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UJ o MUSICA J 4 a r ia ( 2 u is a de y M a t lo s J D r io l l i (Professora Titular de Harm onia Superior e Teoria M usical da Escola de Música da U FR J e do Trinity C o llege of Muslc of London.) 2. ° V O L U M E 19a EDIÇÃO REVISTA E ATUALIZADA 1996 PRINCÍPIOS básicos DE ACÔRDO COM OS PRO G RAM AS DE: TEORIA M JPTC AL DA ESC O LA DE M ÚSICA DA U NIVERSIDADE FEDERAL DO JTIO DE JAN EIR O E DE CANTO ORFEÔNICO DQÔ E S T A B E LECIM EN TO S DE ENSINO .SECUNJ CASA OLIVEIRA DE MÚSICAS LTDA. RUA DA CARIOCA, 70 - TEL. 222-3539 - RIO DE JANEIRO - R J Obras da mesma aul Peças incluídas no programa de piano da Escnlji t|§ da Universidade Federal do Rio de J*i hftlM. Os Soldadinhos partem para a guerra....................................... .... Improvisadinho........................................................................... Mini S u ite ................................................................................... Suite In fantil.................................. ........................................... Canção de Ninar...................................................................... Prelúdio........................................................................................ Canção da Manhã ................. ............................................... Berceuse............................................................ ....................... Estudo em Fá M aior............................................................... Estudo em Ré Maior............ . .............................................. Poem a.......................................................................................... M inueto...................................................................................... Gavota (à antiga).................................................................... Capricho-Serenata....................................... ........... ................ Lundu Carioca....................................... ......................... Arabesco.......................................... 1.° ao 3 ° ano do curso do Qff Papillons......................................... 1° ao 3.* ano do curso do (jf| Prelúdio em Sol Maior............... 1." ao 3.° ano do curso (In g|| Fuga e Postlúdio........................ 1.“ ao 3.° ano do curso do g f|| Estudo em Dó M a io r .............. .. 4.° e 5.° ano do curso do i|MN Sonata-Fantasia Op. 21 n.° 1 . 4.° e 5.° ano do curso do <|hh| A 2 pianos Ronda Infantil n.° 1 (Sapo Jururu — Cai, Cai, B alão )............ 9 Ronda Infantil n.° 2 (Capelinha de Melão — A Canoa Virou) l M Para canto 0 piano (ou harmónio) Ave-Maria Para canto e piano Festas de Natal — Segundo Bilhete — Inquietude De acordo com os programas de T e o r ia M u s ic a l da Escola do Muílõfl || U.F.R.J. e C a n to O r fe ò n ic o dos Estabelecimentos de Ensino SecumlAi) P r in c íp io s Básicos da M ú s i c a p a r a a J u v e n t u d e (em 2 volumes) SOLFEJOS MELÓDICOS E PROGRESSIVOS L* parte................... .. . . . Vestibular e 1.“ e 2.“ anos 2.* parte ............................. 3.° e 4.° anos M A R I A L U Í S A D E M A T T O S P R I O L L I (Catedrático de Teoria Musical da Escola Nacional de Música da U. B. e Professor de Teoria Musical e Harmonia do Trinity College of Music of London) pk in c ip io s BÁSICOS IIA M Í S U A PARA Rg-, o ú ím - ííJOI, 4 iv v i s u m 1 De acordo com os programas de: Teoria Musical da Escola Nacional de Música e Cant° Orfeônico dos Estabelecimentos de Ensino Secundáfi0 2. ° V O L U M E 19a EDIÇÃO REVISTA E ATUALIZADA 1996 EDITORA CASA OLIVEIRA DE MÚSICAS LTDA. RUA DA CARIOCA, 70 - TEL. 222-3539 - RIO DE JANEIRO - R J Husüted -• Editora e Distribuidora Ltda SedeJSDS Ed.Venancio IV s/ i«é-Brasilia DF- Cx.Postal: 09693 - Agencia Central •• 76661 - Brasilia w Fone!Í0ói)225.ó826 • Fax:(661)226.6470 Destinamos o presente trabalho à juventude das Escolas com a intenção de orientá-la e facilitar-lhe os conhecimentos êxigidos pelos programas oficiais, uma vez que nêle se encontra a matéria do Curso de TEORIA MUSICAL das Escolas de Música e Conservatórios, bem como as noções ministradas nos estabelecimentos de ensino secundário. 1 Esperamos possa sèr êle útil aos nossos jovens estudantes de musica e aos gmasianos. 185 i ■ t f l | A AUTORA março de 1964 . Rio " " Itopyright 1953 by Maria Luísa de Mattos Priolíi — Rio de Janeiro f.'. ' MARM LUÍSA’ DE MATTOS FRIOLU (Brasil) Í N D I C E Pág. Cap. I — Tons vizinhos — Tons afastados Tons vizinhos ................................................................... 7 Tons afastados ........................................................................................... 12 | Cap. II — Escalas cromáticas Generalidades ............................................................................................. 14. Origem das notas cromáticas .................................................................. 15 Bfi Escalas cromáticas do modo maior ................. ....................................... 15 Escalas cromáticas do modo menor .......... ............................................ 18 § Cap. III — Modulação ........................................... ........................................ 23 Cap. IV — Vozes .............................................................................................. 27 Cap. V — Uníssono Generalidades ...................................................................... 32 Uníssono nas claves ................... 33 Cap. — VI — Diapasão normal — Escala geral Diapasão normal ....................................................................................... 36 Escala geral ..................................... 36 Região central e extensão das vozes na escala geral .......................... 37 Cap. VII — Notas atrativas .......................................................................... 41 Cap. VIII — A c o r d e s Generalidades .................................................................................. 43 Diferença entre o baixo e a fundamental .......................................... 44 Formação dos acordes em geral ............................................................... 45 Estados dos acordes ............ 46 * * J Inversão dos acordes ...................... ........................................................ 46 Acordes de 3 sons ....................................................................................... 49 Acordes de 4 sons ....................................................................... ............. 52 Acordes de 5 sons ........................ ....................... .......... ......................... 54 Ordem e posição das notas no acorde ......................................... ...... 56 Duplicação e supressão de notas ........................................... 58 Acordes consonantes e dissonantes ................................. , .................... 59 Análise dos acordes ........................ 60 Oup. IX — Formação do som ................... ............................................ ...... 61 ®ünp. X — Série harmônica Formação da série harmônica ............................................................ 64 ,, 4 Origem dos intervalos consonantes e dissonantes .............................. 65 Grigem dos acordes ................................................................................... 65 Cup.XI — Compassos mistos — Compassos alternados Compassos mistos ........ 69 Compassos alternados ....................................... 70 Cnp. XII —- Enarmoni» Notas enarmônicas .......................................................... ,......................... 75 Intervalos enarmônicos .......................................................... ................ 75 Escalas enarmônicas ...........'........... . . . . ' ................................................ 76 Acordes enarmônieòs ............. 78 Cap. XIII —.Gêneros musicais ........................................................... 81 0up. XIV — Transposição Generalidades ........................................................................... .............. .• 83 ^//Transposição escrita ................................................. ....... . ............. ........ 83 i \ ‘Transposição lida ........................................................ 86 Ofiji. XV — Ornamentos gjlg Genemlidades ..................... 88 Apoglatum ...................... 83 moraeme ............................................. .......... ............................................. Grupeto ............................ ............................ . ............................................ Trinado ............................ ........................................................................... Moreio ..........................................................................................................‘ Fortamento ............................... ............................................................ ..... Cadência melódica ................................................................ . ........... Arpejo ....... .................... ...................................................... ....................... APRECIAÇAO MUSICAL Origens e evolução da música A música nos tempos pré-históricos ...................................................... A música na antiguidade ............................... .................................. . A arte musical no Egito ................— ............................................— A arte musical dos Árabes .............. ..................... ................................ A música dos Assírios, Babilônios e Caldeus . . . . . . ....... , .................... A arte musical dos Hebreus ............................................... .................... A arte musical dos Indianos ..................... ............................................ A arte musical na velha China .......................................•.................. Antigüidade Clássica A arte musical dos Gregos .............................................................. ...... A música dos Romanos ....................................................................... A música na Idade Média O Canto Gregoriano ................................................................................... Notação musical na Idade Média ........................................................... Sistema musical medieval ................................. .......... ............................. ©rigens da Polifonia ......... ......................................... ............................. Os trovadores e a canção popular .................................................. ...... O Teatro na Idade Média ........................................... .......................... Renascença ........................ — ..................... ..................... ............................ A música sacra e profana na Renascença ................... ........................ O melodrama — Origem da ópera ...................... . . ............... ........ . Classicismo A orquestra ................... ............... ......................... ................................... A Harmonia — C. Monteverdi e J. F. Rameau ..................................... Formas da música clássica ........................................... .......................... Os grandes clássicos ...................................................... ........................ Romantismo ....................................... ............................... .......................... Expansões harmônicas, melódicas e rítmicas ...................................... Expansão das formas musicais .......... .................................................. Principais músicos românticos ..... .......................................................... Músicos modernos ....................................................................... ............ Escola Russa ..................... ................................................................, . ...... Música e músicos contemporâneos ........................................................... . A música no Brasil .................................................................................. Dados biográficos de músicos brasileiros Padre José Maurício ................................................................................ Carlos Gomes .......... ........ ......................................................................... Alberto Nepomuceno .............. •......... ........................................................ Henrique Oswald ........................................................ ........................... Lorenzo Fernandez ....... .......................................................... ......... '....... Barroso Netto ........................ .................................................................... Luciano Gallet ................................. ......................................................... Heitor Villa-Lôbos .............................................................. .................... Camargo Guarnieri .......... ........ ............................................... : .............. Francisco Mignone .............................................................. ................... Agnello França ............ ............................. .............................................. Assis Republicano ................................................................................ Paulo Silva ................................................ ....................................... ....... José Vieira Brandão ................................................................................ José Siqueira .............................................................................................. Octávio Maul ............................................. .......... ..................... ............... João Baptista Siqueira ........................................................................... Antônio Sá Pereira ................................................................................. . Orlando iFrederico ................... , ............................................................. Ênio de Freitas Castro ..................... ...................................................... . Fololore ............................................................................................................ ttà 94 99 102 104 105 . 105 107 108 109 110 111 112 113 114 ' 115 119 121 121 128 129 130 132 132 132 135 136 136 137 139 142 142 142 143 145 146 147 148 149 149 150 150 151 151 152 152 153 153 154 154 155 155 156 156 156 157 158 158 159 j p CAPITULO I fplí^W ' j j l : ' TONS VIZINHOS — TONS AFASTADOS I — Tons vizinhos \ ' São considerados tons vizinhos os tons que têm: íi) a mesma armadura de clave b) uma alteração a mais na armadura c) uma alteração a menos na armadura. iprté ■ ' Fá % menor (3 % ) — mesma armadura Mi maior e Dó % mènor (4 # ) —■ 1 alteração a •< mais na armadura Ré maior e Si menor (2 # ) — 1 alteração a menos na armadura. v. Entre tons vizinhos as notas que têm a mesma entoação chamam-se notas comuns; as que têm entoação diferente chamam-se notas caracte rísticas (ou notas diferenciais). é- m- . . . • Exemplo: Entre Lá maior (3 # ) e Fá # menor (3 %) são notas comuns: lá - t i l - dó $ - ré- fá % - sol#; a nota característica é mi, por ser mi natural fim Lá Maior e mi | em Fá # menor. O tom do qual se procuram os vizinhos chama-se tom principal. Os tons vizinhos guardam entre si certa relação de maior ou menor afinidade, ou seja, afinidade direta ou indireta. De acordo com.tal afinidade os tons vizinhos se classificam como: vl/.iiihos diretos e vizinhos indireto®. Exemplo: m «r ■ < # 's 5 .v ... Lá Maior (3 # ) é vizinho de M ^ ^ : 8 M A R I AL t r f S A D E M A T T O S P R I O L L I " Tom relativo do tom principal Tom principal Vizinhos diretos Tom da Subdominante (encontrado à 5.a justa inferior da tônica do tom principal) Tom da dominante (encontrado à 5.a justa su perior da tônica do tom principal) Vizinhos indiretos Tom relativo do tom da Subdominante Tom relativo do tom da dominante. Cada tom tem, por conseguinte 5 tons vizinhos, sendo B diretos e 2 indiretos. Observa-se que os tons vizinhos diretos correspondentes aos tons da subdominante e da dominante devem ser do mesmo modo do tom princi pal; os vizinhos indiretos são de modo diferente do tom principal. Exemplo: Ré Maior (2 S) Si menor (2 #); Lá Maior (3 V Sol Maior d # ) Fá # menor (3#) Mi menor d # ) Dó menor (3 b) Mi (j Maior (3 b) Fá menor (4 b) Sol menor (2 b) Lã 1j Maior (4b) Si fc> Maior (2 b) —- Tom principal — tom relativo — tom da dominante — tom da Subdominante >. Vizinhos diretos — relativo da dominante •—• relativo da Subdominante Vizinhos indiretos — tom principal — tom relativo — tom da Subdominante — tom da dominante > Vizinhos diretos — relativo do tom da. Subdominante ~1 Vizinhos — relativo do tom da dominante f indiretos Nota-se também que todos os tons vizinhos têm na armadura alte rações da mesma espécie do tom principal. Os tons de Dó Maior e Lá menor (escala modelo) por não terem armadura, têm como vizinhos os tons que têm 1 jf e 1 jj na armadura. Quanto às notas características observa-se que: PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MÚSICA PARA A JUVENTUDE 9 1 — Se o tom principal fôr do Modo Maior: a) os vizinhos diretos têm uma nota característica b) os vizinhos indiretos têm 2 notas características 2 — Se o tom principal fôr do Modo menor: a) os vizinhos diretos têm 3 notas características (com exce ção do tom relativo que tem apenas 1. b) os vizinhos indiretos têm 2 notas características. Quando entre dois tons há mais de uma nota característica, uma Ú81&B será a característica principal e as outras características se- OUndárias. Característica principal é aquela que melhor distingue determi nado tom. Procuremos, então, os tons vizinhos de um tom maior indicando as notns características. Vejamos, por exemplo, os vizinhos de Si t> Maior: Tom principal VI YII Notfl: CP é a característica principal Vejamos agora os tons vizinhos de Fá # menor: 10 M A R I A L U I S A D E M A T T O S P R I O L L I FcU ij f j ? o ° r)<? □SBCEHimgBZ 1 — Quais são os tons considerados vizinhos? 2 — Que são notas comuns? 3 — Que são notas características? 4 — Que outro nome têm as notas caracte rísticas? 5 — Qual o tom chamado tom principal? 6 — Como se classificam os tons vizinhos? 7 — Quais são os vizinhos diretos do tom principal? 8 — E quais são os vizinhos indiretos? 9 — Quantos vizinhos tem cada tom? 10 — Se o tom principal fôr do modo maior de que modo serão os vizinhos diretos? 11 — E os vizinhos indiretos? 12 — Se o tom principal fôr do modo menor de que modo serão os vizinhos diretos? 13 — E os vizinhos indiretos? 14 — Quando entre dois tons há mais de uma nota característica, como se denominam essas notas? 15 — A que nota se dá o nome de característica principal? E X E R C Í C I O S 1 — Indicar as notas comuns entre Sol Maior e Mi menor; Ré Maior e Si menor; Ml ^ Maior e Dó menor; Dó J menor e Mi Maior; Fá menor e Lá (j Maior; Si|j Maior e Sol menor. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MÚSICA PARA A JUVENTUDE II X ■ Indicar as notas características entre Ré Maior e Si menor; Fá Maior, e Uó menor; Lá [, Maior e Fá menor; Sol # menor e Si Maior; Si \) Maior e Sol menor. li Procurar os tons vizinhos de Sol Maior, Ré Maior, Fá Maior, Mi [, Maior, H! Maior e Mi Maior. M odelo : i |) SoL N 0 rr' J 5E ° 4 Procurar os tons vizinhos de: Sol menor, Si menor, Dó menor, Dó # menor, Ré J menor e Si ^menor (de acordo com o modêlo anterior), ft Procurar os tons vizinhos (indicando as notas características) de: Ká Maior, Ré Maior, Mi \) Maior e Sol Maior. (Para modêlo dêste exercício tomem os exemplos dados nas páginas 9 e 10). tl Procurar os tons vizinhos (indicando as notas características) de Ré menor, Dó menor, Mi menor e Fá menor. 7 * Indicar as notas comuns entre Dó Maior e Fá Maior, Sol Maior e Lá menor, Lá Maior é Mi Maior, Si menor e Fá J menor, Dó menor e Fá menor II • Indicar as notas características entre Sol Maior e Si menor; Ré [j Maior o Lá [j Maior; Dó menor e Si Maior. 12 M A R I A L U Í S A DE M A T T O S P R I O L L I 9 — Procurar os tons vizinhos (indicando as notas características) de: Do Maior, Mi Maior, Si b menor, Fá f Maior, Dó % menor, Si menor, Lá me nor, Ré jj Maior, Sol menor, Sol b Maior, Mi ̂ menor, Lá Maior, Fá # Maior e Sol # menor. II — Tons afastados. Tons afastados são aqueles que diferem na armadura por 2 ou mais alterações (a mais ou a menos). Também são tons afastados aqueles que têm as armaduras forma das eom alterações de espécies diferentes, isto é, um tom tem armadura de $ e outro, armadura de fc>. Exemplos: Ré Maior (2#) — Si Maior (5#) Mi b menor (6 b) — Fá Maior U b ) Sol Maior d # ) — Si b Maior (2 b) Dó menor (3 b) — Ré menor U b ) Ré b Maior (5 b) — Mi menor U # ) Observação: Embora os tons homônimos se diferenciem na armadura por 3 alte rações, muitos teóricos os consideram tons próximos, porquanto as teorias harmônicas demonstram que entre suas notas há grande relação de afinidade. Exemplo: Dó Maior e Dó menor — tons próximos. Mi b Maior e Mi b menor —- tons próximos Fá # menor e Fá f Maior — tons próximos. Pelo mesmo motivo são considerados também tons próximos do tom principal os homônimos dos tons vizinhos. Q U E S T I O N Á R I O I I I — Quais são os tons considerados tons afastados? 2 — Por que razão Ré Maior e Si Maior são tons afastados? 3 — Dó menor e Ré menor são tons vizi nhos ou afastados? Porque? 4 — Por que razão os tons homônimos são consi derados tons próximos? PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MÚSICA PARA A JUVENTUDE 13 E X E R C Í C I O S 1 -■ Dar 5 tons afastados de Lá Maior. 2 -- Dar 3 tons afastados de Si ̂ Maior que tenham também armaduras de !l — Sendo Ré Maior o tom principal, separar, em duas colunas, os tons vizi- nhos e os tons afastados: Mi Maior, Sol Maior, Sol menor, Fá Maior, Lá Maior, Fá $ menor, Si Maior, Dó menor, Dó # Maior e Mi menor. 4 — Dar 6 tons afastados de Fá menor. I» — Sendo Sol menor o tom principal, separar, em duas colunas, os tons vizi nhos e os tons afastados: S'i Maior, Dó menor, Dó J menor, Si \) menor, Lá Maior, Fá jf Maior, Ré menor, Fá Maior, Ré jj Maior, Mi |j Maior e Si menor CAPITULO II E S C A L A S C R O M Á T I C A S (GENERALIDADES; ORIGEM DAS NOTAS CROMÁTICAS; ESCALAS CROMÁTICAS DO MODO MAIOR; ESCALAS CROMÁTICAS DO MODO MENOR) I — Generalidades: Escalas cromáticas são aquelas formadas exclusivamente por inter valos de semitons, diatónicos e cromáticos. Para formar uma escala cromática é bastante tomar uma escala dia tónica e intercalar semitom entre os graus separados por intervalo de tom. Vejamos como proceder para fazer uma escala cromática: a) escrevem-se tôdas as notas da escala diatónica; b) marcam-se com ligadura os graus separados por semitons naturais; c) intercala-se semitom entre os gi'aus separados por tom. Essas notas intercaladas entre os intervalos de tom chamam-se: notas cromáticas ou notas alteradas. Devemos também, tanto quanto possível, acentuar a subida da es cala com alterações ascendentes e a descida com alterações descendentes. As escalas cromáticas também podem ser do modo maior ou do modo menor, dependendo (como nas escalas diatónicas) do intervalo formado pela tônica (I grau) e a mediante (III grau) e pela tônica e a super- dominante (VI grau). No caso de tais intervalos serem maiores ou me nores a escala cromática será, respectivamente, do modo maior ou do modo menor. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MÜSICA PARA A JUVENTUDE 15 Entram na constituição dessas escalas 13 notas (8 naturais e 5 alte radas), formando 12 semitons(5 cromáticos e 7 diatónicos). Desses 12 semitons, 2 são naturais e 10 alterados. II — Origem das notas cromáticas. É importante saber que, numa escala cromática, as notas cromáticas devem ter certa relação, isto é, certa afinidade com a escala diatónica que lhe corresponde. Em outras palavras, as notas cromáticas devem perten cer aos tons afins, isto é, vizinhos ou próximos da escala diatónica, lí essa, pois, a origem das notas cromáticas. III — Escalas cromáticas do modo maior. Tomemos, por exemplo, a escala diatónica de Dó Maior e, obedecen do às regras dadas, façamos a sua cromatização : Analisemos a origem das notas cromáticas intercaladas e vejamos em que tons vizinhos se encontram as mesmas. 16 M A R I A LU í S A D E M A T T O S P R I O L L I Dó % — sensível de Ré menor Sol jf — sensível de Lá menor relativo do tom da Subdominante ' vizinho de Dó Maior relativo do tom da dominante vizinho de Dó Maior tom da dominante vizinho de Dó Maior tom relativo vizinho de Dó Maior Si p — Emprega-se, de preferência, o s i b (em lugar de lá jf) por que pertence a Fá Maior — tom da Subdominante — vizi- p r i n c íp io s b á s ic o s d a m ú s ic a p a r a a ju v e n t u d e 17 nho de Dó Maior), ao passo que, lá # só pertence a tons afastados. Escala descendente: Si t» — IV grau de Fá Maior » t> » o~H tom da Subdominante vizinho de Dó Maior Lá [j — VI grau de Dó menor r tom homônimo tom próximo de Dó Maior Fá # — Emprega-se, de preferência, o fá % (em lugar de sol (>), por que é a sensível de Sol Maior (tom vizinho de Dó Maior), enquanto que o sol só pertence a tons afastados. Mi b — III grau de Dó menor tom homônimo tom próximo de Dó Maior 18 M A R I A L U Í S A D E M A T T O S P R I O L L I Ré t> — Embora não pertença a tom vizinho o ré (? acentua o movi mento descendente da escala e por ser alteração descenden te transforma-se em nota atrativa, pedindo resolução sôbre o Dó. O ré t» pertence também ao tom de Fá menor (homônimo do tom da subdominante), considerado tom próximo de Dó Maior. Observamos então, que na subida da escala cromática do modo maior usam-se alterações ascendentes, com exceção no VI grau, na descida usam-se alterações descendentes, com exceção no IV grau. Também podemos usar o seguinte meio prático para formar as escalas cromáticás do modo maior: na subida — o III e o VI graus não devem ser alterados, logo, não de vem ser repetidos. na descida — repetem-se todos os graus, menos o I e o V graus, tam bém, porque não devem ser alterados. Exemplo: Escala cromática de Sol Maior: Para formar a escala cromática do modo menor usa-se o mesmo pro cesso das escalas cromáticas do modo maior. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MÚSICA PARA A JUVENTUDE 10 Tomemos, por exemplo, a escala diatónica de Lá menor (forma pri mitiva) e façamos a sua cromatização: * • > •I « F ■**?" x r Z E TH t i .. Lficnv- fenfffrr- T T árWiluríl i j ! ; : j ã : =t£ Para analisar a origem das notas cromáticas procuremos os tons v i ninhos a que pertencem. ICscala ascendente: Si b — Emprega-se o si b (em ]ugar de lá f) porque pertence ao tom de Ré menor (tom da Subdominante, vizinho de Lá me nor), ao passo que, o lá % pertence a tons afastados. r tom da Subdominante Dó # — VII grau de Ré menor vizinho de Lá menor r tom da dominante E6 # — VII grau de Mi menor vizinho de Lá menor 20 M A R I A L U I S A DE M A T T O S P R I O L L I F á # — II grau de Mi menor tom da dominante vizinho de Lá menor i Sol % — É a sensível, VII grau do próprio tom de Lá menor, que é. como sabemos, uma nota alterada para formar semitom com a tônica. Pertence ao tom de Lá Maior (homônimo de Lá menor), considerado tom próximo de Lá menor. Escala descendente: Faz-se a descida da escala cromática do modo menor, exatamente, com as mesmas notas da escala ascendente. Assim sendo, as notas cro máticas por serem as mesmas da subida da escala, têm a mesma origem. Vejamos: 1?E (vr> Ué <Yrt M i ona Mima LÓ lL fiM Mi mv U é cm, TtÉrm, É Observa-se que as notas cromáticas das escalas cromáticas menores têm origem nos tons da Subdominante e da dominante, com exceção da alteração do VII grau que pertence ao tom h o m ô n im o e também que, nas escalas cromáticas menores (subida e descida) usam-se alterações ascendentes, menos no II grau, cuja alteração deve ser descendente. Meio prático para formação das escalas cromáticas menores: PRINCÍPIOS b á s ic o s d a m ú s ic a p a r a a JUVENTUDE 21 Nu subida — o I e o V graus não devem ser alterados, por conse- Iflllnto, não são repetidos. Nu descida — é perfeitamente igual a subida. Observação: As notas alteradas de uma escala cromática do modo menor são as mesmas encontradas na subida da sua escala relativa maior cromática. Kxemplo : ú L i MEyoii p -------------- — ----------- --- H— ----------------- -------------- -------- ■ ■ V « ---- ------------------------- — ---------------------------------------------------- V À _______ J l - ______ O g » w J2ÔM1Q& A descida das escalas cromáticas homônimas é perfeitamente igual. DoM -&-ÁJQ cm Q U E S T I O N Á R I O I I I 1 — Que são escalas cromáticas? 2 — Como se deve proceder para formar lima escala cromática? 3 — Como se chamam as notas intercaladas entre as notas naturais? 4 — Como reconhecemos as escalas cromáticas do modo maior o do modo menor? 5 — Quantas notas entram na constituição de uma escala cromática? 6 —. E quantos semitons? 7 — Explicar como se acha a origem das notas cromáticas. 8 — Por que razão se emprega, de preferência, si \) em lugar do lá p na subida da escala cromática de Dó Maior? 9 — Por que razão se em prega, de preferência, fá J em lugar de sol, na descida da escala cromática de M A R I A L U I S A DE M A T T O S P R I O L L I•n 1>Ó Maior? 10 — Ainda na descida da mesma escala, por que razão se emprega 0 ré [j? 11 — Na subida das escalas cromáticas maiores tôdas as alterações em pregadas são ascendentes? 12 — E na descida, tôdas as alterações empregadas tuio descendentes? 13 — Qual o meio prático usado para formar as escalas cro máticas maiores? 14 — Como se formam as escalas cromáticas do modo menor? 15 — Como se faz a descida das escalas cromáticas do modo menor? 16 — Qual a origem das notas cromáticas nas escalas cromáticas do modo menor? 17 — Nas escalas cromáticas menores em que grau se usa alteração descenden te? 18 — E em que graus são empregadas as alterações descendentes? 19 — Qual o meio prático usado para formar as escalas cromáticas menores? 20 — Qual a relação existente entre as notas alteradas de uma escala cromática menor e as da sua relativa maior? E X E R C Í C I O S 1 — Fazer tôdas as escalas cromáticas maiores com armadura de sustenidos, indicando a origem das notas cromáticas (tomar como modêlo a escala de Sol Maior que se encontra na página 18). 2 — Fazer, como no exercício anterior, tôdas as escalas cromáticas maiores com armadura de bemóis. 3 — Fazer tôdas as escalas cromáticas menores com armadura de sustenidos, indicando a origem das notas cromáticas. 4 — Fazer, como no exercício anterior, tôdas as escalas cromáticas menores com armadura de bemóis. CAPÍTULO III M O D U L A Ç A O A modulação consiste na passagem de um tom para outro, no decor rer de um trecho de música. Exemplo: O trecho, no qual se encontram modulações, chama-se modulante (o exemplo anterior é um trecho modulante). O trecho inteiramente escrito mim só tom, isto é, sem modulações, chama-se unitônico. Exemplo : O trecho deve começar e terminar no mesmo tom, contudo, pode co meçar em um modo e terminar em outro. Quando há mudança de modo nu terminação é, geralmente, de menor para maior. Exemplo: 24 M A R I A L U I S A DE M A T T O S P R I O L L I O tom com o qual se inicia e termina um trecho de música chama-se tom principal. Os tons pelos quais se passa no decorrer do trecho são de nominados tons accessórios ou secundários. Quando a modulação perdurapor algum tempo, e o novo tom toma feição de destaque, é costume mudar-se a armadura da clave; porém, se a modulação é rápida e volta logo ao tom principal ou continua passando ligeiramente por outros tons até voltar, definitivamente, ao tom princi pal, usam-se os sinais de alterações acidentais necessários e conserva-se sempre a armadura do tom principal. Se a modulação toma feição destacada, fazendo-se sentir em tôda sua plenitude, ou terminando um período da composição musical chama- se modulação definitiva. Quando a modulação volta imediatamente ao tom principal ou faz passar por vários tons até voltar ao tom principal é chamada modulação passageira. As modulações podem ser efetuadas para tons vizinhos ou afastados. Os diferentes processos para se modular constituem parte do estudo de Harmonia. Há, também, modulações chamadas encobertas que, so mente os conhecimentos aprofundados de Harmonia revelam o tom em que se encontram. Isto, porém, o estudante conhecerá mais tarde, em mo mento oportuno. Contudo, em uma melodia escolar, contendo modulações bem simples, para tons vizinhos diretos ou para os tons homônimos, pode-se perfeita mente reconhecer as modulações se observarmos as seguintes regras: I — Se o trecho está em modo maior: a) a alteração ascendente do IV grau provoca modulação para o tom da Dominante. b) a alteração descendente do VII grau provoca modulação para o tom da sub-dominante. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MÜSICA PARA A JUVENTUDE 23 c) a alteração ascendente do V grau provoca modulação para o seu relativo menor. d) as alterações descendentes do III e do VI graus provocam mo dulações para o homônimo menor. D óM _________ D̂o (w.* Á - V - , r s r ehGr.VIL? 4- - i - i — W -j i J- -,!J— II — Se o trecho está em modo menor: a) a alteração descendente do VII grau provoca modulação para o «mi relativo Maior. b) as alterações ascendentes do III e do VI graus provocam mo dulação para o seu homônico Maior. Q U E S T I O N Á R I O I V 1 _ Que é modulação? 2 — Que é um trecho modulante? 3 — Como se i‘huina o trecho escrito num só tom? 4 — Pode o trecho começar em um modo h irrmlnar em outro? 5 — Como se chama o tom com que se inicia e termina u trecho? 6 — Que são tons accessórios? 7 — Que outro nome têm os tons awwMórios? 8 — Quando é que se muda a armadura da clave em conseqüência 26 M A R I A L U I S A DE M A T T O S P R I O L L I da modulação? 9 — Que é modulação definitiva? 10 — Que é modulação passa geira? 11 — Em melodia escolar, se o trecho está no modo maior, qual a mo dulação provocada pela alteração ascendente do IV grau? 12 — E pela alteração descendente do VII Igrau? 13 — E pela alteração ascendente do V grau? 14_E peia alteração descendente dos m e VI graus? 15 — Se o trecho estiver no modo menor qual a modulação provocada pela alteração descendente do VII grau? 16 — E pelas alterações ascendentes do m e VI graus? E X E R C Í C I O S 1 — Indicar as modulações: a) -rh----zSz^Fr b) -̂ 1»̂ -i- at -1=5=*----- r r È m I• -4 i I C? _J »- I m i -fcrs d) CAPITULO IV V O Z E S Meninos e meninas possuem em geral na infância a mesma voz — voz de criança. Algumas vêzes a voz de criança é dotada de certo volume e intensi dade suficiente para educá-la, emprestando-lhe o seu timbre juvenil um atrativo todo peculiar. Neste caso, poderá a voz da criança ser aprovei tada musicalmente como solista ou em coros. Nos adultos as vozes dividem-se em masculinas e femininas e, quan do educadas, são classificadas conforme a sua tessitura e, principalmen- to, conforme o seu timbre. A tessitura da voz consiste no conjunto de sons que ela pode emitir liaturalmente, isto é, sem esforço. O timbre é a principal qualidade da voz. É pelo timbre que distin guimos a voz de cada um em um grupo de pessoas. De acordo, pois, com a tessitura e o timbre assim se classificam hh vozes: {tenor barítono baixo { soprano meio soprano contralto Diapasão (ou registro) de uma voz é a sua altura na escala musical. O diapasão pode ser: {contralto r meio soprano f sopranomédio J agudo -< e baixo [ barítono [ tenor A extensão das vozes não pode ser medida com precisão, porquanto há vozes, extraordinàriamente desenvolvidas, que ultrapassam os sons graves ou agudos da tessitura normal. As vozes capazes de ultrapassar o limite normal chamam-se vozes solistas. As vozes menos desenvolvidas 28 M A R I A Í . U Í S A DE M A T T O S P R I O L L I que guardam o limite de extensão normal são chamadas vozes corais (vozes que cantam em coros). Extensão das vozes corais (nas claves de Sol e Fá na 4.a linha). Pelo exemplo dado acima verifica-se que tanto as vozes feminina« como as vozes masculinas são separadas entre si por um intervalo de 3.a Da voz feminina mais grave (contralto) para a voz masculina mais agu da (tenor) há intervalo de 4.a. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MÚSICA PARA A JUVENTUDE 29 Chamam-se vozes correspondentes aquelas que pertencem ao mes mo diapasão, assim sendo, cada voz feminina tem a sua voz corres pondente masculina e vice-versa. Vozes correspondentes: Soprano — tenor Meio soprano — barítono Contralto — baixo. As vozes correspondentes são separadas por intervalo de 8.a. Antigamente cada voz usava uma clave particular: Baixo — clave de Fá na 4.a linha. Barítono — clave de Fá na 3 a linha. Tenor -— clave de Dó na 4.a linha. Contralto — clave de Dó na 3 a linha. Meio soprano — clave de Dó na 2.a linha. Soprano — clave de Dó na l .a linha. Estensão das vozes corais nas claves antigas. Vozes F EMIÍ/ i VA LÁ 30 M A R I A L U I S A DE M A T T O S P R I O L L I V ozes Atualmente usamos para tôdas as vozes, somente as claves de Sol e Fá na 4.a linha. Para as vozes femininas usa-se a clave de Sol, e para as vozes masculinás, a clave de Fá na 4.a linha, com exceção da voz de tenor que é comumente escrita na clave de Sol e entoada uma 8.a abaixo. Tam bém se usa colocar depois da clave de Sol uma clave de Dó na 4 a linha quando a melodia é para tenor. A esta dupla clave dá-se o nome de clave mista. Exemplo: As vozes mais comumente encontradas são: o meio soprano e o barítono. O quarteto vocal clássico é constituído pelas vozes do diapasão grave e do diapasão agudo. Soprano ( l .a voz Quarteto vocal clássico Contralto (2.a voz) Tenor. Baixo (3.a voz) (4.a voz) PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MÚSICA PARA A JUVENTUDE 31 I)e acordo com o timbre, e também, conforme seja a tessitura mais iloHonvolvida para o grave ou para o agudo algumas vozes se subdividem em vários tipos, como: {ligeiro lírico dramático tenor {líricodramático barítono {agudo grave baixo {cantante profundo Vozes Infantis femininas sopranino contraltino Masculinas tenorino Q U E S T I O N Á R I O V 1 — Quando é que pode ser aproveitada musicalmente a voz da criança? 3 — Como se dividem as vozes dos adultos? 3 — Que é tessitura? 4 — Que é timbre? 5 — Como se classificam as vozes de acordo com a tessitura e o timbre? •I — Que é diapasão da voz? 7 — De acordo com o diapasão como se classificam w» vozes? 8 — É possível medir exatamente a extensão das vozes? 9 — Como se Chamam as vozes que ultrapassam a extensão normal? 10 — O que quer dizer vozes corais? 11 — Qual a extensão das vozes femininas, colocando as notas na clave de Sol — (é suficiente citar as notas que limitam a extensão; exemplo: soprano — do Dó da l.a linha suplementar inferior ao Lá da l.a linha suple mentar superior; etc.). 12 — Qual a extensão das vozes masculinas colocando us notas na clave de Fá na 4.a linha? — 13 — Qual o intervalo que separa as vozes masculinas? 15 — Qual o intervalo que separa o contralto do tenor? 10 — Que são vozes correspondentes? 17 — Qual a voz correspondente do so prano? do barítono? do contralto? do tenor? do baixo? do meio soprano? 18 — Qual o intervalo que separa as vozes correspondentes? 19 — Qual a clave usada, antigamente, para o soprano? para o barítono? para o tenor? para o meio-soprano? para o contralto? para obaixo? 20 — Qual a extensão do so prano, colocando as notas na sua clave antiga? 21 — E a do meio soprano? 22 — E a do contralto? 23 — E a do tenor? 24 — E a do barítono? 25 — E a do baixo? 26 — Atualmente qual a clave usada para as vozes femininas? 27 — E para as vozes masculinas? 28 — Qual a clave usada para o tenor? 29 — Que é clave mista? 30 — Quais são as vozes mais comuns? 31 — Qual o diapasão das vozes do quarteto vocal clássico? 32 — Quais as vozes que consti tuem o quarteto vocal clássico? 33 — De acordo com o timbre e a tessitura quais- os vários tipos de soprano? de tenor? de barítono? de baixo? CAPITULO V UNÍSSONO (GENERALIDADES — UNÍSSONO NAS CLAVES) I — Generalidades: A palavra uníssono significa — o mesmo som. Chama-se tocar ou cantar em uníssono quando dois ou mais instru mentos, ou duas ou mais vozes, tocam ou cantam, simultaneamente, a mesma melodia. Na execução em uníssono os sons devem guardar exatamente a mesma altura. Exemplo: Entretanto, dá-se também o nome de uníssono às melodias executa das, simultâneamente, por várias vozes ou instrumentos, embora este jam as .notas em diferentes oitavas. Exemplo: U n ís s o íío S op iIBNO Mrio-SopR/jNa p r in c íp io s b á s ic o s d a m ú s ic a p a r a a ju v e n t u d e 33 II — Uníssimo nas clayes. 0 uníssono nas claves consiste em escrever o mesmo trecho de mú- iiic.ii em claves diferentes, porém conservando, precisamente, a mesma ui lura de entoação. Exemplo : UjfíSSOjro NAS CLAVES’ Para escrever com facilidade conservando o uníssono nas claves, á necessário conhecer bem a posição do Dó central em tôdas as claves. 34 M A R I A L U I S A DE M A T T O S P R I O L L I Convém observar que, as notas escritas em linhas têm o seu unísso no escrito também em linha, seja qual fôr a clave; as notas escritas em espaços têm também o seu uníssono escrito sempre em espaço. 1 — Que significa a palavra uníssono? 2 — Que quer dizer tocar ou cantar em uníssono? 3 — Os sons executados em uníssono devem guardar a mesma al tura? 4 —• Em que consiste o uníssono nas claves? 5 — Onde se escreve o Dó central na clave de Sol? 6 — E nas claves de Dó? 7 — E nas claves de Fá? E X E R C Í C I O S 1 — Determinar se as notas dadas se encontram acima ou abaixo do Dó central. 2 — Escrever a seguinte melodia nas claves antigas de soprano, meio-soprano e contralto. zà ?----------------------- - - 4 ** , Z f ... =---1i = = ^ B ^d J J ------------1 PRINCÍPIOS b á s ic o s d a m ü s ic a p a r a a ju v e n t u d e 35 4 — Escrever nas claves antigas de tenor, barítono e baixo: D — Escrever nas claves de Sol e Fá na 3.a linha: CAPÍTULO YI DIAPASÃO NORMAL — ESCALA GERAL 4REGIAO CENTRAL, E EXTENSÃO DAS VOZES NA ESCALA GERAL) I — Diapasão normal. Chama-se diapasão normal a nota lá que se escreve no 2.° espaço da pauta (lida com a clave de sol), e que funciona como base de afinação para os instrumentos da orquestra. Diapasão normal: II — Escala geral. Chama-se escala geral o conjunto de todos os sons musicais que o ouvido pode classificar e analisar. Compreende 97 sons, sendo o mais grave o 5.° dó abaixo do diapasão normal e o mais agudo, o 4.° dó acima do mesmo diapasão. Para que se possa designar a altura exata dos sons, sem auxílio da pauta e das claves, dá-se a cada nota um número de ordem. Para essa numeração usa-se o seguinte processo: a) dá-se um número a cada nota Dó da escala geral. Assim o 5.° Dó abaixo do diapasão normal (o som mais grave dessa escala) é designado da seguinte forma: Dó-2 (lê-se Dó menos 2). O Dó imediatamente supe rior a este será o Dó-1, e os subsequentes: D ói, Dó2, Dó3, Dó4, Dó5, Dó6, e Dó7 (o som mais agudo da escala geral). b) cada uma das. 8 oitavas da escala geral recebe um número, cor respondente à nota Dó com a qual ela começa. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MÚSICA PARA. A JUVENTUDE 17 Teremos, então, as oitavas assim numeradas: 8 a — 2 (do Dó-2 ao Dó-1) 8 a — 1 (do Dó-1 ao Dó 1) 8 a 1 (do Dó 1 ao Dó 2) 8 a 2 (do Dó 2 ao Dó 3) 8 a 3 (do Dó 3 ao Dó 4) 8 a 4 (do Dó 4 ao Dó 5) 8 a 5 (do Dó 5 ao Dó 6) 8 a 6 (do Dó 6 ao Dó 7) c) tôdas as notas compreendidas dentro de cada 8.a, serão desig nadas pelo seu nome seguido do número correspondente à 8.a dentro da qual se encontram. As notas contidas dentro da 8.a3, por exemplo, serão MMsim numeradas: Dó3, Dó # 3, Ré3, Ré # 3, Mi3, Fá3, etc. O Dó3 é chamado Dó central por ser a nota que se acha exatamente no meio da escala geral. De acordo com a altura dos sons, a escala geral se divide em cinco regiões: região sub-grave (ou gravíssima) — começando no Dó-2 e terminando no Dói região grave — começando no Dó 1 e terminando no Dó2 região média — começando no Dó 2 e terminando no Dó4 região aguda — começando no DÓ4 e terminando no Dó 5 região super-aguda (ou agudíssima) começando no Dó 5 e terminando no Dó 7 Como vimos, as regiões sub-grave, média e super-aguda percorrem duas oitavas; as regiões grave e aguda, percorrem apenas uma 8.R. III — Região central e extensão das vozes na escala geral. As 3 regiões, grave, média e aguda formam a região central. Esta região abrange assim, quatro oitavas (inicia-se no Dó 1 e termina no Dó 5) e dentro dela se enquadram a extensão de tôdas as vozes e a ex tensão dos principais instrumentos de corda. Vejamos a extensão das vozes na escala geral: a« M A R I A L U Í S A DE M A T T O S P R I O L L I Vozes masculinas: Baixo — do Pá 1 ao Ré 3 Barítono — do Lá 1 ao Fá 3 Tenor — do D ó 2 ao Lá 3 Vozes femininas: Contralto — do F á 2 ao Ré 4 Meio-soprano — do Lá 2 ao Fá 4 Soprano — do D ó 3 ao Lá 4 (Observa-se, perfeitamente, pela numeração, a diferença de uma 8.** entre as vozes correspondentes). Como vemos, a extensão das vozes se acha compreendida na região central, isto é, do F á l ao Lá 4. Também as claves pertencem às diferentes regiões (grave, média e aguda) da região central: as claves de Fá na 3.a linha e na 4.a linha ser vem para a região grave; as claves de Dó na 2.a, 3.a é 4.a linha, para a região média; a clave de Dó na l .a linha e a clave de Sol, para a região aguda. m Dó l A numeração dos sons da escala geral dá o n.° 1 à se guinte nota por ser esta a nota com que se inicia a re gião central. Esta nota corresponde também à corda mais grave do violoncelo (instrumento que figura como baixo no quarteto de cordas). É, pois, a região central, a região mais importante da escala geral. Tôda a escala geral pode, também, ser escrita apenas na clave de Fá na 4.a linha e na clave de Sol, com auxílio,de linhas suplementares e com a linha de 8.a. O instrumento que percorre tôda a escala geral é o grande órgão. O instrumento que emite com maior clareza o Dó 7 (última nota da escala geral) é o flautim. 40 M A R I A L U 1 S A DE M A T T O S P R I O L L I Q U E S T I O N Á R I O VII 1 — Qual é a nota que recebe o nome de diapasão normal? — Porque? 2 — Que é escala geral? 3 — Quantos sons compreende a escala geral? 4 — Quantos são os sons naturais e quantos são os sons alterados? 5 — Qual 6 o som mais grave dessa escala? 6 — E o som mais agudo? 7 — Como podemos designar a altura exata dos sons sem auxílio da pauta e das claves? 8 — Expli que como se faz a numeração da escala geral. 9 — Por que razão o Dó3 se cha ma Dó central? 10 — Quantas e quais são as regiões da escala central? 11 — Determine onde começa e termina cada região. 12 — Quais são as re giões que percorrem duas oitavas? 13 — Quais são as regiões que percorrem uma oitava? 14 — Quais são as regiões que formam a região central? 15 — Onde se inicia e termina esta região, e quantas oitavas abrange? 16 — Em que região se enquadra o conjunto de tôdas as vozes? 17 — Determine a exten são das vozes masculinas dentro da escala geral. 18 — Determine a extensão das vozes femininas. 19 — A que região pertencem as claves de Fá na 3.a e na 4.® linha? 20 Quais as claves da região média? 21 — E as da região aguda? 22 — Por que razão dá-se o número 1 aoDó que se escreve na 2.a linha suple mentar inferior, na clave de Fá na 4.a linha? 23 — Qual a região mais impor tante da escala geral? 24 — Qual o instrumento que percorre tôda essa escala? 25 — Qual o instrumento que emite com maior clareza o Dó7? E X E R C Í C I O S 1 — Escreva o Dó 3 (Dó central) nas claves de Dó na I a linha, Dó na 3 a linha, Fá na 3.a linha e Fá na 4a linha. Mooblo__i 2 — Escreva na clave de Sol as seguintes notas: Mi3, Sol3, Si3, Dó3, Ré4, Lá4 e Fá4. I — Escreva na clave de Fá na 4 a linha: Dó2, Sol2, Dó3, Ré3, Lá2, Lál, Fál, Sil. Dói. CAPITULO VII N O T A S A T R A T I V A S (SUA RESOLUÇÃO NATURAL) Chamam-se notas atrativas (ou notas de movimento obrigado) ftipiclas que pedem resolução sôbre outra determinada nota. As principais notas atrativas são: a) o VII grau (sensível), que pede resolução ascendente para a tAiilca; b) o IV grau ( subdom ), que pede resolução descendente para o 111 grau. Vejamos as notas atrativas de Dó maior e suas resoluções: Êsses dois graus (VII e IV) só têm, entretanto, tendência atrativa ijtmndó ouvidos simultâneamente, pois formam intervalo harmônico dis- Ntmnnte, isto é, uma 4.a aumentada ou a sua inversão, 5.a diminuta. As notas que servem de resolução formam intervalo consonante. Deduz-se daí que, tôda dissonância tem resolução natural sôbre uma rtwisonância. A nota atrativa é, pois, quase sempre, parte integrante de uma dis sonância, e o fato de resolver sôbre outra nota é, justamente, para se aproximar de uma consonância. 42 M A R I A L U Í S A DE M A T T O S P R I O L L I Q U E S T I O N Á R I O V I I I 1 — Que são notas atrativas? 2 — Quais são as principais notas atrativas e suas resoluções? 3 — Que intervalos formam essas notas atrativas quando ouvidas simultaneamente? 4 — Sôbre que intervalos resolvem? E X E R C Í C I O S Dê as notas atrativas (em intervalo harmônico) e suas resoluções naturais, dos seguintes tons: Sol maior, Ré menor, Lá menor, Fá maior e Si menor. CAPÍTULO VIII A C O R D E S {(<11 IMORALIDADES — DIFERENÇA ENTRE O BAIXO E A FUNDAMENTAL FORMAÇÃO DOS ACORDES EM GERAL — ESTADOS DOS ACORDES — INVERSÃO DOS ACORDES — ACORDES DE 3, 4 E 5 SONS; SUA FORMAÇÃO I, NUA COLOCAÇÃO NAS ESCALAS MAIORES E MENORES — ORDEM E FO- MÇAO DAS NOTAS DO ACORDE. DUPLICAÇÃO E SUPRESSÃO DE NOTAS — ACORDES CONSONANTES E DISSONANTES — ANÁLISE DOS ACORDES). I — Generalidades: Dá-se o nome de acorde ao conjunto de sons ouvidos simultânea- lHOlite, e cujas relações de altura são determinadas pelas leis da Hlil ureza. 1 Os acordes são formados por grupos de 3, 4 e 5 sons. Convém observar que os sons que formam os acordes são diferentes. \ {'Jamos os exemplos dados acima: Lntretanto, podemos, num acorde, repetir qualquer das suas notas, , lltnii ou mais vêzes. Porém, para classificar o acorde, como sendo de 3, I i< f> sons, contam-se apenas os sons diferentes. As notas repetidas cha- Hliim-se notas dobradas. 1 sol — si — ré ................... . sol — si — ré — fá . . . . sol — si — ré — fá — lá 3 sons 4 sons 5 sons 44 M A R I A L U Í S A DE M A T T O S P R I O L L I QjZ. cíe CLC. d e A- -JboriA. Quando as notas do acorde aparecem colocadas em 3.as superpostas, diz-se que o acorde está em posição primitiva (ou posição natural). m PSP ô3Íe»oP P IM IT T V S - No exemplo seguinte as notas dos acordes não estão em 3.18 super* postas, logo, os acordes não estão em posição primitiva. ■ ê S : & w t e •-o- 2 E * H°jj t r II — Diferença entre o baixo e a fundamental: A nota mais grave do acorde (seja qual fôr a sua posição) chama se baixo. BE & T i i i & Tf i Bflixô Hpho B aixo B aixo 'B m o Quando o acorde se encontra em posição primitiva (3.sa superpostas) o baixo recebe o nome de fundamental. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MÚSICA PARA A JUVENTUDE 45 A fundamental é, pois, a nota básica, a nota que dá origem ao acor- ili'; assim sendo, a fundamental é a nota mais importante do acorde. Fuffp/lMtAfTflL FojvD- Fu<VJ>. Quando o acorde está em posição primitiva o baixo e a fundamental Mfto a mesma nota, conforme podemos verificar no exemplo anterior. No exemplo abaixo os acordes não estão em posição primitiva. Procuraremos, então, quais as notas correspondentes ao baixo e à fundamental. Como vimos, o baixo é a nota mais grave do acorde, seja qual fôr a Mim posição; a fundamental é a nota básica, e para encontrá-la devemos colocar o acorde em 3." superpostas. III — Formação dos acordes em geral: As notas do acorde que se encontram acima da fundamental, são designadas pelo número correspondente ao intervalo que formam, res- poctivamente, com a fundamental. Acordes de 3 sons: fundamental — 3.a e 5.a. Acordes de 4 sons: fundamental -— 3.a — 5.a — 7.a. Acordes de 5 sons: fundamental — 3.a — 5 a — 7.a — 9.a. 4G M A R I A L U I S A DE M A T T O S P R I O L L I IV — Estados dos acordes: Os acordes têm dois estados: " fundamental — quando o baixo e*a fundamental são a mesma nota. estado -< invertido — quando a fundamental não é o baixo, isto é, quando o baixo é uma nota e a funda mental é outra nota. Exemplo: j | Fi/Vj». Esè. ivi/cariDc Esfc. i îrEftripor----------------------- j / _____m — T ____ jj— W S----_ ....... g ___________ 1 f F.vn- I 4 3/0*0 3/iixo 3/nxo V — Inversão dos acordes: Acordes de 3 sons Os acordes de 3 sons têm 2 inversões: 1. a inversão ..................... 3.a no baixo 2. a inversão ................................ 5.a no baixo 1 s t .fb/va>. 1~ i/vv. 3>~ >NV. = 8 = i Tvajd. 8 T 3~ 1 5 - PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MÚSICA PARA A JUVENTUDE 47 Acordes de 4 sons Os acordes de 4 sons têm 3 inversões: 1. a inversão ............................... 3.a no baixo 2. a inversão ............................... 5.a no baixo 3. a inversão ................................ 7.a no baixo * Exemplo: E s t . Fim®. . OL ■ í~ utv. 3~ m . Jp 5« n 1 ------ - & I y — 1 1 L # --------1 1 -------1 i Tuhd. X 4/ 5? y Acordes de 5 sons A característica dos acordes de 5 sons é o intervalo de 9.a (intervalo composto) que se encontra entre a fundamental e a última nota. Assim sendo, seja qüal fôr a sua inversão é obrigatório conservar (ase intervalo (de 9.a), ou seja, é preciso colocar sempre a 9.a acima da fundamental. Por esse motivo, só podemos colocar como baixo nas inver- hfies, a 3.a, a 5.a e a 7.a. A 9.a não pode figurar como baixo, pois se o fi zermos não será possível conservar o intervalo de 9.a, isto é, manter a 9.“ sempre acima da fundamental. Logo, os acordes de 5 sons também têm 3 inversões, uma vez que a 4.“ inversão (com a 9.a no baixo) é impraticável. 1. a inversão 2. a inversão 3 a inversão 3.a no baixo 5 a no baixo 7.a no baixo Exemplo: 4« M A R I A L U Í S A DE M A T T O S P R I O L L I Q U E S T I O N Á R I O I X 1 — Que é acorde? 2 — De quantos sons podem ser os acordes? 3 — Quando é que um acorde está em posição primitiva? 4 — Que outro nome tem a posição primitiva? 5 — Como se chama a nota mais grave de um acorde? 6 — Qual ó a nota do acorde que toma o nome de fundamental? 7 — Quando o acorde não está na posição primitiva como devemos proceder para encontrar a fundamen tal? 8 — Qual a formação dos acordes de 3 sons? 9 — E dos acordes de 4 sons? 10 — E dos acordes de 5 sons? 11 — Quantos estados têm os acordes? 12 — Quando é que o acorde está no estado fundamental? 13 — E no estado in vertido? 14 — Quantas inversões têm os acordes de 3 sons? 15 — Como podemos conhecer cada inversão? 16 — Quantas inversões têm os acordes de 4 sons? 17 — Quais são as notas que constituem o baixo de cada inversão, respectiva mente? 18 — Qual é o intervalo que caracteriza os acordes de 5 sons? 19 — Quais as notas que podem servir de baixo quando invertemos os acordes de 5 sons? 20 — Por que razão a 9.a não pode figurar no baixo? 21 — Quantas inversões têm os acordes de 5 sons? E X E R C Í C I O S 1 — Coloque os acordes em posição primitiva. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MÚSICA PARAA JUVENTUDE 40 De acordo com a classificação dos intervalos com que são formados o« acordes de 3 sons chamam-se: ii) acorde perfeito maior b) acorde perfeito menor c) acorde de 5.® diminuta d) acorde de 5.a aumentada Acorde perfeito maior: Formação: 3.a maior e 5.a justa. ■ 4 ..::: 1_M i » ig H 1 50 M A I U A L U I S A DE M A T T O S P R I O L L I I | É encontrado nos seguintes graus: I — IV — V . . . . . . . . escalas maiores V — VI . . ................... escalas menores Exemplo: iH- _________•§<rS ff • . Q < 3 ° Do T Acorde perfeito menor: Formação: 3.a menor e 5.a justa Exemplo: É encontado nos seguintes graüs: II — III — VI ......... escalas. maiores I — IV ....................... escalas menores Exemplo: PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MÚSICA PARA A JUVENTUDE 51 Acorde de 5.a diminuta: Formação: 3.a menor e 5.a diminuta Exemplo: É encontrado nos seguintes graus: VII ................................. escalas maiores II — VII ..................... escalas menores Exemplo: í O } q ~MrrroãEo o o m r 3r o : o i f J f o ,JL.h yy\Ef/0T&: t o Acorde de 5.a aumentada: Formação: 3.a maior e 5.a aumentada. Exemplo: 52 M A R I A L U I S A DE M A T T O S P R I O L L I É encontrado exclusivamente no seguinte grau: III — ............................ escalas* menores Exemplo: Observação: Os acordes perfeito maior e perfeito menor são assim de nominados por serem ambos formados com 5.a justa (consonância per feita). Sòmente a 3.a difere, um tem 3.a maior e o outro, 3.a menor. Da qualidade dos seus intervalos é pois que se formam as denominações: perfeito maior e perfeito menor. 0 nome dos acordes de 5.a diminuta e de 5.a aumentada é dado de acordo com o intervalo formado pela fundamental e a sua última nota. Acordes de 4 sons Os acordes de 4 sons são 3. Para denominá-los observa-se: o inter valo formado pela fundamental e a sua última nota (intervalo de 7.a), e também o grau da escala em que se encontram. Êsses acordes são: a) acorde de 7.a da dominante b) acorde de 7.a da sensível c) acorde de 7.a diminuta (também chamado acorde de 7.a da sen sível do modo menor). Acorde de 7.a da dominante: Formação: 3.a maior,, 5.a justa, 7.a menor. Exemplo: PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MÚSICA PARA A JUVENTUDE 63 E encontrado no seguinte grau: V (dominante): — escalas maiores e menores. Exemplo: 9-------- -- ---------------1 .................... ...... i L -------------- ----------Z — ^ »J ia *W ü O _i/n Mhwyd.A I o - o ° ----------------------------------------- Acorde de 7.a da sensível: Formação: 3.® menor, 5.* diminuta e 7.a menor» Exemplo: É encontrado no seguinte grau: VII (sensível): escalas maiores. Exemplo: Acorde de 7.a diminuta (ou 7.a sensível do modo menor): Formação: 3.a menor, 5.a diminuta e 7.a diminuta. Exemplo: 1.4 M A R I A L U I S A DE M A T T O S P R I G L L I É encontrado no seguinte grau: VII (sensível) ................... escalas menores. L h AltA/oir Acordes de 5 sons Os acordes de 5 sons são 2. Para denominá-los observe-se: o inter valo formado pela fundamental e a sua última nota, e ainda, o grau da escala em que se encontram. Êsses acordes são: a) acorde de 9.a maior da dominante b) acorde de 9.a menor da dominante Acorde de 9.® maior da dominante: Formação: 3.a maior, 5.a justa, 7.a menor e 9.a maior Exemplo: É encontrado no seguinte grau: V (dominante) ........................ escalas maiores Exemplo: PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MÚSICA PARA A JUVENTUDE 55 Acorde de 9.a menor da dominante: Formação: 3.a maior, 5.a justa, 7.a menor e 9.a menor Exemplo: É encontrado no seguinte grau: V (dominante) escalas menores Exemplo: Q U E S T I O N Á R I O X 1 — Como se chamam os acordes de 3 sons? 2 — Qual a formação do acorde perfeito maior? 3 — Em que graus é encontrado? 4 — Qual a formação do acor- iU perfeito menor? 5 — Onde se encontra êsse acorde? 6 — Por que razão se 1‘lmmam perfeitos êsses acordes? 7 — Qual a formação do acorde de 5.a dimi nuta? 8 — Onde é encontrado? 9 — Qual a formação do acorde de 5.a aumen- Imlu? 10 — Onde é encontrado? 11 — Quantos são os acordes de 4 sons? U — O que devemos observar para denominá-los? 13 — Como se chamam êsses HtOrdes? 14 — Qual a formação de cada um dêles e em que graus se encontram? IA — Quantos são os acordes de 5 sons? 16 — Como se chamam e em que graus M encontram os acordes de 5 sons? E X E R C Í C I O S I - Formar todos os acordes de 3 sons nas seguintes escalas: Sol maior, Fá maior, Lá maior, Si fj menor, Ré menor, Mi menor, e Dó j menor. tj -pgL. ?-™v' "En* tf Jb -COJL I I i ï i i m 64 M A R I A L U Í S A DE M A T T O S P R I O L L I É encontrado no seguinte grau: VII (sensível) ................... escalas menores. ---------------- —Àf ^--------- .. L n mnvrm.-----_V j ~ n r O — — 111 r ^ ----- fj Os acor valo formad - ô - o v XH Acordes de 5 sons des de 5 sons são 2. Para denominá-los observe-se: o inter- o pela fundamental e a sua última nota, e ainda, o grau da escala em que se encontram. Esses acordes são: a) acorde de 9.a maior da dominante b) acorde de 9.a menor da dominante Acorde de 9.a maior da dominante: Formação: 3.® maior, 5 a justa, 7.® menor e 9.® maior Exemplo: É encontrado no seguinte grau: V (dominante) ........................ escalas maiores Exemplo: ' 2 T fV ü u ° : t - © .O ° Y* PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MÚSICA PARA A JUVENTUDE 55 Acorde de 9.a menor da dominante: Formação: 3.a maior, 5.a justa, 7.a menor e 9.a menor Exemplo: É encontrado no seguinte grau: V (dominante) ........................ escalas menores Exemplo: Q U E S T I O N Á R I O X 1 — Como se chamam os acordes de 3 sons? 2 — Qual a formação do acorde porfcito maior? 3 — Em que graus é encontrado? 4 — Qual a formação do acor do perfeito menor? 5 — Onde se encontra êsse acorde? 6 — Por que razão se ihunam perfeitos êsses acordes? 7 — Qual a formação do acorde de 5.a dimi nuiu? 8 — Onde é encontrado? 9 — Qual a formação do acorde de 5.a aumen- tttdu? 10 — Onde é encontrado? 11 — Quantos são os acordes de 4 sons? II — O que devemos observar para denominá-los? 13 — Como se chamam êsses «nordes? 14 — Qual a formação de cada um dêles e em que graus se encontram? IS — Quantos são os acordes de 5 sons? 16 — Como se chamam e em que graus »« rncontram os acordes de 5 sons? E X E R C Í C I O S I — Formar todos os acordes de 3 sons nas seguintes escalas: Sol maior, Fá maior, Lá maior, Si [j menor, Ré menor, Mi menor, e Dó $ menor. 4 ̂I I I ï i i n 56 M A R I A L U Í 6 A D E M A T T O S P R I O L L I 2 — Formar todos os acordes de 4 sons nas escalas de: Sol maior, Dó menor, Si b maior, SI menor, Fá fl maior e Fá menor. S — Formar todos os acordes de 5 sons nas escalas de: Fá maior, Dó J menor, Ré maior, Si \ j menor, Mi |> menor e Fá f menor. 4 — Formar os seguintes acordes: a) perfeitos-maiores de Ré maior b) perfeitos-menores de Fá maior c) acordes de 5.* diminuta de Sol menor d) acorde de 5.a aumentada de Dó menor e) acorde de 7.a da dominante de Fá # menor í) acorde de 7.a da dominante de Lá [j maior g) acorde de 7.a da sensível de Mi maior h) acorde de 7.a diminuta de Ré menor I) acorde de 9.a maior da dominante de Si maior j) acorde de 9.a menor da dominante de Sol } menor. 1- 5 — Classificar, inverter e determinar as escalas em que se encontram os se guintes acordes: I VII — Ordem e posição das notas no acorde Conforme a sua disposição as notas de um acorde são colocadas em: { direta ou indireta É direta quando as notas do acorde obedecem à disposição sucessiva dos intervalos que o formam. Exemplo: 1 . ^ ^ } ESc.Tuivd. 1’ itrv. -- -A n I M 4 ^ ---- -------- 1 í 1 - Q - o — 1 t r & v Cte. de. 3 ̂ io-vvV (ohdemdíbeta) PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MÚSICA PARA A JUVENTUDE 87 Acorde de 3 sons em ordem direta: Estado fundamental ............ ......................................... 3.a e 5.a l .a inversão .............. .......................................................3.a e 6.a 2 a inversão ...................................................................... 4.a e 6.a Observação: os intervalos são sempre contados a partir do baixo. A ordem é indireta quando as notas do acorde não obedecem a essa disposição. Exemplo: Est.?**», 2 ' itnr. i l _____________ o ______ ____ v -----n « jT T o E 1 1I V ° L o ------ CLc-dU 3 {ORDEM ÍCTBÍRET5) Os acordes de 4 e 5 sons também podem aparecer em ordem direta ou indireta. Os acordes também podem estar em: {unida (também chamada estreita) ou afastada (também chamada larga) Exemplo: Pu/»/X>R P lurgsiiP umor ^ Lrrgh Q ___ U________ fír. H£_ - o - ■3-SQiyj)-BE * P.UKlpR P.LflRûR XL O ~ o -------- P-LHRGFf "P UM DF? — J5L o o 8o 58 M A R I A L U Í S A D E M A T T O S P R I O L L I Observação: Os acordes de 3 sons quando estão em ordem direta estão sempre em posição unida; quando estão em ordem indireta estão em posição larga. Os acordes de 4 e 5 sons quando estão em ordem direta estão sempre em posição unida; quando estão em ordem indireta podem estar, indife rentemente, em posição unida ou larga. VIII — Duplicação e supressão de notas Em qualquer acorde pode-se duplicar ou suprimir qualquer nota, sem que êste acréscimo ou esta supressão venha modificar a qualidade ou a classificação do acorde. A duplicação de notas também se chama dobramento. Exemplo de acordes com notas dobradas: Exemplo de acordes com supressão de notas: Observação: a duplicação e supressão de notas nos acordes serão estudadas detalhadamente em Harmonia. Nos acordes de 3, 4 e 5 sons evita-se, geralmente, o dobramento das notas atrativas. Também é costume evitar-se a supressão de notas atrativas. Assim sendo, no acorde de 7.a da dominante suprime-se, de preferência, a 5.a ; nos acordes de 7.a da sensível e 7.a diminuta, suprime-se, geralmente, a 3.a e nos acordes de 9.a, suprime-se a 5.a. Q U E S T I O N Á R I O X I 1 — Como pode ser a ordem das notas de um acorde? 2 — Explique quando a ordem é direta ou indireta. 3 — È a posição das notas, como pode ser? 4 — Qual a posição das notas quando o acorde èstá em ordem direta? 5 — É possível duplicar ou suprimir notas dos acordes? 6 — Como se chama a dupli- PRINCÍPIOS u a s ic o s d a m ú s ic a p a r a a ju v e n t u d e 59 ««ç&o de notas? 7 — Quais são as notas que, geralmente, não devem ser dobra- «U« ou suprimidas? 8 — Qual a nota que, de preferência, se suprime no acorde iln 7.“ da dominante? 9 — E nos acordes de 7.a da sensível e 7.a diminuta? 19 — E nos acordes de 9 a maior e menor da dominante? I — Determine a ordem, a posição das notas e o estado dos seguintes acordes: 4 « - — -T - — - o 1,” 1 T U u ==£S= 5 0 i “ ! I Classifique os acordes do exercício anterior. IX — Acordes consonantes e dissonantes. De acordo com os intervalos que os formam, os acordes se classifi- mm como: consonantes e dissonantes. São consonantes aquêles formados somente por intervalos coa koimntes. São dissonantes aquêles que contêm um, ou mais, intervalos disso nantes. Todos os acordes dissonantes possuem notas atrativas, e, por êsse hintivo, pedem resolução. Nota: O acorde de 5.a aumentada também é dissonante, porém, 1'omo é dissonante artificial (conforme verificaremos mais adiante (|Uiindo estudarmos a origem dos acordes) deixamos de incluí-lo entre os ilumuis acordes dissonantes. E X E R C Í C I O S acordes consonantes perfeito maior perfeito menor acordes dissonantes * 5.a diminuta 7.a da dominante 7 a da sensível 7 a diminuta 9.a maior da "dominante 9 a menor da dominante 60 M A R I A L U I S A D E M A T T O S P R I O L L I X — Análise dos acordes: Exemplo: Acorde de 5.a aumentada; estado funda mental, ordem direta; posição unida; dis sonante artificial; encontrado no III grau de Ré menor; inversões: b •È o n- J L tfg—ÍS=J 1 Q U E S T I O N Á R I O X I I 1 — De acôrdo com os Intervalos que os formam como se classificam os acordes? 2 — Quando é que são consonantes? 3 — Quais são os acordes conao- nantes? 4 — Quando é que são dissonantes? 5 — Quais são os acordes disso nantes? 6 — De que espécie é o acorde de 5.* aumentada? E X E R C Í C I O S 1 — Classificar os seguintes acordes e dizer se são consonantes ou dissonantes. 2 — Formar os seguintes acordes: a) 5.® diminuta do VII grau de Ré menor t>) 7.* da dominante de Sol maior c) 7.* diminuta de Sol menor d) 7.® da dominante de Lá menor e) 9.® maior da dominante de Ré menor í) 5.® diminuta do VII grau de Fá maior g) 7.® da sensível de Mi maior h) 9.® menor da dominante de Mi menor i) 7.® diminuta de Fá menor j) 7.® da sensível de Si maior. 3 — Analisar os seguintes acordes: | i » i i i t Bi m i m CAPÍTULO IX FORMAÇÃO DO SOM Se tomarmos um corpo elástico qualquer, uma corda de tripa, por exemplo, se a esticarmos e a deixarmos súbitamente, ela fará movimento para cada lado e voltará à sua posição primitiva. É a êste movimento que ao dá o nome de vibração. O movimento compreendido entre a posição de repouso e a l.a volta a essa posição é uma vibração simples. Quando a corda faz dois desses movimentos consecutivos temos uma vibração dupla. Exemplo: Em tempo determinado, um certo número de vibrações origina a for mação de um som. O som é, pois, um fenômeno vibratório; é a impressão auditiva que resulta das vibrações isócronas dos corpos elásticos. O som, propriamente dito, ou seja o som musical, é produzido por Vibrações periodicamente regulares. As vibrações irregulares produzem o ruído (o trovão, o marulho das águas, queda de um corpo, etc). 11 ir~ PoSrçÂo DE TlEíouSo Víb-r&çoo SlMPtES VÍBTÍflçÃC VUVl.fi, M A R I A L U t S A 1) E M A T T OS P R I O L L I VíBTlAcÕES 'R e &u m tíES ( S o m ) VÍBftftçôsS IttR E&U LABES (12uÍ:Do ) Quando uma corda é posta em vibração, cada metade, cada terço, cada quarta parte da corda produz vibrações parciais ao mesmo tempo j que vibra a corda inteira. Cada fragmento vibrante da corda produz, por sua vez, sons parciais] que acompanham o som principal (ou som gerador), ou seja, o som que] nós ouvimos. Êsses sons parciais são chamados sons harmônicos ou sons concomi tantes e quase que imperceptíveis na sua maioria. A existência desses sons parciais foi provada por Mersenne e expli-j cada por Sauveur, ambos físicos francêses, em Paris (1701). O som possui 3 propriedades que o definem: altura, intensidade] e timbre. A altura consiste na maior ou menor elevação do som, e depende do ] maior ou menor número de vibrações executadas num tempo dado. Quanto mais rápidas fôrem as vibrações, isto é, quanto maior fôr] o seu número, mais agudo será o som; inversamente, quanto mais lentas fôrem as vibrações, menor o seu número e, portanto, mais grave será o som. O som musical mais grave que o nosso ouvido pode perceber e ana-1 lisar é o que resulta de 16 vibrações duplas (ou 32 vibrações simples) por segundo, correspondendo ao Dó - 2 e dado pelo tubo de 32 pés do grande órgão; o mais agudo é o de 4.100 vibrações duplas (ou 8.200 vibrações simples) por segundo, correspondendo ao Dó 7 e dado com absoluta cla reza pelo flautim. Contudo, até 4.224 vibrações duplas (ou 8.448 vibrações simples) por segundo os sons têm ainda caráter musical. Acima ou abaixo dos li mites citados os sons, perdem sua qualidade musical e são considerados ruídos. A intensidade consiste no grau de fôrça com que se apresenta o som e depende da amplitude das vibrações. Quanto mais amplas fôrem as vibrações, mais forte será o som. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MÚSICA PARA A JUVENTUDE 03 () timbre depende do número de harmônicos que acompanham o som ucrudor e da sua ordem mais ou menos regular. O timbre é a personalidade do som. Se ouvirmos um mesmo som pro duz,ido por vozes ou instrumentos diferentes, é por meio do timbre que reconhecemos esta ou aquela voz, ou ainda qual o instrumento que o produziu. Q U E S T I O N Á R I O X I I I 1 — Q ue é vibração? 2 — Q u e é vibração simples? 3 — Q u e e vibraçao)l((„,a? 4 - Q u e é som? 5 - Q u a l a d if e r e n ç a e n tr e som e ruído? 6 - Q u e e «oin gerador? 7 — Q u e são sons parciais? 8 — Q ue o u tro n o m e te m os sons par dals? 9 — Q u a is são as p ro p r ie d a d e s do som? 10 — E m que c o n s is te e d ep e a altura do so m ? 11 - Q u a l o som m a is grave q u e p o d e m o s p e rc e b e r e q u a n a s v ib raçõ es te m ? 12 - E q u a l o m a is agudo? 13 - E m q u e c o n s is te e d e p e n d e a Intensidade d o som ? 14 — F a le sô b re o timbre. CAPÍTULO X S É R I E H A R M Ô N I C A (SUA FORMAÇAO — ORIGEM DOS INTERVALOS CONSONANTES E DISSONANTES — ORIGEM DOS ACORDES) I — Série harmônica (formação). Ao conjunto de sons que acompanham um som gerador (ou som fundamental) dá-se o nome de série harmônica. O número de harmônicos de um som gerador é indeterminado. Se, por exemplo, fizermos vibrar uma corda cujo som produzido seja Dó 1, a série harmônica será a seguinte: Pelo exemplo dado vemos que a ordem dos harmónicos é a seguinte: do l.° harmônico para o 2.° ............................................ 8.a justa do 2.° ” ” o 3.° 5.a justa do 3.° ” ” o 4 . ° ............................ 4 a justa do 4.° ” ” o 5 . ° ............................................ 3.a maior do 5.° *’ ” o 6.° 3.a 'menor do 6.° ” ” o 7.° 3.a menor do 7.° ” ” o 8.° 2 a maior do 8.° ” ” o 9.° 2 a maior do 9.° ” ” o 10.° 2 a maior PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MÚSICA PARA A JUVENTUDE 65 Quanto mais os harmônicos se afastam do som gerador mais impre cisos e dissonantes se tornam os sons. São considerados consonantes os 6 primeiros sons da série harmônica. Exemplo: II — Origem dos intervalos consonantes e dissonantes Observa-se que os 6 primeiros sons da série harmônica formam os Intervalos consonantes, ou seja, a 8.a justa, a 5.a justa, a 4.a justa (con- Honuntes perfeitos), a 3.a maior e a 3 a menor (consonantes imperfeitos). A G.a menor e a 6.a maior, intervalos também consonantes (consonantes Imperfeitos), são respectivamente as inversões da 3.a maior e da 11.“ menor. Os demais intervalos se encontram do 7.° som harmônico em diante o são, por êsse motivo, considerados dissonantes. III — Origem dos acordes Na série harmônica até o 9.° som encontra-se o grupo de acordes consonantes e dissonantes chamados naturais. Vejamos: 60 M A R I A L U l & A D E M A T T O S P R I O L L I Acorde perfeito maior (consonante) — harmônicos 4-5-6 Acorde de 5.a diminuta (dissonante natural) — harmônicos 5-6-7. Acorde de 7.a da dominante (dissonante natural) — harmônicos 4-5-6-7 Acorde de 7.a da sensível (dissonante natural) — harmônicos 5-6-7-9 Acorde de 9.a maior (dissonante natural) — harmônicos 4-5-6-7-9. Com o abaixamento do 9.° som harmônico (cujo som aproximado correspondente vem aparecer muito mais adiante, no decorrer da série) encontra-se a formação do acorde de 7.a diminuta (com os mesmos sons que formam o de 7.a da sensível) e o de 9.a menor da dominante (com os mesmos sons que formam o acorde de 9.a maior), pois o abaixamento do 9.° som harmônico produz o intervalo de 7.a diminuta e o de 9.a menor. Dos acordes que já estudamos, o único que não se encontra na série harmônica é o acorde de 5.a aumentada, e é por êsse motivo considerado acorde dissonante artificial. Quanto ao acorde perfeito menor, que é consonante, alguns autores consideram-no formado pelos harmônicos 6-7-9. Outros dizem ser a sua origem os harmônicos 10-12-15. Consideramos mais clara e precisa a teoria de Hugo Riemann (cujos profundos conhecimentos do assunto ninguém contesta) sôbre a origem do acorde perfeito menor. | Baseados nos seus largos conhecimentos de acústica provou Hugo Riemann a existência de uma série harmônica descendente (exatamente com os mesmos intervalos da série ascendente) de um som gerador. E nos 6 primeiros sons harmônicos (consonantes) dessa série, se encontra o acorde perfeito menor, formado também pelos harmôni cos 4-5-6. Esta teoria sôbre a origem do acorde perfeito menor se encontra claramente exposta na “Teoria general de la Música” e na “História de la Música”, ambas “ed. Labor”, de H. Riemann. Vejamos êste exemplo extraído da “História de la Música” (pá gina 189) de Hugo Riemann — edição Labor. r s » Observem que os harmônicos 4-5-6 formam o acorde consonante lá-do-mi, perfeito menor. PRINCÍPIOS b á s ic o s d a m ü s ic a p a r a a ju v e n t u d e OT Como vimos, essa teoria sôbre a origem do acorde perfeito menor explica perfeitamente a sua origem, e dada a sua procedência nós a acei tamos plenamente. Q U E S T I O N Á R I O XI V 1 — Que é série harmônica? 2 — Qual o número de harmônicos que acom panham o som gerador? 3 — Quais os intervalos que formam a série harmônica uló o 9.° som? 4 — Quais são os harmônicos considerados consonantes? 5 — Fale »fibre a origem dos intervalos consonantes e dissonantes. 6 — Quais são os acordes dissonantes naturais? 7 — Quais são os consonantes? 8 — Quais os harmônicos que formam o acorde perfeito maior? 9 — Quais os harmônicos que formam os acordes dissonantes naturais? 10 — Por que razão é dissonante ar tificial o acorde de 5.a aumentada? 11 — Fale sôbre a origem do acorde per feito menor. E X E R C Í C I O S I — Forme a série harmônica até o 9.° som dos seguintes sons geradores: Sol, Fá, Lá, Si, Ré, Mi, Si [>, Mi |j, Dó# e Sol#. II — Forme todos os acordes encontrados nas séries harmônicas do exercício acima. I 'EM* {>-£- 1 9 rm. —n— » -x------ sr. i s : Jr __x__ 2 ...... . i à K 2 9 2 X __ 2__ __2 I 1 t CONS. ZDisSoWANTS 1 Aircu-kCcuvtĉQ 0 3~JkOyrv> | S NtJTUT).n\S 08 MA R Í A L U Í S A DK - MA T T OS P R . I O L L I 3 — Forme os seguintes acordes: a) acorde perfeito maior da série harmônica de Fá b) acorde de 7.a da Dominante da série harmônica de Lá. c) acorde de 7.* da sensível da série harmônica de Lá d) acorde de 9a maior da dominante da série harmônica de Mijj e) acorde de 5.° diminuta da série harmônica de Sty f) acorde de 7.a da Dominante da série harmônica de Ré. CAPÍTULO XI COMPASSOS MISTOS — COMPASSOS ALTERNADOS I — Compassos mistos Dá-se o nome de compasso misto à reunião de dois compassos dife rentes executados simultaneamente. Quando escrito em música para piano uma das mãos executa um compasso, enquanto a outra executa compasso diferente. Também dois instrumentos tocando em conjunto com compassos di ferentes formam um compasso misto. Na execução do compasso misto é indispensável que os primeiros tempos de cada compasso coincidam sempre. Exemplo: Y Ío L! PlAlío 70 M A R I A L U I 6 A DE M A T T O S P R I O L L I ? ifl-nro * FR* P É XI — Compassos alternados Compassos alternados são aqueles formados pela reunião de dois ou três compassos (de 2, 3, e 4 tempos) executados alternadamente. Os compassos alternados mais usados são os de 5 e 7 tempos (exe cução alternada de 2 compassos). Exemplo de um compasso de 5 tempos (execução alternada de um binário e um ternário): Biw. T e&v. 3itr. To -----------!-------------- iw » i p i* p — igrrxi( 1 c — 4 —1—1— T E/ATOS I! 4— ___ 1— 5T_6Jt — 1 - - _ J Alguns compositores empregam às vêzes os compassos alternados sem a linha pontilhada divisória. Exemplos: - Jf m m m m M i ■ 0 B 1tiry - r r~ r r _1 4—1r tiT T 11 Se alternarmos 3 compassos (um de 2, um de 3, e um de 4 tempos) teremos um compasso de 9 tempos (menos usado que os de 5 e 7 tempos). Êsses compassos alternados são também indicados por frações e têm sua formação idêntica aos demais compassos. Os compassos alternados podem ser simples ou compostos, conforme sejam os compassos que os constituam. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MÚSICA PARA A JUVENTUDE 71 Servem como numerador das frações dos compassos simples os nú meros 5, 7 e 9; os denominadores são os mesmos dos demais compassos conhecidos. Vejamos a formação dos compassos alternados simples. Compasso de 5 tempos (denominado quinário): formado por um compasso