Buscar

Abdome - resumo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
• Conceito 
o Parte do tronco entre a pelve e o tórax 
o Local em que se encontra a maioria dos órgãos do sistema digestório e parte dos sistemas genital e 
urinário 
o A contenção das vísceras se da por 
▪ Contenção anterolateral: paredes musculoaponeuróticas 
▪ Contenção superior: diafragma 
▪ Contenção inferior: músculos da pelve 
o Como sua parede musculoaponeuróticas são fixadas na parte inferior dos ossos do tórax e no osso do 
quadril, ela permite que o abdome envolva e proteja seu conteúdo ao mesmo tempo em que ele 
consegue ser flexível, permitindo a respiração, locomoção e a respiração 
o Seus músculos podem estar relacionados a expulsão de ar da cavidade torácica, de líquido (como urina 
ou vômito), flatos, fezes ou fetos da cavidade abdominopélvica 
o 
• Considerações gerais 
o Paredes do abdome 
▪ São as paredes musculoaponeuróticas 
▪ São dinâmicas 
▪ São distensíveis 
▪ Peritônio: túnica serosa que recobre a parede anterolateral do abdome e diversos órgãos 
próximos à parede posterior. Ele se reflete sobre as vísceras abdominais, formando uma bolsa 
ou um espaço virtual revestido (cavidade peritoneal) entre as paredes e as vísceras. 
▪ Cavidade peritoneal: espaço virtual formado pelo peritônio; contém liquido extracelular 
(parietal) suficiente para lubrificar a membrana que reveste a maior parte das superfícies das 
estruturas que formam ou ocupam a cavidade abdominal 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
o Cavidade abdominal 
▪ Forma a parte superior e principal da cavidade 
abdominopélvica, a cavidade contínua que se 
estende entre o diafragma e o diafragma da pelve 
▪ Não tem assoalho próprio porque é contínua com 
a cavidade pélvica. O plano da abertura superior da 
pelve é uma divisão arbitrária, mas não física, das 
cavidades abdominal e pélvica 
▪ Estende-se superiormente até o 4o espaço 
intercostal da caixa torácica osteocartilagínea. 
Consequentemente, os órgãos abdominais mais 
altos (baço, fígado, parte dos rins e estômago) são 
protegidos pela caixa torácica. A pelve maior 
(parte expandida da pelve acima da abertura 
superior) sustenta e protege parcialmente as 
vísceras abdominais inferiores (parte do íleo, ceco, 
apêndice vermiforme e colo sigmoide) 
▪ É a localização da maioria dos órgãos do sistema digestório, de partes do sistema urinário (rins 
e a maior parte dos ureteres) e do baço. 
▪ É dividida em nove regiões, que são delimitadas por quatro planos, sendo dois sagitais e dois 
transversos. São elas: 
• Hipocôndrio 
direito: 
• Epigástrio: 
• Hipocôndrio 
esquerdo 
• Lateral direito 
• Umbilical 
• Lateral esquerdo 
• Inguinal direito 
• Púbica 
• Inguinal esquerda 
▪ Quando o abdome é 
divido em quatro 
quadrantes, ele é dividido 
a partir de dois planos 
(plano transumbilical e o plano mediano vertical), sendo essas regiões os quadrantes superior 
e inferior, direito e esquerdo 
▪ 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
o Parede anterolateral do abdome 
▪ É subdivida em paredes anterior, 
lateral direita, lateral esquerda e 
posterior 
▪ Com exceção da posterior, todas 
são musculoaponeuróticas 
▪ Como é difícil de se delimitar a 
divisão entre as paredes laterais e 
a anterior, comumente usa-se 
dizer que ela é uma parede 
anterolateral do abdome e ela se 
estende da caixa torácica até a 
pelve 
▪ É formada por pele e tela 
subcutânea, que é composta 
principalmente por gordura, 
músculos, suas aponeuroses e 
fáscia muscular, gordura 
extraperitoneal e peritônio parietal 
▪ A maior parte da parede anterolateral tem três camadas musculotendíneas; 
▪ As fibras de cada camada seguem em direções diferentes. Essa estrutura tripla é semelhante 
à estrutura dos espaços intercostais no tórax. 
▪ Fáscia da parede anterolateral do abdome 
• A tela subcutânea da maior parte da parede contém quantidade variável de gordura. 
É um depósito de gordura importante. 
• Homens são mais suscetíveis ao acúmulo subcutâneo de gordura na parede 
anteroinferior do abdome (famosa barriga de chopp) 
• Inferiormente ao umbigo, a parte mais profunda do tecido subcutâneo é reforçada 
por muitas fibras elásticas e colágenas, formando duas camadas: o panículo adiposo 
do abdome (fáscia de Camper) e o estrato membranáceo (fáscia de Scarpa) da tela 
subcutânea do abdome. 
• As camadas superficial, intermediária e profunda da fáscia de revestimento recobrem 
as faces externas das três camadas musculares da parede anterolateral do abdome e 
suas aponeuroses (tendões expandidos planos) e não podem ser facilmente 
separadas delas. As fáscias de revestimento são extremamente finas nesse ponto e 
são representadas principalmente pelo epimísio, situado superficialmente aos 
músculos ou entre eles. 
• Face interna da parede do abdome é revestida por lâminas membranáceas e areolares 
de espessura variável, que forma a fáscia parietal do abdome, que possui várias 
partes, que são denominadas de acordo com a região em que está localizada. 
o Fáscia transversal: parte que reveste a face profunda do músculo transverso 
do abdome e sua aponeurose 
o Peritônio parietal: formado por uma única camada de células epiteliais e 
tecido conjuntivo de sustentação; está situado profundamente à fáscia 
transversal e é separado dela por uma quantidade variável de gordura 
extraperitoneal. 
▪ Músculos da parede anterolateral do abdome 
• A parede anterolateral do abdome tem cinco (pares bilaterais de) músculos: três 
planos e dois verticais 
• Os três músculos planos são o oblíquo externo do abdome, o oblíquo interno do 
abdome e o transverso do abdome. 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
• As fibras desses músculos 
concêntricos possuem orientações 
diferentes, as fibras dos músculos 
oblíquos são, em sua maioria, diagonais e 
perpendiculares entre si e as fibras do 
músculo transverso do abdome possui 
fibras transversais. 
• Todos esses três músculos planos 
continuam anterior e medialmente como 
aponeuroses fortes, semelhantes a 
lâminas. 
• Bainha do musculo reto do abdome: 
formada pelas aponeuroses e localizada 
entre a linha medioclavicular (LMC) e a 
linha mediana; é tendínea, aponeurótica e 
resistente, que envolve o músculo reto do 
abdome 
• As aponeuroses do abdome se unem, 
formando uma rafe mediana – a linha alba 
– que se estende medialmente do 
processo xifoide até a sínfise púbica. Esse 
entrelaçamento não ocorre apenas entre 
o lado direito e esquerdo, mas também entre as camadas superficial e intermediária 
e entre as camadas intermediária e profunda. 
• Os dois músculos verticais, que estão contidos na bainha do musculo reto do abdome 
são o grande músculo reto do abdome e o pequeno músculo piramidal 
Quadro 5.2 Músculos da parede anterolateral do abdome. 
Músculo Origem Inserção Inervação Principal açãoa 
Oblíquo 
externo do 
abdome (A) 
Faces externas das costelas V a 
XII 
Linha alba, tubérculo 
púbico e metade 
anterior da crista ilíaca 
Nervos toracoabdominais 
(nervos espinais T7 a T11) 
e nervo subcostal 
Comprime e sustenta as vísceras 
abdominais,b flexiona e roda o 
tronco 
Oblíquo 
interno do 
abdome (B) 
Fáscia toracolombar, dois 
terços anteriores da crista 
ilíaca e tecido conjuntivo 
situado profundamente ao 
terço lateral do ligamento 
inguinal 
Margens inferiores das 
costelas X a XII, linha 
alba e linha pectínea do 
púbis através da foice 
inguinal 
Nn. toracoabdominais 
(ramos anteriores dos 
nervos espinais T6 a T12) 
e primeiro nervo lombar 
Transverso 
do 
abdome (C) 
Faces internas das 7a a 
12a cartilagens costais, 
aponeurose toracolombar, 
crista ilíaca e tecido conjuntivo 
situado profundamente ao 
terço lateral do ligamento 
inguinal 
Linha alba com 
aponeurose do 
M.oblíquo interno do 
abdome, crista púbica e 
linha pectínea do púbis 
através da foice inguinal 
Comprime e sustenta as vísceras 
abdominaisb 
Reto do 
abdome(D) 
Sínfise púbica e crista púbica Processo xifoide e 5a a 
7a cartilagens costais 
Nn. toracoabdominais 
(ramos anteriores dos 
nervos espinais T6 a T12) 
Flexiona o tronco (vértebras 
lombares) e comprime as vísceras 
abdominais;b estabiliza e controla 
o movimento de báscula da pelve 
(antilordose) 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
▪ 
• Músculo oblíquo externo do abdome 
o O maior e o mais superficial dos três músculos planos anterolaterais do 
abdome 
o Ao contrário das duas camadas profundas, o músculo oblíquo externo do 
abdome não se origina posteriormente da aponeurose toracolombar; suas 
fibras mais posteriores (a parte mais espessa do músculo) têm margem livre, 
que vai de sua origem costal até a crista ilíaca. A parte carnosa do músculo 
contribui principalmente para a parte lateral da parede do abdome. A 
aponeurose contribui para a parte anterior da parede. 
o Suas cristas se organizam em formato de leque 
o Suas fibras musculares se tornam aponeuróticas aproximadamente na LMC 
medialmente e na linha espinoumbilical inferiormente → forma uma lamina 
de fibras tendíneas que se cruzam na linha alba, onde a maioria se torna 
continua com as fibras tendíneas do músculo oblíquo interno do abdome 
contralateral 
o Por causa disso, os músculos oblíquos interno e externo do abdome 
contralaterais formam, juntos, um “músculo digástrico” 
o Inferiormente, a aponeurose do músculo oblíquo externo do abdome fixa-se 
à crista púbica, medialmente ao tubérculo púbico. 
o A parte inferior da aponeurose do músculo oblíquo externo do abdome forma 
o ligamento inguinal – atua como um retináculo (uma faixa de contenção) 
para as estruturas musculares e neurovasculares que passam profundamente 
a ele para entrar na coxa 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
• Músculo Oblíquo interno do abdome 
o É o músculo intermediário entre os três músculos planos do abdome 
o É uma lâmina fina que se abre em leque anteromedialmetne 
o Suas fibras carnosas seguem perpendiculares às fibras do músculo oblíquo 
externo do abdome, em direção superomedial 
o Também se tornam aponeuróticas na LMC e participam da bainha do músculo 
reto do abdome 
o 
• Músculo transverso do abdome 
o O mais interno dos músculos planos 
o Suas fibras seguem transversamente ao plano do abdome, com orientação 
circunferencial – ideal para compressão do conteúdo abdominal e para 
aumentar a pressão intra-abdominal 
o Suas fibras também se tornam aponeuroses e colaboram para a formação da 
bainha do musculo reto do abdome 
o Entre os músculos oblíquo interno e transverso do abdome há um plano 
neurovascular, que contém os nervos e artérias que suprem a parede 
anterolateral do abdome. 
• Músculo Reto do abdome 
o É longo, reto, largo e semelhante a uma tira 
o Principal músculo vertical da parede anterior do abdome 
o Possui duas bandas separadas pela linha alba 
o É um músculo poligástrico (é o dos gominhos dos marombas) 
o Ele vai afinando, sendo mais grosso na parte de cima e mais fino na parte de 
baixo, onde suas duas porções se aproximam 
o Grande parte desse músculo está inserida na bainha do músculo reto do 
abdome 
o O músculo reto do abdome é sustentado transversalmente por inserção à 
lâmina anterior da bainha do músculo reto do abdome em três ou mais 
intersecções tendíneas 
o As intersecções, indicadas por sulcos na pele entre as saliências musculares, 
geralmente situam-se no nível do processo xifoide, no umbigo, e a meio 
caminho entre essas estruturas. 
• Músculo piramidal 
o É um músculo triangular, pequeno e insignificante, que não se encontra 
presente em cerca de 20% das pessoas 
o Situa-se anteriormente à parte inferior do músculo reto do abdome e se fixa 
à face anterior do púbis e ao ligamento púbico anterior 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
o Termina na linha alba, que é mais espessa em uma porção variável superior à 
sínfise púbica. 
o O músculo piramidal tensiona a linha alba. 
o Quando presente, os cirurgiões usam a inserção do músculo piramidal à linha 
alba como ponto de referência para a incisão abdominal mediana 
• Bainha do músculo reto do abdome, linha alba e umbigo 
o Bainha do músculo reto do abdome: 
▪ Compartimento fibroso incompleto e forte dos músculos reto do 
abdome e piramidal 
▪ Há a presença das artérias e veias epigástricas superior e inferior e as 
partes distais dos nervos toracoabdominais 
o Linha arqueada: 
▪ É a linha que demarca a transição entre a parede posterior 
aponeuróticas da bainha que reveste os três quartos superiores do 
músculo reto do abdome e a fáscia transversal que reveste o quarto 
inferior. 
o Linha alba: 
▪ Segue verticalmente por toda extensão da parede anterior do 
abdome, separando as bainhas do músculo reto do abdome 
bilateralmente 
▪ Fica sobre a linha mediana do corpo 
o Anel umbilical: 
▪ Defeito na linha alba atráves do qual os vasos umbilicais fetais 
entravam e saiam do cordão umbilical e da placenta 
o Estratimeria da parede abdominal supraumbilical: Pele → panículo adiposo 
→ musculatura → fáscia endoabdominal → gordura extraperitoneal → 
Peritônio parietal. 
o A fáscia transversal tem a mesma função da endotorácica, é uma parte da 
fáscia endoabdominal (a fáscia do m. transverso do abdome). 
• Funções e ações dos músculos da parede anterolateral do abdome 
o Os músculos da parede anterolateral do abdome: 
▪ Formam uma sustentação forte e expansível para a parede 
anterolateral do abdome 
▪ Sustentam e protegem as vísceras abdominais contra lesões 
▪ Comprimem o conteúdo abdominal para manter ou aumentar a 
pressão intra-abdominal e, assim, fazem oposição ao diafragma (o 
aumento da pressão intra-abdominal facilita a expulsão) 
▪ Movem o tronco e ajudam a manter a postura. 
• Inervação da parede anterolateral do abdome 
o Nervos toracoabdominais: são formados pelas partes abdominais, distais dos 
ramos anteriores dos seis nervos espinais torácicos inferiores (T7 a T11); 
correspondem aos nervos intercostais inferiores distais à margem costal 
o Ramos cutâneos laterais (torácicos): 
dos nervos espinais torácicos T7 a T9 ou T10 
o Nervo subcostal: o grande ramo 
anterior do nervo espinal T12 
o Nervos ílio-hipogástrico e ilioinguinal: 
ramificações terminais do ramo anterior do 
nervo espinal L1. 
OBS: Dermátomos → Região epigástrica: 
Região de T7// Região umbilical: Região de 
T10 // Região inguinal: Região de L1 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
• Vascularização da parede anterolateral do abdome 
o Irrigação arterial 
▪ Ramos da A. Torácica interna (região torácica): 
• A. Musculofrênica. 
• A. Epigástrica superior (se anastomosa com a A. Epigástrica 
inferior na região umbilical). 
▪ Ramos da Aorta (região lateral): 
• Aa. Intercostais posteriores. 
• A. Subcostal 
▪ Ramos da A. Ilíaca externa (região inferior): 
• A. Epigástrica inferior 
• A. Circunflexa ilíaca profunda 
▪ Ramos da A. Femoral (região inferior): 
• Circunflexa ilíaca superficial 
• A. Epigástrica superficial 
• Aa. Pudendas externas 
o Drenagem venosa: 
▪ As veias recebem os mesmos nomes das artérias que as 
acompanham. 
• V. Epigástrica superior 
• V. Musculofrênica 
• V. Epigástrica inferior 
• V. Circunflexa ilíaca profunda 
• V. Epigástrica superficial 
• V. Circunflexa ilíaca superf V. Safena Magna 
• Vv. Pudendas externas 
• Vv. Paraumbilicais: Emaranhado de veias na tela subcutânea 
ao redor do umbigo. Possuem comunicação com a V. 
Umbilical obliterada. 
• V. Toracoepigástrica: Anastomose das Vv. Epigástrica 
superficial + Torácica lateral. 
o Drenagem linfática: 
▪ A direção da linfa é estabelecida com base nas divisões 
supra/infraumbilicais. 
▪ Drenagem da parte superficial da parede. 
▪ LINFONODOS: 
• REGIÃO SUPRAUMBILICAL: Linfonodos paraesternais e 
axilares. 
• REGIÃO INFRAUMBILICAL: Linfonodos inguinais superficiais. 
▪ DRENAGEM DA PARTE PROFUNDA DA PAREDE ABDOMINAL: 
Linfonodosilíacos externos → Linfonos ilíacos comuns → Linfonodos 
lombares → Troncos linfáticos lombares → Cisterna do quilo → 
Ducto torácico (esquerdo) ou Ducto linfático direito (direito) → 
Ângulo venoso. 
o Parte interna da parede anterolateral do abdome 
▪ É coberta por fáscia transversal, uma quantidade variável de gordura extraperitoneal e 
peritônio parietal 
▪ Apresenta 5 pregas peritoneais umbilicais: 
• A prega umbilical mediana estende-se do ápice da bexiga urinária até o umbigo e 
cobre o ligamento umbilical mediano, o remanescente do úraco, que unia o ápice da 
bexiga urinária ao umbigo 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
• Duas pregas umbilicais mediais, laterais à prega umbilical mediana, cobrem os 
ligamentos umbilicais mediais, formados por partes ocluídas das artérias umbilicais 
• Duas pregas umbilicais laterais, situadas lateralmente às pregas umbilicais mediais, 
cobrem os vasos epigástricos inferiores e, portanto, sangram se forem seccionadas. 
▪ As depressões laterais às pregas umbilicais são as fossas peritoneais, e cada uma é um local 
de possível hérnia. A localização de uma hérnia em uma dessas fossas determina a 
classificação da hérnia. As fossas superficiais entre as pregas umbilicais são as: 
• Fossas supravesicais entre as pregas umbilicais mediana e mediais, formadas quando 
o peritônio se reflete da parede anterior do abdome sobre a bexiga urinária. O nível 
da fossa supravesical sobe e desce com o enchimento e o esvaziamento da bexiga 
urinária 
• Fossas inguinais mediais entre as pregas umbilicais mediais e laterais, comumente 
denominadas trígonos inguinais (triângulo de Hesselbach), que são possíveis locais de 
hérnias inguinais diretas, menos comuns 
• Fossas inguinais laterais, laterais às pregas umbilicais laterais, incluem os anéis 
inguinais profundos e são possíveis locais do tipo mais comum de hérnia na parede 
inferior do abdome, a hérnia inguinal indireta 
• Região inguinal 
o Região onde as estruturas entram e saem da cavidade abdominal – possíveis locais de herniação 
o Ligamento inguinal e trato iliopúbico 
▪ O ligamento inguinal e o trato iliopúbico, que se estendem da EIAS até o tubérculo púbico, 
constituem um retináculo anterior (flexor) bilaminar da articulação do quadril. O retináculo 
cobre o espaço subinguinal, através do qual passam os músculos flexores do quadril e as 
estruturas neurovasculares que servem a grande parte do membro inferior. Essas faixas 
fibrosas são as partes espessas, inferolaterais, do músculo oblíquo externo do abdome e a 
aponeurose e a margem inferior da fáscia transversal. São os pontos de referência 
importantes da região 
▪ Ligamento iguinal: uma faixa densa que constitui a parte mais inferior da aponeurose do 
músculo oblíquo externo do abdome. Embora a maioria das fibras da extremidade medial do 
ligamento insira-se no tubérculo púbico, algumas seguem outros trajetos 
• Algumas das fibras mais profundas seguem posteriormente para se fixarem ao ramo 
superior do púbis lateralmente ao tubérculo púbico, formando o ligamento lacunar 
(de Gimbernat) curvo, que forma o limite medial do espaço subinguinal. As fibras mais 
laterais continuam a seguir ao longo da linha pectínea do púbis como o ligamento 
pectíneo (de Cooper) 
• Algumas das fibras superiores se abrem em leque para cima, desviando-se do 
tubérculo púbico e cruzando a linha alba para se fundirem com as fibras inferiores da 
aponeurose do músculo oblíquo externo do abdome contralateral. Essas fibras 
formam o ligamento reflexo 
▪ Trato iliopúbico: margem inferior espessa da fáscia transversal, que se apresenta como uma 
faixa fibrosa que segue paralela e posteriormente (profundamente) ao ligamento inguinal. O 
trato iliopúbico, observado no lugar do ligamento inguinal quando a região inguinal é vista a 
partir de sua face interna (posterior) (p. 
ex., durante laparoscopia), reforça a 
parede posterior e o assoalho do canal 
inguinal enquanto une as estruturas 
que atravessam o espaço subinguinal. 
▪ O ligamento inguinal e o trato 
iliopúbico cobrem uma área de 
fraqueza inata na parede do corpo na 
região inguinal denominada óstio 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
miopectíneo (Fruchaud, 1956). Essa área fraca, que tem relação com as estruturas que 
atravessam a parede do corpo, é o local de hérnias inguinais diretas e indiretas, bem como de 
hérnias femorais. 
• Canal inguinal 
o O canal inguinal é uma passagem oblíqua, bilateral, através dos músculos da parede anterolateral do 
abdome. É originada no período intrauterino pelo processo vaginal e a passagem do gubernáculo, que 
no homem conduz os testículos ao escroto e na mulher se torna o ligamento redondo do útero. Essa 
passagem possui cerca de 4 cm de comprimento e se localiza sobre, e paralelamente o ligamento 
inguinal, estendendo-se da sua região intermédia em direção a púbis. 
o Como é um canal, possui uma porta de entrada, denominada anel inguinal profundo, e uma porta de 
saída para a região perineal, nominada de anel inguinal superficial. O seu longo eixo será chamado de 
canal propriamente dito. Para essa descrição, será necessário que você visualize esse canal contendo 
4 paredes (lateral, superior, medial e inferior) e escolha um antímero corporal para análise. Assim, são 
as estruturas que compõem cada parte desse canal: 
o Anel inguinal profundo: formado pelas estruturas oriundas da fáscia transversal. Se localiza na parede 
interna do abdome, lateralmente a prega umbilical lateral: 
▪ Parede lateral, superior e medial: formado pela fáscia transversal (FT). 
▪ Parede inferior: formada pelo espessamento da fáscia transversal, chamado de trato 
iliopúbico (TIP), que está localizado profundamente ao ligamento inguinal. 
o Canal propriamente dito: formado pelas estruturas musculo-aponeuróticas da parede anterolateral 
do abdome. Sua localização e extensão já foram descritas. 
▪ Parede lateral e superior: formada pelo arqueamento do músculo transverso do abdome e 
oblíquo interno do abdome. 
▪ Parede medial: formada pela fixação do músculo transverso do abdome e oblíquo interno do 
abdome no tubérculo púbico. Essa fixação conjunta é comumente denominada de tendão 
conjunto (TC). 
▪ Parede inferior: formada pelo ligamento inguinal. 
▪ *Em virtude de sua forma e constituição, as paredes lateral, superior e medial podem ser 
simplesmente denominadas como foice inguinal (FI). 
o Anel inguinal superficial: formado pelas estruturas oriundas da aponeurose do músculo oblíquo 
externo do abdome. 
▪ Parede medial e lateral: são constituídas por duas traves de aponeurose denominadas pilares 
(medial e lateral) (PM e PL). 
▪ Parede superior: entre os pilares medial e lateral se estende, de forma perpendicular, fibras 
da aponeurose do músculo oblíquo externo do abdome nominada de fibras intercrurais (entre 
os pilares) (F Int). 
▪ Parede inferior: formado pela reflexão do ligamento inguinal em sua fixação, em direção a 
linha alba. Essa estrutura é denominada de ligamento inguinal refletido (ou reflexo) (LIR). 
o No homem o canal contém o funículo espermático, o n. ilioinguinal (L1) e o ramo genital do n. 
genitofemoral (L2, L3). Na mulher o canal contém o ligamento redondo do útero, e os mesmos nervos. 
o Por permitir passagem de estruturas, o canal inguinal é uma região potencial para herniações 
(protrusão de alguma estrutura de forma patológica). Hérnia inguinal indireta é a denominação 
aplicada a hérnia que adentra o anel inguinal profundo e se distribui pelo canal inguinal, podendo 
emergir no anel inguinal superficial. Hérnia inguinal direta é a denominação dada a hérnia que 
atravessa a parede do abdome medialmente a prega umbilical lateral (na fossa inguinal medial) em 
direção ao anel inguinal superficial. Ou seja, não atravessa o canal propriamente dito (direta). 
• Peritônio 
o O peritônio é uma túnica serosa transparente, contínua, brilhante e deslizante. 
o Reveste a cavidadeabdominopélvica e recobre as vísceras. 
o O peritônio consiste em duas lâminas contínuas: o peritônio parietal, que reveste a face interna da 
parede abdominopélvica, e o peritônio visceral, que reveste vísceras como estômago e intestino. 
o As duas lâminas de peritônio consistem em mesotélio, uma lâmina de epitélio pavimentoso simples. 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
o O peritônio parietal tem a mesma vascularização sanguínea e linfática e a mesma inervação somática 
que a região da parede que reveste. Como a pele sobrejacente, o peritônio que reveste o interior da 
parede do corpo é sensível a pressão, dor, calor e frio, e laceração. A dor no peritônio parietal 
geralmente é bem localizada, exceto na face inferior da parte central do diafragma, que é inervada 
pelos nervos frênicos; a irritação nesse local costuma ser referida nos dermátomos C3–C5 sobre o 
ombro. 
o O peritônio visceral e os órgãos que ele recobre têm a mesma vascularização sanguínea e linfática e 
inervação visceral. O peritônio visceral é insensível a toque, calor e frio, e laceração; é estimulado 
basicamente por distensão e irritação química. A dor provocada é mal localizada, sendo referida nos 
dermátomos dos gânglios sensitivos espinais que emitem as fibras sensitivas, sobretudo para as partes 
medianas desses dermátomos. Consequentemente, a dor oriunda de derivados do intestino anterior 
geralmente é sentida no epigástrio; a dor proveniente de derivados do intestino médio, na região 
umbilical; e aquela originada em derivados do intestino posterior, na região púbica. 
o O peritônio e as vísceras estão na cavidade abdominopélvica. A relação entre as vísceras e o peritônio 
é a seguinte: 
▪ Os órgãos intraperitoneais são quase completamente recobertos por peritônio visceral (p. ex., 
o estômago e o baço). Intraperitoneal neste caso não significa dentro da cavidade peritoneal 
(embora o termo seja usado clinicamente para designar substâncias injetadas nessa 
cavidade). Os órgãos intraperitoneais foram conceitualmente, se não literalmente, 
invaginados para o saco fechado, como ao pressionarmos a mão fechada contra uma bola de 
aniversário cheia 
▪ Os órgãos extraperitoneais, retroperitoneais e subperitoneais também estão situados fora da 
cavidade peritoneal – externamente ao peritônio parietal – e são apenas parcialmente 
cobertos por peritônio (geralmente apenas em uma face). Órgãos retroperitoneais, como os 
rins, estão entre o peritônio parietal e a parede posterior do abdome e só têm peritônio 
parietal nas faces anteriores (não raro com uma quantidade variável de gordura interposta). 
Do mesmo modo, a bexiga urinária subperitoneal só tem peritônio parietal em sua face 
superior. 
o A cavidade peritoneal está dentro da cavidade abdominal e continua inferiormente até a cavidade 
pélvica. A cavidade peritoneal é um espaço potencial com espessura capilar, situado entre as lâminas 
parietal e visceral do peritônio. Não contém órgãos, mas contém uma fina película de líquido 
peritoneal, que é composto de água, eletrólitos e outras substâncias derivadas do líquido intersticial 
em tecidos adjacentes. O líquido peritoneal lubrifica as faces peritoneais, permitindo que as vísceras 
movimentem-se umas sobre as outras sem atrito e permitindo os movimentos da digestão. Além de 
lubrificar as faces das vísceras, o líquido peritoneal contém leucócitos e anticorpos que combatem a 
infecção. Os vasos linfáticos, sobretudo na face inferior do diafragma, cuja atividade é incessante, 
absorvem o líquido peritoneal. A cavidade peritoneal é completamente fechada nos homens. Nas 
mulheres, porém, há uma comunicação com o exterior do corpo através das tubas uterinas, cavidade 
uterina e vagina. Essa comunicação é uma possível via de infecção externa 
o Formações peritoneais 
▪ A cavidade peritoneal tem um formato complexo. Alguns dos fatos relacionados com isso 
incluem: 
• A cavidade peritoneal abriga uma grande extensão de intestino, a maior parte da qual 
é revestida por peritônio 
• São necessárias extensas áreas de continuidade entre o peritônio parietal e visceral 
para dar passagem às estruturas neurovasculares da parede do corpo até as vísceras 
• Embora o volume da cavidade abdominal corresponda a uma fração do volume do 
corpo, os peritônios parietal e visceral que revestem a cavidade peritoneal 
internamente têm uma área de superfície muito maior do que a face externa do corpo 
(pele); portanto, o peritônio é extremamente convoluto. 
▪ Vários termos são usados para descrever as partes do peritônio que unem os órgãos a outros 
órgãos ou à parede do abdome, e os compartimentos e recessos resultantes. 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
▪ O mesentério é uma lâmina dupla de peritônio formada pela invaginação do peritônio por um 
órgão, e é a continuidade dos peritônios visceral e parietal. Constitui um meio de comunicação 
neurovascular entre o órgão e a parede do corpo. O mesentério une um órgão intraperitoneal 
à parede do corpo – geralmente a parede posterior do abdome (p. ex., o mesentério do 
intestino delgado). 
▪ O mesentério do intestino delgado costuma ser denominado simplesmente “mesentério”; 
entretanto, os mesentérios relacionados a outras partes específicas do sistema digestório 
recebem denominações de acordo – por exemplo, mesocolos transverso e sigmoide, 
mesoesôfago, mesogástrio e mesoapêndice. Os mesentérios têm um cerne de tecido 
conjuntivo que contém sangue e vasos linfáticos, nervos, linfonodos e gordura. 
▪ O omento é uma extensão ou prega de peritônio em duas camadas que vai do estômago e da 
parte proximal do duodeno até os órgãos adjacentes na cavidade abdominal. 
• O omento maior é uma prega peritoneal proeminente, que tem quatro camadas e 
pende como um avental da curvatura maior do estômago e da parte proximal do 
duodeno. Após descer, dobra-se de volta e se fixa à face anterior do colo transverso 
e seu mesentério 
• O omento menor é uma prega peritoneal muito menor, dupla, que une a curvatura 
menor do estômago e a parte proximal do duodeno ao fígado. Também une o 
estômago a uma tríade de estruturas que seguem entre o duodeno e o fígado na 
margem livre do omento menor. 
▪ Um ligamento peritoneal consiste em uma dupla camada de peritônio que une um órgão a 
outro ou à parede do abdome. 
▪ O fígado está conectado: 
• À parede anterior do abdome pelo ligamento falciforme 
• Ao estômago pelo ligamento hepatogástrico, a parte membranácea do omento 
menor 
• Ao duodeno pelo ligamento hepatoduodenal, a margem livre espessa do omento 
menor, que dá passagem à tríade portal: veia porta, artéria hepática e ducto colédoco. 
▪ Os ligamentos hepatogástrico e hepatoduodenal são partes contínuas do omento menor e 
são separados apenas por conveniência para descrição. 
▪ O estômago está unido: 
• À face inferior do diafragma pelo ligamento gastrofrênico 
• Ao baço pelo ligamento gastroesplênico, que se reflete para o hilo esplênico 
• Ao colo transverso pelo ligamento gastrocólico, a parte do omento maior semelhante 
a um avental, que desce da curvatura maior, inferiormente, recurva-se e, então, 
ascende até o colo transverso. 
▪ Todas essas estruturas têm uma inserção contínua ao longo da curvatura maior do estômago, 
e todas fazem parte do omento maior, sendo separadas apenas para fins de descrição. 
▪ Embora os órgãos intraperitoneais possam ser quase totalmente cobertos por peritônio 
visceral, todo órgão precisa ter uma área que não seja coberta para permitir a entrada ou 
saída de estruturas neurovasculares. Essas áreas são denominadas áreas nuas, formadas em 
relação às inserções das formações peritoneais aos órgãos, inclusive mesentérios, omentos e 
ligamentos que dão passagem às estruturas neurovasculares. 
▪ Uma prega peritoneal é uma reflexão de peritônio elevada da parede do corpo por vasos 
sanguíneos, ductos e ligamentos formados por vasos fetais obliterados subjacentes (p. ex., as 
pregasumbilicais na face interna da parede anterolateral do abdome). Algumas pregas 
peritoneais contêm vasos sanguíneos e sangram quando seccionadas, como as pregas 
umbilicais laterais, que contêm as artérias epigástricas inferiores. 
▪ Um recesso ou fossa peritoneal é uma bolsa de peritônio formada por uma prega peritoneal 
(p. ex., o recesso inferior da bolsa omental entre as lâminas do omento maior e as fossas 
supravesical e umbilical entre as pregas umbilicais;). 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
▪ 
 
▪ Subdivisões da cavidade peritoneal: 
• A cavidade peritoneal é a parte principal e maior. Uma incisão cirúrgica através da parede 
anterolateral do abdome entra na cavidade peritoneal. A bolsa omental situa-se 
posteriormente ao estômago e ao omento menor. 
• O mesocolo transverso (mesentério do colo transverso) divide a cavidade abdominal em: 
o Compartimento supracólico: contém o estômago, o fígado e o baço 
o Compartimento infracólico: que contém o intestino delgado e os colos 
ascendente e descendente. Se situa posteriormente ao omento maior e é dividido 
em espaços infracólicos direito e esquerdo pelo mesentério do intestino delgado. 
• Há comunicação livre entre os compartimentos supracólico e infracólico através dos 
sulcos paracólicos, os sulcos entre a face lateral dos colos ascendente e descendente e a 
parede posterolateral do abdome. O fluxo é mais livre no lado direito. 
• A bolsa omental é uma cavidade saciforme extensa, situada posteriormente ao estômago, 
ao omento menor e as estruturas adjacentes. A bolsa omental tem um recesso superior, 
limitado superiormente pelo diafragma e as camadas posteriores do ligamento coronário 
do fígado, e um recesso inferior entre as partes superiores das camadas do omento maior. 
• A bolsa omental permite o livre movimento do estômago sobre as estruturas posteriores 
e inferiores a ela, pois as paredes anterior e posterior da bolsa omental deslizam 
suavemente uma sobre a outra. A maior parte do recesso inferior da bolsa é separada da 
parte principal posterior ao estômago após aderência das lâminas anterior e posterior do 
omento maior. 
• A bolsa omental comunica-se com a cavidade peritoneal por meio do forame omental, 
uma abertura situada posteriormente à margem livre do omento menor (ligamento 
hepatoduodenal). O forame omental pode ser localizado passando-se um dedo ao longo 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
da vesícula biliar até a margem livre do omento menor. O forame omental geralmente 
admite dois dedos. Os limites do forame omental são: 
o Anteriormente: o ligamento hepatoduodenal (margem livre do omento menor), 
contendo a veia porta, a artéria hepática e o ducto colécodo 
o Posteriormente: a VCI e uma faixa muscular, o pilar direito do diafragma, cobertos 
anteriormente pelo peritônio parietal. (Eles são retroperitoneais) 
o Superiormente: o fígado, coberto por peritônio visceral 
o Inferiormente: a parte superior ou primeira parte do duodeno. 
 
 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
• Parede posterior do abdome 
o Ela é formada principalmente por: 
▪ Cinco vértebras lombares e discos IV associados (centralmente) 
▪ Músculos da parede posterior do abdome, que incluem os músculos psoas, quadrado do 
lombo, ilíaco, transverso do abdome e oblíquos do abdome (lateralmente) 
▪ Diafragma, que contribui para a parte superior da parede posterior 
▪ Fáscia, inclusive a fáscia toracolombar 
▪ Plexo lombar, formado por ramos anteriores dos nervos espinais lombares 
▪ Gordura, nervos, vasos (p. ex., aorta e VCI) e linfonodos. 
o A coluna vertebral lombar é uma proeminência central acentuada na parede posterior, que cria dois 
sulcos paravertebrais 
o Parte mais profunda desses sulcos é ocupada pelos rins e a gordura adjacente 
o A parte abdominal da aorta está na face anterior da coluna vertebral protrusa anteriormente. 
o Fáscia da parede posterior do abdome 
▪ Fáscia endoabdominal: fáscia que cobre a parede posterior do abdome; está situada entre o 
peritônio parietal e os músculos; A fáscia que reveste a parede posterior do abdome é 
contínua com a fáscia transversal que reveste o músculo transverso do abdome 
▪ Fáscia do músculo psoas: fixada medialmente às vertebras lombares e à margem da pelve; 
cobre o musculo psoas maior; ela é espessa superiormente para formar o ligamento arqueado 
maior; funde-se lateralmente com a fáscia do músculo quadrado do lombo e a aponeurose 
toracolombar; 
▪ Aponeurose toracolombar: complexo fascial extenso fixado à coluna vertebral medialmente 
que, na região lombar, tem lâminas posterior, média e anterior com músculos inseridos entre 
elas; ela é ainda mais notável do que a bainha do músculo reto do abdome, por causa da 
espessura de sua camada posterior e da inserção central às vértebras lombares; fixada ao 
músculo latíssimo do dorso 
▪ Fáscia do músculo quadrado do lombo: 
• Também conhecida como lâmina anterior da aponeurose toracolombar; 
• Reveste a face anterior do músculo quadrado do lombo 
• Fixada medialmente à coluna vertebral e lateralmente aos Mm. transverso do 
abdome e oblíquo interno. 
• Possui lâminas posterior, média e anterior. 
o Posterior: Parte tendínea dos Mm. eretores da espinha e latíssimo do dorso. 
o Média: Parte tendínea dos Mm. transverso do abdome e oblíquo interno. 
o Anterior: Fáscia e parte tendínea do M. quadrado do lombo. 
• Espessa-se superiormente para formar o ligamento arqueado lateral e está aderida 
inferiormente aos ligamentos iliolombares 
o 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
o 
o Músculos da parede posterior do abdome 
▪ Os principais músculos da parede posterior do abdome são: 
• Psoas maior: que segue no sentido inferolateral 
• Ilíaco: situado ao longo das faces laterais da parte inferior do músculo psoas maior 
• Quadrado do lombo: situado adjacente aos processos transversos das vértebras 
lombares e lateral às partes superiores do músculo psoas maior. 
▪ Músculo psoas maior 
• É longo, espesso e fusiforme 
• Situa-se lateralmente às vertebras lombares 
• Segue em sentido inferolateral, profundamente ao ligamento inguinal 
• Capaz de produzir movimento da coluna lombar 
▪ Músculo ilíaco 
• Músculo triangular grande, que se situa ao longo da face lateral da parte inferior do 
músculo psoas menor 
• Juntos, os músculos psoas e ilíaco formam o músculo iliopsoas, o principal flexor da 
coxa 
• Responsável por estabilizar a articulação do quadril e ajudar a manter a postura ereta 
nessa articulação 
▪ Músculo quadrado do lombo 
• Quadrilateral, forma uma lâmina muscular espessa na parede posterior do abdome 
• Adjacente aos processos transversos lombares e é mais largo inferiormente 
• Próximo da costela XII, o ligamento arqueado lateral cruza o músculo quadrado do 
lombo. 
• O nervo subcostal passa posteriormente a esse ligamento e segue em sentido 
inferolateral sobre o músculo quadrado do lombo. 
• Os ramos do plexo lombar seguem inferiormente sobre a face anterior deste músculo. 
 
 
 
 
 
 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
 
 
o Inervação 
▪ Nervos subcostais: 
• São ramos anteriores de T12 
• Originam-se no tórax, passam posteriormente aos ligamentos arqueados laterais até 
o abdome, e seguem em sentido inferolateral na face anterior do músculo quadrado 
do lombo 
• Inerva o músculo obliquo externo do abdome e a pele da parede anterolateral do 
abdome 
▪ Nervos espinais lombares (L1 – L5) 
• Possui ramo posterior e anterior, sendo que cada ramo possui fibras sensitivas e 
motoras 
• Os ramos posteriores seguem posteriormente para inervar os músculos do dorso e a 
pele sobrejacente 
• Os ramos anteriores seguem lateral e inferiormente, para suprir a pele e os músculos 
da parte inferior do tronco e os membros inferiores. 
▪ Parte abdominal dos troncos simpáticos (troncos simpáticos lombares) 
• É formada por quatro gânglios simpáticos paravertebrais lombares e os ramos 
interganglionaresque os une 
• Para a inervação da parede do abdome e dos membros inferiores, as sinapses entre 
as fibras pré-ganglionares e pós-ganglionares ocorrem nos troncos simpáticos. 
• As fibras simpáticas pós-ganglionares seguem da face lateral dos troncos através dos 
ramos comunicantes cinzentos até os ramos anteriores. 
• Estes tornam-se os nervos toracoabdominais e subcostais e o plexo lombar (nervos 
somáticos), que propiciam estimulação vasomotora, sudomotora e pilomotora na 
parte inferior do tronco e no membro inferior. 
▪ Nervos esplâncnicos lombares 
• Originados na face medial dos troncos simpáticos lombares 
• Conduzem fibras simpáticas pré-ganglionares para a inervação das vísceras pélvicas 
▪ Plexo nervoso lombar 
• Rede nervosa formada pelos ramos anteriores dos nervos L1 a L4 
Músculo Inserção superior Inserção 
inferior 
Inervação Principal ação 
M. psoas 
maiora 
Processos transversos 
das vértebras lombares; 
laterais dos corpos das 
vértebras T XII a L V e 
discos intervertebrais 
interpostos 
Por um tendão 
forte no 
trocanter menor 
do fêmur 
Ramos anteriores 
dos 
nervos L1, L2 e 
L3 
Agindo inferiormente com o M. 
ilíaco, flete a coxa; agindo 
superiormente, flete a coluna 
vertebral lateralmente; é usado 
para equilibrar o tronco; na 
posição sentada, atua 
inferiormente com o M. ilíaco 
para fletir o tronco 
M. ilíacoa Dois terços superiores 
da fossa ilíaca, asa do 
sacro e ligamentos 
sacroilíacos anteriores 
Trocanter menor 
do fêmur e corpo 
inferior a ele, e 
ao tendão do 
músculo psoas 
maior 
Nervo femoral 
(L2–L4) 
Flete a coxa e estabiliza a 
articulação do quadril; atua com 
o músculo psoas maior 
Quadrado 
do lombo 
Metade medial da 
margem inferior das 
costelas XII e 
extremidades dos 
processos transversos 
lombares 
Ligamento 
iliolombar e lábio 
interno da crista 
ilíaca 
Ramos anteriores 
dos nervos T12 e 
L1 a L4 
Estende e flete lateralmente a 
coluna vertebral; fixa a costela 
XII durante a inspiração 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
• Ramos do plexo lombar 
o O nervo femoral (L2–L4) emerge da margem lateral do músculo psoas maior, 
inerva o músculo ilíaco e passa profundamente ao ligamento inguinal/trato 
iliopúbico até a face anterior da coxa, suprindo os músculos flexores do 
quadril e extensores do joelho 
o O nervo obturatório (L2–L4) emerge da margem medial do músculo psoas 
maior e segue até a pelve menor, passando inferiormente ao ramo superior 
do púbis (através do forame obturado) até a face medial da coxa, suprindo os 
músculos adutores 
o O tronco lombossacral (L4, L5) passa sobre a asa do sacro e desce até a pelve 
para participar na formação do plexo sacral com os ramos anteriores dos 
nervos S1–S4 
o Os nervos ilioinguinal e ílio-hipogástrico (L1) originam- se do ramo anterior de 
L1, entrando no abdome posteriormente ao ligamento arqueado medial e 
seguindo inferolateralmente, anteriormente ao músculo quadrado do lombo. 
Seguem superior e paralelamente à crista ilíaca, perfurando o músculo 
transverso do abdome perto da EIAS. A seguir, eles atravessam os músculos 
oblíquos interno e externo do abdome para suprir os músculos abdominais e 
a pele das regiões inguinal e púbica. A divisão do ramo anterior de L1 pode 
ocorrer tão distalmente quanto a EIAS, de modo que muitas vezes apenas um 
nervo (L1) cruza a parede posterior do abdome em vez de dois 
o O nervo genitofemoral (L1, L2) perfura o músculo psoas maior e segue 
inferiormente sobre sua face anterior, profundamente à fáscia do músculo 
iliopsoas; divide-se lateralmente às artérias ilíacas comum e externa em 
ramos femoral e genital 
o O nervo cutâneo femoral lateral da coxa (L2, L3) segue inferolateralmente 
sobre o músculo ilíaco e entra na coxa profundamente ao ligamento 
inguinal/trato iliopúbico, logo medialmente à EIAS; inerva a pele na face 
anterolateral da coxa 
o Um nervo obturatório acessório (L3, L4) é encontrado em quase 10% das 
pessoas. É paralelo à margem medial do músculo psoas, anterior ao nervo 
obturatório, cruzando superiormente ao ramo superior do púbis, bem 
próximo da veia femoral. 
o Vasos da parede posterior do abdome: 
▪ O principal feixe neurovascular do tronco inferior, que inclui a parte abdominal da aorta, a 
veia cava inferior e o plexo nervoso periarterial aórtico, segue na linha mediana da parede 
posterior do abdome, anteriormente aos corpos das vértebras lombares 
▪ Parte abdominal da aorta 
• Vai de T12 – hiato aórtico – a L4, onde gera seus ramos terminais: Aa. Ilíacas comuns. 
• Ramos: 
o A. Frênica inferior 
o A. Suprarrenal 
o Tronco celíaco 
o A. Mesentérica superior 
o Aa. Renais esquerda e direita 
o Aa. Gonadais 
o A. Mesentérica inferior 
o Aa. Lombares (ramos posteriores) 
o A. Sacral mediana; ramo ímpar 
• Classificação das artérias da aorta abdominal: 
o Ímpares: Vão para órgãos ímpares. // Pares laterais: Vão para órgãos pares // 
Pares posterolaterais: Vão para parede posterior 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
 
 
 
 
 
▪ Veias da parede posterior do abdome 
• São as tributárias da veia cava inferior (VCI), com exceção da veia testicular ou ovárica 
esquerda, que desemboca na veia renal esquerda em vez de drenar para a VCI 
• A VCI, a maior veia do corpo, não tem válvulas, exceto uma válvula variável, não 
funcional em seu óstio no átrio direito do coração. 
• A VCI conduz o sangue mal oxigenado dos membros inferiores, da maior parte do 
dorso, das paredes do abdome e das vísceras abdominopélvicas. 
• O sangue das vísceras abdominais atravessa o sistema venoso porta e o fígado antes 
de entrar na VCI através das veias hepáticas. 
• Veia cava inferior: 
o Ela tem seu início anteriormente a vertebra LV, pela união das veias ilíacas 
comuns, e tem seu fim no nível da vértebra TVIII 
o Ela recolhe o sangue pouco oxigenado dos membros inferiores e o sangue não 
portal do abdome e da pelve 
Beatriz Nicoli – Medicina Ufes T106 
o O sangue das vísceras abdominais atravessa o sistema porta hepático antes 
de entrar na VCI pelas Vv. Hepáticas. 
o Suas tributárias correspondem aos ramos pares laterais e posterolaterais da 
aorta abdominal. 
o As tributárias correspondentes aos ramos ímpares da aorta abdominal 
desembocam na V. Porta. 
 
▪ Vasos linfáticos e linfonodos da parede posterior do abdome 
• Ocorre basicamente em 3 troncos que drenam para a cisterna do quilo, em seguida 
para o ducto torácico e por fim para o ângulo venoso esquerdo. 
• Troncos lombares direito e esquerdo 
o Linfonodos lombares (cavais e aórticos). 
o Recebem linfa da parede posterior do abdome, rins, ureteres, testículos ou 
ovários, útero, tubas uterinas, membros inferiores, colo descendente e pelve. 
• Tronco intestinal 
o Linfonodos pré 
aórticos (celíacos e 
mesentéricos superiores e 
inferiores). 
o Recebe linfa do 
sistema digestório.

Outros materiais