material. 
E. 	 reflita sobre o conflito entre o amor material e o idealizado.
QUESTÃO 45 
COMPOSIÇÃO 
Cada mL contém 500 mg de dipirona monoidratada. 
Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, sacarina sódica e água purificada. 
Cada 1 mL deste medicamento equivale a 20 gotas e 1 gota equivale a 25 mg de dipirona monoidratada.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE 
1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO? 
Este medicamento é indicado como antitérmico e analgésico. 
2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA? 
A dipirona monoidratada é um medicamento utilizado no tratamento de febre e dor. Os efeitos antitérmico e analgésico 
podem ser esperados em 30 a 60 minutos após a administração e geralmente persistem por aproximadamente 4 horas.
Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br>. Acesso em: 21 ago. 2019. [Fragmento]
O emprego de marcas linguísticas que evidenciam a variedade pertencente à norma-padrão culta, típica do gênero textual 
em análise, tem por objetivo 
A. 	 autorizar a construção de múltiplas leituras a partir das informações do texto.
B. 	 evidenciar o coloquialismo típico de gêneros pertencentes à tipologia instrucional.
C. 	 manipular as informações, permitindo aos leitores fazer suas próprias interpretações. 
D. 	 informar de forma clara e precisa, usando uma variante comum a todos os falantes. 
E. 	 restringir o acesso à informação aos profissionais das áreas médicas e farmacêuticas. 
LCT – PROVA I – PÁGINA 20 EM 1ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. 
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas. 
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de 
linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: 
4.1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”. 
4.2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. 
4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.
4.4. apresentar nome, assinatura, rubrica ou outras formas de identificação no espaço destinado ao texto.
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, 
redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da Língua Portuguesa sobre o tema 
“O esporte como meio de promover a cidadania”, apresentando proposta de intervenção que respeite os 
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para 
defesa de seu ponto de vista.
TEXTOS MOTIVADORES
TEXTO I
As práticas esportivas e o movimento não devem ser compreendidos apenas como uma questão necessária à saúde e 
à longevidade. O acesso ao esporte é um direito de todo(a) cidadão(ã) previsto na Constituição brasileira, seja pela prática 
recreativa, educativa ou profissional. Os efeitos produzidos pelo esporte também vão além daqueles sentidos na saúde e na 
condição física das pessoas [...]. Dito de outra forma, o acesso ao esporte serve ao exercício da cidadania, à prevenção da 
violência e à redução das desigualdades sociais e raciais.
PNUD. Relatório Nacional de Desenvolvimento Humano do Brasil 2017. Disponível em: <http://movimentoevida.org>. Acesso em: 12 jun. 2018. [Fragmento]
TEXTO II
Ensinar mais do que esporte é ir além do “jogar bem”. Representa, na verdade, aprender a conviver com amigos e amigas, 
com pais e mães e com a própria escola. Na prática, é juntar energias para melhorar a comunidade e as condições dos 
espaços em que se praticam esportes. Em outras palavras, é passar conhecimentos de esporte para crianças e adolescentes 
de tal forma que eles possam enfrentar as exigências da vida social, exercer sua cidadania e ganhar mais qualidade de vida. 
ESPORTE e Cidadania. Guia de orientação para os Municípios do Semiárido. Disponível em: <https://www.unicef.org >. Acesso em: 12 jun. 2018. [Fragmento]
TEXTO III
Historicamente, o esporte tem exercido um papel importante em todas as sociedades, seja na forma de esporte competitivo, 
atividade física ou lazer. O esporte é cada vez mais reconhecido e utilizado como uma ferramenta de baixo custo e alto impacto 
nos esforços humanitários, de desenvolvimento e de construção da paz [...]. Atualmente, em nenhuma sociedade o esporte 
pode ser considerado um luxo – pelo contrário, ele deve ser visto como um investimento importante no presente e no futuro, 
sobretudo em países em desenvolvimento.
Disponível em: <http://www.unesco.org>. Acesso em: 12 jun. 2018. [Fragmento]
TEXTO IV
Disponível em: <http://www.esporte.gov.br>. Acesso em: 12 jun. 2018. [Fragmento]
EM 1ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 LCT – PROVA I – PÁGINA 21BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 46 a 90
QUESTÃO 46 
O intento dos nacionalistas catalães de convocar de 
forma unilateral um referendo de independência declarado 
ilegal pela Justiça causou um enorme racha com o resto 
da Espanha e dentro da própria Catalunha. O governo 
espanhol enviou uma grande força policial à região, no canto 
nordeste do país, e prendeu vários dirigentes políticos que 
comandavam a organização do plebiscito. 
[...]
A Catalunha nunca foi uma nação independente, 
mas tem há muito um governo próprio, conhecido como 
Generalitat. Ela estava integrada dentro do reino de Aragão, 
cuja unificação com Castela, em 1492, deu origem ao 
nascimento da Espanha. Tem uma língua própria, falada 
pela maioria da população. A Catalunha sempre foi uma das 
regiões mais ricas do país e uma das primeiras a conseguir 
o desenvolvimento industrial.
Disponível em: <https://brasil.elpais.com>. Acesso em: 17 out. 2017.
A relação entre Espanha e Catalunha, descrita no texto, está 
vinculada ao processo de organização do Estado espanhol, 
consolidado ainda no século XV, e demonstra a
A. 	 integração dos diversos grupos étnicos da população 
espanhola.
B. 	 supressão de algumas culturas após a consolidação do 
Estado.
C. 	 construção da pluralidade cultural como ameaça ao 
modelo de Estado-nação.
D. 	 fragmentação do território espanhol em regiões 
independentes.
E. 	 obstrução espanhola ao desenvolvimento econômico 
da região. 
QUESTÃO 47 
Formado nos quadros da estrutura familiar, o brasileiro 
recebeu o peso das “relações de simpatia”, que dificultam a 
incorporação normal a outros agrupamentos. Por isso, não 
acha agradáveis as relações impessoais, características 
do Estado, procurando reduzi-las ao padrão pessoal e 
afetivo. O “homem cordial” é visceralmente inadequado às 
relações impessoais que decorrem da posição e da função 
do indivíduo.
CANDIDO, A. O significado de Raízes do Brasil. In: HOLANDA, 
S. B. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995 
(Adaptação). 
A dinâmica de comportamento, ressaltada no texto, evidencia 
que o brasileiro
A. 	 beneficia as corporações estatais. 
B. 	 privilegia as relações emocionais. 
C. 	 favorece as ligações públicas. 
D. 	 pune os desvios de conduta. 
E. 	 valoriza o mérito coletivo.QUESTÃO 48 
Disponível em: <http://worldlandforms.com>. Acesso em: 12 abr. 2019.
Essa forma de relevo residual é moldada predominantemente 
pelo seguinte processo:
A. 	 Meteorização física, que se processa a partir da ação 
da água.
B. 	 Infiltração da água, desfavorecida pela inclinação da 
superfície. 
C. 	 Intemperismo químico, mais atuante nos climas 
quentes e úmidos.
D. 	 Desagregação mecânica, potencializada pela alta 
amplitude térmica.
E. 	 Erosão eólica, responsável pelo desgaste e transporte 
de sedimentos.
QUESTÃO 49 
Se a Ilíada e a Odisseia podiam ser [...] consideradas 
como fontes essenciais da história da Grécia Antiga, em 
contrapartida, negava-se todo valor à tradição oral africana, 
essa memória dos povos que fornece, em suas vidas, 
a trama de tantos acontecimentos marcantes. Ao escrever 
a história de grande parte da África, recorria-se somente a 
fontes externas à África, oferecendo uma visão não do que 
poderia ser o percurso dos povos africanos, mas daquilo que 
se pensava que ela deveria ser.
M’BOW, A. In: História Geral da África: África do século XII ao XVI. 
São Paulo: Cortez Editora, 2011.
Ao comparar a produção histórica da Grécia Antiga com a 
africana, o autor alega que a história da África foi escrita 
levando em conta, sobretudo
A. 	 as tradições orais locais, comprometendo a 
confiabilidade dos fatos.
B. 	 as fontes externas ao continente, carregada de juízos 
de valor sobre a África.
C. 	 os documentos escritos, deixando de considerar os 
vestígios arqueológicos locais.
D. 	 as memórias europeias sobre a África, dada a escassez 
de fontes produzidas por africanos.
E. 	 os registros dos impérios africanos, que ignoravam as 
histórias dos grupos locais dominados.
CH – PROVA I – PÁGINA 22 EM 1ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 50 
Glauco – De que iremos tratar depois disso?
Sócrates – O que vem logo a seguir? Como 
estabelecemos que são filósofos aqueles que podem chegar 
ao conhecimento do imutável, ao passo que os que não 
podem, mas erram na multiplicidade dos objetos variáveis, 
não são filósofos, cumpre-nos ver a quem escolheríamos 
para governar o Estado.
Glauco – Qual a medida mais sábia que devemos tomar?
Sócrates – Devemos escolher para magistrados aqueles 
que nos parecerem capazes de zelar pelas leis e instituições 
da cidade.
PLATÃO. A República. Tradução de Maria Helena da Rocha Pereira. 
10. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1949. p.191.
O pensamento político platônico, conforme expresso no 
trecho, caracteriza-se por
A. 	 elencar a figura do conselho dos quinhentos como 
responsável pela eleição do governante, que deve ser 
bom, justo e reto.
B. 	 eleger o rei-filósofo como o governante ideal da pólis, 
que conhece as formas eternas da realidade e governa 
sempre a partir do bem.
C. 	 ampliar a esfera de participação política designando 
um governo que seria composto por três membros da 
oligarquia da cidade-estado.
D. 	 instaurar a magistratura como órgão máximo do 
governo, do qual seria eleito um presidente, o rei-filósofo, 
com mandato único de quatro anos.
E. 	 concordar com a maioria das formas de governo que 
se apresentavam à época, trazendo a sofocracia como 
mais uma possibilidade para os Estados.
QUESTÃO 51 
Na organização interna dos espaços metropolitanos, 
identifica-se uma dupla dinâmica entre concentração / 
dispersão. Apesar de serem aparentemente contrários, 
observa-se que ao mesmo tempo que ocorre uma expansão 
além das fronteiras metropolitanas e em seu espaço interno, 
também permanece a forte concentração nas áreas centrais, 
aspectos que podem ser explicados pela própria dinâmica 
demográfica característica de áreas mais urbanizadas, mas 
também pelas transformações urbanas no que se refere à 
moradia, mercado de trabalho e condições de mobilidade 
urbana.
RIBEIRO, L. C. Q. et al. Disponível em: 
 <http://observatoriodasmetropoles.net.br>. 
Acesso em: 29 maio 2019. [Fragmento adaptado]
Considerando a importância da “dupla dinâmica” citada no texto, 
um fator relevante para a formação das megalópoles é o(a)
A. 	 participação proporcional dos setores da economia.
B. 	 integração política entre os diferentes territórios.
C. 	 densidade populacional baixa das metrópoles.
D. 	 sistema eficaz de transporte e comunicação. 
E. 	 política padronizada de incentivos fiscais.
QUESTÃO 52 
Essencialmente, o absolutismo era apenas isto: um 
aparelho de dominação feudal recolocado e reforçado, 
destinado a sujeitar as massas camponesas a sua posição 
social tradicional. [...] Em outras palavras, o Estado 
Absolutista nunca foi um árbitro entre a aristocracia e a 
burguesia, e menos ainda um instrumento da burguesia 
nascente contra a aristocracia: ele era uma nova carapaça 
política de uma nobreza atemorizada.
ANDERSON, P. Linhagens do Estado Absolutista. 
São Paulo: Brasiliense, 2004.
O trecho anterior define o absolutismo na Europa Ocidental, 
no início da chamada Idade Moderna, como uma forma de 
A. 	 garantir a ascensão econômica da burguesia nascente.
B. 	 promover a expansão de um capitalismo marítimo 
comercial.
C. 	 estabelecer um equilíbrio de poder entre aristocracia e 
burguesia.
D. 	 conceder certas liberdades ao segmento dos 
trabalhadores do campo.
E. 	 proteger os privilégios da nobreza feudal ameaçados 
por crises sucessivas.
QUESTÃO 53 
A Europa está separada em muitos reinos para 
que possa viver muito tempo em paz, e onde quer que 
estoure uma guerra entre a Inglaterra e qualquer potência 
estrangeira, o comércio da colônia sofre ruínas, por causa 
de sua conexão com a Grã-Bretanha. Tudo o que é justo ou 
razoável advoga em favor da separação. O sangue dos que 
caíram e a voz chorosa da natureza exclamam: Já é hora 
de separar-nos! Inclusive a distância que o Todo-poderoso 
colocou entre a Inglaterra e as colônias constitui uma prova 
firme e natural de que a autoridade daquela sobre estas 
nunca entrou nos desígnios do Céu.
EXCERTO do folheto Common Sense, de Thomas Paine, durante a 
reunião do Segundo Congresso de Filadélfia, em 1775.
O folheto produzido às vésperas da Revolução Americana 
exerceu reconhecida influência na percepção das Treze 
Colônias quanto à urgência na desvinculação definitiva com 
a Inglaterra. No excerto, o autor justifica a independência 
como uma forma de
A. 	 reação justa dos colonos às duras medidas restritivas 
impostas pela Coroa inglesa ao comércio intracolonial. 
B. 	 integração das Treze Colônias evitando a separação 
em vários reinos, como ocorria com os Estados 
europeus.
C. 	 precaução contra o recrutamento e morte de colonos 
nas guerras inglesas contra as demais potências 
europeias.
D. 	 evocação da racionalidade e espírito libertário 
iluminista para consagrar a autonomia econômica das 
Treze Colônias.
E. 	 consagração da vontade divina no impedimento da 
autoridade inglesa sobre seus distantes domínios na 
América.
EM 1ª SÉRIE – VOL. 4 – 2021 CH – PROVA I – PÁGINA 23BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 54 
Quando, em 1531, o primeiro donatário da capitania de São Vicente – atual estado de São Paulo –, Martim Afonso de 
Souza, chegou ao Brasil, encontrou degredados vivendo com índios e, como resultado dessa intimidade, muitos mamelucos. 
Para muitos autores, os mamelucos foram os mais enérgicos agentes da ocidentalização. Foram eles que reduziram e 
escravizaram quase todos os índios agricultores capacitados para o trabalho nas plantações.
DEL PRIORE, M. Histórias da gente brasileira – Colônia. São Paulo: LeYa Editora, 2016. v. 1.
Ao abordar a implantação do sistema colonial no Brasil, o trecho anterior indica que o contato entre portugueses e nativos 
propiciou o(a)
A. 	 proliferação de diversas doenças às quais os indígenas brasileiros eram vulneráveis.
B. 	 confronto armado, sendo os portugueses beneficiados pelo domínio das armas de fogo.
C. 	 mestiçagem, gerando agentes sociais que se voltaram contra as comunidades indígenas.
D. 	 escravização, pelos portugueses, de indígenas

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