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TAXA DE PRENHEZ DE ÉGUAS CRIOULAS SUBMETIDAS À INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL COM SÊMEN RESFRIADO NA REGIÃO SUL DO BRASIL

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Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA - FSG 
 
 
 
 
 
JÚLIA LOPES DE SOUZA NUNES 
 
 
 
 
 
TAXA DE PRENHEZ DE ÉGUAS CRIOULAS SUBMETIDAS À INSEMINAÇÃO 
ARTIFICIAL COM SÊMEN RESFRIADO NA REGIÃO SUL DO BRASIL 
 
 
 
 
 
CAXIAS DO SUL 
2021 
JÚLIA LOPES DE SOUZA NUNES 
 
 
 
 
 
TAXA DE PRENHEZ DE ÉGUAS CRIOULAS SUBMETIDAS À 
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL COM SÊMEN RESFRIADO NA 
REGIÃO SUL DO BRASIL 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Faculdade da Serra 
Gaúcha – FSG como exigência do 
Estágio II para obtenção do título 
de Bacharel em Medicina 
Veterinária. 
Orientador: Prof. Fabiano Trevisan 
da Rocha 
Co-orientador: Profª. Carolina da 
Fonseca Sapin 
 
 
Caxias do Sul 
2021 
 
JÚLIA LOPES DE SOUZA NUNES 
 
 
 
TAXA DE PRENHEZ DE ÉGUAS CRIOULAS SUBMETIDAS À 
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL COM SÊMEN RESFRIADO NA 
REGIÃO SUL DO BRASIL 
 
 
Trabalho apresentado e aprovado pela Banca Examinadora em 23 de junho de 2021. 
 
 
⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺ 
Fabiano Trevisan da Rocha 
Mestre em Medicina Animal: Equinos 
Especialista em Reprodução Equina 
 
 
 
⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺ 
Vinícius Coitinho Tabeleão 
Doutor em Biotecnologia 
Especialista em Agronegócio 
 
 
 
⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺⸺ 
Rômulo Oliveira Fernandes da Silva 
Mestre em Sanidade e Reprodução Animal 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Primeiramente, gostaria de agradecer ao meu professor e orientador Fabiano 
Trevisan da Rocha, não apenas por ter aceitado participar desse desafio comigo, mas 
também por ter tido paciência e sabedoria para ouvir todos os meus desabafos e me 
orientar da melhor forma possível sobre o próximo passo a seguir. Além disso, agradeço 
eternamente por ter discordado de mim quando eu mesma imaginei que não seria capaz de 
superar cada obstáculo, e isso fez com que mudasse completamente a visão que eu tinha de 
mim mesma. 
Gostaria de agradecer também ao professor coordenador do curso de medicina 
veterinária do Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG, Vinícius Coitinho Tabeleão 
pelo auxílio e orientação prestados desde o nosso primeiro encontro na disciplina de 
semiologia animal, e a professora Carolina da Fonseca Sapin pelo auxílio com os 
componentes textuais e formatação de texto. Com certeza essa jornada seria mais difícil e 
trabalhosa sem os seus conselhos, além de muito mais sem graça e tediosa. 
Gostaria de agradecer aos amigos que a experiência da graduação me trouxe e que 
certamente levarei para a vida toda, Alessandra Gasparin, Caroline Canalli, Lucas Ariel 
Rossi e Vitória de Oliveira Maciel. Sou incapaz de traduzir a importância que vocês todos 
tiveram durante o meu desenvolvimento acadêmico e profissional e com certeza guardarei 
cada momento que vivenciamos com carinho em meu coração. 
E por fim, mas não menos importante, gostaria de agradecer a minha família por 
todo apoio que me deram desde a realização da prova do vestibular até o final da 
graduação. Essa jornada com certeza foi uma das mais desafiadoras para mim até o 
presente momento, principalmente, por ter que passar esses longos e árduos anos distante 
das pessoas que mais amava, mas sem dúvida eu não teria chegado sequer na metade sem 
seu apoio e conselhos, esses que me tornaram quem em sou hoje. 
Por esse motivo, dedico a eles a vitória de ter alcançado meu objetivo, a 
realização desse sonho de criança que enfim chegou ao fim, e amanhã uma nova jornada se 
inicia. 
 
 
 
RESUMO 
TAXA DE PRENHEZ DE ÉGUAS CRIOULAS SUBMETIDAS À INSEMINAÇÃO 
ARTIFICIAL COM SÊMEN RESFRIADO NA REGIÃO SUL DO BRASIL 
Júlia de Souza Lopes Nunes
1
, Carolina da Fonseca Sapin
2
, Fabiano Trevisan da Rocha
2 
 
1 Graduanda de Medicina Veterinária no Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG 
2 Docente do Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG 
 
O Brasil se encontra na 4ª posição do ranking de maior rebanho de equinos do mundo, 
contando com cerca de 5,5 milhões de cabeças. Com esse desenvolvimento, surgiu a 
necessidade da adoção de biotecnologias aplicadas à reprodução equina, com o objetivo de 
fornecer melhorias no aumento da taxa de sucesso reprodutivo das éguas. Para esse estudo, 
foi coletado dados de 60 éguas crioulas que foram utilizadas na temporada reprodutiva de 
setembro de 2020 a março de 2021 no município de Santa maria, Rio Grande do Sul, e 
foram separadas em 3 grupos de acordo com a idade, sendo o grupo 1 composto de éguas 
até 7 anos, o grupo 2 de éguas entre 8 e 14 anos e o grupo 3 de éguas acima de 15 anos. 
Essas éguas foram inseminadas com sêmen refrigerado de garanhões da mesma raça e ao 
final da temporada reprodutiva foi obtida taxa de prenhez de 91,67% (55/60), onde 52,72% 
(29/55) ficaram gestantes após uma única IA (1ºciclo), 29,09% (16/55) com duas IA, 7,27 
(4/55) após três IA e 10,90% (6/55) com quatro IA. Dentre as 27 éguas em que foi 
utilizada a IA no cio do potro, 38,46% (10/26) emprenharam neste ciclo, sendo observada 
uma relação de proximidade entre estas éguas com as pertencentes ao grupo 1 (p ≤ 0,05). 
Dessa forma, a idade das éguas demonstrou ser importante para a taxa de fertilidade no cio 
do potro. Além disso, ao final da temporada reprodutiva, as éguas apresentaram alto índice 
de prenhez. 
 
Palavras-chave: Fertilidade; Éguas; Cio do potro; Idade. 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 PREGNANCY RATE OF CRIOLLO MARES SUBMITTED TO ARTIFICIAL 
INSEMINATION WITH COOLED SEMEN IN THE SOUTH REGION OF 
BRAZIL 
NUNES, J. L. S.
1
; SAPIN, C. F.
2
; ROCHA, F. T.
2
 
 
1 Graduanda de Medicina Veterinária no Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG 
2 Docente do Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG 
 
The Brazil is placed in the 4th ranking position of the equine herd in the world, counting 
about 5,5 million of heads. With this development, it came up the need of adoption of 
biotechnology applied to the equine reproduction with the objetive to provide 
improvements in increasing the rate of reproductive success of mares. For this study, data 
were collected from 60 mares that were used in the breeding season from September 2020 
to March 2021 in the municipality of Santa Maria, Rio Grande do Sul, and were separated 
into 3 groups according to age, the group 1 composed of mares up to 7 years old, the group 
2 composed of mares between 8 and years old and the group 3 of mares over 15 years old. 
These mares were inseminated with refrigerated semen from stallion of the same breed and 
the end of season, the pregnancy rate obtained was 91,67% (55/60), where 52,72% 
(29/55) became pregnant after an unique AI (1st cycle) 29,09% (16/55) with two AI, 
7,27 (4,55) after three AI and 10,90% (6/55) with four AI. Among the 27 mares which 
was used the AI in the foal´s heat, 38,46% (10/26) became pregnant in this cycle, being 
observed a close relation between these mares with the ones belonging to the group 1 (p 
≤ 0,05). Thus mares´age demonstrated to be important to the fertility rate in the foal´s 
heat. Furthermore, at the end of reproductive season, mares presented a high pregnancy 
index. 
 
Key-words: Fertility; Mares; Foal’s heat; Age. 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 Mensuração do tamanho do folículo ovarino da égua (40mm) através 
de imagem ultrassonográfica 
.................................................................... 17 
Figura 2 Exame ultrassonográfico do trato reprodutivo da égua. A- 
Evidenciação ultrassonográfica do folículo ovariano. B- Evidenciação 
de edema uterino presente no estro das éguas 
........................................................ 18 
Figura 3 Representação vesícula embrionária equina com aproximadamente 16 
dias através de imagem ultrassonográfica 
................................................ 22 
Figura 4 Imagem ultrassonográfica de embrião equino com aproximadamente 
30 dias 
.........................................................................................................23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
Gráfico 1 Relação entre o número de éguas em que foi utilizado o cio do potro e 
a prenhes nesse ciclo conforme o 
grupo...................................................................................................... 29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
LISTA DE FIGURAS .................................................................................................. 7 
LISTA DE GRÁFICOS ............................................................................................... 8 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 10 
2 PROBLEMA ............................................................................................................ 11 
3 HIPÓTESES ............................................................................................................ 11 
4 OBJETIVOS ............................................................................................................ 12 
4.1 Geral ................................................................................................................. 12 
4.2 Específicos ........................................................................................................ 12 
5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
5.1 Anatomia e Fisiologia Reprodutiva da Égua .................................................... 12 
5.2 Endocrinologia do Ciclo Estral da Égua .......................................................... 14 
5.3 Gestação ............................................................................................................ 18 
5.4 Cio do Potro ..................................................................................................... 19 
5.5 Inseminação Artificial ....................................................................................... 20 
5.6 Diagnóstico de Gestação .................................................................................. 22 
5.7 Perdas Gestacionais ........................................................................................... 23 
6 ARTIGO 
6.1 Introdução ......................................................................................................... 26 
6.2 Material e Métodos ........................................................................................... 26 
6.3 Resultados e Discussões ..................................................................................... 27 
6.4 Conclusão .......................................................................................................... 29 
6.5 Referências ........................................................................................................ 29 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 31 
8 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 32
10 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
O cavalo foi essencial para o desenvolvimento das civilizações ao longo da 
história mundial. Seu papel após sua domesticação pelos nômades restringia-se à tração, 
porém com o tempo esse papel se expandiu para a agricultura e para as práticas militares, 
onde ainda se encontram até os dias atuais (SALES, 2018). 
O Brasil se encontra na 4ª posição do ranking de maior rebanho de equinos do 
mundo, contando com cerca de 5,5 milhões de cabeças (SALES, 2018). Esses animais 
encontram-se em estabelecimentos equestres com finalidades comerciais como haras, 
escolas de equitação e propriedades particulares para criação de uso próprio e/ou lazer 
(VIEIRA, 2014). 
Do ponto de vista econômico, a raça Crioula é considerada pela ABCCC (2014) 
um grande pilar da indústria brasileira de criação de equídeos e possui grande importância 
cultural para o estado do Rio Grande do Sul. Além disso, possui mercado ativo em leilões 
de animais e grande número de potros nascidos (KURTZ & LÖF, 2007). 
Juntamente com a evolução da criação de equinos nos últimos anos, surgiu 
também a adoção de biotecnologias aplicadas à reprodução equina, fornecendo melhorias 
nas técnicas reprodutivas onde o principal objetivo é aumentar o desempenho desses 
animais, que muitas vezes possuem alto valor genético agregado (FARIA & GRADELLA, 
2010; TOMAZELLA, 2013). Para isso, é essencial o bom entendimento da fisiologia 
reprodutiva de modo que seja possível obter melhor aplicação dessas biotecnologias e, 
consequentemente, rendendo maiores lucros para os criadores (LIMA, 2013). 
Neste contexto as funções reprodutivas da fêmea são: produção de oócitos, 
fornecimento de ambiente apropriado para o desenvolvimento e nutrição do feto, 
realização do parto e suporte nutricional para o feto após o nascimento através da lactação 
(REECE et al., 2017). No entanto, ainda hoje é comum perdas gestacionais precoces 
devido a problemas de origem materna e/ou fetal ou ambiental, como por exemplo perdas 
gestacionais causadas por endometrites, placentites, cistos uterinos, deficiência de 
progesterona, idade das éguas, período de lactação e estado corporal. 
A inseminação artificial (IA) na espécie equina tem evoluído nos últimos anos . 
Para que seja possível a implantação de um programa de inseminação artificial bem-
sucedido é essencial um bom entendimento sobre o ciclo estral como um todo (duração, 
fases do ciclo estral, hormônios envolvidos e sua ação), visando reconhecer o momento da 
11 
 
 
ovulação, o que irá indicar o melhor momento para realizar a inseminação da égua 
(BASTOS, 2017). 
A espécie equina é conhecida por apresentar índices menores de concepção quando 
comparada as demais espécies de animais domésticos. Para alcançar melhores resultados as 
biotecnologias da reprodução vêm sendo utilizadas amplamente e apresentando a cada 
ciclo melhores resultados, seja através de inseminações artificiais, transferências de 
embriões ou clonagem. Outro fator importante a ser considerado é que muitos animais 
quando jovem saem para campanhas esportivas, retornando para a reprodução com idade 
mais avançada, desta forma observa-se grande presença de éguas idosas utilizadas na 
reprodução. 
 
 
2 PROBLEMA 
 A idade das éguas utilizadas na reprodução pode influenciar na taxa de prenhez? A 
utilização do cio do potro é uma ferramenta viável para alcançar melhores taxas de 
concepção por temporada reprodutiva? 
 
3 HIPÓTESE 
Um dos principais fatores que influenciam a taxa de fertilidade de éguas é a idade, 
porém não apresenta diferença quando é comparada no cio do potro com os demais estros. 
 
4 OBJETIVOS 
 
4.1 Geral 
Realizar um estudo retrospectivo de éguas submetidas à inseminação artificial 
com utilização de sêmen resfriado. 
 
4.2 Específicos 
 - Avaliar a taxa de prenhez ao final da temporada reprodutiva; 
 - Avaliar a taxa de prenhez no cio do potro; 
 - Avaliar a taxa de prenhez com relação a idade; 
 - Avaliar a taxa de prenhez por inseminação/ciclo reprodutivo. 
12 
 
 
5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
5.1 Anatomia e fisiologia reprodutiva da égua 
O aparelho reprodutivo feminino dos equinos é formado por dois ovários, duas 
tubas uterinas, cornos uterinos, corpo uterino, cérvix, vagina, vestíbulo e vulva. Os ovários 
são responsáveis pelo desenvolvimento de oócitos e produção hormonal durante o ciclo 
estral. Cada ovário possui cerca de 8 a 12cm na égua e está localizado em posição distal ao 
respectivo rim, suspenso na parede dorsal do abdome por uma reflexão peritoneal 
conhecida como mesovário. Diferente dos demais animais domésticos, na égua o ovário é 
constituído por uma zona medular mais externa e uma zona cortical mais interna onde os 
folículos se encontram. Possuem uma depressão profunda na margem superficial 
denominada fossa ovulatória, onde todos os folículos maduros irrompem(KÖNIG & 
LIEBICH, 2016). 
O útero é constituído por um corpo uterino amplo, dois cornos uterinos 
divergentes que se elevam em direção ao teto do abdome e colo uterino relativamente 
pequeno em comparação as outras espécies domésticas. No entanto, as estruturas do trato 
reprodutivo podem sofrer alterações anatômicas e fisiológicas com o envelhecimento 
(KÖNIG & LIEBICH, 2016). 
As barreiras físicas que impedem a contaminação uterina por microrganismos 
patogênicos são a vulva, a prega vestíbulo-vaginal e a cérvix. Na espécie equina, 
independentemente da biotecnologia aplicada à reprodução, o sêmen é depositado 
diretamente na luz uterina de forma que tais barreiras são ultrapassadas, induzindo uma 
resposta inflamatória aguda como um mecanismo de defesa contra os componentes 
seminais. Essa resposta inflamatória pode ocorrer após a cobertura ou inseminação, após o 
parto ou após manipulação intrauterina (SILVA, 2019). 
Éguas saudáveis são capazes de eliminar bactérias e vestígios de inflamação de 
forma eficaz, mas alguns animais possuem mecanismo de defesa deficiente. Esse 
mecanismo de defesa é constituído por defesa física através da contração do miométrio, 
que é imprescindível para a limpeza física da luz uterina, e defesa celular, representada por 
neutrófilos que são as primeiras células atraídas por mediadores inflamatórios e são 
responsáveis pela fagocitose dos antígenos (SILVA, 2019). 
13 
 
 
A cérvix é definida como pregas na mucosa que tem como principal função a 
oclusão do canal uterino. Nas éguas, essa estrutura está disposta longitudinalmente de 
forma que o lúmen cervical é obstruído por pregas circulares (KÖNIG & LIEBICH, 2016). 
Outra função da cérvix é a secreção de glândulas mucosas cuja composição varia 
de acordo com a fase do ciclo estral. O esfíncter tubular possui aproximadamente 6cm, 
porém seu tamanho ou abertura também possui variação, pois é determinado pelo status 
hormonal da égua e, durante o estro, as pregas dilatam-se e no diestro ela permanece 
fechada (BASTOS, 2017; SILVA et al., 2020). 
A vagina é definida como cavidade tubular de aproximadamente 15-20cm e se 
localiza nas cavidades peritoneal e retroperitoneal. Possui epitélio escamoso estratificado 
que tem como função a proteção da mucosa durante a cópula (SILVA et al., 2020). Dessa 
forma, é conhecido como órgão copulatório da fêmea e prolonga-se desde o útero em sua 
porção proximal até a vulva em sua posição distal (KÖNIG & LIEBICH, 2016; REECE et 
al., 2017). É essencial sua avaliação durante o exame ginecológico, pois é o local onde 
ocorrem determinadas patologias como pneumovagina e urovagina, o que está intimamente 
relacionado com a fertilidade equina (SILVA et al., 2020). 
O vestíbulo é parte do órgão copulatório da fêmea, porém possui tamanho reduzido 
em comparação à vagina. Sua localização atrás do arco isquiático permite que se incline 
ventralmente para a sua abertura na vulva e prolonga-se desde o óstio externo da uretra até 
a vulva externa. Dessa forma, possui funções combinadas entre o sistema reprodutor e o 
urinário. As éguas possuem glândulas vestibulares localizadas na parede do vestíbulo cuja 
função principal é a secreção de conteúdo para manter o a umidade da mucosa vestibular e 
facilitar o coito e o parto. Além disso, durante o cio, o odor dessa secreção proporciona 
efeito sexualmente estimulante para os machos (KÖNIG & LIEBICH, 2016). 
A parte distal da genitália feminina é denominada vulva, que se estende da vagina 
até o exterior. O orifício uretral externo é a referência que marca a transição entre vagina e 
vulva. O clitóris se localiza cranial à comissura ventral vulvar e é rodeado por seios 
clitoridianos e pela fossa do clitóris, (SILVA et al., 2020). Além disso, o clitóris contém 
tecido erétil análogo a glande dos machos e terminações de nervos sensoriais. 
 A parte externa da vulva é representada pelos lábios vulvares (KÖNIG & 
LIEBICH, 2016; REECE et al., 2017). Anatomicamente, é formada por dois lábios que se 
encontram e por duas comissuras, uma dorsal mais aguda e outra ventral mais arredondada 
que possibilitam que ocorra a abertura vulvar (KÖNIG & LIEBICH, 2016). Sua principal 
14 
 
 
função é a proteção da entrada da vagina, funcionando como uma barreira física contra 
infecções ascendentes (PYCOCK, 2009; BASTOS, 2017). 
A falha reprodutiva em éguas devido a complicações causadas pela conformação 
vulvar inadequada não é incomum na rotina reprodutiva. Um exemplo de complicação é a 
pneumovagina, que é definida como aspiração de ar para o canal vaginal quando os lábios 
vulvares estão mais relaxados, como ocorre no estro (TROTTER, 1988). Dessa forma, a 
vulva deve ser avaliada quanto a sua conformação e tônus muscular (MCCUE, 2008; 
PYCOCK, 2009). A má conformação vulvar pode ser congênita ou adquirida com a idade 
e com partos repetitivos, onde ocorre ferimentos na região perineal durante a expulsão do 
feto, e também por consequência ao estado geral da égua (animais idosos e com baixo 
escore corporal) (PYCOCK, 2009). 
 
 
5.2 Endocrinologia reprodutiva da égua 
 O ciclo estral é definido como o período de mudanças fisiológicas e 
comportamentais desencadeadas por hormônios reprodutivos e sua duração é variável 
conforme a espécie. O intervalo entre cada ciclo é definido como o tempo entre o início de 
um período de receptividade sexual (cio) e um intervalo ovulatório (REECE et al., 2017). 
 Nas éguas, o ciclo estral ocorre em duas estações distintas: anovulatória e 
ovulatória, interligadas por um período denominado transicional (DURVAL, 2017). A 
atividade reprodutiva se inicia quando o animal atinge a puberdade, quando ocorre a 
manifestação do primeiro estro clínico, que ocorre em média entre 14 e 18 meses de idade. 
No entanto, alguns fatores podem influenciar tanto na idade em que a fêmea apresenta 
maturação sexual quanto a qualidade do cio, como a nutrição, ambiente em que é mantida, 
genética, desenvolvimento corporal durante a pré-puberdade, fotoperíodo, latitude e 
temperatura (MAIA et al., 2019) 
Com o manejo nutricional adequado, é possível que éguas atinjam a puberdade 
mais precocemente, aos 12 meses de idade. Mas é indicado que seja realizada a primeira 
cobertura apenas quando estiver fisicamente apta e quando alcançar equilíbrio hormonal 
para manter a gestação, a partir dos 24 meses de idade (SILVA, 1998; MAIA et al., 2019). 
Tendo em vista que os equinos possuem a atividade sexual determinada pelo 
fotoperíodo, são classificados como poliéstricos sazonais, onde o principal fator que 
influencia essa atividade é a luminosidade, que é captada pela retina e produz estímulo ao 
15 
 
 
eixo pineal-hipotalâmico-hipofisário-gonadal e inibe a produção de melatonina com 
consequente aumento na produção e secreção do hormônio liberador de gonadotrofinas 
(GnRH) no hipotálamo (AURICHAB, 2011). Esse hormônio atua na hipófise anterior, 
induzindo a liberação de hormônio folículo estimulante (FSH) e hormônio luteinizante 
(LH), os quais têm ação de recrutamento, seleção, dominância folicular e, posteriormente, 
ovulação (HAFEZ & HAFEZ, 2004). 
 Dessa forma, o ciclo estral terá início quando existir maior incidência de 
luminosidade e aumento de temperatura, correspondendo ao período de outubro a abril 
(primavera e verão) no Brasil (MAIA et al., 2019) e tornam-se acíclicas no outono e 
inverno (duração variável de 40 dias a 8 meses) em consequência da diminuição da 
luminosidade e os ciclos ovarianos são reiniciados no início da primavera, quando a 
luminosidade volta a aumentar (REECE et al., 2017; BASTOS, 2017). 
Dessa forma, Osborne (1966) cita que com a proximidade da primavera e o início 
da atividade ovariana, as éguas apresentam estros anovulatórios fisiológicos. Outra 
característica desse período de transição é que a primeira ovulação possui taxa de 
crescimento folicular menor quando comparadas às ovulações subsequentes,podendo 
ocorrer distúrbios ovulatórios (PIERSON & GINTHER, 1987). 
A duração do cio em éguas é de aproximadamente 5 dias (3-9) e a ovulação 
ocorre nas últimas 24-48 horas, nesta fase ocorre domínio do estrógeno e do LH (DAVID, 
2010). Os principais sinais comportamentais de cio são elevação da cauda, contração 
vulvar, exposição rítmica do clitóris e receptividade ao garanhão. Nesse período a 
progesterona se encontra em baixa concentração e até quatro dias após a ovulação ocorre 
redução na concentração de estrógeno e, posteriormente, aumento na concentração de 
progesterona (REECE et al., 2017; MAIA et al., 2019). 
O estro ou fase folicular é definido pela presença de folículos dominantes no 
ovário, esses atuam na produção de estrógeno, hormônio responsável pela receptividade 
sexual e, por esse motivo, as fêmeas se apresentam sexualmente receptivas ao garanhão 
(GINTHER, 1992; HAFEZ e HAFEZ, 2004; MAIA et al., 2019). 
O diestro tem duração de até 15 dias, também conhecido como fase lútea é 
caracterizada pela presença de corpo lúteo (CL) no ovário (INTERVET, 2007). Daels et a.l 
(1991) descreve que 24 a 48 horas após a ovulação, inicia-se a produção de progesterona 
(P4) pelas células lúteas e a qual pode atingir níveis de 10ng/mL até seis dias após a 
ovulação. Quando não ocorre a fertilização ou a incapacidade de reconhecimento materno, 
16 
 
 
são liberados pulsos de prostaglandina 2α (PGF2α) pelas células endometriais com o 
objetivo de realizar a lise do CL, assim determinando o fim da fase lútea e inicia-se um 
novo ciclo (GINTHER, 1985; KAWATE et al., 2000; MILVAE, 2000; WEBB et al., 2000; 
PATE & KEYES, 2001; BERTAN, 2004). 
Segundo David (2010), nas situações em que houver falha na concepção, seja por 
não reconhecimento materno da gestação ou por morte embrionária, irá ocorrer lise do CL 
por ação da prostaglandina sintetizada pelo endométrio e, posteriormente, retorno ao ciclo 
estral. Porém, se ocorrer a fecundação do oócito pelo espermatozoide, o CL permanece 
ativo e a progesterona se manterá a níveis altos, contribuindo assim para manutenção da 
gestação. 
O FSH e LH são secretados pela hipófise anterior e tem função de estimulação 
dos folículos. O LH é particularmente importante para o processo de ovulação e 
luteinização da granulosa, fator essencial para o desenvolvimento do CL. Seus níveis 
basais são controlados por mecanismo de feedback negativo gerado pelas gônadas, 
aumentando pela ação dos estrogênios e diminuindo pela ação da progesterona. De forma 
geral, o GnRH é secretado em resposta aos níveis baixos de LH ou FSH e estimula a 
secreção desses hormônios (REECE et al., 2017). 
A ovulação é definida pela liberação de oócitos maduros. Na égua, ocorre na fossa 
ovulatória, o que confere ao ovário o formato de rim/feijão a este órgão. A seleção dos 
folículos para a ovulação ocorre de forma aleatória e, em geral, está associada com os 
folículos que apresentam maior crescimento ativo quando o último CL regride, ou seja, 
quando ocorre diminuição dos níveis de progesterona e aumento dos níveis de FSH e LH. 
Para que ocorra a ovulação, é necessária a liberação de LH. Dessa forma, os folículos que 
chegam no estágio de desenvolvimento completo e não possuem receptores suficientes 
para esse hormônio, não ovulam entrando dessa forma em atresia (REECE et al. 2017). 
Nas éguas, geralmente são identificadas duas ondas de desenvolvimento folicular 
por ciclo estral. A ovulação ocorre quando o folículo dominante atingir 35 a 40mm durante 
a segunda onda e no terço final do estro, ou seja, aproximadamente 24 a 48h antes dos 
sinais de comportamento de cio desaparecerem (AURICHAB, 2011), e é identificada 
quando, ao exame ultrassonográfico, observa-se ausência do folículo pré-ovulatório e 
surgimento do corpo hemorrágico ou um corpo lúteo (FERNANDES, 2018). 
A indução da ovulação tem como objetivos o melhoramento da eficácia 
reprodutiva, redução no período de manifestação de estro, controle do momento da 
17 
 
 
ovulação e avaliação do melhor momento para realizar a cobertura ou inseminação 
(MEZALIRA, 2018; FRAZÃO, 2018). De acordo com Fernandes (2018), a indução da 
ovulação de éguas pode ser feita quando o folículo pré-ovulatório está com diâmetro 
folicular maior que 35mm (figura 1) e quando há presença de edema uterino (figura 2). 
Os hormônios mais comumente utilizados para a indução da ovulação em éguas 
são a gonadotrofina coriônica humana (hCG), o extrato de pituitária equina (EPE), o LH 
recombinante equino e o GnRH (DUCHAMP et al., 1987; FRAZÃO, 2018; YOON et al., 
2007). O GnRH pode ser empregado para estimular o início do crescimento dos folículos 
ao induzir a secreção de FSH em fêmeas em anestro ou que são incapazes de desenvolver 
um folículo pré-ovulatório (MCKINNON & VOSS, 1992), bem como é uma boa 
alternativa para a substituição do hCG (FRAZÃO, 2018; MCCUE et al., 2007). 
 
 
Figura 1: Mensuração do tamanho do folículo ovarino da égua (40mm) através 
de imagem ultrassonográfica 
Fonte: EquiRep – Reprodução Equina Especializada. 
 
 
 
 
18 
 
 
 
Figura 2: Exame ultrassonográfico do trato reprodutivo da égua. A- Evidenciação 
ultrassonográfica do folículo ovariano. B- Evidenciação de edema uterino presente no estro 
das éguas. 
Fonte: EquiRep – Reprodução Equina Especializada. 
 
 
Devido a ação semelhante ao LH, o hCG é um dos hormônios indutores mais 
utilizados para estimulação da ovulação de éguas que apresentem um folículo pré-
ovulatório de no mínimo 35mm e possui a capacidade de induzir a ovulação em até 48 
horas em cerca de 80% dos animais (BERGEFELT, 2000; FRAZÃO, 2018). Segundo 
Farias et al. (2016), o extrato de pituitária equina (EPE) foi preparado originalmente para 
ser utilizado como agente indutor de múltiplas ovulações em equinos, desejadas 
principalmente para protocolos de transferência de embriões, mas a heterogeneidade das 
amostras ao ser extraído e a sua indisponibilidade no mercado limita o seu uso na rotina de 
reprodução de equinos. 
Além disso, Milvae et al. (1996) cita que hormônios análogos da PGF2α são 
comumente usados em éguas não gestantes que apresentem corpo lúteo para induzir o cio 
pela ação luteolítica. Esse hormônio deve ser administrado intramuscular quando for 
detectado um CL maduro (FARIAS et al., 2016). 
O endométrio desempenha função importante no controle da duração do CL no 
ovário, pois ele é fundamental para a manutenção da gestação nos primeiros momentos 
uma vez que a progesterona é inicialmente produzida pelo CL antes de passar a ser 
produzida pela placenta, por volta do 40º dia de gestação. Nos casos em que não há 
reconhecimento materno da gestação, o endométrio inicia a secreção de PGF2α que irá agir 
através de ação luteolítica (desintegração ou regressão do CL) por volta dos 14 dias após a 
19 
 
 
ovulação, possibilitando que o animal volte a ciclar (REECE et al., 2017; KLEIN, 2014) 
Além disso, a PGF2α também possui atuação na indução do parto (BARBOSA, 2007). 
 
 
5.3 Gestação 
A gestação ou prenhez é definida como condição na qual a fêmea abriga a prole 
em ambiente intrauterino e sua duração estende-se desde a fecundação até o nascimento. 
Nos equinos, o período gestacional é relativamente longo, definido entre 320-360 dias 
(MEIRELLES et al., 2017). No entanto, a duração da gestação sofre influências por 
fatores genéticos, climáticos, nutricionais, manejo, idade, raciais e também por fatores 
individuais (VALENTE et al., 2006). 
Após a ovulação, o oócito é transportado para o interior do oviduto através da 
movimentação das fímbrias. Os espermatozoides que, após o processo de maturação, são 
transportados através da papila tubárica para o infundíbulo, mas a fecundação irá ocorrer 
apenas na junção ampola-istmo (INTERVET, 2007; REECE et al., 2017). 
A progesterona é essencial para a manutenção da gestação em todas as espécies 
domésticas e é inicialmenteproduzida pelo corpo lúteo e corpos lúteos acessórios e, 
posteriormente, pela placenta (PRESTES & LANDIM-ALVARENGA, 2017). 
Uma das principais características do embrião equino é a movimentação 
intrauterina no início do seu desenvolvimento embrionário, favorecendo a diminuição da 
produção de PGF2α pelo endométrio. Os fatores que auxiliam nessa mobilidade são o 
formato esférico, a presença de cápsula que lhe confere resistência e orientação 
longitudinal das dobras endometriais. A movimentação embrionária cessa apenas com a 
sua fixação à parede uterina por volta de 16º dia de gestação (PRESTES & LANDIM-
ALVARENGA, 2017). 
Em seguida ocorre o processo de placentação, que consiste em uma justaposição 
das vilosidades cório fetal, denominada porção fetal da placenta. A placenta é definida por 
Prestes & Landim-Alvarenga (2017) como um órgão intermediária entre a mãe e o feto e 
tem como função proporcionar suprimento de oxigênio e nutrientes, remoção de detritos 
metabólicos, produção e secreção de hormônios e regulação do ambiente uterino do feto. O 
número de camadas dos componentes da placenta varia conforme espécie, e nos equinos é 
definida como epiteliocorial difusa, onde a maior parte do saco coriônico está unida ao 
20 
 
 
endométrio por pregas ou vilos de forma uniforme (PRESTES & LANDIM-
ALVARENGA, 2017). 
 
 
5.4 Cio do Potro 
Aproximadamente 5 a 12 dias após o parto, as éguas manifestam cio 
acompanhado por ovulação, popularmente, conhecido como cio do potro. Após o parto, 
ocorre aumento da concentração sanguínea do FSH e LH, possibilitando a ocorrência do 
estro (MATTHEWS et al., 1967; GINTHER, 1992; BARROS & OLIVEIRA, 2018). 
A fisiologia reprodutiva das éguas contribui para que ocorra retorno rápido ao 
estado fértil após um parto não complicado devido ao tipo de placenta (epiteliocorial 
difusa). Outros fatores que colaboram para a volta ao estado fértil são a ausência de 
traumatismos no trato reprodutivo durante o parto, eficácia na expulsão de membranas 
fetais e rápida involução uterina e liberação de lóquios. No entanto, o mais importante 
desses fatores é a contratilidade uterina, sendo essencial para que ocorra o devido processo 
de involução do útero e expulsão de seu conteúdo no período pós-parto (LOY, 1980; 
BLANCHARD & MACPHERSON, 2011). 
Considerando que a égua apresenta vários cios em um determinado período do 
ano e o longo tempo de gestação, o aproveitamento do cio do potro consiste em uma 
estratégia viável para a redução do intervalo entre partos possibilitando assim que seja 
produzido um potro por ano. Contudo, em vista de que a manifestação de cio coincide com 
o processo de involução uterina, é necessário cautela uma vez que as éguas se tornam mais 
susceptíveis a complicações como endometrites, perdas embrionárias e falhas de 
concepção (MALSCHITZKY et al., 2007) Dessa forma, é essencial que seja realizada 
avaliação do trato reprodutivo da égua após o parto para verificar a presença de alterações 
(BARROS & OLIVEIRA, 2017). 
A taxa de prenhez no cio do potro é influenciada diretamente pela idade da égua, 
escore corporal, evolução do parto, integridade do trato reprodutivo no pós-parto, presença 
dos lóquios e a involução uterina. Por esse motivo, a fertilidade da égua pode sofrer 
redução de 10 a 20% quando comparado ao período de cobertura subsequente (BARROS 
& OLIVEIRA, 2017). 
MAIA et al. (2019) descreve que a eficiência reprodutiva de éguas aumenta 
conforme a idade avança dos dois aos sete anos e alcançam a estabilidade a partir dos oito 
21 
 
 
aos 13 anos antes de decair a partir dos 20 anos. Assim, éguas consideradas velhas (com 
mais de 15 anos), têm menor probabilidade de produzir um potro por ciclo e para 
aproveitar o cio do potro, é indicado reduzir o número de cobrições ou inseminações e 
sempre utilizar garanhões com melhor qualidade espermática. 
 
 
5.5 Inseminação Artificial 
A Inseminação Artificial (IA) refere-se ao processo da deposição do sêmen 
diretamente no sistema genital de uma fêmea através de técnica adaptada para cada 
espécie. É essencial que seja realizado a limpeza da região perianal e utilização de material 
estéril para diminuir as chances de contaminação por patógenos carreados para o ambiente 
intrauterino por ação mecânica do técnico (BASTOS, 2017). 
As principais vantagens da utilização da IA para o manejo reprodutivo de equinos 
são: otimização da utilização do garanhão, permite a inseminação de animais que estejam 
em propriedades distantes, eliminação do risco de transporte de potros recém-nascidos, 
reduz o risco de contaminação de doenças sexualmente transmissíveis e diminuição de 
risco de trauma da égua, do garanhão e das pessoas que auxiliam no manejo dos animais 
(INTERVET, 2007; OLIVEIRA et al., 2019). Além disso, Bastos (2017) também 
preconiza que para diminuir o risco de contaminação, é indicada a contenção prévia, a 
ligadura da cauda e lavagem da região perianal com água em abundância antes de realizar 
a secagem com papel descartável desde a base da cauda até a comissura ventral da vulva. 
A IA pode ser feita com sêmen fresco, resfriado ou congelado. A utilização de 
sêmen fresco é realizada quando o garanhão e a égua estão no mesmo estabelecimento e o 
tempo desde a coleta até a realização da inseminação não deve ultrapassar uma hora. Nos 
casos em que isso não é possível, ou seja, quando o tempo for maior que uma hora, 
preconiza-se utilizar o sêmen resfriado e o prazo para a realização da inseminação deve ser 
feito de 24-48 horas (INTERVET, 2007; CANISSO et al., 2008). 
Atualmente, a forma mais utilizada na rotina reprodutiva de equinos é a IA com 
sêmen resfriado devido a grande demanda pelo envio do material para estabelecimentos 
distantes. No entanto, o principal problema que ainda enfrentamos é a dificuldade de 
resfriamento do ejaculado, uma vez que, nem todos os garanhões possuem ejaculado que 
mantenham a qualidade após o processo de resfriamento (INTERVET, 2007; OLIVEIRA 
et al., 2013). 
22 
 
 
No entanto, para obter sucesso com essa biotecnologia, o sêmen deve ser 
processado de forma adequada para garantir sua preservação. Além disso, outros fatores 
que interferem diretamente no resultado da fertilização com utilização de sêmen 
refrigerado são: fertilidade intrínseca do garanhão e da égua, composição dos meios 
diluidores, curva de refrigeração e temperatura de armazenamento do sêmen diluído, dose 
inseminante, sincronia entre ovulação e o tempo de armazenamento in vitro e quantidade 
de plasma seminal presente na amostra. Dessa forma, o sucesso da preservação do sêmen 
pelo processo de refrigeração também depende de fatores ambientais adequados 
(diluidores), taxa de refrigeração e temperatura favoráveis. E todos esses fatores 
influenciam na preservação de danos à estrutura dos espermatozoides e na ocorrência 
prematura do fenômeno de capacitação (GOMES et al., 2015). 
 A utilização do sêmen congelado apresenta restrições devido a existência de 
variação individual dos garanhões em relação à tolerância do sêmen ao processo tanto de 
congelamento como de descongelamento e apenas 25% dos garanhões possuem taxa de 
prenhez semelhante quando comparadas ao processo de IA com sêmen fresco. Os fatores 
que interferem diretamente sobre a taxa de prenhez com sêmen congelado são: qualidade 
do sêmen, status reprodutivo e o manejo do ciclo estral da égua (OLIVEIRA et al., 2013). 
 Ainda hoje não é bem definido qual o melhor momento para a realização da 
inseminação, ou seja, se as éguas devem ser inseminadas antes ou após a ovulação, porém 
há evidências que quando é realizada mais de uma inseminação em um mesmo ciclo 
provoca uma elevação na taxa de prenhez em comparação quando é realizada uma única 
inseminação (INTERVET, 2007). 
 
 
5.6 Diagnóstico de Gestação 
A palpação retal e o uso da ultrassonografia são os procedimentos mais 
comumente realizados noexame do aparelho reprodutivo em éguas, sendo através dele 
possível visualizar a vesícula embrionária (figura 3) já na segunda semana de gestação (DE 
LA CORTE et al, 1994). 
 
 
23 
 
 
 
Figura 3: Representação vesícula embrionária equina com aproximadamente 16 dias 
através de imagem ultrassonográfica 
Fonte: EquiRep – Reprodução Equina Especializada. 
 
 O embrião é visto no centro da vesícula perto do 28º ao 30º dia (figura 4) e está 
próximo do topo da vesícula perto do 35º após a ovulação. Aproximadamente aos 40 dias 
de gestação, o saco vitelino regrediu e o alantóide se formou por completo. Desta forma é 
possível observar a formação do cordão umbilical (LEY, 2006). 
 
 
 
Figura 4: Imagem ultrassonográfica de embrião equino com aproximadamente 30 dias 
Fonte: EquiRep – Reprodução Equina Especializada. 
 
Outro método comumente usado para diagnóstico de gestação de equinos é a 
avaliação de um novo comportamento de estro através da avaliação individual do animal. 
No entanto, o método é a palpação retal com o auxílio da ultrassonografia que, além de 
24 
 
 
auxiliar no diagnóstico de gestação propriamente dito, também é eficaz na detecção 
precoce de gestação gemelar (INTERVET, 2007; FERNANDES, 2018). 
 
 
5.7 Perdas Gestacionais 
A perda da prenhez é um dos principais fatores de subfertilidade na espécie equina 
e pode estar relacionada com problemas de origem materna, fetal ou ambiental (GINTHER 
et al., 1985; BRISKO et al., 2000). As perdas gestacionais são classificadas como precoces 
ou tardias. As perdas gestacionais precoces estão relacionadas com fatores maternos, como 
por exemplo nutrição, idade, presença de cistos uterinos, falhas ou deficiência de secreção 
de progesterona, falhas de reconhecimento materno e até mesmo local de implantação do 
embrião. As perdas gestacionais tardias estão relacionadas com a sanidade materno-fetal, 
como por exemplo contaminação com herpesvírus equino tipo 1, gestação gemelar, torção 
uterina ou de cordão umbilical e hidroalatóide (SENA et al., 2016; NUNES at al., 2018). 
O principal fator que influencia a ocorrência de perdas gestacionais precoces é a 
idade da égua devido a maior incidência de problemas no trato reprodutivo da égua com o 
envelhecimento, como ocorrência de fibrose e cistos uterinos que estão relacionados com a 
falha da fixação do embrião no útero. Os cistos são classificados em endometriais e 
linfáticos, sendo os endometriais mais nocivos à gestação por dificultarem a movimentação 
do embrião no ambiente uterino, dificultando que ocorra o reconhecimento materno da 
gestação, impossibilitando a fixação do embrião e em alguns casos podem afetar a 
placentação (SENA et al., 2016). 
Além dos cistos, outro fator que pode levar a ocorrência de perdas gestacionais 
precoces é a endometrite pós-cobertura, que é caracterizada pela reação inflamatória 
exacerbada ao contato do sêmen. A capacidade das éguas de eliminar o fluído inflamatório 
gerado pela endometrite e eliminação dos lóquios após o parto está intimamente 
relacionada com a idade das éguas, uma vez que éguas mais velhas possuem úteros 
pendulares e menor capacidade de contração uterina (SENA et al., 2016; NUNES at al., 
2018). 
 
 
25 
 
 
6 ARTIGO 
 
Análise descritiva da taxa de prenhez de éguas crioulas submetidas à inseminação 
artificial com sêmen resfriado 
Júlia de Souza Lopes Nunes
1
, Carolina da Fonseca Sapin
2
, Fabiano Trevisan da Rocha
2 
 
1 Graduanda de Medicina Veterinária no Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG 
2 Docente do Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG, fabiano.rocha@fsg.edu.br. 
 
 
Será submetido à Revista Brasileira de Medicina Equina 
 
 
RESUMO 
 
O Brasil se encontra na 4ª posição do ranking de maior rebanho de equinos do mundo, 
contando com cerca de 5,5 milhões de cabeças. As biotecnologias da reprodução têm como 
objetivo auxiliar no melhoramento do desempenho dos equinos, porém ainda hoje os 
índices de perdas gestacionais relacionado a problemas relacionados com a idade da égua 
são altos. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo a avaliação do índice 
reprodutivo de éguas inseminadas com sêmen refrigerado na temporada reprodutiva que 
compreendeu o período de setembro de 2020 a março de 2021. As 60 éguas foram 
separadas em 3 grupos de acordo com a idade, sendo o grupo 1 composto de éguas até 7 
anos, o grupo 2 de éguas entre 8 e 14 anos e o grupo 3 de éguas acima de 15 anos. Ao final 
da temporada reprodutiva foi obtida taxa de prenhez de 91,67% (55/60), onde 52,72% 
(29/55) ficaram gestantes após uma única IA (1ºciclo), 29,09% (16/55) com duas IA, 7,27 
(4/55) após três IA e 10,90% (6/55) com quatro IA. Dentre as 27 éguas em que foi 
utilizada a IA no cio do potro, 38,46% (10/26) emprenharam neste ciclo, sendo observada 
uma relação de proximidade entre estas éguas com as pertencentes ao grupo 1 (p ≤ 0,05). A 
idade das éguas demonstrou ser um fator que interfere diretamente na taxa de fertilidade no 
cio do potro, mas ao final da temporada as éguas apresentaram alto índice de prenhez. 
 
Palavras-chave: Fertilidade; Éguas; Cio do potro; Idade. 
 
 
 
26 
 
 
ABSTRACT 
Pregnancy rate of criollo mares submitted to artificial insemination with cooled 
semen in the municipality of Santa Maria, Rio Grande do Sul 
The Brazil is placed in the 4th ranking position of the equine herd in the world, counting 
about 5,5 million of heads. With this development, it came up the need of adoption of 
biotechnology applied to the equine reproduction with the objetive to provide 
improvements in increasing the rate of reproductive success of mares. For this study, data 
were collected from 60 mares that were used in the breeding season from September 2020 
to March 2021 in the municipality of Santa Maria, Rio Grande do Sul, and were separated 
into 3 groups according to age, the group 1 composed of mares up to 7 years old, the group 
2 composed of mares between 8 and years old and the group 3 of mares over 15 years old. 
These mares were inseminated with refrigerated semen from stallion of the same breed and 
the end of season, the pregnancy rate obtained was 91,67% (55/60), where 52,72% 
(29/55) became pregnant after an unique AI (1st cycle) 29,09% (16/55) with two AI, 
7,27 (4,55) after three AI and 10,90% (6/55) with four AI. Among the 27 mares which 
was used the AI in the foal´s heat, 38,46% (10/26) became pregnant in this cycle, being 
observed a close relation between these mares with the ones belonging to the group 1 (p 
≤ 0,05). Thus mares´age demonstrated to be important to the fertility rate in the foal´s 
heat. Furthermore, at the end of reproductive season, mares presented a high pregnancy 
index. 
Key-words: Fertility; Mares; Foal’s heat; Age. 
 
RESUMEN 
Tasa de preñez de yeguas criollas sometidas a inseminación artificial con semen 
refrigerado, en la ciudad de Santa María, Rio Grande do Sul 
 
Brasil ocupa la 4ª posición en el ranking de la mayor manada de caballos del mundo, con 
alrededor de 5,5 millones de cabezas. Con este desarrollo, surgió l necesidad de la 
adopción de biotecnologías aplicadas a la reproducción equina, con el objetivo de 
proporcionar mejora en el aumento de la tasa de éxito reproductivo de las yegas. Este 
trabajo tuvo como objetivo evaluar el índice reproductivo de 60 yeguas criollas que se 
utilizaron en la temporada de cría en de septiembre de 2020 a marzo de 2021 en la ciudad 
de Santa María, Rio Grande do Sul, y se separaron en 3 grupos según la edad. Grupo 1 
compuesto por yeguas hasta 7 años, grupo 2 de yeguas de 8 a 14 años y grupo 3 de yeguas 
mayores de 15 años. Estas yeguas fueron inseminadas semen refrigeradode sementales de 
la misma raza y al final de la temporada, la tasa de preñez obtenida alcanzó el 91.67% 
(55/60), donde el 52.72% (29/55) quedaron embarazadas tras una sola IA (1º ciclo), el 
29.09% (16/55) con dos IA,7.27 (4/55) después de tres IA y 10.90% (6/55) con cuatro IA. 
De las 27 yeguas en las que se utilizó el IA en el celo del potro, un 38,46% (10/26) 
preñaron en este ciclo, y se observa una estrecha relación entre estas yeguas y las 
pertenecientes al grupo 1 (p≤ 0,05). Por lo tanto, las yeguas resultó ser importante para la 
tasa de fertilidad en el celo del potro. Además, al final de la temporada de cría, las yeguas 
presentan una alta tasa de preñez. 
Palabras clave: Fertilidad; Yeguas; Celo Del Potro; Edad. 
 
27 
 
 
INTRODUÇÃO 
O Brasil se encontra na 4ª posição do ranking de maior rebanho de equinos do 
mundo, contando com cerca de 5,5 milhões de cabeças 
[16]
. Com auxílio das biotecnologias 
da reprodução, se tornou possível melhorar o desempenho tanto atlético como morfológico 
desses animais 
[5; 21]
. 
No entanto, ainda hoje é comum perdas gestacionais precoces devido a problemas 
de origem materna, fetal ou ambiental, como as perdas causadas por endometrites, 
placentites, cistos uterinos, período de lactação e estado corporal da égua, porém a 
principal causa de falhas na concepção ainda é a idade das éguas 
[18; 10]
. Além disso, com o 
envelhecimento do trato reprodutivo ocorrerem problemas deficiência de hormônios 
essenciais para a manutenção a ciclicidade e para a manutenção da gestação, como a 
progesterona, de forma que a taxa de fertilidade desses animais tende a ser menor quando 
comparada com éguas mais jovens 
[18; 10]
. 
O cio do potro é o primeiro cio que a égua manifesta após o parto e ocorre de 5 a 
12 dias após o parto, sendo o seu aproveitamento uma boa forma para diminuir o período 
entre partos 
[1]
. Porém, a taxa de fertilidade ao cio do potro ainda é motivo de discussão por 
muitos autores, pois o cio do potro coincide com o período de involução uterina e liberação 
de lóquios 
[1]
. 
O objetivo desse trabalho foi avaliar os índices reprodutivos de éguas submetidas 
à inseminação artificial com sêmen resfriado na temporada reprodutiva entre setembro de 
2020 a março de 2021. 
 
 
MATERIAL E MÉTODOS 
 Foi realizado um levantamento de dados referentes à estação reprodutiva de 
setembro de 2020 a março de 2021 envolvendo 60 éguas da raça crioula que foram 
submetidas à inseminação artificial com sêmen refrigerado no município de Santa Maria, 
Rio Grande do Sul (RS). 
As éguas foram separadas em três grupos de acordo com as respectivas idades: no 
Grupo 1 foram agrupadas éguas até sete anos, no Grupo 2 éguas entre oito e 14 anos e no 
Grupo 3 éguas a partir dos 15 anos. Informações como categoria (gestante ou vazia ao 
início da temporada), utilização do cio do potro, número de inseminações por animal e 
28 
 
 
diagnóstico final de gestação foram fornecidos pela empresa EquiRep – Reprodução 
Equina
®
, sendo a única responsável pelos procedimentos realizados nestes animais. 
A detecção do estro foi realizada através do exame de palpação e ultrassonografia 
transretal. Durante este procedimento foram avaliados: tônus e presença de edema uterino 
bem como tamanho e flutuação dos folículos ovarianos. Quando era detectada a presença 
de edema uterino e folículo com tamanho de pelo menos 35 milímetros, era induzida a 
ovulação com dose única de 250µg (1mL) por via intramuscular de Histrelina Acetato 
(Strelin
®
). 
A inseminação das éguas foi realizada de 24 a 30 horas após a indução da ovulação 
e após 48 horas as éguas eram novamente examinadas por meio de palpação e 
ultrassonografia transretal para a verificação da ovulação. O diagnóstico de gestação foi 
realizado 14 dias após a verificação da ovulação. Foram utilizados sêmen de diferentes 
garanhões na raça Crioula com fertilidade comprovada, não sendo os dados referentes à 
qualidade espermática incluídos nesse trabalho. 
Os dados foram analisados através de Tabela de Frequência, Tabela de Frequência 
Cruzada, Cluster Análises e Análise de Correspondência. Sendo utilizado para essas 
análises o Software Statistica
® 
6.0 . 
 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Com base na classificação por idade observou-se que 36,68% das éguas (22/60) 
compuseram o grupo 1, 48,33% (29/60) fizeram parte do grupo 2 e apenas 15% (9/60) 
entraram no grupo 3. Durante o processo de envelhecimento, as éguas apresentam menor 
taxa de fertilidade antes dos 8 anos devido a instabilidade hormonal que ocorre na 
puberdade e devido aos órgãos genitais não se encontrarem adequadamente maduros, as 
éguas apresentam estabilidade reprodutiva dos 8 aos 13 anos, enquanto a partir dos 15 anos 
apresentam menor probabilidade de produzir um potro por ciclo 
[10; 13]
. De acordo com 
Oliveira (2019), a taxa de fertilidade em éguas jovens, alcança valores de até 88%, 
enquanto em éguas idosas apenas 45%, enquanto para Rossi et al (2014), potras e éguas 
gestantes possuem potencial de fertilidade superior (de 70 a 100%) quando comparadas a 
éguas que não conceberam na estação anterior (de 50 a 70%) e de éguas vazias por mais de 
duas estações reprodutivas consecutivas (de 25 a 50%). 
29 
 
 
 Éguas idosas apresentam maior dificuldade de concepção e aumento nos índices de 
morte embrionária devido a anatomia do trato reprodutivo uma vez que esses animais 
apresentam úteros pendulares e com baixo tônus, o que predispõem maior dificuldade 
durante a drenagem linfática e limpeza do trato reprodutivo. Além disso, também 
apresentam fase de senescência reprodutiva, quando ocorrem alterações como ovulações 
irregulares, aumento da duração da fase folicular, diminuição do número de folículos, 
alteração de secreção de gonadotrofinas e até inatividade folicular 
[8, 9, 12]
. De acordo com 
Möller (2007), incidências de alterações endometriais estão relacionadas com idade e 
número de partos, maior possibilidade de complicação devido a redução de tônus e 
contratilidade uterinos. 
 
 Foi possível verificar uma taxa de prenhez ao final da temporada de 91,67% 
(55/60). Um trabalho realizado com 406 éguas da raça Crioula, demonstrou um índice de 
prenhez de 76,5% aos 42 dias de gestação 
[12]
. De acordo com Costa et al (2013)
 
a raça 
crioula é rústica, sendo capaz de se adaptar e reproduzir nas mais diversas condições de 
climas e pastagens, além de responder positivamente a diferentes tipos de manejo 
reprodutivo (monta natural e IA), o que também foi observado em nosso estudo com base 
na alta taxa de prenhez ao fim da temporada reprodutiva. 
Do total de animais que emprenharam, foi observado que 52,72% (29/55) ficaram 
gestantes após uma única IA (1ºciclo), 29,09% (16/55) com duas IA, 7,27% (4/55) após 
três IA e 10,90% (6/55) com quatro IA. Dados similares foram observados em um estudo 
com 299 éguas crioulas no município de Camaquã-RS, onde verificou maior taxa de 
prenhez, 63,81% no primeiro ciclo reprodutivo utilizado 
[18] 
. 
Das 60 éguas que integraram este estudo, 58,33% (35/60) entraram para o manejo 
reprodutivo da temporada aguardando parir ou paridas, o que permitiu utilizar em alguns 
animais o cio do potro, e 41,66 % (25/60) estavam vazias no início da estação reprodutiva. 
Não foi observada relação entre a categoria (prenha ou vazia ao início da temporada) com 
o diagnóstico final de gestação (éguas que emprenharam). Dados similares também foram 
observados por Rossi et al. (2014), onde a categoria reprodutiva não influenciou a 
fertilidade de éguas inseminadas com sêmen asinino resfriado. 
O cio do potro foi utilizado em 27 das 35 éguas paridas (algumas chegaram para 
manejo já com o potro ao pé). Com base nesses dados foi possível verificar que 38,46% 
(10/26) emprenharam no cio do potro (gráfico 1), sendo observada uma relação de 
proximidade entre as éguas que emprenharam no cio do potro com as éguas pertencentes 
30 
 
 
ao grupo 1, animais mais jovens (p ≤ 0,05). A fertilidade das éguas ao cio do potro ainda é 
motivo de discussão entre autores, sendo considerada para alguns autores até 20% inferior 
quandocomparada aos ciclos subsequentes por coincidir com o período de involução 
uterina 
[1; 13]
 e para outros pode apresentar taxa de fertilidade semelhante quando 
comparada aos demais estros 
[4]
. Sabe-se que animais mais velhos possuem maior 
deficiência de contração uterina, dificultando assim que ocorra a limpeza adequada do trato 
reprodutivo e possibilitando que ocorra acúmulo de fluído intrauterino após o parto, o que 
prejudica a fertilidade das éguas nesse período. No entanto, caso não ocorram 
complicações no puerpério, o aproveitamento do cio do potro é vantajoso para as éguas por 
evitar que ocorra anestro após este cio 
[13] 
e sua utilização não diminui as chances de 
concepção de éguas nos ciclos subsequentes 
[11]
. 
 
 
 
 
Gráfico 1. Relação entre o número de éguas em que foi utilizado o cio do potro e a prenhes nesse ciclo 
conforme o grupo. 
 
 
 Silveira (2017) em seu estudo, observou que o índice de prenhez para éguas 
crioulas com menos de 12 anos durante o cio do potro foi de 96,5% e nas éguas com 12 
anos ou mais foi de 39,1%. Para Moller (2007) as éguas com menos de 12 anos obtiveram 
94,3% de prenhez no cio do potro, enquanto as éguas com mais de 12 anos apresentaram 
63% de prenhez neste cio. Nos casos anteriores e nos dados obtidos através desse estudo é 
10 
14 
3 
5 
4 
1 
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 
Inseminação artificial no cio do potro Prenhes cio do potro 
31 
 
 
possível observar que a idade das éguas utilizadas para o estudo representou um fator 
importante para a determinação da taxa de fertilidade ao cio do potro. 
As perdas gestacionais podem ocorrer em consequência a diversos fatores que têm 
origem materna, fetal e/ou ambiental. No entanto, o principal fator que pode levar a 
maiores índices de perdas gestacionais precoces é a idade materna, pois com o 
envelhecimento do animal, e consequentemente do trato reprodutivo, há maior 
predisposição para ocorrência de problemas como deficiências hormonais, por exemplo 
deficiência de progesterona, impedindo que ocorra o reconhecimento materno da gestação, 
ou formação de cistos endometriais, que impedem a fixação do embrião no útero 
[6, 2, 15]
. 
Em um estudo realizado por Tannus & Thun (1995), observou-se que o maior 
índice de cistos endometriais ocorre em éguas mais idosas. Dessa forma, a incidência de 
falhas gestacionais pode chegar até 30% em éguas com mais de 18 anos, enquanto em 
éguas jovens é de 10 a 15% 
[7]
. 
A idade das éguas constitui um fator importante sobre a taxa de fertilidade durante 
o cio do potro, porém ao final da temporada reprodutiva, as éguas apresentaram alto índice 
de prenhez. 
 
 
CONCLUSÃO 
A idade das éguas interfere na taxa de fertilidade devido ao envelhecimento do 
trato reprodutivo dos animais, porém não há diferenciação quando comparamos a 
fertilidade no cio do potro com relação aos demais estros. 
 
 
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35 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 De acordo com os dados obtidos com base na temporada de reprodução equina de 
setembro de 2020 a março de 2021 foi possível concluir que houve relação entre a idade 
das éguas e a fertilidade no cio do potro. Muitas éguas são destinadas a reprodução, após 
vários anos de treinamentos e competições. 
 Ao final da temporada foi possível observar uma alta taxa de prenhez, o que nos 
demonstram que a raça crioula possui alta taxa de fertilidade, sendo similar ao encontrado 
em outras raças equina. Outros aspectos como o conhecimento da fisiologia do ciclo estral 
da égua e questões anatômicas do trato reprodutivo da fêmea são fundamentais para a 
determinação do sucesso de uma estação reprodutiva. 
 
36 
 
 
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OSBORNE,

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