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RELATORIO 02 - MOSTEIRO DE SÃO BENTO RJ - KATIA CAVALCANTI

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Arquitetura e urbanismo 
 
Kátia Martins Cavalcanti 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO 02 
 
MOSTEIRO DE SÃO BENTO / RJ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vitória - ES 
2021/1 
http://moodlep.ucv.edu.br/moodle/mod/assign/view.php?id=234619
 
 
Kátia Martins Cavalcanti 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIOS 02 
 
MOSTEIRO DE SÃO BENTO / RJ 
 
Trabalho sobre Relatório do Mosteiro de 
São Bento no Rio de Janeiro apresentado 
à disciplina de Restauro de Argamassa, 
Adornos e Pinturas do nono período do 
Curso de Arquitetura do Centro 
Universitário Salesiano a Prof.ª Anna 
Karine Bellini. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vitória - ES 
2021/1 
http://moodlep.ucv.edu.br/moodle/mod/assign/view.php?id=234619
 
 
RELATÓRIO DA RESTAURAÇÃO DO MOSTEIRO DE SÃO BENTO NO RIO 
DE JANEIRO 
No dia nove de fevereiro no ano de dois mil e vinte um, terça-feira, foi assistida a 
live do INBEC com o apoio do IPHAN com o tema “A Restauração do Mosteiro de 
São Bento no Rio de Janeiro”, proferido pelo Coordenador do Curso de Pós 
Graduação de Arquitetura e Arqueologia do INBEC Arquiteto Luciano Cavalcanti 
e a profissional do IPHAN Sra. Claudia Nunes. 
O Mosteiro de São Bento é um importante monumento de arte colonial do 
barroco brasileiro localizado no Morro de São Bento, no Centro da cidade do Rio 
de Janeiro. Segundo a Claudia Nunes do IPHAN, o restauro artístico que 
aconteceu entre 2014 e 2015 da Capela-mor do Mosteiro de São Bento e dos 
corredores laterais que são pequenas capelas laterais, os retábulos, sendo 
realizada a restauração da nave da Capela de Nossa Senhora de Montserrat que 
é a padroeira do Mosteiro de São Bento que dá o nome a capela. Daniela 
Sergipense e Leila Santos foram as responsáveis pelo restauro artístico da 
capela e a Terra Brasil sob o comando da restauradora Edilene Capanema fez a 
restauração do forro da capela e das imagens sacras. 
A fachada do Mosteiro de São Bento é uma das iconografias mais desenhada e 
ilustrada, foi construído em 1590 e fundado por dois monges beneditinos que 
vieram da Bahia do Mosteiro de São Bento da Bahia, primeiramente era em taipa 
e em 1633, foi o início da obra da igreja toda em pedra, em 1694 até 1734 com a 
introdução do Barroco foi introduzida à talha que escondeu a cantaria que é a 
construção original da igreja. Em 1798 termina a construção da igreja. O Frei e 
escultor Domingos da Conceição, foi responsável pela exuberante decoração 
interna em estilo barroco com revestimento total da talha em dourado. Segundo 
Dom Mauro monge do Mosteiro e Historiador da arte, o forro foi à primeira 
menção artística que foi feita na igreja sendo anterior a introdução da talha. 
A obra é fiscalizada pelo IPHAN e existe uma comissão onde participaram a 
Claudia Nunes do Iphan, Dom Mauro do Mosteiro Dom Paulo que também é 
arquiteto e o Engenheiro do Mosteiro Joebson de Melo, para acompanhar a obra. 
O restauro ele foi feito na nave e nos corredores laterais, a capela mor já havia 
http://moodlep.ucv.edu.br/moodle/mod/assign/view.php?id=234619
http://moodlep.ucv.edu.br/moodle/mod/assign/view.php?id=234619
 
 
sido restaurada em 2007 sendo feito apenas a higienização, foi feito a montagem 
dos andaimes até o forro que também foi restaurado. 
A talha estava bastante suja devido à fuligem dos veículos que circulavam na 
antiga perimetral que passava perto do Mosteiro que fica em uma colina, com a 
revitalização da área portuária o viaduto foi demolido o que fez melhorar a 
questão ambiental em toda região e percebeu-se o quanto essa poluição urbana 
estava fazendo mal aos ornatos da igreja, a limpeza começou a ser feita com 
pincéis e com o auxílio de aspiradores de pó. Antes do restauro do telhado a 
madeira da talha estava rachada devido às infiltrações e em alguns locais não 
tinha mais o douramento sendo que foi completamente removido, existe também 
marca na talha pela ação da incidência de luz solar pela janela da fachada da 
igreja, desgastando o estofamento e o douramento. 
As talhas que revestem as paredes e as colunas foram realizadas a reintegração 
em pequenas áreas com uma tinta da Manieri feita à base de mica (que saiu do 
mercado). A tinta não escurecia e o IPHAN aprovava que realçava o douramento, 
onde foi permitido que fosse colocado em pequenas áreas essa reintegração 
mimética com essa tinta. As talhas eram refeitas em madeira e em pequenos 
pedaços era feito em resina. 
O estofamento da talha foi feita com carbonato de cálcio e cola de coelho que 
são feitas em várias camadas até a madeira ficar nivelada e depois se aplica o 
bolo armênio que é uma argila colorida que vem da Armênia, por isso é chamado 
bolo armênio e têm quatro cores o preto, o vermelho, o amarelo e o azul, No 
Mosteiro, na prospecção foi encontrado bolo armênio vermelho e no barlavento o 
amarelo. 
Marcações foram feitas na talha com etiquetas azuis para que os restauradores 
soubessem os pontos onde deveriam retornar para fazer a consolidação ou para 
melhorar a higienização. A cor que tem na talha e se repete na capela-mor na 
época do restauro foi feita por uma empresa de tintas que reproduziu a cor que 
foi batizada de vermelho São Bento. 
Foi realizada uma análise científica e foi detectado que as pinturas no teto das 
capelas laterais eram em têmpera ovo e que em um determinado momento 
aplicaram verniz de resina natural sobre a têmpera e quando iniciou o processo 
 
 
de limpeza, de solubilidade do verniz não conseguiram remove-lo totalmente pelo 
fato que se removesse iria remover também a têmpera. As pinturas foram 
bastante danificadas e suspeitasse que em algum momento introduziram um 
objeto de iluminação, possivelmente um lustre e também havia também várias 
rachaduras no local. Quando iniciou o restauro o lustre não existia mais só ficou a 
área de dano e não foi recolocado respeitando a pintura em têmpera, foi só 
colmatado as áreas de dano com argamassa onde havia as rachaduras e a 
reintegração foi feita com guache por se tratar de uma têmpera. 
Chegaram à conclusão que a remoção do verniz de resina natural sobre a 
têmpera não deu um bom resultado, em algumas áreas não conseguiram afinar 
muito por poder danificá-la, mas era necessário recolocar o verniz para dar um 
acabamento mais uniforme a essa pintura, então o Professor Edson Mota foi 
convidado, já que havia feito uma tese de doutorado sobre vernizes e com a 
consultoria indicou qual seria o melhor verniz para cobrir a têmpera sem causar 
danos e que é facilmente fosse removível se fosse necessário. 
Segundo Dom Mauro, as pinturas em têmpera foram cobertas durante muitos 
anos com cal, na década de 80 e 90 que foi removido esse cal. As três pinturas 
são de São Lourenço, Santa Gertrudes e São Brás a de São Brás atualmente 
está encoberta com a talha. Os altares são exuberantes folheados a ouro. No 
processo de reintegração a têmpera foi toda reintegrada com a técnica de 
pontilhismo, uma ótima técnica, pois conforme a quantidade de pontos pode-se 
escurecer ou clarear, de longe não se percebe os pontinhos, só chegando perto 
que vai ver que foi a técnica de pontilhismo, é uma ilusão de ótica que se cria. 
O teto são quatro abóbodas que se unem no centro, as duas capelas de Santa 
Efigênia e São Lourenço também tem o teto abobadado, na parte de baixo do 
púlpito aparece à cantaria e nas bases das colunas também tem a cantaria 
original, o forro é a parte mais antiga ornamentada. 
O forro parte mais antiga ornamentada da igreja, são em tábuas bem rústicas 
sem acabamento e linchamento, a pintura foi feita em cima dessa madeira bem 
rústica foi realizado a higienização, foi removido o verniz de resina natural que 
estava bastante escurecido, onde havia os cravos, que são os pregos grandes 
em ferro originais e alguns deles estavam enferrujados causando danos em volta 
 
 
na madeira, causando a podridão-parda, esses cravos foram removidos e foram 
colocados parafusos de latão,tudo foi mapeado onde esses cravos foram 
substituídos, a madeira foi tratada da podridão-parda para impedir que 
continuasse avançando e o lustre em madeira foi higienizado e feito o 
douramento. 
Devido à incidência de luz prejudicar os ornatos a especialista em luminotécnica 
do IPHAN a arquiteta Ana Lúcia Gonçalves no final da obra colocou nas janelas 
do Mosteiro telas para fazer a quebra da luz impedindo a entrada do ultravioleta e 
de forma que de fora não se percebe essa tela. 
As imagens retábulos laterais a Nossa Senhora do Pilar, Santa Gertrudes foram 
restauradas em uma sala perto da sacristia onde foi montado um atelier onde foi 
higienizada retirando a fuligem que vinha da Perimetral. A imagem barroca de 
Nossa Senhora da Conceição de 1748 trazida de Portugal de grande dimensão 
também foi higienizada e foram feita algumas reintegrações pela restauradora 
Regiane Oliveira. A limpeza foi feita com EDTA que é um sal tetrassódico que 
age como um adstringente ele puxa a sujeira acumulada 
No caso das cores é feita a prospecção E aí a gente a gente tem mais de uma 
camada consegue determinar Qual é a camada é original, às vezes não é 
necessariamente obrigatório retornar com cor original, mas pelo menos fica 
registrado em relatório que em algum momento existiu outras cores. Além da 
prospecção se trabalha com uma escala cromática para facilitar se algum pedaço 
precisa ser repintado. Trabalhar com a cartela de cores chega-se próximo da cor, 
quando consegue encontrar a cor na cartela de cores, hoje tem a opção de 
mandar fazer a cor o mais próximo possível. 
No coro onde fica o órgão do mosteiro existe de seis a oito pinturas que falam da 
vida de São Bento que estão sobre madeira não foram restauradas foi feito 
apenas o afinamento do verniz de resina natural e estava bem escurecido, mas 
as pinturas estavam em excelentes condições e foram tratadas no local. 
A caixa do órgão é toda ornamentada e não foi agraciada pelo Projeto do 
PRONAC, porque se entendeu que era um instrumento musical e não se atentou 
que havia a talha, no início do ano passado começou a ser restaurado tanto a 
talha quanto o órgão. 
 
 
Nas telas feitas em tábuas as pinturas estavam com escorrido devido às 
infiltrações e com o verniz manchado, o verniz foi removido pelo restaurador 
Raimundo Nonato e nas áreas danificadas foi feita a reintegração feita em 
pontilhismo. 
O brasão e a talha embaixo das janelas não tinha o douramento e causou grande 
impacto por que os restauradores não queriam dourar esse brasão e o mosteiro 
queria que fosse dourado, foi realizado um fórum técnico no IPHAN para que 
todos pudessem opinar, foi decidido em ata que o brasão seria dourado com 
outra técnica diferente encontrada na igreja que é a técnica do ouro brunido, seria 
no ouro mordente que é a folha de ouro aplicado em cima de um óleo, para que 
possa ser identificado e ser percebido que o douramento é de outra intervenção. 
Não foi encontrada nenhuma referência de quando o brasão teria sido colocado, 
o que encontram foram recibos de pagamentos de profissionais que trabalharam 
na talha, mas não dizia em qual área iriam trabalhar não especificava o que tinha 
sido feito. O grande debate durante o restauro foi gerado em torno do brasão.

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