Buscar

Líquidos Biológicos- UFRJ 2020

Prévia do material em texto

RICARDO BRITO JUNIOR 
UFRJ 
2020 
FLUÍDOS (LÍQUIDOS) 
BIOLÓGICOS 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 1 
Exame do Líquor (LCR) e 
 Diagnóstico Laboratorial de Meningites 
• É o terceiro principal fluido biológico. 
 
• Descoberto em 1764 pelo italiano Cotugno. 
• 1ª punção lombar para fins diagnósticos no Brasil /RJ 
por Miguel Couto em 1897. 
 
• Funções: 
 Distribuição de nutrientes para o tecido nervoso; 
 Remoção de resíduos metabólicos; 
 Produção de uma barreira mecânica dos traumas ao 
cérebro e medula espinhal; 
 
PATRICK,M.L. 2016 
Medicina Laboratorial 2020 2 
Líquido Cérebro – Espinal 
 
•Fluido aquoso e incolor que ocupa o espaço 
subaracnóideo e as cavidades ventriculares. 
•Proteção mecânica e química. 
•Princípio de Pascal. 
•Princípio de Arquimedes. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 3 
Líquido Cérebro – Espinal 
 
• Sua formação envolve transporte ativo de sódio e 
cloro, através das células ependimárias dos plexos 
corióides, acompanhado de certa quantidade de água 
necessária à manutenção do equilíbrio osmótico. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 4 
Medicina Laboratorial 2020 5 
Medicina Laboratorial 2020 6 
Medicina Laboratorial 2020 7 
Medicina Laboratorial 2020 8 
Medicina Laboratorial 2020 9 
Medicina Laboratorial 2020 10 
Coleta do líquor 
• Local: 3º e 4º ou 4º e 5º vértebra. 
• Em único frasco: 
• 1º microbiologia, 
• 2º contagem de células e diferencial 
• 3º bioquímica 
 
• Padrão ouro de coleta - 3 tubos: 
 
1. 1) Exame bioquímico (glicose, proteínas, lactato) e Exame Imunológico (pesquisa de antígenos 
bacterianos e PCR) (frasco estéril) 
 
2. 2) Exames microbiológicos, cultura de líquor, exames diretos (frasco estéril) 
 
 3) Citologia e citometria. (frasco estéril, com EDTA). 
 
 
 
 
Tubo 1: bioquímica e sorologia; Tubo 2: microbiologia; Tubo 3: contagem de células e 
diferencial (hematologia). 
 
 
P
A
T
R
IC
K
,M
.L
. 
2
0
1
6
 
Medicina Laboratorial 2020 11 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 12 
Medicina Laboratorial 2020 13 
Medicina Laboratorial 2020 14 
Medicina Laboratorial 2020 15 
Medicina Laboratorial 2020 16 
Medicina Laboratorial 2020 17 
Medicina Laboratorial 2020 18 
Pressão do Líquor 
 
•Adultos : 90 – 180 mmH2O 
 
•Bebês e crianças de pouca idade: 10 – 100mmH2O 
 
•Ligeiramente mais elevada em pacientes obesos. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 19 
Pressão do Líquor 
 
•Aumentada: tensão, ICC, meningite, SVCS, trombose dos 
seios venosos, edema cerebral, lesões de massa encefálica, 
hipo-osmolalidade e condições que inibem a reabsorção 
do LCE. 
Obs: O aumento da pressão de abertura pode ser a única 
anormalidade na meningite criptocócica e no pseudo-
tumor cerebral. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 20 
Pressão do Líquor 
 
•Diminuída: bloqueio medular subaracnóide, desidratação, 
colapso circulatório e extravasamento de LCE. 
Obs: Uma queda dramática na pressão, após remoção de 
1 a 2mL, sugere herniação ou bloqueio espinal acima do 
sítio de punção. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 21 
Medicina Laboratorial 2020 22 
Medicina Laboratorial 2020 23 
Medicina Laboratorial 2020 24 
Cuidados durante a coleta do Líquor 
 
•Tubo 1: Bioquímica e Imunologia. 
•Tubo 2: Microbiologia. 
•Tubo 3: Contagem de células e diferencial. 
•Um tubo adicional pode ser inserido na terceira posição 
para citologia se houver suspeita de malignidade. 
•Refrigeração. 
•Material dos tubos. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 25 
Indicações e testes recomendados 
 
•Infecções das meninges. 
•Hemorragia subaracnóide. 
•Malignidade do SNC. 
•Doenças desmielinizantes. 
 
 ( American College of Physicians, 1986) 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 26 
Aspecto macroscópico do LCE 
 
•Retículo Fibrinoso: Indica reação meníngea e ocorre com 
frequência na meningite tuberculosa. 
•Opalescente ou turvo: Reação meníngea aguda, 
particularmente meningite purulenta. 
•Purulento: Representa um grau mais avançado do tipo 
precedente. 
•Formação de coágulo: Acidentes de punção, bloqueio 
espinal completo (síndrome de Froin) e Meningites 
tuberculosa e supurativa. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 27 
Aspecto Macroscópico do LCE 
 
•Líquido Rosa-Avermelhado (hemorrágico): hemorragia 
subaracnóide, intracerebral, infarto ou acidente de 
punção. 
•Xantocromia rosa claro a alaranjado: 
 - resultante da oxiemoglobina. 
 - detectada a partir de 2 a 4h após a manifestação de 
hemorragia subaracnóide. 
Obs: Podem ser necessárias 12h para sua detecção. O 
pico máximo ocorre com 24 a 36h, desaparecendo 
gradativamente em 4 a 8 dias. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 28 
Aspecto Macroscópico do LCE 
 
•Xantocromia Amarela: 
 - decorrente da bilirrubina. 
 - desenvolve-se 12h após o sangramento subaracnóide. 
 - atinge o máximo com 2 a 4 dias. 
 - pode persistir por 2 a 4 semanas 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 29 
Aspectos Macroscópicos do LCE 
•Xantocromia visível: 
 a) Lise artificial dos eritrócitos decorrente de 
contaminação com detergentes, ou demora em refrigerar a 
amostra antes do exame. 
 
 b) Bilirrubina nos pacientes ictéricos. 
 
 c) Concentrações de proteína no LCR acima de 150 
mg/dl (punções traumaticas com > 100.000 eritrócitos/ ml, 
bloqueio espinal completo polineurite e meningite) 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 30 
Aspecto Macroscópico do LCE 
 
 d) Contaminação com detergente metiolato. 
 
e) Carotenóides. 
 
f) Melanina Terapia . 
 
Obs.: A Espectrofotometria pode ajudar a diferenciar os 
pigmentos derivados da hemoglobina de outros pigmentos 
xantocrômico. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 31 
• Distinção entre punção traumática e hemorragia 
patológica. 
Coleta nos três tubos. 
 
 
•Xantocromia: Evidência microscópica de 
eritrofagocitose ou macrófagos carregados com 
hemossiderina. 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 32 
• Acidente na punção: 
- Teste dos 3 tubos: à medida que se 
trocam os tubos, o líquor clareia 
(há redução do número de hemácias) 
 
- Após centrifugação: o sobrenadante 
límpido. Formação de coágulos 
 
 - As hemácias estão íntegras 
 
• Hemorragias no SNC: 
 - Teste dos 3 tubos: após troca de tubos o 
líquor não se modifica 
(continua hemorrágico) 
 
 - Sobrenadante eritrocrômico ou 
xantocrômico após a centrifugação 
 
- Hemácias degeneradas 
P
A
T
R
IC
K
,M
.L
. 
2
0
1
6
 
Medicina Laboratorial 2020 33 
Medicina Laboratorial 2020 34 
Medicina Laboratorial2020 35 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Análise Bioquímica 
 
•Proteínas Totais: Mais de 80% do conteúdo de proteínas do 
LCE derivam do plasma, em concentrações inferiores há 1% da 
sua concentração sanguínea. 
 
•O aumento de proteínas do LCE serve como indicador útil , 
porém não específico de doenças. 
 
 
Medicina Laboratorial 2020 36 
Proteínas 
 
•Ventrículos – 5 a 15 mg/dL 
•Cisternas e Cavidade Lombar – 15 a 25 mg/dL 
•Recém – nascidos : Limite superior – 150mg/dL 
•Prematuros : Limite superior – 400 mg/dL 
 
Obs.: Os volumes lombares médios em adultos variam de 23 
a 38 mg/dL, com intervalo aceito de 15 a 45 mg/dL 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 37 
Proteínas 
 
•Hiperproteínorraquia: Aumento da permeabilidade da BHE, 
reabsorção diminuída nas granulações aracnóides, obstrução 
mecânica do LCE, aumento da síntese intratecal de Ig. 
 
•Hipoproteínorraquia: Taxa elevada na renovação do LCE, 
imediata renovação de grande volume do LCE, TCE, pressão 
intracraniana aumentada, hipertireoidismo. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 38 
Índice da Albumina 
 
•Índice de Albumina: LCE/soro 
Albumina LCE mg/dL 
----------------------------- 
Albumina soro g/dL 
 
•Índice <9: é consistente com uma barreira intacta. 
•Índice: 9 a 14: ligeira alteração. 
•Índice 14 a 30: alteração moderada. 
•Índice 30 a 100: alteração grave. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 42 
Índice da Albumina 
 
Índice encontra-se ligeiramente elevado em bebês até os 6 
meses de idade. 
 
 
A punção traumática invalida o cálculo do índice. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 43 
Índice IgG 
 
IgG LCE/soro = IgG LCE g/dL 
 ---------------- 
 IgG soro g/dL 
 
O índice pode estar aumentado por síntese de IgG intratecal 
ou passagem aumentada da IgG plasmática em presença de 
ruptura da BHE. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 44 
Glicose 
 
50 a 80 mg/dL 
 
Jejum de 2 - 4h 
 
Razão normal LCE/Plasma 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 45 
Glicose 
 
• Hipoglicorraquia: Meningites bacteriana, tuberculosa e 
fúngica. Meningoencefalite viral, tumor maligno, 
sarcoidose, cisticercose, triquinose, amebíase (Naegleria), 
Albumina radiodada, hemorragia subaracnóide, 
hipoglicemia sintomática. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 46 
Glicose 
 
• Hiperglicorraquia: Não são de significado clínico, 
refletindo as concentrações de glicose sanguínea dentro 
de duas horas da punção lombar. A punção traumática 
pode produzir um aumento espúrio. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 47 
Lactato 
 
•Adultos: 9,0 a 26,0 mg/dL (1,0 a 2,0mmol/L) 
 
•Recém – nascidos: 10 a 60 mg/dL (1,1 a 6,7mmol/L) 
 
•Meningite Viral: <25 mg/dL (2,8mmol/L) 
 
•Meningite Bacteriana: > 35 mg/dL (3,9mmol/L) 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 48 
LDH 
 
•LDH: Adultos até 40 U/L 
 Recém - nascidos até 70 U/L 
 
• Hemorragia traumática X Hemorragia intracraniana. 
 
•Meningite Bacteriana X Meningite Viral 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 49 
CPK 
 
•CPK: Até 5 U/L 
 
•CPK MM e CPK MB: contaminação com sangue. 
 
•CPK BB: doenças desmielinizantes, convulsões, derrame, 
tumores malignos, meningite e lesão de cabeça. 
 
•CPK – mt: TCE. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 50 
CPK 
 
•OBS: As determinações da CPK BB podem fornecer 
informações prognosticas para pacientes com lesão cerebral 
global por isquemia ou anóxia. 
 
•As atividades de CPK BB no LCE não devem ser obtidas por 
pelo menos 24h após parada cardíaca ou pulmonar. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 51 
Glutamina 
 
•Glutamina: até 20 mg/dL 
 
 
•35 mg/dL : encefalopatia hepática e encefalopatia hipercapnia 
ou sepse. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 52 
Eletrólitos e Equilíbrio Ácido – Base 
 
•Cloro: uma ou duas vezes maior que o nível sérico. 
•Hipocloretorraquia: Meningites Bacteriana e Tuberculosa e 
Criptococose. 
 
•OBS: Não existem indicações clinicamente úteis para a 
quantificação de sódio, potássio, cloro, cálcio ou magnésio no 
LCE. As determinações de pH, PCO2 e bicarbonato não são 
práticas para os cuidados com o paciente. (HENRY, 2008). 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 53 
Valor de Referência dos Eletrólitos 
 
•Osmolalidade: 280 – 300 mOsm/L 
•Sódio: 135 – 150 mEq/L 
•Potássio: 2,6 – 3,0 mEq/L 
•Cloreto: 113 – 130 mEq/L 
•Conteúdo de Dióxido de Carbono: 20 – 25mEq 
•Cálcio: 2,0 – 2,8 mEq/L 
•Magnésio: 2,3 – 3,0 mEq/L 
•Lactato: 10 – 22 mg/dL 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 54 
Valor de Referência de pH 
 
Líquido lombar: 7,28 – 7,32 
 
 
 
Líquido da cisterna: 7,32 – 7,34 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 55 
Marcadores Tumorais 
 
•Antígeno carcinoembrionário (CEA) 
 
•Gonadotrofina coriônica humana (hCG) 
 
•Alfa1 – fetoproteína 
 
•Ferritina 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 56 
P
A
T
R
IC
K
,M
.L
. 
2
0
1
6
 
Medicina Laboratorial 2020 57 
Contagem de células e diferencial 
 
•Linfócitos: Adultos: 34 – 62 Crianças: 18 – 20 
•Monócitos: Adultos: 20 – 36 Crianças: 22 – 72 
•Neutrófilos: Adultos: 2 – 5 Crianças: 3 – 5 
•Histiócitos: Adultos: Raros; Crianças: 4 -5 
•Células Ependimárias: Adultos: Raras; Crianças: Raras 
•Eosinófilos: Adultos: Raros; Crianças: Raros. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 58 
Neutrófilos 
 
Neutrofilia: Meningites, Abcessos cerebrais, Empiema 
subdural, Radiculopatia por CMV, Após convulsões, Após 
hemorragias no SNC, Após infarto no SNC, Reação de 
punção lombar repetida, Injeção de materiais estranhos no 
espaço subaracnóide, Tumor metastático em contato com 
LCE. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 59 
Linfócitos 
 
Linfocitose: Meningites, Parasitoses, Distúrbios 
degenerativos, Sarcoidose nas meninges, Polineurite, 
Periarterite envolvendo o SNC. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 60 
Plasmocitose 
 
Plasmocitose: Meningite tuberculosa, Meningoencefaitesifilítica, Esclerose múltipla, Parasitoses do SNC, 
Panencefalite sbaguda esclerosante, Síndrome de Guillan 
– Barre, Sarcoidose, Infecções virais agudas. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 61 
Eosinófilos 
 
Eosinofilia: Parasitoses, Micoses, Reação a material 
estranho, Polineurite aguda, meningite eosinofílica 
idiopática, Infecções por Riquétsias, leucemia, linfoma, 
Distúrbios mieloproliferativos, Tumores primários 
cerebrais, Neurossarcoise 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 62 
Medicina Laboratorial 2020 63 
Medicina Laboratorial 2020 64 
Medicina Laboratorial 2020 65 
Outros valores de Referência 
•Amônia: 10 -35 Microg./dL 
•Glutamina: 5 – 20 mg/dL 
•Creatinina: 0,6 – 1,2 mg/dL 
•Glicose: 50 – 80 mg/dL 
•Ferro: 1 -2 microg./dL 
•Fósforo: 1,2 – 2,0 mg/dL 
•Lipídios totais: 1 – 2 mg/dL 
•Uréia: 6 – 16 mg/dL 
•Urato: 0,5 – 3,0 mg/dL 
•Zinco: 2 – 6 microg. /dL 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 66 
▬ QUESTÃO COMENTADA ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ 
LCR não produz Imunoglobulina! 
Dissociação proteico-citológica: 
proteinorraquia sem pleocitose. 
 
Banda oligoclonal por ruptura da 
barreira hematoencefálica. 
Em 2015, surgiu a suspeita de que 
o vírus Zika possa desencadear a 
síndrome de Guillain-Barré em pacientes 
com propensão à doença.!!! 
Medicina Laboratorial 2020 67 
https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADrus_Zika
https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADrus_Zika
Medicina Laboratorial 2020 68 
Diagnóstico Diferencial de Meningites 
BACTERIA
NA 
VIRAL 
TUBERCUL
OSA 
FÚNGICA 
contagem elevada 
de 
leucócitos 
contagem elevada 
de 
leucócitos 
contagem elevada 
de 
leucócitos 
contagem elevada 
de 
leucócitos 
presença 
predominante 
de neutrófilos 
presença 
predominante 
de linfócitos 
presença de 
linfócitos 
e monócitos 
presença de 
linfócitos 
e monócitos 
grande elevação dos 
níveis de proteínas 
elevação moderada 
nos níveis de 
proteínas 
elevação moderada 
ou 
acentuada dos 
níveis 
de proteínas 
elevação 
moderada ou 
acentuada dos 
níveis 
de proteínas 
acentuada 
diminuição dos 
níveis de glicose 
Níveis normais de 
glicose 
Níveis baixos de 
glicose 
níveis normais ou 
baixos de glicose 
Ácido lático ↑ N ↑ ↑ 
LDH ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ 
P
A
T
R
IC
K
,M
.L
. 
2
0
1
6
 
Medicina Laboratorial 2020 69 
Medicina Laboratorial 2020 70 
Medicina Laboratorial 2020 71 
Medicina Laboratorial 2020 72 
Líquido Sinovial 
 
Membrana Sinovial: Tecido que reveste as bainhas sinoviais, 
bursas e cápsula articular. 
 
 
Líquido Sinovial: Ultrafiltrado do plasma sanguíneo 
combinado com Ácido Hialurônico. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 73 
Coleta da Amostra 
 
•Artrocentese 
•Cuidados necessários 
•Quantidade de aspirado 
•Tubos e anticoagulantes 
•Heparina > 125 U/mL possui efeito inibidor sobre algumas 
bactérias. 
•Manipulação da articulação 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 74 
Testes recomendados de rotina 
 
•Exame macroscópico 
•Contagem de leucócitos e diferencial 
•Coloração de Gram e cultura bacteriana 
•Exame dos cristais com microscópio de polarização e 
compensador 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 75 
Testes recomendados em determinadas 
circunstâncias 
 
•Colorações para fungos 
•PCR 
•Glicose diferencial para soro – sinóvia 
•Lactato 
•Complemento 
•Enzimas 
 
 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 76 
Exame Macroscópico 
 
•Volume total 
•Cor: 
 -Normal: Incolor 
 - Xantocromia: Infecção 
 - Vermelho – acastanhado: Hemartrose 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 77 
Exame Macroscópico 
 
•Aspecto: 
 - Límpido 
 - Translúcido: Leucocitose 
 - Turvo: Fibrina, células sinoviais degenerativas, partículas 
de plástico e metal, fragmentos cartilaginosos. 
 - Opaco: Cristais 
 - Oleoso: Cristais de colesterol 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 78 
Contagem de células e diferencial 
 
•Leucócitos: 150 – 200/microL 
•Neutrófilos: 
 - 20% dos leucócitos 
 - Neutrofilia: Processo inflamatório, Artrite reumatóide, 
artrite gotosa, alterações degenerativas. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 79 
Contagem de células e diferencial 
 
•Linfócitos: 
 - 15% dos Leucócitos 
 - Linfocitose: Artrite reumatóide, infecções crônicas e 
distúrbios colagenosos. 
•Monócitos e Macrófagos: 
 - 65% dos Leucócitos 
 - Monocitose: Artrite viral, LES e distúrbios do tecido 
conjuntivo. 
 - Células de Reiter 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 80 
Contagem de células e diferencial 
 
•Eosinófilos: 
 - 2% dos Leucócitos 
 - Eosinofilia: Artrite reumatóide, Febre reumática, 
Carcinoma metastático, Doença de Lyme, Parasitoses, 
Urticária crônica e Angioedema 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 81 
Contagem de células e diferencial 
 
•Células sinoviais: não tem significado patológico; 
assemelham-se às células mesoteliais. 
•Corpos lipídicos: Trauma, Necrose Asséptica, Artrite 
reumatóide; podem causar aumentos espúrios na contagem 
automatizada dos leucócitos. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 82 
Exame dos Cristais 
 
Artrite Gotosa: refere-se ao processo de deposição dos 
cristais no tecido articular; no qual essa deposição reflete 
em uma reação inflamatória. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 83 
Tipos mais comuns de Cristais 
 
•Urato Monossódico Monoidratado (gota úrica) 
•Pirofosfato de cálcio diidratado (condrocalcinose ou 
pseudogota) 
•Fosfatos de cálcio básicos (gota de apatita) 
•Oxalato de cálcio (gota de oxalato) 
•Lipídios (gota lipídica) 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 84 
Urato Monossódico Monoidratado 
 
•Bastonetes em forma de agulha. 
 
•90% dos casos de artrite gotosa. 
 
•Gota úrica aguda: cristais intracelulares. 
 
•Observados na Artrite Asséptica. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 85 
Pirofosfato de Cálcio diidratado 
 
•Rombóides, bastonetes ou triângulos. 
•Artrite degenerativa. 
•Artrites associadas com Hipomagnesemia. 
•Hemocromatose. 
•Hiperparatireoidismo 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 86 
Fosfato de Cálcio básico 
 
•Hidroxiapatita: 
 - Não é importante para o diagnóstico, prognóstico ou como 
diretrizdo tratamento. 
•Oxalato de Cálcio: 
 - Envelopes bipiramidais. 
 - Artropatia associada com diálise. 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 87 
Cristais de Lipídeos 
 
•Formato esférico ou Cruz de malta. 
 
 
•Artrite Aguda. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 88 
Corticoesteróides cristalizados 
 
•Aspecto similar ao UMS ou PPCD. 
 
 
•Possui bordas rombudas e denteadas, sem estrutura de crista 
definida. 
 
 
•Injeções intra – articulares. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 89 
Cristais de Colesterol 
 
•Formato rombóide ou de agulha com bordas denteadas. 
 
 
•Artrite Tuberculosa. 
 
 
•Artrite Reumatóide. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 90 
Talco 
 
•Partículas arredondadas com aspecto de cruz de malta. 
 
 
•Cirurgia Articular. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 91 
Teste de Coágulo de Mucina 
 
•Classificação: 
 - Bom 
 - Razoável 
 - Ruim: Artrites inflamatórias 
•Ácido Acético. 
•OBS: O teste do coágulo de mucina é de pouca utilidade 
clínica. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 92 
Glicose 
 
•Jejum de 8h 
 
 
•Diferencial soro – sinóvia: 10mg/dL. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 93 
Líquido Pleural 
 
•Pleuras: 
•Formação: 
•Reabsorção: 
•Efusão: 
•Pneumotórax: 
•Hidrotórax: 
•Hemotórax: 
•Quilotórax: 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 94 
Coleta da Amostra 
 
•Toracocentese: indicada para qualquer efusão pleural não 
diagnosticada ou para fins terapêuticos em pacientes com 
efusões sintomáticas maciças. 
•Regra dos três tubos: 
•Quanto maior a quantidade de amostra, melhor para a 
microbiologia. 
•Citologia: pode ser armazenada por até 48h no refrigerador 
com resultados satisfatórios. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 95 
Transudato e Exsudato 
 
•Transudato: Geralmente são bilaterais devido as condições 
sistêmicas que levam ao aumento da pressão hidrostática 
capilar ou a redução da pressão osmótica capilar. 
•As efusões malignas raramente podem ser transudativas. 
•Exsudato: são mais frequentemente unilaterais, associados 
com distúrbios localizados que aumentam a permeabilidade 
vascular ou interferem com a reabsorção linfática. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 96 
Exame Macroscópico 
 
•Amarela ou palha, límpido, inodores e não coagulam: 
Transudatos. 
•Hemorrágico: Hemotórax, malignidade ou infarto pulmonar, 
punção traumática. 
•Turvo: Infecções. 
•Leitoso: Efusões quilosa ou pseudo - quilosa. 
OBS: amostras turvas, leitosa ou sanguinolenta devem ser 
centrifugadas e o sobrenadante analisado. 
Sobrenadante claro: elementos ou detritos celulares. 
Turbidez persistente: efusões quilosas ou pseudo – quilosas 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 97 
Efusão Quilosa 
 
•Início: súbito. 
•Aspecto: branco leitoso ou amarelo sanguinolento. 
•Contagem de células e diferencial: Linfocitose. 
•TAG: >110 mg/dL. 
•Eletroforese de Lipoproteínas: quillomícrons presentes. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 98 
Efusão Pseudoquilosa 
 
•Início: gradual. 
•Aspecto: Leitoso ou esverdeado, ou com reflexo metálico. 
•Contagem de células e diferencial: reação celular mista, 
cristais de colesterol. 
•TAG: <50 mg/dL 
•Eletroforese de Lipoproteínas: quilomícrons ausentes. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 99 
Contagem de Células e diferencial 
 
•Transudato: Leucócitos < 1000/micro.L 
•Exsudato: Leucócitos >1000/micro. L 
•Neutrofilia (>50%): Pneumonia, Infarto pulmonar, 
pancreatite, tuberculose. 
•Linfocitose (>50%): Infecção viral, malignidade, quilotórax 
verdadeiro, pleurite reumatóide, LES, efusões urêmicas. 
•Eosinofilia (10%): Pneumotórax, trauma, infarto pulmonar, 
ICC, parasitose, micose, síndrome de hipersensibilidade, 
drogas, doenças reumatológicas, idiopática. 
•Células Mesoteliais: comuns nos processos inflamatórios. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 100 
Proteínas 
 
• Pouco valor no diagnóstico; 
 
 
• Diferencia Transudato de Exsudato. 
 
 
• Eletroforese semelhante ao soro. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 101 
Glicose 
 
•Concentrações semelhantes as séricas. 
 
•Glicose <60 mg/dL ou 0,5: Pleurite reumatóide, exsudatos 
parapneumônicos purulentos, malignidade, tuberculose, 
pleurite lúpica e ruptura esofagiana. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 102 
Lactato 
 
•V.R: 90 mg/dL 
 
 
•Diagnóstico rápido de pleurite infecciosa. 
 
 
•Lactato >90mg/dL: Tuberculose, efusões malignas. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 103 
Enzimas e pH 
 
•Amilase > que níveis séricos: Pancreatite, ruptura esofagiana 
ou efusão maligna. 
•LDH: diferenciar exsudato de transudato; infecções 
bacterianas. 
•pH: Maior que 7,30: exsudato parapneumônico. 
 Menor que 7,20: Efusão parapneumônica complicada 
(cirúrgica); pleurite reumatóide, malignidade e empiema 
iminente. 
 Menor que 6,0: ruptura esofagiana; empiema grave. 
•Urinotórax: presumivelmente produzida por drenagem 
linfática dos acúmulos perirrenais na cavidade pleural. São 
efusões transudativas em conseqüência do seu baixo teor de 
proteínas. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 104 
Lipídeos 
 
•As determinações de lipídeos são úteis para determinar 
efusões quilosas. 
•TAG >110 mg/dL: Efusão quilosa. 
•TAG 60 a 110 mg/dL: exigem eletroforese de lipoproteínas 
para quilomícrons. 
•Concentrações elevadas e a presença de cristais de 
colesterol raramente são encontrados nas efusões pleurais de 
muitos anos. 
•Colesterol: diferencia transudato de exsudato. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 105 
Marcadores Tumorais 
 
•Embora não sejam recomendados como exames rotineiros, 
os marcadores tumorais podem ser um auxiliar importante nos 
exsudatos não inflamatórios enigmáticos com citologia. 
 
•CEA: Talvez seja o marcador para malignidade mais útil dos 
líquidos corporais, mas os valores relatados variam 
consideravelmente. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 106 
Líquido Pericárdico 
 
•Volume normal: 10 a 50mL. 
•A efusão pericárdica pode ser produzida por processos 
inflamatórios, malignos ou hemorrágicos. 
 
•Pacientes infectados com HIV comumenteapresentam 
efusões pericárdicas assintomáticas, que podem se tornar 
grandes na doença avançada. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 107 
Líquido Pericárdico 
 
•Muitos dos exames laboratoriais recomendados descritos 
para líquido pleural também se aplicam às efusões 
pericárdicas. 
 
•Ainda não está definitivamente estabelecido o valor das 
solicitações dos exames para separar os acúmulos 
pericárdicos em transudatos e exsudatos. (HENRY, 2008). 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 108 
Exame Macroscópico 
 
•Amarelo pálido e claro: normal. 
•Turvo: infecção; malignidade. 
•Palha e límpida: Uremia. 
•Hemorrágica: hemorragia ou aspiração inadvertida do sangue 
do coração. 
•Leitoso: Efusão Quilosa ou Pseudoquilosa 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 109 
Diferenciação de sangue Hemorrágico e 
Cardíaco 
 
•Sangue cardíaco: hematócrito comparável ao do sangue 
periférico; gases sanguíneos semelhantes ao venoso e 
arterial; coagula. 
 
•Efusão Hemorrágica: hematócrito inferior ao do sangue 
periférico; pH e PO2 inferiores à PCO2; raramente coagula. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 110 
Efusão Pericárdica 
 
•Infecção: 
•Neoplasia: 
•IAM: 
•Hemorragia: 
•Síndromes Metabólicas: 
•Uremia: 
•Mixedema: 
•Doença Reumática: 
•LES: 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 111 
Contagem de células e diferencial 
 
•O Hematócrito e o Hemograma documentam a presença de 
uma efusão hemorrágica mas são de valor limitado para o 
diagnóstico diferencial. 
 
•Leucocitose >10.000/micro.L: pericardite bacteriana, 
tuberculose, malignidade. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 112 
Contagem de células e diferencial 
 
•A contagem diferencial de leucócitos pouco contribui para a 
informação diagnóstica. 
 
•Os carcinomas metastáticos do pulmão e da mama são mais 
freqüentemente observados nas efusões pericárdicas 
malignas. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 113 
Análise Bioquímica 
 
• Os parâmetros bioquímicos para o diagnóstico das 
efusões pericárdicas não foram estudados com a mesma 
intensidade que outros líquidos corporais. A aplicação 
rotineira desses exames deve aguardar novas evidências 
de sua aplicabilidade (HENRY, 2008). 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 114 
Proteínas 
 
•Transudatos: <3,0 g/dL 
 
•Exsudatos: > 3,0 g/dL 
 
•As proteínas não têm poder discriminatório no valor 
diagnóstico. (HENRY, 2008). 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 115 
Glicose 
 
• Valores inferiores a 40 mg/dL podem existir nas efusões 
bacterianas, tuberculose, efusão reumática e maligna. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 116 
pH 
 
• Menor que 7,10: condições purulentas ou reumáticas. 
 
• Intervalo entre 7,20 e 7,40: Malignidade, uremia, 
tuberculose e distúrbios idiopáticos. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 117 
Lipídeos 
 
• A separação das efusões quilosas verdadeiras e 
pseudoquilosas pode ser facilitada pelas determinações 
de TAG e colesterol, bem como pela eletroforese de 
lipoproteínas para quilomícrons. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 118 
Enzimas 
 
• LDH: > que 300 U/L ou uma razão maior que 0,6 junto com 
proteínas totais >3,0 g/dL (razão 0,5); diferencia transudato de 
exsudato. 
• Adenosina desaminase: Teste auxiliar para pericardite 
tuberculosa. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 119 
Líquido Peritoneal 
 
•Localização: 
•Volume: 
•Formação 
•Reabsorção: 
•Volume normal: 
•Líquido Ascítico: 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 120 
Coleta da Amostra 
 
• Paracentese: 
 
• Quantidade de líquido: 30 – 100 mL 
 
• As amostras para contagem celular devem ser colocadas em 
tubo de venopunção anticoagulado com EDTA. 
 
• As amostras para cultura devem incluir frascos para 
hemocultura que são inoculadas à beira do leito com líquido 
ascítico. 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 121 
Transudato 
 
• Pressão hidrostática aumentada ou pressão oncótica 
plasmática reduzida. 
• ICC 
• Cirrose hepática. 
• Hipoproteinemia. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 122 
Exsudato 
 
• Permeabilidade capilar aumentada ou reabsorção linfática 
reduzida. 
• Infecções. 
• Neoplasias. 
• Trauma. 
• Pancreatite. 
• Peritonite por Bile. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 123 
Efusões Quilosas 
 
• Dano ou obstrução ao ducto torácico. 
• Linfoma. 
• Carcinoma. 
• Tuberculose. 
• Infestação parasitária. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de Especialização em Ciências do Laboratório Clínico 
Medicina Laboratorial 2020 124

Continue navegando