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ANA LÍDIA VIEIRA GOMES QUERUBINO RELATÓRIO DO ESTÁGIO DE EDUCAÇÃO INFANTIL UNOPAR 2° LICENCIATURA EM PEDAGOGIA São José dos Campos 2021 São Jose dos Campos 2021 RELATÓRIO DO ESTÁGIO DE EDUCAÇÃO INFANTIL Relatório apresentado à Unopar, como requisito parcial para o aproveitamento da disciplina de estágio em educação infantil do curso de 2° licenciatura em pedagogia. ANA LÍDIA VIEIRA GOMES QUERUBINO SUMÁRIO 1 LEITURAS OBRIGATÓRIAS ................................................................................ 7 2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP) ..................................................... 13 3 ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A EQUIPE ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA.................................................................. 15 4 ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA BNCC18 5 CONHECER METODOLOGIAS ATIVAS COM O USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS ............................................................................................................. 20 6 PLANOS DE AULA ............................................................................................... 22 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 24 8 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 26 6 INTRODUÇÃO A escola de Educação Infantil é um espaço de cuidado e educação e socialização, que deve ser organizado e planejado para atender crianças de 0 a 6 anos. As escolas de Educação Infantil, tem o papel fundamental de desenvolver, todas as formas de linguagens, fazendo a mediação entre a criança e a cultura, viabilizando seu acesso a novas formas de conhecimentos. O estágio de docência na Educação Infantil tem como objetivo, aprimorar a prática em sala de aula, proporcionar a aproximação concreta e objetiva da realidade profissional, através de situações reais de trabalho, envolvendo supervisores, estudantes e campo de estágio. No estágio, é onde temos a oportunidade de vivenciar, tudo o que foi aprendido no curso de pedagogia, como planejar e executar as ações conforme a realidade dos alunos, refletir sobre nossas práticas, e também aprender as formas de agir, em todo contexto escolar. O presente relatório foi adaptado para atender ás orientações de distanciamento social devido à pandemia do Covid-19, conforme proposto, esse trabalho tem o objetivo de documentar, por meio de leituras direcionadas, as reflexões e experiências no estágio de Educação Infantil. Todos os materiais citados foram ofercidos e organizados pelo grupo acadêmico da Unopar. 7 1 LEITURAS OBRIGATÓRIAS O texto a seguir é parte do relatório de estágio de pedagogia na área da educação infantil. A partir da leitura do artigo “O papel do professor e do ensino na educação infantil: a perspectiva de Vigotski, Leontiev e Elkonin” da autora Juliana Campregher Pasqualini, são apresentados os comentários e análises das principais ideias apontadas pela autora do artigo e considerações sobre a educação infantil. Análises e comentários O artigo que foi lido e apreciado faz relação entre o desenvolvimento infantil, as características do processo na faixa etária de 0 a 6 anos e a participação professor no desenvolvimento da educação infantil, considerando as principais conclusões de uma discussão sobre o papel do educador e do ensino na perspectiva de Vigotski, Leontiev e Elko-nin. Ainda a autora faz importantes abordagens psíquicas defendidas pelos diferentes autores. Inicialmente, segundo a autora, o atendimento realizado pela educação infantil tinha uma proposta de carácter assistencial e de cuidados às crianças. No entanto, houve debates sobre a intervenção pedagógicas nessa faixa etária. Porém, os postulados teóricos de Vigotski, Leontiev e Elkonin sustentam a defesa do ensino como elemento fundamental do trabalho do professor que atua junto à criança de 0 a 6 anos. Diante do exposto, surge a necessidade e de entender melhor o papel do professor no desenvolvimento da criança. A autora, busca compreender o ensino na primeira infância e a relação do professor sob as perspectivas dos autores. A autora expoe, que segundo os autores devemos ter o cuidado de considerar o lugar e o vínculo da criança com a sociedade onde está inserida no momento histórico e a relação da criança com o meio. Pois, segundo Leontiev (2001a, p.63) a situação objetiva ocupada pela criança no interior das relações sociais em cada período de seu desenvolvimento constitui um elemento fundamental para compreender o processo de desenvolvimento psíquico na ontogênese: O que determina diretamente o desenvolvimento da psique de uma criança é sua própria vida e o desenvolvimento dos processos reais desta vida – em outras palavras: o desenvolvimento da atividade da criança, quer a atividade aparente, quer a atividade 8 interna. Mas seu desenvolvimento, por sua vez, depende de suas condições reais de vida. É possível perceber que a autora corrobora com os autores Vigotski, Leontiev e Elkonin sobre a estreita relação entre o desenvolvimento da criança e a sociedade na qual ela está inserida compreendendo as condições objetivas disponibilizadas à criança como um fator determinante de seu desenvolvimento. Vigotski & Luria (1996), afirmam que o homem modificou não apenas a natureza exterior, mas também (como condição e resultado dessa transformação) os modos e procedimentos de sua própria conduta. A autora comenta que essas modificações podem ser notadas, também, na atividade social humana, novas formas de comportamento e novos processos psicológicos especificamente culturais. Para Vigotski (1995), os signos mais importantes são as palavras, o que evidencia a importância da linguagem na formação dos processos psicológicos superiores humanos. A introdução do signo permite ao homem dominar os próprios processos de comportamento. Diante de todas as análises das fases de desenvolvimento da criança evidenciada pela autora, surge a reflexão sobre a contribuição da escola na formação da criança. A autora ainda comenta que a escola tem como sujeito o aluno, e como o objeto fundamental o ensino nas diferentes áreas, através da aula; a creche e a pré-escola têm como objeto as relações educativas travadas num espaço de convívio coletivo que tem como sujeito a criança de 0 a 6 anos de idade. (Rocha, 1999, p.70, grifos nossos). Que as relações educativo-pedagógicas abarcariam, por sua vez, além da dimensão cognitiva, as dimensões “expressiva, lúdica, criativa, afetiva, nutricional, médica, sexual”. A autora esclarece que o termo educacional-pedagógico busca explicitar “as diferentes dimensões desta relação no plano político, institucional e pedagógico propriamente dito (com caráter de intencionalidade definida, planejada e sistematizada de ação junto à criança)”. A autora, também comenta que relacionar o ensino, somente com o aspecto cognitivo é prejudicial ao desenvolvimento da criança na primeira infância e idade pré-escolar. Portanto, nessa faixa etária o professor não deve ensinar, mas limitar-se a acompanhar, favorecer e estimular o desenvolvimento infantil – ou, ainda, a seguir as crianças, conforme expressão do educador italiano Loris Malaguzzi (Arce, 2004). 9 Surge então a preocupação de entender a relação entre ensino e desenvolvimento, o papel do professor que trabalha com a criança na primeira infância e idade pré-escolar. Mas a autora comenta que para compreender esses questionamentos, devemos entender melhor os textos produzidos por esses autores sobre o processo de desenvolvimento infantil. A autora comenta que Vigotski (1995,p.34) revela e explicita a subordinação dos processos biológicos ao desenvolvimento cultural, demonstrando que “a cultura origina formas especiais de conduta, modifica a atividade das funções psíquicas, edifica novos níveis no sistema do comportamento humano em desenvolvimento”. Para Vigotski (1996, p.264): “Não se pode aplicar à teoria do desenvolvimento infantil a mesma concepção do meio que se adota na biologia a respeito da evolução das espécies [...] a realidade social é a verdadeira fonte de desenvolvimento...” Como vimos, Vigotski (1995) destaca a mediação do adulto no processo de desenvolvimento das funções psicológicas superiores da criança e postula que o ensino deve promover o desenvolvimento. Na perspectiva do autor, o desenvolvimento social e cultural tem sempre como ponto de partida a atuação de outras pessoas sobre a criança. Sobre o desenvolvimento da criança, a autora traz como conclusão que o desenvolvimento das muitas funções psíquicas superiores tem como condição uma operação cultural organizada, em princípio, pelo adulto. Ela cita que de acordo com Leontiev (2001a), podemos estabelecer como uma lei geral do desenvolvimento psicológico infantil que o desenvolvimento das funções psicológicas se encontra na dependência dos concretos nos quais estão envolvidos, ou seja, se processa na e pela atividade da criança. Fica evidente que as funções psicológicas devem ser “estimuladas” na criança pelo educador e que isso não significa submeter a criança a um treinamento mecânico. Ao contrário, se o trabalho educativo se resumir a esse treinamento mecânico, o desenvolvimento dessas funções não se efetivará plenamente, em suas máximas possibilidades. É preciso, que tais funções integrem processos dirigidos por um alvo, ou seja, é preciso que seu desenvolvimento se coloque como condição para a realização da atividade pela criança. O desenvolvimento psíquico das crianças tem lugar no processo de educação e ensino realizado pelos adultos, que organizam a vida da criança, criam condições 10 determinadas para seu desenvolvimento e lhe passam a experiência social acumulada pela humanidade no período precedente de sua história. Os adultos são os portadores dessa experiência social. Graças aos adultos a criança assimila um amplo círculo de conhecimentos adquiridos pelas gerações precedentes, aprende as habilidades socialmente elaboradas e as formas de conduta criadas na sociedade. À medida que assimilam a experiência social se formam nas crianças distintas capacidades e habilidades. Com base nos textos dos autores, a autora ainda reforça a ideia da importância do adulto no desenvolvimento da linguagem verbal, segundo a autora, as análises dos contatos verbais da criança mostram que a linguagem é utilizada por ela essencialmente no contato prático entre adultos e criança, isto é, para organizar a colaboração com os adultos no interior da atividade conjunta (Elkonin, 1987b). A comunicação emocional direta com o adulto passa, portanto, a um segundo plano e ganha destaque a colaboração prática. Assim, tanto a linguagem atua como meio para organizar a comunicação com o adulto quanto a comunicação mesma está mediada pelas ações objetais da criança. No período seguinte, a idade pré-escolar, que se estende em geral do terceiro até o sexto ano de vida, a atividade principal é o jogo de papéis e do faz de conta. Por meio dessa atividade as crianças reproduzem e apropriam-se das relações sociais e do sentido social das atividades humanas (Leontiev, 2001a) e aprendem a subordinar seu comportamento às exigências do papel que estão , (Elkonin, 1987a). A autora ainda traz considerações sobre os jogos na educação infantil, no trecho a seguir ela cita que conforme Mukhina (1996, p.157), as crianças refletem no jogo a realidade que as circunda, de modo que “quanto mais ampla for a realidade que as crianças conhecem, tanto mais amplos e variados serão os argumentos de seus jogos”. O inverso também é necessariamente verdadeiro, ou seja, quanto mais restrito for o contato da criança com a realidade social em que está inserida, mais pobres serão os argumentos de seus jogos. Portanto, se o desenvolvimento do conteúdo dos jogos de papéis se relaciona diretamente com a ampliação e a sistematização de conhecimentos pela criança, cabe à escola de Educação Infantil organizar e ampliar ao máximo esse contato da criança com a realidade social. A autora comenta também, que na Educação Infantil, é preciso ensinar na e 11 pela brincadeira. É preciso, para isso, romper com a artificial dicotomia entre “atividades dirigidas” (supostamente para ensinar) e “atividades livres” (supostamente para brincar), ainda tão presente nas escolas de Educação Infantil. É papel do professor revelar para a criança, como indica Elkonin (1960), as faces da realidade que ela somente pode conhecer pela via de sua mediação – tendo em vista o postulado de Leontiev (1978) de que os objetos e fenômenos da cultura não podem ser adquiridos imediatamente pela criança. A autora apresenta também um contraponto, sobre as atividades dirigidas na educação infantil pela perspectiva da psicologia histórico-cultural, o educador não pode ser conhecido como alguém que apenas estimula e acompanha a criança em seu desenvolvimento. Em contraposição a essa violenta descaracterização de seu papel subjacente à negação do ensino, que reduz sua interferência na sala de aula a uma mera participação (Arce, 2004), o professor é compreendido como aquele que transmite à criança os resultados do desenvolvimento histórico, explicita os traços da atividade humana cristalizada nos objetos da cultura – mediando sua apropriação – e organiza a atividade da criança, promovendo assim seu desenvolvimento psíquico. Dessa forma, se entendemos o ato de ensinar em oposição ao imperativo de “seguir as crianças...”, ou seja, como intervenção intencional e consciente do educador que visa garantir a apropriação do patrimônio humano-genérico pela criança, promovendo e conduzindo seu desenvolvimento psíquico, podemos afirmar que os pressupostos de Vigotski, Leontiev e Elkonin sustentam a defesa do ensino junto à criança de 0 a 6 anos. Considerações finais Após a leitura e análise do artigo “O papel do professor e do ensino na educação infantil: a perspectiva de Vigotski, Leontiev e Elkonin” da autora Juliana Campregher Pasqualini, é possível perceber a complexidade dos fatos abordados na educação infantil. A autora, faz uma síntese de diferentes perspectivas de autores importantes da psicologia infantil. Que traz luz a compreensão do desenvolvimento da faixa etária específica e traz vários questionamentos sobre o ensino das crianças e a relação com o contexto social que está inserida, sobre a abordagem do professor e o 12 modo de ensino. Fica claro a importância de um direcionamento profissional no desenvolvimento da criança, desde que seja respeitado os fatores biopsicossociais e espiritual que a criança está inserida. A autora defende que “o seguir a criança” deve ser o papel do professor baseado na intervenção intencional e consciente do profissional no desenvolvimento e no atendimento da educação infantil. 13 2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP) O Projeto Político Pedagógico (PPP) é um documento construído coletivamente e tem grande importância para a escola, pois se refere ao planejamento global da instituição, entretanto, cada PPP é único, pois expressa as finalidades e necessidades da realidade escolar e não menos importante a missão em relação a educação. A seguir são apresentadas as reflexões por meio das perguntas direcionadas sobre a leitura de um documento de Projeto Político Pedagógico. 1.O que é o PPP e qual a importância desse documento para o ambiente escolar? O Projeto Político Pedagógico é um documento que deve ser construídocoletivamente, os membros da comunidade escolar, como os gestores, os professores, funcionários, alunos e familiares promovem encontros para discussão e análise das propostas sugeridas por todos. E após a discussão democrática das propostas para o ano letivo é construído um importante documento que orienta todas as ações pedagógicas e administrativas da unidade escolar. 2. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento normativo que define as aprendizagens essenciais que todos os alunos devem se apropriar na educação básica. Sendo assim, todas as escolas devem organizar seu currículo a partir desse documento. Com base na leitura que você realizou, como as competências gerais da Educação Básica se inter-relacionam com o PPP? A construção do Projeto Político Pedagógico deve atender as orientações da BNCC em desenvolver as competências e habilidades cognitivas (valorização do conhecimento, da cultura, do pensamento crítico, criativo e científico), competências comunicativas (uso adequado da linguagem, da cultura digital e tecnológica, construção de argumentos e defesas do ponto de vista) e da competência socioemocionais (autocuidados, empatia, projeto de vida, cidadania). O Projeto 14 Político Pedagógico da unidade escolar deve prever atividades e ações, bem como, organizar adequadamente espaços, atividades de convivência e debates para os alunos desenvolverem suas competências, conjuntamente, com as competências das áreas de conhecimento. 3. A avaliação da aprendizagem é um elemento muito importante no processo de ensino e de aprendizagem, visto que cria oportunidades para os avanços escolares e dos pontos que precisam ser aperfeiçoados. Com base na leitura que você realizou do PPP, de que modo a escola apresenta o processo de avaliação? No Projeto Político Pedagógico da escola ficou definido dois processos diferentes de avaliação. O primeiro processo citado, apresenta uma avaliação adaptada de acompanhamento do processo educativo com base nos aspectos cognitivos e psicossocial para os alunos da educação infantil e do 1°ano do ensino fundamental, esse processo de avaliação não é quantitativo para efeito de reprovação ou promoção escolar. O segundo processo está relacionado aos alunos do 2° ano do ensino fundamental até o ensino médio, nele os alunos são avaliados em 3 etapas com pontuações diferentes onde as avaliações são individuais e coletivas. 15 3 ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A EQUIPE ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA Com a intenção de conhecer a atuação do professor regente e sua inter- relação com a equipe pedagógica e administrativa, assim como a atuação da equipe pedagógica no acompanhamento do desenvolvimento da disciplina, foram selecionados vídeos de orientações que apresentam comentários sobre a rotina da realidade escolar. A seguir são apresentadas as reflexões por meio das perguntas direcionadas sobre os vídeos apresentados. 1. Considerando os conhecimentos abordados sobre a docência na educação infantil, aponte três atividades que fazem parte da rotina de trabalho do professor e explique como essas atividades devem ocorrer. A rotina da educação infantil se organiza a partir do planejamento anual, que se baseia nas orientações da BNCC (Base Nacional Curricular Comum) e nas propostas documentadas no Projeto Político Pedagógico de cada unidade escolar. Semanalmente o professor organiza os planos de aulas na intenção de atender as expectativas de aprendizagem definidas no planejamento, através de atividades lúdicas e de brincadeiras direcionadas, que devem ter um olhar diferenciado dos profissionais de educação, fundamentado nas teorias educacionais, com o objetivo de oferecer oportunidades de vivências e interações entre as crianças. Além da intenção pedagógica, o plano de aula, deve ter uma rotina bem organizada, de modo a atender às necessidades biopsicossociais dos alunos como: cuidados de alimentação, higiene e descanso das crianças. 2. Exemplifique de que maneira a equipe pedagógica poderá orientar o professor tendo como referência a utilização do Projeto Político Pedagógico e da Proposta Curricular. É muito importante que a equipe pedagógica oriente de forma efetiva, através das formações e estudos coletivos, o profissional sobre as especificidades de cada unidade escolar. Devemos considerar as realidades sociais e necessidades de cada 16 instituição de ensino, pois cada rede e unidade escolar tem autonomia na elaboração do currículo de acordo com essa realidade específica. Por isso é muito importante que a equipe pedagógica observe a apresente aos professores as orientações da BNCC (Base Nacional Curricular Comum) e as propostas documentadas no Projeto Político Pedagógico de cada unidade escolar, para que esses documentos sejam considerados na elaboração do planejamento, além de conhecer o Referencial Curricular da região em que a escola está inserida. Cabe a equipe pedagógica a contribuição, orientação e apoio ao professor na elaboração e execução dos projetos pedagógicos e apresentar aos novos professores a realidade social de cada unidade escolar e até as necessidades individuais de cada aluno de modo a contribuir com o bom desenvolvimento do trabalho do professor. 3. No que se refere às atribuições da equipe administrativa, descreva a importância da relação da direção com a equipe pedagógica para a qualidade dos processos educativos no contexto escolar. Para que o processo de ensino e aprendizagem dos alunos seja realizado com qualidade, é imprescindível que a relação entre equipe administrativa e pedagógica estejam em total sintonia. Por isso é necessário que haja uma concordância nas decisões, de modo que sejam observadas as orientações definidas no Projeto Político Pedagógico e que seja construído coletivamente pela comunidade escolar uma cultura de respeito, de diálogo e de decisões democráticas. Além de estar aberto para diálogo, a equipe administrativa também deve estar preparada para rever seus princípios, valores, metodologias e ideologias para sempre se adequar a realidade (que muda constantemente) e também de acordo com as demandas dos alunos e professores, porém, sem abandonar as leis pertinentes que devem sempre dar fundamento a todas as direções que a escola resolva tomar. A direção e os professores de uma escola, para que apresentem eficiência em seus trabalhos, requer uma grande sincronia entre as propostas, norteadas pelo Projeto Político Pedagógico e ao respeito ao relacionamento interpessoal. Pois a funções de atendimento e orientação dos professores e 17 familiares em caso de encaminhamento, em reuniões e diversas demandas precisa observar as orientações do Projeto Político Pedagógico. Diante disso, é fundamental que ambas as partes estejam em conformidade, no sentido de gerar melhores experiências aos próprios alunos, através de atividades pedagógicas mais significativas, levando a melhores desempenhos de ambas as partes. 18 4 ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA BNCC Além dos conteúdos estruturantes, conforme orientações dos documentos oficiais que norteiam o ensino no país, todo professor deve observar e proceder à abordagem de conteúdos transversais: meio ambiente, economia, saúde, cidadania e civismo, multiculturalismo e ciência e tecnologia. Para isso, as escolas podem contar com a disponibilização de materiais de apoio para a abordagem desses temas, além de, em alguns casos, receber o auxílio da atuação de uma equipe multidisciplinar, constituída para o gerenciamento de ações nessa esfera. Após a leitura do Guia Prático dos Temas Contemporâneos (MEC), serão são apresentadas as reflexões meio das perguntas direcionadas sobre os temas transversais. 1.Como podemos entender o termo Transversalidade? O termo transversalidadese refere a intenção de relacionar os conteúdos pedagógicos de todas as disciplinas com as situações do cotidiano de modo a trabalhar temas que consideram o contexto escolar, o contexto social, a diversidade e o diálogo na construção da cidadania. Ou seja, a transversalidade e a interdisciplinaridade são modos de trabalhar o conhecimento, por meio da reintegração de temas fragmentados pelo método disciplinar. 2. Qual a importância de se trabalhar com os TCTs na escola? Os TCTs na BNCC também visam cumprir a legislação que versa sobre a Educação Básica, garantindo aos estudantes os direitos de aprendizagem, pelo acesso a conhecimentos que possibilitem a formação para o trabalho, para a cidadania e para a democracia e que sejam respeitadas as características regionais e locais, da cultura, da economia e da população que frequentam a escola. Ou seja, a escola que atende a legislação, oferece aos alunos várias oportunidade de conhecer de modo contextualizado, através da interdisciplinaridade e 19 transversalidade, temas que constituem os meios de transformação social por meio da educação. 3. Dos TCTs listados, quais podem ser trabalhados de forma transversal no seu curso de graduação? Na área de educação infantil, todos temas sugeridos podem ser trabalhados, mas os temas meio ambiente e saúde estão mais relacionados com a rotina e curiosidade comum da idade, oferecer em sala de aula os temas contemporâneos, de modo contextualizado, pode aumentar muito o interesse dos estudantes em participar das atividades. 4. O Guia apresenta uma metodologia de trabalho para o desenvolvimento dos TCTs, baseado em quatro pilares. Quais são estes pilares? Comente sua perspectiva sobre essa metodologia. Os quatro pilares são: - Superação da concepção fragmentada do conhecimento para uma visão sistêmica - Promoção de um processo educativo continuado e de conhecimento como uma construção coletiva - Problematização da realidade e situações de aprendizagem - Integração das habilidade e competências curriculares à resolução de problemas Os quatro pilares são sugestões para orientar as abordagens dos currículos nas práticas pedagógicas, o objetivo é promover a criação de estratégias, de modo que o estudante perceba que a informação interligasse de diferentes saberes disciplinares e transversais, integrando-os a um contexto social amplo, identificando- os como conhecimentos próprios. 20 5 CONHECER METODOLOGIAS ATIVAS COM O USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS A seguir, será apresentado uma sugestão de solução, em forma de relato, a partir de uma situação-problema apresentada em um texto que foi disponibilizado pela UNOPAR como adaptação ao estágio em educação infantil. Temos como resumo, que uma escola apresentava muitas dificuldades com a comunidade, devido à baixa participação dos alunos na educação infantil e falta de recurso tecnológico. Percebeu-se que a comunidade não era próxima de pertencimento à escola, o que refletia na desvalorização da importância da educação infantil e consequentemente, na educação básica. Pensando nas dificuldades dessa comunidade, foi proposto um projeto com a inclusão das famílias das crianças da educação infantil, baseado nas metodologias ativas de aprendizagem, onde o aluno é o centro do processo de aprendizagem. Foi importante produzir a valorização da educação, estimulando o pertencimento da escola pela comunidade e preparando momentos para que as famílias participassem das atividades escolares com os alunos, uma das ações foi abrir a escola para discussões e interações. Primeiramente foi proposto, incentivar a participação das famílias, promovendo uma festa da primavera onde todos doariam algo para ser vendido, como: pratos de guloseimas, sorvetes, pastéis e outros. Para as crianças seria diversão e para os pais o estreitamento dos laços comunidade escola e com o dinheiro das vendas seria montado um pequeno laboratório de informática. Ainda foi proposto que nessa festa os trabalhos dos alunos fossem expostos como em uma mostra cultural assim mostrando aos pais o desenvolvimento cognitivo de seus filhos. Após a implantação do laboratório de informática viabilizado pela parceria da escola com a comunidade através da festa, foi possível organizar aulas com as crianças no laboratório de informática, a partir dos interesses das crianças pelos jogos de celulares, foi implementada as metodologias que se utilizam dos conceitos da gamificação e ensino híbrido, inserindo a tecnologia na vivência das crianças, como complemento da prática tradicional da sala de aula, estimulando o interesse 21 das crianças pelo aprendizado, diminuindo a evasão escolar, que é comum na comunidade. Esse conjunto de ações melhorou a participação das crianças e a valorização da escola pelas famílias, diminuindo a evasão escolar. E trouxe bons resultados nas relações de parceria entre a escola e comunidade. 22 6 PLANOS DE AULA Os planos de aulas apresentados a seguir, são partes de uma sequência didática de um projeto fictício de apoio a recuperação de uma comunidade escolar de educação infantil. PLANO DE AULA – 1 CAMPO DA EXPERIÊNCIA ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES SÉRIE Infantil 3 TURMA A PERÍODO Manhã CONTEÚDO (EI03ET06) Relatar fatos importantes sobre seu nascimento e desenvolvimento, a história dos seus familiares e da sua comunidade. OBJETIVOS Geral: Reconhecer familiares, colegas e a si mesmo em fotos. Específico: Conhecer sua trajetória de vida do nascimento até os dias atuais por meio de observação de fotos em um painel. METODOLOGIA Organizar a sequência de atividades, iniciando com a montagem de um painel de fotos desde o nascimento até os dias atuais que os responsáveis irão enviar para escola. A criança também será orientada a pedir que um dos responsáveis conte um fato sobre seu nascimento para que ela possa contar aos colegas. Em uma roda de conversa a criança mostrará aos seus colegas suas fotos e contará sua história. RECURSOS Painel, EVA e fotos dos alunos. AVALIAÇÕES Registro através da observação, participação e apropriação de conhecimento pelo envolvimento nas atividades propostas. REFERÊNCIAS http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/ 23 PLANO DE AULA – 2 CAMPO DE EXPERIÊNCIA ORALIDADE E ESCRITA SÉRIE Infantil 3 TURMA A PERÍODO Manhã CONTEÚDO EI03EF03 – Escolher e folhear livros, procurando orientar- se por temas e ilustrações e tentando identificar palavras conhecidas. OBJETIVOS Geral: Estimular o interesse dos alunos pelos livros incentivando a leitura de textos e imagens Específico: Promover a interação entre os alunos Desenvolver a concentração na leitura Reconhecer as letras e imagens Ler com os alunos as histórias que mais chamam atenção METODOLOGIA Organizar um ambiente calmo para leitura, oferecer livros e imagens para manuseio e leitura, fazer uma votação com os alunos sobre qual será a história da vez, ler a história e pedir para que os alunos façam uma ilustração. Preparar um momento em roda de conversa para socialização de suas leituras e suas ilustrações. RECURSOS Diferentes livros e imagens, diversos tipos de folhas, lápis de cor e tapete para leitura. AVALIAÇÕES Participação do momento de leitura e momento de registro da leitura por meio de desenhos. REFERÊNCIAS http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/ 24 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Apresentar as considerações finais, com comentários decorrentes de reflexões acerca das atividades do estágio realizado no semestre, conforme Plano de Trabalho disponível no Plano de Trabalho. Relatar as contribuições do estágio para você, estagiário (pessoal e profissionalmente). A conclusão é o momento em que você descreve as suas impressõesfundamentadas nas atividades realizadas. Dessa forma, deve-se expressar com clareza e precisão as conclusões observadas no decorrer de todas as etapas do estágio. Nesse difícil momento de pandemia que estamos vivendo, foi importante realizar o estágio mesmo à distância, ainda mais quando é um curso de uma 2° graduação em licenciatura, fiquei ansiosa, porém feliz em poder realizar o estágio. O estágio é uma etapa muito importante na formação do profissional, mas os materiais disponibilizados e as orientações bem elaboradas trouxeram segurança para produção desse relatório. A experiência foi extremamente gratificante, pois as leituras e os direcionamentos das atividades do relatório me proporcionaram uma nova reflexão e um novo olhar, sobre a minha prática pedagógica em sala de aula e mudou meu pensamento sobre como preparar, apresentar e trabalhar o conteúdo, de modo que eu possa promover uma aprendizagem eficaz e significativa para os meus alunos. Para o professor ter uma boa prática é extremamente necessário sempre estar focado na busca de novas metodologias pesquisando, estudando, porque os alunos precisam de aulas atraentes e inovadoras para que se resolva a problemática do ensino atual. Vivemos em um mundo, onde a tecnologia muda a todo o momento, e nós professores não podemos ficar estagnados, achando que sabemos demais. Devemos sempre nos atualizar e levar para os alunos coisas novas, tornando assim as aulas mais prazerosas. A realização do estágio, foi muito significativa para o meu processo de formação docente, foram momentos de muita reflexão e correção das minhas práticas sob uma nova ótica. Também me possibilitou refletir como se dá a atuação do pedagogo nos diferentes contextos. Durante o estágio tive a 25 oportunidade de revisitar minha prática docente e procurar modificar algumas atividades tornando as mais atrativas para os alunos Foi uma experiência, prazerosa e que com toda certeza posso dizer que me trouxe crescimento e com isso traz benefícios aos meus alunos para que os mesmos possam ter um aprendizado significativo e assim exercerem de forma plena sua cidadania. 26 8 REFERÊNCIAS BARBA, C.; CAPELA, S. (Orgs.) Computadores em sala de aula: métodos e usos. Porto Alegre: Penso, 2012. BARROS, Gilian C. Webquest: metodologia que ultrapassa os limites do ciberespaço. Escola BR: Inclusão Digital nas Escolas Públicas. Paraná/Brasil. Novembro, 2005. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000012622.pdf>. Acesso em: 11mai. 2020. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2017. LORENZONI, Marcela. Aprendizagem Baseada em Projetos (PBL) em 7 passos. InfoGeeks. 2016. Disponível em: <<https://www.geekie.com.br/blog/aprendizagem- baseada-em-projetos/>. Acesso em: 11 mai. 2020. PANTOJA, A. S.; PEREIRA, L. M. Gamificação: como jogos e tecnologias podem ajudar no ensino de idiomas. Estudo de caso: uma escola pública do Estado do Amapá. Estação Científica (UNIFAP). Macapá, v. 8, n. 1, p. 111-120, jan-abr. 2018. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação.Caderno de Orientações: Professor PDE e Orientador EaD. 2019. PASQUALINI, Juliana Campregher. O papel do professor e do ensino na educação infantil: a perspectiva de Vvigotski, Leontiev e Elkonin. Disponíveis em: http://books.scielo.org/id/ysnm8/pdf/martins-9788579831034-10.pdf. Acesso em junho de 2020. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Documento adaptado: Disponível em <https://arquidiocesano.com/proposta-pedagogica/sintese-do-ppp/>. Acesso em 08/05/2020.
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