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APOSTILA GUARDA METROPOLITANA - APOSTILA 01 -GPS

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1 
Guarda Metropolitana 
 Português - Prof. Marcus Prado 
. 
Interpretação de Texto - Prof. Marcus Prado 
. 
Redação Discursiva - Prof. Marcus Prado 
. 
Raciocínio Lógico - Prof. Edcarlos 
. 
História do Estado de Tocantins - Prof. Kanduka 
. 
Geografia do estado de Tocantins - Prof. Kanduka 
 
 
2 
Guarda Metropolitana 
 CAPÍTULO 1 – FONOLOGIA 
DEFINIÇÃO 
Fonologia é o ramo da Linguística que estuda o 
sistema sonoro de um idioma. Ao estudar a maneira 
como os fones (sons) se organizam dentro de uma lín-
gua, classifica-os em unidades capazes de distinguir 
significados, chamadas fonemas. 
FONEMA 
 A palavra fonologia é formada pelos elemen-
tos gregos fono ( "som, voz") e log, logia ( "estudo", 
"conhecimento") . Significa literalmente " estudo dos 
sons" ou "estudo dos sons da voz". O homem, ao fa-
lar, emite sons. Cada indivíduo tem uma maneira pró-
pria de realizar esses sons no ato da fala. Essas par-
ticularidades na pronúncia de cada falante são estu-
dadas pela Fonética. 
 Dá-se o nome de fonema ao menor elemento 
sonoro capaz de estabelecer uma distinção de signifi-
cado entre as palavras. Observe, nos exemplos a se-
guir, os fonemas que marcam a distinção entre os pa-
res de palavras: 
amor - ator 
morro - corro 
vento - cento 
 Cada segmento sonoro se refere a um dado 
da língua portuguesa que está em sua memória: a 
imagem acústica que você, como falante de portu-
guês, guarda de cada um deles. É essa imagem acús-
tica, esse referencial de padrão sonoro, que constitui 
o fonema. Os fonemas formam os significantes dos 
signos linguísticos. Geralmente, aparecem represen-
tados entre barras. Assim: /m/, /b/, /a/, /v/, etc. 
Fonema e Letra 
1) O fonema não deve ser confundido com a le-
tra. Na língua escrita, representamos os fonemas por 
meio de sinais chamados letras. Portanto, letra é a re-
presentação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por 
exemplo, a letra s representa o fonema /s/ (lê-se sê); 
já na palavra brasa, a letra s representa o fonema /z/ 
(lê-se zê). 
2) Às vezes, o mesmo fonema pode ser repre-
sentado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso 
do fonema /z/, que pode ser representado pelas le-
tras z, s, x: 
Exemplos: 
zebra 
casamento 
exílio 
3) Em alguns casos, a mesma letra pode repre-
sentar mais de um fonema. A letra x, por exemplo, 
pode representar: 
- o fonema sê: texto 
- o fonema zê: exibir 
- o fonema chê: enxame 
- o grupo de sons ks: táxi 
4) O número de letras nem sempre coincide 
com o número de fonemas. 
Exemplos: 
Tóxico fonemas: /t/ó/k/s/i/c/o/ letras: t ó x i c o 
 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 
galho fonemas: /g/a/lh/o/ letras: g al h o 
 1 2 3 4 1 2 3 4 5 
5) As letras m e n, em determinadas palavras, 
não representam fonemas. Observe os exemplos: 
compra 
conta 
Nessas palavras,menindicam anasalização-
das vogais que as antecedem. 
Veja ainda: 
nave: o /n/ é um fonema; 
dança: o n não é um fonema; o fonema é /ã/, 
 representado na escrita pelas letras a e n. 
6) A letra h, ao iniciar uma palavra, não repre-
senta fonema. 
Exemplos: 
hoje fonemas: ho / j / e / letras: h o j e 
 1 2 3 1 2 3 4 
Classificação dos Fonemas 
Os fonemas da língua portuguesa são classifi-
cados em: 
1) Vogais 
 As vogais são os fonemas sonoros produzi-
dos por uma corrente de ar que passa livremente pela 
 
 
Guarda Metropolitana 
 
3 
boca. Em nossa língua, desempenham o papel de nú-
cleo das sílabas. Assim, isso significa que em toda sí-
laba há necessariamente uma única vogal. 
 Na produção de vogais, a boca fica aberta ou 
entreaberta. As vogais podem ser: 
a) Orais: quando o ar sai apenas pela 
boca. 
Por Exemplo: 
/a/, /e/, /i/, /o/, /u/. 
b) Nasais: quando o ar sai pela boca e 
pelas fossas nasais. 
Por Exemplo: 
/ã/: fã, canto, tampa 
/ /: dente, tempero 
/ /: lindo, mim 
/õ/ bonde, tombo 
/ / nunca, algum 
c) Átonas: pronunciadas commenorin-
tensidade. 
Por Exemplo: 
até, bola 
d)Tônicas: pronunciadas commaiorin-
tensidade. 
Por Exemplo: 
até, bola 
Quanto ao timbre, as vogais podem ser: 
Abertas 
Exemplos: 
pé, lata, pó 
Fechadas 
Exemplos: 
mês, luta, amor 
Reduzidas - Aparecem quase sem-
pre no final das palavras. 
Exemplos: 
dedo, ave, gente 
Quanto à zona de articulação: 
Anteriores ou Palatais - A língua 
eleva-se em direção ao palato duro (céu da 
boca). 
Exemplos: 
é, ê, i 
Posteriores ou Velares - A língua 
eleva-se em direção ao palato mole (véu pa-
latino). 
Exemplos: 
ó, ô, u 
Médias - A língua fica baixa, quase em 
repouso. 
Por Exemplo: 
a 
2) Semivogais 
 Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são 
vogais. Aparecem apoiados em uma vogal, formando 
com ela uma só emissão de voz (uma sílaba). Nesse 
caso, esses fonemas são chamados de semivogais. A 
diferença fundamental entre vogais e semivogais está 
no fato de que estas últimas não desempenham o pa-
pel de núcleo silábico. 
 Observe a palavra papai. Ela é formada de 
duas sílabas: pa-pai. Na última sílaba, o fonema vo-
cálico que se destaca é o a. Ele é a vogal. O outro fo-
nema vocálico i não é tão forte quanto ele. É a semi-
vogal. 
Outros exemplos: 
saudade, história, série. 
 
Veja: 
pães / pãis mão / mãu/ cem /c i/ 
3) Consoantes 
 Para a produção das consoantes, a corrente 
de ar expirada pelos pulmões encontra obstáculos ao 
passar pela cavidade bucal. Isso faz com que as con-
soantes sejam verdadeiros "ruídos", incapazes de 
atuar como núcleos silábicos. Seu nome provém jus-
tamente desse fato, pois, em português, sempre con-
soam ("soam com") as vogais. 
Exemplos: 
/b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc. 
Encontros Vocálicos 
Os encontros vocálicos são agrupamentos de 
vogais e semivogais, sem consoantes intermediárias. 
É importante reconhecê-los para dividir corretamente 
os vocábulos em sílabas. Existem três tipos de encon-
tros: o ditongo, otritongo e o hiato. 
Obs.: os fonemas /i/ e /u/ podem apare-
cer representados na escrita por" e", "o" ou 
"m". 
 
 
 
4 
Guarda Metropolitana 
 1) Ditongo 
É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou 
vice-versa) numa mesma sílaba. Pode ser: 
a) Crescente: quando a semivo-
gal vem antes da vogal.Por Exemplo: 
sé-rie (i = semivogal, e = vo-
gal) 
b) Decrescente: quando a vogal vem 
antes da semivogal.Por Exemplo: 
pai (a = vogal, i = semivogal) 
c) Oral: quando o ar sai apenas pela 
boca.Exemplos: 
pai, série 
d) Nasal: quando o ar sai pela boca e 
pelas fossas nasais.Por Exemplo: 
mãe 
2) Tritongo 
É a sequência formada por uma semivogal, 
uma vogal e uma semivogal, sempre nessa ordem, 
numa só sílaba. Pode ser oral ou nasal. 
Exemplos: 
Paraguai - Tritongo oralquão- Tritongo nasal 
3) Hiato 
É a sequência de duas vogais numa mesma pa-
lavra que pertencem a sílabas diferentes, uma vez 
que nunca há mais de uma vogal numa sílaba. 
Por Exemplo: 
saída (sa-í-da) 
poesia (po-e-si-a) 
 
Encontros Consonantais 
O agrupamento de duas ou mais consoantes, 
sem vogal intermediária, recebe o nome de encontro 
consonantal.Existem basicamente dois tipos: 
- os que resultam do contato consoante 
+ l ou r e ocorrem numa mesma sílaba, como 
em: pe-dra, pla-no, a-tle-ta, cri-se... 
- os que resultam do contato de duas 
consoantes pertencentes a sílabas diferentes: 
por-ta, rit-mo, lis-ta... 
Há ainda grupos consonantais que surgem no 
início dos vocábulos; são, por isso, insepará-
veis:pneu,gno-mo,psi-có-lo-go... 
Dígrafos 
De maneira geral, cada fonema é representado, 
na escrita, por apenas uma letra. Por Exemplo: 
lixo - Possui quatro fonemas equatroletras. 
Há, no entanto, fonemas que são representa-
dos, na escrita, por duas letras. 
Por Exemplo: 
bicho - Possui quatro fonemas e cincoletras. 
Na palavra acima, para representar o fonema | 
xe| foram utilizadas duas letras: o c e o h. 
Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras são 
usadas para representar um único fonema (di = dois 
+ grafo = letra). Em nossa língua, há um número ra-
zoável de dígrafos que convém conhecer.Podemos 
agrupá-los em dois tipos: consonantais e vocálicos. 
Dígrafos Consonantais 
Letras Fonemas Exemplos 
lh lhe telhado 
nh nhe marinheiro 
ch xe chave 
rr 
Re (no interior da pa-
lavra) 
carro 
ss 
se (no interior da pa-
lavra) 
passo 
qu 
que (seguido 
de e e i) 
queijo, quiabo 
gu 
gue (seguido 
de e e i) 
guerra, guia 
sc se crescer 
Saiba que: 
- Na terminação -em em palavras 
como ninguém, também, porém e na 
terminação -am em palavras como 
amaram, falaram ocorrem ditongos na-
sais decrescentes. 
- É tradicional considerar hiato o en-
contro entre uma semivogal e uma vo-
gal ou entre uma vogal e uma semivo-
gal que pertencem a sílabas diferen-
tes, como em ge-lei-a, io-iô. 
 
 
Guarda Metropolitana 
 
5 
sç se desço 
xc se exceção 
Dígrafos Vocálicos: registram-se na repre-
sentaçãodas vogais nasais. 
Fonemas Letras 
Exem-
plos 
ã am tampa 
 an canto 
 
em templo 
 en lenda 
 
im limpo 
 in lindo 
õ om tombo 
 on tonto 
 
um chumbo 
 un corcunda 
 
Sílaba: Observe: 
A - MOR 
 A palavra amor está dividida em grupos de fo-
nemas pronunciados separadamente: a - mor. A cada 
um desses grupos pronunciados numa só emissão de 
voz dá-se o nome de sílaba. Em nossa língua, o nú-
cleo da sílaba é sempre uma vogal: não existe sílaba 
sem vogal e nunca há mais do que uma vogal 
em cada sílaba. Dessa forma, para sabermos o nú-
mero de sílabas de uma palavra, devemos perceber 
quantas vogais tem essa palavra. Atenção: as le-
tras i e u (mais raramente com as letras e e o) podem 
representar semivogais. 
Classificação das Palavras quanto ao Nú-
mero de Sílabas 
1) Monossílabas: possuem apenas 
uma sílaba.Exemplos: mãe, flor, lá, meu 
2) Dissílabas: possuem duas sílabas. 
Exemplos: ca-fé, i-ra, a-í, trans-por 
3) Trissílabas: possuem três sílabas. 
Exemplos: ci-ne-ma, pró-xi-mo, pers-pi-caz, 
O-da-ir 
4) Polissílabas: possuem quatro ou 
mais sílabas.Exemplos: a-ve-ni-da, li-te-ra-
tu-ra, a-mi-ga-vel-men-te, o-tor-ri-no-la-rin-
go-lo-gis-ta 
 
Divisão Silábica 
Na divisão silábica das palavras, cumpre obser-
var as seguintes normas: 
a) Não se separam osditongos etriton-
gos. Exemplos: foi-ce, a-ve-ri-guou 
b) Não se separam os dígrafos ch, lh, 
nh, gu, qu. Exemplos: cha-ve, ba-ra-lho, ba-
nha, fre-guês, quei-xa 
c) Não se separam os encontros con-
sonantais que iniciam sílaba. Exemplos: psi-
có-lo-go, re-fres-co 
d) Separam-se as vogais dos hia-
tos. Exemplos: ca-a-tin-ga, fi-el, sa-ú-de 
e) Separam-se as letras dos dígra-
fos rr, ss, sc, sçxc. Exemplos: car-ro, pas-
sa-re-la, des-cer, nas-ço, ex-ce-len-te 
f) Separam-se os encontros consonan-
tais das sílabas internas, excetuando-se 
aqueles em que a segunda consoante 
é l ou r. Exemplos: ap-to, bis-ne-to, con-vic-
ção, a-brir, a-pli-car 
Acento Tônico 
Observação: 
"Gu" e "qu" são dígrafos so-
mente quando, seguidos 
de "e" ou "i", representam os fone-
mas /g/ e /k/:guitarra, aquilo. Nes-
ses casos, a letra "u" não corres-
ponde a nenhum fonema. Em algu-
mas palavras, no entanto, o "u" re-
presenta um fonema semivogal ou 
vogal (aguentar, linguiça, aquí-
fero...) Nesse caso, "gu" e"qu" não 
são dígrafos. Também não há dí-
grafos quando são seguidos 
de "a" ou "o" (quase, averiguo). 
 
 
 
 
6 
Guarda Metropolitana 
 Na emissão de uma palavra de duas ou mais 
sílabas, percebe-se que há uma sílaba de maior inten-
sidade sonora do que as demais. 
calor - a sílaba lor é a de maior intensidade. 
faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade. 
sólido - a sílaba só é a de maior intensidade. 
 
 
 
Classificação da Sílaba quanto à Intensi-
dade 
Tônica: é a sílaba pronunciada com 
maior intensidade. 
Átona: é a sílaba pronunciada com 
menor intensidade. 
Subtônica: é a sílaba de intensidade 
intermediária. Ocorre, principalmente, nas pa-
lavras derivadas, correspondendo à tônica da 
palavra primitiva. Veja o exemplo abaixo: 
 
Palavra 
primitiva: 
be - bê 
 átona tônica 
Palavra 
derivada: 
be - be - zi - nho 
 átona subtônica tônica átona 
 
Classificação das Palavras quanto à Posi-
ção da Sílaba Tônica 
De acordo com a posição da sílaba tônica, os 
vocábulos da língua portuguesa que contêm duas ou 
mais sílabas são classificados em: 
Oxítonos: são aqueles cuja sílaba tô-
nica é a última.Exemplos: 
avó, urubu, parabéns 
Paroxítonos: são aqueles cuja sílaba 
tônica é a penúltima.Exemplos:dócil, suave-
mente, banana 
Proparoxítonos: são aqueles cuja sí-
laba tônica é a antepenúltima. Exemplos: 
máximo, parábola, íntimo 
Saiba que: 
 São palavras oxítonas, entre ou-
tras: cateter, mister, Nobel, no-
vel, ruim, sutil, transistor, ureter. 
 São palavras paroxítonas, entre 
outras: avaro, aziago, boêmia, caracteres, 
cartomancia, celtibero, circuito, decano, fi-
lantropo, fluido, fortuito, gratuito, Hungria, 
ibero, impudico, inaudito, intuito, maquina-
ria, meteorito, misantropo, necropsia (al-
guns dicionários admitem também necróp-
sia), Normandia, pegada, policromo, pudico, 
quiromancia, rubrica, subido(a). 
 São palavras proparoxítonas, en-
tre outras:aerólito, bávaro, bímano, crisân-
temo, ímprobo, ínterim, lêvedo, ômega, pân-
tano, trânsfuga. 
 As seguintes palavras, entre ou-
tras, admitem dupla tonicidade: acrobata / 
acrobata, hieróglifo / hieroglifo, Oceânia / 
Oceania, ortoépia/ortoepia, projétil / projetil, 
réptil / reptil, zângão / zangão 
Monossílabos 
Leia em voz alta a frase abaixo: 
O sol já se pôs. 
Essa frase é formada apenas por monossí-
labos. É possível verificar que os monossíla-
bos sol, já e pôs são pronunciados com 
maior intensidade que os outros. São tônicos. 
Possuem acento próprio e, por isso, não preci-
sam apoiar-se nas palavras que os antecedem ou 
que os seguem. Já os monossíla-
bos o e se são átonos, pois são pronuncia-
dos fracamente. Por não terem acento próprio, 
apoiam-se nas palavras que os antecedem ou 
que os seguem. 
Critérios de Distinção 
Muitas vezes, fazer a distinção entre um 
monossílabo átono e um tônico pode ser compli-
cado. Por isso, observe os critérios a seguir. 
1- Modificação da pronúncia da vogal final. 
Nos monossílabos átonos a vogal final se 
modifica ou pode modificar-se na pronúncia. 
Obs.: a presença da sílaba de 
maior intensidade nas palavras, em 
meio a sílabas de menor intensidade, 
é um dos elementos que dão melodia 
à frase. 
 
 
 
Guarda Metropolitana 
 
7 
Com os tônicos, não ocorre tal possibilidade. 
 
Exemplos: 
Vou de carro para o meu trabalho. (de = monos-
sílabo átono - é possível a pronúncia di ônibus.) 
Dê um auxílio às pessoas que necessitam. (dê = 
monossílabo tônico - é impossível a pronúncia di 
um auxílio.) 
2- Significado isolado do monossílabo 
O monossílabo átono não tem sentido 
quando isolado na frase. 
 Veja: 
Meus amigos já compraram os convi-
tes, mas eu não. 
O monossílabo tônico, mesmo isolado, 
possui significado. 
Observe: 
Existem pessoas muito más. 
Nessa frase, o monossílabo possui sen-
tido: más = ruins. 
São monossílabos átonos: 
artigos: o, a, os, as, um, uns 
pronomes pessoais oblíquos: me, te, se, o, 
a, os, as, lhe, nos, vos 
preposições: a, com, de, em, por, sem, sob 
pronome relativo: que 
conjunções: e, ou, que, se 
São monossílabos tônicos: todos aqueles 
que possuem autonomia na frase. 
Exemplos: 
mim, há, seu, lar, etc. 
 
Obs.: pode ocorrer que, de acordo com a autono-
mia fonética, um mesmo monossílabo seja átono 
numa frase, porém tônico em outra. 
Exemplos: 
Que foi? (átono) 
Você fez isso por quê? (tônico) 
CAPÍTULO 2– ORTOGRAFIA 
A ortografia é a parte da língua responsável 
pela grafia correta das palavras. Essa grafia baseia-
se no padrão culto da língua. 
As palavras podem apresentar igualdade total 
ou parcial no que se refere a sua grafia e pronúncia, 
mesmo tendo significados diferentes. Essas palavras 
são chamadas de homônimas (canto, do grego, sig-
nifica ângulo / canto, do latim, significa música vocal). 
As palavras homônimas dividem-se em homógrafas, 
quandotem a mesma grafia (gosto, substantivo e 
gosto, 1ª pessoa do singular do verbo gostar) e ho-
mófonas, quando tem o mesmo som (paço, palácio 
ou passo, movimento durante o andar). 
Quanto à grafia correta em língua portuguesa, 
devem-se observar as seguintes regras: 
O fonema s: 
Escreve-se com S e não com C/Ç: 
 as palavras substantivadas derivadas 
de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr 
e sent. 
Exemplos: pretender - pretensão / expandir 
- expansão / ascender - ascensão / inverter - inver-
são / aspergir aspersão / submergir - submersão / 
divertir - diversão / impelir - impulsivo / compelir - 
compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso 
/ discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir 
- consensual 
Escreve-se com SS e não com C e Ç: 
 os nomes derivados dos verbos cujos 
radicais terminem em gred, ced, prim ou com 
verbos terminados por tir ou meter 
Exemplos: agredir - agressivo / imprimir - 
impressão / admitir - admissão / ceder - cessão / 
exceder - excesso / percutir - percussão / regredir 
- regressão / oprimir - opressão / comprometer - 
compromisso / submeter - submissão 
 quando o prefixo termina com vogal 
que se junta com a palavra iniciada por s 
Exemplos: a + simétrico - assimétrico / re + 
surgir - ressurgir 
 
 
 
8 
Guarda Metropolitana 
  no pretérito imperfeito simples do 
subjuntivo 
Exemplos: ficasse, falasse 
Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS: 
 os vocábulos de origem árabe: 
Exemplos: cetim, açucena, açúcar 
 os vocábulos de origem tupi, africana 
ou exótica 
Exemplos: cipó, Juçara, caçula, cachaça, 
cacique 
 os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, 
iça, nça, uça, uçu. 
Exemplos: barcaça, ricaço, aguçar, empali-
decer, carniça, caniço, esperança, carapuça, den-
tuço 
 nomes derivados do verbo ter. 
Exemplos: abster - abstenção / deter - deten-
ção / ater - atenção / reter - retenção 
 após ditongos 
Exemplos: foice, coice, traição 
 palavras derivadas de outras termina-
das em te, to(r) 
Exemplos: marte - marciano / infrator - infra-
ção / absorto - absorção 
O fonema z: 
Escreve-se com S e não com Z: 
 os sufixos: ês, esa, esia, e isa, 
quando o radical é substantivo, ou em gentíli-
cos e títulos nobiliárquicos. 
Exemplos: freguês, freguesa, freguesia, po-
etisa, baronesa, princesa, etc. 
 os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose. 
Exemplos: catequese, metamorfose. 
 as formas verbais pôr e querer. 
Exemplos: pôs, pus, quisera, quis, quiseste. 
 nomes derivados de verbos com radi-
cais terminados em d. 
Exemplos: aludir - alusão / decidir - decisão 
/ empreender - empresa / difundir - difusão 
 os diminutivos cujos radicais termi-
nam com s 
Exemplos: Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha 
/ lápis - lapisinho 
 após ditongos 
Exemplos: coisa, pausa, pouso 
 em verbos derivados de nomes cujo 
radical termina com s. 
Exemplos: anális(e) + ar - analisar / pes-
quis(a) + ar - pesquisar 
Escreve-se com Z e não com S: 
 os sufixos ez e eza das palavras deri-
vadas de adjetivo 
Exemplos: macio - maciez / rico - riqueza 
 os sufixos izar (desde que o radical da 
palavra de origem não termine com s) 
Exemplos: final - finalizar / concreto - con-
cretizar 
 como consoante de ligação se o radi-
cal não terminar com s. 
Exemplos: pé + inho - pezinho / café + al - 
cafezal ≠ lápis + inho - lapisinho 
O fonema j: 
 
 
Guarda Metropolitana 
 
9 
Escreve-se com G e não com J: 
 as palavras de origem grega ou árabe 
Exemplos: tigela, girafa, gesso. 
 estrangeirismo, cuja letra G é originá-
ria. 
Exemplos: sargento, gim. 
 as terminações: agem, igem, ugem, 
ege, oge (com poucas exceções) 
Exemplos: imagem, vertigem, penugem, 
bege, foge. 
Observação 
Exceção: pajem 
 as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, 
ugio. 
Exemplos: sufrágio, sortilégio, litígio, reló-
gio, refúgio. 
 os verbos terminados em ger e gir. 
Exemplos: eleger, mugir. 
 depois da letra "r" com poucas exce-
ções. 
Exemplos: emergir, surgir. 
 depois da letra a, desde que não seja 
radical terminado com j. 
Exemplos: ágil, agente. 
Escreve-se com J e não com G: 
 as palavras de origem latinas 
Exemplos: jeito, majestade, hoje. 
 as palavras de origem árabe, africana 
ou exótica. 
Exemplos: alforje, jibóia, manjerona. 
 as palavras terminada com aje. 
Exemplos: laje, ultraje 
O fonema ch: 
Escreve-se com X e não com CH: 
 as palavras de origem tupi, africana 
ou exótica. 
Exemplo: abacaxi, muxoxo, xucro. 
 as palavras de origem inglesa (sh) e 
espanhola (J). 
Exemplos: xampu, lagartixa. 
 depois de ditongo. 
Exemplos: frouxo, feixe. 
 depois de en. 
Exemplos: enxurrada, enxoval 
Observação: 
Exceção: quando a palavra de origem não de-
rive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente) 
Escreve-se com CH e não com X: 
 as palavras de origem estrangeira 
Exemplos: chave, chumbo, chassi, mochila, es-
padachim, chope, sanduíche, salsicha. 
As letras e e i: 
 os ditongos nasais são escritos com 
e: mãe, põem. Com i, só o ditongo interno cãi-
bra. 
 os verbos que apresentam infinitivo 
em -oar, -uar são escritos com e: caçoe, tumul-
tue. Escrevemos com i, os verbos com infini-
tivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui. 
 atenção para as palavras que mudam 
de sentido quando substituímos a grafia e pela 
 
 
 
10 
Guarda Metropolitana 
 grafia i: área (superfície), ária (melodia) / dela-
tar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir 
à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estân-
cia, que anda a pé), pião (brinquedo). 
 
CAPÍTULO 3– ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
INFLUÊNCIA DO NOVO ACORDO ORTO-
GRÁFICO 
1) ALFABETO 
Com o advento do novo ortográfico, acrescen-
tam-se as consoantes k, w e y no alfabeto que passa 
a ter 26 letras: 
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V 
W X Y Z. 
As consoantes k, w e y serão usadas nas se-
guintes situações: 
a) Em escrita de símbolos de unidades de me-
dida: Kg (quilograma), Km (quilômetro), W (watt); 
b) Em escrita de palavras e nomes estrangei-
ros: workshop, playground, show, Welliton. 
2) TREMA 
O trema desaparece do u nas formas gue, gui, 
que, qui. No entanto, a pronúncia permanece inalte-
rada. 
ANTES DO NOVO 
ACORDO 
DEPOIS DO NOVO 
ACORDO 
Argüir Arguir 
Cinqüenta Cinquenta 
Delinqüente Delinquente 
Freqüente Frequente 
Lingüiça Linguiça 
Qüinqüênio Quinquênio 
 
O trema ainda continuará em palavras estran-
geiras e em suas derivadas. 
Exemplos: Müller, mülleriano, Bündchen. 
3) ACENTO GRÁFICO 
a) Não serão acentuadas graficamente os di-
tongos orais abertos ei, e oi tônico quando forem pa-
roxítonas. 
ANTES DO NOVO 
ACORDO 
DEPOIS DO NOVO 
ACORDO 
Alcatéia Alcateia 
Andróide Androide 
Assembléia Assembleia 
Bóia Boia 
Coréia Coreia 
Debilóide Debiloide 
Européia Europeia 
Estréia Estreia 
Geléia Geleia 
Heróico Heroico 
Idéia Ideia 
Jibóia Jibóia 
Odisséia Odisseia 
Paranóico Paranoico 
Platéia Plateia 
 
O acento continuará nas oxítonas terminadas 
em éis, éu, éus, ói, óis. 
Exemplos: anéis, céu, troféu, troféus, herói, 
heróis. 
b) Quando os vocábulos forem paroxítonos, 
não receberão acento gráfico o i e o u tônicos após 
ditongo decrescente. 
ANTES DO NOVO 
ACORDO 
DEPOIS DO NOVO 
ACORDO 
Baiúca Baiuca 
Bocaiúva Bocaiuva 
Feiúra Feiura 
Sauípe Sauipe 
O acento continuará caso a palavra seja oxí-
tona e o i ou o u estejam no final da palavra ou caso a 
palavra seja proparoxítona. 
Exemplo: tuiuiú, Piauí, maiúscula. 
c) Palavras com vogais repetidas perdem o 
acento. 
ANTES DO NOVO 
ACORDO 
DEPOIS DO NOVO 
ACORDO 
Crêem (verbo crer) Creem 
Dêem (verbo dar) Deem 
 
 
Guarda Metropolitana 
 
11 
Lêem (verbo ler) Leem 
Vêem (verbo ver) Veem 
Vôo Voo 
Zôo Zoo 
 
d) Perde-se o acento para diferenciar os se-
guintes pares: para/ para; péla/ pela(s); pelo(s)/ 
pelo(s); pólo(s)/ polo(s); e pêra/ pera. 
ANTES DO NOVO 
ACORDODEPOIS DO NOVO 
ACORDO 
O rapaz pára o trânsito O rapaz para o trânsito 
A jovem irá ao pólo Norte A jovem irá ao polo 
Norte 
O urso polar tem pêlos 
brancos 
O urso polar tem pelos 
brancos 
Compramos pêra no início 
de ano 
Compramos pera no iní-
cio de ano 
 
OBSERVAÇÃO 
a) Em pôr/por, permanece o acento diferencial. 
A forma pôr é um verbo, já a forma por é uma prepo-
sição. 
Exemplo: Pretendo pôr um funcionário na 
empresa inaugurada por mim. 
b) Nas formas verbais pôde/pode, permanece o 
acento diferencial. O sintagma verbal pôde é o verbo 
poder no pretérito perfeito do indicativo, na 3ª pessoa 
do singular. Enquanto pode é a forma do presente do 
indicativo, na 3ª pessoa do singular. 
Exemplo: Antes, ele não pôde comprar o 
carro, mas hoje ele pode. 
c) Será opcional o uso do acento circunflexo 
para diferenciar as palavras fôrma (substantivo) de 
forma (verbo); dêmos (verbo no subjuntivo) de de-
mos (verbo no pretérito). 
Os acentos gráficos são: 
( ´ )  agudo; 
( ^ )  circunflexo; 
( ` )  grave. 
Os acentos agudo e circunflexo indicam: 
1) Sílaba tônica (sílaba mais forte) dos vocábu-
los; 
2) Abertura ou não da vogal; 
3) Flexão de número (singular/plural) do verbo; 
4) Diferença entre palavras homônimas. 
O acento grave irá indicar a fusão entre duas 
vogais idênticas (crase). 
 
REGRAS DE ACENTUAÇÃO 
1) OXÍTONAS:são aquelas palavras cuja última 
sílaba é a mais forte. 
a) Oxítonas monossilábicas tônicas: acen-
tuam-se aquelas finalizadas em -a, -e ou -o (seguidas 
ou não de -s). 
(IBAMA/ TÉCNICO/ CESPE) As palavras “pó”, “só” e 
“céu” são acentuadas de acordo com a mesma regra 
de acentuação gráfica. 
 
b) Oxítonas com mais de uma sílaba: quando 
finalizadas em -a, -e ou -o (seguidas ou não de -s),-
em e -ens, devem ser acentuadas graficamente. 
(IBAMA/ TÉCNICO/ ADAPTADA/ FGV)As pa-
lavras a seguir são acentuadas em decorrência de 
mesma regra de acentuação gráfica:“até”,“está”,“bio-
gás”,“contará”. 
 
c) Oxítonas terminadas em ditongos abertos 
ei, oi, eu: todas devem receber acento agudo. 
(LIQUIGAS/ MÉDIO/ ADAPTADA/ CESGRAN-
RIO)De acordo com as regras de acentuação, o grupo 
de palavras que foi acentuado pela mesma razão: 
céu, já, troféu, baú. 
Comentário: as palavras “pó” e “só” são 
acentuadas por ser oxítonas monossilábicas fi-
nalizadas em -o. Já o vocábulo “céu” é acentu-
ada por ser uma oxítona terminada em ditongo 
aberto “éu”. Sendo assim, o item está errado. 
 
Comentário: as palavras “a-té”, “es-tá”, 
“bio-gás”, “con-ta-rá” recebem acento gráfico 
porque são oxítonas finalizadas em a, -e ou -o 
(seguidas ou não de -s). Por isso a assertiva 
está correta. 
 
http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cesgranrio-2012-liquigas-profissional-junior-ciencias-economicas
http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cesgranrio-2012-liquigas-profissional-junior-ciencias-economicas
 
 
 
12 
Guarda Metropolitana 
 
 
 d) Oxítonas seguidas de pronomes oblíquos -lo, -
la, -los, -las: acentuam-se as terminadas em -a, -e, -
o. 
(MPE-PI/ ANALISTA/ CESPE) Os verbos “co-
municar”, “ensinar” e “comandar”, quando comple-
mentados pelo pronome “a”, acentuam-se da mesma 
forma que “constatá-las”, “designá-las” e “elevá-las”. 
 
e) Pôr ≠ por: deve-se acentuaro sintagma ver-
bal “pôr”, para diferenciá-la da preposição “por”. 
(CEF/ MÉDIO/ CESPE) O acento que distingue a 
forma verbal ‘é’ da conjunção ‘e’ estabelece diferença 
morfológica, gráfica e fonética, tal como ocorre com 
pôr e por. TEXTO:O despreparo dos jovens, portanto, 
é patente. “Desde cedo, é preciso ensinar as crianças 
a pensar e a se adequar a novas realidades”, diz Ra-
mos. 
 
 
f) Tem ≠ têm; vem ≠ vêm: acentuam-se as for-
mas verbais têm e vêm, que representam a terceira 
pessoa do plural do presente do modo indicativo dos 
verbos ter e vir, para diferenciar das formas no singu-
lar tem e vem. 
(TJ-RR/ MÉDIO/ CESPE)A forma verbal “têm” em 
“têm esse originário poder” estáempregada no plural 
porque faz parte de uma cadeia coesivacujos elemen-
tos se referem a “magistrados”. TEXTO:Os magistra-
dos não governam. O que eles fazem é evitar o des-
governo, quando para tanto são provocados. Não 
mandam propriamente na massa dos governados e 
administrados, mas impedem os eventuais desman-
dos dos que têm esse originário poder. 
Comentário: as palavras “céu” e “troféu” 
recebem acento agudo por finalizar em di-
tongo oral aberto “éu”, enquanto o vocábulo 
“já” será acentuada por oxítona monossilábica 
terminada em “a”. Por último, a palavra “baú” 
acentua-se por haver um hiato da vogal “u”. 
 
Comentário: caso os verbos sejam com-
pletados pelo pronome oblíquo “a”, as formas 
equivalentes resultantes serão comunicá-la, en-
siná-la, comandá-la assim como os verbos apre-
sentados. Note-se, ainda, que é necessário 
acentuar se forem terminadas em -a, -e, -o. Por-
tanto, o item está correto. 
 
Comentário: o acento gráfico, nos vocábu-
los “é”, “e”,assim como, nas palavras “por” e 
“pôr”, diferencia-se em três níveis: morfológico, 
gráfico e fonético. Atente-se aos três planos: 
Morfológico: “e” é uma conjunção, en-
quanto “é” trata-se de emum verbo. O vocábulo 
“por” é uma preposição, já “pôr” é um verbo. 
Neste caso,de fato o acento gráfico estabelece 
diferença morfológica. 
Gráfico: ocorre mudança também, visto 
que os vocábulos recebem o acento gráfico. 
Logo, as palavras mudam a grafia. Compare: 
e→é;por→pôr. 
Fonético: o som pronunciado em “é” (com 
acento) éaberto, enquanto o som pronunciado (o 
timbre) em “e” (sem acento) éfechado. Assim, 
por interferência do acento, houve, sim, mu-
dança fonética(pronúncia da palavra). No en-
tanto, não haverá mudança na fonética entre as 
palavras “por” e “pôr”. Devido a este último 
caso, o item está incorreto. 
 
 
 
Guarda Metropolitana 
 
13 
 
 
(ANATEL/ MÉDIO/ CESPE) Nas formas ver-
bais “vêm” e “têm”, ambas na linha, foi aplicada a 
mesma regra de acentuação gráfica. TEXTO: Em ter-
ceiro lugar, vêm os adúlteros. Só agora eles têm a 
possibilidade de receber ligações de seu parceiro se-
creto sem que membros da família, secretárias ou co-
legas mal intencionados possam interceptar o telefo-
nema. 
 
 
 
IMPORTANTE 
Os verbos derivados possuem acento agudo 
quando no singular e acento circunflexo quando no 
plural. 
 (INPI/ INTERMEDIÁRIO/ CESPE) Se a ex-
pressão “As relações” passasse para o singular,a 
forma verbal “mantêm”deveria, em concordância a 
esse termo, ser substituída por mantém. TEXTO:As 
relações que as sociedades ocidentais industriais 
mantêm com os temas da ciência e da tecnologia não 
se constituem numa constante. 
 
2)PAROXÍTONAS:são aquelas palavras cuja 
penúltima é a mais forte. 
a) Quando finalizadas em -a, -e ou -o (seguidas 
ou não de -s), -em e -ens, não podem ser acentuadas 
graficamente. Então, devem ser acentuadas caso ter-
minadas em: -r, -x, -n, -l, -i, -is, -um, -uns, -us, -ps, -
ã, -ãs, -ão, -ãos;ditongo oral, seguido ou não de -s. 
(TJRR/ ANALISTA DE SISTEMAS/ CESPE) 
As palavras “área”, “deságua”, “índios” e “planí-
cies” são acentuadas graficamente devido à mesma 
regra de acentuação. 
 
 (TJ-AC/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ CESPE) As 
palavras “negligência”, “reservatórios”, “espécie” e 
“equilíbrio” apresentam acentuação gráfica em decor-
rência da mesma regra gramatical. 
 
 (ANAC/ TÉCNICO/ CESPE) As palavras “iní-
cio” e “série” recebem acento gráfico com base em re-
gras gramaticais distintas. 
 
3) PROPAROXÍTONAS: São aquelas palavras 
cuja antepenúltima é a mais forte. Todas devem ser 
acentuadas. 
Comentário: o item está incorreto, 
pois a forma verbal “têm” permanece no plu-
ral para concordar com o pronome demons-
trativo “os” presente no termo “dos”, em 
que ocorre contração da preposição “de” 
com pronome demonstrativo “os”. Note-se, 
ainda, que poderia substituir o pronome 
“os” por “aqueles”. Portanto, a forma verbal 
“têm”não concorda com “magistrados”. 
 
Comentário: o item está correto, pois as 
formas verbais vem e tem recebem acento cir-
cunflexo quando concordam com um sujeito no 
plural para diferenciá-los do singular. Contextu-
almente, os verbos citados concordam, respec-
tivamente, com “adúlteros” e “eles”. 
 
Comentário: o item está errado, porque 
a forma verbal “mantêm” concorda com a ex-
pressão “as sociedades ocidentais”. Dessa 
forma, mesmo que fosse reescrito no singular 
o trecho “As relações”, o verbo manter perma-
neceria inalterado. 
 
Comentário: as palavras “á-rea”, “de-sá-
gua”, “ín-dios” e “pla-ní-cies” são acentuadas 
por serem paroxítonas terminadas em ditongo 
crescente. Portanto, o item está correto. 
 
Comentário: as palavras “ne-gli-gên-
cia”, “re-ser-va-tó-rios”, “es-pé-cie”, “e-qui-lí-
brio” serão acentuadas devido à mesma regra 
de acentuação, pois todas são paroxítonas fi-
nalizadas em ditongo crescente. 
 
Comentário: o vocábulo “i-ní-cio” e “sé-rie” 
são paroxítonas finalizadas em ditongo cres-
cente; portanto, devem ser acentuadas. 
 
 
 
 
14 
Guarda Metropolitana 
 (ANATEL/ TÉCNICO/ CESPE) Nas palavras 
“análise” e “mínimos”, o emprego do acento gráfico 
tem justificativas gramaticais diferentes. 
 
 (MPE-PI/ ANALISTA/ CESPE) De acordo com 
a ortografia oficial vigente, o vocábulo “órgãos” segue 
a mesma regra de acentuação que o vocábulo “últi-
mos”. 
 
 
 (TJ-RR/ TÉCNICO/ CESPE) Os vocábulos “ju-
rídicas”, “econômicas” e “físico” recebem acento grá-
fico com base em regras gramaticais diferentes. 
 
Comentário: as palavras “ju-rí-di-cas”, “e-co-nô-
mi-cas” e “fí-si-co” são acentuadas por ser proparoxí-
tonas; portanto o item está correto. 
REGRA DO HIATO 
Deve-se acentuar o -i ou o -u, quando: 
1) Formar um hiato com uma vogal diferente an-
terior; 
2) Não houver consoante na mesma sílaba, ex-
ceto -s; 
3) Não aparecer semivogal na mesma sílaba; 
4) Não surgir -nh na sílaba posterior. 
(MMA/ AGENTE ADM/ CESPE) O emprego do 
acento agudo nos vocábulos “país” e “aí” justifica-se 
pela mesma regra de acentuação gráfica. 
Comentário: os vocábulos “pa-ís” e “a-í” acen-
tuam-se por ser oxítonas com vogal tônica i antecedi-
das de uma vogal a com que não formam ditongo nem 
constitui sílaba com a eventual consoante seguinte. 
Observe-se alguns exemplos dessa última regra: con-
teúdo, miúdo, recaída, juíza, cafeína, saída e paraíso. 
Tem-se um caso especial de acentuação de hiatos 
com as vogais -i e -u. 
(CNJ / ANALISTA/ CESPE)A mesma regra de 
acentuação gráfica, justifica o emprego de acento grá-
ficonas palavras “construída” e “possíveis”. 
Comentário: a palavra “cons-tru-í-da” recebe 
acento gráfico por constituir hiato da vogal -i. En-
quanto isso, o vocábulo “pos-sí-veis” será acentuado 
por ser paroxítono finalizado em ditongo seguindo de 
-s. 
CAPÍTULO 4– ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PA-
LAVRAS 
ESTRUTURA DAS PALAVRAS 
Estudar a estrutura é conhecer os elemen-
tos formadores das palavras. Assim, compreende-
mos melhor o significado de cada uma delas. Observe 
os exemplos abaixo: 
art-ista 
brinc-a-
mos 
cha-l-
eira 
cachorr-inh-a-s 
A análise destes exemplos mostra-nos que as 
palavras podem ser divididas em unidades menores, 
a que damos o nome de elementos mórfi-
cos ou morfemas. 
Vamos analisar a palavra "cachorrinhas": 
Nessa palavra observamos facilmente a exis-
tência de quatro elementos. São eles: 
cachorr - este é o elemento base da palavra, 
ou seja, aquele que contém o significado. 
inh - indica que a palavra é um diminutivo 
a - indica que a palavra é feminina 
s - indica que a palavra se encontra no plural 
Morfemas: unidades mínimas de caráter signi-
ficativo. 
 
 
São elementos mórficos: 
1) Raiz, radical, tema: elementos básicos e 
significativos 
2) Afixos (prefixos, sufixos), desinência, vo-
gal temática: elementos modificadores da significa-
ção dos primeiros 
3) Vogal de ligação, consoante de liga-
ção: elementos de ligação ou eufônicos. 
Raiz 
Comentário:as palavras “a-ná-li-se”, 
“mí-ni-mos” são acentuadas por ser proparo-
xítonas; portanto o item está correto. 
 
Obs.: existem palavras que não com-
portam divisão em unidades menores, tais 
como: mar, sol, lua, etc. 
Comentário: o vocábulo “ór-gãos” é 
acentuado por ser uma paroxítona finalizada 
em ditongo decrescente, já a palavra “úl-ti-
mos” é acentuada por ser uma proparoxítona. 
Logo a alternativa está incorreta. 
 
 
 
Guarda Metropolitana 
 
15 
É o elemento originário e irredutível em que se 
concentra a significação das palavras, consideradas 
do ângulohistórico. É a raiz que encerra o sentido ge-
ral, comum às palavras da mesma família etimológica. 
Observe o exemplo: 
Raiz noc [Latim nocere = prejudicar] tem a sig-
nificação geral de causar dano, e a ela se prendem, 
pela origem comum, as palavras nocivo, nocividade, 
inocente, inocentar, inócuo, etc. 
Obs.: uma raiz pode sofrer alterações. Veja 
o exemplo: 
at-o at-or 
at-ivo aç-ão 
ac-ionar 
Radical 
Observe o seguinte grupo de palavras: 
livr- o 
livr- inho 
livr- eiro 
livr- eco 
 
Você reparou que há um elementoco-
mumnesse grupo? 
Você reparou que o elemento livr serve de 
base para o significado? Esse elemento é chamado 
de radical (ou semantema). 
Radical: elemento básico e significativo das pa-
lavras, consideradas sob o aspecto gramatical e prá-
tico. É encontrado através do despojo dos elementos 
secundários (quando houver) da palavra. 
Por Exemplo: 
cert-o 
cert-eza 
in-cert-eza 
Afixos 
Afixos são elementos secundários (geral-
mente sem vida autônoma) que se agregam a um ra-
dical ou tema para formar palavras derivadas. Sabe-
mos que o acréscimo do morfema "-mente", por 
exemplo, cria uma nova palavra a partir 
de "certo": certamente, advérbio de modo. De ma-
neira semelhante, o acréscimo dos morfemas "a-" e"-
ar" à forma "cert-" cria o verbo acertar. Observe 
que a- e -ar são morfemas capazes de operar mu-
dança de classe gramatical na palavra a que são ane-
xados. 
 
Quando são colocados antes do radical, como acon-
tece com "a-", os afixos recebem o nome de prefi-
xos. Quando, como "-ar", surgem depois do radical, 
os afixos são chamados de sufixos. Veja os exem-
plos: 
Prefixo Radical Sufixo 
in at ivo 
em pobr ecer 
inter nacion al 
 
Desinências 
Desinências são os elementos terminais indi-
cativos das flexões das palavras. Existem dois tipos: 
Desinências Nominais: indicam as flexões 
de gênero (masculino e feminino) e denúmero(singu-
lar e plural) dos nomes. 
Exemplos: 
alun-o aluno-s 
alun-a aluna-s 
 
 
Desinências Verbais: indicam as flexões 
de número e pessoa e de modo e tempo dos ver-
bos. 
Exemplos: 
Observação: só podemos falar 
em desinências nominais de gêneros e 
de números em palavras que admitem 
tais flexões, como nos exemplos 
acima. Em palavras 
como mesa, tribo, telefonema, por 
exemplo, não temos desinência nomi-
nal de gênero. Já em pires, lápis, ôni-
bus não temos desinência nominal de 
número. 
 
 
 
 
16 
Guarda Metropolitana 
 
compr-
o 
compra-s 
compra-
mos 
com-
pra-is 
compra-m 
com-
pra-va 
compra-
va-s 
 
A desinência "-o", presente em "am-o", é uma 
desinência número-pessoal, pois indica que o verbo 
está na primeira pessoa do singular; "-va", de "ama-
va", é desinência modo-temporal: caracteriza uma 
forma verbal do pretérito imperfeito do indicativo, na 
1ª conjugação. 
Vogal Temática 
Vogal Temática é a vogal que se junta ao radi-
cal, preparando-o para receber as desinências. Nos 
verbos, distinguem-se três vogais temáticas: 
 
Caracteriza os verbos da 1ª conjugação. 
Exemplos: 
buscar, buscavas, etc 
Caracteriza os verbos da 2ª conjugação. 
Exemplos: 
romper, rompemos, etc. 
 
Caracteriza os verbos da 3ª conjugação. 
Exemplos: 
proibir, proibirá, etc. 
Tema 
Tema é o grupo formado pelo radical mais vo-
gal temática. Nos verbos citados acima, os temas são: 
busca-, rompe-, proibi- 
Vogais e Consoantesde Ligação 
As vogais e consoantes de ligação são morfe-
mas que surgem por motivos eufônicos, ou seja, para 
facilitar ou mesmo possibilitar a pronúncia de uma de-
terminada palavra. 
Exemplo: 
parisiense (paris= radical, ense=sufixo, 
vogal de ligação=i) 
Outros exemplos: 
gas-ô-metro, alv-i-negro, tecn-o-cra-
cia, pau-l-ada, cafe-t-eira, cha-l-eira, inset-i-
cida, pe-z-inho, pobr-e-tão, etc. 
Formação das Palavras 
Existem dois processos básicos pelos quais se 
formam as palavras: a derivação e a composição. A 
diferença entre ambos consiste basicamente em que, 
no processo de derivação, partimos sempre de um 
único radical, enquanto no processo de composição 
sempre haverá mais de um radical. 
Derivação 
Derivação é o processo pelo qual se obtém 
uma palavra nova, chamada derivada, a partir de ou-
tra já existente, chamada primitiva. Observe o qua-
dro abaixo: 
Primitiva Derivada 
mar marítimo, marinheiro, marujo 
terra enterrar, terreiro, aterrar 
Observamos que "mar" e "terra" não se formam 
de nenhuma outra palavra, mas, ao contrário, possibi-
litam a formação de outras, por meio do acréscimo de 
um sufixo ou prefixo. Logo, mar e terra são palavras 
primitivas, e as demais, derivadas. 
Tipos de Derivação 
Derivação Prefixal ou Prefixação 
Resulta do acréscimo de prefixo à palavra pri-
mitiva, que tem o seu significado alterado. Veja os 
exemplos: 
crer- descrer 
ler- reler 
capaz- incapaz 
Derivação Sufixal ou Sufixação 
Resulta de acréscimo de sufixo à palavra pri-
mitiva, que pode sofrer alteração de significado ou 
mudança de classe gramatical. 
Por Exemplo: 
alfabetização 
No exemplo acima, o sufixo -ção transforma 
em substantivo o verbo alfabetizar. Este, por sua 
vez, já é derivado do substantivo alfabeto pelo acrés-
cimo do sufixo -izar. 
A derivação sufixal pode ser: 
a) Nominal, formando substantivos e adjetivos. 
Por Exemplo: 
papel – papelaria 
riso - risonho 
b) Verbal, formando verbos. 
 
 
Guarda Metropolitana 
 
17 
Por Exemplo: 
atual - atualizar 
c) Adverbial, formando advérbios de modo. 
Por Exemplo: 
feliz - felizmente 
Derivação Parassintética ou Parassíntese 
Ocorre quando a palavra derivada resulta do 
acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra 
primitiva. Por meio da parassíntese formam-se nomes 
(substantivos e adjetivos) e verbos. 
Considere o adjetivo " triste". Do radical "trist-
" formamos o verbo entristecer através da junção si-
multânea do prefixo "en-" e do sufixo "-ecer". A pre-
sença de apenas um desses afixos não é suficiente 
para formar uma nova palavra, pois em nossa língua 
não existem as palavras "entriste", nem "tristecer". 
Exemplos: 
Palavra 
Inicial 
Pre-
fixo 
Radi-
cal 
Sufixo 
Palavra For-
mada 
mudo e mud ecer emudecer 
alma des alm ado desalmado 
 
Derivação Regressiva 
Ocorre derivação regressiva quando uma pala-
vra é formada não por acréscimo, mas por redução. 
Exemplos: 
comprar 
(verbo) 
beijar 
(verbo) 
com-
pra (subs-
tantivo) 
beijo (subs-
tantivo) 
 
 
Saiba que: 
Para descobrirmos se um substantivo deriva 
de um verbo ou se ocorre o contrário, podemos se-
guir a seguinte orientação: 
- Se o substantivo denota ação, será pala-
vra derivada, e o verbo palavra primitiva. 
- Se o nome denota algum objeto ou subs-
tância, verifica-se o contrário. 
Vamos observar os exemplos acima: com-
pra e beijo indicam ações, logo, são palavras de-
rivadas. O mesmo não ocorre, porém, com a pala-
vra âncora, que é um objeto. Neste caso, um subs-
tantivo primitivo que dá origem ao verbo ancorar. 
Por derivação regressiva, formam-se basica-
mente substantivos a partir de verbos. Por isso, rece-
bem o nome de substantivos deverbais. Note que 
na linguagem popular, são frequentes os exemplos de 
palavras formadas por derivação regressiva. Veja: 
o portuga (de português) 
o boteco (de botequim) 
o comuna (de comunista) 
Ou ainda: 
agito (de agitar) 
amasso (de amassar) 
chego (de chegar) 
 
Atenção! 
Não devemos confundir deriva-
ção parassintética, em que o acrés-
cimo de sufixo e de prefixo é obriga-
toriamente simultâneo, com casos 
como os das palavras desvaloriza-
ção e desigualdade. Nessas palavras, 
os afixos são acoplados em seqüên-
cia: desvalorização provém de des-
valorizar, que provém desvalorizar, 
que por sua vez provém de valor. 
É impossível fazer o mesmo com pa-
lavras formadas por parassíntese: 
não se pode dizer que expropriar pro-
vém de "propriar" ou de "expróprio", 
pois tais palavras não existem. 
Logo, expropriar provém diretamente 
de próprio, pelo acréscimo concomi-
tante de prefixo e sufixo. 
Obs.: o processo normal é criar 
um verbo a partir de um substantivo. Na deri-
vação regressiva, a língua procede em sen-
tido inverso: forma o substantivo a partir 
do verbo. 
 
 
 
18 
Guarda Metropolitana 
 
Derivação Imprópria 
A derivação imprópria ocorre quando determi-
nada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou su-
pressão em sua forma, muda de classe gramatical. 
Neste processo: 
1) Os adjetivos passam a substantivos 
Por Exemplo: 
Os bons serão contemplados. 
2) Os particípios passam a substanti-
vos ou adjetivos 
Por Exemplo: 
Aquele garoto alcançou umfeitopas-
sandono concurso. 
3) Os infinitivos passam a substantivos 
Por Exemplo: 
O andar de Roberta era fascinante. 
O badalar dos sinos soou na cidadezinha. 
4) Os substantivos passam a adjetivos 
Por Exemplo: 
O funcionário fantasma foi despedido. 
O menino prodígio resolveu o problema. 
5) Os adjetivos passam a advérbios 
Por Exemplo: 
Falei baixo para que ninguém escutasse. 
6) Palavras invariáveis passam a substanti-
vos 
Por Exemplo: 
Não entendo o porquê disso tudo. 
7) Substantivos próprios tornam-se comuns. 
Por Exemplo: 
Aquele coordenador é um caxias! 
(chefe severo e exigente) 
 
 
Composição 
Composição é o processo que forma palavras 
compostas, a partir da junção de dois ou mais radi-
cais. Existem dois tipos: 
Composição por Justaposição 
Ao juntarmos duas ou mais palavras ou radi-
cais, não ocorre alteração fonética. 
Exemplos: 
passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor 
 
 
Composição por Aglutinação 
Ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais, 
ocorre supressão de um ou mais de seus elementos 
fonéticos. 
Exemplos: 
embora (em boa hora) 
fidalgo (filho de algo - referindo-se à família 
nobre) 
hidrelétrico (hidro + elétrico) 
planalto (plano alto) 
 
Redução 
Observação: os processos de 
derivação vistos anteriormente fazem 
parte da Morfologia porque implicam 
alterações na forma das palavras. No 
entanto, a derivação imprópria lida ba-
sicamente com seu significado, o que 
acaba caracterizando um processo se-
mântico. Por essa razão, entendemos 
o motivo pelo qual é denominada "im-
própria". 
Obs.: em "girassol" houve uma altera-
ção na grafia (acréscimo de um "s") justa-
mente para manter inalterada a sonoridade 
da palavra. 
 
Obs.: ao aglutinarem-se, os componen-
tes subordinam-se a um só acento tônico, o 
do último componente. 
 
 
Guarda Metropolitana 
 
19 
Algumas palavras apresentam, ao lado de sua 
forma plena, uma forma reduzida. Observe: 
auto - por automóvel 
cine - por cinema 
micro - por microcomputador 
Zé - por José 
Como exemplo de redução ou simplificação de 
palavras, podem ser citadas também as siglas, muito 
frequentes na comunicação atual. (Se desejar, veja 
mais sobre siglas na seção "Extras" -> Abreviaturas 
e Siglas) 
Hibridismo 
Ocorre hibridismo na palavra em cuja forma-
ção entram elementos de línguas diferentes. 
Por Exemplo: 
auto (grego) + móvel (latim) 
Onomatopeia 
Numerosas palavras devem sua origem a uma 
tendência constante da fala humana para imitar as vo-
zes e os ruídos da natureza. As onomatopeias são 
vocábulos que reproduzem aproximadamente os sons 
e as vozes dos seres. 
Exemplos: 
miau, zum-zum, piar, tinir, urrar, chocalhar, 
cocoricar, etc. 
Prefixos 
Os prefixos são morfemas que se colocam an-
tes dos radicais basicamentea fim de modificar-lhes 
o sentido; raramente esses morfemas produzem mu-
dança de classe gramatical. 
Os prefixos ocorrentes em palavras portugue-
sas se originam do latim e do grego, línguas em que 
funcionavam como preposições ou advérbios, logo, 
como vocábulos autônomos. Alguns prefixos foram 
pouco ou nada produtivos em português. Outros, por 
sua vez, tiveram grande utilidade na formação de no-
vas palavras. Veja os exemplos: 
a- , contra- , des- , em- (ou en-) , es- , entre- 
re- , sub- , super- , anti- 
Prefixos de Origem Grega 
a-, an-: Afastamento, privação, negação, insu-
ficiência, carência. Exemplos: 
 anônimo, amoral, ateu, afônico 
ana- : Inversão, mudança, repetição. Exem-
plos: 
analogia, análise, anagrama, anacrônico 
anfi- : Em redor, em torno, de um e outro lado, 
duplicidade. Exemplos: 
anfiteatro, anfíbio, anfibologia 
anti- : Oposição, ação contrária. Exemplos: 
antídoto, antipatia, antagonista, antítese 
apo- : Afastamento, separação. Exemplos: 
apoteose, apóstolo, apocalipse, apologia 
arqui-, arce- : Superioridade hierárquica, pri-
mazia, excesso. Exemplos: 
arquiduque,arquétipo, arcebispo, arqui-
milionário 
cata- : Movimento de cima para baixo. Exem-
plos: 
cataplasma, catálogo, catarata 
di-: Duplicidade. Exemplos: 
dissílabo, ditongo, dilema 
dia- : Movimento através de, afastamento. 
Exemplos: 
diálogo, diagonal, diafragma, diagrama 
dis- : Dificuldade, privação. Exemplos : 
dispneia, disenteria, dispepsia, disfasia 
ec-, ex-, exo-, ecto- : Movimento para fora. 
Exemplos: 
eclipse, êxodo, ectoderma, exorcismo 
en-, em-, e-: Posição interior, movimento para 
dentro. 
Exemplos: 
encéfalo, embrião, elipse, entusiasmo 
endo- : Movimento para dentro. Exemplos: 
endovenoso, endocarpo, endosmose 
epi- : Posição superior, movimento para. 
Exemplos: 
epiderme, epílogo, epidemia, epitáfio 
eu- : Excelência, perfeição, bondade. 
Exemplos: 
eufemismo, euforia, eucaristia, eufonia 
hemi- : Metade, meio. Exemplos: 
hemisfério, hemistíquio, hemiplégico 
 
 
 
20 
Guarda Metropolitana 
 
hiper- : Posição superior, excesso. Exem-
plos: 
hipertensão, hipérbole, hipertrofia 
hipo- : Posição inferior, escassez. Exemplos: 
hipocrisia, hipótese, hipodérmico 
meta- : Mudança, sucessão. Exemplos: 
metamorfose, metáfora, metacarpo 
para- : Proximidade, semelhança, intensi-
dade. 
Exemplos: 
paralelo, parasita, paradoxo, paradigma 
peri- : Movimento ou posição em torno de. 
Exemplos: 
periferia, peripécia, período, periscópio 
pro- : Posição em frente, anterioridade. 
Exemplos: 
prólogo, prognóstico, profeta, programa 
pros- : Adjunção, em adição a. 
Exemplos: 
prosélito, prosódia 
proto- : Início, começo, anterioridade. 
Exemplos: 
proto-história, protótipo, protomártir 
poli- : Multiplicidade. 
Exemplos: 
polissílabo, polissíndeto, politeísmo 
sin-, sim- : Simultaneidade, companhia. 
Exemplos: 
síntese, sinfonia, simpatia, sinopse 
tele- : Distância, afastamento. 
Exemplos: 
televisão, telepatia, telégrafo 
Prefixos de Origem Latina 
a-, ab-, abs- : Afastamento, separação. 
Exemplos: 
aversão, abuso, abstinência, abstração 
a-, ad- : Aproximação, movimento para junto. 
Exemplos: 
adjunto,advogado, advir, aposto 
ante- : Anterioridade, procedência. 
Exemplos: 
antebraço, antessala, anteontem, antever 
ambi- : Duplicidade. 
Exemplos: 
 ambidestro, ambiente, ambiguidade, 
ambivalente 
ben(e)-, bem- : Bem, excelência de fato ou 
ação. 
Exemplos: benefício, bendito 
bis-, bi-: Repetição, duas vezes. 
Exemplos: bisneto, bimestral, bisavô, bis-
coito 
circu(m) - : Movimento em torno. 
Exemplos: circunferência, circunscrito, cir-
culação 
cis- : Posição aquém. 
Exemplos: cisalpino, cisplatino, cisandino 
co-, con-, com- : Companhia, concomitân-
cia. 
Exemplos: colégio, cooperativa, condutor 
contra- : Oposição. 
Exemplos: contrapeso, contrapor, contra-
dizer 
de- : Movimento de cima para baixo, separa-
ção, negação. 
Exemplos: decapitar, decair, depor 
de(s)-, di(s)- : Negação, ação contrária, sepa-
ração. 
Exemplos: desventura, discórdia, discus-
são 
e-, es-, ex- : Movimento para fora. 
Exemplos: excêntrico, evasão, exportação, 
expelir 
en-, em-, in- : Movimento para dentro, passa-
gem para um estado ou forma, revestimento. 
Exemplos: imergir, enterrar, embeber, in-
jetar, importar 
extra- : Posição exterior, excesso. 
Exemplos: extradição, extraordinário, ex-
traviar 
i-, in-, im- : Sentido contrário, privação, nega-
ção. 
 
 
Guarda Metropolitana 
 
21 
Exemplos: ilegal, impossível, improdutivo 
inter-, entre- : Posição intermediária. 
Exemplos: internacional, interplanetário 
intra- : Posição interior. 
Exemplos: - intramuscular, intravenoso, in-
traverbal 
intro- : Movimento para dentro. 
Exemplos: introduzir, introvertido, intros-
pectivo 
justa- : Posição ao lado. 
Exemplos: justapor, justalinear 
ob-, o- : Posição em frente, oposição. 
Exemplos: obstruir, ofuscar, ocupar, obs-
táculo 
per- : Movimento através. 
Exemplos: percorrer, perplexo, perfurar, 
perverter 
pos- : Posterioridade. 
Exemplos: pospor, posterior, pós-gradu-
ado 
pre- : Anterioridade . 
Exemplos: prefácio, prever, prefixo, preli-
minar 
pro- : Movimento para frente. 
Exemplos: progresso, promover, prosse-
guir, projeção 
re- : Repetição, reciprocidade. 
Exemplos: rever, reduzir, rebater, reatar 
retro- : Movimento para trás. 
Exemplos: retrospectiva, retrocesso, retro-
agir, retrógrado 
so-, sob-, sub-, su- : Movimento de baixo 
para cima, inferioridade. 
Exemplos: soterrar, sobpor, subestimar 
super-, supra-, sobre- : Posição superior, ex-
cesso. 
Exemplos: supercílio, supérfluo 
soto-, sota- : Posição inferior. 
Exemplos: soto-mestre, sota-voga, soto-
pôr 
trans-, tras-, tres-, tra- : Movimento para 
além, movimento através. 
Exemplos: transatlântico, tresnoitar, tradi-
ção 
ultra- : Posição além do limite, excesso. 
Exemplos: ultrapassar, ultrarromantismo, 
ultrassom, ultraleve, ultravioleta 
vice-, vis- : Em lugar de. 
Exemplos: vice-presidente, visconde, vice-
almirante 
Quadro de Correspondência entre Prefixos 
Gregos e Latinos 
PREFIXOS 
GREGOS 
PREFI-
XOS LA-
TINOS 
SIGNIFICADO EXEMPLOS 
a, an des, 
 in 
privação, 
 negação 
anarquia, de-
sigual, ina-
tivo 
anti contra oposição, 
 ação contrária 
antibiótico, 
contraditório 
anfi ambi duplicidade, de um 
e outro lado, em 
torno 
anfiteatro, 
ambivalente 
apo ab afastamento, se-
paração 
apo-
geu, abstrair 
di bi(s) duplicidade dissílabo, bi-
campeão 
dia, 
meta 
trans movimento através diálogo, 
transmitir 
e(n)(m) i(n)(m)(r) movimento para 
dentro 
encéfalo, in-
gerir, irrom-
per 
endo intra movimento para 
dentro, posição in-
terior 
endovenoso, 
intramuscu-
lar 
e(c)(x) e(s)(x) movimento para 
fora, mudança de 
estado 
êxodo, ex-
cêntrico, es-
tender 
 
 
 
22 
Guarda Metropolitana 
 
epi, 
super, hi-
per 
supra posição superior, 
excesso 
epílogo, su-
pervisão, hi-
pérbole, su-
pradito 
eu bene excelência, perfei-
ção, bondade 
eufemismo, 
benéfico 
hemi semi divisão em 
duas partes 
hemis-
fério, semi-
círculo 
hipo sub posição inferior hipodér-
mico, sub-
marino 
para ad proximidade, ad-
junção 
paralelo, ad-
jacência 
peri circum em torno de periferia, cir-
cunferência 
cata de movimento para 
baixo 
catavento, 
derrubar 
si(n)(m) cum simultaneidade, 
companhia 
sinfonia, si-
logeu, cúm-
plice 
 
Sufixos 
Sufixos são elementos (isoladamente insignifi-
cativos) que, acrescentados a um radical, formam 
nova palavra. Sua principal característica é a mu-
dança de classe gramatical que geralmente opera. 
Dessa forma, podemos utilizar o significado de 
um verbo num contexto em que se deve usar 
um substantivo, por exemplo. 
Como o sufixo é colocado depois do radical, a 
ele são incorporadas as desinências que indicam as 
flexões das palavras variáveis.Existem dois grupos 
de sufixos formadores de substantivos extremamente 
importantes para o funcionamento da língua. São os 
que formam nomes de ação e os que formam nomes 
de agente. 
Sufixos que formam nomes de ação 
-ada - caminhada -ez(a) - sensatez, beleza 
-ança - mudança -ismo - civismo 
-ância - abundância -mento - casamento 
-ção - emoção -são - compreensão 
-dão - solidão -tude - amplitude 
-ença - presença -ura - formatura 
 
Sufixos que formam nomes de agente 
-ário(a) -secretário -or - lutador 
-eiro(a) - ferreiro -nte - feirante 
-ista - manobrista 
 
Além dos sufixos acima, tem-se: 
Sufixos que formam nomes de lugar, depo-
sitório 
-aria - churrascaria -or - corredor 
-ário - herbanário -tério - cemitério 
-eiro - açucareiro -tório - dormitório 
-il - covil 
 
 
Sufixos que formam nomes indicadores de 
abundância, aglomeração, coleção 
-aço - ricaço 
-ario(a) - casario, infan-
taria 
-ada - papelada -edo - arvoredo 
-agem - folhagem -eria - correria 
-al - capinzal -io - mulherio 
-ame - gentame -ume - negrume 
 
Sufixos que formam nomes técnicos usa-
dos na ciência 
-ite 
bronquite, hepatite (infla-
mação) 
 
 
Guarda Metropolitana 
 
23 
-oma 
mioma, epitelioma, carci-
noma (tumores) 
-ato, eto, ito 
sulfato, cloreto, sul-
fito (sais) 
-ina 
cafeína, codeína (alcaloi-
des, álcalis artificiais) 
-ol 
fenol, naftol (derivado de 
hidrocarboneto) 
-ite amotite (fósseis) 
-ito granito (pedra) 
-ema 
morfema, fonema, se-
mema, semantema (ci-
ência linguística) 
-io - sódio, potás-
sio, selênio (corpos sim-
ples) 
 
 
Sufixo que forma nomes de religião, doutri-
nas filosóficas, sistemas políticos 
-ismo 
budismo 
kantismo 
comunismo 
 
 
SUFIXOS FORMADORES DE ADJETIVOS 
a) de substantivos 
 -ento - cruento 
-ado - barbado -eo - róseo 
-áceo(a) - herbáceo, lilá-
ceas 
-esco - pitoresco 
-aico - prosaico -este - agreste 
-al - anual -estre - terrestre 
-ar - escolar -ício - alimentício 
-ário - diário, ordinário -ico - geométrico 
-ático - problemático -il - febril 
-az - mordaz -ino - cristalino 
-engo - mulherengo -ivo - lucrativo 
-enho - ferrenho -onho - tristonho 
-eno - terreno -oso - bondoso 
-udo - barrigudo 
 
b) de verbos 
SUFIXO SENTIDO EXEMPLIFI-
CAÇÃO 
-a)(e)(i)nte ação, qualidade, es-
tado 
semelhante, 
doente, se-
guinte 
-(á)(í)vel possibilidade de prati-
car ou sofrer uma 
ação 
louvável, pere-
cível, punível 
-io, -(t)ivo ação referência, modo 
de ser 
tardio, afirma-
tivo, pensativo 
-(d)iço, -
(t)ício 
possibilidade de prati-
car ou sofrer uma 
ação, referência 
movediço, 
quebradiço, 
factício 
-(d)ouro, 
-(t)ório 
ação, pertinência casadouro, 
preparatório 
 
SUFIXOS ADVERBIAIS 
Na Língua Portuguesa, existe apenas um único 
sufixo adverbial: É o sufixo "-mente", derivado do 
substantivo feminino latino mens, mentis que pode 
significar "a mente, o espírito, o intento".Este sufixo 
juntou-se a adjetivos, na forma feminina, para indicar 
circunstâncias, especialmente a de modo. 
Exemplos: 
altiva-mente, brava-mente, bondosa-
mente, nervosa-mente, fraca-mente, pia-
mente 
Já os advérbios que se derivam de adjetivos 
terminados em –ês (burgues-mente, portugues-
mente, etc.) não seguem esta regra, pois esses adje-
tivos eram outrora uniformes. 
 
 
 
24 
Guarda Metropolitana 
 Exemplos: 
cabrito montês / cabrita montês. 
SUFIXOS VERBAIS 
Os sufixos verbais agregam-se, via de regra, ao 
radical de substantivos e adjetivos para formar novos 
verbos. 
Em geral, os verbos novos da língua formam-
se pelo acréscimo da terminação-ar. 
Exemplos: 
esqui-ar; radiograf-ar; (a)doç-ar; nivel-
ar; (a)fin-ar; telefon-ar; (a)portugues-ar. 
Os verbos exprimem, entre outras ideias, a prá-
tica de ação. Veja: 
-ar: cruzar, analisar, limpar 
-ear: guerrear, golear 
-entar: afugentar, amamentar 
-ficar: dignificar, liquidificar 
-izar: finalizar, organizar 
 
Observe este quadro de sufixos verbais: 
SUFI-
XOS 
SENTIDO EXEMPLOS 
-ear Freqüentativo 
durativo 
cabecear, 
folhear 
-ejar frequentativo, 
durativo 
gotejar, 
velejar 
-entar factitivo aformosentar, 
amolentar 
-(i)ficar factitivo clarificar, dignifi-
car 
-icar frequentativo-diminu-
tivo 
bebericar, depe-
nicar 
-ilhar frequentativo-diminu-
tivo 
dedilhar, fervi-
lhar 
-inhar frequentativo-diminu-
tivo-pejorativo 
escrevinhar, cus-
pinhar 
-iscar frequentativo-diminu-
tivo 
chuviscar, lam-
biscar 
-itar frequentativo-diminu-
tivo 
dormitar, saltitar 
-izar factitivo civilizar, utilizar 
 
 
Radicais Gregos 
Radicais Gregos 
O conhecimento dos radicais gregos é de indiscutível importância para a exata compreensão e fácil 
memorização de inúmeras palavras. Apresentamos a seguir duas relações de radicais gregos. A primeira 
agrupa os elementos formadores que normalmente são colocados no início dos compostos, a segunda 
agrupa aqueles que costumam surgir na parte final. 
Radicais que atuam como primeiro elemento 
Forma Sentido Exemplos 
Aéros- ar Aeronave 
Ánthropos- homem Antropófago 
Observações: 
Verbo Frequentativo: é aquele que 
traduz ação repetida. 
Verbo Factitivo: é aquele que en-
volve idéia de fazer ou causar. 
Verbo Diminutivo: é aquele que 
exprime ação pouco intensa. 
 
 
 
Guarda Metropolitana 
 
25 
Autós- de si mesmo Autobiografia 
Bíblion- livro Biblioteca 
Bíos- vida Biologia 
Chróma- cor Cromático 
Chrónos- tempo Cronômetro 
Dáktyilos- dedo Dactilografia 
Déka- dez Decassílabo 
Démos- povo Democracia 
Eléktron- (âmbar) Eletricidade Eletroímã 
Ethnos- raça Etnia 
Géo- terra Geografia 
Héteros- outro Heterogêneo 
Hexa- seis Hexágono 
Híppos- cavalo Hipopótamo 
Ichthýs- peixe Ictiografia 
Ísos- igual Isósceles 
Makrós- grande, longo Macróbio 
Mégas- grande Megalomaníaco 
Mikrós- pequeno Micróbio 
Mónos- um só Monocultura 
Nekrós- morto Necrotério 
Néos- novo Neolatino 
Odóntos- dente Odontologia 
 
 
 
26 
Guarda Metropolitana 
 
Ophthalmós- olho Oftalmologia 
Ónoma- nome Onomatopeia 
Orthós- reto, justo Ortografia 
Pan- todos, tudo Pan-americano 
Páthos- doença Patologia 
Penta- cinco Pentágono 
Polýs- muito Poliglota 
Pótamos- rio Potamologia 
Pséudos- falso Pseudônimo 
Psiché- mente Psicologia 
Riza- raiz Rizotônico 
Techné- arte Tecnografia 
Thermós- quente Térmico 
Tetra- quatro Tetraedro 
Týpos- figura, marca Tipografia 
Tópos- lugar Topografia 
Zóon- Animal Zoologia 
 
 
Radicais que atuam como segundo elemento: 
Forma Sentido Exemplos 
-agogós Que conduz Pedagogo 
álgos Dor Analgésico 
-arché Comando, governo Monarquia 
 
 
Guarda Metropolitana 
 
27 
-dóxa Que opina Ortodoxo 
-drómos Lugar para correr Hipódromo 
-gámos Casamento Poligamia 
-glótta; -glóssa Língua Poliglota, glossário 
-gonía Ângulo Pentágono 
-grápho Escrita Ortografia 
-grafo Que escreve Calígrafo 
-grámma Escrito, peso Telegrama, quilograma 
-krátos Poder Democracia 
-lógos Palavra, estudo Diálogo 
-mancia Adivinhação Cartomancia 
-métron Que mede Quilômetro 
-nómos Que regula Autônomo 
-pólis; Cidade Petrópolis 
-pterón Asa Helicóptero 
-skopéo Instrumento para ver Microscópio 
-sophós Sabedoria Filosofia 
-théke Lugar onde se guarda Biblioteca 
 
 
 
Radicais Latinos 
Radicais que atuam como primeiro elemento: 
Forma Sentido Exemplo 
Agri Campo Agricultura 
 
 
 
28 
Guarda Metropolitana 
 
Ambi Ambos Ambidestro 
Arbori- Árvore Arborícola 
Bis-, bi- Duas vezes Bípede, bisavô 
Calori- Calor Calorífero 
Cruci- cruz Crucifixo 
Curvi- curvo Curvilíneo 
Equi- igual Equilátero, equidistante 
Ferri-, ferro- ferro Ferrífero, ferrovia 
Loco- lugar Locomotiva 
Morti- morte Mortífero 
Multi- muito Multiforme 
Olei-, oleo- Azeite, óleo Oleígeno, oleoduto 
Oni- todo Onipotente 
Pedi- pé Pedilúvio 
Pisci- peixe Piscicultor 
Pluri- Muitos, vários Pluriforme 
Quadri-, quadru- quatro Quadrúpede 
Reti- reto Retilíneo 
Semi- metade Semimorto 
Tri- Três Tricolor 
 
 
Radicais que atuam como segundoelemento: 
Forma Sentido Exemplos 
 
 
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-cida Que mata Suicida, homicida 
-cola Que cultiva, ou habita Arborícola, vinícola, silvícola 
-cultura Ato de cultivar Piscicultura, apicultura 
-fero Que contém, ou produz Aurífero, carbonífero 
-fico Que faz, ou produz Benefício, frigorífico 
-forme Que tem forma de Uniforme, cuneiforme 
-fugo Que foge, ou faz fugir Centrífugo, febrífugo 
-gero Que contém, ou produz Belígero, armígero 
-paro Que produz Ovíparo, multíparo 
-pede Pé Velocípede, palmípede 
-sono Que soa Uníssono, horríssono 
-vomo Que expele Ignívomo, fumívomo 
-voro Que come Carnívoro, herbívoro 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Guarda Metropolitana 
 CAPÍTULO 5– MORFOLOGIA 
EMPREGO DAS CLASSES GRAMATICAIS 
1- SUBSTANTIVO 
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um 
nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras 
variáveis, as quais denominam os seres. Além de ob-
jetos, pessoas e fenômenos, os substantivos também 
nomeiam: 
-lugares: Alemanha, Porto Alegre... 
-sentimentos: raiva, amor... 
-estados: alegria, tristeza... 
-qualidades: honestidade, sinceridade... 
-ações: corrida, pescaria... 
Morfossintaxe do substantivo 
Nas orações de língua portuguesa, o subs-
tantivo em geral exerce funções diretamente re-
lacionadas com o verbo: atua como núcleo do 
sujeito, dos complementos verbais (objeto direto 
ou indireto) e do agente da passiva. Pode ainda 
funcionar como núcleo do complemento nominal 
ou do aposto, como núcleo do predicativo do su-
jeito ou do objeto ou como núcleo do vocativo. 
Também encontramos substantivos como nú-
cleos de adjuntos adnominais e de adjuntos ad-
verbiais - quando essas funções são desempe-
nhadas por grupos de palavras. 
Você sabia que a palavra substantivo também 
pode ser um adjetivo? 
Reproduzimos a seguir o verbete substantivo, 
do Dicionário de usos do português do Brasil, de Fran-
cisco S. Borba. Observe que as quatro primeiras 
acepções se referem à palavra em sua atuação como 
adjetivo. 
Substantivo Adj [Qualificador de nome não 
animado] 
1- que tem substância ou essência: destacava-
se entre os homens hábeis daquele país o hábito de 
fazer uma conversa prosseguir horas a fio, sem que a 
proposta substantiva ganhasse clara configuração 
(REP); se olham as coisas não pelos resultados subs-
tantivos(VEJ); 
2- essencial; profundo: eu te amo por você 
mesma, de um modo substantivo e positivo(LC) 
3- fundamental; essencial: o submarino foi um 
elemento adjetivo na I Guerra Mundial e substantivo 
na II Guerra (VEJ) 
4- que equivale a um substantivo, ou que o traz 
implícito: onde é que está a ideia substantiva no meio 
desses adjetivos?(CNT) . Nm 
5- palavra que por si só designa a substância, 
ou seja, um ser real ou metafísico; palavra com que 
se nomeiam os seres, atos ou conceitos; nome: Há-
kodesh é na origem um substantivo feminino 
(VEJ); Planctus era um particípio passado e não um 
substantivo (ACM) 
Classificação dos Substantivos 
1- Substantivos Comuns e Próprios 
Observe a definição: 
 s.f. 1: Povoação maior que vila, com mui-
tas casas e edifícios, dispostos em ruas e aveni-
das (no Brasil, toda a sede de município é ci-
dade). 2. O centro de uma cidade (em oposição 
aos bairros). 
Qualquer "povoação maior que vila, com muitas 
casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas" será 
chamadacidade. Isso significa que a palavra ci-
dade é um substantivo comum. 
Substantivo Comum: é aquele que designa os 
seres de uma mesma espécie de forma genérica. 
Por exemplo: 
cidade, menino, homem, mulher, país, 
cachorro. 
Estamos voando para Barcelona. 
O substantivo Barcelona designa apenas um 
ser da espécie cidade. Esse substantivo é próprio. 
Substantivo Próprio: é aquele que designa os 
seres de uma mesma espécie de forma particular. 
Por exemplo: 
Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil. 
2 - Substantivos Concretos e Abstratos 
Os substantivos lâmpada e mala designam 
seres com existência própria, que são independentes 
de outros seres. São assim, substantivos concretos. 
Substantivo Concreto: é aquele que designa o 
ser que existe, independentemente de outros seres. 
Obs.: os substantivos concretos designam 
seres do mundo real e do mundo imaginário. 
 Seres do mundo real: homem, mulher, 
cadeira, cobra, Brasília, etc. 
 Seres do mundo imaginário: saci, mãe-
d'água, fantasma, etc. 
 
 
Guarda Metropolitana 
 
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Observe agora: 
Beleza exposta 
Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo vi-
sual. 
O substantivo beleza designa uma qualidade. 
Substantivo Abstrato: é aquele que designa se-
res que dependem de outros para se manifestar ou 
existir. 
Pense bem: a beleza não existe por si só, não 
pode ser observada. Só podemos observar a beleza 
numa pessoa ou coisa que seja bela. A beleza de-
pende de outro ser para se manifestar. Portanto, a pa-
lavra beleza é um substantivo abstrato. 
Os substantivos abstratos designam estados, 
qualidades, ações e sentimentos dos seres, dos quais 
podem ser abstraídos, e sem os quais não podem 
existir. 
Por exemplo: vida (estado), rapidez (quali-
dade), viagem (ação), saudade (sentimento). 
3 - Substantivos Coletivos 
 Ele vinha pela estrada e foi picado por 
uma abelha, outra abelha, mais outra abelha. 
 Ele vinha pela estrada e foi picado por 
várias abelhas. 
 Ele vinha pela estrada e foi picado por um 
enxame. 
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, 
foi necessário repetir o substantivo: uma abelha, outra 
abelha, mais outra abelha... 
No segundo caso, utilizaram-se duas palavras 
no plural. 
No terceiro caso, empregou-se um substantivo 
no singular (enxame) para designar um conjunto de 
seres da mesma espécie (abelhas). 
O substantivo enxame é um substantivo co-
letivo. 
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum 
que, mesmo estando no singular, designa um con-
junto de seres da mesma espécie. 
Principais Substantivos e Suas Formas Co-
letivas: 
abelha - enxame, cortiço, colmeia; 
abutre - bando; 
acompanhante - comitiva, cortejo, séquito; 
alho - (quando entrelaçados) réstia, enfiada, 
cambada; 
aluno - classe; 
amigo - (quando em assembleia) tertúlia; 
animal - (em geral) piara, pandilha, (todos de 
uma região) fauna, (manada de cavalgaduras) récua, 
récova, (de carga) tropa, (de carga, menos de 10) lote, 
(de raça, para reprodução) plantel, (ferozes ou selva-
gens) alcateia; 
anjo - chusma, coro, falange, legião, teoria; 
apetrecho - (quando de profissionais) ferra-
menta, instrumental; 
aplaudidor - (quando pagos) claque; 
arcabuzeiro - batalhão, manga, regimento; 
argumento - carrada, monte, montão, multi-
dão; 
arma - (quando tomadas dos inimigos) troféu; 
arroz - batelada; 
artista - (quando trabalham juntos) companhia, 
elenco; 
árvore - (quando em linha) alameda, carreira, 
rua, souto, (quando constituem maciço) arvoredo, 
bosque, (quando altas, de troncos retos a aparentar 
parque artificial) malhada; 
asneira - acervo, chorrilho, enfiada, monte; 
asno - manada, récova, récua; 
assassino - choldra, choldraboldra; 
assistente - assistência; 
astro - (quando reunidos a outros do mesmo 
grupo) constelação; 
ator - elenco; 
autógrafo - (quando em lista especial de cole-
ção) álbum; 
ave - (quando em grande quantidade) bando, 
nuvem; 
avião - esquadrão, esquadra, esquadrilha; 
bala - saraiva, saraivada; 
bandoleiro - caterva, corja, horda, malta, sú-
cia, turba; 
bêbado - corja, súcia, farândola; 
boi - boiada, abesana, armento, cingel, jugada, 
jugo, junta, manada, rebanho, tropa; 
bomba - bateria; 
borboleta - boana, panapaná; 
 
 
 
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Guarda Metropolitana 
 botão - (de qualquer peça de vestuário) aboto-
adura, (quando em fileira) carreira; 
burro - (em geral) lote, manada, récua, tropa, 
(quando carregado) comboio; 
busto - (quando em coleção) galeria; 
cabelo - (em geral) chumaço, guedelha, ma-
deixa, (conforme a separação) marrafa, trança; 
cabo - cordame, cordoalha, enxárcia; 
cabra - fato, malhada,rebanho; 
cadeira - (quando dispostas em linha) carreira, 
fileira, linha, renque; 
cálice - baixela; 
cameleiro - caravana; 
camelo - (quando em comboio) cáfila; 
caminhão - frota; 
canção - (quando reunidas em livro) cancio-
neiro, (quando populares de uma região) folclore; 
canhão - bateria; 
cantilena - salsada; 
cão - adua, cainçalha, canzoada, chusma, ma-
tilha; 
capim - feixe, braçada, paveia; 
cardeal - (em geral) sacro colégio, (quando 
reunidos para a eleição do papa) conclave, (quando 
reunidos sob a direção do papa) consistório; 
carneiro - chafardel, grei, malhada, oviário, re-
banho; 
carro - (quando unidos para o mesmo destino) 
comboio, composição, (quando em desfile) corso; 
carta - (em geral) correspondência; 
casa - (quando unidas em forma de quadrados) 
quarteirão, quadra; 
castanha - (quando assadas em fogueira) ma-
gusto; 
cavalariano - (de cavalaria militar) piquete; 
cavaleiro - cavalgada, cavalhada, tropel; 
cavalgadura - cáfila, manada, piara, récova, 
récua, tropa, tropilha; 
cavalo - manada, tropa; 
cebola - (quando entrelaçadas pelas hastes) 
cambada, enfiada, réstia; 
cédula - bolada, bolaço; 
chave - (quando num cordel ou argola) molho, 
penca; 
célula - (quando diferenciadas igualmente) te-
cido; 
cereal - (em geral) fartadela, fartão, fartura, 
(quando em feixes) meda, moreia; 
cigano - bando, cabilda, pandilha; 
cliente - clientela, freguesia; 
coisa - (em geral) coisada, coisarada, ajunta-
mento, chusma, coleção, cópia, enfiada, (quando an-
tigas e em coleção ordenada) museu, (quando em 
lista de anotação) rol, relação, (em quantidade que se 
pode abranger com os braços) braçada, (quando em 
série) sequência, série, sequela, coleção, (quando 
reunidas e sobrepostas) monte, montão, cúmulo; 
coluna - colunata, renque; 
cônego - cabido; 
copo - baixela; 
corda - (em geral) cordoalha, (quando no 
mesmo liame) maço, (de navio) enxárcia, cordame, 
massame, cordagem; 
correia - (em geral) correame, (de montaria) 
apeiragem; 
credor - junta, assembleia; 
crença - (quando populares) folclore; 
crente - grei, rebanho; 
depredador - horda; 
deputado - (quando oficialmente reunidos) câ-
mara, assembleia; 
desordeiro - caterva, corja, malta, pandilha, 
súcia, troça, turba; 
diabo - legião; 
dinheiro - bolada, bolaço, disparate; 
disco - discoteca; 
doze - (coisas ou animais) dúzia; 
ébrio - Ver bêbado; 
égua - Ver cavalo; 
elefante - manada; 
erro - barda; 
escravo - (quando da mesma morada) sen-
zala, (quando para o mesmo destino) comboio, 
(quando aglomerados) bando; 
escrito - (quando em homenagem a homem 
ilustre) polianteia, (quando literários) analectos, anto-
logia, coletânea, crestomatia, espicilégio, florilégio, 
seleta; 
espectador - (em geral) assistência, auditório, 
plateia, (quando contratados para aplaudir) claque; 
 
 
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espiga - (quando atadas) amarrilho, arrega-
çada, atado, atilho, braçada, fascal, feixe, gavela, lio, 
molho, paveia; 
estaca - (quando fincadas em forma de cerca) 
paliçada; 
estado - (quando unidos em nação) federação, 
confederação, república; 
estampa - (quando selecionadas) iconoteca, 
(quando explicativas) atlas; 
estátua - (quando selecionadas) galeria; 
estrela - (quando cientificamente agrupadas) 
constelação, (quando em quantidade) acervo, 
(quando em grande quantidade) miríade; 
estudante - (quando da mesma escola) classe, 
turma, (quando em grupo cantam ou tocam) estudan-
tina, (quando em excursão dão concertos) tuna, 
(quando vivem na mesma casa) república; 
fazenda - (quando comerciáveis) sortimento; 
feiticeiro - (quando em assembleia secreta) 
conciliábulo; 
feno - braçada, braçado; 
filme - filmoteca, cinemoteca; 
fio - (quando dobrado) meada, mecha, (quando 
metálicos e reunidos em feixe) cabo; 
flecha - (quando caem do ar, em porção) sa-
raiva, saraivada; 
flor - (quando atadas) antologia, arregaçada, 
braçada, fascículo, feixe, festão, capela, grinalda, ra-
malhete, buquê, (quando no mesmo pedúnculo) ca-
cho; 
foguete - (quando agrupados em roda ou num 
travessão) girândola; 
força naval - armada; 
força terrestre - exército; 
formiga - cordão, correição, formigueiro; 
frade - (quanto ao local em que moram) comu-
nidade, convento; 
frase - (quando desconexas) apontoado; 
freguês - clientela, freguesia; 
fruta - (quando ligadas ao mesmo pedúnculo) 
cacho, (quanto à totalidade das colhidas num ano) co-
lheita, safra; 
fumo - malhada; 
gafanhoto - nuvem, praga; 
garoto - cambada, bando, chusma; 
gato - cambada, gatarrada, gataria; 
gente - (em geral) chusma, grupo, multidão, 
(quando indivíduos reles) magote, patuleia, poviléu; 
grão - manípulo, manelo, manhuço, manojo, 
manolho, maunça, mão, punhado; 
graveto - (quando amarrados) feixe; 
gravura - (quando selecionadas) iconoteca; 
 
habitante - (em geral) povo, população, 
(quando de aldeia, de lugarejo) povoação; 
herói - falange; 
hiena - alcateia; 
hino - hinário; 
ilha - arquipélago; 
imigrante - (quando em trânsito) leva, (quando 
radicados) colônia; 
índio - (quando formam bando) maloca, 
(quando em nação) tribo; 
instrumento - (quando em coleção ou série) 
jogo, ( quando cirúrgicos) aparelho, (quando de artes 
e ofícios) ferramenta, (quando de trabalho grosseiro, 
modesto) tralha; 
inseto - (quando nocivos) praga, (quando em 
grande quantidade) miríade, nuvem, (quando se des-
locam em sucessão) correição; 
javali - alcateia, malhada, vara; 
jornal - hemeroteca; 
jumento - récova, récua; 
jurado - júri, conselho de sentença, corpo de 
jurados; 
ladrão - bando, cáfila, malta, quadrilha, tropa, 
pandilha; 
lâmpada - (quando em fileira) carreira, (quando 
dispostas numa espécie de lustre) lampadário; 
leão - alcateia; 
lei - (quando reunidas cientificamente) código, 
consolidação, corpo, (quando colhidas aqui e ali) com-
pilação; 
leitão - (quando nascidos de um só parto) leite-
gada; 
livro - (quando amontoados) chusma, pilha, 
ruma, (quando heterogêneos) choldraboldra, salga-
lhada, (quando reunidos para consulta) biblioteca, 
(quando reunidos para venda) livraria, (quando em 
lista metódica) catálogo; 
lobo - alcateia, caterva; 
macaco - bando, capela; 
 
 
 
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Guarda Metropolitana 
 malfeitor - (em geral) bando, canalha, choldra, 
corja, hoste, joldra, malta, matilha, matula, pandilha, 
(quando organizados) quadrilha, sequela, súcia, 
tropa; 
maltrapilho - farândola, grupo; 
mantimento - (em geral) sortimento, provisão, 
(quando em saco, em alforge) matula, farnel, (quando 
em cômodo especial) despensa; 
mapa - (quando ordenados num volume) atlas, 
(quando selecionados) mapoteca; 
máquina - maquinaria, maquinismo; 
marinheiro - marujada, marinhagem, compa-
nha, equipagem, tripulação; 
médico - (quando em conferência sobre o es-
tado de um enfermo) junta; 
menino - (em geral) grupo, bando, (depreciati-
vamente) chusma, cambada; 
mentira - (quando em sequência) enfiada; 
mercadoria - sortimento, provisão; 
mercenário - mesnada; 
metal - (quando entra na construção de uma 
obra ou artefato) ferragem; 
ministro - (quando de um mesmo governo) mi-
nistério, (quando reunidos oficialmente) conselho; 
montanha - cordilheira, serra, serrania; 
mosca - moscaria, mosquedo; 
móvel - mobília, aparelho, trem; 
música - (quanto a quem a conhece) repertó-
rio; 
músico - (quando com instrumento) banda, 
charanga, filarmônica, orquestra; 
nação - (quando unidas para o mesmo fim) ali-
ança, coligação, confederação, federação, liga, união; 
navio - (em geral) frota, (quando de guerra) 
frota, flotilha, esquadra, armada, marinha, (quando 
reunidos para o mesmo destino) comboio; 
nome - lista, rol; 
nota - (na acepção de dinheiro) bolada, bolaço, 
maço, pacote, (na acepção de produção literária, ci-
entífica) comentário; 
objeto - Ver coisa; 
onda - (quando grandes e encapeladas) ma-
rouço; 
órgão - (quando concorrem para uma mesma 
função) aparelho, sistema; 
orquídea - (quando em viveiro) orquidário; 
osso - (em geral)

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