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1 Guarda Metropolitana Português - Prof. Marcus Prado . Interpretação de Texto - Prof. Marcus Prado . Redação Discursiva - Prof. Marcus Prado . Raciocínio Lógico - Prof. Edcarlos . História do Estado de Tocantins - Prof. Kanduka . Geografia do estado de Tocantins - Prof. Kanduka 2 Guarda Metropolitana CAPÍTULO 1 – FONOLOGIA DEFINIÇÃO Fonologia é o ramo da Linguística que estuda o sistema sonoro de um idioma. Ao estudar a maneira como os fones (sons) se organizam dentro de uma lín- gua, classifica-os em unidades capazes de distinguir significados, chamadas fonemas. FONEMA A palavra fonologia é formada pelos elemen- tos gregos fono ( "som, voz") e log, logia ( "estudo", "conhecimento") . Significa literalmente " estudo dos sons" ou "estudo dos sons da voz". O homem, ao fa- lar, emite sons. Cada indivíduo tem uma maneira pró- pria de realizar esses sons no ato da fala. Essas par- ticularidades na pronúncia de cada falante são estu- dadas pela Fonética. Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de estabelecer uma distinção de signifi- cado entre as palavras. Observe, nos exemplos a se- guir, os fonemas que marcam a distinção entre os pa- res de palavras: amor - ator morro - corro vento - cento Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica que você, como falante de portu- guês, guarda de cada um deles. É essa imagem acús- tica, esse referencial de padrão sonoro, que constitui o fonema. Os fonemas formam os significantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparecem represen- tados entre barras. Assim: /m/, /b/, /a/, /v/, etc. Fonema e Letra 1) O fonema não deve ser confundido com a le- tra. Na língua escrita, representamos os fonemas por meio de sinais chamados letras. Portanto, letra é a re- presentação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por exemplo, a letra s representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na palavra brasa, a letra s representa o fonema /z/ (lê-se zê). 2) Às vezes, o mesmo fonema pode ser repre- sentado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que pode ser representado pelas le- tras z, s, x: Exemplos: zebra casamento exílio 3) Em alguns casos, a mesma letra pode repre- sentar mais de um fonema. A letra x, por exemplo, pode representar: - o fonema sê: texto - o fonema zê: exibir - o fonema chê: enxame - o grupo de sons ks: táxi 4) O número de letras nem sempre coincide com o número de fonemas. Exemplos: Tóxico fonemas: /t/ó/k/s/i/c/o/ letras: t ó x i c o 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 galho fonemas: /g/a/lh/o/ letras: g al h o 1 2 3 4 1 2 3 4 5 5) As letras m e n, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os exemplos: compra conta Nessas palavras,menindicam anasalização- das vogais que as antecedem. Veja ainda: nave: o /n/ é um fonema; dança: o n não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras a e n. 6) A letra h, ao iniciar uma palavra, não repre- senta fonema. Exemplos: hoje fonemas: ho / j / e / letras: h o j e 1 2 3 1 2 3 4 Classificação dos Fonemas Os fonemas da língua portuguesa são classifi- cados em: 1) Vogais As vogais são os fonemas sonoros produzi- dos por uma corrente de ar que passa livremente pela Guarda Metropolitana 3 boca. Em nossa língua, desempenham o papel de nú- cleo das sílabas. Assim, isso significa que em toda sí- laba há necessariamente uma única vogal. Na produção de vogais, a boca fica aberta ou entreaberta. As vogais podem ser: a) Orais: quando o ar sai apenas pela boca. Por Exemplo: /a/, /e/, /i/, /o/, /u/. b) Nasais: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais. Por Exemplo: /ã/: fã, canto, tampa / /: dente, tempero / /: lindo, mim /õ/ bonde, tombo / / nunca, algum c) Átonas: pronunciadas commenorin- tensidade. Por Exemplo: até, bola d)Tônicas: pronunciadas commaiorin- tensidade. Por Exemplo: até, bola Quanto ao timbre, as vogais podem ser: Abertas Exemplos: pé, lata, pó Fechadas Exemplos: mês, luta, amor Reduzidas - Aparecem quase sem- pre no final das palavras. Exemplos: dedo, ave, gente Quanto à zona de articulação: Anteriores ou Palatais - A língua eleva-se em direção ao palato duro (céu da boca). Exemplos: é, ê, i Posteriores ou Velares - A língua eleva-se em direção ao palato mole (véu pa- latino). Exemplos: ó, ô, u Médias - A língua fica baixa, quase em repouso. Por Exemplo: a 2) Semivogais Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela uma só emissão de voz (uma sílaba). Nesse caso, esses fonemas são chamados de semivogais. A diferença fundamental entre vogais e semivogais está no fato de que estas últimas não desempenham o pa- pel de núcleo silábico. Observe a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: pa-pai. Na última sílaba, o fonema vo- cálico que se destaca é o a. Ele é a vogal. O outro fo- nema vocálico i não é tão forte quanto ele. É a semi- vogal. Outros exemplos: saudade, história, série. Veja: pães / pãis mão / mãu/ cem /c i/ 3) Consoantes Para a produção das consoantes, a corrente de ar expirada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela cavidade bucal. Isso faz com que as con- soantes sejam verdadeiros "ruídos", incapazes de atuar como núcleos silábicos. Seu nome provém jus- tamente desse fato, pois, em português, sempre con- soam ("soam com") as vogais. Exemplos: /b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc. Encontros Vocálicos Os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais e semivogais, sem consoantes intermediárias. É importante reconhecê-los para dividir corretamente os vocábulos em sílabas. Existem três tipos de encon- tros: o ditongo, otritongo e o hiato. Obs.: os fonemas /i/ e /u/ podem apare- cer representados na escrita por" e", "o" ou "m". 4 Guarda Metropolitana 1) Ditongo É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. Pode ser: a) Crescente: quando a semivo- gal vem antes da vogal.Por Exemplo: sé-rie (i = semivogal, e = vo- gal) b) Decrescente: quando a vogal vem antes da semivogal.Por Exemplo: pai (a = vogal, i = semivogal) c) Oral: quando o ar sai apenas pela boca.Exemplos: pai, série d) Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais.Por Exemplo: mãe 2) Tritongo É a sequência formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre nessa ordem, numa só sílaba. Pode ser oral ou nasal. Exemplos: Paraguai - Tritongo oralquão- Tritongo nasal 3) Hiato É a sequência de duas vogais numa mesma pa- lavra que pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais de uma vogal numa sílaba. Por Exemplo: saída (sa-í-da) poesia (po-e-si-a) Encontros Consonantais O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vogal intermediária, recebe o nome de encontro consonantal.Existem basicamente dois tipos: - os que resultam do contato consoante + l ou r e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-dra, pla-no, a-tle-ta, cri-se... - os que resultam do contato de duas consoantes pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta... Há ainda grupos consonantais que surgem no início dos vocábulos; são, por isso, insepará- veis:pneu,gno-mo,psi-có-lo-go... Dígrafos De maneira geral, cada fonema é representado, na escrita, por apenas uma letra. Por Exemplo: lixo - Possui quatro fonemas equatroletras. Há, no entanto, fonemas que são representa- dos, na escrita, por duas letras. Por Exemplo: bicho - Possui quatro fonemas e cincoletras. Na palavra acima, para representar o fonema | xe| foram utilizadas duas letras: o c e o h. Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras são usadas para representar um único fonema (di = dois + grafo = letra). Em nossa língua, há um número ra- zoável de dígrafos que convém conhecer.Podemos agrupá-los em dois tipos: consonantais e vocálicos. Dígrafos Consonantais Letras Fonemas Exemplos lh lhe telhado nh nhe marinheiro ch xe chave rr Re (no interior da pa- lavra) carro ss se (no interior da pa- lavra) passo qu que (seguido de e e i) queijo, quiabo gu gue (seguido de e e i) guerra, guia sc se crescer Saiba que: - Na terminação -em em palavras como ninguém, também, porém e na terminação -am em palavras como amaram, falaram ocorrem ditongos na- sais decrescentes. - É tradicional considerar hiato o en- contro entre uma semivogal e uma vo- gal ou entre uma vogal e uma semivo- gal que pertencem a sílabas diferen- tes, como em ge-lei-a, io-iô. Guarda Metropolitana 5 sç se desço xc se exceção Dígrafos Vocálicos: registram-se na repre- sentaçãodas vogais nasais. Fonemas Letras Exem- plos ã am tampa an canto em templo en lenda im limpo in lindo õ om tombo on tonto um chumbo un corcunda Sílaba: Observe: A - MOR A palavra amor está dividida em grupos de fo- nemas pronunciados separadamente: a - mor. A cada um desses grupos pronunciados numa só emissão de voz dá-se o nome de sílaba. Em nossa língua, o nú- cleo da sílaba é sempre uma vogal: não existe sílaba sem vogal e nunca há mais do que uma vogal em cada sílaba. Dessa forma, para sabermos o nú- mero de sílabas de uma palavra, devemos perceber quantas vogais tem essa palavra. Atenção: as le- tras i e u (mais raramente com as letras e e o) podem representar semivogais. Classificação das Palavras quanto ao Nú- mero de Sílabas 1) Monossílabas: possuem apenas uma sílaba.Exemplos: mãe, flor, lá, meu 2) Dissílabas: possuem duas sílabas. Exemplos: ca-fé, i-ra, a-í, trans-por 3) Trissílabas: possuem três sílabas. Exemplos: ci-ne-ma, pró-xi-mo, pers-pi-caz, O-da-ir 4) Polissílabas: possuem quatro ou mais sílabas.Exemplos: a-ve-ni-da, li-te-ra- tu-ra, a-mi-ga-vel-men-te, o-tor-ri-no-la-rin- go-lo-gis-ta Divisão Silábica Na divisão silábica das palavras, cumpre obser- var as seguintes normas: a) Não se separam osditongos etriton- gos. Exemplos: foi-ce, a-ve-ri-guou b) Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu. Exemplos: cha-ve, ba-ra-lho, ba- nha, fre-guês, quei-xa c) Não se separam os encontros con- sonantais que iniciam sílaba. Exemplos: psi- có-lo-go, re-fres-co d) Separam-se as vogais dos hia- tos. Exemplos: ca-a-tin-ga, fi-el, sa-ú-de e) Separam-se as letras dos dígra- fos rr, ss, sc, sçxc. Exemplos: car-ro, pas- sa-re-la, des-cer, nas-ço, ex-ce-len-te f) Separam-se os encontros consonan- tais das sílabas internas, excetuando-se aqueles em que a segunda consoante é l ou r. Exemplos: ap-to, bis-ne-to, con-vic- ção, a-brir, a-pli-car Acento Tônico Observação: "Gu" e "qu" são dígrafos so- mente quando, seguidos de "e" ou "i", representam os fone- mas /g/ e /k/:guitarra, aquilo. Nes- ses casos, a letra "u" não corres- ponde a nenhum fonema. Em algu- mas palavras, no entanto, o "u" re- presenta um fonema semivogal ou vogal (aguentar, linguiça, aquí- fero...) Nesse caso, "gu" e"qu" não são dígrafos. Também não há dí- grafos quando são seguidos de "a" ou "o" (quase, averiguo). 6 Guarda Metropolitana Na emissão de uma palavra de duas ou mais sílabas, percebe-se que há uma sílaba de maior inten- sidade sonora do que as demais. calor - a sílaba lor é a de maior intensidade. faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade. sólido - a sílaba só é a de maior intensidade. Classificação da Sílaba quanto à Intensi- dade Tônica: é a sílaba pronunciada com maior intensidade. Átona: é a sílaba pronunciada com menor intensidade. Subtônica: é a sílaba de intensidade intermediária. Ocorre, principalmente, nas pa- lavras derivadas, correspondendo à tônica da palavra primitiva. Veja o exemplo abaixo: Palavra primitiva: be - bê átona tônica Palavra derivada: be - be - zi - nho átona subtônica tônica átona Classificação das Palavras quanto à Posi- ção da Sílaba Tônica De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos da língua portuguesa que contêm duas ou mais sílabas são classificados em: Oxítonos: são aqueles cuja sílaba tô- nica é a última.Exemplos: avó, urubu, parabéns Paroxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a penúltima.Exemplos:dócil, suave- mente, banana Proparoxítonos: são aqueles cuja sí- laba tônica é a antepenúltima. Exemplos: máximo, parábola, íntimo Saiba que: São palavras oxítonas, entre ou- tras: cateter, mister, Nobel, no- vel, ruim, sutil, transistor, ureter. São palavras paroxítonas, entre outras: avaro, aziago, boêmia, caracteres, cartomancia, celtibero, circuito, decano, fi- lantropo, fluido, fortuito, gratuito, Hungria, ibero, impudico, inaudito, intuito, maquina- ria, meteorito, misantropo, necropsia (al- guns dicionários admitem também necróp- sia), Normandia, pegada, policromo, pudico, quiromancia, rubrica, subido(a). São palavras proparoxítonas, en- tre outras:aerólito, bávaro, bímano, crisân- temo, ímprobo, ínterim, lêvedo, ômega, pân- tano, trânsfuga. As seguintes palavras, entre ou- tras, admitem dupla tonicidade: acrobata / acrobata, hieróglifo / hieroglifo, Oceânia / Oceania, ortoépia/ortoepia, projétil / projetil, réptil / reptil, zângão / zangão Monossílabos Leia em voz alta a frase abaixo: O sol já se pôs. Essa frase é formada apenas por monossí- labos. É possível verificar que os monossíla- bos sol, já e pôs são pronunciados com maior intensidade que os outros. São tônicos. Possuem acento próprio e, por isso, não preci- sam apoiar-se nas palavras que os antecedem ou que os seguem. Já os monossíla- bos o e se são átonos, pois são pronuncia- dos fracamente. Por não terem acento próprio, apoiam-se nas palavras que os antecedem ou que os seguem. Critérios de Distinção Muitas vezes, fazer a distinção entre um monossílabo átono e um tônico pode ser compli- cado. Por isso, observe os critérios a seguir. 1- Modificação da pronúncia da vogal final. Nos monossílabos átonos a vogal final se modifica ou pode modificar-se na pronúncia. Obs.: a presença da sílaba de maior intensidade nas palavras, em meio a sílabas de menor intensidade, é um dos elementos que dão melodia à frase. Guarda Metropolitana 7 Com os tônicos, não ocorre tal possibilidade. Exemplos: Vou de carro para o meu trabalho. (de = monos- sílabo átono - é possível a pronúncia di ônibus.) Dê um auxílio às pessoas que necessitam. (dê = monossílabo tônico - é impossível a pronúncia di um auxílio.) 2- Significado isolado do monossílabo O monossílabo átono não tem sentido quando isolado na frase. Veja: Meus amigos já compraram os convi- tes, mas eu não. O monossílabo tônico, mesmo isolado, possui significado. Observe: Existem pessoas muito más. Nessa frase, o monossílabo possui sen- tido: más = ruins. São monossílabos átonos: artigos: o, a, os, as, um, uns pronomes pessoais oblíquos: me, te, se, o, a, os, as, lhe, nos, vos preposições: a, com, de, em, por, sem, sob pronome relativo: que conjunções: e, ou, que, se São monossílabos tônicos: todos aqueles que possuem autonomia na frase. Exemplos: mim, há, seu, lar, etc. Obs.: pode ocorrer que, de acordo com a autono- mia fonética, um mesmo monossílabo seja átono numa frase, porém tônico em outra. Exemplos: Que foi? (átono) Você fez isso por quê? (tônico) CAPÍTULO 2– ORTOGRAFIA A ortografia é a parte da língua responsável pela grafia correta das palavras. Essa grafia baseia- se no padrão culto da língua. As palavras podem apresentar igualdade total ou parcial no que se refere a sua grafia e pronúncia, mesmo tendo significados diferentes. Essas palavras são chamadas de homônimas (canto, do grego, sig- nifica ângulo / canto, do latim, significa música vocal). As palavras homônimas dividem-se em homógrafas, quandotem a mesma grafia (gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa do singular do verbo gostar) e ho- mófonas, quando tem o mesmo som (paço, palácio ou passo, movimento durante o andar). Quanto à grafia correta em língua portuguesa, devem-se observar as seguintes regras: O fonema s: Escreve-se com S e não com C/Ç: as palavras substantivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent. Exemplos: pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inver- são / aspergir aspersão / submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - impulsivo / compelir - compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir - consensual Escreve-se com SS e não com C e Ç: os nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou com verbos terminados por tir ou meter Exemplos: agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão / ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / comprometer - compromisso / submeter - submissão quando o prefixo termina com vogal que se junta com a palavra iniciada por s Exemplos: a + simétrico - assimétrico / re + surgir - ressurgir 8 Guarda Metropolitana no pretérito imperfeito simples do subjuntivo Exemplos: ficasse, falasse Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS: os vocábulos de origem árabe: Exemplos: cetim, açucena, açúcar os vocábulos de origem tupi, africana ou exótica Exemplos: cipó, Juçara, caçula, cachaça, cacique os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu. Exemplos: barcaça, ricaço, aguçar, empali- decer, carniça, caniço, esperança, carapuça, den- tuço nomes derivados do verbo ter. Exemplos: abster - abstenção / deter - deten- ção / ater - atenção / reter - retenção após ditongos Exemplos: foice, coice, traição palavras derivadas de outras termina- das em te, to(r) Exemplos: marte - marciano / infrator - infra- ção / absorto - absorção O fonema z: Escreve-se com S e não com Z: os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substantivo, ou em gentíli- cos e títulos nobiliárquicos. Exemplos: freguês, freguesa, freguesia, po- etisa, baronesa, princesa, etc. os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose. Exemplos: catequese, metamorfose. as formas verbais pôr e querer. Exemplos: pôs, pus, quisera, quis, quiseste. nomes derivados de verbos com radi- cais terminados em d. Exemplos: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - empresa / difundir - difusão os diminutivos cujos radicais termi- nam com s Exemplos: Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho após ditongos Exemplos: coisa, pausa, pouso em verbos derivados de nomes cujo radical termina com s. Exemplos: anális(e) + ar - analisar / pes- quis(a) + ar - pesquisar Escreve-se com Z e não com S: os sufixos ez e eza das palavras deri- vadas de adjetivo Exemplos: macio - maciez / rico - riqueza os sufixos izar (desde que o radical da palavra de origem não termine com s) Exemplos: final - finalizar / concreto - con- cretizar como consoante de ligação se o radi- cal não terminar com s. Exemplos: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis + inho - lapisinho O fonema j: Guarda Metropolitana 9 Escreve-se com G e não com J: as palavras de origem grega ou árabe Exemplos: tigela, girafa, gesso. estrangeirismo, cuja letra G é originá- ria. Exemplos: sargento, gim. as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas exceções) Exemplos: imagem, vertigem, penugem, bege, foge. Observação Exceção: pajem as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio. Exemplos: sufrágio, sortilégio, litígio, reló- gio, refúgio. os verbos terminados em ger e gir. Exemplos: eleger, mugir. depois da letra "r" com poucas exce- ções. Exemplos: emergir, surgir. depois da letra a, desde que não seja radical terminado com j. Exemplos: ágil, agente. Escreve-se com J e não com G: as palavras de origem latinas Exemplos: jeito, majestade, hoje. as palavras de origem árabe, africana ou exótica. Exemplos: alforje, jibóia, manjerona. as palavras terminada com aje. Exemplos: laje, ultraje O fonema ch: Escreve-se com X e não com CH: as palavras de origem tupi, africana ou exótica. Exemplo: abacaxi, muxoxo, xucro. as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J). Exemplos: xampu, lagartixa. depois de ditongo. Exemplos: frouxo, feixe. depois de en. Exemplos: enxurrada, enxoval Observação: Exceção: quando a palavra de origem não de- rive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente) Escreve-se com CH e não com X: as palavras de origem estrangeira Exemplos: chave, chumbo, chassi, mochila, es- padachim, chope, sanduíche, salsicha. As letras e e i: os ditongos nasais são escritos com e: mãe, põem. Com i, só o ditongo interno cãi- bra. os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são escritos com e: caçoe, tumul- tue. Escrevemos com i, os verbos com infini- tivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui. atenção para as palavras que mudam de sentido quando substituímos a grafia e pela 10 Guarda Metropolitana grafia i: área (superfície), ária (melodia) / dela- tar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estân- cia, que anda a pé), pião (brinquedo). CAPÍTULO 3– ACENTUAÇÃO GRÁFICA INFLUÊNCIA DO NOVO ACORDO ORTO- GRÁFICO 1) ALFABETO Com o advento do novo ortográfico, acrescen- tam-se as consoantes k, w e y no alfabeto que passa a ter 26 letras: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z. As consoantes k, w e y serão usadas nas se- guintes situações: a) Em escrita de símbolos de unidades de me- dida: Kg (quilograma), Km (quilômetro), W (watt); b) Em escrita de palavras e nomes estrangei- ros: workshop, playground, show, Welliton. 2) TREMA O trema desaparece do u nas formas gue, gui, que, qui. No entanto, a pronúncia permanece inalte- rada. ANTES DO NOVO ACORDO DEPOIS DO NOVO ACORDO Argüir Arguir Cinqüenta Cinquenta Delinqüente Delinquente Freqüente Frequente Lingüiça Linguiça Qüinqüênio Quinquênio O trema ainda continuará em palavras estran- geiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano, Bündchen. 3) ACENTO GRÁFICO a) Não serão acentuadas graficamente os di- tongos orais abertos ei, e oi tônico quando forem pa- roxítonas. ANTES DO NOVO ACORDO DEPOIS DO NOVO ACORDO Alcatéia Alcateia Andróide Androide Assembléia Assembleia Bóia Boia Coréia Coreia Debilóide Debiloide Européia Europeia Estréia Estreia Geléia Geleia Heróico Heroico Idéia Ideia Jibóia Jibóia Odisséia Odisseia Paranóico Paranoico Platéia Plateia O acento continuará nas oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: anéis, céu, troféu, troféus, herói, heróis. b) Quando os vocábulos forem paroxítonos, não receberão acento gráfico o i e o u tônicos após ditongo decrescente. ANTES DO NOVO ACORDO DEPOIS DO NOVO ACORDO Baiúca Baiuca Bocaiúva Bocaiuva Feiúra Feiura Sauípe Sauipe O acento continuará caso a palavra seja oxí- tona e o i ou o u estejam no final da palavra ou caso a palavra seja proparoxítona. Exemplo: tuiuiú, Piauí, maiúscula. c) Palavras com vogais repetidas perdem o acento. ANTES DO NOVO ACORDO DEPOIS DO NOVO ACORDO Crêem (verbo crer) Creem Dêem (verbo dar) Deem Guarda Metropolitana 11 Lêem (verbo ler) Leem Vêem (verbo ver) Veem Vôo Voo Zôo Zoo d) Perde-se o acento para diferenciar os se- guintes pares: para/ para; péla/ pela(s); pelo(s)/ pelo(s); pólo(s)/ polo(s); e pêra/ pera. ANTES DO NOVO ACORDODEPOIS DO NOVO ACORDO O rapaz pára o trânsito O rapaz para o trânsito A jovem irá ao pólo Norte A jovem irá ao polo Norte O urso polar tem pêlos brancos O urso polar tem pelos brancos Compramos pêra no início de ano Compramos pera no iní- cio de ano OBSERVAÇÃO a) Em pôr/por, permanece o acento diferencial. A forma pôr é um verbo, já a forma por é uma prepo- sição. Exemplo: Pretendo pôr um funcionário na empresa inaugurada por mim. b) Nas formas verbais pôde/pode, permanece o acento diferencial. O sintagma verbal pôde é o verbo poder no pretérito perfeito do indicativo, na 3ª pessoa do singular. Enquanto pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular. Exemplo: Antes, ele não pôde comprar o carro, mas hoje ele pode. c) Será opcional o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras fôrma (substantivo) de forma (verbo); dêmos (verbo no subjuntivo) de de- mos (verbo no pretérito). Os acentos gráficos são: ( ´ ) agudo; ( ^ ) circunflexo; ( ` ) grave. Os acentos agudo e circunflexo indicam: 1) Sílaba tônica (sílaba mais forte) dos vocábu- los; 2) Abertura ou não da vogal; 3) Flexão de número (singular/plural) do verbo; 4) Diferença entre palavras homônimas. O acento grave irá indicar a fusão entre duas vogais idênticas (crase). REGRAS DE ACENTUAÇÃO 1) OXÍTONAS:são aquelas palavras cuja última sílaba é a mais forte. a) Oxítonas monossilábicas tônicas: acen- tuam-se aquelas finalizadas em -a, -e ou -o (seguidas ou não de -s). (IBAMA/ TÉCNICO/ CESPE) As palavras “pó”, “só” e “céu” são acentuadas de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica. b) Oxítonas com mais de uma sílaba: quando finalizadas em -a, -e ou -o (seguidas ou não de -s),- em e -ens, devem ser acentuadas graficamente. (IBAMA/ TÉCNICO/ ADAPTADA/ FGV)As pa- lavras a seguir são acentuadas em decorrência de mesma regra de acentuação gráfica:“até”,“está”,“bio- gás”,“contará”. c) Oxítonas terminadas em ditongos abertos ei, oi, eu: todas devem receber acento agudo. (LIQUIGAS/ MÉDIO/ ADAPTADA/ CESGRAN- RIO)De acordo com as regras de acentuação, o grupo de palavras que foi acentuado pela mesma razão: céu, já, troféu, baú. Comentário: as palavras “pó” e “só” são acentuadas por ser oxítonas monossilábicas fi- nalizadas em -o. Já o vocábulo “céu” é acentu- ada por ser uma oxítona terminada em ditongo aberto “éu”. Sendo assim, o item está errado. Comentário: as palavras “a-té”, “es-tá”, “bio-gás”, “con-ta-rá” recebem acento gráfico porque são oxítonas finalizadas em a, -e ou -o (seguidas ou não de -s). Por isso a assertiva está correta. http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cesgranrio-2012-liquigas-profissional-junior-ciencias-economicas http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cesgranrio-2012-liquigas-profissional-junior-ciencias-economicas 12 Guarda Metropolitana d) Oxítonas seguidas de pronomes oblíquos -lo, - la, -los, -las: acentuam-se as terminadas em -a, -e, - o. (MPE-PI/ ANALISTA/ CESPE) Os verbos “co- municar”, “ensinar” e “comandar”, quando comple- mentados pelo pronome “a”, acentuam-se da mesma forma que “constatá-las”, “designá-las” e “elevá-las”. e) Pôr ≠ por: deve-se acentuaro sintagma ver- bal “pôr”, para diferenciá-la da preposição “por”. (CEF/ MÉDIO/ CESPE) O acento que distingue a forma verbal ‘é’ da conjunção ‘e’ estabelece diferença morfológica, gráfica e fonética, tal como ocorre com pôr e por. TEXTO:O despreparo dos jovens, portanto, é patente. “Desde cedo, é preciso ensinar as crianças a pensar e a se adequar a novas realidades”, diz Ra- mos. f) Tem ≠ têm; vem ≠ vêm: acentuam-se as for- mas verbais têm e vêm, que representam a terceira pessoa do plural do presente do modo indicativo dos verbos ter e vir, para diferenciar das formas no singu- lar tem e vem. (TJ-RR/ MÉDIO/ CESPE)A forma verbal “têm” em “têm esse originário poder” estáempregada no plural porque faz parte de uma cadeia coesivacujos elemen- tos se referem a “magistrados”. TEXTO:Os magistra- dos não governam. O que eles fazem é evitar o des- governo, quando para tanto são provocados. Não mandam propriamente na massa dos governados e administrados, mas impedem os eventuais desman- dos dos que têm esse originário poder. Comentário: as palavras “céu” e “troféu” recebem acento agudo por finalizar em di- tongo oral aberto “éu”, enquanto o vocábulo “já” será acentuada por oxítona monossilábica terminada em “a”. Por último, a palavra “baú” acentua-se por haver um hiato da vogal “u”. Comentário: caso os verbos sejam com- pletados pelo pronome oblíquo “a”, as formas equivalentes resultantes serão comunicá-la, en- siná-la, comandá-la assim como os verbos apre- sentados. Note-se, ainda, que é necessário acentuar se forem terminadas em -a, -e, -o. Por- tanto, o item está correto. Comentário: o acento gráfico, nos vocábu- los “é”, “e”,assim como, nas palavras “por” e “pôr”, diferencia-se em três níveis: morfológico, gráfico e fonético. Atente-se aos três planos: Morfológico: “e” é uma conjunção, en- quanto “é” trata-se de emum verbo. O vocábulo “por” é uma preposição, já “pôr” é um verbo. Neste caso,de fato o acento gráfico estabelece diferença morfológica. Gráfico: ocorre mudança também, visto que os vocábulos recebem o acento gráfico. Logo, as palavras mudam a grafia. Compare: e→é;por→pôr. Fonético: o som pronunciado em “é” (com acento) éaberto, enquanto o som pronunciado (o timbre) em “e” (sem acento) éfechado. Assim, por interferência do acento, houve, sim, mu- dança fonética(pronúncia da palavra). No en- tanto, não haverá mudança na fonética entre as palavras “por” e “pôr”. Devido a este último caso, o item está incorreto. Guarda Metropolitana 13 (ANATEL/ MÉDIO/ CESPE) Nas formas ver- bais “vêm” e “têm”, ambas na linha, foi aplicada a mesma regra de acentuação gráfica. TEXTO: Em ter- ceiro lugar, vêm os adúlteros. Só agora eles têm a possibilidade de receber ligações de seu parceiro se- creto sem que membros da família, secretárias ou co- legas mal intencionados possam interceptar o telefo- nema. IMPORTANTE Os verbos derivados possuem acento agudo quando no singular e acento circunflexo quando no plural. (INPI/ INTERMEDIÁRIO/ CESPE) Se a ex- pressão “As relações” passasse para o singular,a forma verbal “mantêm”deveria, em concordância a esse termo, ser substituída por mantém. TEXTO:As relações que as sociedades ocidentais industriais mantêm com os temas da ciência e da tecnologia não se constituem numa constante. 2)PAROXÍTONAS:são aquelas palavras cuja penúltima é a mais forte. a) Quando finalizadas em -a, -e ou -o (seguidas ou não de -s), -em e -ens, não podem ser acentuadas graficamente. Então, devem ser acentuadas caso ter- minadas em: -r, -x, -n, -l, -i, -is, -um, -uns, -us, -ps, - ã, -ãs, -ão, -ãos;ditongo oral, seguido ou não de -s. (TJRR/ ANALISTA DE SISTEMAS/ CESPE) As palavras “área”, “deságua”, “índios” e “planí- cies” são acentuadas graficamente devido à mesma regra de acentuação. (TJ-AC/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ CESPE) As palavras “negligência”, “reservatórios”, “espécie” e “equilíbrio” apresentam acentuação gráfica em decor- rência da mesma regra gramatical. (ANAC/ TÉCNICO/ CESPE) As palavras “iní- cio” e “série” recebem acento gráfico com base em re- gras gramaticais distintas. 3) PROPAROXÍTONAS: São aquelas palavras cuja antepenúltima é a mais forte. Todas devem ser acentuadas. Comentário: o item está incorreto, pois a forma verbal “têm” permanece no plu- ral para concordar com o pronome demons- trativo “os” presente no termo “dos”, em que ocorre contração da preposição “de” com pronome demonstrativo “os”. Note-se, ainda, que poderia substituir o pronome “os” por “aqueles”. Portanto, a forma verbal “têm”não concorda com “magistrados”. Comentário: o item está correto, pois as formas verbais vem e tem recebem acento cir- cunflexo quando concordam com um sujeito no plural para diferenciá-los do singular. Contextu- almente, os verbos citados concordam, respec- tivamente, com “adúlteros” e “eles”. Comentário: o item está errado, porque a forma verbal “mantêm” concorda com a ex- pressão “as sociedades ocidentais”. Dessa forma, mesmo que fosse reescrito no singular o trecho “As relações”, o verbo manter perma- neceria inalterado. Comentário: as palavras “á-rea”, “de-sá- gua”, “ín-dios” e “pla-ní-cies” são acentuadas por serem paroxítonas terminadas em ditongo crescente. Portanto, o item está correto. Comentário: as palavras “ne-gli-gên- cia”, “re-ser-va-tó-rios”, “es-pé-cie”, “e-qui-lí- brio” serão acentuadas devido à mesma regra de acentuação, pois todas são paroxítonas fi- nalizadas em ditongo crescente. Comentário: o vocábulo “i-ní-cio” e “sé-rie” são paroxítonas finalizadas em ditongo cres- cente; portanto, devem ser acentuadas. 14 Guarda Metropolitana (ANATEL/ TÉCNICO/ CESPE) Nas palavras “análise” e “mínimos”, o emprego do acento gráfico tem justificativas gramaticais diferentes. (MPE-PI/ ANALISTA/ CESPE) De acordo com a ortografia oficial vigente, o vocábulo “órgãos” segue a mesma regra de acentuação que o vocábulo “últi- mos”. (TJ-RR/ TÉCNICO/ CESPE) Os vocábulos “ju- rídicas”, “econômicas” e “físico” recebem acento grá- fico com base em regras gramaticais diferentes. Comentário: as palavras “ju-rí-di-cas”, “e-co-nô- mi-cas” e “fí-si-co” são acentuadas por ser proparoxí- tonas; portanto o item está correto. REGRA DO HIATO Deve-se acentuar o -i ou o -u, quando: 1) Formar um hiato com uma vogal diferente an- terior; 2) Não houver consoante na mesma sílaba, ex- ceto -s; 3) Não aparecer semivogal na mesma sílaba; 4) Não surgir -nh na sílaba posterior. (MMA/ AGENTE ADM/ CESPE) O emprego do acento agudo nos vocábulos “país” e “aí” justifica-se pela mesma regra de acentuação gráfica. Comentário: os vocábulos “pa-ís” e “a-í” acen- tuam-se por ser oxítonas com vogal tônica i antecedi- das de uma vogal a com que não formam ditongo nem constitui sílaba com a eventual consoante seguinte. Observe-se alguns exemplos dessa última regra: con- teúdo, miúdo, recaída, juíza, cafeína, saída e paraíso. Tem-se um caso especial de acentuação de hiatos com as vogais -i e -u. (CNJ / ANALISTA/ CESPE)A mesma regra de acentuação gráfica, justifica o emprego de acento grá- ficonas palavras “construída” e “possíveis”. Comentário: a palavra “cons-tru-í-da” recebe acento gráfico por constituir hiato da vogal -i. En- quanto isso, o vocábulo “pos-sí-veis” será acentuado por ser paroxítono finalizado em ditongo seguindo de -s. CAPÍTULO 4– ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PA- LAVRAS ESTRUTURA DAS PALAVRAS Estudar a estrutura é conhecer os elemen- tos formadores das palavras. Assim, compreende- mos melhor o significado de cada uma delas. Observe os exemplos abaixo: art-ista brinc-a- mos cha-l- eira cachorr-inh-a-s A análise destes exemplos mostra-nos que as palavras podem ser divididas em unidades menores, a que damos o nome de elementos mórfi- cos ou morfemas. Vamos analisar a palavra "cachorrinhas": Nessa palavra observamos facilmente a exis- tência de quatro elementos. São eles: cachorr - este é o elemento base da palavra, ou seja, aquele que contém o significado. inh - indica que a palavra é um diminutivo a - indica que a palavra é feminina s - indica que a palavra se encontra no plural Morfemas: unidades mínimas de caráter signi- ficativo. São elementos mórficos: 1) Raiz, radical, tema: elementos básicos e significativos 2) Afixos (prefixos, sufixos), desinência, vo- gal temática: elementos modificadores da significa- ção dos primeiros 3) Vogal de ligação, consoante de liga- ção: elementos de ligação ou eufônicos. Raiz Comentário:as palavras “a-ná-li-se”, “mí-ni-mos” são acentuadas por ser proparo- xítonas; portanto o item está correto. Obs.: existem palavras que não com- portam divisão em unidades menores, tais como: mar, sol, lua, etc. Comentário: o vocábulo “ór-gãos” é acentuado por ser uma paroxítona finalizada em ditongo decrescente, já a palavra “úl-ti- mos” é acentuada por ser uma proparoxítona. Logo a alternativa está incorreta. Guarda Metropolitana 15 É o elemento originário e irredutível em que se concentra a significação das palavras, consideradas do ângulohistórico. É a raiz que encerra o sentido ge- ral, comum às palavras da mesma família etimológica. Observe o exemplo: Raiz noc [Latim nocere = prejudicar] tem a sig- nificação geral de causar dano, e a ela se prendem, pela origem comum, as palavras nocivo, nocividade, inocente, inocentar, inócuo, etc. Obs.: uma raiz pode sofrer alterações. Veja o exemplo: at-o at-or at-ivo aç-ão ac-ionar Radical Observe o seguinte grupo de palavras: livr- o livr- inho livr- eiro livr- eco Você reparou que há um elementoco- mumnesse grupo? Você reparou que o elemento livr serve de base para o significado? Esse elemento é chamado de radical (ou semantema). Radical: elemento básico e significativo das pa- lavras, consideradas sob o aspecto gramatical e prá- tico. É encontrado através do despojo dos elementos secundários (quando houver) da palavra. Por Exemplo: cert-o cert-eza in-cert-eza Afixos Afixos são elementos secundários (geral- mente sem vida autônoma) que se agregam a um ra- dical ou tema para formar palavras derivadas. Sabe- mos que o acréscimo do morfema "-mente", por exemplo, cria uma nova palavra a partir de "certo": certamente, advérbio de modo. De ma- neira semelhante, o acréscimo dos morfemas "a-" e"- ar" à forma "cert-" cria o verbo acertar. Observe que a- e -ar são morfemas capazes de operar mu- dança de classe gramatical na palavra a que são ane- xados. Quando são colocados antes do radical, como acon- tece com "a-", os afixos recebem o nome de prefi- xos. Quando, como "-ar", surgem depois do radical, os afixos são chamados de sufixos. Veja os exem- plos: Prefixo Radical Sufixo in at ivo em pobr ecer inter nacion al Desinências Desinências são os elementos terminais indi- cativos das flexões das palavras. Existem dois tipos: Desinências Nominais: indicam as flexões de gênero (masculino e feminino) e denúmero(singu- lar e plural) dos nomes. Exemplos: alun-o aluno-s alun-a aluna-s Desinências Verbais: indicam as flexões de número e pessoa e de modo e tempo dos ver- bos. Exemplos: Observação: só podemos falar em desinências nominais de gêneros e de números em palavras que admitem tais flexões, como nos exemplos acima. Em palavras como mesa, tribo, telefonema, por exemplo, não temos desinência nomi- nal de gênero. Já em pires, lápis, ôni- bus não temos desinência nominal de número. 16 Guarda Metropolitana compr- o compra-s compra- mos com- pra-is compra-m com- pra-va compra- va-s A desinência "-o", presente em "am-o", é uma desinência número-pessoal, pois indica que o verbo está na primeira pessoa do singular; "-va", de "ama- va", é desinência modo-temporal: caracteriza uma forma verbal do pretérito imperfeito do indicativo, na 1ª conjugação. Vogal Temática Vogal Temática é a vogal que se junta ao radi- cal, preparando-o para receber as desinências. Nos verbos, distinguem-se três vogais temáticas: Caracteriza os verbos da 1ª conjugação. Exemplos: buscar, buscavas, etc Caracteriza os verbos da 2ª conjugação. Exemplos: romper, rompemos, etc. Caracteriza os verbos da 3ª conjugação. Exemplos: proibir, proibirá, etc. Tema Tema é o grupo formado pelo radical mais vo- gal temática. Nos verbos citados acima, os temas são: busca-, rompe-, proibi- Vogais e Consoantesde Ligação As vogais e consoantes de ligação são morfe- mas que surgem por motivos eufônicos, ou seja, para facilitar ou mesmo possibilitar a pronúncia de uma de- terminada palavra. Exemplo: parisiense (paris= radical, ense=sufixo, vogal de ligação=i) Outros exemplos: gas-ô-metro, alv-i-negro, tecn-o-cra- cia, pau-l-ada, cafe-t-eira, cha-l-eira, inset-i- cida, pe-z-inho, pobr-e-tão, etc. Formação das Palavras Existem dois processos básicos pelos quais se formam as palavras: a derivação e a composição. A diferença entre ambos consiste basicamente em que, no processo de derivação, partimos sempre de um único radical, enquanto no processo de composição sempre haverá mais de um radical. Derivação Derivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a partir de ou- tra já existente, chamada primitiva. Observe o qua- dro abaixo: Primitiva Derivada mar marítimo, marinheiro, marujo terra enterrar, terreiro, aterrar Observamos que "mar" e "terra" não se formam de nenhuma outra palavra, mas, ao contrário, possibi- litam a formação de outras, por meio do acréscimo de um sufixo ou prefixo. Logo, mar e terra são palavras primitivas, e as demais, derivadas. Tipos de Derivação Derivação Prefixal ou Prefixação Resulta do acréscimo de prefixo à palavra pri- mitiva, que tem o seu significado alterado. Veja os exemplos: crer- descrer ler- reler capaz- incapaz Derivação Sufixal ou Sufixação Resulta de acréscimo de sufixo à palavra pri- mitiva, que pode sofrer alteração de significado ou mudança de classe gramatical. Por Exemplo: alfabetização No exemplo acima, o sufixo -ção transforma em substantivo o verbo alfabetizar. Este, por sua vez, já é derivado do substantivo alfabeto pelo acrés- cimo do sufixo -izar. A derivação sufixal pode ser: a) Nominal, formando substantivos e adjetivos. Por Exemplo: papel – papelaria riso - risonho b) Verbal, formando verbos. Guarda Metropolitana 17 Por Exemplo: atual - atualizar c) Adverbial, formando advérbios de modo. Por Exemplo: feliz - felizmente Derivação Parassintética ou Parassíntese Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. Por meio da parassíntese formam-se nomes (substantivos e adjetivos) e verbos. Considere o adjetivo " triste". Do radical "trist- " formamos o verbo entristecer através da junção si- multânea do prefixo "en-" e do sufixo "-ecer". A pre- sença de apenas um desses afixos não é suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa língua não existem as palavras "entriste", nem "tristecer". Exemplos: Palavra Inicial Pre- fixo Radi- cal Sufixo Palavra For- mada mudo e mud ecer emudecer alma des alm ado desalmado Derivação Regressiva Ocorre derivação regressiva quando uma pala- vra é formada não por acréscimo, mas por redução. Exemplos: comprar (verbo) beijar (verbo) com- pra (subs- tantivo) beijo (subs- tantivo) Saiba que: Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo ou se ocorre o contrário, podemos se- guir a seguinte orientação: - Se o substantivo denota ação, será pala- vra derivada, e o verbo palavra primitiva. - Se o nome denota algum objeto ou subs- tância, verifica-se o contrário. Vamos observar os exemplos acima: com- pra e beijo indicam ações, logo, são palavras de- rivadas. O mesmo não ocorre, porém, com a pala- vra âncora, que é um objeto. Neste caso, um subs- tantivo primitivo que dá origem ao verbo ancorar. Por derivação regressiva, formam-se basica- mente substantivos a partir de verbos. Por isso, rece- bem o nome de substantivos deverbais. Note que na linguagem popular, são frequentes os exemplos de palavras formadas por derivação regressiva. Veja: o portuga (de português) o boteco (de botequim) o comuna (de comunista) Ou ainda: agito (de agitar) amasso (de amassar) chego (de chegar) Atenção! Não devemos confundir deriva- ção parassintética, em que o acrés- cimo de sufixo e de prefixo é obriga- toriamente simultâneo, com casos como os das palavras desvaloriza- ção e desigualdade. Nessas palavras, os afixos são acoplados em seqüên- cia: desvalorização provém de des- valorizar, que provém desvalorizar, que por sua vez provém de valor. É impossível fazer o mesmo com pa- lavras formadas por parassíntese: não se pode dizer que expropriar pro- vém de "propriar" ou de "expróprio", pois tais palavras não existem. Logo, expropriar provém diretamente de próprio, pelo acréscimo concomi- tante de prefixo e sufixo. Obs.: o processo normal é criar um verbo a partir de um substantivo. Na deri- vação regressiva, a língua procede em sen- tido inverso: forma o substantivo a partir do verbo. 18 Guarda Metropolitana Derivação Imprópria A derivação imprópria ocorre quando determi- nada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou su- pressão em sua forma, muda de classe gramatical. Neste processo: 1) Os adjetivos passam a substantivos Por Exemplo: Os bons serão contemplados. 2) Os particípios passam a substanti- vos ou adjetivos Por Exemplo: Aquele garoto alcançou umfeitopas- sandono concurso. 3) Os infinitivos passam a substantivos Por Exemplo: O andar de Roberta era fascinante. O badalar dos sinos soou na cidadezinha. 4) Os substantivos passam a adjetivos Por Exemplo: O funcionário fantasma foi despedido. O menino prodígio resolveu o problema. 5) Os adjetivos passam a advérbios Por Exemplo: Falei baixo para que ninguém escutasse. 6) Palavras invariáveis passam a substanti- vos Por Exemplo: Não entendo o porquê disso tudo. 7) Substantivos próprios tornam-se comuns. Por Exemplo: Aquele coordenador é um caxias! (chefe severo e exigente) Composição Composição é o processo que forma palavras compostas, a partir da junção de dois ou mais radi- cais. Existem dois tipos: Composição por Justaposição Ao juntarmos duas ou mais palavras ou radi- cais, não ocorre alteração fonética. Exemplos: passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor Composição por Aglutinação Ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais, ocorre supressão de um ou mais de seus elementos fonéticos. Exemplos: embora (em boa hora) fidalgo (filho de algo - referindo-se à família nobre) hidrelétrico (hidro + elétrico) planalto (plano alto) Redução Observação: os processos de derivação vistos anteriormente fazem parte da Morfologia porque implicam alterações na forma das palavras. No entanto, a derivação imprópria lida ba- sicamente com seu significado, o que acaba caracterizando um processo se- mântico. Por essa razão, entendemos o motivo pelo qual é denominada "im- própria". Obs.: em "girassol" houve uma altera- ção na grafia (acréscimo de um "s") justa- mente para manter inalterada a sonoridade da palavra. Obs.: ao aglutinarem-se, os componen- tes subordinam-se a um só acento tônico, o do último componente. Guarda Metropolitana 19 Algumas palavras apresentam, ao lado de sua forma plena, uma forma reduzida. Observe: auto - por automóvel cine - por cinema micro - por microcomputador Zé - por José Como exemplo de redução ou simplificação de palavras, podem ser citadas também as siglas, muito frequentes na comunicação atual. (Se desejar, veja mais sobre siglas na seção "Extras" -> Abreviaturas e Siglas) Hibridismo Ocorre hibridismo na palavra em cuja forma- ção entram elementos de línguas diferentes. Por Exemplo: auto (grego) + móvel (latim) Onomatopeia Numerosas palavras devem sua origem a uma tendência constante da fala humana para imitar as vo- zes e os ruídos da natureza. As onomatopeias são vocábulos que reproduzem aproximadamente os sons e as vozes dos seres. Exemplos: miau, zum-zum, piar, tinir, urrar, chocalhar, cocoricar, etc. Prefixos Os prefixos são morfemas que se colocam an- tes dos radicais basicamentea fim de modificar-lhes o sentido; raramente esses morfemas produzem mu- dança de classe gramatical. Os prefixos ocorrentes em palavras portugue- sas se originam do latim e do grego, línguas em que funcionavam como preposições ou advérbios, logo, como vocábulos autônomos. Alguns prefixos foram pouco ou nada produtivos em português. Outros, por sua vez, tiveram grande utilidade na formação de no- vas palavras. Veja os exemplos: a- , contra- , des- , em- (ou en-) , es- , entre- re- , sub- , super- , anti- Prefixos de Origem Grega a-, an-: Afastamento, privação, negação, insu- ficiência, carência. Exemplos: anônimo, amoral, ateu, afônico ana- : Inversão, mudança, repetição. Exem- plos: analogia, análise, anagrama, anacrônico anfi- : Em redor, em torno, de um e outro lado, duplicidade. Exemplos: anfiteatro, anfíbio, anfibologia anti- : Oposição, ação contrária. Exemplos: antídoto, antipatia, antagonista, antítese apo- : Afastamento, separação. Exemplos: apoteose, apóstolo, apocalipse, apologia arqui-, arce- : Superioridade hierárquica, pri- mazia, excesso. Exemplos: arquiduque,arquétipo, arcebispo, arqui- milionário cata- : Movimento de cima para baixo. Exem- plos: cataplasma, catálogo, catarata di-: Duplicidade. Exemplos: dissílabo, ditongo, dilema dia- : Movimento através de, afastamento. Exemplos: diálogo, diagonal, diafragma, diagrama dis- : Dificuldade, privação. Exemplos : dispneia, disenteria, dispepsia, disfasia ec-, ex-, exo-, ecto- : Movimento para fora. Exemplos: eclipse, êxodo, ectoderma, exorcismo en-, em-, e-: Posição interior, movimento para dentro. Exemplos: encéfalo, embrião, elipse, entusiasmo endo- : Movimento para dentro. Exemplos: endovenoso, endocarpo, endosmose epi- : Posição superior, movimento para. Exemplos: epiderme, epílogo, epidemia, epitáfio eu- : Excelência, perfeição, bondade. Exemplos: eufemismo, euforia, eucaristia, eufonia hemi- : Metade, meio. Exemplos: hemisfério, hemistíquio, hemiplégico 20 Guarda Metropolitana hiper- : Posição superior, excesso. Exem- plos: hipertensão, hipérbole, hipertrofia hipo- : Posição inferior, escassez. Exemplos: hipocrisia, hipótese, hipodérmico meta- : Mudança, sucessão. Exemplos: metamorfose, metáfora, metacarpo para- : Proximidade, semelhança, intensi- dade. Exemplos: paralelo, parasita, paradoxo, paradigma peri- : Movimento ou posição em torno de. Exemplos: periferia, peripécia, período, periscópio pro- : Posição em frente, anterioridade. Exemplos: prólogo, prognóstico, profeta, programa pros- : Adjunção, em adição a. Exemplos: prosélito, prosódia proto- : Início, começo, anterioridade. Exemplos: proto-história, protótipo, protomártir poli- : Multiplicidade. Exemplos: polissílabo, polissíndeto, politeísmo sin-, sim- : Simultaneidade, companhia. Exemplos: síntese, sinfonia, simpatia, sinopse tele- : Distância, afastamento. Exemplos: televisão, telepatia, telégrafo Prefixos de Origem Latina a-, ab-, abs- : Afastamento, separação. Exemplos: aversão, abuso, abstinência, abstração a-, ad- : Aproximação, movimento para junto. Exemplos: adjunto,advogado, advir, aposto ante- : Anterioridade, procedência. Exemplos: antebraço, antessala, anteontem, antever ambi- : Duplicidade. Exemplos: ambidestro, ambiente, ambiguidade, ambivalente ben(e)-, bem- : Bem, excelência de fato ou ação. Exemplos: benefício, bendito bis-, bi-: Repetição, duas vezes. Exemplos: bisneto, bimestral, bisavô, bis- coito circu(m) - : Movimento em torno. Exemplos: circunferência, circunscrito, cir- culação cis- : Posição aquém. Exemplos: cisalpino, cisplatino, cisandino co-, con-, com- : Companhia, concomitân- cia. Exemplos: colégio, cooperativa, condutor contra- : Oposição. Exemplos: contrapeso, contrapor, contra- dizer de- : Movimento de cima para baixo, separa- ção, negação. Exemplos: decapitar, decair, depor de(s)-, di(s)- : Negação, ação contrária, sepa- ração. Exemplos: desventura, discórdia, discus- são e-, es-, ex- : Movimento para fora. Exemplos: excêntrico, evasão, exportação, expelir en-, em-, in- : Movimento para dentro, passa- gem para um estado ou forma, revestimento. Exemplos: imergir, enterrar, embeber, in- jetar, importar extra- : Posição exterior, excesso. Exemplos: extradição, extraordinário, ex- traviar i-, in-, im- : Sentido contrário, privação, nega- ção. Guarda Metropolitana 21 Exemplos: ilegal, impossível, improdutivo inter-, entre- : Posição intermediária. Exemplos: internacional, interplanetário intra- : Posição interior. Exemplos: - intramuscular, intravenoso, in- traverbal intro- : Movimento para dentro. Exemplos: introduzir, introvertido, intros- pectivo justa- : Posição ao lado. Exemplos: justapor, justalinear ob-, o- : Posição em frente, oposição. Exemplos: obstruir, ofuscar, ocupar, obs- táculo per- : Movimento através. Exemplos: percorrer, perplexo, perfurar, perverter pos- : Posterioridade. Exemplos: pospor, posterior, pós-gradu- ado pre- : Anterioridade . Exemplos: prefácio, prever, prefixo, preli- minar pro- : Movimento para frente. Exemplos: progresso, promover, prosse- guir, projeção re- : Repetição, reciprocidade. Exemplos: rever, reduzir, rebater, reatar retro- : Movimento para trás. Exemplos: retrospectiva, retrocesso, retro- agir, retrógrado so-, sob-, sub-, su- : Movimento de baixo para cima, inferioridade. Exemplos: soterrar, sobpor, subestimar super-, supra-, sobre- : Posição superior, ex- cesso. Exemplos: supercílio, supérfluo soto-, sota- : Posição inferior. Exemplos: soto-mestre, sota-voga, soto- pôr trans-, tras-, tres-, tra- : Movimento para além, movimento através. Exemplos: transatlântico, tresnoitar, tradi- ção ultra- : Posição além do limite, excesso. Exemplos: ultrapassar, ultrarromantismo, ultrassom, ultraleve, ultravioleta vice-, vis- : Em lugar de. Exemplos: vice-presidente, visconde, vice- almirante Quadro de Correspondência entre Prefixos Gregos e Latinos PREFIXOS GREGOS PREFI- XOS LA- TINOS SIGNIFICADO EXEMPLOS a, an des, in privação, negação anarquia, de- sigual, ina- tivo anti contra oposição, ação contrária antibiótico, contraditório anfi ambi duplicidade, de um e outro lado, em torno anfiteatro, ambivalente apo ab afastamento, se- paração apo- geu, abstrair di bi(s) duplicidade dissílabo, bi- campeão dia, meta trans movimento através diálogo, transmitir e(n)(m) i(n)(m)(r) movimento para dentro encéfalo, in- gerir, irrom- per endo intra movimento para dentro, posição in- terior endovenoso, intramuscu- lar e(c)(x) e(s)(x) movimento para fora, mudança de estado êxodo, ex- cêntrico, es- tender 22 Guarda Metropolitana epi, super, hi- per supra posição superior, excesso epílogo, su- pervisão, hi- pérbole, su- pradito eu bene excelência, perfei- ção, bondade eufemismo, benéfico hemi semi divisão em duas partes hemis- fério, semi- círculo hipo sub posição inferior hipodér- mico, sub- marino para ad proximidade, ad- junção paralelo, ad- jacência peri circum em torno de periferia, cir- cunferência cata de movimento para baixo catavento, derrubar si(n)(m) cum simultaneidade, companhia sinfonia, si- logeu, cúm- plice Sufixos Sufixos são elementos (isoladamente insignifi- cativos) que, acrescentados a um radical, formam nova palavra. Sua principal característica é a mu- dança de classe gramatical que geralmente opera. Dessa forma, podemos utilizar o significado de um verbo num contexto em que se deve usar um substantivo, por exemplo. Como o sufixo é colocado depois do radical, a ele são incorporadas as desinências que indicam as flexões das palavras variáveis.Existem dois grupos de sufixos formadores de substantivos extremamente importantes para o funcionamento da língua. São os que formam nomes de ação e os que formam nomes de agente. Sufixos que formam nomes de ação -ada - caminhada -ez(a) - sensatez, beleza -ança - mudança -ismo - civismo -ância - abundância -mento - casamento -ção - emoção -são - compreensão -dão - solidão -tude - amplitude -ença - presença -ura - formatura Sufixos que formam nomes de agente -ário(a) -secretário -or - lutador -eiro(a) - ferreiro -nte - feirante -ista - manobrista Além dos sufixos acima, tem-se: Sufixos que formam nomes de lugar, depo- sitório -aria - churrascaria -or - corredor -ário - herbanário -tério - cemitério -eiro - açucareiro -tório - dormitório -il - covil Sufixos que formam nomes indicadores de abundância, aglomeração, coleção -aço - ricaço -ario(a) - casario, infan- taria -ada - papelada -edo - arvoredo -agem - folhagem -eria - correria -al - capinzal -io - mulherio -ame - gentame -ume - negrume Sufixos que formam nomes técnicos usa- dos na ciência -ite bronquite, hepatite (infla- mação) Guarda Metropolitana 23 -oma mioma, epitelioma, carci- noma (tumores) -ato, eto, ito sulfato, cloreto, sul- fito (sais) -ina cafeína, codeína (alcaloi- des, álcalis artificiais) -ol fenol, naftol (derivado de hidrocarboneto) -ite amotite (fósseis) -ito granito (pedra) -ema morfema, fonema, se- mema, semantema (ci- ência linguística) -io - sódio, potás- sio, selênio (corpos sim- ples) Sufixo que forma nomes de religião, doutri- nas filosóficas, sistemas políticos -ismo budismo kantismo comunismo SUFIXOS FORMADORES DE ADJETIVOS a) de substantivos -ento - cruento -ado - barbado -eo - róseo -áceo(a) - herbáceo, lilá- ceas -esco - pitoresco -aico - prosaico -este - agreste -al - anual -estre - terrestre -ar - escolar -ício - alimentício -ário - diário, ordinário -ico - geométrico -ático - problemático -il - febril -az - mordaz -ino - cristalino -engo - mulherengo -ivo - lucrativo -enho - ferrenho -onho - tristonho -eno - terreno -oso - bondoso -udo - barrigudo b) de verbos SUFIXO SENTIDO EXEMPLIFI- CAÇÃO -a)(e)(i)nte ação, qualidade, es- tado semelhante, doente, se- guinte -(á)(í)vel possibilidade de prati- car ou sofrer uma ação louvável, pere- cível, punível -io, -(t)ivo ação referência, modo de ser tardio, afirma- tivo, pensativo -(d)iço, - (t)ício possibilidade de prati- car ou sofrer uma ação, referência movediço, quebradiço, factício -(d)ouro, -(t)ório ação, pertinência casadouro, preparatório SUFIXOS ADVERBIAIS Na Língua Portuguesa, existe apenas um único sufixo adverbial: É o sufixo "-mente", derivado do substantivo feminino latino mens, mentis que pode significar "a mente, o espírito, o intento".Este sufixo juntou-se a adjetivos, na forma feminina, para indicar circunstâncias, especialmente a de modo. Exemplos: altiva-mente, brava-mente, bondosa- mente, nervosa-mente, fraca-mente, pia- mente Já os advérbios que se derivam de adjetivos terminados em –ês (burgues-mente, portugues- mente, etc.) não seguem esta regra, pois esses adje- tivos eram outrora uniformes. 24 Guarda Metropolitana Exemplos: cabrito montês / cabrita montês. SUFIXOS VERBAIS Os sufixos verbais agregam-se, via de regra, ao radical de substantivos e adjetivos para formar novos verbos. Em geral, os verbos novos da língua formam- se pelo acréscimo da terminação-ar. Exemplos: esqui-ar; radiograf-ar; (a)doç-ar; nivel- ar; (a)fin-ar; telefon-ar; (a)portugues-ar. Os verbos exprimem, entre outras ideias, a prá- tica de ação. Veja: -ar: cruzar, analisar, limpar -ear: guerrear, golear -entar: afugentar, amamentar -ficar: dignificar, liquidificar -izar: finalizar, organizar Observe este quadro de sufixos verbais: SUFI- XOS SENTIDO EXEMPLOS -ear Freqüentativo durativo cabecear, folhear -ejar frequentativo, durativo gotejar, velejar -entar factitivo aformosentar, amolentar -(i)ficar factitivo clarificar, dignifi- car -icar frequentativo-diminu- tivo bebericar, depe- nicar -ilhar frequentativo-diminu- tivo dedilhar, fervi- lhar -inhar frequentativo-diminu- tivo-pejorativo escrevinhar, cus- pinhar -iscar frequentativo-diminu- tivo chuviscar, lam- biscar -itar frequentativo-diminu- tivo dormitar, saltitar -izar factitivo civilizar, utilizar Radicais Gregos Radicais Gregos O conhecimento dos radicais gregos é de indiscutível importância para a exata compreensão e fácil memorização de inúmeras palavras. Apresentamos a seguir duas relações de radicais gregos. A primeira agrupa os elementos formadores que normalmente são colocados no início dos compostos, a segunda agrupa aqueles que costumam surgir na parte final. Radicais que atuam como primeiro elemento Forma Sentido Exemplos Aéros- ar Aeronave Ánthropos- homem Antropófago Observações: Verbo Frequentativo: é aquele que traduz ação repetida. Verbo Factitivo: é aquele que en- volve idéia de fazer ou causar. Verbo Diminutivo: é aquele que exprime ação pouco intensa. Guarda Metropolitana 25 Autós- de si mesmo Autobiografia Bíblion- livro Biblioteca Bíos- vida Biologia Chróma- cor Cromático Chrónos- tempo Cronômetro Dáktyilos- dedo Dactilografia Déka- dez Decassílabo Démos- povo Democracia Eléktron- (âmbar) Eletricidade Eletroímã Ethnos- raça Etnia Géo- terra Geografia Héteros- outro Heterogêneo Hexa- seis Hexágono Híppos- cavalo Hipopótamo Ichthýs- peixe Ictiografia Ísos- igual Isósceles Makrós- grande, longo Macróbio Mégas- grande Megalomaníaco Mikrós- pequeno Micróbio Mónos- um só Monocultura Nekrós- morto Necrotério Néos- novo Neolatino Odóntos- dente Odontologia 26 Guarda Metropolitana Ophthalmós- olho Oftalmologia Ónoma- nome Onomatopeia Orthós- reto, justo Ortografia Pan- todos, tudo Pan-americano Páthos- doença Patologia Penta- cinco Pentágono Polýs- muito Poliglota Pótamos- rio Potamologia Pséudos- falso Pseudônimo Psiché- mente Psicologia Riza- raiz Rizotônico Techné- arte Tecnografia Thermós- quente Térmico Tetra- quatro Tetraedro Týpos- figura, marca Tipografia Tópos- lugar Topografia Zóon- Animal Zoologia Radicais que atuam como segundo elemento: Forma Sentido Exemplos -agogós Que conduz Pedagogo álgos Dor Analgésico -arché Comando, governo Monarquia Guarda Metropolitana 27 -dóxa Que opina Ortodoxo -drómos Lugar para correr Hipódromo -gámos Casamento Poligamia -glótta; -glóssa Língua Poliglota, glossário -gonía Ângulo Pentágono -grápho Escrita Ortografia -grafo Que escreve Calígrafo -grámma Escrito, peso Telegrama, quilograma -krátos Poder Democracia -lógos Palavra, estudo Diálogo -mancia Adivinhação Cartomancia -métron Que mede Quilômetro -nómos Que regula Autônomo -pólis; Cidade Petrópolis -pterón Asa Helicóptero -skopéo Instrumento para ver Microscópio -sophós Sabedoria Filosofia -théke Lugar onde se guarda Biblioteca Radicais Latinos Radicais que atuam como primeiro elemento: Forma Sentido Exemplo Agri Campo Agricultura 28 Guarda Metropolitana Ambi Ambos Ambidestro Arbori- Árvore Arborícola Bis-, bi- Duas vezes Bípede, bisavô Calori- Calor Calorífero Cruci- cruz Crucifixo Curvi- curvo Curvilíneo Equi- igual Equilátero, equidistante Ferri-, ferro- ferro Ferrífero, ferrovia Loco- lugar Locomotiva Morti- morte Mortífero Multi- muito Multiforme Olei-, oleo- Azeite, óleo Oleígeno, oleoduto Oni- todo Onipotente Pedi- pé Pedilúvio Pisci- peixe Piscicultor Pluri- Muitos, vários Pluriforme Quadri-, quadru- quatro Quadrúpede Reti- reto Retilíneo Semi- metade Semimorto Tri- Três Tricolor Radicais que atuam como segundoelemento: Forma Sentido Exemplos Guarda Metropolitana 29 -cida Que mata Suicida, homicida -cola Que cultiva, ou habita Arborícola, vinícola, silvícola -cultura Ato de cultivar Piscicultura, apicultura -fero Que contém, ou produz Aurífero, carbonífero -fico Que faz, ou produz Benefício, frigorífico -forme Que tem forma de Uniforme, cuneiforme -fugo Que foge, ou faz fugir Centrífugo, febrífugo -gero Que contém, ou produz Belígero, armígero -paro Que produz Ovíparo, multíparo -pede Pé Velocípede, palmípede -sono Que soa Uníssono, horríssono -vomo Que expele Ignívomo, fumívomo -voro Que come Carnívoro, herbívoro 30 Guarda Metropolitana CAPÍTULO 5– MORFOLOGIA EMPREGO DAS CLASSES GRAMATICAIS 1- SUBSTANTIVO Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam os seres. Além de ob- jetos, pessoas e fenômenos, os substantivos também nomeiam: -lugares: Alemanha, Porto Alegre... -sentimentos: raiva, amor... -estados: alegria, tristeza... -qualidades: honestidade, sinceridade... -ações: corrida, pescaria... Morfossintaxe do substantivo Nas orações de língua portuguesa, o subs- tantivo em geral exerce funções diretamente re- lacionadas com o verbo: atua como núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode ainda funcionar como núcleo do complemento nominal ou do aposto, como núcleo do predicativo do su- jeito ou do objeto ou como núcleo do vocativo. Também encontramos substantivos como nú- cleos de adjuntos adnominais e de adjuntos ad- verbiais - quando essas funções são desempe- nhadas por grupos de palavras. Você sabia que a palavra substantivo também pode ser um adjetivo? Reproduzimos a seguir o verbete substantivo, do Dicionário de usos do português do Brasil, de Fran- cisco S. Borba. Observe que as quatro primeiras acepções se referem à palavra em sua atuação como adjetivo. Substantivo Adj [Qualificador de nome não animado] 1- que tem substância ou essência: destacava- se entre os homens hábeis daquele país o hábito de fazer uma conversa prosseguir horas a fio, sem que a proposta substantiva ganhasse clara configuração (REP); se olham as coisas não pelos resultados subs- tantivos(VEJ); 2- essencial; profundo: eu te amo por você mesma, de um modo substantivo e positivo(LC) 3- fundamental; essencial: o submarino foi um elemento adjetivo na I Guerra Mundial e substantivo na II Guerra (VEJ) 4- que equivale a um substantivo, ou que o traz implícito: onde é que está a ideia substantiva no meio desses adjetivos?(CNT) . Nm 5- palavra que por si só designa a substância, ou seja, um ser real ou metafísico; palavra com que se nomeiam os seres, atos ou conceitos; nome: Há- kodesh é na origem um substantivo feminino (VEJ); Planctus era um particípio passado e não um substantivo (ACM) Classificação dos Substantivos 1- Substantivos Comuns e Próprios Observe a definição: s.f. 1: Povoação maior que vila, com mui- tas casas e edifícios, dispostos em ruas e aveni- das (no Brasil, toda a sede de município é ci- dade). 2. O centro de uma cidade (em oposição aos bairros). Qualquer "povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas" será chamadacidade. Isso significa que a palavra ci- dade é um substantivo comum. Substantivo Comum: é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma genérica. Por exemplo: cidade, menino, homem, mulher, país, cachorro. Estamos voando para Barcelona. O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espécie cidade. Esse substantivo é próprio. Substantivo Próprio: é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma particular. Por exemplo: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil. 2 - Substantivos Concretos e Abstratos Os substantivos lâmpada e mala designam seres com existência própria, que são independentes de outros seres. São assim, substantivos concretos. Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que existe, independentemente de outros seres. Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo real e do mundo imaginário. Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília, etc. Seres do mundo imaginário: saci, mãe- d'água, fantasma, etc. Guarda Metropolitana 31 Observe agora: Beleza exposta Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo vi- sual. O substantivo beleza designa uma qualidade. Substantivo Abstrato: é aquele que designa se- res que dependem de outros para se manifestar ou existir. Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa ou coisa que seja bela. A beleza de- pende de outro ser para se manifestar. Portanto, a pa- lavra beleza é um substantivo abstrato. Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstraídos, e sem os quais não podem existir. Por exemplo: vida (estado), rapidez (quali- dade), viagem (ação), saudade (sentimento). 3 - Substantivos Coletivos Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra abelha, mais outra abelha. Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas. Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame. Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, mais outra abelha... No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural. No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular (enxame) para designar um conjunto de seres da mesma espécie (abelhas). O substantivo enxame é um substantivo co- letivo. Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, mesmo estando no singular, designa um con- junto de seres da mesma espécie. Principais Substantivos e Suas Formas Co- letivas: abelha - enxame, cortiço, colmeia; abutre - bando; acompanhante - comitiva, cortejo, séquito; alho - (quando entrelaçados) réstia, enfiada, cambada; aluno - classe; amigo - (quando em assembleia) tertúlia; animal - (em geral) piara, pandilha, (todos de uma região) fauna, (manada de cavalgaduras) récua, récova, (de carga) tropa, (de carga, menos de 10) lote, (de raça, para reprodução) plantel, (ferozes ou selva- gens) alcateia; anjo - chusma, coro, falange, legião, teoria; apetrecho - (quando de profissionais) ferra- menta, instrumental; aplaudidor - (quando pagos) claque; arcabuzeiro - batalhão, manga, regimento; argumento - carrada, monte, montão, multi- dão; arma - (quando tomadas dos inimigos) troféu; arroz - batelada; artista - (quando trabalham juntos) companhia, elenco; árvore - (quando em linha) alameda, carreira, rua, souto, (quando constituem maciço) arvoredo, bosque, (quando altas, de troncos retos a aparentar parque artificial) malhada; asneira - acervo, chorrilho, enfiada, monte; asno - manada, récova, récua; assassino - choldra, choldraboldra; assistente - assistência; astro - (quando reunidos a outros do mesmo grupo) constelação; ator - elenco; autógrafo - (quando em lista especial de cole- ção) álbum; ave - (quando em grande quantidade) bando, nuvem; avião - esquadrão, esquadra, esquadrilha; bala - saraiva, saraivada; bandoleiro - caterva, corja, horda, malta, sú- cia, turba; bêbado - corja, súcia, farândola; boi - boiada, abesana, armento, cingel, jugada, jugo, junta, manada, rebanho, tropa; bomba - bateria; borboleta - boana, panapaná; 32 Guarda Metropolitana botão - (de qualquer peça de vestuário) aboto- adura, (quando em fileira) carreira; burro - (em geral) lote, manada, récua, tropa, (quando carregado) comboio; busto - (quando em coleção) galeria; cabelo - (em geral) chumaço, guedelha, ma- deixa, (conforme a separação) marrafa, trança; cabo - cordame, cordoalha, enxárcia; cabra - fato, malhada,rebanho; cadeira - (quando dispostas em linha) carreira, fileira, linha, renque; cálice - baixela; cameleiro - caravana; camelo - (quando em comboio) cáfila; caminhão - frota; canção - (quando reunidas em livro) cancio- neiro, (quando populares de uma região) folclore; canhão - bateria; cantilena - salsada; cão - adua, cainçalha, canzoada, chusma, ma- tilha; capim - feixe, braçada, paveia; cardeal - (em geral) sacro colégio, (quando reunidos para a eleição do papa) conclave, (quando reunidos sob a direção do papa) consistório; carneiro - chafardel, grei, malhada, oviário, re- banho; carro - (quando unidos para o mesmo destino) comboio, composição, (quando em desfile) corso; carta - (em geral) correspondência; casa - (quando unidas em forma de quadrados) quarteirão, quadra; castanha - (quando assadas em fogueira) ma- gusto; cavalariano - (de cavalaria militar) piquete; cavaleiro - cavalgada, cavalhada, tropel; cavalgadura - cáfila, manada, piara, récova, récua, tropa, tropilha; cavalo - manada, tropa; cebola - (quando entrelaçadas pelas hastes) cambada, enfiada, réstia; cédula - bolada, bolaço; chave - (quando num cordel ou argola) molho, penca; célula - (quando diferenciadas igualmente) te- cido; cereal - (em geral) fartadela, fartão, fartura, (quando em feixes) meda, moreia; cigano - bando, cabilda, pandilha; cliente - clientela, freguesia; coisa - (em geral) coisada, coisarada, ajunta- mento, chusma, coleção, cópia, enfiada, (quando an- tigas e em coleção ordenada) museu, (quando em lista de anotação) rol, relação, (em quantidade que se pode abranger com os braços) braçada, (quando em série) sequência, série, sequela, coleção, (quando reunidas e sobrepostas) monte, montão, cúmulo; coluna - colunata, renque; cônego - cabido; copo - baixela; corda - (em geral) cordoalha, (quando no mesmo liame) maço, (de navio) enxárcia, cordame, massame, cordagem; correia - (em geral) correame, (de montaria) apeiragem; credor - junta, assembleia; crença - (quando populares) folclore; crente - grei, rebanho; depredador - horda; deputado - (quando oficialmente reunidos) câ- mara, assembleia; desordeiro - caterva, corja, malta, pandilha, súcia, troça, turba; diabo - legião; dinheiro - bolada, bolaço, disparate; disco - discoteca; doze - (coisas ou animais) dúzia; ébrio - Ver bêbado; égua - Ver cavalo; elefante - manada; erro - barda; escravo - (quando da mesma morada) sen- zala, (quando para o mesmo destino) comboio, (quando aglomerados) bando; escrito - (quando em homenagem a homem ilustre) polianteia, (quando literários) analectos, anto- logia, coletânea, crestomatia, espicilégio, florilégio, seleta; espectador - (em geral) assistência, auditório, plateia, (quando contratados para aplaudir) claque; Guarda Metropolitana 33 espiga - (quando atadas) amarrilho, arrega- çada, atado, atilho, braçada, fascal, feixe, gavela, lio, molho, paveia; estaca - (quando fincadas em forma de cerca) paliçada; estado - (quando unidos em nação) federação, confederação, república; estampa - (quando selecionadas) iconoteca, (quando explicativas) atlas; estátua - (quando selecionadas) galeria; estrela - (quando cientificamente agrupadas) constelação, (quando em quantidade) acervo, (quando em grande quantidade) miríade; estudante - (quando da mesma escola) classe, turma, (quando em grupo cantam ou tocam) estudan- tina, (quando em excursão dão concertos) tuna, (quando vivem na mesma casa) república; fazenda - (quando comerciáveis) sortimento; feiticeiro - (quando em assembleia secreta) conciliábulo; feno - braçada, braçado; filme - filmoteca, cinemoteca; fio - (quando dobrado) meada, mecha, (quando metálicos e reunidos em feixe) cabo; flecha - (quando caem do ar, em porção) sa- raiva, saraivada; flor - (quando atadas) antologia, arregaçada, braçada, fascículo, feixe, festão, capela, grinalda, ra- malhete, buquê, (quando no mesmo pedúnculo) ca- cho; foguete - (quando agrupados em roda ou num travessão) girândola; força naval - armada; força terrestre - exército; formiga - cordão, correição, formigueiro; frade - (quanto ao local em que moram) comu- nidade, convento; frase - (quando desconexas) apontoado; freguês - clientela, freguesia; fruta - (quando ligadas ao mesmo pedúnculo) cacho, (quanto à totalidade das colhidas num ano) co- lheita, safra; fumo - malhada; gafanhoto - nuvem, praga; garoto - cambada, bando, chusma; gato - cambada, gatarrada, gataria; gente - (em geral) chusma, grupo, multidão, (quando indivíduos reles) magote, patuleia, poviléu; grão - manípulo, manelo, manhuço, manojo, manolho, maunça, mão, punhado; graveto - (quando amarrados) feixe; gravura - (quando selecionadas) iconoteca; habitante - (em geral) povo, população, (quando de aldeia, de lugarejo) povoação; herói - falange; hiena - alcateia; hino - hinário; ilha - arquipélago; imigrante - (quando em trânsito) leva, (quando radicados) colônia; índio - (quando formam bando) maloca, (quando em nação) tribo; instrumento - (quando em coleção ou série) jogo, ( quando cirúrgicos) aparelho, (quando de artes e ofícios) ferramenta, (quando de trabalho grosseiro, modesto) tralha; inseto - (quando nocivos) praga, (quando em grande quantidade) miríade, nuvem, (quando se des- locam em sucessão) correição; javali - alcateia, malhada, vara; jornal - hemeroteca; jumento - récova, récua; jurado - júri, conselho de sentença, corpo de jurados; ladrão - bando, cáfila, malta, quadrilha, tropa, pandilha; lâmpada - (quando em fileira) carreira, (quando dispostas numa espécie de lustre) lampadário; leão - alcateia; lei - (quando reunidas cientificamente) código, consolidação, corpo, (quando colhidas aqui e ali) com- pilação; leitão - (quando nascidos de um só parto) leite- gada; livro - (quando amontoados) chusma, pilha, ruma, (quando heterogêneos) choldraboldra, salga- lhada, (quando reunidos para consulta) biblioteca, (quando reunidos para venda) livraria, (quando em lista metódica) catálogo; lobo - alcateia, caterva; macaco - bando, capela; 34 Guarda Metropolitana malfeitor - (em geral) bando, canalha, choldra, corja, hoste, joldra, malta, matilha, matula, pandilha, (quando organizados) quadrilha, sequela, súcia, tropa; maltrapilho - farândola, grupo; mantimento - (em geral) sortimento, provisão, (quando em saco, em alforge) matula, farnel, (quando em cômodo especial) despensa; mapa - (quando ordenados num volume) atlas, (quando selecionados) mapoteca; máquina - maquinaria, maquinismo; marinheiro - marujada, marinhagem, compa- nha, equipagem, tripulação; médico - (quando em conferência sobre o es- tado de um enfermo) junta; menino - (em geral) grupo, bando, (depreciati- vamente) chusma, cambada; mentira - (quando em sequência) enfiada; mercadoria - sortimento, provisão; mercenário - mesnada; metal - (quando entra na construção de uma obra ou artefato) ferragem; ministro - (quando de um mesmo governo) mi- nistério, (quando reunidos oficialmente) conselho; montanha - cordilheira, serra, serrania; mosca - moscaria, mosquedo; móvel - mobília, aparelho, trem; música - (quanto a quem a conhece) repertó- rio; músico - (quando com instrumento) banda, charanga, filarmônica, orquestra; nação - (quando unidas para o mesmo fim) ali- ança, coligação, confederação, federação, liga, união; navio - (em geral) frota, (quando de guerra) frota, flotilha, esquadra, armada, marinha, (quando reunidos para o mesmo destino) comboio; nome - lista, rol; nota - (na acepção de dinheiro) bolada, bolaço, maço, pacote, (na acepção de produção literária, ci- entífica) comentário; objeto - Ver coisa; onda - (quando grandes e encapeladas) ma- rouço; órgão - (quando concorrem para uma mesma função) aparelho, sistema; orquídea - (quando em viveiro) orquidário; osso - (em geral)
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