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FUNDAMENTOS EM HEMATOLOGIA CLINICA

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Fundamentos da Hematologia 
Clínica e Laboratorial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.: Me. Eder Cardoso Guimarães 
 
FUNDAMENTOS DA HEMATOLOGIA 
EDER CARDOSO GUIMARÃES 
	
   	
  
1	
  
 
 
ÍNDICE 
 
HEMATOLOGIA CLÍNICA -------------------------------------------------------------------- 04, 22 a 31 
HEMATOLOGIA LABORATORIAL -------------------------------------------------------- 04, 09, 10, 11,12 
HEMATOLOGIA MOLECULAR ------------------------------------------------------------- 17 
HEMATOPOIESE E TRATAMENTO EM CLÍNICAS INTEGRADAS -------------- 6, 7, 8, 19 
ETAPAS PRÉ-CLÍNICAS E IMPORTÂNCIA NA HEMATOLOGIA ---------------- 6, 7, 8, 9, 10, 11 
SÍNTESE DE Hb e Fe -------------------------------------------------------------------------- 13, 14, 15 
CLASSIFICAÇÃO DAS ANEMIAS ---------------------------------------------------------- 22 a 31 
BIBLIOGRAFIA ----------------------------------------------------------------------------------- 32 
 
FUNDAMENTOS DA HEMATOLOGIA 
EDER CARDOSO GUIMARÃES 
	
   	
  
2	
  
HEMATOLOGIA 
CONCEITO RESTRITO: 
Hematologia é o ramo da biologia que estuda o sangue. A palavra é composta pelos radicais 
gregos: Haima (de haimatos), "sangue" e lógos, "estudo, tratado, discurso". 
 
CONCEITO GERAL: 
- A Hematologia estuda, particularmente, os elementos figurados do sangue: hemácias 
(glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas. 
- Estuda, também, a produção desses elementos e os órgãos onde eles são produzidos 
(órgãos hematopoiéticos): medula óssea, baço e linfonodos. 
- Por outro lado, além de estudar o estado de normalidade dos elementos sangüíneos e dos 
órgãos hematopoíéticos, estuda também as doenças a eles relacionadas. 
- Detecta também anomalias celulares sanguíneas, estado imunitário e presença de 
parasitismo. 
 
HEMATOLOGIA CLÍNICA 
Área profissional de suma importância na saúde, a qual requer alto comprometimento ético e 
responsabilidade do profissional. 
O Laboratório – antigamente pouco explorado pelos médicos. 
Atualmente, amplamente utilizado – detecção de distúrbios orgânicos (doenças), confirmação 
de diagnóstico clínico, prevenção de doenças ou acompanhamento terapêutico. 
 
 
Conhecimento do Corpo Humano 
 
Citologia Histologia/Embriologia Anatomia Fisiologia Bioquímica 
 
Patologia / Farmacologia 
 
Hematologia Clínica 
 
Hematologia Laboratorial 
 
FUNDAMENTOS DA HEMATOLOGIA 
EDER CARDOSO GUIMARÃES 
	
   	
  
3	
  
Habilidade & Competência: 
 
• O Curso de Hematologia – visa fornecer todos os subsídios e todo o conhecimento 
necessário para habilitar o aluno na prática técnica da área da Hematologia voltadas a 
Patologia Clínica. 
 
• O Profissional Hematologista – atua como Técnico em Hematologia Clínica, ou seja, em 
Laboratório de Análises Clínicas, sendo capacitado a exercer: 
 - Atendimento ao público; 
 
 - Coleta (triagem e distribuição), manipulação 
e preparo de amostras (insumos e 
amostras); 
 
 - Procedimentos técnicos (analíticos), sendo: 
 - Confecção dos exames no setor de hematologia; 
 - Liberação dos laudos hematológicos; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FUNDAMENTOS DA HEMATOLOGIA 
EDER CARDOSO GUIMARÃES 
	
   	
  
4	
  
EXAME LABORATORIAL 
HEMATOLOGIA LABORATORIAL 
 
Consiste na realização dos exames hematológicos, desde a informação ao paciente, 
coleta, preparação do sangue, confecção dos exames manuais, semi-automátizados ou 
automatizados, descarte de materiais, manutenção dos insumos e liberação do resultado. 
 
 
CLÍNICA & LABORATORIAL 
A avaliação clínica consiste na identificação das queixas trazidas pelo paciente e também na 
investigação da história atual e pregressa de como a patologia se instalou. 
Investigar, com base no diagnóstico clínico, o relato das atividades que realiza no dia a dia e 
das práticas realizadas ao longo da vida, ou seja, o histórico de vida. 
 
A CLÍNICA É SOBERANA EXAME LABORATORIAL 
- Sinais e sintomas do paciente; - Resultados normais e alterados; 
- Qual é a hipótese? - Qual é o significado clínico? 
- O que se espera do exame? - Confirmou ou não a clínica? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
  
FUNDAMENTOS DA HEMATOLOGIA 
EDER CARDOSO GUIMARÃES 
	
   	
  
5	
  
 
 
 
ETAPAS DO EXAME: 
 
ü A realização do exame laboratorial passa por três etapas diferentes. 
ü Os profissionais de laboratórios de clínicos devem ficar atentos a cada uma delas 
e buscar aperfeiçoá-las. 
ü O maior objetivo é determinar a concentração ou a atividade de analitos em um 
material biológico, a obtenção de um laudo de qualidade e evitar que os pacientes 
recebam um resultado incorreto. 
ü Durante a primeira fase, ou pré-analítica, a atenção para com o paciente e o 
cuidado com os procedimentos para obtenção do material, ou amostra são 
formas de garantir a qualidade no laboratório. 
PE
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 DO
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COLETA 
TRANSPORTE 
ANÁLISE 
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LA
UD
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PA
CIE
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E 
IMPRESSÃO 
OU 
TRASMISSÃO 
DO LAUDO 
RECEBIMENTO 
DO LAUDO 
TOMADA DE 
DECISÃO 
FUNDAMENTOS DA HEMATOLOGIA 
EDER CARDOSO GUIMARÃES 
	
   	
  
6	
  
COAGULOGRAMA	
  
 
PREVENÇÃO / TRIAGEM CIRÚRGICA / ETIOPATOGENIA E SINDROMA / TRIAGEM DO TRATAMENTO 
 
HIPÓTESE (DIAGNÓSTICO CLÍNICO) 
 
QUAIS EXAMES? 
(AMOSTRA)	
  	
  
TIPAGEM	
  Sg	
  
VHS	
  HEMOGRAMA	
  
CONTAGEM	
  DE	
  RETICULÓCITO	
  
EXAMES	
  IMUNOHEMATOLÓGICO	
  
OUTROS	
  EXAMES	
  
FUNDAMENTOS DA HEMATOLOGIA 
EDER CARDOSO GUIMARÃES 
	
   	
  
7	
  
 
 
 
INTRODUÇÃO: 
 Com o avanço da biotecnologia tornou-se premente a discussão de aspectos 
relacionados à biossegurança. São varias ações de segurança em ambiente de saúde, 
regulamentadas por Lei, porém abordaremos rapidamente aquelas envolvidas 
diretamente ao laboratório e serviços de saúde ou a coleta de materiais biológicos. 
 
CONCEITO: 
• Normas e técnicas que evitem acidentes de trabalho. 
• Responsabilidade do Profissional em atividades 
• que manipulem: 
 
û Agentes Biológicos (Era Microbiológica e Genética); 
û Agentes Químicos; 
û Agentes Físicos; 
 
û Atividade Específica (Individual); 
û Atividade Geral (Coletiva); 
û Meio Ambiente; 
 
EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA: 
 São considerados barreiras primárias de contenção, visando proteger trabalhador 
e o ambiente hospitalar ou laboratorial, assegurar ou proteger a saúde e a integridade 
física do trabalhador. 
 
Classificação: (ABNT - Associação Brasileira de Normas e Técnicas). 
EPI: (Equipamento de Proteção Individual) - óculos, luvas, calçados, jaleco, etc., 
 
û Calçado: protege os pés contra umidade, respingos de substâncias 
químicas ou material biológico, derramamento de líquidos quentes e 
solventes, impactos de objetos diversos, cacos provenientes de quebra de 
vidraçarias, materiais perfurocortantes (em áreas estéreis, devem-se 
utilizar sapatilhas esterilizadas); 
û Luvas de proteção: as luvas são de utilização obrigatória para quem 
manipulam microrganismos patôgenos, coleta de amostras para análise, 
esterilização, lavagem de material e qualquer outra atividade de risco 
conhecido ou suspeito. São de vários tipos. 
û Óculos de Proteção: visa proteger os olhos contra material infectante, 
substâncias químicas, ou contra radiação ultravioleta e infravermelho. 
 
û Roupas de Proteção: o avental ou vulgar Jaleco é de uso 
obrigatório para todos os que trabalham em ambiente de laboratório e 
hospitais para evitar contaminação da pele ou da roupa de uso comum.	
  
	
  
û Máscaras cirúrgicas: função de proteger tanto ao paciente quanto ao 
profissional de saúde. Prevenir exposição ao sangue e outros fluidos 
corpóreos potencialmente contaminados. Proteção respiratória 
(Micobacterium tuberculosis multirresistente). 
 
EXPOSIÇÃO AO RISCO 
OCUPACIONAL 
(HIV, HCV e HBV) 
FUNDAMENTOS DA HEMATOLOGIA 
EDER CARDOSO GUIMARÃES8	
  
û Respiradores (EPR): È importante à utilização de máscaras cirúrgicas 
ou respiradores de proteção adequados para evitar a contaminação de 
pacientes pós-operados por gotículas contendo aerossóis patogênicos ou 
no momento de autópsia, broncoscopia, fisioterapia respiratória, intubação 
e aspiração endotraqueal, administração de drogas na forma de aerossóis 
a pacientes. Gotículas maiores contém 100µm, e menores 4µm (névoa de 
vapor). 
	
  
EPC: (Equipamento de Proteção Coletiva) - cabines de segurança biológica, chuveiros 
de descontaminação, extintores de incêndio, etc. 
 
û Cabines de segurança biológica ou química: contaminantes 
com via de penetração respiratória. 
 
 
û Chuveiros de descontaminação: chuveiros de emergência 
destinada à lavagem de roupas, e da pele do técnico que sofreu um 
acidente. 
 
û Lava-olhos: usado para contaminação acidental de contaminação dos 
olhos por agentes biológicos ou químicos. 
 
 
 
 
CLASSES DE RISCO BIOLÓGICO: 
 
 O risco é a manifestação física do perigo provável. Risco biológico são vírus, 
bactéria, fungos, protozoários, entre outros microrganismos (clamídias, riquetsias, 
micoplasma, cultura de celular, os endoparasitas humanos, alergia ou intoxicação, 
microrganismos geneticamente modificados e prions). 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
Classe de Risco 1: Microrganismos que não causam enfermidades no ser humano. 
 
Classe de Risco 2: Microrganismos que causam enfermidades com profilaxia. 
 Ex.: S. aureus, L. braziliensis, Paracoccidoides Braziliensis, Hepatite A, B, C, D e E. 
 
Classe de Risco 3: Microrganismos que causam enfermidades graves com profilaxia. 
 Ex.: Mycobacterium tuberculosis, Histoplasma capsulatum, Hantavirus. 
 
Classe de Risco 4: Microrganismos que causam enfermidades graves sem profilaxia. 
 Ex.: Vírus Ebola, Micoblasma agalactiae, HIV. 
 
 
NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA (NB): 
NB-1, NB-2, NB-3 e NB-4. Estão relacionados em ordem crescentes com as classes de 
risco. Importante para verificar o nível de risco do setor de saúde e do material 
descartado. 
 
FUNDAMENTOS DA HEMATOLOGIA 
EDER CARDOSO GUIMARÃES 
	
   	
  
9	
  
 
CARACTERISTICAS DOS EXAMES LABORATORIAIS 
 
 
QUALIDADE: 
û Para definir a presença ou ausência da doença no paciente buscamos o 
chamado Padrão Ouro ou o Gold Standart Test; 
û São realizados Planejamento e Controles de Qualidade; 
û A eficácia do resultado depende de vários parâmetros que devem ser 
observados para credibilizar um exame, como os seguintes: 
 
 
CAUSAS DE VARIAÇÕES FISIOLÓGICAS QUE AFETAM A QUALIDADE: 
û Variação Circadiana: 
 Alteração cíclica na concentração de um 
determinado parâmetro em função do tempo. 
û Idade; 
û Atividade Física; 
û Posição Corpórea; 
û Jejum; 
û Dieta; 
û Alcoolismo; 
û Tabagismo; 
û Medicamentos; 
û Outros; 
 
 
TABELA PARA AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS DE CONTROLE 
TESTE PRESENTE AUSENTE 
POSITIVO 
( + ) 
VERDADEIRO 
POSITIVO 
A 
FALSO 
POSITIVO 
B 
NEGATIVO 
( - ) 
FALSO 
NEGATIVO 
C 
VERDADEIRO 
NEGATIVO 
D 
 
 
TERMINOLOGIAS: 
 
SENSIBILIDADE: 
û Refere-se à capacidade do exame de detectar pacientes com alguma doença 
específica. 
û Refere-se à freqüência de obtenção de resultados falso-negativos. 
û Esse conceito é diferente da sensibilidade da técnica, que mede o limiar de 
detecção da reação antígeno e anticorpo, que muitas vezes não aplica para 
diagnósticos. 
 
 
Ex: Exame com sensibilidade de 90% para a doença Z: essa doença não será 
detectada em 10% dos pacientes (10% de falsos-negativos). 
 
Sensibilidade = A . 
 A + C 
 
Fundamentos da Hematologia Prof. Eder C. Guimarães 
	
   2	
  
ESPECIFICIDADE: 
û Refere-se à capacidade do exame de detectar pacientes normais. 
û Refere-se à freqüência de obtenção de resultados falsos-positivos. 
 
Ex: Exame com especificidade de 90% para a doença Z: 10% dos pacientes (10% 
de falsos-positivos) na verdade não tem a doença. 
 
Especificidade = D . 
 B + D 
 
EFICIÊNCIA: 
û Defini-se eficiência como a porcentagem dos verdadeiros positivos com 
verdadeiros negativos pela população; 
 
 Eficiência Sorológica = A + D . 
 A + B + C + D 
 
PREVALÊNCIA: todos os casos. 
û Defini-se prevalência como a porcentagem de indivíduos infectados em uma 
população; 
û são os casos de doenças antigos e novos. 
û Deve-se delimitar o tempo e estratifica o assunto, como: pesquisa por sexo, idade, 
outros; 
 
Prevalência Sorológica = Infectados antigos e novos (Positivos) . 
 População 
 
INCIDENCIA: casos novos. 
û Defini-se incidência como a porcentagem de indivíduos infectados de casos 
novos em uma população; 
û Deve-se delimitar o tempo e estratifica o assunto também, como: pesquisa por sexo, 
idade, outros; 
Incidência Sorológica = Infectados novos (Positivos) . 
 População 
 
 
REPRODUTIVIDADE OU PRECISÃO: 
û Capacidade do exame ou do laboratório de obter o mesmo resultado repetitivamente com 
a mesma amostra; 
û Na prática isso não ocorre devido à falta de perfeição humana e dos equipamentos; 
û Essa variação é medida em DP - desvio padrão; 
û Quando pior a reprodutividade, menor a precisão, embora uma boa reprodutividade em si 
não assegure a precisão. 
û Valor expresso em porcentagem; 
 
 
EXATIDAO: 
û Capacidade do exame de reproduzir resultados corretos (precisos ou erro inerentes). 
û Valor expresso em porcentagem; 
Fundamentos da Hematologia Prof. Eder C. Guimarães 
	
   3	
  
 
INTRODUÇÃO: 
 Praticamente todo material biológico produzido ou encontrado no corpo humano é 
considerado uma substância de análise em laboratório clínico ou não para avaliação do 
estado de saúde. As amostras biológicas mais utilizadas e de interesse médico são as 
líquidas como: 
 
 
 
 
 
 
 
Sangue: 
 
Dependendo do local coletado é realizada de três formas ou tipos: 
ü Coleta de Sangue venoso; 
ü Coleta de Sangue Arterial; 
ü Coleta de Sangue Capilar; 
 
Material: 
- Seringas descartáveis de 5, 10 ou 20 mL; 
- Agulhas descartáveis: 25x7 ou 25x8 (calibre usual); 
- Tubos de plástico cônicos graduados; 
- Frascos de penicilina; 
- Solução anti-séptica (álcool a 70%); 
- Garrote; 
- Anticoagulantes (heparina, citrato de sódio, 
 ETDA - Ac. etiletiaminotetracético); 
- Algodão, esparadrapo ou curativos especiais. 
 
Procedimento: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Preparar a seringa e a agulha; 
2. Garrotear 5 cm acima do local de coleta; 
3. Pedir ao paciente para fechar a mão; 
4. Escolher a veia mais proeminente apalpando-a: 
 1- v. cefálica, 2- v. mediana, 3- v. basílica; 
 4- a. radial, 5- a. femoral, 6- a. braquial; 
5. Fazer a assepsia, esperar secar, fixar a veia ou artéria 
 (distendendo a pele do paciente); 
6. Introduzir a agulha de uma só vez atingindo o interior da veia; 
7. Pedir a paciente para abrir a mão e colher o volume desejado; 
8. Soltar o garrote e só depois retirar a agulha; 
9. Faça compressão com o algodão; 
10. Distribuir o sangue nos frascos adequados; 
11. Desprezar o material adequadamente; 
Fundamentos da Hematologia Prof. Eder C. Guimarães 
	
   4	
  
SANGUE VENOSO: 
É conseguido pela punção venosa que fornece quantidade apreciável de sangue usado nos 
exames hematológicos e bioquímicos. 
Locais de punção: fossa cubital (dobra do cotovelo), dorso da mão, v. jugular (inguinal) 
 dorso do pé. 
 
Exames: Hemograma, doação ou transfusão e outros. 
 
 
 
SANGUE ARTERIAL: 
É conseguido pela punção arterial que fornece quantidade apreciável 
de sangue usado nos exames com indicação absoluta para gasometria arterial. 
Locais de punção: artéria radial, artéria femoral, artéria braquial. 
 
Exames: Hemograma, tipagem sanguínea, gasometria e outros.	
   
 
Eventualidades: recém-nascidos, pressão muito baixa, choque. 
 
 
SANGUE CAPILAR: 
 É coletado pela punção do calcanhar, nas crianças e do lóbulo 
 da orelha na polpa digital, no adulto. Não fornece um volumemuito 
grande de sangue. 
 
Locais de punção: face palmar dos dedos (4º dedo) da mão, 
 margem livre do lóbulo da orelha, calcanhar. 
 
Exames: tipagem sanguínea rápida, exame do pezinho, exame de 
 glicemia rápida e coagulogramas. 
 
Procedimento: aquecer o local se estiver frio, fazer assepsia. Perfurar com uma agulha os 
locais indicados. Deve-se desprezar a primeira gota. Ao término da coleta, limpar o local e 
colocar o curativo.	
   
 
 
COMPLICAÇÕES DECORRENTES DAS PUNÇÕES: 
 
- Troca de resultados: falta da correta identificação do paciente no recipiente; 
 
- Hematomas: pode ocorrer se o profissional tirar a agulha antes do garrote, transfixar a 
veia ou, em punção arterial, não for comprimido adequadamente o local; 
 
- Alergia: ao álcool iodado (deve-se perguntar antes); 
 
- Contaminações: devido à assepsia mal feita ou ao uso de material não-descartável 
(estéril) contaminado; 
 
- Acidentes: quebra ou queda do recipiente da coleta e auto-contaminação. 
Fundamentos da Hematologia Prof. Eder C. Guimarães 
	
   5	
  
Fundamentos da Hematologia Prof. Eder C. Guimarães 
	
   6	
  
	
  
INTRODUÇÃO: 
 
• Exame utilizado para a avaliação do sangue (Quadro Clínico e Quadro Laboratorial); 
 
• Avaliação qualitativa e quantitativa dos elementos do sangue, podendo ser subdivido em 
3 partes, conforme o enfoque dos elementos a serem avaliados a seguir: 
 
ü Eritrograma: série vermelha estuda as alterações nos eritrócitos, na hemoglobina, no 
hematócrito, nos índices globulares e na morfologia eritrocitária. 
ü Leucograma: série branca estuda a contagem total de leucócitos (Leucometria), a 
quantidade percentual e absoluta de leucócitos e sua morfologia (contagem 
diferencial). 
ü Plaquetograma: estuda a quantidade de plaquetas e sua morfologia. 
 
HEMATOPOIESE: 
 
Esse processo de formação do sangue e iniciado na fase embrionária até o final da vida. 
 
Local da Hematopoiese: 
Embrião ou Feto: 0 – 3 meses (saco vitelínico); 
 3 – 7 meses (fígado e baço); 
 5 – 9 meses (medula óssea); 
Lactantes: medula óssea (praticamente todos os ossos); 
Adulto: Esqueleto Axial e extremidade proximal dos ossos longos; 
Constituição: Parte sólida (células) e Parte Líquida (plasma). 
 
Parte Sólida: 
	
  
	
  
	
  
 
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
Fundamentos da Hematologia Prof. Eder C. Guimarães 
	
   7	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
Megacarioblasto	
  
	
  
	
  
Megacariócito	
  
	
  
	
  
Plaquetas	
  
HEMATOPOIESE 
Gênese da Hemácia 
(Linhagem Eritrocítica) 
	
  
	
  
	
  	
  	
  Proeritroblasto	
  
	
  
	
  	
  Eritroblasto	
  I,	
  II,	
  III	
  
	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Reticulócito	
  
	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Eritrócito	
  (Hemácia)	
  
	
  
 Gênese do Leucócito 
 (Linhagem Granulocítica) 
	
  
	
   	
   	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Mieloblasto	
  
	
  
Promielócito	
  I	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Promielócito	
  II	
  	
  	
  	
  Promielócito	
  III	
  
	
  
	
  	
  Mielócito	
  I	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Mielócito	
  II	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Mielócito	
  III	
  
	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  Neutrófilo	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Eosinófilo	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Basófilo	
  
	
  
	
  
	
  
 Gênese do Leucócito 
 (Linhagem Agranulocítica) 
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  Mielomonoblasto	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Linfoblasto	
  
	
  
Gênese da Plaqueta 
(Linhagem Plaquetária) 
	
  
	
  	
  	
  	
  	
  
	
  	
  	
  	
  
	
  
Promonócito	
   	
   	
   	
  	
  	
  	
  Prolinfócito	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
Monócito	
   	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Linfócito	
  
	
  
	
  
	
  
	
   	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Macrófago	
  
 
Proeritroblasto	
  
Proeritroblasto	
  
Basófilo	
  
Proeritroblasto	
  
Policromático	
  
Proeritroblasto	
  
Ortocromático	
  
Reticulócito	
  
Hemácia	
  
ou	
  
Eritrócito	
  
Mieloblasto	
  
Promielócito	
  
Neutrófilo	
  
Promielócito	
  
Eosinófilo	
  
Promielócito	
  
Basófilo	
  
Mielócito	
  
Neutrófilo	
  
Mielócito	
  
Basófilo	
  
Mielócito	
  
Eosinófilo	
  
Neutrófilo	
  
Bastonete	
  
Neutrófilo	
  
Segmentado	
  
Eosinófilo	
  
Maduro	
  
Basófilo	
  
Maduro	
  
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   8	
  
HEMATOPOIESE (FATORES DE CRESCIMENTO): 
	
  
 
 
 
 
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   9	
  
Parte Líquida: 
 
	
  
	
  
	
   	
   	
   	
  	
  Plasma	
  Sanguíneo	
  ou	
  Soro	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  -­‐	
  Água;	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  -­‐	
  Compostos	
  orgânicos	
  e	
  inorgânicos;	
  
	
  
	
  
Leucócitos	
  
	
  	
  	
  
	
  	
  Eritrócitos	
  ou	
  Hemácias	
   Cortesia:	
  	
  J.R.Rivero2009.	
  
	
  
	
  
SEPARAÇÃO DO SANGUE: 
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  	
  	
  CENTRIFUGA	
  OU	
  NÃO	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
   	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  SORO	
   	
   	
   	
   	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  PLASMA	
   	
   	
   	
  	
  	
  SANGUE	
  TOTAL	
  
	
  
Parte líquida sem Parte líquida com Sg. c/ Todos Constituintes 
Fatores de Coagulação Fatores de Coagulação 
 
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   10	
  
CONFECÇÃO DA LÂMINA DE SANGUE 
	
  
ü A Técnica do esfregaço sangüíneo ou extensão sanguínea é, sem dúvida alguma, 
o ponto crucial para a realização de um hemograma confiável; 
ü Os esfregaços podem ser realizados na mão com a coloração utilizada na rotina é o 
panótico rápido; 
ü Deve usar anticoagulante para exames de hemograma: 
 
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   11	
  
USO DE ANTICOAGULANTE 
 
– Em geral, interferem no mecanismo de coagulação in vitro, inibindo a formação da 
protrombina ou da trombina. 
• Os mais usados são: 
• Citrato – provas de coagulação 
• Heparina (sódio ou litio) 
• EDTA (ácido etileno-diamino-tetracético) – Fluoreto 
 
COM ANTICOAGULANTE 
ü Hemograma completo; 
ü Dosagem de pH e de metabólicos sangüíneos (glicose, ácido láctico, amônia); 
ü Presença quantitativa de algum metal (chumbo, zinco, manganês, molibdênio e cádmio); 
ü Pesquisa de células LE (Lupus); 
ü Dosagem de hemoglobina glicosilada; 
 
 
TIPOS DE ANTICOAGULANTES: 
 
ETDA: usado para hematologia 
HEPARINA: usado na dosagem de chumbo 
CITRATO: em testes de coagulograma 
FLUORETO: em testes de glicose 
 
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
 
EDTA K2 
ü Utilizado na forma seca e reveste internamente a parede dos tubos; 
ü Homogeneização por inversão – 8 a 10 vezes; 
ü EDTA liga-se aos íons cálcio, bloqueando assim a cascata de coagulação – Obtém-se assim o 
sangue total para hematologia; 
 
SEM ANTICOAGULANTE 
 
Tampa Vermelha: 
 - É indicado para exames bioquímicos, sorológicos e hormonais. 
 - Depois de colhido, o material deve ser mantido em geladeira até sua 
manipulação (2º - 8ºC). 
	
  
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   12	
  
	
  
COLORAÇÃO DA LÂMINA DE VIDRO COM O SANGUE 
	
  
1. Fixação e coloração da lâmina depois de seca: 
2. Derivados de Romanowsky: 
v Giemsa (azul-eosina) 
v Leishman e Wright 
v Panótico (solução 1 , 2 e 3) 
Corante ácido-eosina: afinidade por substâncias alcalinas – citoplasma 
Corante alcalino-azul de metileno: afinidade por substâncias ácidas – núcleo 
	
  
	
  
	
  
 
 
 
 
 
 
 
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   13	
  
(Variação	
  média	
  normal	
  =	
  ±500	
  hm)	
  
HEMATOLOGIA MOLECULAR 
 
Hemácias: 
• São os elementos mais numerosos no sangue. 
• A hemácia é destituída de núcleo. 
• A vida média da hemácia é de 120 dias. 
• Para cada leucócito existe cerca de 500 hemácias e 30 plaquetas. 
• A hemácia normal tem 7µm de diâmetro e formato de disco 
bicôncavo. 
	
  
	
   Relação Quantitativa: 
 
 PARA CADA 
 LEUCÓCITO 
	
  	
  
↑	
  Reticulócito:	
  hematopoiese	
  acelerada	
  (Anemia	
  megaloblástica	
  ou	
  perniciosa).	
  
	
  
Quantidade Normal De Eritrócitos: 
	
  
Adulto:-­‐	
  Homem:	
  5.000.000	
  hm/mm3	
  	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  -­‐	
  Mulher:	
  4.500.000	
  hm/mm3	
  
 
Função: 
• Pigmento	
  respiratório	
  de	
  sangue	
  com	
  a	
  função	
  de	
  transporte	
  de	
  O2	
  para	
  os	
  tecidos	
  e	
  de	
  
CO2	
  para	
  os	
  pulmões.	
  
• Para	
  isso,	
  a	
  hemácia	
  contém	
  640	
  milhões	
  de	
  hemoglobinas.	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
Concentração Normal de Hemoglobina por Sexo: 
 
Adulto: - Homem: 13,5 a 18 g/dL 
 - Mulher: 11,5 a 16,5 g/dL 
 
 
Três Tipos de Hemoglobina: 
- HbA: Normal = α2β2 (↑O2). 
- HbF: Fetal = α2γ2 (↓O2). 
- HbA2: Anormal = α2Δ2 (Pequena velocidade migratória). 
- HbS: Falcêmica = α2S2 (↓O2). 
- HbC: Hemoglobinopatias (associado a anemia hemolítica). 
- HbH: α0?H ou β0?H (↓O2): Talassemia. 
Substância	
  de	
  Formação	
  dos	
  Eritrócitos:	
  
-­‐	
  Vitamina	
  B6	
  e	
  12;	
  	
  	
  	
  -­‐	
  Heme	
  α e β	
  ;	
  
-­‐	
  Ácido	
  Fólico;	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  -­‐	
  	
  Globina;	
  	
  
-­‐	
  Ferro;	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  -­‐	
  Ferritina;	
  
1m
m	
  
1m
m	
  
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   14	
  
CICLO DE FORMAÇÃO DA HEMOGLOBINA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
  
	
  
-­‐	
  Pressão	
  normal:	
  26,6	
  mmHg	
  =	
  P50	
  
-­‐	
  P50:	
  PRESÃO	
  PARCIAL	
  DE	
  O2	
  (METADE	
  DA	
  
SATURAÇÃO)	
  
-­‐	
  ↑ AFINIDADE	
  O2	
  (P50↓ desvio p/ esquerda: libera 
menos O2 ); 
METABOLISMO	
  DA	
  2,3	
  DPG	
  (2,3	
  Difosforoglicerato):	
  
DESVIO	
  A	
  DIREITA	
  
ALCALOSE	
  
ACIDOSE	
  
CURVA	
  DE	
  DISSOCIAÇÃO	
  DE	
  HEMOGLOBINA:	
  
D.	
  A	
  ESQUERDA	
  
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   15	
  
DOSAGEM DE HEMOGLOBINA 
 
• Dosagem realizada por métodos colorimétricos (hemoglobinometria) após conversão da 
hemoglobina em cianometamoglobina expressa em g/dl. 
 
• Líquido Drabkin: ferricianeto de potássio converte o ferro ferroso da hemoglobina à ferro 
férrico formando metahemoglobina. 
• A metahemoglobina combina com o cianeto de potássio para formar um composto estável, 
a cianometahemoglobina. 
 
Realização do exame: 
 
• 0,02 mL de sangue; 
• 5 mL de Líquido Drabkin ; 
• Colocar a amostra de sangue em tubo de ensaio e aguardar 10 minutos; 
• Analisar a DO em espectrofotometria em comprimento de onda de 540nm; 
• Avaliar a DO do padrão para cálculo do fator 
• Portanto: F = [ P ] / [ DO ] P= 5,10 ou 15 mg/dL 
• Paracálculodaamostra: [Hb amostra]= da amostra x F 
 
 
 
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   16	
  
 
CONTAGEM DE GLÓBULOS VERMELHOS 
Consiste na determinação do número de eritrócitos por mm
3 
de sangue. 
O sangue é diluído na porção 1:200 com o líquido de Hayem 
 
Líquido de Hayem: 
– Bicloreto de mercúrio – Cloreto de sódio – Sulfato de sódio – Água destilada; 
 
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   17	
  
HEMATOLOGIA MOLECULAR 
 
EXAME DE ELETROFORESE: 
 
- Por meio da eletroforese, são separados diferentes tipos de Hb formando uma série de bandas 
distintamente pigmentadas em um meio (acetato de celulose ou gel de amido). 
 
- As hemoglobinas A, A2, S e C são rotineiramente verificadas, porém o laboratório pode trocar o 
meio ou o seu pH para expandir a faixa deste teste. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Objetivo: 
•Medir a quantidade de Hb A e detectar hemoglobinas anormais. 
•Auxiliar no diagnóstico de talassemia ou de anemia falciforme. 
 
Preparo do paciente: 
Jejum de 4 horas 
 
 
Valores de referência: 
 
Método: Eletroforese em acetato de celulose com determinação densitométrica da maioria das 
hemoglobinas. 
 
Achados Normais: 
 
Em adultos: 
v Hb A apresenta mais de 95% de todas as hemoglobinas; 
v Hb A2, 2 a 3%; 
v Hb F menos do que 1%. 
v A Hb F aparece principalmente no feto e no neonato; ela diminui para 2 a 3% do sangue dos 
bebês na idade de 6 meses. 
 
 
Achados Anormais: 
A eletroforese de hemoglobina permite a identificação de diversos tipos de hemoglobina, que 
podem identificar uma doença hemolítica. 
 
Exames correlatos: 
ü Série vermelha; 
ü Contagem de reticulócitos; 
ü Prova de falcização (pesquisa de "sickle-cells" ou teste de hemoglobina S); 
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   18	
  
 
PERSPECTIVAS FUTURAS DA HEMATOLOGIA 
 
Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular 
- Os aspectos diagnósticos e terapêuticos das doenças hematológicas benignas (como 
anemias e trombose), e das malignas (onco-hematológicas como linfomas, leucemias e 
mielomas) tem avançado no campo dos transplantes de medula óssea e da terapia celular. 
 
 
CTH DE CORDÃO UMBILICAL: 
A utilização de CTH de cordão umbilical como alternativa terapêutica e na pesquisa 
científica tem sido algo bastante promissor. Dentre as possíveis aplicações científicas, 
pode-se citar os estudos sobre as particularidades da hematopoese fetal e neonatal, bem 
como sobre as propriedades das CTH na diferenciação tecidual. 
 
TRANSFERÊNCIA DE GENES: 
Há, ainda, uma crescente área de pesquisas voltadas à transferência de genes para as 
CTH visando a futuros estudos de terapia gênica. 
 
 
 
TERAPIAS CELULARES: 
Outro campo de pesquisa em desenvolvimento relaciona-se à melhoria da prevenção da 
doença enxerto versus hospedeiro através do uso de: 
ü Citocinas imunomodulatórias; 
ü Infusão de células T regulatórias; 
ü Terapia gênica; 
 
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   19	
  
 
TRATAMENTO EM CLÍNICAS INTEGRADAS DE 
HEMATOLOGIA E ONCOLOGIA 
 
A equipe técnica de uma clínica integrada é formada por um núcleo multiprofissionais 
Hematologia e Oncologia é integrada por médicos hematologistas e oncologistas, 
nutricionista, farmacêuticos, biomédicos e enfermeiros, todos profissionais de grande 
experiência e comprovada competência. 
 
Paciente com TUMOR 
 
Uma consulta: 
(Avaliado por pelo menos três especialidades Médicas) 
 
Terapias Humanizadas / Exames 
 
Nutricionista, Farmacêuticos, Biomédicos e Enfermeiros 
 
 
Benefícios: 
Os benefícios ao paciente das Clínicas Integradas vão além do atendimento 
multiprofissional na mesma consulta, individualizado e amparado em protocolos médicos de 
um dos principais centros de tratamento contra o câncer do mundo. 
 
• Mais agilidade (otimização do tempo de atendimento) e segurança ao paciente; 
• Imparcialidade com que os especialistas avaliam cada caso; 
• Diversidade de profissionais que analisam cada caso; 
• Capacidade de esclarecer as principais dúvidas – fato decisivo na elaboração do plano de 
tratamento; 
• Modelo envolve o paciente e seus familiares na discussão e na escolha da melhor opção 
de tratamento; 
 
Custo: paciente paga por apenas uma consulta e é atendido por pelo menos três médicos 
de diferentes especialidades (relacionados com o tipo de câncer). 
 
Clínicas de Hematologia de Goiânia: Clínica Integrada no Brasil: 
ü Hemocentro Hospital Albert Einstein 
ü Hemolabor 
ü INGOH Clínica Integrada nos EUA: 
ü HONCORD The University of Texas MD Anderson Cancer 
ü OUTRAS 
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   20	
  
Leitura:- Normocítica; e 
- Normocrônica	
  
7µm 
7µm 
Formação da Hemácia: 
 
 Proeritroblasto 
 
 Eritroblasto I, II, III 
 
 Reticulócito 
 
 Eritrócito (Hemácia) 
	
  
 
Hemácia Normal: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hemácias Anômalas: 
• É frequente nas anemias ou em outros estados patológicos o achado de hemácias 
exibindo alterações morfológicas de: 
• Tamanho; 
• Forma; 
• Coloração; 
• Não são típicas de doenças específicas, mas importantes quando associada a outros 
aspectos patológicos. 
 
 
Exemplos de Anomalias das Hemácias 
 
Anisocitose: Consiste na variação excessiva no diâmetro da hemácia. 
 
 
 
 
 
Poiquilocitose: Consiste numa irregularidade de forma das hemácias. 
 Ex: forma de pêra, oval, maior, menor: presente na anisocitose. 
 
 
 
 
 
Macrocitose: são hemácias com diâmetro excessivo, acima da normocítica = 7µm. 
 Ex: frequente em anemia devido à carência de vitamina B12 e ácido fólico. 
 
Proeritrobla
sto	
   Proeritroblasto	
  
Basófilo	
  
Proeritroblasto	
  
Policromático	
  
Proeritroblasto	
  
Ortocromático	
  Reticulócito	
  
Hemácia	
  
ou	
  
Eritrócito	
  
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   21	
  
Microcitose: são hemácias com diâmetro inferior a 6,5µm. 
 Ex: frequente em anemia ferropriva. 
 
 
 
 
 
 
 
Hipocrômica: são hemácias que apresentam coloração clara para transparente, devido à 
redução de ferro ou intoxicação com chumbo. Em estado normal, normocrônica. 
 
Policromasias: são hemácias que apresentam uma coloração variável entre o rosa e azul 
acinzentado (coloração: azul brilhante de cresil). Verifica-se uma sobrecarga 
de ferro na hemácia, deixando-a mais escura. 
 Ex: associada à reticulocitose e observada em anemias graves regenerativas: 
 - Anemia hemorrágica e hemolítica; 
 - Hematite C; 
 - Saturação da transferrina, ferritina sérica 
 - Consumo excessivo de bebida alcoólica; 
 - Anemia Sideroblástica; 
 
Esferocitose (microesferocitose): são hemácias espessas e de forma globular, exibindo um 
diâmetro reduzido, mas geralmente um volume normal. Sofre facilmente hemólise. 
Ex: anemias 
esferocíticas hereditárias, 
anemia hemolítica adquirida 
e doença hemolítica do 
recém-nascido. 
 
Ovalocitose: em forma de ovo, são anemias hereditárias assintomáticas ou em vários tipos 
de anemias. 
 
 
 
 
 
Drepanócitos: são hemácias afoiçadas pelo esfregaço ou encontradas em pacientes com 
 hemoglobina S - HbS, (substituição da proteínas) diferenciada na 
eletroforese. 
Ex: anemia falciforme (associada aos descendentes de africanos). 
 
Células em alvo de tiro: Pontiado Basófilo: consiste na presença de grânulos 
A hemoglobina encontra-se na arredondados dispersos no citoplasma das hemácias. 
periferia e no centro da hemácia. Demonstra imaturidade da célula ou regeneração. 
Ex: anemia crônica, leucemia, anemia ferropriva, formas 
 leves de talassemia e intoxicação pelo chumbo. 
 
Ex: hemoglobinopatias C, E ou S, talassemias e em doenças hepáticas. 
Anemia hemolítica	
  
Sideroblast
os	
  
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   22	
  
(do grego, an = privação, haima = sangue, 
não é doença e sim uma síndrome). 
 ANEMIA 
 
Definição: é definida pela OMS como diminuição da concentração de hemoglobina no 
sangue. 
 - Adulto: - Homem: menor que 13 g/dL - Gestantes menor que 11 g/dL 
 - Mulher: menor que 12 g/dL - Crianças (depende da idade): menor que 9 g/dL 
 
Classificação das Anemias: 
 
Anemia da carência Nutricional: 
 - Anemia Ferropriva: deficiência de ferro. 
 - Anemia Perniciosa ou Megaloblástica: deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico. 
 
Anemia das doenças crônicas; 
 - Anemia secundária, como um sinal ou sintoma de uma doença associada: 
 - Cardiopatias; 
 - Septicemias; 
 - Nefropatias 
 - Endocrinopatias; 
 - Hepatopatias; e 
 - Neoplasias; 
 
Anemia das doenças agudas; 
 - Distúrbio no metabolismo do ferro: 
 - Ferro sérico baixo; 
 - Transferrina sérica baixo; 
 - Ferritina sérica elevada ou baixa; 
 
Anemias por defeitos genéticos ou hereditários: 
- anemia falciforme; 
- anemia talassêmica; 
- anemia esferocítica; 
- anemia por deficiência de glicose-6-fosfato-desidrogenase (favismo); 
 
Anemias por agressão periférica aos eritrócitos: 
- anemia decorrente de malária: protozoário plasmódio. 
- anemias hemolíticas imunológicas: 
 - anemia hemolítica; 
- anemia por fragmentação dos eritrócitos: 
 - anemia hemorrágica; 
 
Anemias decorrentes de doenças da medula óssea: 
- anemia aplástica ou aplasia: 
 - anemia Megaloblástica; 
- anemia Sideroblástica; 
- leucemias e tumores na medula; 
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   23	
  
Clínica Da Anemia 
 
Características Clínicas da Anemia: 
 As principais adaptações à anemia ocorrem no sistema cardiovascular: 
 - Aumento do volume sistólico; 
 - Taquicardia; 
 - Curva de dissociação de O2; 
 - Alguns pacientes são assintomáticos com anemias graves; 
 - Alguns pacientes com anemias leves, podem ter incapacidades intensas; 
 
 
São 4 fatores principais da Anemia: 
 01 - Velocidade da instalação: falta de adaptação cardiovascular. 
 02 - Gravidade: rapidez dos sintomas, na anemia leve - 9 a 10 g/dL. 
 demora dos sintomas, na anemia grave: ↓ 6 g/dL. 
 03 - Idade: o idoso tolera menos a anemia do que o jovem devido à compensação 
 cardiovascular está diminuída. 
 
 Compensação Cardiovascular: aumento do débito cardíaco causado por aumento do 
 volume sistólico e por taquicardia para compensar a 
 falta de oxigênio. 
 
 04 - Curva de Dissociação de O2 da hemoglobina: afeta o metabolismo dos eritrócitos 
 e deficiência de piruvato-quinase associada à baixa afinidade com as hemoglobinas. 
 
	
  
Sintomas: dispnéia, fraqueza, letargia, palpitações e cefaléia. Em idosos pode 
haver sintomas de insuficiência cardíaca, angina pectoris, claudicação intermitente e 
 confusão mental. Os distúrbios visuais são devido a hemorragia de retina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sinais: palidez da mucosa, cardiomegalia, sopro sistólico, unhas em colher 
(coiloníquia) na deficiência de ferro, icterícia nas anemias hemolítica e megaloblástica, 
úlceras de perna na anemia falciforme em alguns casos emagrecimento e hálito cetônico. 
 
 
 
 
 
 
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   24	
  
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   25	
  
 
 
Hematócrito (Hct) ou Volume Globular (Packed Cell Volume): 
 
- O valor do hematócrito reflete a massa total de células sanguíneas na unidade de 
volume. 
- Uma vez que o volume de hemácias predomina sobre os leucócitos e plaquetas, o 
volume do hematócrito depende praticamente do volume ocupado pelos glóbulos 
vermelhos. 
- Utilizado especificamente para dizer se o paciente apresenta: 
û Anemia; 
û Policitemia; 
û Usado para calcular os índices hematimétricos; 
 
Valores de Referência Normal do Hct no Adulto: - Média de: 47% no homem. 
 - Média de: 42% na mulher. 
 
Anemia: 
 Hematócrito baixo em todas as anemias. 
 
 
 
Falsas Anemias: hematócrito alterado. 
 
1. Diminuição do hematócrito por aumento do volume plasmático. 
 
 Ex: Hemodiluição (hiperidratação ou uso de soro fisiológico intravenoso). 
 
 
 
2. Policitemia ou Poliglobulia ou Eritrocitose: hematócrito sempre alto. Acima de 
 54% no homem e 49% na mulher. 
 
 Depende: - aumento do número de hemácia: 
 
 
 
 ou 
 
 
 - diminuição do volume plasmático: 
 
 
 
Ex: - Hemoconcentração (desidratação, choques, queimaduras e no tabagismo). 
 - Policitemia Vera (Distúrbio mieloproliferativo). 
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   26	
  
Técnica Laboratorial (Semi-automática): 
 
 
- Microematócrito: tubo capilar utilizadono laboratório 
 para avaliar o Hematócrito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
 
Técnica do Microhematócrito: 
1) Preencher um tubo capilar com sangue até 
 ¾ da sua altura. 
 
2) Fechar uma das extremidades na chama de 
 uma lamparina (massa de modelar ou outros 
 materiais podem ser utilizados para a 
 oclusão do capilar). 
 
3) Colocar o capilar em uma centrífuga 
 apropriada (centrífuga própria para 
 microhematócrito - figura 2) por 5 minutos 
 em 10000 a 12000 rpm. 
Microcentrífuga 
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   27	
  
Índices Hematimétricos, Heritrocitários ou Heritrocíticos 
(Índices de WINTROBE): 
 
- Os índices são: VCM, HCM e CHCM. 
 
VCM: (Volume Corpuscular Médio) - determina o efeito do tamanho médio das hemácias 
 sobre o hematócrito. 
 
VCM = Hct . x 100 (expresso em fentolitros - fl) 
 Hm 
 
Tamanho da Hemácia: 
 - Macrocítica: ↑VCM 
 - Microcítica: ↓VCM 
 
 
Valor de Referência: 80 - 94 fl. 
 
Macrocítica Microcítica 
Alcoolismo 
Anemia Megaloblástica 
Anemia Perniciosa 
Anemia Hemolítica 
Anemia Hemorrágica 
Anemia Aguda 
Comum Não Comum 
Macro ou Normocítica 
Anemia Ferropriva 
Anemia α, β Talassêmica 
Doenças crônicas 
Doenças Crônicas 
Esferocitose congênita 
Intoxicação por Chumbo 
Policitemia 
Anemia Sideroblástica 
 
 
HCM: (Hemoglobina Corpuscular Médio) - determinar a quantidade (peso) média da 
 hemoglobina sobre a hemácia. 
HCM = Hb x 100 (expresso em Picogramas-Pg) 
 Hm 
 
Tamanho da Hm e Quantidade de Hb: 
 
 4 Hb normal 
4Hb normal 
 4 Hb normal 
 
 
Hm Tamanho Maior Hm Tamanho Menor 
 Peso Maior Peso Menor 
 Macrocítica Microcítica 
 HCM ↑ HCM ↓ 
 
Valor de Referência: 27 - 31 Pg. 
HIPOCRÔMICO POLICROMASIA 
MICROCÍTICO MACROCÍTICO 
Macrocítica	
  
10	
  Hm:	
  
-­‐	
  Hct	
  	
  ↑	
  
-­‐	
  Vol	
  	
  ↑	
  
-­‐	
  VCM	
  	
  ↑	
  
Microcítica	
  
10	
  Hm:	
  
-­‐	
  Hct	
  	
  ↓	
  
-­‐	
  Vol	
  	
  ↓	
  
-­‐	
  VCM	
  ↓	
  
Hb	
  
Hb	
   Hb	
  
Hb	
  
Hb	
  Hb	
  Hb	
  Hb	
  
Hb	
  
Hb	
  
Hb	
   Hb	
  
Hb	
  
Hm Tamanho = Hm Tamanho 
 Peso Menor Peso Maior 
 Hipocrômica Normocrômica 
 HCM ↓ HCM N 
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   28	
  
CHCM: (Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média) - determina a concentração 
média de hemoglobina na hemácia. 
 
Concentração de Hb: Quantidade de Hb por volume total de Hm. 
 
CHCM: Hb . x 100 (expresso em porcentagem - %) 
 Hct 
 
 4Hb normal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CHCM Aumentada CHCM Diminuída 
Esferocitose 
Hemólise intravascular 
Aglutininas ↑ títulos 
Lipidemia Grave 
Tabagismo 
Anemia Ferropriva 
Anemia Sideroblástica 
Anemia de doenças Crônicas 
 
 
 
RDW ou ADE (Largura ou Amplitude de Distribuição dos Eritrócitos): 
 
 Contagem eletrônica do índice das diferenças de tamanhos de hemácias 
 (anisocitose). 
 
RDW ↑: Excesso de Anormalidades de tamanho das Hemácias. 
RDW normal: Anormalidades de tamanho na faixa normal da população. 
RDW ↓: Não é significante. Nesse caso está normal. 
RDW: valor referencial médio normal: abaixo de 15%. 
 
RDW ↑ e VCM ↑ RDW ↑ e VCM baixo 
Deficiência de fatores: 
- Folato; 
- Vitamina B12; 
- Anemia hemolítica; 
- Fragmentos de Hemoglobinopatias; 
- Anemia Ferropriva; 
- Anemia Sideroblástica; 
- Talassemia; 
	
  
Hb	
  
Hb	
   Hb	
  
Hb	
  
Hb	
  
Hb	
  
Hb	
  
Hb	
   Hb	
  
Hb	
  
Hb	
  
Hm	
  Tamanho	
  	
   	
  =	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Hm	
  Tamanho	
   	
  	
  	
  =	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Hm	
  Tamanho	
  	
  	
  	
  ≠	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Hm	
  Tamanho	
  
 Peso Normal Peso Menor Peso Maior Peso Maior 
 Normocrômica Hipocrômica Hipercrômica Normocrômica 
 Normocítica Normocítica Normocítica Macrocítica 
 VCM normal VCM normal VCM normal VCM ↑ 
 HCM normal HCM↓ HCM ↑ HCM ↑ 
 CHCM normal CHCM↓ CHCM ↑ CHCM normal 
	
  	
  	
  	
  	
  
Hb	
  
Hb	
   Hb	
  
Hb	
  
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   29	
  
Termos Interpretativos da Contagem 
Diferencial: 
 
 
Histograma: 
v É a curva de frequência da distribuição e tamanho dos eritrócitos por volume de plasma. 
v Curva situa-se à esquerda: denota-se microcitose. 
v Curva situa-se à esquerda: direita, macrocitose. 
 
 
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   30	
  
Técnica Laboratorial (Automatizada): 
 
Há quatro sensores principais: 
û Impedância elétrica (corrente direta): realiza o exame diferencial de células imaturas 
û Citometria de fluxo fluorescente (detector de luz): contagem de reticulócitos, eritroblastos, 
plaquetas imaturas e contagem optica de plaqueta 
û Radiofrequência: diferencial de céls imaturas 
û Fotometria: Reação livre de cianeto. 
 
û células pequenas (linfócitos); 
û células médias (neutrófilos, eosinófilos e basófilos); 
û células grandes (monócitos). 
 
 
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   31	
  
ORGANOGRAMA DE RELAÇÃO DE ANEMIA COM OS ÍNDICES 
 
 
ANEMIA 
Hb baixo 
AVALIAÇÃO DO 
VCM 
ELEVADO	
  BAIXO	
   NORMAL	
  
C/	
  HCM	
  
NORMAL	
  
C/	
  HCM	
  
NORMAL	
  
C/	
  HCM	
  
NORMAL	
  
C/	
  HCM	
  
BAIXO	
  
C/	
  HCM	
  
BAIXO	
  
C/	
  HCM	
  
BAIXO	
  
As	
  vezes	
  (não	
  é	
  
sempre):	
  
-­‐	
  Deficiência	
  crônica	
  
-­‐	
  Deficiência	
  crônica	
  de	
  
ferro	
  
-­‐	
  Talassemia	
  
-­‐	
  Doença	
  crônica	
  
-­‐	
  Perda	
  aguda	
  de	
  
sangue	
  
-­‐	
  Doença	
  hemolítica	
  
-­‐	
  Doença	
  crônica	
  
-­‐	
  Doença	
  hipofisária	
  
-­‐	
  Doença	
  tireóidea	
  
-­‐	
  Doença	
  da	
  supra-­‐
renal	
  
-­‐	
  Anemia	
  antiga	
  
-­‐	
  Hipoplasia	
  de	
  M.	
  
Óssea	
  
-­‐	
  Intoxicação	
  de	
  
Chumbo	
  
-­‐	
  Deficiência	
  de	
  Vit.	
  B12	
  ou	
  Ac.	
  	
  
	
  	
  Fólico	
  
-­‐	
  Mal	
  absorção	
  de	
  Vit.	
  B12	
  ou	
  Ac.	
  
Fólico	
  
-­‐	
  Alcolismo	
  Crônico	
  
-­‐	
  Reticulocitose	
  
-­‐	
  Mielodisplasia	
  
-­‐	
  Indução	
  por	
  drogas	
  
-­‐	
  Alguns	
  casos	
  de	
  Hipotiroidismo	
  
-­‐	
  Alguns	
  casos	
  de	
  
doença	
  por	
  
deficiência	
  de	
  ferro	
  
CONFRONTE	
  OS	
  ACHADOS	
  HEMATOLÓGICOS	
  COM	
  A	
  HISTÓRIA	
  CLÍNICA	
  
REVEJA	
  OUTROS	
  EXAMES	
  BIOQUÍMICOS	
  OU	
  IMUNO-­‐HEMATOLÓGICOS	
  
-­‐	
  STATUS	
  DO	
  FERRO	
  
-­‐	
  ELETROFORESE	
  DE	
  HEMOGLOBINA	
  
-­‐	
  AVALIAÇÃO	
  DE	
  FUNÇÃO	
  TIREOIDEANA	
  E	
  HEPÁTICA	
  
-­‐	
  URANÁLISE	
  E	
  OUTROS	
  
	
  
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   32	
  
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