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HUMANAS 1 - SOF - Semana 26 
Conteúdo: A condição humana 
Próxima aula: Pré-revisão (semana 29) 
 
A CONDIÇÃO HUMANA 
Pontos centrais 
 
1. O ser humano, entre o biológico e o cultural; 
2. O mundo dos símbolos: da linguagem animal à humana; 
3. A cultura como construção humana; 
4. O paradoxo entre os valores herdados e a experiência individual; 
5. A linguagem e os signos; 
6. Tipos de signos; 
7. A construção da significação. 
 
1. O ser humano, entre o biológico e o cultural 
 
Um ser humano pode ser determinado tanto pelas suas 
características biológico-inatas quanto pela sua interação 
com o ambiente e seus semelhantes. A experiência da 
condição biológica e da condição social constitui a realidade 
complexa das ações e dos pensamentos humanos. 
É possível conferir certa plasticidade (capacidade de 
modelação) constitutiva à natureza humana, ela modifica-se 
conforme a cultura ou os modos de vida estabelecidos entre 
os indivíduos. 
 
2. O mundo dos símbolos: da linguagem animal à humana 
 
Desde a antiguidade, filósofos e sábios buscavam entender não só o homem e sua 
relação com a natureza como também as relações entre os homens e suas 
consequências. 
Para Aristóteles (384 - 322 a.C), por exemplo, o ser humano é, por natureza, um 
animal social/político. A expressão “por natureza” indica que só nos tornamos seres 
humanos na medida em que nos relacionamos com nossos semelhantes. 
Se os seres humanos são também considerados animais, o que nos diferenciaria 
deles? 
Uma definição preliminar seria: os animais são aqueles que sempre se relacionam 
com a natureza de uma mesma maneira, apesar de suas singularidades. 
O ser humano, por sua vez, é aquele animal que se relaciona com a natureza de 
modo interventivo, inventivo e progressivo, isto é, nem sempre realiza a mesmo 
atividade da mesma maneira. 
O que possibilita essa relação de inventividade do ser 
humano com a natureza, fundamentalmente, é o nexo 
linguagem-pensamento. A linguagem humana, sintetizada na 
palavra, incita o pensamento com base em símbolos, permite a 
abstração, a associação e o raciocínio entre diferentes dados e 
impressões sobre a natureza, calculando possíveis efeitos e 
consequências, antecipando eventos etc. é por essa 
sistematização entre dados sensíveis, linguagem e raciocínios 
foi possível criar condições de possibilidades daquilo que se convencionou chamar de 
cultura, de ciência etc. 
 
3. A cultura como construção humana 
 
A cultura, então, pode ser designada como o conjunto 
de símbolos que interpretam e agem sobre a natureza. Por 
consistir na modificação da natureza, a cultura não pode ser 
considerada como semelhante ao mundo natural. 
A literatura e o cinema também exemplificaram a 
relação intrínseca entre natureza humana e cultura 
(linguagem), evidenciando a contribuição de uma para o 
desenvolvimento da outra. 
Na literatura, por exemplo, O livro da selva, do escritor inglês Kipling (1865 - 1936), 
conta a história de Mogli, um garoto que cresceu na companhia de animais e teve, 
dificuldade de interagir com outras pessoas, pois não tinha nem linguagem nem hábitos 
humanos. 
No cinema, o documentário-ficção O enigma de Kaspar Houser (1974), do diretor 
alemão Herzog, conta a história de Kaspar, homem que viveu encarcerado até sua 
juventude e foi introduzido à força numa sociedade do interior da Alemanha. Kaspar só 
desenvolveu sua capacidade de raciocínio, bem como hábitos sociais, de alimentação, 
limpeza, convivência, após ser ensinado pelos habitantes dessa vila. 
 
4. O paradoxo entre os valores herdados e a experiência individual 
 
Todas as experiências humanas, mesmo aquelas aparentemente mais 
espontâneas (como alegria, amor, prazer etc.), resultam de uma relação entre as 
dimensões biológica e cultural; e é esta última que determina a variedade e as múltiplas 
diferenças entre as experiências humanas. 
Na dinâmica cultural, outra relação conflituosa se apresenta: se por um lado, há a 
tradição e a rotina, que conservam certos modos de sobrevivência, por outro, há a 
necessidade de diferenciar-se e de superar novos desafios impostos pela natureza. É a 
tensão entre tradição e ruptura, entre conservação e superação. 
 
 
Eis um paradoxo da existência social: são os valores e as verdades de uma cultura 
que nos conformam a uma experiência comum e repetitiva, cerceando nossas vontades 
e limitando nossas diferenças. Dessa maneira, limita-se a autenticidade e a 
singularidade inerentes a cada experiência individual. No entanto, é no interior dessas 
relações e limitações, no conflito entre aceitação e recusa que, forçosamente, 
diferenças vão surgir, singularidades vão brotar. É nesse conflito fecundo entre herança 
social e individualidade que situações-limite de coerção e criação aparecem, 
provocando mudanças profundas, revoluções, progressos e etc. 
 
5. A linguagem e os signos 
 
A linguagem pode ser entendida como o conjunto de artifícios que um ser humano 
possui para pensar e comunicar seus pensamentos, atribuindo sentido às coisas e 
possibilitando a troca por meio do diálogo. 
Os signos ocupam, sob algum aspecto, o lugar de outra 
coisa. É por meio deles que são estabelecidas relações entre o 
comunicador (um bebê que chora por algum motivo) e o receptor 
que interpreta (a mãe que cuida). Isso se dá por meio do contexto 
em que se encontram (a quanto tempos o bebê comeu, seu 
estado de higiene etc.), o que permite configurar uma mensagem 
(a necessidade do bebê), criando, assim, um sistema de 
referências prático para a existência. 
 
6. Tipos de signos 
 
O conjunto de meios que usamos para representar s relação entre nossas 
experiências e as coisas como nos afetam forma a estrutura de nossa linguagem. 
As relações que estabelecemos com os signos podem estruturar-
se pela semelhança perceptível dos ícones (onomatopeias; ou a 
relação entre a forma do desenho e o objeto desenhado), pelos 
índices comprováveis de causas e efeitos (de sintomas de doenças 
às relações matemático-numéricas), ou pelas convenções sociais e 
históricas relativas sob símbolos (ritos, mitos e metáforas). 
Diferente dos animais, cada ser humano que percebe um signo interpreta-o com 
base e suas próprias experiências e, portanto, em sua própria linguagem. Dependendo 
da trajetória do receptor, um signo pode aparentar ser mais próximo ou mais distante do 
objeto traduzido à sua atenção. 
Um importante fenômeno estético da linguagem refere-se à sinestesia, processo 
pelo qual um sentido corporal (como a visão) se aproxima de outro (como o paladar), 
por meio da memória, da metáfora etc. 
 
7. A construção da significação 
 
Como a construção de uma linguagem é uma construção 
social de relações, ela não está isenta das tensões e 
desarmonias das questões políticas. A importância do contexto 
na formação das gramáticas pode ser vista na formação dos 
dialetos efêmeros das gírias, em como variam de cidade para 
cidade e de geração para geração. As gírias que para 
determinado grupo apresentam um sentido positivo, para outro 
podem ter seu valor social invertido. 
Pode-se construir toda uma gramática pela qual se determinam as regras gerais da 
expressão da linguagem: seu sentido, sua função social, suas regras de constituição. A 
gramática, desse modo, também configura o poder da linguagem: o que ela pode 
designar, que sentido ela pode transmitir. Burlar a gramática de uma língua, por 
exemplo, é burlar toda uma lógica de significação de todo o sistema social, político e 
moral ligado a ela, pela qual o ser humano relaciona-se consigo, com os outros e como 
mundo. 
 
 
 
 
QUESTÕES TRADICIONAIS 
 
01) A natureza é muda. Embora pareça estar expressando algo através de suas formas, 
suas paisagens, suas tempestades tumultuosas, suas erupções vulcânicas, sua brisa 
ligeira e seu silêncio – a natureza não responde. Os animais reagem de maneira que 
têm sentido, mas não falam. Só o homem fala. Só entre os homens, existe essa 
alternância de discurso e resposta continuamente compreendidos.Só o homem, pelo 
pensamento, tem consciência de si. 
 
JASPERS, Karl. Introdução ao pensamento filosófico. 
 
No contexto da reflexão sobre a Condição Humana, fica evidente que 
 
a) a dimensão da linguagem simbólica é condição preponderante no homem. 
b) a singularidade da cultura é secundária à condição humana. 
c) a evolução do homem prescinde da educação para se humanizar. 
d) pelo pensamento, a condição humana é essencialmente dissociável. 
e) no ato de pensar e na consciência de si, a condição do homem é idêntica à condição 
animal. 
 
02) A Cultura é tudo aquilo, que o homem adquire, ou mesmo, produz, com o uso de 
suas faculdades: todo o conjunto do saber e do fazer, ou seja, da ciência e da técnica, e 
tudo aquilo que, com o seu saber e com o seu fazer, extrai da natureza. 
 
MONDIN, Batista. O homem, quem é ele? 
Sobre esse assunto, é correto afirmar que 
 
a) a condição humana é singularmente relacional. 
b) a esfera do trabalho não se constitui em um componente essencial da cultura e do 
fazer humano. 
c) na faculdade da linguagem, não há distinção de modo nítido no homem e animais, 
ambos tendo a mesma natureza. 
d) a cultura é um fenômeno simples; faz parte da natureza, independe de esforço e 
realização particular. 
e) a condição humana não é capaz de criar normas, regras e valores. O homem já 
nasce homem. 
 
03) A partir do século XIX, alguns filósofos procuraram criticar a concepção 
essencialista sustentada por Platão e Aristóteles a respeito da questão sobre o que é o 
ser humano. Essa crítica pode ser assim caracterizada: 
 
I. afirma-se o homem como um ser prático e definido pela produção e pelo trabalho 
coletivo. 
II. rejeita-se a liberdade como componente da existência humana. 
III. afirma-se o ser humano como, existente, pelo contexto histórico-social. 
IV. sustenta-se que a verdadeira realidade se encontra no mundo das ideias. 
V. rejeita-se, explicitamente, a concepção de uma natureza humana universal. 
 
Estão corretos os itens 
 
a) I, III e V. b) II, III, IV e V. c) I e V. d) II e IV. e) IV e V. 
 
04) Uma das perguntas fundamentais da filosofia, quem é o homem, tem na história 
muitos pressupostos teóricos que contribuem para entendê-la na sua complexidade. 
Algumas noções conhecidas afirmam que o homem 
 
I. nasce com alguns comportamentos e se humaniza pela educação. 
II. desenvolve comportamentos diversificados e se humaniza pela educação. 
III. ao nascer, não recebe uma herança cultural e, por isso, aprende os símbolos que o 
torna capaz de agir e compreender a própria existência. 
IV. ao nascer, recebe uma herança cultural, com a qual aprende os símbolos que o 
tornam capaz de agir e compreender a própria existência. 
V. o homem desenvolve inteligência concreta presa à experiência de vida naquele 
momento. 
 
Estão corretos os itens 
 
a) I, II, III e IV. b) II, IV e V. c) II e IV. d) III e IV. e) IV e V. 
 
05) As respostas que a humanidade consegue estabelecer ao desafio permanente da 
existência compreendem, em cada tempo, o processo de cultura. 
 
Sobre cultura, pode -se afirmar que 
 
I. é um conjunto amplo de conceitos, de símbolos, de valores e de atitudes que 
modelam a sociedade. 
II. são características adquiridas para se adaptar à sociedade. 
III. são verdades e valores presentes nas pessoas e grupos, em cada momento 
histórico. 
IV. é uma resposta da humanidade ao desafio da existência humana, que se manifesta 
pela razão, sentimento e ação. 
V. quando me refiro à cultura do povo brasileiro, falo do conjunto de seus 
entendimentos, crenças e conhecimentos. 
 
Estão corretos os itens 
 
a) I, II, III e IV. b) I, IV e V. c) II e V. d) I, II, III, IV e V. e) III e IV. 
 
QUESTÕES CONTEXTUALIZADAS 
01) O homem não é um ser natural, mas cultural. Isso significa que, no momento do 
nascimento, a natureza lhe dá apenas o mínimo necessário, o essencial para ser 
homem e confiar a ele mesmo a tarefa de fazer‐se, de formar‐se, de realizar 
plenamente o próprio ser mediante a cultura. 
MONDIN, B. Introdução à filosofia. 
 
Levando em consideração as ideias expostas no texto, o estabelecimento humano não 
se dá de forma natural, com isso 
 
a) o homem nasce homem e não precisa da educação para se humanizar. 
b) a dimensão cultural caracteriza o homem e não o distingue dos animais. 
c) o ser humano criou para si um “mundo novo” mediante a cultura, diferente do cenário 
natural originalmente encontrado. 
d) o homem se satisfaz em meramente viver, restringindo‐se às necessidades 
primárias, sem ter anseio profundo para viver bem. 
e) há evidências de a cultura humana ser uma criação individual e sem história. 
 
02) Por intermédio do trabalho, o homem acrescenta um “mundo novo” (a cultura) ao 
mundo natural existente. O Trabalho é, portanto, elemento essencial da relação 
dialética entre o homem e a natureza, entre o saber e o fazer, entre a teoria e a prática. 
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. 
 
Por uma questão de sobrevivência os seres humanos transformam o seu redor, 
estabelecendo uma relação 
 
a) com a atribuição unicamente do fazer teórico, acrescenta, no mundo atual, o mundo 
cultural. 
b) como um ser atuante no mundo natural. Na sua relação com a natureza, o trabalho é 
secundário. 
c) da cultura como equânime, ou seja, a cultura é uniforme nas sociedades ao longo 
dos tempos. 
d) onde o ser humano não intervém no transcurso da história. O homem é um ser do 
mundo natural. 
e) de ação sobre a realidade do mundo natural, e adapta o meio ambiente às suas 
necessidades. 
 
03) Moramos na tenda da linguagem. Nós e todas as coisas! Na tenda da linguagem, 
não nos fechamos, não nos enclausuramos; abrimo-nos à percepção da realidade, 
entregamo-nos a muitas experiências; devotamo-nos a múltiplas aprendizagens. 
 
BUZZI. Arcângelo R. Introdução ao pensar. 
 
A relação única na natureza entre seres humanos e linguagem o eleva a um patamar 
incomparável com os outros animais, demonstrando que 
 
a) o homem é o único animal capaz de criar símbolos para poucas experiências no seu 
processo de aprendizagem. 
b) a linguagem como atividade humana por excelência permite a comunicação entre os 
seus integrantes. A linguagem está fechada para as múltiplas aprendizagens e aberta 
para as muitas experiências. 
c) a linguagem nos fecha à realidade e nos abre à percepção da experiência. 
d) dentre as muitas experiências, é na aprendizagem da ciência e da técnica que a 
linguagem aparentemente mostra mais sua função de organização da realidade. 
e) na tenda da linguagem, a comunicação humana não consegue transpor os limites da 
simples transmissão e recepção para as múltiplas aprendizagens. 
 
04) Os animais vivem em harmonia com sua própria natureza. Só o homem é 
transformador da natureza, e o resultado dessa transformação se chama cultura. 
ARANHA, Maria Lúcia; MARTINS, Maria Helena. 
 
Fundamento básico da existência humana, a cultura se estabelece de diferentes formas 
ao longo do tempo e do espaço, com isso 
 
a) a linguagem simbólica é condição ímpar no processo de transformação da natureza. 
b) a dimensão simbólica no humano é condição secundária nas mudanças que ocorrem 
na natureza. 
c) na cultura humana, o trabalho é prescindível no processo de transformação do 
mundo natural. 
d) só o homem é transformador da natureza, ao passo que o trabalho é uma atividade 
tipicamente animal. 
e) a cultura é ação direcionada por finalidades inconscientes; o resultado dessa ação é 
a aculturação. 
 
05) O vínculo do homem com a cultura deixa claro que esta última realiza o que de mais 
nobre o homem possui, portanto a cultura é guardiã da liberdade. A cultura nasce do 
homem, logo é histórica como ele próprio o é. 
 
CARVALHO, J. Maurício. O Homem e a Filosofia. 
 
No contexto da reflexão acima sobre o homem e sua dimensão cultural, fica evidente 
que 
 
a) a cultura será compreendida, se for separada do modo humano de ser na sua 
existência. 
b) é um desvalor pensara cultura nos diferentes aspectos da criação humana. 
c) a primazia do homem como ser cultural declina do seu valor histórico. 
d) a cultura se insere na singularidade das matrizes históricas da constituição do 
humano. 
e) a cultura promove a significância da liberdade em detrimento da vinculação com a 
história. 
 
QUESTÕES ESPECÍFICAS 
 
01) Uma das características que distingue os homens dos animais é a cultura. Segundo 
Marx, cultura é o modo como os homens constroem sua vida material. É a cultura que 
dá origem à organização da vida espiritual e das relações sociais. Cultura é assim 
diferenciada de natureza pela linguagem simbólica. 
 
Ainda sobre cultura, analise as afirmativas abaixo. 
 
I. É um amplo conjunto de conceitos, símbolos, valores e atitudes, que modelam a 
sociedade. 
II. Abrange o que pensamos, fazemos e temos como membros de um grupo social. 
III. Todas as sociedades humanas, da pré-história aos dias atuais, possuem uma 
cultura. 
IV. Cada cultura tem seus próprios valores e sua própria verdade. 
V. Cultura é a resposta oferecida pelos grupos humanos ao desafio da existência. 
 
Estão corretos os itens 
 
a) II e III. b) II, IV e V. c) I e IV. d) I, II e IV. e) I, II, III, IV e V. 
02) A condição humana é de ambiguidade, porque o ser do homem não pode ser 
reduzido a uma compreensão simples, como aquela que temos dos animais, sempre 
acomodados ao mundo natural e, portanto, idênticos a si mesmos. Com relação a esse 
assunto, analise os itens a seguir: 
 
I. A linguagem simbólica e o trabalho constituem, assim, parâmetros importantes para 
distinguir o homem dos animais. 
II. Hoje compreendemos que um aspecto, uma dimensão específica do homem é a 
cultura. 
III. Enquanto o animal adquire tudo da natureza e ao longo de sua existência, não faz 
mais que executar, de maneira pontual, instintiva e mecânica, o que está inscrito no seu 
DNA, o homem recebe da natureza um DNA, que lhe abre imensas possibilidades. 
IV. A capacidade inventiva do homem tende a desalojá-lo do ‘já feito’ em busca daquilo 
que ‘ainda não é’. Portanto, o homem é um ser de ambiguidade, em constante busca de 
si mesmo. 
V. A cultura não é para o homem algo acidental, mas faz parte de sua própria natureza; 
é um elemento constitutivo de sua essência. 
 
Estão corretos os itens 
 
a) I, II e III. b) I, III, IV e V. c) I, II e V. d) I, II, III, IV e V. e) III, IV e V. 
 
03) A condição do homem no mundo é uma questão recorrente na filosofia. Busca o 
homem, ao longo da história, compreender-se a si mesmo e sua existência no mundo. 
Diferentes são as tentativas de explicação. Sobre isso, analise as proposições a seguir: 
 
I. O homem é um ser guiado e determinado pelos seus semelhantes em sociedade. 
(Freire) 
II. O homem na sua plenitude coincide com o aperfeiçoamento da razão. (Platão e 
Aristóteles) 
III. São as condições econômicas que definem os modelos sociais de homem. (Marx) 
IV. O homem é um ser aberto à possibilidade de construir sua existência. (Sartre) 
V. A verdadeira realidade se encontra no mundo das ideias. O homem é cópia 
imperfeita de um modelo ideal. (Platão) 
 
Estão corretos os itens 
 
a) I, II, III e IV. b) II, IV e V. c) I e V. d) II, III, IV e V. e) I, II e V. 
 
04) A cultura é uma grande janela (juntamente com a linguagem e o trabalho), que, em 
nosso século, se abriu para o problema do homem. Certamente, o homem sempre fez 
cultura porque é essencialmente um ser cultural e não um ser natural. 
 
Com relação a esse assunto, analise os itens a seguir: 
 
I. Do ponto de vista filosófico, cultura indica a educação, a formação, o cultivo do 
homem. 
II. Cultura é o saber humano que resulta da intervenção do homem na natureza 
mediante o trabalho, da técnica e das ideias bem como dos produtos provenientes 
dessa intervenção transformadora. 
III. Cultura significa um conjunto de costumes, técnicas e valores, que caracterizam um 
grupo social, uma tribo, um povo, uma nação. 
IV. O homem é um ser cultural, independentemente de sua condição natural e histórica. 
V. A noção moderna de cultura implica elementos materiais e espirituais, apresentando 
um caráter religioso, moral, estético, técnico ou científico, comum a todas as partes de 
uma vasta sociedade. 
 
Estão corretos os itens 
 
a) I, II, III e V. b) I, III e V. c) II, IV e V. d) II, III e V. e) I e III. 
 
05) Se a linguagem, por meio da representação simbólica e abstrata, permite o 
distanciamento do homem em relação ao mundo, também é o que possibilitará seu 
retorno ao mundo para transformá‐lo. Portanto, se não tem oportunidade de 
desenvolver e enriquecer a linguagem, o homem torna‐se incapaz de compreender e 
agir sobre o mundo que o cerca. 
ARANHA, Arruda. Filosofando 
 
Com base no texto de Aranha, analise as afirmativas a seguir sobre a linguagem: 
 
I. A linguagem apresenta‐se como a mais original e singular das técnicas. 
II. A linguagem faz do homem o ser vivente que é enquanto homem na sua trajetória 
existencial. 
III. A linguagem tem a singularidade de ser o instrumento ideal da intencionalidade 
essencial do homem. 
IV. A linguagem se dimensiona e se destina à comunicação como sistema de signos 
artificiais e convencionais que é. 
V. A linguagem humana visa à acomodação à situação concreta, não intentando a 
representação simbólica. 
 
Estão corretos os itens 
 
a) I, II, III e V. 
b) II, III, IV e V. 
c) I, II, III e IV. 
d) III, IV e V. 
e) I, II, III, IV e V. 
 
 
 
QUESTÕES APROFUNDADAS 
 
01) Pode-se falar em instinto humano da mesma maneira em que se refere ao instinto 
animal? Explique. 
 
02) Em que sentido os conceitos de cultura, trabalho e educação são inseparáveis, isto 
é, um não pode ser compreendido sem o outro? 
 
Leia o texto a seguir e se baseie nele para a resolução das duas próximas questões 
 
“Nascemos homem ou mulher; tornamo-nos humanos. Esse processo, que vale tanto 
para a espécie como para o indivíduo, é que podemos chamar de humanização: é o 
devir humano do homem – prolongamento cultural da homonização.” 
 
COMTE-SPONVILLE, André. Dicionário Filosófico. 
 
03) Considerando a homonização como longo processo pelo qual nossos ancestrais 
primatas evoluíram até chegar ao Homo sapiens, em que aspectos o conceito de 
humanização dele se distingue? 
 
04) O que pode ser entendido com a afirmação de que o processo de humanização 
“vale tanto para a espécie como para o indivíduo”? 
 
05) Por que se pode dizer que a aquisição da linguagem é a senha de entrada no 
mundo humano? 
 
 
Anotações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bom trabalho!!! 
 
 
 
GABARITO: 
TRADICIONAIS 
1) A 
2) A 
3) A 
4) C 
5) D 
 
CONTEXTUALIZADAS 
1) C 
2) E 
3) D 
4) A 
5) D 
 
ESPECÍFICAS 
1) E 
2) D 
3) E 
4) A 
5) C

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