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SCOLOPENDRIDAE (Lacraias)

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A família Scolopendridea, pertencente à classe Chilopoda, é representada por
animais comumente conhecidos como lacraias, centopeias ou piolho de cobra são
artrópodes predadores que se alimentam basicamente de larvas de besouros,
vermes e baratas. Consistem em predadores de hábito noturno, os quais se abrigam
em ambientes úmidos e escuros em meio à vegetação e fendas de rochas mas
podem também ser encontrados em áreas urbanas, sob entulhos e tijolos por
exemplo. Podem atingir até 25cm de comprimento, com corpo segmentado e
alongado. Sua morfologia externa é composta por duas antenas, dois olhos simples
e um aparelho bucal (maxílas), um par de patas por segmento, sendo que o primeiro
par é diferenciado em um aparelho denominado forcípulas, são ligadas a glândulas
de veneno que produzem uma toxina de efeito neurotóxico de baixa ação local, e
ampla ação sistêmica em pequenos mamíferos as quais são capazes de inocular
veneno, e são utilizadas portanto, como estratégia na caça para imobilizar a presa,
e no último segmento dois cercos na região do tronco (ALMEIDA, 2017; BARBOSA,
2016).
O veneno das lacraias é pouco estudado, geralmente, após a picada a
sintomatologia é local, de dor instantânea seguida de queimor intenso persistente
por 24h em média. Edema local e hiperemia podem ser observados e evoluir para
edemas maiores, necrose local e sintomatologia sistêmica como febre, tremores,
vômito, cefaleia, dispneia e ansiedade. As lacraias pertencentes a ordem
Scolopendromorpha são enquadradas como as predadoras mais vorazes, sendo
que os acidentes no Brasil geralmente são causados por lacraias dessa ordem
taxonômica. Apesar de haver poucos estudos a respeito da toxicidade do veneno
das lacraias, sabe-se que devido a ação das neurotoxinas nas suas presas é capaz
de matar ratos entre 20 e 32 segundos (ALMEIDA, 2017; BARBOSA, 2016;
NORONHA, 2015 ).
O número de espécies de Chilopadas que ocorrem no Brasil é ainda inestimável. Há
relatos de que para o Estado de Tocantis há uma riqueza de 10 espécies e nove
morfotipos ainda não descritos. Para a Amazônia são 53 espécies de lacraias,
sendo 40 delas endêmicas do bioma. A espécie mais comum para o país é
Scolopendra viridicornis Newport, 1844. Mesmo face a estes números há poucos
estudos sobre a taxonomia de Chilopoda no Brasil. Em especial para a Região
Nordeste, uma vez que não foram encontradas publicações na área (BARBOSA,
2016).
A maior parte dos acidentes são tratados como sem complicações, muitas vezes a
resolução do caso ocorre de forma espontânea. Entretanto, momentos depois da
picada, o uso de álcool ou éter pode ajudar na diminuição da ação tóxica, e o uso de
analgésicos sistêmicos auxiliar no tratamento da dor (BARBOSA, 2016).
Quando em se tratando do tratamento/primeiros socorros, devido ao baixo números
de casos registrados e o pouco conhecimento a respeito do veneno da espécie e
seu efeito ser consideravelmente pequeno nos seres humanos, o tratamento a ser
feito é o comum ao de uma picada por qualquer inseto, ou seja, não existe
tratamento específico de primeiros socorros que seja eficaz no caso de picadas de
insetos. Mas após observação do estado geral de uma vítima de picada de inseto,,
proceder da seguinte maneira: Mantenha a calma, depois Instituir imediatamente o
suporte básico à vida, observando os sinais e funções vitais. pode-se também
aplicar bolsa de gelo para controlar a dor. É imprescindível não dar bebidas
alcoólicas à vítima. Já nos casos de dores intensas, encaminhar a vítima para
atendimento especializado, etapa muito importante no caso de acidente por lacraias
pois a dor costuma ser intensa na primeiras 24h após o acidente. Além disso é
preciso procurar com a maior urgência atendimento especializado. Faz-se
necessário também a identificação do animal, podendo este ser pegado com o
auxílio de de algum depósito ou apenas ser tirada uma fotografia do animal
(Ministério da Saúde, 2003).
REFERÊNCIAS
Almeida AB, Zacarin GG, Smith WS. Inventário da biodiversidade de lacraias
(Arthropoda, Chilopoda) em parques ecológicos do município de Sorocaba, São
Paulo, Brasil. J Health Sci Inst. v. 35 n.2. pág.75-9. 2017. Disponível em:
https://www.unip.br/presencial/comunicacao/publicacoes/ics/edicoes/2017/02_abr-ju
n/V35_n2_2017_p75a79.pdf
Barbosa, AR. Sinantrópicos peçonhentos: sistema de notificação de acidentes e
considerações biológicas. 2016. 119 f. Tese (Doutorado em Desenvolvimento e Meio
Ambiente)- Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2016. Disponível em:
https://www.unip.br/presencial/comunicacao/publicacoes/ics/edicoes/2017/02_abr-jun/V35_n2_2017_p75a79.pdf
https://www.unip.br/presencial/comunicacao/publicacoes/ics/edicoes/2017/02_abr-jun/V35_n2_2017_p75a79.pdf
https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/tede/9204
NORONHA, Janaina da Costa de et al . Predation of bat (Molossus molossus:
Molossidae) by the centipede Scolopendra viridicornis (Scolopendridae) in Southern
Amazonia. Acta Amaz., Manaus , v. 45, n. 3, p. 333-336, Sept. 2015 . Disponível
em:
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0044-59672015000300333&script=sci_arttext
Brasil, Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. FIOCRUZ. Vice Presidência
de Serviços de Referência e Ambiente. Núcleo de Biossegurança. NUBio. Manual
de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro.Fundação Oswaldo Cruz. 2003.170p.
https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/tede/9204
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0044-59672015000300333&script=sci_arttext

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