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Análise da curva de descarga de um vertedor retangular de soleira delgada Grupo 3 - T02 Bruno Marinho Zaroni - 2019001570 Leandro Mirael Gonçalves de Carvalho - 2017001141 Rafael Junji Yamashita - 2019012260 Rian Demetrio Cunha - 2019001516 Richardson Santos Brasil Toledo - 2020032041 Objetivo O presente relatório tem por objetivo marcante determinar a curva de descarga de um vertedor retangular, sem contração lateral, e efetuar a comparação dos resultados com as equações teóricas. Procedimento de ensaio O experimento em questão foi realizado no canal de vidro do LHDC, para o vertedor retangular existente ao final do canal. A bancada do presente ensaio continha: - Conjunto motor-acoplamento-bomba; - Tubulação de recalque; - Tanque pressurizado; - Tubulação pressurizada; - Medidor de vazão Venturi – referência de vazão para achar a constante do vertedouro; - Válvula gaveta para controle da vazão; - Tubulação de retorno; - Canal de vidro para retorno da água ao reservatório; - Vertedouro retangular no final do canal de vidro; - Piezômetro com o nível zero coincidindo com crista do vertedor: serve para que haja o volume de líquido estagnado no próprio canal; O ENSAIO Procedeu-se com os seguintes passos para realização experimento: 1° - Ligou-se a chave geral; 2° - Ligou-se disjuntores; 3° - Ligou-se a bomba; 4° - Abriu-se totalmente a válvula gaveta; 5° - Ajustou-se a rotação da bomba para uma rotação desejada, controlando a quantidade de óleo no acoplamento hidro cinético, a 1200rpm; 6° - Observou-se que o nível da água começa a subir, começando a estabelecer uma vazão através do vertedouro. A carga, então, ultrapassa o nível da crista do vertedouro. 7° - Tem-se, então, a carga H, acima do vertedouro. Há uma contração, devido à velocidade, e uma pulsação de nível superficial; 8° - A água, dessa forma, cai no tanque, com uma perturbação elevada, com a presença de uma chapa para isolar tal perturbação; 9° - Fez-se, então, a leitura da carga piezométrica; 10° - Mediu-se o ΔH, isto é, alturas de água no manômetro em U invertido. Lado esquerdo e direito do piezômetro. Preparou-se, então, para o próximo ponto; 11° - Com a finalidade de diminuir a vazão, fechou-se um pouco a válvula; 12° - Fez-se a segunda leitura da carga piezométrica para essa nova vazão. Duas medições em cada patamar de vazão; 13° - Fez-se a preparação para o próximo ponto para leitura, até chegar na quinta leitura. Observação: Como vantagem do piezômetro, pode-se citar que esse não pega a pulsação, pega apenas o valor médio. Há uma medição consideravelmente precisa. Metodologia Determinação da equação e descarga do vertedor (4.1) Para acharmos a vazão de Venturi (Q), utilizamos a fórmula, sempre com ∆hVenturi em metros, da tabela 1: Tendo a vazão de Venturi calculada, foi possível estimar o Coeficiente C, pela fórmula (2): Com L = 0,05 m. Determinação do coeficiente Cd por equações teóricas (4.2) Tendo as equações teóricas de Bazin, Rehbock (1929) e Francis retiradas do livro Hidráulica Básica de Rodrigo Melo Porto (pag. 387), foi possível determinar o coeficiente de descarga Cd. Sendo P, uma constante, de 0,52 m. ● Bazin: ● Rehbock: ● Francis: Em seguida foi determinado o coeficiente C (equação 3) a partir dos valores obtidos dos coeficientes de descarga, para compará-los com os valores obtidos no item 4.1. Resultados Ao realizar medições para as 5 condições de vazão fornecidas na tabela abaixo: Número Lâmina do vertedor h (cm) Venturi ∆h (cm) 1 24,3 195,5 2 22,8 160,0 3 20,6 125,9 4 17,6 73,3 5 13,0 29,5 Tabela 1: Dados fornecidos Obteve se os seguintes resultados para o valores das vazões e dos coeficientes C: Número Vazão Venturi Q (m3/s) Coeficiente C 1 1,164110318 1,943635058 2 1,053127005 1,934677025 3 0,934186577 1,998309661 4 0,712808295 1,930784213 5 0,452201258 1,929508664 Tabela 2: Dados encontrados no experimento Com os dados obtidos foi possível escrever a equação de descarga como solicitado no roteiro, para isso foi feito uma média de todos os coeficientes C encontrados. Também foi plotado um gráfico Vazão X Coeficiente C. 𝑄 = 9, 73691 * ℎ3/2 Gráfico 01: Vazão Venturi x Coeficiente C Ao calcular os coeficientes de descarga de acordo com cada autor pesquisado na literatura para cada situação fornecida foram encontrados os dados abaixo: Tabela 3: Coeficientes de descargas De posse desses dados foi calculado o coeficiente C, levando em consideração os coeficientes de descarga encontrados por cada autor e a vazão encontrada na tabela 2. Em seguida foi montado um gráfico comparando os valores encontrados por cada equação. Tabela 4: Coeficientes C pela literatura Gráfico 02: Vazão Venturi x Coeficiente C pelas equações dos autores Bazin, Rehbock (1929) e Francis Conclusão Ao comparar todos os os gráficos 1 e 2 pode-se obter o seguinte gráfico : Ao comparar os valores encontrados na teoria com o ensaio executado podemos verificar a proximidade entre si, entretanto a curva do ensaio não apresenta um formato semelhante às curvas dos autores, que crescem proporcionalmente, enquanto a do ensaio apresenta uma elevação. Portanto, o objetivo foi concluído de maneira parcial, visto que os pontos no gráfico não ficaram totalmente semelhantes com o da literatura. REFERÊNCIAS 1. PORTO, R. M., Hidráulica Básica de Rodrigo Melo Porto, 4ª Ed.