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Medicina, 4ª fase Anatomia Topográfica II Anatomia Topográfica II Eduarda Alves – Medicina, LI 1 Conceito de abdome: parte do tronco situada entre o tórax e a pelve. O A contenção anterolateral de seu conteúdo é feita pelas paredes musculoaponeuróricas, a contenção superior pelo diafragma e a inferior pelos músculos pélvicos. O Profundamente, o limite abdominal é mais alto, pois o diafragma pode subir até o 4º EIC. O Portanto algumas vísceras abdominais estão protegidas pela caixa torácica, como baço, fígado, parte dos rins e estômago. O Assim como algumas estruturas de tórax podem se misturar no espaço abdominal. O Na altura da linha axilar posterior, na margem do latíssimo do dorso, o músculo obliquo externo possui uma margem livre. Peritônio: túnica serosa que reveste a parede anterolateral do abdome internamente e se reflete sobre as vísceras abdominais (estômago, intestino, fígado e baço), envolvendo- os. Cavidade abdominopélvica: estende-se do músculo diafragma até o diafragma da pelve O A cavidade peritoneal é um espaço virtual preenchida por líquido extracelular. O As reflexões de peritônio entre as paredes e as vísceras dão passagem aos vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. . O É musculoaponeurótica. O Estende-se da caixa torácica até a pelve. Limite superior: cartilagens costais VII a X e o processo xifoide. Limite inferior: ligamento inguinal e as margens superiores das faces anterolaterais do cíngulo do membro inferior. Topografia O Pele. O Tela subcutânea: formada principalmente por gordura. O Músculos e suas aponeuroses. O Fáscia muscular. O Gordura extraperitoneal. O Peritônio parietal. A parede anterolateral possui três camadas musculotendíneas, sendo que as fibras de cada uma das camadas seguem direções diferentes. Anatomia Topográfica II Eduarda Alves – Medicina, LI 1 Pele O Coloração clara. O Espessura: máximo 2 mm. O Mobilidade: bastante móvel em toda a parede anterolateral, exceto na região umbilical, onde está mais firmemente aderida. O Elasticidade: acompanham as linhas de Langer (fendas), que acompanham as fibras musculares. Tela subcutânea O Lâmina de tecido conjuntivo que contém quantidade variável de gordura. O Superiormente ao umbigo, a tela subcutânea é igual à encontrada na maioria das regiões. O Inferiormente ao umbigo, é reforçada por fibras elásticas e colágenas formando duas camadas: O Fáscia de Camper: fáscia de revestimento superficial, composta por tecido adiposo (areolar). O Fáscia de Scarpa: fáscia membranácea de revestimento profundo, formada por tecido fibroso (lamelar). O A fáscia de Scarpa é contínua com a pelve, recebendo o nome de fáscia de Colles (estrato membranáceo do períneo), não chegando até as coxas. O Por isso, se houver extravasamento de líquido na tela subcutânea dessa região, ela não passará para o membro inferior. Fáscia toracolombar: envolve o músculo quadrado do lombo e se continua como a aponeurose toracolombar. Fáscia parietal do abdome (endoabdominal): lâminas membranáceas e areolares que reveste a face interna da parede abdominal. Fáscia transversal: reveste a face profunda do musculo transverso do abdome e sua aponeurose. Peritônio parietal: camada única de células epiteliais e tecido conjuntivo de sustentação, situado profundamente à fáscia transversal. Gordura extraperitoneal: separa o peritônio parietal da fáscia transversal. Músculo oblíquo externo Inserção superior: faces externas da 5ª a 12ª costela Inserção inferior: linha alba, tubérculo púbico e metade anterior da crista ilíaca. Inervação: nervos toracoabdominais (T7 a T11) e nervo subcostal (T12). Ação principal: comprime e sustenta as vísceras abdominais, flexiona e roda o tronco. Músculo oblíquo interno Inserção lateral: aponeurose toracolombar, 2/3 anteriores da crista ilíaca, metade lateral do ligamento inguinal Inserção medial: margens inferiores das 10ª a 12ª costelas, linha alba e linha pectínea Inervação: nervos toracoabdominis (T7 a T11), T12 e L1. Ação principal: comprime e sustenta as vísceras abdominais, flexiona e roda o tronco. Atenção! A linha alba não é uma inserção muscular direta. Os músculos oblíquo externo e oblíquo interno de lados opostos trabalham em conjunto para fazer a rotação do tronco. Músculo transverso do abdome Inserção lateral: faces internas da 7ª a 12ª cartilagem costal, fáscia toracolombar, cista ilíaca e terço lateral do ligamento inguinal. Inserção medial: linha alba com a aponeurose do músculo obliquo interno, crista púbica e linha pectínea. Inervação: nervos toracolombares (T7 a T11), T12 e L1. Ação principal: comprime e sustenta as vísceras abdominais. O No terço medial do ligamento inguinal há uma falha na inserção muscular, não havendo muita proteção muscular nessa região, deixando a região propícia para hérnias. Foice inguinal: folheto fibroso formado pelas inserções dos músculos transverso do abdome e oblíquo interno na região do tubérculo púbico. Anatomia Topográfica II Eduarda Alves – Medicina, LI 2 Músculo reto do abdome Inserção inferior: sínfise púbica e crista púbica. Inserção superior: processo xifoide e 5ª a 7ª cartilagens costais. Inervação: nervos toracoabdominais (T7 a T11) e nervo subcostal (T12). Ação principal: flete o tronco e comprime as vísceras abdominais Músculo piramidal Inserção inferior: face anterior do músculo reto do abdome e ligamento anterior do púbis. Inserção superior: linha alba. Inervação: nervo ílio-hipogástrico. Ação principal: tensiona a linha alba. Linhas semilunares: O São clinicamente importantes pois estão sempre paralelas às margens laterais da bainha do músculo reto do abdome. O Geralmente as incisões não são feitas ao longo das linhas semilunares porque interromperiam o suprimento nervoso da musculatura e pele adjacente. Bainha do músculo reto do abdome: O Formada pelas aponeuroses dos músculos oblíquos e transverso. O Nela são encontradas as artérias e veias epigástricas superiores e as partes distais dos nervos toracoabdominais. O As aponeuroses se entrelaçam com as aponeuroses do lado oposto, formando a linha alba. Linha alba: O Estende-se do processo xifoide até a sínfise púbica. Plano neurovascular da parede anterolateral do abdome: O Situado entre os músculos oblíquo interno e transverso do abdome. O Contém nervos e artérias que suprem a parede anterolateral do abdome. O Na parte anterior do abdome, os vasos e nervos deixam o plexo e caminham principalmente na tela subcutânea. Nervos Nervos toracoabdominais O Formados pelas partes abdominais, distais dos ramos anteriores de T7 a T11. O Partem dos espaços intercostais em direção anteroinferior. O Seguem no plano neurovascular entre os músculo oblíquo interno e transverso do abdome. O Inervação: músculos da parede anterolateral e pele sobrejacente. Ramos cutâneos laterais (torácicos) O Nervos espinais torácicos T7 a T9 ou T10. O Emergem da musculatura da parede anterolateral e entram na tela subcutânea ao longo da linha axilar anterior. O Inervação: pele dos hipocôndrios direito e esquerdo. Nervo subcostal O Grande ramo anterior do nervo espinal T12. O Trajeto: segue ao longo da margem inferior da costela XII, caminhando na parede do abdome infraumbilical, entre a segunda e a terceira camada de músculos abdominais. O Inervação: músculos da parede anterolateral do abdome e a pele sobrejacente (entre a crista ilíaca e o umbigo). Nervo ílio-hipogástrico O Ramificação terminal do ramo anterior do nervo espinal L1. O Trajeto: perfura o músculo transverso do abdome, seguindo entre a 2ª e a 3ª camada de músculos abdominais. Os ramos perfuram as aponeuroses do músculo oblíquo externo da parte inferior da parede do abdome O Inervação: pele sobre a cista ilíaca,região inguinal superior, hipogástrio, músculos oblíquo interno e transverso do abdome. Nervo ilioinguinal O Ramificação terminal do ramo anterior do nervo espinal L1. O Trajeto: passa entre a segunda e a terceira camadas dos músculos abdominais, atravessando o canal inguinal. O Inervação: pele da região inguinal inferior, monte do púbis, parte anterior do escroto ou lábio maior e face medial adjacente da coxa, além dos músculos oblíquo interno e transverso do abdome. Anatomia Topográfica II Eduarda Alves – Medicina, LI 3 Dermátomos T7 a T9: inervação da pele superior ao umbigo. T10: inervação da pele ao redor do umbigo. T11, ramos cutâneos dos nervos subcostais (T12), ílio- hipogástrico e ilioinguinal (L1): inervação da pele inferior ao umbigo Vasos Veias Veia torácica interna: drenagem superior e medial da pele e da tela subcutânea através de um plexo venoso subcutâneo. Veia torácica lateral: drenagem superior e lateral da pele e da tela subcutânea através de um plexo venoso subcutâneo. Veias epigástricas superficial e inferior: drenagem inferior da pele e da tela subcutânea. O Veia epigástrica superficial: tributária da veia femoral. O Veia epigástrica inferior: tributária da veia ilíaca externa. Veias paraumbilicais: anastomoses das veias cutâneas que circundam o umbigo. O Tributárias da veia porta. Veia umbilical obliterada: corresponde ao ligamento redondo do fígado nos adultos. Artérias O Os vasos da parede anterolateral têm um padrão circunferencial oblíquo. O Os vasos da parede anterior central do abdome têm um padrão vertical. Artéria epigástrica superior: continuação direta da artéria torácica interna. O Penetra na bainha do músculo reto do abdome superiormente. O Supre a parte superior do músculo reto do abdome. O Anastomosa-se com a artéria epigástrica inferior na região umbilical. Artéria epigástrica inferior: ramo da artéria ilíaca externa, com origem superior ao ligamento inguinal. O Segue superiormente à fáscia transversal para penetrar na bainha do músculo reto do abdome abaixo da linha arqueada. Artéria circunflexa ilíaca profunda: ramo da artéria ilíaca externa. O Supre o músculo ilíaco e a parte inferolateral da parede anterolateral. Artéria circunflexa profunda: ramo da artéria femoral. O Supre pele e tecido subcutâneo sobre a parte inferior da parede anterolateral. Artéria epigástrica superficial: ramo da artéria femoral. O Supre a pele e o tecido subcutâneo sobre a região suprapúbica. Drenagem linfática Vasos linfáticos superficiais: acompanham as veias subcutâneas. O Linfonodos axilares: recebem linfa dos vasos superiores ao plano transumbilical. O Linfonodos paraesternais: podem receber linfa dos vasos superiores ao plano transumbilical. O Linfonodos inguinais superficiais: recebem linfa dos vasos inferiores ao plano transumbilical. Vasos linfáticos profundos: acompanham as veias profundas da parede do abdome. O Linfonodos ilíacos externos. O Linfonodos ilíacos comuns. O Linfonodos lombares direitos e esquerdos (cavais e aórticos). Face interna O Coberta pela fáscia transversal, pela gordura extraperitoneal e pelo peritônio parietal. Pregas peritoneais Prega umbilical mediana: cobre o ligamento umbilical mediano, remanescente do úraco. O Estende-se do ápice da bexiga até o umbigo. Pregas umbilicais mediais: cobrem os ligamentos umbilicais mediais, formados por partes ocluídas das artérias umbilicais. Anatomia Topográfica II Eduarda Alves – Medicina, LI 4 O Laterais à prega umbilical mediana. Pregas umbilicais laterais: cobrem os vasos epigástricos inferiores. O Laterais às pregas umbilicais mediais. O Se forem seccionadas, sangram. Fossas peritoneais O Depressões laterais às pregas umbilicais. O São locais de possíveis hérnias. Fossas supravesicais: entre as pregas umbilicais mediana e mediais. O Formadas quando o peritônio se reflete da parede anterior do abdome sobre a bexiga. Fossas inguinais mediais: entre as pregas umbilicais mediais e laterais. O Chamadas de trígonos inguinais ou de Hasselbach. O Possíveis locais de hérnias inguinais diretas. Fossas inguinais laterais: laterais às pregas umbilicais laterais. O Possíveis locais de hérnias inguinais indiretas (mais comuns). Ligamento falciforme: estende-se entre a parede anterossuperior do abdome e o fígado. O Reflexão peritoneal em orientação sagital. Ligamento redondo do fígado: remanescente fibroso da veia umbilical. O Área localizada na parte inferior da parede abdominal, anterolateral e lateralmente à região hipogástrica. O É uma área propícia a hérnias, principalmente nos homens, devido a passagem do funículo espermático no canal inguinal. Ligamento inguinal e trato iliopúbico O Formam o retináculo anterior flexor bilaminar da articulação do quadril. O O retináculo sobre o espaço subinguinal. Espaço subinguinal: passagem dos músculos flexores do quadril e estruturas neurovasculares. O O retináculo é formado por partes espessas do músculo oblíquo externo e a aponeurose e a margem inferior da fáscia transversal. Ligamento inguinal O É um espessamento da aponeurose do músculo oblíquo externo. Trajetos das fibras: O Fibras da extremidade medial: inserem-se no tubérculo púbico. O Fibras profundas: seguem posteriormente e se fixam no ramo superior do púbis, formando o ligamento lacunar. O Fibras laterais: seguem ao longo da linha pectínea do púbis, formando o ligamento pectíneo (de Cooper). O O Fibras superiores: cruzam a linha alba, abrindo-se em leque e fundindo-se com as fibras inferiores da aponeurose do músculo oblíquo externo, formando o ligamento reflexo. Conteúdo: O Artéria cremastérica e artéria testicular. O Nervo ilioinguinal e nervo genitofemoral. O Plexo pampiniforme, que forma a veia testicular direita (tributária da veia cava inferior) e a veia testicular esquerdo (tributária da veia renal). Tumores de testículo podem metastatizar para o rim no lado esquerdo, pois as veias testicular e renal esquerdas podem ser vias de metástase. Trato iliopúbico O Margem inferior espessa da fáscia transversal. O Segue paralelamente e posteriormente ao ligamento inguinal. O Reforça a parede posterior e o assoalho do canal inguinal. O Une as estruturas que atravessam o espaço subinguinal. Anatomia Topográfica II Eduarda Alves – Medicina, LI 1 Óstio miopectíneo: coberto pelo ligamento inguinal e o trato iliopúbico. O É uma área de fraqueza na parede da região inguinal. O Local de hérnias inguinais diretas e indiretas, assim como hérnias femorais. Canal inguinal O Formada a partir da descida do testículo. O Passagem oblíqua paralela ao ligamento inguinal. Conteúdo: O Funículo espermático (homens) e ligamento redondo do útero (mulheres). O Vasos sanguíneos e linfáticos. O Nervo ilioinguinal e o ramo genital do nervo genitofemoral. Parede anterior do canal inguinal: aponeurose do músculo oblíquo externo. Parede posterior do canal inguinal: fáscia transversal. O Foice inguinal: fusão das aponeuroses dos músculos oblíquo interno e transverso do abdome. Teto do canal inguinal: O Lateralmente: fáscia transversal O Centralmente: arcos musculoaponeuróticos dos músculos oblíquo interno e transverso. O Medialmente: pilar medial da aponeurose do músculo oblíquo externo. Assoalho do canal inguinal: O Lateralmente: trato iliopúbico. O Centralmente: sulco formado pelo ligamento inguinal invaginado. O Medialmente: ligamento lacunar. Peritônio O Túnica serosa transparente, contínua e deslizante. O Reveste a cavidade abdominopélvica e recobre as vísceras. O É formado por duas lâminas contínuas: o peritônio visceral e o peritônio parietal. Peritônio parietal O Tem a mesma vascularização e inervação somática que a região da parede que reveste. O Sensível a pressão,dor, calor, frio e laceração. O A dor é localizada e pode ser referida no ombro (dermátomos C3-C5). Peritônio visceral O Tem a mesma vascularização e inervação visceral. O Sensível ao toque, calor, frio e laceração. O Estimulado por distensão e irritação química. O A dor é mal localizada. Órgãos intraperitoneais O São quase completamente recobertos por peritônio visceral. O Órgãos conceitualmente invaginados para o saco fechado. O Estômago, baço Órgãos retroperitoneais O Estão entre o peritônio parietal e a parede posterior do abdome. O Possuem peritônio parietal nas faces anteriores. O Rins, pâncreas, duodeno. Órgãos subperitoneais O Possuem peritônio parietal em sua face superior. O Bexiga. Cavidade peritoneal O Situa-se dentro da cavidade abdominal. O Espaço com espessura de um capilar, situado entre as lâminas parietal e visceral. O Contém líquido peritoneal, composto de água, eletrólitos e outras substâncias derivadas do líquido intersticial. O O líquido peritoneal permite que as vísceras se movimentem sem atrito e lubrifica as faces peritoneais. O A cavidade peritoneal nos homens é completamente fechada. O Nas mulheres, há uma comunicação com o exterior através das tubas uterinas, cavidade uterina e vagina, sendo uma possível via de infecção externa. Anatomia Topográfica II Eduarda Alves – Medicina, LI 1 Mesentério O Lâmina dupla de peritônio formada pela invaginação do peritônio por um órgão. O Meio de comunicação neurovascular entre o órgão e a parede do corpo. Recebe diferentes nomes de acordo com a estrutura relacionada a ele: O Mesentério do intestino delgado. O Mesocolo transverso. O Mesocolo sigmoide. O Mesoesôfago O Mesogástrio. O Mesoapêndice. Omento O Extensão ou prega de peritônio em duas camadas. O Vai do estômago e da parte proximal do duodeno até os órgãos adjacentes na cavidade abdominal. Omento maior O Possui 4 camadas. O Pende como um avental da curvatura maior do estômago e da parte proximal do duodeno. O Desce e fixa-se à face anterior do colo transverso e seu mesentério. Omento menor O Prega dupla. O Une a curvatura menor do estômago e a parte proximal do duodeno ao fígado. Ligamento peritoneal O Dupla camada de peritônio que uma um órgão a outro ou à parede do abdome. Ligamentos hepáticos O Ligamento falciforme: conecta o fígado à parede anterior do abdome. O Ligamento hepatogástrico: conecta o fígado ao estômago. O Ligamento hepatoduodenal: conecta o fígado ao duodeno. Os ligamentos hepatogástrico e hepatoduodenal são contínuos com o omento menor. Ligamentos estomacais: O Ligamento gastrofrênico: conecta o estômago à face inferior do diafragma. O Ligamento gastroesplênico: conecta o estômago ao baço O Ligamento gastrocólico: conecta o estômago ao colo transverso. Todas essas estruturas são contínuas com o omento maior. Subdivisões da cavidade peritoneal Mesocolo transverso: divide a cavidade abdominal em um compartimento supracólico e um compartimento infracólico. Compartimento supracólico: contém estômago, fígado e baço. Compartimento infracólico: contém intestino delgado e colos ascendente e descendente. O Situa-se posteriormente ao omento maior. O É dividido em espaço infracólico direito e esquerdo pelo mesentério do intestino delgado. Bolsa omental: cavidade posterior ao estômago e ao omento menor. O Permite o livre movimento do estômago. O Comunica-se com a cavidade peritoneal através do forame omental. O Possui 2 cúpulas (direita e esquerda). O Separa as cavidades abdominal e torácica. Origem fixa: margem inferior da caixa torácica e vértebras lombares superiores. Pilares do diafragma O Feixes musculotendíneos que se originam das faces anteriores dos corpos das três vertebras lombares superiores. Pilar direito: origina-se de L1 a L3 ou L4. O Contém o hiato esofágico. Pilar esquerdo: origina-se de L1 a L2 ou L3. O Os pilares se ligam através do ligamento arqueado mediano, curvando-se sobre a face anterior da aorta e formando o hiato aórtico. Ligamento arqueado medial: espessamento da fáscia que recobre o músculo psoas maior. O Fixa o diafragma entre os corpos das vértebras lombares e à extremidade do processo transverso da vértebra L1. Ligamento arqueado lateral: cobre o músculo quadrado do lombo. O Estende-se desde o processo transverso de L1 ou L2 até a extremidade da costela XII. Vasos e nervos Irrigação da face superior do diafragma: O Artéria pericárdicofrênica (ramo da artéria torácica interna). O Artéria músculofrenica (ramo da artéria torácica interna). O Artérias frênicas superiores (ramo da aorta torácica). Irrigação da face inferior do diafragma: O Artérias frênicas inferiores (primeiros ramos da aorta abdominal). Drenagem da face superior do diafragma: O Veias pericárdicofrênica e musculofrênica (tributárias das veias torácicas internas). Drenagem da face inferior do diafragma: O Veia frênica inferior direita (tributária da veia cava inferior). O Veia frênica inferior esquerda (tributária da veia cava inferior/suprarrenal esquerda). Drenagem linfática: O Plexos linfáticos nas faces superior e inferior do diafragma se comunicam livremente. O Face superior: linfonodos frênicos anteriores e posteriores, que drenam para os paraesternais, pré-vertebrais e frênicos. O Face inferior: linfonodos frênicos e lombares. Inervação Motora: O Nervos frênico direito e esquerdo (ramos anteriores de C3 - C5). Sensitiva: O Nervos frênicos na parte central. O Nervos intercostais e subcostais na parte periférica. Aberturas do diafragma Forame da veia cava Conteúdo: O Veia cava. O Ramos terminais do nervo frênico direito. O Vasos linfáticos. O Está a nível de T8 e T9. O Durante a inspiração, o diafragma se contrai e dilata a veia cava inferior. Anatomia Topográfica II Eduarda Alves – Medicina, LI 1 Hiato esofágico O Está no nível de T10. O Quando o diafragma se contrai, ocorre constrição esofágica. O Formado pelo pilar direito do diafragma. Conteúdo: O Esôfago. O Troncos vagais anterior e posterior. O Vasos linfáticos e sanguíneos. O Hiato aórtico O Abertura posterior ao diafragma. O Os movimentos do diafragma não influenciam na aorta. O A aorta passa entre os pilares do diafragma, posteriormente ao ligamento arqueado mediano. O Está no nível de T12. Conteúdo: O Ducto torácico. O Veias ázigo e hemiázigo, às vezes. Componentes: O 5 vertebras lombares e seus discos associados. O Músculos psoas, quadrado do lombo, ilíaco, transverso do abdome e oblíquos. O Diafragma. O Fáscia O Plexo lombar O Gordura, nervos, vasos e linfonodos. Fáscia O A parede posterior do abdome é revestida pela fáscia endoabdominal. O Situa-se entre o peritônio parietal e os músculos. O É contínua com a fáscia transversal. Fáscia do músculo psoas O Fixada às vertebras lombares e à margem da pelve. O Superiormente, forma o ligamento arqueado medial. O Lateralmente, funde-se com a fáscia do músculo quadrado do lombo e a aponeurose toracolombar. Aponeurose toracolombar O Complexo facial fixado à coluna vertebral. O É dividia em lâminas anterior, média e posterior. O Fixa-se lateralmente aos músculos oblíquo interno, transverso do abdome e latíssimo do dorso. Lâmina anterior: corresponde à fáscia do músculo quadrado do lombo. O Fixa-se às faces anteriores dos processos transversos das vertebras lombares, crista ilíaca e costela XII. O Contínua com a aponeurose do músculo transverso do abdome. Músculos da parede posterior Músculo psoas maior O Situa-se lateralmente às vertebras lombares. O Segue inferolateralmente, profundamente ao ligamento inguinal, até o trocanter menor do fêmur. O O plexo superior lombar situa-se posteriormente a esse músculo. Inserção superior: processostransversos das vértebras lombares. Inserção inferior: trocanter menor do fêmur. Inervação: ramos anteriores de L1 a L3. Ação: flexão de coxa (junto do ilíaco), quadril e tronco. Anatomia Topográfica II Eduarda Alves – Medicina, LI 1 Músculo ilíaco O Situa-se ao longo da face lateral do músculo psoas maior. O Suas fibras se unem ao tendão do músculo psoas maior. O Juntos, os músculos psoas e ilíaco formam o músculo iliopsoas. Inserção superior: fossa ilíaca, asa do sacro e ligamentos sacroilíacos anteriores. Inserção inferior: trocanter menor do fêmur e tendão do músculo psoas maior. Inervação: nervo femoral (L2 a L4). Ação: flexão de coxa e estabilização da articulação do quadril. Músculo iliopsoas: O Principal flexor da coxa. O Estabiliza a articulação do quadril. Músculo quadrado do lombo Inserção superior: metade medial da margem inferior das costelas XII e processos transversos lombares. Inserção inferior: ligamento iliolombar e lábio interno da crista ilíaca. Inervação: ramos anteriores dos nervos T12 e L1 a L4. Ação: extensão e flexão lateral da coluna vertebral e fixação da costela XII durante a inspiração. Nervos Nervos subcostais O Ramos anteriores de T12. O Trajeto: originam-se no tórax, passam posteriormente aos ligamentos arqueados laterais e seguem inferolateralmente na face do músculo quadrado do lombo. Atravessam os músculos oblíquo interno e transverso para inervar o músculo oblíquo externo e a pele sobrejacente. Nervos espinais lombares O Ramos de L1 a L5. O Trajeto: saem da medula através dos forames intervertebrais. Os ramos posteriores inervam os músculos do dorso e pele sobrejacente e os ramos anteriores suprem a parte inferior do tronco e os membros inferiores. Tronco simpático lombar O Formado por 4 gânglios simpáticos paravertebrais lombares e os ramos interganglionares. O É contínuo com a parte torácica dos troncos. Plexo nervoso lombar Forma-se anteriormente aos processos transversos lombares, dentro da inserção proximal do músculo psoas maior. O Formado pelos ramos anteriores dos nervos L1 a L4. Nervo femoral: O L2 a L4. O Emerge da margem lateral do músculo psoas maior, inerva o músculo ilíaco e passa profundamente ao ligamento inguinal para suprir os músculos flexores do quadril e extensores do joelho. Nervo obturatório: O L2 a L4. O Emerge da margem medial do músculo psoas maior e segue até a pelve menor, passando inferiormente ao ramo superior do púbis (através do forame obturado) até a face medial da coxa, suprindo os músculos adutores. Tronco lombossacral: O L4 e L5. O Passa sobre a asa do sacro e desce até a pelve para participar na formação do plexo sacral com os ramos anteriores dos nervos S1–S4 Nervos ilioinguinal e ílio-hipogástrico: O L1 O Originam- se do ramo anterior de L1, entrando no abdome posteriormente ao ligamento arqueado medial e seguindo inferolateralmente, anteriormente ao músculo quadrado do lombo. O Seguem superior e paralelamente à crista ilíaca, perfurando o músculo transverso do abdome. O Atravessam os músculos oblíquos interno e externo do abdome para suprir os músculos abdominais e a pele das regiões inguinal e púbica. Nervo genitofemoral: O L1 e L2 Anatomia Topográfica II Eduarda Alves – Medicina, LI 2 O Perfura o músculo psoas maior e segue inferiormente sobre sua face anterior, profundamente à fáscia do músculo iliopsoas. O Divide-se lateralmente às artérias ilíacas comum e externa em ramos femoral e genital. Nervo cutâneo femoral lateral da coxa: O L2 e L3. O Segue inferolateralmente sobre o músculo ilíaco e entra na coxa profundamente ao ligamento inguinal/trato iliopúbico. O Inerva a pele na face anterolateral da coxa. Nervo obturatório acessório: O L3 e L4. O É paralelo à margem medial do músculo psoas, anterior ao nervo obturatório, cruzando superiormente ao ramo superior do púbis, bem próximo da veia femoral. Vasos linfáticos e linfonodos O Situam-se ao longo da aorta, da veia cava e dos vasos ilíacos. O Linfonodos ilíacos comuns: recebem linfa dos linfonodos ilíacos internos e externos. O A linfa dos linfonodos ilíacos comuns segue para os linfonodos lombares direitos e esquerdos. O A linfa das vísceras segue até os linfonodos pré-aórticos. O Linfonodos lombares direitos e esquerdos: recebem linfa da parede posterior do abdome, rins, ureteres, testículos/ovários, útero e tubas uterinas. O Cisterna do quilo. O Troncos linfáticos lombares.
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