Buscar

ATIVIDADE 2- HISTÓRIA DAS PRÁTICAS EM SAÚDE MENTAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FADESA- FACULDADE PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA 
AMAZÔNIA 
CURSO DE BACHAREL EM PSICOLOGIA 
DISCIPLINA: PRÁTICAS INTEGRATIVAS I 
 
 
MARIANA SOARES HONORATO 
MILENA BEATRIZ 
POLLYANNA STHEFHANY MARQUES CORREA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HISTÓRIA DAS PRÁTICAS EM SAÚDE MENTAL NO BRASIL: PRINCIPAIS 
ACONTECIMENTOS E CONTRIBUIÇÃO DA PSICOLOGIA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARAUAPEBAS-PA 
MARÇO- 2021 
 
 
MARIANA SOARES HONORATO 
MILENA BEATRIZ 
POLLYANNA STHEFHANY MARQUES CORREA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARAUAPEBAS-PA 
MARÇO-2021 
Trabalho apresentado para obtenção de nota 
da disciplina Praticas integrativas I. 
Discentes: Mariana Soares Honorato, Milena 
Beatriz, Pollyanna Sthefhany Marques Correa. 
Docente: Danielle Santos de Miranda 
 
 
HISTÓRIA DAS PRÁTICAS EM SAÚDE MENTAL NO BRASIL: PRINCIPAIS 
ACONTECIMENTOS E CONTRIBUIÇÃO DA PSICOLOGIA. 
 
As primeiras discussões acerca de saúde mental no Brasil, surgiram em meados do século 
XIX. Nesse período, o conceito que se tinha sobre a pessoa acometida com esse 
“distúrbio”, era o de ser um risco a sociedade no qual estava inserido, e consequentemente 
passava a ser descriminado e excluído do meio social e passando a ser tratados em santas 
Casas de misericórdias. 
Após inúmeras denúncias e protestos acerca dos cuidados prestados pelas Santas Casas, 
em 1830, os médicos da academia imperial de medicina, passaram a lutar pela 
necessidade de acolher essas pessoas, e essa luta mobilizou a opinião pública no sentido 
da construção de um hospício para esses pacientes. Em 1852 foi inaugurado o primeiro 
hospício, que recebeu o nome do imperador Dom Pedro II, assim dando início a 
Psiquiatria no Brasil. 
A inauguração desse hospício pelo imperador Dom Pedro II foi considerado um marco 
para a psiquiatria no Brasil, apesar de que o modelo de assistência a esses pacientes ser 
baseado em isolamento, por serem considerados doentios e inaptos a viver em sociedade, 
porém com chances de serem tratados. 
Com o surgimento das escolas de médicos cirúrgicos, deram início a formação de 
doutores em medicina, percussores de pesquisas cientificas e também dos primeiros 
institutos de pesquisas de doenças, entre eles o Instituto Osvaldo Cruz. Em 1881 a direção 
desses hospícios passou a ser exercidas exclusivamente por médicos, Machado Brandão 
foi o primeiro psiquiatra a trabalhar no hospício. 
Com o objetivo de melhorar o atendimento prestado aos doentes mentais, em 1923 foi 
fundada a Liga Brasileira de Higiene Mental, que investiu na formação dos psiquiatras e 
no melhoramento estrutural dessas instituições. 
Ulisses Pernambucano, responsável pela psiquiatria social Brasileira, lutou contra a 
violência e maus tratos para com esses pacientes, inaugurando em 1931 uma rede de 
serviços de atendimentos composto por serviço de higiene mental, ambulatorial, hospital 
psiquiátrico, manicômio judiciário e colônias. 
Sua atuação levou a confrontos com os poderosos da época, sua liberdade de pensamento 
incomodava algumas autoridades que aproveitaram da revolta comunista para prendê-lo. 
Apesar de sua permanência na prisão ter sido apenas de 40 dias, as consequências foram 
devastadoras, visto que sofreu enfarte cardíaco, tendo que permanecer por um longo 
período de repouso, e por isso teve aposentadoria compulsória e perdeu sua cadeira no 
ginásio Pernambucano. No final de 1950, foi implementado o modelo de asilamento 
cientifico, marcando assim o segundo momento da psiquiatria. 
A transição do modelo psiquiátrico clássico para o psicossocial surgiu a partir da reforma 
psiquiátrica, sendo resultante de muitos esforços. A reforma psiquiátrica Brasileira está 
 
alicerçada em valores nos quais a liberdade e a reinserção social humanizada, é um direito 
fundamental para o resgate da condição de cidadania desses usuários. 
Por meio do movimento antimanicomial e da reforma psiquiátrica denominada "atenção 
psicossocial", a Lei nº 10.2016 foi promulgada no Brasil em 2001. A lei constitui uma 
estratégia de saúde mental de base comunitária, e recomenda a substituição do modelo 
asilar. Nesta mudança revolucionária do modelo da biológico médico para a organização 
de serviços humanos, o paciente é visto como o objeto ao invés do objeto, o que significa 
que o tratamento / cuidado é necessário, então o foco está na compreensão da dor do 
indivíduo e necessidades específicas. 
Em 2002, o Ministério da Saúde formulou uma série de normas e estabeleceu um 
mecanismo claro, eficaz e seguro para reduzir o número de leitos em hospitais de grande 
porte e hospitais psiquiátricos em todas as regiões do país. entre 2003 e 2005. cama. 
Com isso, a saúde mental é inserida no campo da saúde coletiva, que é um complexo 
processo psicossocial biológico que leva à doença, é uma abordagem interdisciplinar e 
intersetorial para inserir serviços, redes de atenção e atenção, como os CAPS-centros de 
atenção psicossocial. 
Em 2004, foi realizado o primeiro Congresso Brasileiro de Centros de Atenção 
Psicossocial, reunindo 2.000 pessoas, entre trabalhadores e usuários dos CAPS. Modelo 
de atendimento psiquiátrico centrado em hospitais comunitários, existem 689 CAPS em 
funcionamento em todo o país. Fornece valor estratégico para o CAPS mudar o modelo 
de assistência e defende a construção de uma política de saúde mental para usuários de 
álcool e outras drogas. Pessoas com doenças mais graves são de responsabilidade do SUS-
Sistema Único de Saúde e, nos últimos anos, têm feito suas próprias promessas nesse 
sentido. 
O SRT-Serviço de Internação Terapêutica foi implantado e está localizado em um espaço 
urbano construído para atender as pessoas com doenças mais graves em hospitais 
psiquiátricos. Embora o SRT seja configurado como um dispositivo médico, ele deve 
garantir o direito à moradia das pessoas, mas cada situação deve ser considerada única, 
respeitando as necessidades, custos, hábitos e dinâmicas dos moradores.Cada residência 
pode acomodar até 8 moradores. No Brasil e com o processo de implantação dos 
residentes recentes, atualmente funcionam 357 departamentos de atendimento, com cerca 
de 2.850 residentes. A previsão é de expansão da rede, e o Ministério da Saúde informou 
que cerca de 12 mil pessoas serão beneficiadas com o projeto. 
O projeto Volta Para Casa visa a reintegração das pessoas ao longo do processo de 
hospitalização na sociedade, sendo uma estratégia eficaz para a liberação de portadores 
de transtorno mental. O objetivo do programa é promover de forma efetiva a integração 
social da pessoa por meio do pagamento mensal de R $ 240,00 para auxílio-reabilitação. 
Para receber essa ajuda, a pessoa deve ter alta de hospital psiquiátrico ou de tutela e 
hospital psiquiátrico, e há indícios de que deve ser incluída no plano municipal de 
reinserção social. 
O manicômio judiciário é um desafio para a reforma psiquiátrica brasileira porque não é 
administrado pelo SUS, mas pelo judiciário, e não está sujeito às regras gerais de 
 
funcionamento do SUS. Estima-se que 4.000 pessoas estão internadas em 19 hospitais 
tutelares e em cada país tratamento psiquiátrico ou asilo judicial, sempre há denúncias de 
abusos e morte nessas instituições. 
Para o Judiciário brasileiro, o portador de transtorno mental que cometa crimes é 
considerado imputáveis, ou seja, que está isento de punição. No entanto, essas pessoas 
estão sujeitas a medidas de segurança obrigatórias, cuja principal consequência é o 
isolamento permanente. 
Com a promulgação da Constituição de 1988 e a criação do sus, profissionais da atenção 
básica de saúde devem enfocar os sintomas ou queixas do "território" do sujeito. Em 
outras palavras, os sintomas aparecem e se consolidam nas relações diretas, na 
vizinhança, na família e em áreas especiais da vida cotidiana. 
A psicologia revolucionou a saúde mental com seu advento,contribuindo com mudanças 
significativas e permitindo uma nova compreensão sobre saúde mental. A partir da 
reforma antimanicomial, e das pesquisas realizadas em Psicologia Social e Sociológica, 
deu-se início à desconstrução desses estigmas, que infelizmente permanecem na cabeça 
de muitas pessoas hoje. 
Nesse sentido, a psicologia social permite tratar a saúde e os sintomas como um processo 
histórico, testando assim o modelo linear de hegemonia (causas / sintomas) na história da 
psicologia, mudando completamente os campos da ciência e da saúde pública. 
 
 
Referências 
• BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. Reforma 
Psiquiátrica e Manicômios Judiciários: Relatório Final do Seminário 
Nacional para a Reorientação dos Hospitais de Custódia e Tratamento 
Psiquiátrico. Brasília, Ministério da Saúde, 2002. 
• Cerqueira, L. (1989). Psiquiatria social: problemas brasileiros de saúde 
mental. Rio de Janeiro: Atheneu. 
• PITTA, Ana Maria Fernandes. Um balanço da Reforma Psiquiátrica 
Brasileira: Instituições, Atores e políticas. An assessment of Brazilian 
Psychiatric Reform: Institutions, Actors and policies. 2011. 
• HIRDES, Alice. A Reforma Psiquiátrica no Brasil: Uma (re) visão. Ciência & 
Saúde Coletiva, v.1 n. 18, 2012. 
• IGLESIAS, Alexandra. AVELLAR, Zacché Avellar. As contribuições do 
psicólogo para o matricialmente em saúde mental. Prof. Vol. 36 no.2 Brasília 
Apr. / june 2016. 
 
	Referências

Continue navegando