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SEGURANÇA DO PACIENTE E OS ERROS ASSOCIADOS AOS CUIDADOS EM SAÚDE

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Nome: 
MBA Executivo em Gestão Hospitalar
Matéria: Gestão Estratégica em Saúde
SEGURANÇA DO PACIENTE E OS ERROS ASSOCIADOS AOS CUIDADOS EM SAÚDE
Segurança do paciente é um conceito tão antigo quanto a medicina, onde Hipócrates – tido como “pai da medicina” – referia primeiramente não causar danos ao indivíduo durante a prestação de cuidados. Hoje a finalidade da segurança do paciente permanece a de evitar danos ao paciente, preservando sua integridade física e moral (BRASIL, 2014).
O tema da segurança do paciente só ganhou relevância após a divulgação do relatório do Institute of Medicine (IOM), “To Err is Human”. O relatório é baseado em duas pesquisas sobre incidência de EAs por revisão de prontuários de hospitais de New York, Colorado e Utah, em que se constatou que 100 mil pessoas morreram em hospitais a cada ano vítimas de EAs. A taxa de incidência levantada superou as taxas de mortalidade atribuídas aos pacientes com HIV positivo, atropelamentos ou câncer de mama. Os EAs representam ainda um grande aumento financeiro devido ao prolongamento do tempo de internação hospitalar (KOHN et al, 2000).
De acordo com a OMS (2015), um em cada dez pacientes pode ser vítima de erros ou eventos adversos advindos da prestação de assistência à saúde. Estes erros geram impactos negativos especialmente sobre a equipe de enfermagem ma população, pois coloca em dúvida a qualidade da assistência (LOMBARDI et al, 2016).
 Dentre os erros mais cometidos pelas equipes de saúde, os que envolvem medicação são os que causam maiores danos aos pacientes e estes podem estar presentes em qualquer momento da assistência, como na prescrição, preparo, armazenamento e administração dos medicamentos (LOMBARDI et al, 2016).
O Ministério da Saúde instituiu em 1º de abril de 2013, por meio da Portaria nº 529, de 01/04/2013, o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), que visa melhora a comunicação e a transparência nas informações que relacionam a segurança ao paciente fornecida por notificações. A PNSP foi desenvolvida para contribuir para qualificação da assistência a saúde no Brasil (BRASIL, 2014).
A PNSP contribui para a qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional. A Segurança do Paciente é um dos seis atributos da qualidade do cuidado e é mundialmente visto com grande importância de oferecer uma assistência segura (BRASIL, 2014).
Desde 2002 no Brasil, a Rede Sentinela é uma das iniciativas específicas em segurança do paciente. A Rede é composta por instituições que trabalham com gerenciamento de risco sobre três pilares: busca ativa de eventos adversos, notificação de eventos adversos e uso racional das tecnologias em saúde. Quando uma instituição compõe a Rede Sentinela recebe capacitação para gestão de riscos e de segurança do paciente, planejar, monitorar e comunicar EAs. Essas ações visam o fortalecimento das ações de vigilância sanitária e o desenvolvimento da qualidade e do aprimoramento de práticas seguras nos serviços de Saúde (Brasil, 2014). 
A segurança do paciente envolve todos os estudos, práticas e ações promovidas pelas instituições de saúde para diminuir ou eliminar os riscos de eventos adversos. A OMS em conjunto com a Joint Commission International (JCI) criaram as metas internacionais de segurança do paciente, que reúnem estratégias focadas em situações de maior risco para ele (ARTMED, 2017).
Meta 1 – identificação correta dos pacientes: a identificação correta do paciente é o primeiro passo em direção a uma assistência segura. É preconizada a utilização do nome completo e data de nascimento como identificadores.
Meta 2 – comunicação efetiva: uma comunicação eficaz entre as equipes de saúde de todos os setores garante uma transmissão de informações completas e claras que favorecerão a continuidade do cuidado.
Meta 3 - aprimorar a segurança dos medicamentos de alta vigilância: medicações de alta vigilância têm um potencial para causar grandes danos ao paciente se administradas de forma errônea. Vale ressaltar que as medicações comuns já apresentam riscos se administrados incorretamente. Estes medicamentos devem ser gerenciados de forma diferente dos demais. Todo o processo deve ser ser constantemente supervisionado verificando as formas de armazenar, conferindo sua prescrição, dispensação, bem como administrar e monitorar os efeitos após administração. O conceito dos “5 certos” da medicação é amplamente utilizado, sendo eles: paciente certo, medicamento certo, dose certa, via certa e horário certo.
Meta 4 – cirurgia segura: Seguindo as diretrizes da OMS para a promoção da segurança do paciente durante procedimentos cirúrgicos que define etapas e responsabilidades para a equipe multiprofissional. Isto garante a realização do procedimento correto no local correto com a disponibilidade de todos os recursos necessários.
Meta 5 - redução do risco de infecções associadas aos cuidados em saúde: a lavagem adequada das mãos é a principal e mais simples medida com grande impacto na prevenção e eliminação de infecções. Esta deve ser feita sempre que houver alguma sujidade, antes de tocar no paciente e realizar procedimentos. Também deve ser higienizada após o risco de exposição a fluídos corporais, após o contato com o paciente e após o contato com áreas próximas a ele.
Meta 6 - Reduzir quedas e lesão por pressão: diante da possibilidade de uma queda causar danos ao paciente medidas de prevenção são desenvolvidas. Essas medidas se aplicam à equipe, paciente e seus acompanhantes. O mesmo segue para as lesões por pressão, que são importantes indicadores de qualidade assistencial (BRASIL, 2014).
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Documento de referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente. Ministério da Saúde; Fundação Oswaldo Cruz; Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília, 2014. 40 p.
ARTMED. Você conhece as metas internacionais de segurança do paciente? Secad/ARTMED. 2017. Disponível em: https://secad.artmed.com.br/blog/medicina/metas-de-seguranca-do-paciente/
Kohn, L.T.; Corrigan, J.M.; Donaldson, M.S. To Err Is Human: building a Safer Health System. National Academy Press; 2000.
Lombardi, N.F et al. Análise das discrepâncias encontradas durante a conciliação medicamentosa na admissão de pacientes em unidades de cardiologia: um estudo descritivo. Rev. Latino-Am. Enfermagem., v. 24, 8 p. 2016.

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