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Saúde Coletiva PROFA. MA. DANIELE FERNANDES NIEHUES 2 Saúde Coletiva BRASIL Nos anos 1970-80 Entrelaçar o campo científico com a política pela redemocratização do Estado durante a ditadura militar. Culminando na integração entre a reforma sanitária e a reforma da medicina, com base no princípio da integralidade em saúde, incorporado pela característica da utilização em sua construção de diversas disciplinas, mas em especial das ciências sociais e humanas e da filosofia. (SILVA; SCHRAIBER; MOTA 2019) CONCEITO DE SAÚDE COLETIVA 3 (BARATA, 2000) S a ú d e C o le ti v a Toma como objeto as necessidades de saúde Todas as condições requeridas não apenas para evitar a doença e prolongar a vida, mas também para melhorar a qualidade de vida e, no limite, permitir o exercício da liberdade humana na busca da felicidade. CONCEITOS DE SAÚDE COLETIVA 4 Na saúde coletiva são utilizados no processo de trabalho meios para perceber e conhecer as necessidades de saúde de uma coletividade, a partir da escuta e participação de atores sociais (usuários, organizações sociais, trabalhadores da saúde), para de fato conhecer as relações sociais estabelecidas. (NUNES,1996) CONCEITOS DE SAÚDE COLETIVA 5 (BRASIL, 1997) Organização Mundial da Saúde (OMS) define 3 diferentes níveis de atenção à saúde: o primário, o secundário e o terciário. Primário Casos mais simples, ou seja, o grau de complexidade é considerado baixo → UBS Agendamento de consultas e exames básicos. Promoção da saúde pública em espaços comunitários. CONCEITOS DE SAÚDE COLETIVA 6 Secundário Unidades de Pronto Atendimento (UPA) integram o estágio secundário. Surgem os especialistas, como cardiologistas, oftalmologistas, endocrinologistas e etc. Intervenções em doenças agudas ou crônicas, além de atendimentos emergenciais. Terciário Os grandes hospitais correspondem ao nível terciário. O objetivo deste estágio é garantir que procedimentos para a manutenção dos sinais vitais do paciente sejam priorizados. (BRASIL, 1997) CONCEITOS DE SAÚDE COLETIVA 7 (BRASIL, 2017) A Atenção Básica é caracterizada na PNAB sob portaria 2436 de 2017, reafirmando seu papel como porta de entrada preferencial do SUS, como um espaço privilegiado de gestão do cuidado das pessoas e com papel estratégico na rede de atenção, objetivando a efetivação da integralidade. Política nacional de atenção básica PNAB A PNAB considera os termos “atenção básica” e “atenção primária à saúde”, como concepções e termos equivalentes. CONCEITOS DE SAÚDE COLETIVA 8 (BRASIL, 2017) Ministério da Saúde Atenção Básica Conjunto de ações desenvolvidas no âmbito individual ou coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. Deve ser desenvolvida sob a forma de trabalho em equipe multidisciplinar e dirigida a populações de territórios bem delimitados, pelas quais a equipe assume responsabilidade sanitária. CONCEITOS DE SAÚDE COLETIVA 9 Para desenvolver o princípio da integralidade do atendimento, as UBS, quando necessário, deverão encaminhar o indivíduo para outros níveis de complexidade. Porta de entrada preferencial do SUS ATENDIMENTO INICIAL (BRASIL, 1997) CONCEITOS DE SAÚDE COLETIVA 10 O objetivo desses postos é atender até 80% dos problemas de saúde da população, sem que haja a necessidade de encaminhamento para outros serviços, como emergências e hospitais. Unidade Básica de Saúde (UBS), popularmente conhecida como posto de saúde ou postinho. (BRASIL, 2002) CONCEITOS DE SAÚDE COLETIVA 11 (BRASIL, 2017) Atenção Primária Equipes de Saúde da Família (ESF) Equipe da Atenção Básica (EAB) Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (EACS) CONCEITOS DE SAÚDE COLETIVA 12 (BRASIL, 2017) Atenção Primária Núcleo Ampliado Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (EACS) Equipe de Saúde Bucal (ESB) Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB) CONCEITOS DE SAÚDE COLETIVA 13 Saúde Coletiva → visitas domiciliares → conhecendo as famílias presentes no território, sua realidade social e suas necessidades. Elas fazem o cadastramento das famílias, esses dados, além de servirem para a formação de vínculo com as equipes de saúde de acompanhamento situacional das famílias, auxiliam também no planejamento de projetos terapêuticos e atuam como fonte para vários tipos de pesquisas, para órgãos governamentais, para as comunidades acadêmicas. (NUNES,1996) CONCEITOS DE SAÚDE COLETIVA 14 Pergunta... Você sabia que TODOS os brasileiros utilizam o SUS de alguma forma? 15 Saúde Pública BRASIL É a ciência e a arte de prevenir a doença, prolongar a vida, promover a saúde física e a eficiência. Através dos esforços da comunidade organizada para a manutenção da saúde. (CAMPOS, 2000) CONCEITOS DE SAÚDE PÚBLICA 16 Saúde Pública • Saneamento do meio ambiente; • Controle das infecções comunitárias; • Educação dos indivíduos nos princípios de higiene pessoal; • Organização dos serviços médicos e de enfermagem para o diagnóstico precoce e o tratamento preventivo da doença; e MANUTENÇÃO DA SAÚDE (CAMPOS, 2000) CONCEITOS DE SAÚDE PÚBLICA 17 Saúde Pública Adotando indicadores de mortes doenças agravos riscos na coletividade Trabalha com os problemas de saúde Tem como entendimento de saúde a ausência de doenças. (CAMPOS, 2000) CONCEITOS DE SAÚDE PÚBLICA A organização em Saúde GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA SUPLEMENTAR 18 19GESTÃO DAS ORGANIZAÇÕES EM SAÚDE SUS SETOR PÚBLICO Secretarias municipais Secretarias estaduais TERCEIRO SETOR ONGs Entidades filantrópicas Associações sem fins lucrativos SISTEMA SUPLEMENTAR Planos de saúde Seguro-saúde Setores que os profissionais de saúde podem atuar 20GESTÃO DAS ORGANIZAÇÕES EM SAÚDE ✓ Administradas pelo: ▪ Terceiro Setor - são as organizações sem fins lucrativos, como Organizações Não Governamentais (ONGs), entidades filantrópicas e outras formas de associações civis sem fins lucrativos. ▪ Saúde Suplementar - e a atividade que envolve a operação de planos e seguros privados de assistência medica a saúde (os planos ou seguros de saúde). ▪ Operadoras de Saúde - são empresas, sindicatos, fundações, associações, cooperativas que administram e comercializam planos de saúde. Desenvolvimento de projetos e ações que vão ao encontro das necessidades sociais, com o intuito de ampliar a assistência, auxiliar na educação e na promoção da saúde, e ainda favorecer a articulação de parcerias, a integração e o fortalecimento do trabalho em rede, muito desejado no SUS. Participação dos profissionais de saúde 21GESTÃO DAS ORGANIZAÇÕES EM SAÚDE ✓ Administradas pelo: ▪ Terceiro Setor - são as organizações sem fins lucrativos, como Organizações Não Governamentais (ONGs), entidades filantrópicas e outras formas de associações civis sem fins lucrativos. ▪ Saúde Suplementar - e a atividade que envolve a operação de planos e seguros privados de assistência medica a saúde (os planos ou seguros de saúde). ▪ Operadoras de Saúde - são empresas, sindicatos, fundações, associações, cooperativas que administram e comercializam planos de saúde. Os planos de saúde oferecem serviços por rede assistencial própria ou credenciada, ou seja, os profissionais de saúde podem ser contratados ou credenciados junto as operadoras, como prestadores de serviços. Administrado por meio de operadoras 22GESTÃO DAS ORGANIZAÇÕES EM SAÚDE 23ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA SUPLEMENTAR Autogestões • Empresas empregadoras; • Entidades sindicais; ou • Empresas públicas Medicinas de grupo • Empresas de medicina de grupo; • Planos de saúde médicos e odontológicos Cooperativas • Sociedade sem fins lucrativos que reúne profissionais p/ administrar planos privados de saúde Seguradoras • Que controlam planos de saúde 24ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA SUPLEMENTAR SISTEMA SUPLEMENTAR AgênciaNacional de Saúde (ANS) Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC) REGULADOS PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE Controla e fiscaliza as atividades das empresas que comercializam os planos de saúde Fiscalização e o controle clínico de todos os produtos (medicamentos, cosméticos, alimentos, produtos médicos...) Deve garantir a competitividade no setor Campanhas e Programas de Promoção à Saúde 25ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA SUPLEMENTAR Materiais Medicamentos Equipamentos FORNECEDORES ANVISA Hospitais Clínicas Laboratórios PRESTAÇÃO DE SERVIÇO SERVIÇOS BENEFICIÁRIOS ANS OPERADORAS FONTE: FREEPIK. Disponível em: https://bit.ly/2Ly6mah. https://bit.ly/2JJZ40U. https://bit.ly/2JJZ40U. https://bit.ly/2Y9atvh. Acesso em: 55 de fev de 2021. 26ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA SUPLEMENTAR SAÚDE COLETIVA PREVENÇÃO PROMOÇÃO CONTROLE IMPLANTAÇÃO DE PERFIS SANITÁRIOS CUIDADO INTEGRAL E HUMANIZADO PRESERVAÇÃO DA AUTONOMIA 27ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA SUPLEMENTAR • Hospitais, UBS, departamentos e secretarias de saúde. PLANEJAMENTO E GESTÃO • Formação do profissional nas universidades, na Educação Permanente, junto aos profissionais e educação em saúde dos usuários. EDUCAÇÃO • ESF, hospitais e ambulatórios.ASSISTÊNCIA EM SAÚDE • Laboratórios, universidades e centros de pesquisa. PESQUISA • Em hospitais e departamentos.VIGILÂNCIA EM SAÚDE 28VAMOS RESPONDER? Como é o mercado de trabalho? A atuação na área seria somente como servidor público? 29 A atuação na área seria somente como servidor público? - Planejamento e gestão em hospitais, unidades de saúde, departamentos e secretarias de saúde. - Educação, na formação do profissional de saúde, denominada educação na saúde, desenvolvida nas universidades, e na Educação Permanente em Saúde, realizada junto aos profissionais de saúde nos serviços de saúde. Podem também atuar na educação em saúde (voltada para educação da população, dos usuários) realizada nos serviços de saúde, tais como unidades básicas, hospitais e ambulatórios, movimento sociais e organizações não governamentais. - Assistência em saúde na saúde da família, nos hospitais e em ambulatórios. - Vigilância em saúde com vigilância em hospitais e em departamentos de vigilância em saúde. - Pesquisa em laboratórios, universidades e centros de pesquisa. VAMOS RESPONDER? 30 A atuação na área seria somente como servidor público? ✓ Investigar e monitorar os fatores que predispõem as doenças; ✓ Identificar necessidades e ações a serem adotadas; ✓ Promover o diálogo sobre condições de vida e cuidados com a saúde; ✓ Dar instruções sobre hábitos que devem ser modificados. VAMOS RESPONDER? 31 Como é o mercado de trabalho? VAMOS RESPONDER? Se encontra em expansão, trazendo oportunidades de trabalho tanto no serviço publico, para o profissional que ira atuar como servidor, como no serviço privado, por meio de contratação em serviços particulares, realizadas pelo Terceiro Setor (entidades filantrópicas, organizações governamentais - ONGs), e no serviço suplementar, pelas operadoras de saúde. 32 João e Marcelo, ao visitarem a Unidade Básica de Saúde Vida e Esperança, questionaram por que eles fazem a divulgação de cursos de capacitação para formação de babás e porteiros por meio da realização de uma Organização Não Governamental da região. Qual a relação dessas práticas de capacitação com uma Unidade Básica de Saúde? SITUAÇÃO PROBLEMA 33 Considerando que a Saúde Coletiva tem como premissa melhorar as condições de vida e o viver da população, e que o desemprego é um problema social que pode interferir negativamente na qualidade de vida, tendo relação com problemas de saúde, o profissional de saúde deve estar atento às necessidades da coletividade, deve planejar e/ou auxiliar no desenvolvimento de ações intersetoriais com organizações sociais locais (Organização Não Governamental, clube, igrejas, associações e sindicatos) que promovam a autonomia, melhorando as condições socioeconômicas das famílias por meio coletividade. RESOUÇÃO SITUAÇÃO PROBLEMA 34VAMOS PENSAR? 35VAMOS PENSAR? 36VAMOS PENSAR? QUAIS AS DÚVIDAS E/OU CONTRIBUIÇÕES SOBRE O QUE ESTUDAMOS? 37 38PLANO DE AULA Unidade de Ensino: 02 Competência da Unidade: compreender o trabalho do profissional de saúde coletiva; conhecer as funções da vigilância em saúde; as medidas de prevenção de doenças e agravos; e compreender o conceito e o trabalho relacionado à risco e vulnerabilidade. Resumo: conhecer mais sobre a saúde coletiva e o trabalho dos profissionais de saúde nesta área, compreendendo a atuação dos profissionais em saúde coletiva; o conceito e áreas de abrangência da vigilância em saúde; medidas necessárias para prevenção de doenças e danos que acarretam sequelas e mortes na população; e os conceitos de risco e vulnerabilidade / medidas de enfrentamento. Palavras-chave: risco, vulnerabilidade, vigilância Título da Teleaula: Vigilância em Saúde Teleaula nº: 02 39CONTEXTUALIZAÇÃO Quais são as áreas de abrangência e atuação da vigilância sanitária? Qual a diferença entre vigilância sanitária e epidemiológica? Qual componente da Vigilância em Saúde é responsável por investigar a incidência de adoecimentos e mortes? Qual é a diferença entre Vigilância em Saúde Ambiental da Saúde do Trabalhador e a Vigilância Sanitária? Vigilância em Saúde QUAL O CONCEITO? 40 41 O Sistema Único de Saúde (SUS), em construção desde 1990, orienta os sistemas de saúde a se organizarem em bases territoriais. A organização em territórios reflete a riqueza e complexidade das relações humanas que neles interagem socialmente − e suas características políticas, econômicas e culturais − e significa mais do que uma população que vive dentro de determinados limites geográficos. Pressupõe, uma distribuição dos serviços de saúde que atendam a áreas de abrangência delimitadas. Esse tipo de organização facilita o acesso das pessoas aos serviços mais próximos de sua residência e faz com que os gestores desenvolvam uma responsabilização sanitária pela população local. A participação da sociedade organizada ressignifica a gestão local, municipal e distrital, propondo uma articulação de políticas intersetoriais voltadas à melhoria da qualidade de vida das pessoas. COMO FAZER A GESTÃO LOCAL DO SUS? 42 Em 2006, os gestores do SUS assumiram o compromisso público da construção do Pacto pela Saúde 2006, com base nos princípios constitucionais do SUS e ênfase nas necessidades de saúde da população. O Pacto pela Saúde define prioridades articuladas e integradas em três componentes: Pacto pela Vida, Pacto em Defesa do SUS e Pacto de Gestão do SUS. O Pacto pela Vida é constituído por um conjunto de compromissos sanitários, traduzidos em objetivos de processos e resultados, derivados da análise da situação de saúde do país e das prioridades definidas pelos governos federal, estadual e municipal. Pressupõe: • definir e pactuar as metas locais; • definir estratégias para alcançar as metas; • instituir um processo de monitoramento. DIRETRIZES DO SUS: O QUE É PACTO PELA SAÚDE? 43 I – atenção à saúde do idoso; II – controle do câncer de colo de útero e de mama; III – redução da mortalidade infantil e materna; IV – fortalecimento da capacidade de respostas às doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária, influenza, hepatite, aids; V – promoção da saúde; VI – fortalecimento da atenção básica; VII – saúde do trabalhador; VIII – saúde mental; IX – fortalecimento da capacidade de resposta do sistema de saúde às pessoas com deficiência; X – atenção integral às pessoas em situação ou risco de violência; e XI – saúde do homem. PRIORIDADES ATUAIS DO PACTO PELA VIDA: 44 Passa por um movimento de repolitização da saúde, com clara estratégia de mobilização social vinculada ao processo de instituição da saúde como direito decidadania, tendo o financiamento público da saúde como um de seus pontos centrais. Pressupõe: • discutir nos conselhos municipais e estaduais as ações e estratégias para a concretização desta proposta; • priorizar espaços com a sociedade civil para realizar as ações previstas; • lutar por um adequado financiamento. PACTO EM DEFESA DO SUS 45 O Pacto de Gestão estabelece as responsabilidades de cada ente federado, de forma a tornar mais claro quem deve fazer o quê, contribuindo, assim, para o fortalecimento da gestão compartilhada e solidária do SUS. Propõe, ainda, avançar na regionalização e descentralização do SUS, respeitando-se as especificidades regionais. Pressupõe: • assumir de maneira efetiva as responsabilidades sanitárias inerente a cada esfera de gestão; • reforçar a territorialização da saúde como base para a organização dos sistemas, estruturando-se as regiões sanitárias; • instituir colegiados de gestão regional; • buscar critérios de alocação equitativa dos recursos financeiros; • reforçar os mecanismos de transferência fundo-a-fundo entre gestores. *Os gestores estaduais e municipais, ao definirem a aplicação dos recursos, devem considerar as ações relacionadas à Vigilância em Saúde que estão destacadas como prioridades no Pacto pela Saúde. PACTO DE GESTÃO 46 A vigilância em saúde tem por objetivo a observação e análise permanentes da situação de saúde da população, articulando-se em um conjunto de ações destinadas a controlar determinantes, riscos e danos à saúde de populações que vivem em determinados territórios, garantindo-se a integralidade da atenção, o que inclui tanto a abordagem individual como coletiva dos problemas de saúde. VIGILÂNCIA EM SAÚDE, DO QUE ESTAMOS FALANDO? 47POLÍTICA NACIONAL DE VIGILÂNCIA À SAÚDE (PNVS) Aprovada pela Resolução nº 588/2018 Política pública de Estado e função essencial do SUS, tendo caráter universal, transversal e orientador do modelo de atenção nos territórios, sendo a sua gestão de responsabilidade exclusiva do poder público. Entende-se por Vigilância em Saúde o processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise de dados e disseminação de informações sobre eventos relacionados à saúde, visando o planejamento e a implementação de medidas de saúde pública. FONTE: FREEPIK. Disponível em: https://bit.ly/2SALTSS. Acesso em: 05 de fev. 2021. 48PARTES QUE COMPÕEM E SUAS AÇÕES VIGILÂNCIA EM SAÚDE EPIDEMIOLÓGICA SANITÁRIA SAÚDE AMBIENTAL SITUAÇÃO DE SAÚDE SAÚDE DO TRABALHADOR Abrangendo todos os serviços de saúde públicos e privados Ações e práticas desenvolvidas para prevenir a ocorrência e propagação de doenças 49 A vigilância em saúde deve estar cotidianamente inserida em todos os níveis de atenção da saúde. A partir de suas específicas ferramentas as equipes de saúde da atenção primária podem desenvolver habilidades de programação e planejamento, de maneira a organizar os serviços com ações programadas de atenção à saúde das pessoas, aumentando-se o acesso da população a diferentes atividades e ações de saúde. ONDE DEVEM SEER DESENVOLVIDAS AS AÇÕES EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE? 50VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Conjunto de ações que possibilita os conhecimentos necessários para a detecção e prevenção de quaisquer mudanças nos fatores que determinam e condicionam a saúde dos indivíduos e da coletividade, com o proposito de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças e agravos. FUNÇÕES: • Coletar e processar dados; • Recomendar medidas de controle; • Promover ações de controle apontadas; • Avaliar o impacto das medidas adotadas; • Divulgar informações pertinentes.FONTE: FREEPIK. Disponível em: https://bit.ly/30Ob7zN. Acesso em: 05 fev. 2021 51VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA FONTE: FREEPIK. Disponível em: https://bit.ly/30Ob7zN. Acesso em: 05 fev. 2021 Objetivo: fornecer continuamente informações atualizadas, bem como orientação técnica aos trabalhadores de saúde que em seu cotidiano necessitam tomar decisões e planejar ações no combate de doenças e agravos. 52VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA FONTE: FREEPIK. Disponível em: https://bit.ly/30Ob7zN. Acesso em: 05 fev. 2021 ✓ Agravos - condições que acarretam danos a saúde, lesões. ✓ Fatores de risco - são fatores que aumentam a probabilidade de ocorrência de agravos e doenças. ✓ Risco sanitário - relativo a probabilidade de ocorrência de eventos adversos, ou seja, desfavoráveis a saúde da população, que podem estar relacionados a produtos, serviços, meio ambiente e produção. 53VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA A abrangência do conceito e de sua aplicabilidade contempla variados problemas de saúde publica, que extrapolam as doenças transmissíveis, ou seja, as doenças infecciosas (que historicamente foram o alvo de sua atuação). Assim, engloba as malformações congênitas, envenenamentos na infância, leucemia, abortos, acidentes, doenças profissionais, comportamentos como fatores de risco, riscos ambientais, bem como grupos populacionais expostos a riscos diferenciados de adoecer e morrer, por meio de, por exemplo, programas de "saúde materno-infantil", "saúde do trabalhador", "saúde do idoso", dentre outros. FONTE: FREEPIK. Disponível em: https://bit.ly/30Ob7zN. Acesso em: 05 fev. 2021 54 Ações capazes de eliminar ou minimizer riscos à saúde, por intervir nos problemas relacionados ao meio ambiente e à produção e circulação de produtos e serviços de interesse da saúde, abrangendo: VIGILÂNCIA SANITÁRIA • Controle de bens de consumo que possam, direta ou indiretamente, interferir na situação de saúde, compreendendo as etapas e os processos, da produção ao consumo. • Serviços prestados relacionados à saúde. FONTE: FREEPIK. Disponível em: https://bit.ly/2HVJgYs. Acesso em: 05 fev. 2021. 55VIGILÂNCIA SANITÁRIA FONTE: FREEPIK. Disponível em: https://bit.ly/2HVJgYs. Acesso em: 05 fev. 2021. Exerce papel fundamental junto a outras politicas para possibilitar a proteção e promover a saúde. Por meio do monitoramento e da fiscalização, regula a produção e comercialização de produtos que podem causar danos a saúde da população. 56VIGILÂNCIA SANITÁRIA FONTE: FREEPIK. Disponível em: https://bit.ly/2HVJgYs. Acesso em: 05 fev. 2021. ✓ Objetivos: ▪ Identificar, detectar, monitorar e controlar fatores determinantes e condicionantes da saúde individual e coletiva, além dos riscos e dos agravos a saúde. ▪ Analisar, de forma permanente, a situação da saúde da população, articulando um conjunto de ações que garantam a integralidade da atenção, o que inclui a abordagem tanto individual como coletiva dos problemas de saúde. 57VIGILÂNCIA SANITÁRIA Engloba ações que visam a eliminação, prevenção e diminuição de riscos sanitários relacionados ao meio ambiente, aos produtos, as condições de trabalho, as fronteiras e aos serviços de saúde e de transporte e circulação de pessoas e cargas. FONTE: FREEPIK. Disponível em: https://bit.ly/2ObtxsO. https://bit.ly/2O9nXqR. https://bit.ly/2XZiFTu. Acesso em: 05 fev. 2021. 58 ✓ Produtos: alimentos, medicamentos, cosméticos, produtos de limpeza, sangue e derivados e equipamentos para a saúde. ✓ Servicos de saúde: unidades de assistência ambulatorial, clinicas, hospitais, ações de assistência domiciliar, praticas de interesse a saúde, serviços de diagnostico e, em particular, os de radiações ionizantes, hemoterapia e hemodiálise. ✓ Meio ambiente: agua, resíduos sólidos, edificações e ambiente de trabalho. ✓ Saúde do Trabalhador: ações e praticas que envolvem intervenções sobre fatores de risco presentes nos ambientes e processos de trabalho. ✓ Aeroportos e fronteiras: controle especifico de portos, aeroportos e fronteiras, considerando veículos, cargas e pessoas VIGILÂNCIA SANITÁRIA 59 ✓ Produtos alimentícios - em bares, restaurantes, mercados, frutarias, açougues, peixarias, frigoríficos; ✓ Produzem medicamentos, produtos de higiene e limpeza - drogarias, perfumarias, farmácias, empresas que embalam e transportam estes produtos. ✓ Prestam serviços de saúde - hospitais,clinicas, laboratórios, casas de repouso, consultórios. ✓ No meio ambiente - controlando a qualidade da agua, do ar e do solo, o saneamento básico, calamidades publicas, o transporte de produtos perigosos. Monitora os ambientes que causam danos a saúde, entre outros VIGILÂNCIA SANITÁRIA 60 ✓ Nos ambientes de trabalho - industrias, comercio, escritórios, empresas de transporte, entre outras. Na pós-venda - investigando situações que envolvem reações adversas a medicamentos, intoxicação por produtos químicos, entre outros. ✓ Em locais públicos - como shoppings, cinemas, clubes, postos de gasolina, salões de beleza, portos, aeroportos, áreas de fronteira, entre outros. VIGILÂNCIA SANITÁRIA 61VIGILÂNCIA DA SITUAÇÃO EM SAÚDE Desenvolve ações de monitoramento constante da saúde em todo o território nacional, em regiões e municípios. Por meio de estudos e analises, tais ações revelam os principais indicadores de saúde, fornecendo informações importantes e privilegiando questões que tenham relevância para um planejamento de saúde mais amplo. Disponível em: https://bit.ly/3uOB2Hy. Acesso em 05 de fev. 2021 https://bit.ly/3uOB2Hy 62 ✓ Tornou-se responsável por todas as ações de vigilância, prevenção e controle de agravos, dando prioridade as ações de promoção a saúde, devendo realizar o monitoramento epidemiológico das doenças transmissíveis e não transmissíveis, das atividades programadas em saúde, além do monitoramento da saúde ambiental e do trabalhador, com elaboração e analise de perfis de adoecimento da população e proposição de medidas de controle no território. ✓ Deve estar presente na pratica cotidiana das Equipes de Saúde da Família (ESF), que a partir dos conhecimentos e praticas devem elaborar a programação e planejamento, de maneira a oferecer ações programadas e atender a demanda espontânea, o que garante o acesso da coletividade em diferentes atividades e ações em saúde, promove a qualidade de vida da comunidade e ao mesmo tempo resulta em mudanças nos indicadores de saúde. VIGILÂNCIA EM SAÚDE 63VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL Fo n te : F R EE P IK . D is p o n ív e l e m : h tt p s: // b it .ly /2 JV jlz y. A ce ss o e m 0 5 f ev . 2 0 2 1 ✓ Conhecer, detectar ou prevenir qualquer variação nos fatores determinantes e condicionantes do ambiente que possam influenciar na saúde humana. ✓ Propõe e faz uso de medidas preventivas e de controle dos fatores de risco relacionados às doenças e agravos à saúde; ✓ Monitora a qualidade da água, do ar e do solo; ✓ Busca o controle de desastres de origem natural, das substâncias químicas, dos acidentes com produtos perigosos, fatores físicos e ambientes de trabalho que possam degradar o meio ambiente. 64 ✓ Identificação de riscos nas condições de trabalho; ✓ Proposição de intervenções com a finalidade de proteger e promover a saúde, auxiliando na recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores. VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR FONTE: FREEPIK. Disponível em: https://bit.ly/32GKPBz. Acesso em: 05 de fev. 2021. 65PRINCIPAIS DIFERENÇAS VIGILÂNCIA SANITÁRIA Inspeciona e fiscaliza fatores ambientais, produção e transporte de produtos e prestação de serviços Foco nos aspectos sanitários Determinam ações p/ prevenir e diminuir riscos sanitários ao meio ambiente, produtos, condições de trabalho e serviços à saúde VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Auxilia a decisão dos profissionais sobre ações de controle de doenças e agravos Foco no processo saúde- doença Analisa a ocorrência de doenças e agravos por meio de estudos epidemiológicos 66VAMOS PENSAR? 67 Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS): I - a execução de ações: a) de vigilância sanitária; b) de vigilância epidemiológica; c) de saúde do trabalhador; e d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica; LEI 8080/90 68 § 1º Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde. § 2º Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. LEI 8080/90 69 § 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho, abrangendo: I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de doença profissional e do trabalho; II - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo de trabalho; III - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), da normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador; IV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde; V - informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão, respeitados os preceitos da ética profissional; VI - participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas; VII - revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração das entidades sindicais; e VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco iminente para a vida ou saúde dos trabalhadores. LEI 8080/90 70VAMOS PENSAR? 71VAMOS PENSAR? 72VAMOS PENSAR? 73VAMOS RESPONDER? Rubens, um dos alunos que está realizando o trabalho na disciplina de Saúde Coletiva, soube de um concurso público na área de vigilância sanitária. Interessado em conhecer a área da vigilância em saúde, Rubens sugeriu o tema aos seus colegas. Ao iniciarem a pesquisa, encontraram os termos vigilância epidemiológica e vigilância sanitária e ficaram com dúvidas: Fonte: https://goo.gl/images/kvMb9V. Acesso em 05 fev. 2021 Qual diferença da vigilância sanitária e epidemiológica? 74VAMOS RESPONDER? VIGILÂNCIA SANITÁRIA Inspeciona e fiscaliza fatores ambientais, produção e transporte de produtos e prestação de serviços Ações p/ prevenir e diminuir riscos sanitários VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Auxilia a decisão dos profissionais sobre ações de controle de doenças e agravos Analisa a ocorrência de doenças e agravos por meio de estudos epidemiológicos 75CONTEXTUALIZAÇÃO Quais são as áreas de abrangência e atuação da vigilância sanitária? Qual a diferença entre vigilância sanitária e epidemiológica? Qual componente da Vigilância em Saúde é responsável por investigar a incidência de adoecimentos e mortes? Qual é a diferença entre Vigilância em Saúde Ambientalda Saúde do Trabalhador e a Vigilância Sanitária? 76CONTEXTUALIZAÇÃO Qual a diferença entre vigilância sanitária e epidemiológica? Podemos afirmar que a vigilância epidemiológica auxilia os profissionais que tem que decidir sobre ações de controle de doenças e agravos, tornando disponíveis informações atualizadas sobre a ocorrência de ambos, bem como os fatores que a condicionam dentro de uma região ou população definida. A vigilância sanitária realiza a inspeção e a fiscalização de fatores presentes no ambiente, na produção de produtos, no transporte de produtos e na prestação de serviços que colocam em risco a saúde individual e da população. Uma vez identificado o risco, são propostas intervenções que eliminem ou reduzam este risco. 77CONTEXTUALIZAÇÃO Quais são as áreas de abrangência e atuação da vigilância sanitária? Em relação a abrangência e atuação da vigilância sanitária, pode-se dizer que esta abrange ações que visam a eliminação, prevenção e diminuição de riscos sanitários relacionados ao meio ambiente, aos produtos, as condições. 78CONTEXTUALIZAÇÃO Qual componente da Vigilância em Saúde é responsável por investigar a incidência de adoecimentos e mortes? A Vigilância Epidemiológica tem como função obter os conhecimentos acerca dos componentes envolvidos relacionados as condições de saúde e a ocorrência de doenças, com o objetivo de oferecer apoio aos programas de prevenção, tanto no controle como na erradicação de doenças. É definida de acordo com a Lei nº 8080, de 19 de setembro de 1990, como um "conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos". 79CONTEXTUALIZAÇÃO Qual é a diferença entre Vigilância em Saúde Ambiental da Saúde do Trabalhador e a Vigilância Sanitária? A vigilância ambiental se dedica às interferências dos ambientes físico, psicológico e social na saúde. As ações neste contexto têm privilegiado, por exemplo, o controle da água de consumo humano, o controle de resíduos e o controle de vetores de transmissão de doenças – especialmente insetos e roedores. As ações de vigilância sanitária dirigem-se, geralmente, ao controle de bens, produtos e serviços que oferecem riscos à saúde da população, como alimentos, produtos de limpeza, cosméticos e medicamentos. Realizam também a fiscalização de serviços de interesse da saúde, como escolas, hospitais, clubes, academias, parques e centros comerciais, e ainda inspecionam os processos produtivos que podem pôr em riscos e causar danos ao trabalhador e ao meio ambiente. Já a área de saúde do trabalhador realiza estudos, ações de prevenção, assistência e vigilância aos agravos à saúde relacionados ao trabalho. QUAIS AS DÚVIDAS E/OU CONTRIBUIÇÕES SOBRE O QUE ESTUDAMOS? 80 81RECAPITULANDO Política Nacional de Vigilância à Saúde Partes que compõem a Vigilância em Saúde e suas ações Área de abrangência da Vigilância Epidemiológica Área de abrangência da Vigilância Sanitária
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