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Juliana Vieira Queiroz Almeida Propedêutica Clínica Juliana Vieira Juliana Vieira Queiroz Almeida 2 “Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-no no nome do Senhor Jesus, dando por meio dele graças a Deus Pai”. Colossenses 3:17 (NVI). Juliana Vieira Queiroz Almeida 3 Sumário 1. Introdução ............................................................................. página 05 a. Conceitos fundamentais & fases do exame laboratorial .. página 05 b. Curiosidade ................................................................... página 08 2. Hemograma – princípios e interpretação ................................ página 09 a. Hematopoiese (medular) ............................................... página 09 b. Eritropoese .................................................................... página 10 c. Plaquetopoese ............................................................... página 11 d. Leucopoese .................................................................... página 12 3. Hemograma ........................................................................... página 13 a. Anemia ......................................................................... página 13 b. Policitemia & hemácias & hemoglobina & hematócrito .. página 14 c. Eritrograma ................................................................... página 15 d. Alterações morf. relacionadas à hemoglobinopatias ....... página 16 4. Diagnóstico Laboratorial de anemias ....................................... página 17 a. Manifestações clínicas .................................................... página 17 5. Anemias hipoproliferativas ..................................................... página 18 a. Metabolismo do ferro ................................................... página 19 b. Anemia ferropriva ......................................................... página 20 c. Anemia de Doença crônica ............................................ página 22 d. Anemia megaloblástica .................................................. página 24 e. Anemia perniciosa ......................................................... página 25 6. Anemias hemolíticas ............................................................... página 26 a. Manifestações clínicas .................................................... página 26 b. Consequências Laboratoriais da Hemólise ...................... página 27 c. Classificação .................................................................. página 28 d. Anemia Falciforme ........................................................ página 28 e. Anemia falciforme x traço falcêmico & Síndrome Torácica Aguda ...................................................................................... página 29 f. Talassemia ..................................................................... página 31 7. Leucograma ............................................................................ página 33 a. Leucograma & Leucopenia & leucocitose & diferencial de leucócitos ...................................................................................... página 34 b. Alterações morf. de leucócitos relacionados a processos infecciosos das mais diversas etiologias ............................................ página 36 c. Outras alterações & plaquetograma & casos clínicos ....... página 37 8. Coagulograma ........................................................................ página 38 a. Hemostasia primária – fatores vasculares ....................... página 38 b. Hemostasia secundária – fatores proteicos, pró-coagulantes e anticoagulantes ............................................................. página 45 9. Hemofilias ............................................................................. página 50 Juliana Vieira Queiroz Almeida 4 a. Hemofilia & tratamento da hemofilia ............................ página 51 10. Distúrbios ligados ao fibrinogênio ......................................... página 51 11. Doença de Von Willebrand .................................................... página 51 a. Funções do FVW .......................................................... página 52 b. Deficiência quantitativa e qualitativa do FVW ............... página 52 12. Sistema Renal ....................................................................... página 52 a. Anatomia e fluxo sanguíneo renal ................................. página 53 b. Processos envolvidos na secreção .................................. página 54 c. Filtração glomerular ...................................................... página 55 d. Reabsorção tubular ....................................................... página 56 e. Composição da urina & volume urinário & avaliação da função renal ............................................................................ página 57 13. Dosagem sérica de compostos nitrogenados ......................... página 58 a. Ureia ........................................................................... página 58 b. Uremias & Creatinina ................................................... página 59 c. Clearance de Creatinina ............................................... página 61 14. Urina Rotina ....................................................................... página 62 a. Urina tipo I & conservação da urina & exame físico ..... página 63 b. Exame químico ............................................................ página 65 c. Exame sedimentoscópico ............................................. página 69 15. Diagnóstico e controle do Diabetes Mellitus ......................... página 76 a. Epidemiologia & sintomas e sinais ................................ página 76 b. Fatores de risco & Etiopatogênese & classificação etiológica & diabetes mellitus tipo 1 ................................................. página 77 c. Diabetes Mellitus tipo 2 ............................................... página 78 d. Diabetes Gestacional .................................................... página 79 e. Critérios diagnósticos ................................................... página 82 f. Outros exames utilizados ............................................. página 83 g. Exames para classificação do DM ................................. página 84 16. Avaliação da Função hepática .............................................. página 86 a. Provas de função hepática ............................................ página 87 b. Enzimas hepáticas e aminotranferases ........................... página 88 c. Hepatite ...................................................................... página 89 d. Relação AST/ALT .......................................................... página 91 e. Lactato desidrogenase & exames que avaliam o fluxo biliar e a lesão das vias biliares .................................................... página 92 f. Exames que avaliam a função biossintética do fígado & tempo de protrombina ................................................................ página 96 g. Proteínas totais e frações .............................................. página 97 h. Exames laboratoriais .................................................... página 98 17. Tabela de comparação das anemias ..................................... página 99 Juliana Vieira Queiroz Almeida 5 Propedêutica Clínica 2º Semestre 2019 FAMINAS - Prof. Luis Aarão Estudante: Juliana Vieira Queiroz Almeida Hematologia – Fundamentos e Prática Introdução É importante fazer a Interpretação, racionalização do pedido do exame e entender a especialidade relacionada a isso. - Área que envolve a patologia e instrumentos de apoio ao diagnóstico clínico. - 70% das decisões médicasbaseiam-se em resultados laboratoriais é algo valioso. Exames de Triagem – exemplo de como deve ser o raciocínio Síndrome Nefrótica - Nessa há um conjunto de alterações sistêmicas devido a lesão glomerular. - Urina Rotina se espera presença massiva de proteína na urina que vai desencadear a síndrome em si (devido à perda de albumina, levando a uma queda da pressão oncótica, extravasamento de líquido para fora do vaso e, assim, um edema fígado começa a compensar por meio da produção de albumina e outras proteínas, sendo que ele produz também colesterol, de proteínas da cascata das proteases – tendência a trombose –, o que explica os outros exames pedidos abaixo). - Colesterol total e frações. - Coagulograma. Conceitos Fundamentais Objetivos do exame laboratorial - Detectar doenças ou predisposição a elas se está em fase crônica ou aguda ligado ao tratamento. - Confirmar ou rejeitar diagnósticos. - Monitorar a eficácia da terapia escolhida. - Estabelecer prognósticos. - Avaliar a função de órgãos e sistemas, bem como do metabolismo orgânico. Setores do laboratório - Recepção. - Coleta de amostras. - Fracionamento das amostras. - Area técnica há muitos setores específicas, sendo dividida dentro de cada ciência, como hematologia, bioquímica, sorologia/imunologia, microbiologia, parasitologia, urinálise, biologia molecular, imunohematologia, endocrinologia. - Controle de qualidade. - Limpeza e esterilização. - Emissão de resultados. Fases do Exame Laboratorial Fase pré-analítica: solicitação do exame (importante o papel do médico, como troca de unidades), preparo do paciente (explicação), coletada amostra biológica (nem sempre se explica ao paciente), transporte da amostra, recepção da amostra e coleta de dados do paciente, processamento e distribuição da amostra. - 70% dos erros ocorrem nessa fase. - Principais fatores: # Variáveis relacionadas ao paciente, podendo ser controláveis (dieta, atividade física) ou não (idade, sexo, uso de medicamentos – depende –, etc). # Técnica de coleta da amostra: técnica de garrote prolongado (pode causar hemólise – células que passam podem sofrer atrito e, assim ruptura – e mudar a hemoconcentração – sangue continua fluindo, vindo para o braço, mas não retorna, causando extravasamento de plasma pro meio extravascular, de forma que pode haver um aumento de 10% da concentração que se está dosando –); . Juliana Vieira Queiroz Almeida 6 # Transporte (temperatura, pressão de oxigênio, agitação que causa hemólise), processamento e armazenamento da amostra. Fase analítica: ensaio ou teste laboratorial, metodologia de trabalho, princípios de instrumentação, automação, controle de qualidade menor probabilidade de erro devido a precisão. Fase pós-analítica: emissão de laudos, entrega de resultados, tomada de decisão médica menos erros por haver poucos passos. Variáveis relacionadas ao paciente - Dieta/jejum. - Tabagismo. - Estresse. - Medicamentos/álcool. - Idade. - Sexo. - Postura. - Exercício físico. - Variação cronológica. Variáveis relacionadas à coleta - Lipemia. - Icterícia. - Anticoagulantes. - Má homogeneização. - Quantidade inadequada. - Coágulos. - Hemólise - Hemoconcentração. Variação cronobiológica - Exames afetados por variação diurna # Imagem ao lado. - Os outros são colhidos pela manhã com jejum previamente estabelecido. Exercício Físico - Efeitos transitórios # Relacionados ao aumento da atividade metabólica com objetivo energético (12 a 24h). # Alta em 300% de lactato. # Alta de CK. # Alta de TGO/AST. # Alta de LDH (lactato desidrogenase). Essa e a CK são mais elevadas em qualquer um que faz exercício físico. # Ativação da coagulação, fibrinólise e plaquetas. - Efeitos de longa duração # Alta de CK, LDH e TGO. # Gonadotrofina e hormônios esteroidais em corredores de longa distância. # Prolactina. Dieta - Variações: # Ausência de jejum: no sangue sem jejum há certo teor de gordura (pode durar até 6h depois de alimentação) que pode enganar o aparelho no método colorimétrico, baseado em cor. # Dietas específicas: No exame de sangue oculto nas fezes pela colorimetria deve-se sempre indicar; Juliana Vieira Queiroz Almeida 7 entretanto, há métodos específicos que identificam o grupo “n” da hemoglobina (não pega a carne da alimentação mais), mas não são utilizados em todos os laboratórios. Deve-se estar claro pelo laboratório, para que o médico possa ter certeza do resultado. - Com métodos mais específicos a interferência da dieta está cada vez melhor. Jejum - Justificativa # Interferência direta na concentração de analitos VR: Valores basais. # Interferência em algumas metodologias métodos espectrofotométricos. - Tempo ideal: # Jejum de 8h pode não permitir que esteja tudo normal; se for de 12h pode levar a glicemia a estar muito baixa deve-se indicar jejum de 10h. Álcool - Ingestão aguda: leva ao aumento do ácido lático e úrico, de TGL e queda da glicemia. - Ingestão crônica: leva ao aumento do GGT, do colesterol total, do ácido úrico, e alterações no hemograma (Alta de VCM). Tabagismo - Valores aumentados: # Adrenalina: favorece estresse, aumentando o colesterol, cortisol, entre outros. - Valores diminuídos: # Vitamina B12: tende a ser baixa, desenvolvendo anemia megaloblástica. # Eritropoetese: devido a menor chegada de oxigênio nas justaglomerulares. - Efeitos crônicos: aumento exagerado das hemoglobinas, Hm, VCM e leucócitos. Estresse - Aumento da ACTH, cortisol e catecolaminas. - Queda de HDL e aumento do colesterol total. - Curto prazo: aumenta glicemia, diminui colesterol, entre outros. - Hiperventilação: alcalose respiratória. - Aumento de neutrófilos (leucócito mais abundante, por ser polimorfonuclear) leucocitose e neutrofilia. # Neutrófilo: parte desses são marginados (possuem adrenalina), ficando aderidos ao mesotélio, de forma que somente os circulantes vão vistos no exame de sangue. Os marginados, quando há necessidade de liberação de adrenalina, saem da margem, de forma logo após o exercício esses aumentam. Deve-se saber que a neutrofilia não ocorre devido a um aumento da produção pela medula, ou seja, não é necessariamente uma infecção bacteriana (sendo patológica); pois, pode haver neutrofilia devido ao estresse e exercício (sendo fisiológica). Postura durante a coleta - Posição ortostática # Mudança rápida de posição corporal. # Aumento da pressão hidrostática. A pressão hidrostática contribui para a filtração, sendo que para indivíduos que ficam muito em pé tem sua pressão alterada, de forma que sua urina deve ficar mais espumosa, podendo haver proteinúria (não sendo patológico, mas fisiológica); assim como aqueles que ficam assentados com o braço muito para baixo, podendo haver aumento da hemoconcentração em cerca de 10% por isso o ideal é colher de manhã (parâmetros mais condicentes – deve-se procurar saber a profissão do paciente). X No exame de um professor há somente proteinúria, sendo que se ela for isolada deve-se pensar em ser um erro ou uma condição isolada do paciente. # Diminuição do volume plasmático hemoconcentração. Proteínas totais e albumina, enzimas, cálcio, bilirrubina, colesterol, triglicérides, Hto, Hb, leucócitos, proteinúria ortostática, etc. # Aumento de 8 a 10% do valor inicial. Juliana Vieira Queiroz Almeida 8 Idade - Definição de 4 grupos etários: # Recém-nascido Bilirrubina no recém-nascido: neonato tem essa aumentada, pois ele produz mais hemácias, logo destrói mais; fígado imaturo (enzima UDP-glicociltransferase), havendo excesso de Bb indireta. # Criança: aumenta creatinidade e fosfatasealcalina. # Jovem: aumento gradual de colesterol e TGL. 1 milhão de néfrons por rim pós 40, a cem mil a menos a cada década. # Idoso: aumento do colesterol, TGL, ureia e creatinina; queda de T3, PTH, aldosterona e cortisol. Função renal: a creatinina, provinda da atividade muscular, é facilmente filtrada e não sofre reabsorção, mas nas porções finais do néfron se há uma secreção (15 a 25%) com a queda dos néfrons/da filtração, se há o aumento da secreção de creatinina (50%) como forma de compensação. X O Clearance de Creatinina mede a capacidade de filtrar a creatinina; variando de 90 a 30ml/min. Pacientes que filtram 15ml/min estão na hora de fazer hemodiálise. No idoso esse exame não é suficiente, pois ele filtra menos, mas secreta mais. Sexo - Homem: maior massa muscular. - Mulher: tem menor massa muscular e menstruação (perde cerca de 0,4 de ferro por dia, de forma que o organismo se adapta). Medicamentos - Tem 2 alternativas: ou ele pode parar de usar (antibacteriano), ou ele não pode (AAS, hidroclorotiazida – aumenta a glicemia, de forma que ele não é primeira escolha para diabéticos–). # É importante avisar que ele não faça uso de um medicamento antes de alguns exames. Curiosidade Hemácias (demora cerca de 32h para que essa seja produzida) e hematócrito (HT). - Anemia: menor produção de hemácias, elas ocupam menos espaço, havendo uma queda de hematócritos. # Hematócrito: concentração/volume de células vermelhas no sangue geralmente por volta de 40% (mulher menos devido a menstruação). Dado relativo: pois a diminuição do volume de plasma aumenta o percentual das hemácias não quer dizer que há uma maior produção de hemácias. - Dengue ainda há a produção de hemácias, mas há perda de líquido intravascular, de forma que elas ocupam um percentual mais alto dentro dos componentes do sangue. Nesse caso o HT sobe de modo relativo. - Indivíduo que mora em lugares de grande altitude: há menos oxigênio, havendo hipóxia tecidual, de forma que o corpo produz mais hemácias para melhor transporte do oxigênio. # As células justaglomerulares são sensíveis a hiponatremia (baixa de sódio), a hipotensão e a oxigênio, entre outros na hipóxia há produção de eritropoetina, que age na medula (células tronco), as induzindo a se formarem hemácias). Nesse caso o HT sobe pelo aumento da quantidade de hemácias, ou seja, de maneira absoluta. Policitemia: aumento da quantidade de hemácias e hemoglobina (contrário de anemia). - Grande produção de hemácias, aumentando a viscosidade do sangue, de forma que há déficit cardíaco, podendo ser irreversível. Plaqueta tem muita COX1 importante para produção de tromboxano. - AAS inibe a 1 também (cerca de 7 dias), inibindo o tromboxano, de forma que qualquer sangramento se torna o sangramento (proibido para pacientes com dengue). 1 milhão de néfrons por rim pós 40, a cem mil a menos a cada década. Juliana Vieira Queiroz Almeida 9 Hemograma – Princípios e interpretação clínica do eritograma Definições Hemograma: Conjunto de parâmetro usado no controles e diagnóstico de várias patologias. - Reflete a resposta medular frente a condições pato- ou fisiológicas. Hematopoiese: processo de formação, maturação e diferenciação das células do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas). Hematopoiese A produção de células deve ser entendida. Começa por volta do 19º dia de vida embrionário, período em que há a formação do blastocisto, do saco vitelínico, dos anexos embrionários (Endoderma ectoderma e, no meio, o mesoderma). - Mesoderma: é nele em que se dá a hematopoiese primária (devido a chegada de uma célula do endoderma que se torna uma célula tronco totipotente – a mais indiferenciada e imatura –), em que há uma certa diferenciação. # A célula totipotente pode dar origem as células do sangue, dando origem há hemácia rudimentar, que é nucleada. Essa é pouco eficiente para o transporte de nutrientes, pois esse ocupa uma grande área e parte do metabolismo é destinada ao núcleo. Uma célula que transporta oxigênio e o consome não é uma boa característica a perda nuclear permitiu a eficiência. - No mesoderma tem células, sem função específica. - Por volta do 4º mês há a formação do fígado e baço, que começam a produzir células sanguíneas mais diferenciadas, sendo chamada de hematopoiese hepato-esplênica. # Uma pessoa com lesão medular, por radiação, por exemplo, que leva a uma aplasia de medula, tem um desvio de produção de células sanguíneas para o fígado e baço. Isso ocorre devido à hipóxia que ocorre quando a medula perde sua função. O rim, sensível a hipóxia, produz muita eritropoietina (hormônio que pode acionar a hematopoiese no indivíduo adulto) não é tão eficaz, mas ajuda. - Por voltado 5º ao 7º mês se tem a formação dos ossos, começando a hematopoiese medular. Hematopoiese medular Como surge uma célula sanguínea? - Uma nova linhagem celular surge quando, por algum estímulo, uma célula do endotélio medular cai na matriz medular e se diferencia a partir de uma célula totipotente até uma célula diferenciada e madura como as hemácias, as plaquetas e os leucócitos. O estroma, matriz, da medula não tem contato com o osso, revestida pelo endotélio medular (camada única de células diferenciadas e amadurecidas), que a protege e isola. - Uma célula do endotélio pode cair no estroma e sofre involução blástica, voltando a ser uma célula tronco pluripotente (pode se transformar em qualquer célula, menos nos anexos embrionários). # Se essa célula pluripotente receber o estímulo da eritropoietina, ela vai se transformar em uma hemácia; citocinas em contato com a mesma pode transformá-la em um neutrófilo; mediadores liberados no sangramento podem transformá-la em uma plaqueta. Critérios para diferenciar células jovens - Vistas no mielograma. # Eosina (ácido): cora a granulação citoplasmática presente nos eosinófilos (citoplasma muito básico). # Azul de metileno (básico): ácidos nucleicos presentes no núcleo. Quanto mais azul, mais jovem. - Imaturas e indiferenciadas: # Volume celular aumentado. Juliana Vieira Queiroz Almeida 10 # Formato mais oval. # Cromatina frouxa. # Núcleo aumentado de tamanho (3/4 do volume da célula). # Basofilia citoplasmática. # Nucléolos visíveis. Eritropoese Origem: células justaglomerulares renais (90%) e hepatócitos (10%). - Ou seja, a hipóxia aumenta a produção dessas. - Fisiológica: recém-nascido (aumento de EPO inicial), aumento de altitude e atividade física intensa praticada moderadamente. - Patologicamente: doença pulmonar, cardíaca, tabagismo, anemia. Efeitos biológicos: - Estimula a diferenciação de eritroblastos e a produção de Hb no citoplasma. - Produção ligada à hipóxia tecidual. Aumento da EPO: substituição da medula gordurosa em medula ativa inclusive nossos longos. - Hipertrofia do tecido vermelha e uma hipotrofia do tecido amarelo crescimento da medula ativa destrói as trabéculas, de forma que há osteoporose mais cedo. - Aumento exagerado da EPO: fígado e baço podem produzir hemácias. Células-alvo: células precursoras eritroides. - Os receptores de eritropoetina estão presentes na membrana dos precursores eritroides (proeritroblastos e eritroblastos basófilos). Eritropoetina – EPO - Paciente renal crônica: produção insuficiência de EPO. - Aumento da liberação devido: # Hipóxia: principal fenômeno. # DPOC, cardiopatia congênita e apneia do sono. # Hemoglobinopatias, metemoglobinemia. # Tabagismo. # Hipóxia renal localizada. # Indivíduos que vivem em grandes altitudes - Situações que diminuem a liberação de EPO # Insuficiência renal crônico todos tem anemia como consequência. Anemia de doença crônica: decorrente de doença inflamatória, muitos mediadores mielosupressores (induzem uma supressão da medula). # Inflamações crônicas e doenças autoimunes, aids e neoplasias. Etapas da Eritropoese - Síntese do DNA mecanismo de mitose síntese de Hemoglobina Incorporação do Ferro Perda do núcleo Perda de organelas. - Um adulto normal produz 200 milhões de hemácias por dia!!!! Eritropoese - Formação das células vermelhas: hemácias, eritrócitos, glóbulos vermelhos - Na medula óssea o reticulócito ainda é redondo passa para o sangue periférico após 48h hemácias nem todas as células vermelhas são hemácias, sendo 0,5 a 1,5% reticulócitos, sendo um processo constante e dinâmico. # A quantidade de reticulócitos pode cair: quer dizer que a medula está produzindo menos hemácias. Pode ser uma anemia hipoproliferativa paciente com Juliana Vieira Queiroz Almeida 11 deficiência de alguma matéria prima essencial para medula funcionar deficiência de vitaminas B ou deficiência de ferro ou uma anemia mielocrônica (mielosupressora). # A quantidade de reticulócitos pode aumentar: quer dizer que a medula está produzindo mais hemácias. É uma anemia hiperproliferativa não há carência de matéria prima problema não está na medula provavelmente uma anemia hemolítica (caracterizadas por uma diminuição da sobrevida das hemácias, que não chega a 120 dias) nível de EPO desse está alto, devido a hipóxia, estimulando a medula medula funciona e produz mais células como forma de tentar compensar a hemólise liberação de células jovens no sangue, podendo haver eritroblastos. A eritroblastose fetal ocorre quando a mãe é Rh negativo, o primeiro filho positivo, de forma que a mãe produz anticorpos IgG segundo filho IgG atravessa placenta alto índice de hemólise da criança, havendo hiperplasia medular (100% das células desse no sangue serão eritroblastos) # Um exame complementar serve para quantificar esses. Fases das hemácias - Proeritroblasto 2 a 4 dias eritroblasto basófilo eritroblasto policromático início da síntese de hemoglobina transição da cor ocorre devido ao ferro da hemoglobina eritroblasto ortocromático (última fase que a célula consegue se replicar) núcleo se torna mais periférico núcleo é expulso reticulócito (possui restos de DNA, não tem núcleo) 48h (perde resíduos de DNA) hemácia (dentro da hemácia só a hemoglobina e água, sendo uma célula sem metabolismo). - Cada proeritroblasto pode originar de 8 a 32 eritroblastos ortocromáticos (esses não proliferam mais, perdem o núcleo). - A hemácia é um disco bicôncavo, sendo que não cora no meio. Presença de certa basofilia, por ter ácido nucleico dentro dela, corando um pouco mais com azul de metileno. # Não tem halo central por ser redonda e ter muita hemoglobina no meio dela. Vantagens da perda do núcleo para a hemácia - Maior espaço para carrear a hemoglobina. - Menor consumo de O2. - Maior maleabilidade e deformabilidade. - Menor chance de ruptura. Reticulócito - Policromatofilia (nome dado ao laudo; qualitativo – aumento): quando há muitos reticulócitos (sabe que são muitos quando não se consegue contar), sendo um dado qualitativo. Presença de “hemácias” maiores, mais basófilas (devido ao RNA presente nessas, sendo corado pelo azul de metileno) e sem halo claro central. - Reticulócito (nome do exame; quantitativo – número de células): fazendo a contagem de reticulócitos por meio do Azul de Cresil brilhante (ACB), um corante supravital que cora a célula com resíduo de material genético em azul antes de serem fixadas, devido aos restos de DNA. # Adulto: 1,5 a 2% Plaquetopoese São etapas mais simples com menos células intermediárias envolvidas. - Ver ao lado as fases maturativas. Diferenciação e maturação das plaquetas - Células começam a aumentar em vez de diminuir. Juliana Vieira Queiroz Almeida 12 - Começa a haver megacariocinese do megacarioblasto a fim de poder ter uma divisão, podendo expandir e chegar a haploidia de 64n, com um núcleo que parece ser segmentado, quando não é forma o megacariócito acidófilo libera os grânulos que levam partes da célula consigo plaquetas. # Esse processo de maturação e diferenciação de plaquetas pode ser aumentado devido a um sangramento; plaquetas tem serotonina, adrenalina, substâncias que estimulam a célula tronca a virar plaquetas. Leucopoese Não há um tipo de leucócito, mas sim 5 formas diferentes, mas esses são divididos em dois tipos devido a origem: - Linhagem mieloide: originam e amadurecem na medula óssea, saindo plenos para o funcionamento. # Os granulócitos com granulação têm o mieloblasto como precursor e tem um núcleo que se torna segmentado ao se amadurecerem (chamados de polimorfonucleares). Mieloblasto promielócito (já tem granulação, permitindo identificação quanto ao tipo) mielócito metamielócito bastonete já pode ir para o sangue (máximo encontrada é de 5%) neutrófilo segmentado ou maduro (granulação não se cora; pode chegar a 65%). X Os eosinófilos (não passa de 4%; característico tecidual, com produção aumentada perante estimulo medula, como uma alta de histamina) e basófilos (não passa de 1%; não muito presente no sangue, por ter característica tecidual estando muito presente no Trato Respiratório, no TGI e na pele, para produzir histamina, sendo chamado de mastócito no tecido) tem sua granulação destacada pelos corantes, podendo ser diferenciados por esse. X Neutrófilo é maioria. X Se houver mais neutrófilos, um desvio a esquerda (aumento de bastonete), é sinal clássico de infecção bacteriana. X Alguém com alergia hemograma vai estar com muitos eosinófilos produção de anti- histamínicos naturais. X Desvio para esquerda: sinal de infecção bacteriana. # O monócito (máximo de 8%) vem do monoblasto. Monoblasto promonócito monócito (costuma aumentar em viroses). Monoclueose infecciosa: leva a uma maior liberação de monoclueares. - Linhagem linfoide: originam na medula e amadurecem nos linfonodos. # O linfócito (25 a 45%) vem do linfoblasto. Tem fases maturativas na medula no sangue periférico na medula óssea. O linfócito B volta para a medula e se transforma em plasmótico, havendo Juliana Vieira Queiroz Almeida 13 uma clonagem na medula deste para que se produza o mesmo tipo de Ig e anticorpos. Com isso, há síntese proteica e aumento dos ácidos nucleicos e, assim, da basofilia da célula. Hemograma Costumasse pular o VC, HCM, CHCM e o RDW na anemia são esses que diferenciam, mostrando se é uma anemia recente, genética, ou não. A primeira parte desse analisa a série vermelha; a segunda a série branca, sendo que aparece o total de leucócitos (contagem total das células); e a terceira parte aparece os trombócitos, no caso, as plaquetas. - Pode vir uma observação que reflete dados qualitativos o laboratório faz uma lâmina e cora, analisando ela e vendo o que há de anormal. # Presença de intensa policromatofolia (alta de reticulócitos) considerando que é um paciente anêmico anemia hiperproliferativa descarte da megaloblástica, da ferropriva se pensa na anemia hemolítica. # Presença de microcitose e hipocromia hemácias menores e pouco coradas. 1mm3 = 1microlitro. - 1 gota de sangue = 25 microlitros. Anemias Segundo a OMS - Se olha a Hb, não as hemácias. - Adulto: Hb < 12,5g/dl. - Criança de 6 meses a 6 anos: Hb < 11g/dl. - Crianças de 6 anos a 14 anos: Hb < 12g/dl. - Crianças menores de 6 meses: difícil casos de carência (mãe subnutrida com pouco leite materno anemia dietética raro no nosso meio); anemia genética (falciforme é a mais comum em MG, caracterizada por mutação genética que leva a alteração fenótipa) # Anemia falciforme: ao nascer se tem Hb fetal, sendo que após 6 meses devida a substituição para a HbA1. Nessa doença, se tem a substituição da A1 para a HbS. Geralmente se manifesta após os 6 meses de idade. Classificação das anemias Não há necessidade de pedir ferro e ferritina dependendo do tipo de anemia, quando se fala qual o tipo de anemia. - As carenciais e hemolíticas são as mais comuns. Mecanismos que geram anemia - Perda sanguínea crônica ou aguda hemorragias. # Úlcera, mioma, hipermenorreia, endometriose. - Redução na produção de eritrócitos e de hemoglobina anemias carênciais e aplásticas. # Consegue corrigir com suplementação, a não ser se for por baixa absorção. De acordo com a causa De acordo com alterações morfológicas Carenciais Anemias microcíticas e hipocrômicas Secundárias a doenças crônicas Sideroblástica Anemias macrocíticas e normocrômicas Hemolíticas Anemias normocíticas e normocrômicas Aplásticas Juliana Vieira Queiroz Almeida 14 - Diminuição na sobrevida dos eritrócitos anemias hemolíticas. Policitemia Corresponde a um aumento no número de hemácias que ocorre mais comumente devido à Hipóxia. Pode ser: - Fisiológica: mecanismo compensador da M.O. para quem mora em grandes altitudes ou RN. - Patológica: Doenças pulmonares e cardíacas, intoxicação por monóxido de carbono, desidratação e queimaduras. Hemácias Homens: 4.500.000 a 6 de hemácias por mm³ de sangue Mulheres: 4.000.000 a 5.500.000 de hemácias/mm3 de sangue. Recém-nascidos: 5.500.000 a 7.000.000 de hemácias/mm3 de sangue. Interpretação - O número de hemácia está sujeito a duas variações (não é um dos melhores parâmetros). # Valores abaixo dos valores de referência pode ser uma anemia (pode estar anêmica e ter hemácias normais). # Valores acima dos valores de referência policitemia OBS: Queda do ferro (matéria prima) e de hemoglobina: pode diminuir após a queda de ferritina. Ferritina (reserva do ferro – enquanto tem ferritina, tem ferro): exame que não pode faltar nos estágios iniciais (pré-latência) se tem anemia, ferritina está baixa. Queda do número de hemácias: último estágio. Hemoglobina Valores de referência - RN: 16 a 23g/dL valor extremamente acentuado. - No início da financia: 10 a 14 g/dL - Homens: 13,5 a 17,5 g/dL - Mulheres 12,5 a 15,5 g/dL Concentração de hemoglobina na anemia: varia com sexo e faixa etária ao lado. - Como gravar: # Quem é criança ou carrega neném: 11g/dl. # Quem é mais frágil: 12g/dl. # Homem adulto: 13g/dl. Hematócrito Valor de referência - Homens: 40ª 50% - Mulher: 37 a 45% - Crianças: 32 a 42% - Recém-nascido: 52 a 60% Mostra se o aumento do número de hemácia é relativo ou absoluto, como já falado antes, como em casos de perda do plasma. Anemias & Hematócrito - Na anemia microcícitica ou hipocromica: sempre se espera hematócrito abaixo, sendo que a hemácia ocupa menos espaço. - Na anemia macrocítica ou normocrômica. # Deficiência de B12 e B9 há queda da produção de hemácias, sendo que elas têm um tamanho aumentado hematócrito pode não ter alterações, pois um compensa ao outro. hematócrito pode cair macrocitose não compensa a queda quantitativa das hemácias. hematócrito pode estar aumentado não é tão comum, mas ocorre. Juliana Vieira Queiroz Almeida 15 Eritrograma Parâmetros quantitativos - Hemácias - Hemoglobina - Hematócrito - Índices hematimétricos # VCM (Volume Corpuscular Médio): volume médio que as hemácias possuem Calculado com Hematócrito dividido pelas hemácias multiplicado por 10 VCM = (Ht0 / Hm) x 10 Valor referência é de 80 a 100fL. # HCM (Hemoglobina Corpuscular Média): quantidade absoluta de hemoglobina por hemácias, ou seja, qual o peso da hemoglobina em cada hemácia. Cálculo com Hemoglobina total dividido pelo número de hemácias HC = (Hb / Hm) x 10 A representação morfológica da presença de hemoglobina na hemácia é vista pela sua cor. Valor de referência é de 27 a 33 pg. Há proteínas fundamentais para dar maleabilidade e deformabilidade para as hemácias. - Essa condição a deixa mais resistente a condições que ela deve resistir. # No baço há uma certa acidose local (pH é discretamente diminuído em comparação ao resto do corpo), o que poderia levar a uma certa destruição de hemácias. Além disso, na região há uma certa hipóxia local e a célula deve passar pelos capilares, os quais tem muitos macrófagos (esses fazem controle de qualidade, sendo que a membrana oxidada indica que a hemácia está velha). Todas as hemácias normais resistem e vivem 120 dias, mas indivíduos com deficiências de proteínas de estrutura de membrana não possuem essa resistência tendência é o baço destruir essas algumas resistem, retraindo seu volume, deixando de ser um disco (perde o halo) e passando a ser uma esfera, extremamente hipercorada pela hiperconcentração de hemoglobina passa a ser chamada de esferócito a fim de aumentar a espessura da membrana e passar pelo baço. X Isso ocorre na esferocitose hereditária e nas anemias hemolíticas autoimunes (AHAI; podem ocorrer devido a viroses, principalmente da infância, como Sarampo que pode exacerbar a produção imune e levar esses a atacarem as hemácias; uso de medicamentos como antipertensivos, entre outros; de forma que as hemácias tomam outra conformação a fim de não serem destruídas). # CHCM (Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média): se fala em teor; não mede a quantidade exata de hemoglobina, mas sim a concentração presente ai. Quando se tem esferocitose se espera que a concentração seja maior, devido ao aumento da concentração das hemoglobinas, enquanto na AHAI esses vão estar dentro dos valores normais. X Na AHAI e na esferocitose costumasse haver esplenomegalia; um intenso catabolismo de hemoglobinas, havendo icterícia e aumento da bilirrubina indireta, colúria e hipercolia fecal para diferenciar bem essas procurasse história familiar e a idade, pois a esferocitose aparece precocemente. Caso ainda haja dúvida se faz o teste de Coombs (pesquisa de anticorpos irregulares no sangue). Cálculo com Hemoglobina total divido pelo hematócrito CHCM = (Hb / Ht) x 100 Valor de referência: 30 a 35 g/dl. Juliana Vieira Queiroz Almeida 16 # RDW (Red Cell DIstribuition Width): é o índice que indica a anisocitose, ou seja, a variação de tamanho dos eritrócitos de um mesmo esfregaço. Valor de referência: 11 a 14%. Até 15% a variação é aceitável, sendo que quando > que 14%, o valor de variação não é mais normal (anisocitose). Indivíduo adulto, homem hipótese de alteração no trato gastrointestinal (nutricional, absortivo). Indivíduo adulto, mulher hipótese de alteração no sistema reprodutor (mioma, entre outros). Considerando que a hemácia vive 120 dias, em um hemograma pode-se encontrar hemácias normais (de quando se produzia normalmente), maiores (reticulócitos, sendo que as células foram eliminadas precocemente), ou menores (devido à falta de nutrientes) CHCM > 15% anemia ferropriva. - RDW de 12% pode ser uma anemia tardia. RDW de 22% pode ser uma anemia recente. # Indivíduo com talassemia CHCM normal, pois todas suas hemácias são microcíticas. - A anisocitose pode ser causada por anemia microcítica, por exemplo. Principal parâmetro para ver se o tratamento está sendo favorável, com suplementação de ferro, é o aumento dos reticulócitos no sangue do paciente reflete se houve resposta da medula, sendo que o reticulócito responde a partir de 4º dia (pedir no 14º dia esse). # Exemplo: paciente com Hb 8,3 g/dL, Ht de 26%, Hm de 3,9 milhões. VCM = 26 / 3,9 x 10 VCM = 66fl volume abaixo do esperado descarta-se anemias macrocíticas (não precisa de exames de B12, B9, eletroforese para avaliação de anemiafalciforme) anemia microcítica. HCM = 8,3 / 3,9 x 10 HCM = 21,2pg peso abaixo do esperado anemia hipocrômica anemia ferropriva (ferritina estará baixa) ou anemia de doença crônica (comum em doenças inflamatórias; ferritina está alta – ela é da fase aguda, de forma que na anemia o fígado aumenta a produção dessa) ou talassemia (questionasse se há casos familiares dessa se não descartar). CHCM = (8,3 / 26) x 100 CHCM = 32g/dL Parâmetros qualitativos – hematoscopia - Parte do hemograma que procura identificar microscopicamente o estado morfológico das hemácias, sobretudo, se há presença de alterações morfológicas e relacionadas ao conteúdo de hemoglobina nas hemácias. - Podem estar relacionadas a: # Tamanho das hemácias. # Cor. # Forma. # Presença de inclusões citoplasmáticas. - Hematoscopia: relato feito, no espaço para observações, descrição da forma da hemácia. # Presença de esferócitos, Alterações morfológicas relacionadas à hemoglobinopatias Devemos produzir a A1, A2 e a fetal (deve ser mínima, chegando ao máximo de 1%). - Diferença é a cadeia que se conjunta com a alfa, sendo que cada uma dessas tem 4 cadeias # A1 tem 2 alfa e 2 Beta; A2 tem 2 alfa e 2 delta; fetal 2 alfa e 2 gama. # Hemoglobina S: na anemia falciforme, ou depranocitose, se produz essa, sendo que essa leva à perda de solubilidade ao passar no baço Hemoglobina S se precipita em forma de cristal, ficando em forma de foice ou drepanócitos. A normal, mesmo em baixa concentração de O2 continua solúvel ao passar no baço. Além disso, a S tem maior aderência a parede dos vasos, podendo lesar esses indivíduos com essa tendem a morrer de infarto, AVE, trombose. # Hemácia sem alvo: deposição da hemoglobina no meio devido ao fato dessa se depositar ao passar no baço. Comum em anemias hemolíticas. # Hemácias triangulares: conteúdo interno cristaliza e força a hemácia a dobrar. Anemia C. Juliana Vieira Queiroz Almeida 17 A medula entra em hiperatividade e hiperplasia medular - Hiperplasia medular: presença de pontilhado basófilo (pontinhos azuis, restos de materiais genéticos) e policromatofilia (presença de reticulócitos) desconfia de anemia hemolítica. - Copúsculos de Howell Jolly: restos de DNA ou material cromossômico. - Anel de Cabot: fase da metáfase de pareamento, na qual a célula que ainda tem fuso mitótico e já foi liberado na circulação. - Ovalocitose hereditária: defeito mais discreto; não costuma ter sintomas. “Anemia benigna” n qual há hemácia em forma oval no sangue. - Esferocitose hereditária: casos graves necessitam de transplante de medula. - Estomatocitose hereditária: halo da hemácia tem formado em faixa (parecem o estômato de células vegetais), sendo uma doença gravíssima que leva a uma curta sobrevida do paciente quando não tratada e diagnosticada precocemente, pois a hemácia tem uma membrana muito frágil. Alterações não específicas Dacriócito: dácri refere-se à lágrima, sendo que a hemácia tem esse formato. - Com um conjunto de alterações isso pode ocorrer em anemias em geral, hepatopatia, pacientes com valvulopatias, com doença renal (paciente com excesso de ureia, ou síndrome urêmica, que tem certo grau de hemólise). Queratócito: hemácia “quebrada ao meio”. Acantócito: com espículas regulares. Roleaux: empilhamento/aglutinação de hemácias. - Isso não ocorre normalmente devido à presença de ácido siálico, presença na membrana das hemácias, que tem uma carga elétrica negativa muito grande, levando a um potencial zeta. # Quando esse potencial zeta cai? Quando se aumenta a presença de proteínas com carga positiva, como anticorpos, fibrinas, elementos do sistema complemento, ou seja, elementos do processo inflamatório; comum em anemia de doença crônica. Diagnóstico Laboratorial de anemias Conceito Anemia: Síndrome clínica ou de quadro laboratorial com diminuição da concentração de hemoglobina sanguínea, com diminuição ou não do número de hemácias. - Do grego: an (privação) haima (sangue), - Pode ser considerada um sinal clínico de muitas doenças. Manifestações Clínicas Podem ser específicas ou não. Não específicas: - Decorrentes de hipóxia. # Fadiga fácil, dispneia ao esforço, cefaleia, vertigem, tonturas, zumbidos, fraqueza muscular, cãibras, angina. - Decorrentes de mecanismos compensatórios: # Taquicardia e palpitações (pode levar à uma arritmia cardíaca) durante o esforço. # Redução da viscosidade sanguínea sopro. # Insuficiência cardíaca Juliana Vieira Queiroz Almeida 18 Específicas para cada tipo de anemia: - Anemia aplástica: manifestações hemorrágicas (devido à baixa de plaquetas) e infecções (Queda da imunidade, pois há comprometimento da síntese de leucócitos).. # Pode ser causada por lesões mecânicas, uso de medicamentos, radiação, vírus (como o da hepatite). # Pancitopenia: Redução de todas as células sanguíneas. Também ocorre na leucemia. - Anemias hemolíticas: icterícia e esplenomegalia. - Anemia perniciosa: parestesias e manifestações neurológicas. - Leucemias: esplenomegalia e linfonodomegalia. - Mieloma múltiplo: dores ósseas, fraturas ósseas. Classificação morfológica: - Anemias microcíticas e hipocrômicas. # Anemia ferropriva. # Anemia de doença crônica. # Síndromes talassêmicas - Anemias macrocíticas e normocrômicas: # Anemia megaloblástica/perniciosa. - Anemias normocíticas e normocrômicas # Anemia falciforme. # Anemia aplástica Classificação Etiopatogênica: - Anemias hipoproliferativas: carenciais, aplástica, sideroblástica e por deficiência de eritropoetina. - Anemias por perdas sanguíneas ou hemorrágicas. - Anemias hemolíticas. - Anemias secundárias a doenças não hematológicas. Anemias Hipoproliferativas Introdução Distribuição do Fe no organismo. - 75% está na hemoglobina; 25% está na ferritina e hemossiderina, como forma de reserva. - Células da mucosa intestinal e do baço e medula óssea - Transferrina: 2% (transporte). - Enzimas Heme (citocromo e catalases): 0,3%. Ferritina - O organismo produz a apoferritina essa tem vários sítios nas qual o Fe se liga, sendo que ela tem um limite de saturação que gira em torno de 30% (quando 30% dos sítios estão ligados ao ferro, ela está saturada) moléculas saturadas são chamadas de ferritina. - Principal proteína armazenadora de Fe. - 30% ocupada por Fe e 70% potencialmente capaz de armazenar mais Fe. - É encontrada no baço e na medula óssea, no sangue e no intestino. - Libera Fe rapidamente quando há necessidade de fornecimento aos eritroblastos. - Valores de referência no plasma: 30 a 200ng/mL. # Homens: 125ng/mL # Mulheres: 55ng/mL diferença gritante devido à menstruação. Hemossiderina - Derivada da Ferritina após proteólise formando agregados de cristais de ferritina. # Primeiro é usado o da ferritina esgotamento dessa reserva se usa o da hemossiderina situação rara. - Forma mais estável e menos acessível do ferro depositado. - Presente no plasma e em MO do baço e medula óssea Transferrina - Proteína sintetizada no fígado responsável pelo transporte de Fe3+ no organismo. Juliana Vieira Queiroz Almeida 19 # Inflamações no fígado levam ao aumento da produção de apoferritina, o que não há função biológica interessante pois nessas situações há ativação de macrófago, que são a principal forma de armazenamento no baço e na medula, de forma que sua atividade aumenta aumenta a necessidade de ferro a ferritina é uma proteína de fase aguda, como a PCR. PCR: marcador de inflamação que aumenta rapidamente; ferritina demora, não sendo usada para avaliar o processo inflamatório. Uma forma de limitar a chegada de ferro no organismo, se limita as proteínas transferrinascaem. - Link entre os principais compartimentos de depósitos teciduais de Fe e a medula óssea. # Garante a eritropoese. - Sua saturação é o principal indicador para controlar a absorção de Fe no organismo. Metabolismo do ferro Origem do Ferro no Organismo: - Ferro exógeno ingerido nos alimentos. # A dieta fornece 5 a 15mg/dia. # Apenas 1,0 a 1,5mg são absorvidos (5 a 10% do Fe ingerido). # No intestino o Fe é absorvido na forma Heme ou Fe2+. - Ferro endógeno proveniente do catabolismo da hemoglobina (hemólise). # O ferro mais utilizado no organismo é o reutilizado, chamado de endógeno, que é decorrente da hemólise. Absorção do Ferro - Locais: duodeno e porção proximal do jejuno. - Proteínas transportadoras da células intestinais Transportador de Heme (HT) e Transportador de metal divalente (DMT). - Na dieta, o Fe pode ser encontrado de duas formas: ferro orgânico ou inorgânico. # O ferro da carne não está na forma iônica, sendo mais absorvido 30% de biodisponibilidade (melhor quantidade alcançada na corrente sanguínea). - Como ocorre a absorção (imagem ao lado)? # Na mucosa intestinal há o receptor HT – Transportador de Heme –, sendo exclusiva do ferro heme, que é o da carne, e temos o DMT1 – transportador de metal divalente –, passando zinco, cálcio, ferro+2 há uma competição para se passar por esse transportador explica porque o orgânico é mais absorvido. # O ferro heme heme oxidase Fe+2 pode atingir a corrente sanguínea, mas a maior parte volta ao estado férrico, se liga a apoferritina armazenado na célula intestinal (ele fica ali a vida toda da célula). # A ferroportina, controla pelo receptor hefaestina, ao ser estimula permite a entrada de ferro. O ferro, no estágio 2+ precisa ser oxidado para se ligar a transferrina levado até a medula óssea. A transferrina tem vários sítios, como já dito, de forma que com 30% dos sítios ocupados há uma integração dela com o receptor hefaestina ferroportina fecha. Além disso, quando saturada, se acelera a descamação do intestino, a fim de eliminar o ferro armazenado no intestino. X O ferro tem afinidade por mitocôndrias, de forma que ele tem tendência a depositar no coração e fígado hemocromatose insuficiência cardíaca ou hepática. Há uma mutação genética na qual o receptor hefaestina perde a sensibilidade e não percebe se a transferrina está saturada hemocromatose hereditária. Juliana Vieira Queiroz Almeida 20 Em indivíduos deficientes 10 a 15% de saturação se abre a ferroportina a fim de entrar mais ferro. # O Fe+3 precisa passar pelo estômago, sofrer ação da ferroferri reductase, que só funciona plenamente no Ph gástrico. Gastrite hipocolidria aumento do pH enzima ferri redutase não funciona também queda da absorção. Cálcio e café diminuem absorção de ferro. Alguns aminoácidos da carne, a frutose e a vitamina C, substâncias todas anti-oxidantes ou redutoras, facilitam a passagem do ferro para o enterócito. Distribuição do ferro - Vemos a ordem da distribuição ao lado. - O eritroblasto e pró-eritroblasto conformam o ferro vira eritrócito formação da hemácia. - Ao ser destruída a hemácia libera o ferro, de forma que ele pode ficar no baço como ferritina ou voltar para medula óssea pela hemossiderina. Metabolização do Ferro - Tempo de vida dos eritrócitos: 120 dias. - Eritrócitos senescentes ou defeituosos MO do SRE do baço. - Destino do Ferro: # Estocado nos MO do baço (Ferritina e hemossiderina). # Liberado no plasma transferrina. Excreção do Ferro - A perda de Fe pelo organismo é desprezível.. - A sua eliminação ocorre por: # Excreção fecal (células do TGI): 0,6mg/dia nunca foi usado. # Excreção renal: 0,1mg/dia. # Menstruação: 0,4mg/dia. # Em pequenas quantidades pelo suor. Anemias hipoproliferativas - Anemia ferropriva Conceito: - Anemia que ocorre quando as reservas de ferro do corpo tornam-se inadequadas para as necessidades da eritropoiese normal. - Principais grupos que levariam a essa: # Distúrbios do trato reprodutor feminino. # Distúrbios do trato gastrointestinal. - Grupos mais atingidos: lactentes, prematuros, crianças (6 a 24 meses), adolescentes e gestantes (tendência). Causas - Baixo consumo de Fe biodisponível dieta pobre em carnes. # Veganos. - Diminuição da absorção gastrectomia, doença celíaca e outras doenças que levam à má absorção. - Perda excessiva hemorragias crônicas e agudas (TGI; fácil de rastrear), hipermenorreia, coagulopatias, IRC e verminoses. - Aumento das necessidades fisiológicas gravidez, lactação e rápido crescimento. Sintomas Inespecíficos - Fadiga, palidez intensa e palpitação. - Irritabilidade, pouca atenção e dificuldade no aprendizado. - Dificuldade em manter a temperatura corporal na exposição ao frio. Juliana Vieira Queiroz Almeida 21 - Unhas frágeis e quebradiças. - Alterações no crânio em crianças com anemia ferropriva de longa duração. - Glossite, quelite angular e unhas em colher comum das anemias causadas por anemias por hipovitaminose.. Complicações da Anemia Ferropriva - Prejuízo no crescimento e no desempenho muscular. - Alterações na função do músculo cardíaco taxa cardíaca comprometida. - Alterações na função dos músculos lisos. - Alteração metabólica dos hormônios tireoidianos hipotireoidismo secundário. - Carga máxima de trabalho comprometida. Estágios da Anemia Ferropriva - Estágio pré-latente: balanço de Fe negativo, com baixa reservas, mas sem hemácias normocíticas. # Ferritina reduzida: início de uma anemia ferropriva. - Estágio latente: esgotamento das reservas de Ferro (diminuição da Ferritina) e aumento da CTLF, queda do Fe sérico, Hb > limite inferior; microcitose e hipocromia discretas. # Hb começa a cair, sendo que esse é o último parâmetro que se altera. # Capacidade Total de Ligação ao Ferro (CTLF): reflete o grau de saturação da transferrina. É um inverso ao aporte de ferro que se tem Indivíduo com 30% capacidade dessa captar mais ferro é mais baixo. Indivíduo com hemocromatose (40%) capacidade de se ligar ao ferro diminui. - Anemia propriamente dita: Hb, microcitose e hipocromia. # Ferro sérico e ferritina baixos. Diagnóstico Laboratorial - Hemograma: # Hemoglobina baixa não menos que 11g/dL. # Hemácias e hematócrito normais ou diminuídos. # VCM e HCM diminuídos: microcitose e hipocromia. # RDW aumentado: essa anemia é aguda. - Ao lado vemos a microscopia de um paciente com anemia ferropriva e, no canto, como é o normal, sendo que há anisocitose. - Se fosse uma talassemia essas estariam pequenas e bonitas é genética, então se encontra dentro do valor de referência. - Punção de medula óssea # Exame padrão ouro para o diagnóstico conclusivo sensível e específico, porém altamente invasivo, de dificil coleta, sendo pouco executado. . # Melhor exame ferritina fácil e rápido, fácil de encontrar. Se feito junto ao ferro medular não há dúvidas do diagnóstico. # Coloração Azul da Prússia. # Reflete ausência de Fe no Mo e eritroblastos. # VR: + a 4+. # A presença de qualquer Ferro corável afasta a possibilidade de anemia ferropriva. - Reticulócitos: normal ou diminuídos. - Exames bioquímicos: # Ferro sérico diminuído VR: 50 a 160 ug/dL. # Ferritina sérica muito baixa VR: 30 a 200 ug/L. Proteína de fase aguda. # CTLF muito alto VR: 250 a 400 ug/dL. # Índice de saturação da transferrina (IST) baixo valor da saturação da transferrina do paciente. Juliana Vieira Queiroz Almeida 22 VR: 20 a 40% Saturação maior: mais proteína, dieta, entre outros. Mais fácil de correlacionar como ferro sérico. Diagnóstico Diferencial - Anemias microcíticas e hipocrômicas: - Anemia por doença crônica inflamatória IL1, IL6, FNTα e ITF. # Ferritina aumenta, transferrina e ferro diminuem a menor quantidade de transferrina ocorre devido ao ferro e pode não alterar o CTLF, pois se tem pouco dos dois (transferrina saturada pelo ferro do mesmo jeito). - Infecções bacterianas proliferação consomem o ferro para se proliferarem (geralmente ocorre quando há cerca de 6 meses de infecção queda do Fe. - Talassemias. - Anemia sideroblástica. Tratamento - Doença de base úlcera, varizes, sangramentos no TGI. # Sem corrigir, controlar ou mudar a vida de administração (nesse caso parenteral), não se consegue tratar a anemia. - Sulfato Ferroso: via muscular, venosa e via oral. # Nem sempre é sulfato ferroso pode ser necessário corrigir a doença de base doença celíaca, por exemplo, só melhor por via parenteral. - Monitoramento: hemoglobina e reticulócitos hematopoiese tendem a melhorar com 3 meses. # Reticulócitos começam a aumentar a partir do 4º dia de tratamento, com pico no 10º dia - Atenção para os casos de infecções trate ela concomitante mesmo ao sulfato para controle da atividade bacteriana. Anemias hipoproliferativas - Anemia de Doença Crônica Conceitos: - Anemia em pacientes com inflamação, infecção crônica (fúngica, viral, bacteriana ou por protozoário) ou neoplasia. # Artrite reumatoide: varia de 27 a 58% dos pacientes. - Não fazem parte: doenças hemolítica, renal, endócrina e hepática. - 2ª causa mais frequente de anemia. Nas infecções, inflamações e neoplasias há proliferação de células, sendo que essas células necessitam de ferro o corpo, para controle da doença, diminui a quantidade de ferro disponível anemia como mecanismo de defesa. Fisiopatologia das infecções e neoplasias - Mecanismos envolvidos: # Diminuição da sobrevida das hemácias devido a hiperatividade do Mo (bactéria libera toxinas no sangue que são hemolíticas) ou o próprio cancer (libera hemolisinas) febre morte celular. # Liberação de mediadores químicos que leva a supressão da medula óssea hipoplasia redução da produção de células, sendo que: Na infecção bacteriana é muito como a liberação de citocinasIL1, IL6. No câncer é muito comum e liberação de FNTα. Nas viroses é comum a produção de INFy. Juliana Vieira Queiroz Almeida 23 # Com a liberação desses fatores diminuição da EPO + dificuldade da resposta/sensibilidade do tecido hematopoiético a eritropoietina (principal mecanismo que favorece a produção de hemácias) menor produção de células vermelhas explica a anemia. # Aumento da atividade dos macrófagos- começam a reter mais ferro menor disponibilidade para a produção de células vermelhas. - Todos tendem a causar anemia. Diagnóstico laboratorial - Hemograma # Hb se encontra ligeiramente mais baixa que a da anemia ferropriva, podendo chegar a nove. # Hemácias diminui pela hemólise. # VCM ou HCM: muito variáveis Microcítica e hipocrômica problemas pois, com esse resultado tende a dar sulfato ferroso escolha ruim. - Bioquímica # Na anemia ferropriva, não há ferro medular, sendo que nessa o ferro está normal ou alto, pois o corpo está poupando ferro. # CTLF está baixa (com pouca capacidade de captação), não somente pela queda de ferro, mas pois há pouca transferrina (pode cair tanto que há dificuldade de captar ferro) # IST: baixo. # Ferritina: é uma proteína de fase aguda. Pode estar aumentar em alguns casos devido a resposta hepática a doença inflamatória. # Aumento de proteínas de fase aguda: Fibrinogênio aumenta. Proteína C reativa: aumenta antes de febre e sintomas preditiva Ceruloplasmina. # Diminuição de Haptoglobulina e de Transferrina: fase aguda invertida. # Velocidade de Hemossedimentação (VHS) alta. Hemácias sedimentam devido à gravidade, sendo que demoram devido ao potencial zeta (repulsão das hemácias entre si). Mulher: máximo que cai, em 1 hora, 20mm cai mais devido à diminuição do potencial zeta (o aumento do fibrinogênio leva a neutralização das cargas negativas da hemácia, a levando a sedimentar mais rápido aumento do fibrinogênio ocorre em doenças inflamatórias. X A mulher já tem mais fibrinogênio que o homem. Homem: máximo que cai, em 1 hora, 15mm. # Resumo: tabela ao lado. Importante lembrar que Bactérias e células neoplásicas dependem do ferro para sua proliferação. - Mielograma: padrão ouro. # Celularidade de medula e impregnação de ferro (azul da prússia), o que não se vê na anemia ferropriva. # Presença normal ou alta de Ferro nos MO. Tratamento - Prioridade: tratar a doença de base. - Administração oral ou parenteral de Ferro. # Infecções / Neoplasias. Juliana Vieira Queiroz Almeida 24 - Eritropoetina quando anemia intensa. # 100 U/Kg (via subcutânea) em 3 doses semanais por 8 a 12 semanas. Anemias hipoproliferativas - Anemia megaloblástica Conceito: - Distúrbio ocasionado por uma alteração na síntese de DNA. - É um grupo de anemias relacionado à deficiência de vitaminas do complexo B, principalmente B12 (cianobalamina) e B9 (ácido fólico ou folato). # Quando a célula precisa fazer mitose, para se manter, ela precisa inicialmente, na interfase, de aumentar seu tamanho e duplicar seu DNA, necessitando de bases nitrogenadas. A base púrica só é produzida com tetrahidrofolato, encontrada na alimentação, com a ingestão de alimentos de origem vegetal, absorvido e metabolizado rapidamente na corrente sanguínea metilado posição 5 e 10 começa a ser chamado de 5-10-metilenotetrahidrofolato sofre ação da metilenotetrahidrofolato redutase perde 1 metil 5- metiltetrahidrofolato metionina sintetase (só funciona na quantidade adequada de vitamina B12 – presente em alimento de origem animal) retira 1 metil insere o metil na homocisteína produção da metionina reduz a quantidade de homocisteína no organismo, que acumulada aumenta o risco de trombose. sobra o tetrahidrofolato matéria prima na produção de adenina e guanina para formar DNA. Deficiência de vitamina B12 e/ou ácido fólico. - Não há quantidade suficiente de metiltetrahidrofolato não consegue metabolizar a homocisteína acúmulo no organismo doenças cardiovasculares e trombose periférica. - Enquanto a hemácia ainda está em replicação, também não há mais bases nitrogenadas para sua formação um pró-eritroblasto que deveria formar 32 hemácias ao final da sua formação, forma no máximo 8 consequentemente redução da quantidade de hemoglobina (só está presente na hemácia, praticamente) anemia chamada de megaloblástica, pois a célula não consegue completar suas mitoses macrocitose (a célula se prepara para a divisão, mas ela não ocorre por completo) anemia megaloblástica (divisão celular lenta em relação ao crescimento citoplasmático). - Normocrômica, pois não há comprometimento na síntese interna de hemoglobina. Ácido Fólico - Fonte natural: vegetais frescos, fígado, aveia e algumas frutas. - Após ser absorvido, circula no plasma e penetra nas células onde é convertido na sua forma ativa. - A ativação intracelular é feita pela enzima metionina sintetase (dependente de vitamina B12). - Causas de deficiência: # Aumento das necessidades: Gravidez. Hemólise. Hemodiálise perda na membrana do dialisador. # Má absorção doença celíaca. # Alterações no metabolismo: Drogas que inibem enzimas Metotrexato e trimetoprim. Álcool. - Metabolismo do Ácido Fólico Vitamina B12 - Cianocobalamina. - Não sintetizada pelocorpo humano dieta. # Fontes: compostos de origem animal (carnes e laticínios). Juliana Vieira Queiroz Almeida 25 - Armazenada no fígado em grande quantidade: # 10 a 15 anos de uma dieta pobre em vitamina B12 para haver sinais clínicos de deficiência. - Causas de deficiência: # Dieta pobre. # Má absorção: Gastrectomia (bariátrica) acloridria e deficiência de Fator intrínseco (produzido pela mucosa do estomago, pela célula parietal, de forma que a vit B12 forma um complexo com ela e vai ao intestino até o íleo para promover a absorção da vitamina B12 sem um quantidade adequada desse fator, não se consegue observar a vitamina). Úlcera péptica. Anemia perniciosa. Doença celíaca. Neoplasias intestinais. Infecção por Diphyllobothrium latum competição pela cobalamina. Manifestações Clínicas - Manifestações hematológicas: # Anemia: fraqueza, cefaleia, palpitações, irritabilidade e palidez. - Manifestações digestivas: perda de apetite, dores abdominais, enjoos e diarreia, glossite e queilite angular. - Manifestações neurológicas: parestesia em extremidades, perda de equilíbrio, irritabilidade, instabilidade emocional, déficit cognitivo, demência e psicoses. - Outras: # Perda de cabelo. # Na gravidez: parto prematuro e/ou a malformação do feto. # Nas crianças: crescimento retardado e puberdade atrasada. Diagnóstico: mesmo da perniciosa Anemias hipoproliferativas - Anemia perniciosa Anemia consequente à deficiência do Fator Intrínseco (FI). - Glicoproteína sintetizada pelas células parietais. - Liga-se à Vitamina B12 no lúmen estomacal. - O complexo FI-Vitamina B12 se adere a receptores específicos das células epiteliais do íleo para facilitar a absorção da vit. B12. Causas de deficiência: - Deficiência de Fator Intrínseco (FI) ou problemas gástricos. # 80% autoimunes: produção de Ac anti-mucosa gástrica e/ou anti-FI. # Incapacidade da mucosa intestinal de absorver o complexo Vitamina B12/FI. - Hipocloridria: gastrite prolongada, úlcera péptica e gastrectomia. Diagnóstico Laboratorial - Hemograma: # Hemácias e hemoglobina reduzidas. # Hematócrito normal, reduzido ou aumentado. # VCM aumentado geralmente > 110fL. # Leucopenia leve neutropenia. # Presença de neutrófilos hipersegmentados. # Trombocitopenia leve. - Contagem de Reticulócitos: normal ou diminuída. - Macrocitose: imagem à direita - Neutrófilos hipersegmentados (desvio à direita deficiência de B12 ou ácido fólico) # Imagem à esquerda. - Poiquilocitose: Juliana Vieira Queiroz Almeida 26 # Presença de inclusões por mitoses anômalas: # Imagens ao lado: já mostradas antes. Diagnóstico Confirmatório - Exames bioquímicos: # Dosagem de Vitamina B12 reduzida. VR: 200 a 900 pg/mL. < 100pg/mL deficiência grave. # Dosagem de Ácido Fólico reduzida. Não se repões se ele estiver normal excesso leva a efeitos neurológicos. Útil na produção da bainha de mielina, de forma que a deficiente leva a uma degeneração neural parestesia, sinais neurológicos como demência, bipolaridade, depressão, casos graves de psicose. VR: 2,5 a 20,0 ng/mL. - Dosagem de Homocisteína: # A metionina sintetase retira o grupamento metil da MTHF. # O metil, então, é transferido para o aminoácido homocisteína, formando metionina. # A deficiência de vitamina B12 leva ao aumento de homocisteína no sangue. # Hiperhomocisteinemia lesão endotelial aterosclerose. # Monitorar o risco. Pesquisa de anticorpos: - Anticorpos anti-células parietais # Primeiro se vê se tem H. pylori, descobrindo porque há gastrite. Caso não haja essa, pode ser autoimune (anticorpos anti-célula parietal).: # 90% dos casos de anemia perniciosa. - Anticorpos anti-FI: # 60% dos casos de anemia perniciosa. Vemos que há pacientes com os dois tipos de anticorpos. -A anemia perniciosa está associada a outras doenças autoimunes como tireoidite de Hashimoto, doença de Graves e vitiligo. Tratamento - Dieta: a ingestão adequada de vitamina B12 e de ácido fólico. - Se anemia perniciosa v seguida da mesma dose mensal por toda a vida. - Monitoramento: Reticulocitose após o 5º dia de tratamento, com pico máximo em torno do 7º dia. Anemias hemolíticas Introdução Conceito: Anemias caracterizadas pela ocorrência de hemólise intravascular ou extravascular. - Hemólise intravascular: ocorre na própria circulação e o seu conteúdo liberado no plasma. # Essa hemoglobina aparece na urina, sendo chamada de hematúria pré-renal, ocasionada por um fenômeno que acontece a formação da urina. - Hemólise extravascular: ocorre pelos macrófagos no tecido retículo-endotelial (baço – tem todas condições para metabolizar a hemoglobina, produzindo bilirrubina paciente ictérico e urina colúrica). # Somente nesse tipo de hemólise se pode haver retirada do baço (talassemia) Manifestações clínicas Anemia grave - Maioria é crônica, por ser genética, de forma que, com frequência o paciente necessitará de transfusões sanguíneas regulares. - Caquexia, fadiga e taquicardia - Intensa hemólise: Icterícia e colelitíase (paciente falciforme uma das fortes evidencia da hemólise é a propensão e recorrência dos cálculos Juliana Vieira Queiroz Almeida 27 - Urina colúrica: não é devido a bilirrubina, pois a indireta não sai na urina, mas sim a maior produção de urobilinogênio. - Deformidades ósseas # Expansão medular (hiperplasia) ao passar dos anos: forma compensatória Deformidades ósseas, adelgaçamento da cortical óssea, expansão dos espaços entre as trabéculas ósseas, compressão da medula espinhal e retardo no crescimento. - Decorrentes do sequestro esplênico: # Esplenomegalia e choque hipovolêmico: sobrecarga do baço; retenção de sangue aumentada no órgão em si – as células defeituosas não são liberadas pelo baço, ficando retidas até serem destruídas. # Infecções comprometimento do SRE do baço, pois como ele está sobrecarregado, as bactérias em si não são sempre destruídas com facildiade. H. influenza e S. pneumoniae. Propensão a infecção CMV. - Decorrentes do excesso de Fe disponível: # Hemocromatose. Quanto mais mitocôndrias, mas ferro é depositado Coração ICC, levando a cardiomegalia. Fígado hepatometogalia. # Hepatomegalia e Cardiomegalia.. # Insuficiência cardíaca. - Eritropoese ineficaz: aumenta a absorção intestinal de Ferro. # Transferrina fica saturada, devido ao aumento da demanda do ferro, havendo ainda mais absorção que o normal. # Hemocromatose eritropoiética. - Outros: # Disfunção endócrina. # Ativação da hematopoese Hepatoesplênica hepatoesplenomegalia. Consequências Laboratoriais da Hemólise Parâmetros reduzidos no Eritrograma: levam a diminuição de Hm e Hb. Aumento da eritropoetina hiperplasia medular. - Começa a liberar células antes da sua maturação e aumento de reticulócitos (encontrado a 10-20%). Decorrentes da Hiperplasia medular: - Aumento da eritropoese em até 8x o normal: tentativa de reposição sem sucesso. - Leucocitose: desvio à esquerda. - Trombocitose: diferente das anteriores. Decorrentes do sequestro esplênico (hiperatividade blástica): - Presença de plaquetas gigantes. Decorrentes do aumento na metabolização de Hb livre: - Aumento da bilirrubina indireta. - Aumento do urobilinogênio fecal e urinário urina colúrica. # Produto do catabolismo da bilirrubina # Na doença hepática é a bilirrubina que leva a colúria - Aumento do Ferro sérico medula óssea novo eritroblasto. Elevação de LDH: - Aumentode até 800 UI/L (VR: até 207 UI/L). - Enzimas presentes dentro da célula são liberadas. Juliana Vieira Queiroz Almeida 28 Alterações morfológicas típicas das anemias hemolíticas: - Esferócitos presentes na esferocitose hereditária e AHAI (Anemia Hemolítica Autoimune) para diferenciar pede teste de Cuumbs (detecta auto-anticorpos), pois elas são muito parecidas. # Imagem mais à esquerda. - Esquistócitos: fragmentação das hemácias anemia hemolítica traumática. # Febre, queimadura extensa, válvulas cardáicas ruptura das hemácias. # Imagem a cima mais à esquerda. - Drepanócitos e hemácias em alvo. # Drepanócitos: forma de foice. # Em alvo: precipitação central da hemoglobina é causada por um defeito dessa. Pode aparecer em qualquer hemoglobinopatia hemolítica. Classificação Hereditárias: - Podem ser por defeito na Hb, na membrana ou deficiência de enzimas que permitem que ela se rompa facilmente. # Mais importante são as variações genéticas (90% das anemias). # Qualitativas: envolve a anemia falciforme (tamanho normal, mas a estrutura primária dos AA da hemoglobina está alteradas). # Quantitativas: deleção da hemoglobina, também chamada de talessemias. Adquiridas: - Imunes: são importantes por envolverem fatores ambientais e sociais, sendo que medicamentos (metildopa) podem induzir respostas imunes, assim como o lúpus. Anemias Hemolíticas – Anemia Falciforme Alteração genética caracterizada pela substituição do aminoácido 6 da cadeia Beta (troca o ácido glutâmico por uma valina). Perfil hemoglobínico em um indivíduo normal - A1: 96 a 98% # Sequencia de aminoácidos definidos, com 2 pares de cadeias alfa, e dois pares de cadeia beta. - A2: 2 a 3%. # Sequencia de aminoácidos definidos, com 2 pares de cadeias alfa, e dois pares de cadeia delta. - HbF: até 1% # Sequência de aminoácidos definidos, com 2 pares de cadeias alfa, e dois pares de cadeia gama. A troca nos individuos com a anemia falciforme um gene troca a cadeia, de glutamato por valina, levando a hemoglobina A1 a não existir mais (por não haver mais cadeia Beta) hemoglobina do tipo S. - A hemoglobina normal resiste a qualqeur condição extrema no corpo. A S, se precicipita em ambientes de baixa oxigenação (momentos de hipoxia), formando cristais que forçam a hemácia a ter forma de foice (não voltando a conformação normal). Juliana Vieira Queiroz Almeida 29 Hemácia em foice - Fraca: pode romper a qualquer momento, sendo que geralmente sofre hemólise intravascular. # Não ainda esplenectomia. - Ela perde o potencial Zeta e começa a gruda no baço, nos vasos, obstruindo a circulação em vários pontos complicações como infarto, AVE, entre outros. Anemia falciforme x traço falcêmico Indivíduo com traço falcêmico, não tem anemia - Ele produz cerca de 50% para mais de hemoglobinas normais. Indivíduo SS não produz mais Hb A1. Manifestações Clínicas - Iniciam-se a partir dos 6 meses de vida. - Principal quadro clínico: crise dolorosa vaso oclusiva. - Dependem da concentração de HbF. - HbF aumentada menor falcização (< taxa de mortalidade, poucos eventos vaso oclusivos, poucos episódios de sequestro esplênico, < número de transfusões e hospitalizações). - HbF reduzida quadro clínico mais grave. Anemia hemolítica crônica: - Hemólise descompensada. - A hemácia contendo HbS tem meia-vida de 20 dias. # A medula óssea pode reverter o quadro produzindo hemácias continuamente, sem levar à anóxia. - Déficit de hemácias hipóxia fadiga, fraqueza, palidez e vertigens. - Icterícia Decorrentes das crises vaso oclusivas: - Crises álgicas. - Necrose óssea (10 a 15% dos pacientes) necrose da cabeça do fêmur. - Úlceras em MMII. - Trombose, AVE e IAM. - Insuficiência renal e pulmonar. - “Síndrome dos pés e mãos”. # Edema bilateral no dorso das mãos e pés: obstrução de vasos. # Ocorre na 1ª infância. # Desaparece após os 4 anos. - Obstrução das sinusoides dos corpos cavernosos. - Priaprismo. # Ereção involuntária que pode durar de 3 a 6 horas. # Não se consegue reverter voluntariamente, sendo encaminhado para emergência vasodilatadores a fim de eliminar os êmbolos (acúmulo de drepanócitos nos vasos). - Síndrome torácica aguda. Síndrome Torácica Aguda Origem multifatorial: - Processos infecciosos associados à vaso-oclusão pulmonar. - Principais agentes: H. influenzae e S. pneumoniae Juliana Vieira Queiroz Almeida 30 - Principal causa de óbito nas crianças. Sinais e sintomas: - Tosse e febre alta. - Dor torácica; - Taquipneia e prostração; - Leucocitose com infiltrado pulmonar. Condutas: - Antibióticos tratamento com penicilina em crianças até 5 anos; - Soroterapia; # Hb A é solúvel em qualquer concentração, já a HbS perde a solubilidade quando há menos solvente (soluto precipita). # Faz com que seja mais difícil da hemoglobina precipitar, desfavorecendo a formação das hemácias em foice. # Desidratação grave: diarreia crise hemolítica devido à queda do volume plasmático. - Oxigenoterapia. # Deve prevenir a hipóxia prevenir as infecções respiratórias, que são consequências da anemia e também a agravam. Diagnóstico Laboratorial - Eritrograma. # Hemoglobina entre 6,0 e 9,0 g/dL. # VCM ~ 90 fl (80 a 100) normocitose e normocromia A. falciforme A. HAI. Se esse fosse de 118, pode dizer que é uma “anemia macrocítica” presença de células jovens no sangue (reticulócitos) não é um aumento do volume de hemácias (cromatofilia) é uma pseucomacrocitose geralmente ocorre em pacientes com crise. # Policromatofilia intensa. # Poiquilocitose drepanócitos, hemácias em alvo, esferócitos, ovalócitos, esquistócitos e cristais de Hb. # Presença de inclusões citoplasmáticas corpúsculos de Howell-Jolly, anel de Cabot e pontilhados basófilos. - Leucograma e plaquetograma: # Leucocitose (12.000 a 15.000/mm3) com neutrofilia. # Trombocitose devido à expansão da medula. # Presença de plaquetas gigantes devido à disfunção esplênica não há controle de qualidade Alterações vistas no microscópio - Drepanócitos: ao lado. - Hemácias em alvo: imagem ao lado mais à direita. - Córpusculos de Howell Jolly. - Pontilhado basófilo e policromatofilia. - Eritroblastos com pontilhado basófilo e policromatofilia está saindo mais precocemente possível para repor a hemólise. Exames auxiliares: - Reticulocitose: 8 a 12% em média. - Bilirrubina total e indireta aumentada. - LDH aumentado. - Ferro e Ferritina aumentado. Eletroforese de hemoglobina (padrão ouro): Juliana Vieira Queiroz Almeida 31 - Ausência de HbA. # Exceto para os pacientes que receberam transfusão de sangue. - HbS: 80%. - HbF: 1 a 20%. - HbA2: 2 a 5%. - Quando menor a quantidade de HbS melhor diminui número de infecções, a expansão da medula, probabilidade de infarto, entre outros. Teste do pezinho - Neném nasce com 100% de hemoglobina fetal. - Com 6 meses ele tem sua Hb fetal transformada na de adulto, sendo que apenas com essa idade ele tem manifestações clínicas pode ser tarde demais. - Para o gene que leva a transcrição da hemoglobina Fetal se transformar ele precisa de oxigênio evita a diminuição da produção desse tratamento precoce com oxigenoterapia. Tratamento - Antibioticoterapia: Penicilina até os 05 anos. - Vacinas: esquema básico, anti-pneumocócica, varicela, hepatite A, gripe e anti-meningocócica. # Devido ao comprometimento do baço. - Hemotransfusão: hemocromatose transfusional.
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