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Alterações Post Morten 
 
Alterações Post Mortem são aquelas observadas em um cadáver e que não tenham 
ocorrido no animal vivo, estas possuem uma grande importância, pois através dele 
consegue-se diferenciar das lesões produzidas em vida e a depender da alteração 
observada é possível estimar a hora da morte em Medicina Legal. 
 
 
Conceito de Autólise e Putrefação 
 
AUTÓLISE: É a destruição de um tecido por enzimas proteolíticas produzidas pelo 
próprio tecido, o que vai ocasionar a perda desse tecido e uma desconfiguração pois 
ocorre uma perda de detalhes celulares e tintoriais. Microscopicamente é possível 
identificar que o animal está em processo de autólise por conta destas alterações: 
 Citoplasma hialino e granuloso; 
 Perda dos limites celulares; 
 Ausência de reações inflamatórias (a inflamação é um processo fisiológico, é a 
resposta do organismo frente a um invasor) e a presença da hemólise. 
Na autólise não se tem a presença do odor (característica da putrefação). 
 
PUTREFAÇÃO - HETERÓLISE: É a ação de enzimas proteolíticas de bactérias 
saprófitas que decompõe o organismo, ou seja, quando o indivíduo vem a obtido, inicia-
se o processo de autólise pelas enzimas que são produzidas pelo próprio tecido e isso se 
torna crônico, à medida que o tempo passa o cadáver começa ter ação de enzimas que são 
produzidas por bactérias saprofitas (putrefação), a medida que o tempo passa esse cadáver 
começa a ter um crescimento bacteriano (o que é normal) e essas bactérias saprofitas vão 
decompor o organismo. Uma vez que o cadáver está em putrefação se torna imprópria a 
necropsia, por esse motivo que quando o animal vem a óbito é colocado o animal em 
freezer, para conservar o organismo e evitar tais alterações (como a putrefação), esse ato 
deve ser realizado logo após o óbito. 
 
 
Classificação 
Alterações cadavéricas abióticas 
São aquelas que não modificam o cadáver em seu aspecto geral, ainda está no processo 
de autólise e elas se dividem em: 
 Imediatas, acontecem no momento do óbito (morte somática ou clínica); 
 Insensibilidade; 
 Imobilidade; 
 Parada das funções cardiorrespiratórias; 
 Inconsciência; 
 Arreflexia ou ausência de reflexos. 
 Mediatas ou consecutivas, são alterações que irão acontecer no processo de 
autólise. 
 Hipóstase cadavérica (Livor mortis); 
 Frialdade cadavérica (Algor mortis); 
 Rigidez cadavérica (Rigor mortis); 
 Coagulação sanguínea (pós-morte); 
 Impregnação pela hemoglobina; 
 Impregnação pela bile; 
 Timpanismo pós-morte; 
 Descolamento, torção ou ruptura de vísceras; 
 Pseudo-prolapso retal. 
Alterações cadavérica transformativas 
São aquelas que ocorrem no momento da putrefação, quando o cadáver já está em 
decomposição, são aquelas que vão modificar o cadáver no seu aspecto geral, dificulta o 
trabalho da análise dos achados macroscópicos e microscópicos 
 Pseudo-melanose; 
 Enfisema cadavérico tecidual; 
 Maceração da mucosa digestiva; 
 Coliquação/liquefação; 
 Redução esquelética. 
 
 
Alterações cadavéricas abióticas 
 
Hipóstase cadavérica (Livor mortis) 
É a acomodação gradual do sangue para o lado de decúbito do cadáver, ocorre por 
gravidade, ou seja, se no momento do obtido o animal estava em decúbito direito (lado 
direito para baixo, tocando a superfície) o sangue por gravidade vai descer e se acumular 
no lado direito, ela geralmente acontece de 2 a 4 horas após a morte, e sua maior 
intensidade, fica mais evidente perto das 12 horas (pós morte). 
 
 
Frialdade cadavérica (Algor mortis) 
É o resfriamento gradual do cadáver, a temperatura corporal se iguala a temperatura do 
ambiente, ocorre cerca de 3 a 4 horas após o óbito, mas é dependente de fatores. É um 
ótimo método para tentar saber a hora que o animal veio a falecer, por conta desse 
resfriamento. 
 
Rigidez Cadavérica (Rigor mortis) 
 
É o enrijecimento muscular do cadáver, ele ocorre horas depois do óbito, inicia-se entre 
2 a 4 horas, a sua plenitude é com cerca de 12 a 15 horas, mas tudo isso depende do estado 
nutricional do animal (podendo ser mais rápido ou tardio). Esse enrijecimento ocorre 
principalmente pela diminuído do pH tecidual, pois o ácido lático começa a ser produzido 
(sempre que ocorre o aumento do ácido lático ocorre a diminuição do pH, isso acontece 
nos tecidos e por consequência a rigidez). 
A rigidez se inicia dos músculos involuntários (coração, músculos respiratórios – os 
órgãos) para os voluntários (mandibulares, da nuca, do tronco, dos membros anteriores e 
posteriores). 
 
Coagulação sanguínea (pós-morte) 
A coagulação também pode ocorrer em vida, então a depender é preciso diferenciar 
quando a coagulação ocorreu (se ocorreu em vida ou não), no cadáver os fatores de 
coagulação predominam em relação aos fatores anticoagulantes, em consequência a 
coagulação. Geralmente leva de 2 a 8 horas, e ela esta relaciona a hipóstase, em duas 
horas começa a ocorrer o livor mortis e também se inicia a coagulação sanguínea em 2 
horas. 
Essa coagulação depende da atividade enzimática e após esse período de 8 horas os 
coágulos começam se desfazer por hemólise, e uma vez que eles se desfazem se tem uma 
outra alteração que é a impregnação por hemoglobina. Sempre que estiver sendo realizado 
a necropsia e for visto a presença de coágulos, entende-se que o animal morreu a cerca de 
2 a 8 horas, mas se for visualizado manchas vermelhas, possivelmente os coágulos já 
estão sendo desfeitos, no entanto existe fatores que provocam a hemólise antes das 8 
horas. 
 
Impregnação pela hemoglobina 
Uma vez que os coágulos começam a ser destruídos após as 8 horas, vai ter a impregnação 
pela hemoglobina, e ela é um componente das hemácias, pelo mecanismo da hemólise 
ocorre a liberação da hemoglobina para os tecidos. Esse efeito é observado através de 
manchas avermelhadas, principalmente em serosas como: peritônio, pleura, omentos, 
mesentério, e não é visualizado em tecidos escuros. Ocorre 8 horas ou mais, após ocorrer 
o coágulo. 
 
 
 
 
Impregnação pela bile 
Com a autólise a vesícula não retem os líquidos biliares, correndo difusão de pigmentos 
biliares, indo para os tecidos (fígado e tecidos vizinhos) dando a coloração amarelo-
esverdeado (podendo ser dissipados para outros órgãos). Ocorre cerca de 8 horas após a 
morte. 
 
 
 
 
 
 
Timpanismo pós-morte 
Pode ocorrer a presença de timpanismo em vida, é uma doença que ocorre principalmente 
em bovinos, e é caracterizado pela distensão do estomago, intestino e abdômen, e é o 
resultado da fermentação contínua das bactérias do tubo digestivo, principalmente do tudo 
intestinal elas são responsáveis por promover essa fermentação. A grande diferença entre 
o timpanismo em vida e o pós-morte é as alterações circulatórias (hiperemia, edema, 
hemorragia). 
Se o timpanismo for em vida, é visualizado a presença de alterações circulatórios, e ocorre 
cerca de 24 horas após o óbito. 
 
É visto só o órgão distendido, sem nenhuma mudança na coloração (uma homogeneidade 
na cor). Esse efeito ocorre em todos os animais após a morte, mas principalmente em 
bovinos. 
 
Deslocamento, torção ou ruptura de vísceras 
 Assim como o timpanismo e a coagulação, também é uma alteração que pode ocorrer em 
vida, se o animal tem o deslocamento, torção ou rupturas de vísceras, ele terá uma 
alteração circulatória (congestão, edema, hemorragia), é importantíssimo em uma 
necropsia visualizar a destruição das vísceras e órgãos localizados na cavidade 
abdominal, através deste ato consegue-se entender e observar se ocorreu uma deslocação 
de vísceras. Então essas alterações também ocorrem em cadáveres, mas elas não vêm 
acompanhada de alterações circulatórias, como acontece no animal em vida. 
 
 
Pseudo-prolapso retal 
É a exteriorização da ampola retal por consequência da grande quantidade de gás no 
momento após o óbito pode ocorre a exteriorização do reto, não ocorre alterações 
circulatórias pois é uma condição pós-morte, mas quando ocorre em vida, há alteraçõescirculatórias, tal processo ocorre 24 horas pós morte. 
 
Alterações cadavéricas transformativas 
 
Pseudo-melanose (manchas de putrefação) 
São manchas de putrefação com a coloração cinza-esverdeadas, irregulares que podem 
estar na pele na região abdominal e órgãos vizinhos aos intestinos, as manchas são 
provocadas pela própria putrefação, pelo processo de destruição que está sendo 
provocado por bactérias saprófitas. 
 
Enfisema cadavérico tecidual 
São acúmulo de gás nos órgãos, as bactérias saprófitas que começam a agir nas alterações 
transformativas vão agir, elas promovem a produção de gás, é como se todos os órgãos 
do animal tivessem bolhas gasosas, agindo nos tecidos subcutâneos, fígado, rins, órgãos 
internos abaixo das cápsulas, mas qualquer órgão pode ser acometido por essas bolhas 
gasosas. 
 
Maceração da mucosa digestiva 
Ocorre o desprendimento da mucosa do tubo digestivo, principalmente no caso de pré-
estomago (ruminantes). As enzimas proteolíticas agem nas mucosas tornando-as friáveis, 
ocorre após 24 horas. 
 
Coliquação 
É a perda progressiva do aspecto e da estrutura das vísceras, que se tornam amorfas. 
 
Esqueletização 
É a desintegração de tecidos moles, quando resta apenas o esqueleto, ocorre de 3 a 4 
semanas após o óbito. 
 
Fatores que interferem nas alterações cadavéricas 
Temperatura do ambiente: 
 O calor acelera o aparecimento das alterações cadavéricas (acelera o crescimento 
bacteriano); 
 A diminuição da temperatura retarda o aparecimento das alterações cadavéricas. 
Tamanho do animal: 
 Quanto maior o animal, mais dificil é seu resfriamento; 
 Mais fácil a instalação das demais alterações. 
Estado de nutrição: 
 Animal em bom estado de nutrição ele tem mais glicogênio; 
 Atrasa o rigor e resfriamento; 
 Acelera as demais reações devidas acelerar a proliferação bacteriana. 
Cobertura externa: 
 Dificulta o resfriamento do cadáver (penas, plumas, gordura, lã). 
Causa da morte: 
 Maior atividade metabólica e maior temperatura antes da morte. 
Infecção por clostrídeos (tétano): 
 Rigidez; 
 Amolecimento; 
 Entra em rigidez novamente; 
 Devido ao tétano está com pouca energia para manter-se contraído. 
Outros casos são: 
 Septicemias (hipertermia): aumento da atividade metabólica; 
 Intoxicação por estricnina (convulsões): convulsão muito forte, ocasiona perda de 
energia; 
 Traumatismo cerebrais (tetania): aumenta o rigor, acelera a decomposição, altera 
todas as relações metabólica. 
Obs.: todas as atividades que aumenta a temperatura e a atividade metabólica aceleram o 
aparecimento das alterações cadavéricas.

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