Buscar

brucelose equina - Documentos Google (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ 
 CAMPUS MINISTRO PETRÔNIO PORTELLA 
 CURSO MEDICINA VETERINÁRIA 
 DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA VETERINÁRIA/CCA 
 DISCENTE: SABRINA BRITO SILVA 
 BRUCELOSE EQUINA: REVISÃO DE LITERATURA 
 TERESINA 
 2024 
 SABRINA BRITO SILVA 
 Brucelose equina: revisão de literatura 
 Trabalho de Conclusão da Disciplina Clínica 
 Médica De Equídeos apresentado como 
 requisito complementar para finalização, pelo 
 Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária, 
 do Centro de Ciências Agrárias, da 
 Universidade Federal do Piauí. 
 Orientador (a): Prof. Dra. Mônica Arrivabene 
 TERESINA 
 2024 
 3 
 SUMÁRIO 
 1 INTRODUÇÃO ……………………………………………………………………………….… 4 
 2 REVISÃO DE LITERATURA………………………………………………………………..... 4 
 2.1 Fisiopatogenia da Doença …………….……………………………………………….………... 4 
 2.2 Epidemiologia ……………………………………………...…………………………...….…… 5 
 2.3 Sinais Clínicos …………………………………………………………………………………...6 
 2.4 Diagnóstico ……………..……….……………………………………………………………….6 
 2.5 Abordagem Terapêutica ……………………………………………………………………….…8 
 2.6 Controle e Profilaxia ……………………………………………………………………………..8 
 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ……………………………………………………….……….…. 9 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS …………………………………………….…………..…9 
 4 
 1 INTRODUÇÃO 
 No Brasil, estima-se que a população de eqüinos seja em torno de 10 milhões de animais, 
 localizados principalmente na região Nordeste do país, seguido das regiões Sul e Sudeste. Diversas 
 enfermidades infecciosas acometem a espécie eqüina causando transtornos à sua saúde, entre as quais, a 
 brucelose. Nesta espécie, a brucelose é uma doença infecciosa, de evolução crônica, de fácil contágio e com 
 potencial zoonótico, que afeta outras espécies de animais, como os bovinos, bubalinos, suínos e inclusive o 
 homem, sendo causada predominantemente pela Brucella abortus . Os sinais clínicos concentram-se na 
 maior parte dos casos no sistema locomotor. Em contrapartida, nos ruminantes domésticos, em suínos e em 
 cães, a brucelose afeta principalmente o trato reprodutivo. 
 Na espécie eqüina, os prejuízos econômicos decorrentes da brucelose são considerados inferiores 
 quando comparados às outras espécies de interesse zootécnico, em decorrência de ser raros os transtornos 
 reprodutivos. Os programas de controle e erradicação da brucelose em ruminantes domésticos têm obtido 
 êxito em vários países, reduzindo, significativamente, a prevalência da enfermidade. Porém, a presença dos 
 reservatórios silvestres, a coabitação de espécies animais, a resistência do microrganismo em condições 
 adversas no ambiente e a ausência de protocolos efetivos no tratamento da doença em animais são fatores 
 que favorecem a manutenção do microrganismo no ambiente e em criatórios de animais domésticos, 
 inviabilizando, por vezes, sua erradicação nos animais em determinadas regiões ou países. 
 2 REVISÃO DE LITERATURA 
 2.1 Epidemiologia 
 A Brucella abortus possui distribuição mundial com maior prevalência nas regiões tropicais e em 
 países em desenvolvimento, apresenta elevada resistência e patogenicidade. Além disso, pode permanecer 
 viável por vários meses em fetos, pastos e água contaminada, favorecendo a manutenção do patógeno no 
 ambiente e a endemicidade nos plantéis, que resulta em infecção dos equinos e, diferentemente de outras 
 espécies, uma elevada ocorrência de desordens articulares, podendo também atingir o sistema reprodutor. 
 A infecção pelo agente etiológico da doença nos animais domésticos pode ocorrer pela via oral, 
 mucosas, conjuntivas, venérea e, ocasionalmente, pela formação de aerossóis e via transcutânea. Sua 
 transmissão ocorre através de contato direto dos equinos com membranas fetais, descargas vaginais e fetos 
 abortados de outros cavalos e/ou bovinos infectados, ou por contato indireto, através da ingestão de 
 alimentos ou água contaminada com Brucella abortus , fômites e infecções transplacentárias. Além disso, a 
 infecção também pode ocorrer por meio de inseminação artificial, e considera-se, que a infecção seja 
 5 
 resultado do convívio dos eqüinos com outras espécies domésticas, em especial bovinos, bubalinos e 
 suínos, em decorrência de que os eqüinos compartilham da infecção preferencialmente por B. abortus e, 
 secundariamente, por B. suis (OLIVEIRA, M. S. C., et al. 2022). 
 No Brasil, a brucelose é uma doença endêmica, considerada reemergente e uma das principais 
 zoonoses. Apesar de haver o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose 
 Animal (PNCEBT), criado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que 
 consiste em um conjunto de medidas sanitárias estratégicas buscando redução da prevalência e incidência 
 da brucelose em bovinos e bubalinos, não há um detalhamento específico sobre as estratégias de controle da 
 doença nos equinos, impossibilitando o conhecimento da situação epidemiológica atual dessa enfermidade 
 no país (PINTO, L. H. G. et al, 2021). Dessa forma, a brucelose equina não possui medidas intrínsecas de 
 controle e profilaxia. Além disso, os estudos direcionados à brucelose eqüina são escassos e usualmente 
 descritos sob a forma de relatos de caso ou estudos soroepidemiológicos regionais, colaborando também 
 para a dificuldade do esclarecimento da prevalência, dos mecanismos de transmissão, da predominância dos 
 biotipos e suas inter-relações com a virulência na brucelose eqüina, bem como a relevância da co-habitação 
 de espécies na ocorrência da doença, que permitiriam esclarecer a epidemiologia e o real impacto da 
 enfermidade na espécie (PINTO, L. H. G. et al, 2021). 
 Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) e OIE (Organização Internacional de Epizootia), 
 a doença em equinos tem baixa importância econômica, entretanto, é preocupante, pois podem tornar-se 
 potenciais hospedeiros e propiciar o desenvolvimento da doença em locais livres (PINTO, L. H. G. et al, 
 2021). A OIE classifica a brucelose como uma doença da Lista B, onde estão incluídas doenças que 
 possuem importância socioeconômica e/ou para saúde pública, porém, a doença merece preocupação em 
 virtude da debilidade orgânica que ela provoca nos animais, pelos prejuízos decorrentes da eutanásia dos 
 infectados, além de constituírem uma fonte de infecção. 
 2.2 Fisiopatogenia da Doença 
 A brucelose trata-se de uma enfermidade crônica infecto-contagiosa e de caráter zoonótico que 
 acomete seres humanos, animais domésticos e silvestres. Nos equinos, é causada comumente pela Brucella 
 abortus e, eventualmente, pela Brucella Suis . As bactérias do gênero Brucella são intracelulares 
 facultativas, Gram-negativas, imóveis e não esporuladas, além de serem resistentes a diversas condições 
 ambientais, incluindo extremos de pH, luz solar, temperatura e poderem resistir por até mais de seis meses 
 na água, em pastos contaminados, em fetos abortados, fezes, restos de placentas, no solo e no feno. 
 Após a contaminação, que pode ocorrer por via oral, mucosas, conjuntivas, venérea, aerossóis e 
 solução de continuidade na pele, a bactéria se instala preferencialmente namucosa oro-nasal, mucosa do 
 6 
 trato gastrointestinal e linfonodos regionais, no qual multiplica-se e pode causar linfadenopatia, onde pode 
 permanecer por semanas ou meses. Em seguida, dissemina-se através da corrente sanguínea para bolsas 
 sinoviais, bainhas de tendões, ligamentos e articulações, causando distúrbios no sistema locomotor e 
 reprodutor. A localização da bactéria do gênero Brucella nos órgãos está relacionada à concentração de 
 eritritol, encontrado no útero gravídico, tecidos mamários, ósteoarticulares e órgãos do sistema reprodutor 
 masculino. Os equinos, humanos, coelhos e roedores possuem baixa produção desse hormônio, 
 justificando a menor frequência de impactos dessa doença no sistema reprodutor de tais espécies. 
 2.3 Sinais clínicos 
 Nos equinos, a doença apresenta evolução crônica e se manifesta de forma distinta às outras 
 espécies, pois transtornos reprodutivos são incomuns, embora possam ocorrer. As lesões são caracterizadas 
 por inflamações em forma de abscessos de aspecto purulento em bursas, ligamentos, tendões, sinoviais e 
 articulações, instalado preferencialmente na região da cernelha e/ou espinha da escápula (bursite 
 supra-espinhal), que pode ter ou não fistulação, sendo, portanto, conhecida como de “Mal de Cernelha”, 
 “Bursite Cervical” ou “Abscesso de Cernelha”. Quando fistulam, há a drenagem de secreção 
 mucopurulenta, de cor turva e flocumento, onde está incluído o agente infeccioso da Brucelose. 
 O período de incubação varia de uma semana até quatro meses, e na fase de bacteremia é 
 extremamente fugaz na primoinfecção, e os animais tornam-se assintomáticos por meses, manifestando 
 tardiamente os processos lesionais. À palpação, a região apresenta-se aumentada, endurecida, hiperêmica, 
 quente, sensível e flutuante em um ou mais pontos, que tendem à abscedação de material purulento com 
 infecção mista. Quando a infecção torna-se mais profunda pode ocorrer o comprometimento das apófises 
 espinhosas das primeiras vértebras cervicais e torácicas. 
 Os quadros de infecção generalizada, se manifestam por febre intermitente, rigidez, letargia, 
 inapetência e dificuldade de locomoção, geralmente secundário ao desenvolvimento de sinovites em quase 
 todas as sinovias das articulações e bainhas dos tendões dos membros. Raramente, em garanhões pode 
 causar orquite, e as éguas podem mostrar irregularidade no cio, retenção de placenta e abortos. 
 2.4 Diagnóstico 
 O diagnóstico de rotina da brucelose eqüina é baseado nos achados clínico-epidemiológicos e 
 exames laboratoriais. Diante disto, faz-se necessário questionar a procedência do animal com a finalidade 
 de reconhecer se advém de áreas endêmicas para brucelose, bem como se co-habita com outras espécies 
 7 
 domésticas, especialmente bovinos, bubalinos e suínos. Soma-se a esta conduta o exame físico com a 
 observação da presença de aumento de volume e/ou fístulas em região de cernelha e espinha da escápula. 
 A doença pode ser diagnosticada por métodos diretos ou indiretos. O isolamento e identificação da 
 bactéria é realizado a partir de material coletado do conteúdo de abscessos de cernelha, ligamentos, 
 articulações e, excepcionalmente, abortamentos. No entanto, devido a dificuldade de isolamento de 
 Brucella spp em determinadas lesões, a contaminação por microrganismos oportunistas e o uso empírico de 
 antibióticos na terapia de animais infectados, pode haver uma limitação do diagnóstico direto da brucelose 
 equina. Sendo assim, o diagnóstico sorológico tem sido recomendado, pois apresentam simplicidade de 
 execução, interpretação, custo acessível, uso massal, boa sensibilidade e especificidade, apesar da 
 possibilidade de ocorrência de reações inespecíficas. Dentre os exames sorológicos mais utilizados 
 atualmente para diagnóstico da brucelose eqüina no Brasil compreendem a prova de Wright/prova de 
 “Bang” ou soroaglutinação lenta, prova de Huddleson ou soroaglutinação rápida e Teste de Aglutinação 
 Sérica (TAS). A prova de Wright permite efetuar o diagnóstico das formas agudas de brucelose, pois 
 identifica IgM, que aparece poucos dias após a exposição, aumentando rapidamente, atingindo valor 
 máximo ao redor da segunda semana. Em seguida, seus níveis no sangue declinam, não permitindo, 
 portanto, o diagnóstico de doença crônica. O teste baseia-se em uma reação de aglutinação que utiliza, 
 como antígeno, uma suspensão de Brucella , inativadas por formol e pelo calor. Título superior ou igual a 
 1/80 indica uma brucelose ativa. A pesquisa de anticorpos anti-Brucella em animais domésticos pode 
 utilizar, como material o soro sanguíneo. Já a prova de Huddleson é uma reação antígeno-anticorpo em 
 placa, que detecta imunoglobulinas da classe IgM e IgG. 
 Os testes empregados no diagnóstico da brucelose foram desenvolvidos com base no processo de 
 formação de anticorpos, em resposta ao estímulo antigênico, resultando no processo de aglutinação. A 
 produção de imunoglobulinas em animais de produção, após infecção por brucelas patogênicas, 
 caracteriza-se pelo aparecimento de quatro isotipos: IgM, IgG1, IgG2, IgA. As Ig são dirigidas em sua 
 grande maioria contra o lipopolisacarídeo (LPS) de membrana de Brucella spp . O isotipo IgG1 segue 
 padrão semelhante ao IgM com picos mais tardios, tendendo a permanecer detectável por longos períodos. 
 A classe IgG é a mais importante do ponto de vista diagnóstico em virtude de sua especificidade de ligação 
 com os epítopos do gênero Brucella (RIBEIRO, G. M. et al., 2008). 
 2.5 Abordagem terapêutica 
 O tratamento de animais com brucelose não é recomendado, pois há um grande risco de falha no 
 procedimento, devido à bactéria ser intracelular e induzir lesões piogranulomatosas, que, portanto, limita a 
 ação dos antimicrobianos de chegarem nas concentrações adequadas dentro dos fagócitos para eliminá-las, 
 8 
 além da resistência e manutenção do agente etiológico no ambiente, que acaba levando a prejudicar o 
 controle e erradicação da doença no local. 
 Nas espécies de alto valor zootécnico ou econômico, pode-se tentar o tratamento com estreptomicina 
 e terramicina por várias semanas, apesar dos resultados serem ainda inconsistentes em alguns casos. 
 Simultaneamente, deve-se drenar e/ou realizar excisões dos abscessos, tratar as fístulas da cernelha com 
 antissépticos, nitrofurasona ou através de procedimento cirúrgico, nos casos em que há comprometimento 
 de tecidos mais profundos. O controle de cura da brucelose deve ser clínico e sorológico, por meio do teste 
 soroaglutinação rápida realizado semestralmente, até que o título baixe a 25 UI e se mantenha em duas 
 provas consecutivas ou desapareça. Caso o título permaneça em 50 UI ou mais, a eutanásia deve ser 
 considerada. Além disso, durante o decorrer do tratamento, o equino deve ser mantido em isolamento e as 
 pessoas que irão manipular o animal deverão estabelecer medidas de proteção para que não se contaminem, 
 já que a Brucella abortus facilmente infecta o homem.A recomendação de tratamento, advém de ensaios terapêuticos experimentais. Contudo, estes 
 ensaios foram conduzidos em situações controladas, com pequeno número de animais e não mostraram 
 efetividade que justificasse a manutenção dos eqüinos tratados no plantel, ou mesmo os riscos para o 
 homem no manejo dos animais tratados, permanecendo a recomendação de eutanásia para eqüinos com 
 diagnóstico microbiológico e/ou sorológico de brucelose (RIBEIRO, G. M. et al., 2008). 
 2.6 Controle e Profilaxia 
 Atualmente, não há medidas específicas para controle e/ou profilaxia da brucelose em equinos. 
 Portanto, no Brasil as medidas para prevenção se dá através do controle da doença nos bovinos, bubalinos e 
 suínos, já que os equinos se contaminam, na maior parte dos casos, através dos dejetos e secreções destes 
 animais infectados. Sendo assim, a vacinação de bezerras entre três e oito meses de idade com vacina 
 atenuada B19 auxilia no controle da brucelose em eqüinos, principalmente em propriedades nas quais 
 ocorre a co-habitação entre bovinos, búfalos e eqüinos. 
 Os equinos devem ser adquiridos de propriedades livres ou não-endêmicas para brucelose, e a 
 adoção de quarentena para animais recém-adquiridos também são procedimentos indicados no controle e na 
 profilaxia. Na suspeita de animais infectados, deve-se isolar o animal e coletar material para o diagnóstico 
 microbiológico e exames sorológicos. Na presença de animais positivos com isolamento microbiano e/ou 
 sorológico, recomenda-se a eutanásia dos animais em frigorífico ou abatedouro inspecionado, além de 
 investigação soroepidemiológica de animais contactantes. 
 9 
 Além disso, nas áreas de criação de bovinos ou búfalos com abortamento recente pela Brucella , no 
 qual os eqüinos possuem acesso, recomenda-se impedir o ingresso de eqüinos e ruminantes por no mínimo 
 seis meses, cortar a pastagem, bem como o destinar corretamente as carcaças e os líquidos fetais, devido a 
 B. abortus permanecer viável por seis meses ou mais em pastos contaminados por fetos e líquidos de 
 placenta de fêmeas bovinas ou bubalinas que abortaram. Ademais, realizar a desinfecção com cal ou 
 creolina de todo o material que teve contato com o feto, membranas fetais e líquidos fetais contaminados 
 3 Considerações finais 
 A brucelose equina trata-se de uma doença com potencial zoonótico, de evolução crônica, sendo 
 causada predominantemente por Brucella abortus . Em equinos, não é caracterizada por distúrbios 
 reprodutivos, apresentando-se principalmente por abscessos em região cervical, bursas, tendões e 
 articulações. A transmissão ocorre na maior parte dos casos pelo consumo de água e pastos contaminados, 
 principalmente em propriedades endêmicas para brucelose bovina. Não se recomenda o tratamento, e os 
 animais infectados devem ser encaminhados para abate sanitário. O diagnóstico microbiológico é definitivo, 
 e o sorológico é realizado utilizando, basicamente, as mesmas provas recomendadas para bovinos, apesar de 
 não haver padronização de interpretação para a espécie eqüina. 
 Referências bibliográficas 
 OLIVEIRA, M. S. C., et al. Prevalência De Brucelose Em Equídeos De Tração No Semiárido Do 
 Nordeste Brasileiro, Revista de Agroecologia no Semiárido , v. 6, n.2, p. 07, 2022. 
 PINTO, L. H. G. et al, Importância Da Notificação De Brucelose Equina, CISPVET , 2021. 
 RIBEIRO, G. M. et al. Brucelose eqüina: aspectos da doença no Brasil, Rev Bras Reprod Anim , Belo 
 Horizonte, v.32, n.2, p.83-92, 2008. 
 THOMASSIAN, Armen. Enfermidades dos cavalos. 4. ed. Sao Paulo: Livraria Varela , p. 537, 2005.

Outros materiais