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PREFEITURA MUNICIPAL DE PITIMBU/PB INSCRIÇÃO NOME COMPLETO ❖ Ao ser autorizado o início da prova, verifique se a numeração das questões e a paginação estão corretas. ❖ O tempo de duração da totalidade das Provas Objetiva será de 03 (três) horas corridas para todos os cargos. Este tempo inclui o necessário para a transferência das respostas do rascunho para o CARTÃO RESPOSTA. ❖ Ao receber o CARTÃO RESPOSTA confira seu nome, número de inscrição e número do documento de identidade. ❖ O CARTÃO RESPOSTAS NÃO pode ser dobrado, amassado, rasurado, manchado ou conter qualquer registro fora dos locais destinados às respostas. ❖ A forma correta de assinalar a alternativa no CARTÃO RESPOSTA é preenchendo toda a área reservada à letra correspondente à resposta solicitada de cada questão. ❖ Assinale somente uma alternativa em cada questão. Sua resposta não será computada se houver marcação de mais de uma alternativa, questões não assinaladas ou questões rasuradas. ❖ O candidato só poderá se ausentar do local de prova após uma hora do início das provas e somente poderá anotar suas opções de respostas em formulário disponibilizado pelo fiscal de sala e, em hipótese alguma, levará consigo o caderno de provas e nem o Cartão Resposta. ❖ Os 03 (três) últimos candidatos deverão permanecer na sala de prova e somente poderão sair juntos do recinto, após a aposição em Ata de suas respectivas assinaturas. ❖ Após o término de sua prova, entregue obrigatoriamente ao fiscal, o Caderno de Questões e o CARTÃO RESPOSTA devidamente assinados. Havendo algum problema, informe imediatamente ao Aplicador de Provas, para que ele tome as providências necessárias. Caso o candidato não observe as recomendações acima, não lhe caberá qualquer reclamação posterior PROFESSOR FUNDAMENTAL II - HISTÓRIA ❖ Ao receber este caderno, verifique se: ▪ A sua opção de CARGO está correta. ▪ Contém 34 QUESTÕES de múltipla escolha, numeradas de 01 a 34. ▪ Caso contrário, solicite ao fiscal da sala outro caderno. NÃO SERÃO ACEITAS RECLAMAÇÕES POSTERIORES. I N S T R U Ç Õ E S G E R A I S INSCRIÇÃO ~ 2 ~ CARGO: PROFESSOR FUNDAMENTAL II - HISTÓRIA LÍNGUA PORTUGUESA Texto I O cerco a Google e Facebook Por Helio Gurovitz - 01/07/2020 07h35 Diretor de redação da revista Época por 9 anos. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 A pandemia do novo coronavírus contribuiu para deixar ainda mais evidente o papel nefasto da desinformação na sociedade contemporânea. Além da tragédia provocada pelas mortes, o mundo paga um preço altíssimo por aquilo que, logo no início, a Organização Mundial da Saúde (OMS) qualificou como uma “infodemia”. As redes sociais são há muito tempo o palco preferido de charlatães, teóricos da conspiração e políticos inescrupulosos. A Covid-19 só tornou isso mais evidente. Da cloroquina ao “isolamento vertical”, o negacionismo dos fatos e da ciência tem custado milhares de vidas. Não é a primeira vez. Basta lembrar o genocídio da minoria Rohingya em Mianmar, que começou com uma campanha no Facebook. Desde o início da década, ficou claro que o sonho de liberdade trazido pela internet se transformara em pesadelo. Facebook, WhatsApp, Instagram, YouTube, Twitter e quejandos se tornaram veículos para campanhas de desinformação que não apenas tornaram a política refém do discurso de grupos extremistas, mas deram impulso ao preconceito, ao racismo e ao discurso de ódio. (...) Há, porém, vários sinais de que as sociedades democráticas não estão mais dispostas a tolerar o atual statu quo, representado pela atitude arrogante de Mark Zuckerberg – uma mistura de indiferença, oportunismo e irresponsabilidade. Um deles foi dado ontem pelo Senado, ao aprovar, por 44 votos a 32, o Projeto de Lei 2.630/2020, de combate a notícias falsas. (...) Não só o Brasil tem apertado o cerco contra Facebook e Google. Na Alemanha, desde 2017, são obrigados a retirar discurso de ódio do ar em questão de horas, sob pena de multas de até € 50 milhões. A França aprovou em maio uma lei em tons semelhantes, depois alterada pelo Conselho Constitucional, sob o argumento de que as redes sociais seriam incentivadas a retirar qualquer conteúdo do ar preventivamente – e de que isso ameaçava a liberdade de expressão. A decisão final, como no texto aprovado aqui, continuará cabendo à Justiça. A maior pressão contra as plataformas da internet tem vindo não apenas das autoridades, mas do mercado. E não só na Europa ou no Brasil, mas lá mesmo nos Estados Unidos – terra onde a liberdade de expressão é um valor constitucional sacrossanto, e empresas do Vale do Silício são endeusadas como ícones do empreendedorismo. Desde 2016, o Facebook tem sido acusado, pela direita, de restringir publicações conservadoras e, pela esquerda, de ser responsável pela desinformação que elegeu Donald Trump. A ameaça de regulação mais dura fez Zuckerberg, em contraste com a inclinação natural do Vale do Silício, se aproximar de Trump, com quem esteve duas vezes no ano passado (a última, em jantar reservado na Casa Branca). Os ventos da política têm soprado contra Zuckerberg. O favoritismo de Joe Biden nas eleições de novembro é único na história americana. O racismo se tornou um tema central na campanha depois do assassinato de George Floyd em Minneapolis. Facebook e YouTube se tornaram alvos imediatos, por funcionarem como veículos de propagação do discurso de ódio. (...) A “infodemia” deixou ainda mais claro para todos o preço da irresponsabilidade de Google e Facebook. A liberdade de expressão, que ambos dizem defender, sempre deve ser protegida como valor fundamental. Mas é preciso não cair na falácia de que tal liberdade implica o direito a uma plataforma de alcance global para propagar diante de uma audiência de milhões, não raro sob a proteção do anonimato, o racismo, o ódio, a mentira e a morte. Disponível em https://g1.globo.com/mundo/blog/helio-gurovitz/post/2020/07/01/o-cerco-a-google-e-facebook.ghtml. Acesso em 01/07/2020. 1. No Texto I, o jornalista Helio Gurovitz tem o objetivo principal de A) informar os últimos acontecimentos que envolvem as redes sociais no Brasil e no mundo, defendendo que o papel das redes nas relações humanas se tornou algo fundamental. B) estabelecer uma comparação entre fatos presentes e passados que colaboraram para a propagação do ódio entre comunidades, mostrando que isso é um movimento que se repete de tempos em tempos. C) convencer os leitores de que as redes sociais estão prestando um desserviço à sociedade e que, além dos países, as pessoas também precisam combater o ódio, desconectando- se desses ambientes virtuais. D) explicar o panorama atual de retaliação às redes sociais por sua inércia em relação à propagação dos discursos de ódio e manifestar a sua posição diante dessa problemática. 2. “Facebook, WhatsApp, Instagram, YouTube, Twitter e quejandos se tornaram veículos para campanhas de desinformação que não apenas tornaram a política refém do discurso de grupos extremistas, mas deram impulso ao preconceito, ao racismo e ao discurso de ódio” (linhas 9 a 11 do Texto I). A expressão grifada no período poderia ser substituída por qual outra expressão, que mantivesse o mesmo sentido com que foi empregada no texto? A) “Facebook, WhatsApp, Instagram, YouTube, Twitter e escritórios cibernéticos se tornaram veículos...” B) “Facebook, WhatsApp, Instagram, YouTube, Twitter e sites jornalísticos se tornaram veículos...” C) “Facebook, WhatsApp, Instagram, YouTube, Twitter e outras redes sociais se tornaram veículos...” D) “Facebook, WhatsApp, Instagram, YouTube, Twitter e grupos de hackers se tornaram veículos...” https://g1.globo.com/mundo/blog/helio-gurovitz/post/2020/07/01/o-cerco-a-google-e-facebook.ghtml~ 3 ~ CARGO: PROFESSOR FUNDAMENTAL II - HISTÓRIA 3. O Texto I pode ser classificado, de acordo com suas características, como sendo A) um artigo de opinião. B) uma crônica narrativa. C) uma carta aberta. D) um editorial. 4. Na oração “Basta lembrar o genocídio da minoria Rohingya em Mianmar, que começou com uma campanha no Facebook” (linhas 6 e 7 do Texto I), a vírgula foi empregada corretamente, pois está A) separando o aposto do elemento a que se refere. B) separando a oração principal da oração adjetiva explicativa. C) separando elementos que exercem a mesma função sintática no período. D) separando a oração coordenada assindética da oração sindética explicativa. 5. “Há, porém, vários sinais de que as sociedades democráticas não estão mais dispostas a tolerar o atual statu quo...” (linha 12 do Texto I). Na oração destacada, o verbo haver está no singular porque A) é um verbo impessoal, que deve sempre permanecer no singular, já que não apresenta sujeito. B) é um verbo regular, que deve permanecer sempre no singular, já que não apresenta sujeito. C) é um verbo pessoal, que deveria estar no plural para concordar com o sujeito “vários sinais”. D) é um verbo defectivo, que deve ficar no singular, pois o seu sujeito está no singular. Texto II O sociólogo Zygmunt Bauman, em Burgos (Espanha), fala em entrevista sobre o impacto das redes sociais. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 (...) P. As redes sociais mudaram a forma como as pessoas protestam e a exigência de transparência. Você é um cético sobre esse “ativismo de sofá” e ressalta que a Internet também nos entorpece com entretenimento barato. Em vez de um instrumento revolucionário, como alguns pensam, as redes sociais são o novo ópio do povo? R. A questão da identidade foi transformada de algo preestabelecido em uma tarefa: você tem que criar a sua própria comunidade. Mas não se cria uma comunidade, você tem uma ou não; o que as redes sociais podem gerar é um substituto. A diferença entre a comunidade e a rede é que você pertence à comunidade, mas a rede pertence a você. É possível adicionar e deletar amigos, e controlar as pessoas com quem você se relaciona. Isso faz com que os indivíduos se sintam um pouco melhor, porque a solidão é a grande ameaça nesses tempos individualistas. Mas, nas redes, é tão fácil adicionar e deletar amigos que as habilidades sociais não são necessárias. Elas são desenvolvidas na rua, ou no trabalho, ao encontrar gente com quem se precisa ter uma interação razoável. Aí você tem que enfrentar as dificuldades, se envolver em um diálogo. O Papa Francisco, que é um grande homem, ao ser eleito, deu sua primeira entrevista a Eugenio Scalfari, um jornalista italiano que é um ateu autoproclamado. Foi um sinal: o diálogo real não é falar com gente que pensa igual a você. As redes sociais não ensinam a dialogar porque é muito fácil evitar a controvérsia… Muita gente as usa não para unir, não para ampliar seus horizontes, mas ao contrário, para se fechar no que eu chamo de zonas de conforto, onde o único som que escutam é o eco de suas próprias vozes, onde o único que veem são os reflexos de suas próprias caras. As redes são muito úteis, oferecem serviços muito prazerosos, mas são uma armadilha. (...) Disponível em https://brasil.elpais.com/brasil/2015/12/30/cultura/1451504427_675885.html. Acesso em 07/07/2020. 6. Qual é a opinião de Zygmunt Bauman sobre as redes sociais serem ou não um instrumento revolucionário? A) Para o sociólogo, as redes sociais ofereceram uma oportunidade única das pessoas se envolverem com as questões políticas pertinentes a cada país. B) Para o sociólogo, as redes sociais configuram um risco à integridade moral e física dos seus usuários, que agem alienadamente nesse ambiente. C) Para o sociólogo, as redes sociais promoveram o fechamento de seus usuários em bolhas ideológicas que dificultam a relação destes com o diferente. D) Para o sociólogo, as redes sociais representam um excelente instrumento revolucionário para promover lutas sociais que antes não teriam vez nem voz. https://brasil.elpais.com/brasil/2015/12/30/cultura/1451504427_675885.html ~ 4 ~ CARGO: PROFESSOR FUNDAMENTAL II - HISTÓRIA 7. “A diferença entre a comunidade e a rede é que você pertence ๠comunidade, mas a rede pertence a² você” (linhas 12 a 14 do Texto II). No período em destaque, observa-se que, em dois momentos de uso do verbo “pertencer”, ocorreram duas situações de uso do “A”, uma com crase e outra sem crase. Por quê? A) I. Ocorre crase, porque se trata de expressão adverbial feminina. II. Não ocorre crase, porque há apenas a preposição A e o pronome você não aceita o artigo A. B) I. Ocorre crase, porque o verbo pede a preposição A e o substantivo feminino seguinte aceita o artigo A. II. Não ocorre crase antes de palavras masculinas. C) I. Ocorre crase, porque o verbo pede a preposição A, independente do substantivo que o segue. II. Não ocorre crase, porque há apenas o artigo A e o pronome você não aceita a preposição A. D) I. Ocorre crase, porque o verbo pede a preposição A e o substantivo feminino seguinte aceita o artigo A. II. Não ocorre crase, porque há apenas a preposição A e o pronome você não aceita o artigo A. 8. “Elas são desenvolvidas na rua, ou no trabalho, ao encontrar gente com quem se precisa ter uma interação razoável. Aí você tem que enfrentar as dificuldades, se envolver em um diálogo” (linhas 19 a 23 do Texto II). O termo “aí”, empregado na fala de Bauman, é uma marca de oralidade que pode ser substituída por qual expressão formal? A) então B) porque C) quando D) já que 9. No período composto “Mas, nas redes, é tão fácil adicionar e deletar amigos que as habilidades sociais não são necessárias” (linhas 18 e 19 do Texto II), a oração em destaque pode ser classificada como A) subordinada substantiva subjetiva. B) subordinada adverbial comparativa. C) subordinada adverbial consecutiva. D) subordinada adjetiva restritiva. 10. Na oração destacada “Muita gente as usa não para unir, não para ampliar seus horizontes (...)” (linhas 28 e 29 do Texto II), o pronome “as” está exercendo função sintática de A) sujeito. B) objeto direto. C) objeto indireto. D) adjunto adnominal. CONHECIMENTOS SOBRE PITIMBU 11. Sobre a agricultura de Pitimbu-PB, nota-se grande diversificação da atividade primária no município, situado na região da Zona da Mata (Atlântica) do Sul nordestina. Segundo o IBGE, em 2017, foram produzidas mais de 5 mil toneladas de frutas, dentre elas mamão, abacate, abacaxi, maracujá, banana, manga, coco-da-baía, castanha de caju e limão, além de raízes, grãos e leguminosas, e 140 mil toneladas de cana de açúcar. Levando em consideração os fatores biogeográficos e climáticos que contribuem para esse perfil produtivo agrícola de Pitimbu-PB, correlacione as colunas abaixo: A Topografia B Tropicalidade C Luminosidade D Precipitação ( ) Relevo relativamente pouco acidentado, com predomínio de feições colinosas e planícies, com pequena distância entre a cobertura de solo e o lençol freático. ( ) Grande incidência de radiação eletromagnética ao longo de todo o ano, dada a posição continental em região de baixa latitude. ( ) Alta nos períodos entre abril e julho e baixa outubro e janeiro, proporcionando sazonalidade a tipos de cultura existentes em Pitimbu-PB. ( ) Característica variante entre temperaturas médias e altas (entre 20º e 31ºC), que aumentam e diminuem conforme as estações menos e mais chuvosas, respectivamente, com umidade relativamente alta vinda do mar e da vegetação atlântica. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta obtidano sentido de cima para baixo. A) A, B, C, D B) A, B, D, C C) B, D, A, C D) A, C, D, B 12. O município de Pitimbu-PB situa-se na faixa costeira da Paraíba, sendo predominantemente composto por rochas sedimentares formadas a partir de processos deposicionais relativamente recentes. Com base na formação geológica da Paraíba, assinale a alternativa que contenha a Era e os tipos mais comuns de rochas e minerais encontrados em Pitimbu- PB. A) Era Fanerozoica, encontrando pegmatitos, esteatitos e gnaisses. B) Era Proterozoica, com incidência de granitos, arenitos e folhelhos. C) Era Cenozoica, apresentando conglomerados, arenitos, micas e feldspatos. D) Era Mesozoica, com presença de hematitas, limonitas, magnetitas e pirolusitas. ~ 5 ~ CARGO: PROFESSOR FUNDAMENTAL II - HISTÓRIA 13. De acordo com a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (SUDEMA), o município de Pitimbu-PB conta com duas Unidades de Conservação (UC), que tem por objetivo fundamental proteger o equilíbrio e a biodiversidade dos ambientes naturais do litoral sul-paraibano. Considerando os tipos de Unidades de Conservação existentes em Pitimbu-PB, assinale a alternativa que represente essas delimitações e suas localizações geográficas. A) A Área de Proteção Ambiental (APA) de Tambaba, ao norte, e a Reserva Extrativista Acaú de Goiana, ao sul. B) A Área de Relevante Interesse Econômico (ARIE) de Acaú, ao norte, e a Unidade de Proteção Ambiental (UPA) de Goiana, ao sul. C) A Área de Proteção Permanente (APP) de Abiaí, na faixa central do município e a Área de Proteção Ambiental (APA) de Graú, ao norte. D) O Parque Estadual de Goiana, ao sul, e a Área de Relevante Interesse Econômico (ARIE) de Acaú, ao norte. 14. Leia o trecho a seguir: Em janeiro de 1983, o Centro de Defesa dos Direitos Humanos da Arquidiocese da Paraíba publicou uma edição especial, intitulada “CAMUCIM”. Esta apresentava diversos relatos relacionados às publicações veiculadas em diversos jornais das décadas de 1980 e 1981. Essas publicações mostravam o conflito entre os camponeses que reivindicavam a desapropriação das terras da Fazenda Camucim e os grandes latifundiários da Usina Tabu. Naquele momento, os conflitos foram motivados pela implantação da monocultura canavieira. (SILVA, Wandson. A dinâmica natural e a ação do homem na transformação do meio: uma análise geoambiental no município de Pitimbu-PB, 2017, p. 58). Considerando esse trecho e o momento histórico retratado, assinale a alternativa correta que represente a conjuntura política e econômica do Brasil em que ocorre a implantação da monocultura canavieira em Pitimbu-PB. A) Surge na época do Governo Geral (1549), quando o ciclo do pau-brasil se encerra e muitos engenhos se instalam próximos ao Rio Acaú, transformando Pitimbu-PB em um centro da produção exportação canavieira. B) Inicia-se a partir do Programa Nacional do Álcool (PROÁLCOOL), criado em 1975, durante a Ditadura Militar (1964-1985), que visava atender a demanda mundial de produção de biocombustíveis pós crise do petróleo em 1973. C) Começa com a implantação da Medida nº. 13.854, a partir da fundação da Cooperativa de Cana-de-Açúcar (COOPCAN), que aproveita a grande massa de trabalhadores rurais que saem de Alhandra-PB para Pitimbu-PB, durante a década de 1960, quando o município se torna autônomo. D) Funda-se durante a Política Nacional do Biodiesel, após o ano de 2006, durante o governo Lula (2003-2010), que redirecionou investimentos para o nordeste do Brasil e diversificar a produção agroindustrial da região. CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 15. Atualmente, com o desenrolar dos efeitos vividos ao longo do século XX e das duas grandes guerras mundiais, o Extremo Oriente da Ásia revela territórios de grande tensão, que só podem ser entendidos a partir da perspectiva histórica. Dentre eles, podemos destacar, sem dúvidas, a divisão entre Coreia do Sul e Coreia do Norte. Se durante a Dinastia Goryeo (Koryo) (918-1392), liderada pelo Imperador Tae-Jo, houve uma grande unidade e produção de um Império consolidado, uniforme e com forte identidade, hoje, resta conflitos e diferenças políticas e econômicas entre os dois povos. Com base nisso, afirma-se que a divisão entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul relaciona-se a que causa: A) Fortemente de contexto histórico-geopolítico, dado pela interferência ocidental britânica-estadunidense, no qual o paralelo 38 dividiu territorialmente os povos goryeo em dois, um aliado aos EUA, ao Sul e outro aliado a URSS, ao Norte. B) Estritamente étnico-racial, pois os modos de vida dos povos norte e sul coreanos eram diametralmente opostos, conflitantes de habitarem uma mesma porção territorial. C) Por causa do movimento criado por Kim Il-Sung (1912-1994), que liderou tropas norte-coreanas para Seul, no intuito de conquistar e dominar o povo sul-coreano. D) A 1ª Guerra Mundial, que se aproveitou da projeção do Império Japonês para ampliar seu domínio histórico no Pacífico oriental, conquistando a península coreana, dividindo-a em Sul, parte japonesa e norte, parte chinesa. 16. Leia o trecho a seguir: Aquela associação, contudo, assinalava, nos maiores Estados, um evidente deslocamento da ideologia nacionalista para a direita, especialmente na década de 1890, quando vemos, por exemplo, as antigas organizações de massas do nacionalismo alemão, as Turner (associações de ginástica), desviarem-se do liberalismo herdado da revolução de 1848, para uma postura militarista, agressiva e antissemita. set. 2020. (HOBSBAWN, Eric. A Era dos Impérios. Ed. Paz & Terra, 1988, p. 143). O deslocamento da ideologia nacionalista à direita, identificada por Hobsbawn, na transição do século XIX para o XX, demarca A) a criação de um movimento antissemita de esquerda, notadamente liderado por Lenin, na fundação da URSS. B) a escalada nazi-fascista na Europa, principalmente nos países recém-unificados, Alemanha e Itália, respectivamente. C) o surgimento de uma nova classe social, que defendia a produção de uma nova consciência baseada na incorporação dos valores judaico-cristãos, inclusive pela cultura. D) a fundação de dezenas de partidos sociais-democratas na Europa, principalmente o PNSF (Partido Nacional Socialista Francês) e o PNDI (Partido Nacional Democrata da Itália). ~ 6 ~ CARGO: PROFESSOR FUNDAMENTAL II - HISTÓRIA 17. Leia o excerto a seguir: Enquanto isso, fora do raio de ação da literatura, a cultura do povo comum seguia seu caminho. Nas partes não urbanas e não industriais do mundo, pouco mudou. As canções e festas da década de 1840, os costumes, motivos e cores das artes decorativas do povo, o padrão de seus hábitos continuavam a ser quase os mesmos de 1789. A indústria e o desenvolvimento das cidades começaram a destruí-los. Ninguém poderia viver em uma cidade industrial da mesma maneira que o havia feito em uma aldeia, e todo o complexo da cultura necessariamente teria que se esfacelar com o colapso da armação social que o mantinha unido e o dava forma. (HOBSBAWN, Eric. As Artes. In: A Era das Revoluções: 1789-1848 / Eric Hobsbawn 10ª ed., Paz & Terra, ano, p. 296). A discussão de Hobsbawn sobre a Literatura e as Artes na Europa centravam-se na relação com A) a instituição de uma referência cultural padronizada, nos moldes da arte sacralizada da Idade Média, nos traços da Transfiguração de R. Sanzio, no século XVI. B) o fato de que as sociedades que antes viviam em aldeias estarem muito mais apegadas com o solo e as interações com a natureza do que a sociedade europeia, artificializada, marcada pelo auge do Naturalismo. C) a discordância das práticas culturais anteriores ao século XIX na Europa, com uma sociedade europeia em crescente movimento de urbano-industrialização e transformação das relações sociais, impactando no romantismo.D) o surgimento do movimento romântico nos centros culturais europeus, que conviviam com a unificação de fronteiras agrícolas e mudanças nas relações de trabalho no campo, desdobrando-se na substituição do ócio pelo negócio. 18. A intensificação das disputas geopolíticas e o início do capitalismo comercial pode ser identificado desde as Grandes Navegações (XV-XVII), que marcou oficialmente a fundação da era do mercantilismo europeu. A partir das questões relacionadas às Grandes Navegações, analise as afirmações a seguir e as identifique com “V”, se verdadeiras, e com “F”, falsas: ( ) O Mercantilismo Europeu dependeu das Grandes Navegações para se expandir pelo mundo. ( ) Pode-se afirmar que as redes comerciais dos países europeus foram ampliadas entre os séculos XV e XVIII. ( ) O país que mais se beneficiou posteriormente às Grandes Navegações foi a Grã-Bretanha. ( ) Foi no contexto das Grandes Navegações que surgiram os movimentos nacionais socialistas. Assinale a alternativa que contém a sequência correta. A) V, F, V, F B) V, V, F, V C) V, F, V, F D) V, V, V, F 19. Leia o excerto de J. Brotton (2014), abaixo reproduzido: Em julho de 1664, Janssonius morreu. Nos mesmos cinco anos em que Blaeu lançou suas edições, Janssonius conseguira publicar seu Atlas maior em holandês, latim e alemão. A edição holandesa, publicada em nove volumes separados entre 1658 e 1662, seguia uma sequência semelhante à de Bleau e continha 495 mapas. A edição alemã em onze volumes, de 1658, apresentava nada menos que 547 mapas. Janssonius talvez não tivesse os recursos de publicação e as conexões políticas de Blaeu, mas praticamente até o dia em que morreu ele continuou a ser páreo para seu grande rival na publicação de atlas intensos. Se tivesse vivido mais tempo, a história da supremacia final da cartografia holandesa de Blaeu poderia ter sido muito diferente. (BROTTON, Jerry. Uma história do mundo em doze mapas. Zahar, 2014, p. 321). Considerando a competição entre os cartógrafos Janssonius e Blaeu, é possível constatar que a importância histórica de mapas nesse período devia-se A) a cada vez mais intensa competição pela Ibéria, Flandres e Germânia na produção de materiais de imprensa, para conferir. B) à centralização cada vez maior desses países capitalistas, em especial, que centraram as principais revoluções técnicas e políticas no período. C) à relação direta entre a produção de conhecimento cartográfico-territorial impresso, como instrumento informacional essencial no projeto de expansão do mercantilismo europeu. D) ao relacionamento entre o interesse das Companhias das Índias Orientais e Ocidentais, com sede no atual Países- Baixos e Alemanha, que demandavam a produção de mapas para os navegadores. ~ 7 ~ CARGO: PROFESSOR FUNDAMENTAL II - HISTÓRIA 20. Observe a litografia “A Check: Keep your distance”, de N. Currier (1853), abaixo reproduzida: Fonte: Library of Congress. Disponível em: https://www.loc.gov/resource/pga.03626/ Acesso em 07 ago 2020. Considerando o conteúdo e o contexto da obra, assinale a alternativa que melhor traduz seu significado. A) A obra de N. Currier, litógrafo revolucionário francês, destaca os conflitos entre girondinos e jacobinos nas planícies francesas de Bordeaux, durante a Revolução Francesa. B) A litografia representa o contexto da Marcha para Oeste nos EUA, na qual caçadores, mercenários e cidadãos armados expandiam terras para o Oeste, passando pela planície do Mississipi. C) O retrato demarca a situação dos sertanejos bandoleiros americanos, na criação de cavalos e caça de animais silvestres, fundamentais para o processo de formação territorial do país durante o século XX. D) Currier pretendeu com essa litografia relembrar os estadunidenses da Guerra de Secessão (Guerra Civil), e de como a bravura dos homens garantiu a vitória do Sul sobre o Norte no conflito. 21. Leia o texto a seguir: A presença Charrua passou a incomodar os colonizadores na época de formação dos Estados Nacionais uruguaio e argentino. Quando os grandes fazendeiros começaram a medir os campos, criar gado e tomar conta da região, os índios que vagavam pelos Pampas passaram a representar uma ameaça, pois invadiam as terras privadas. Nos séculos XVIII e XIX, houve um processo avassalador de conquista e extermínio, tanto que grupos que antes tinham uma identidade diferente (Charrua e Minuano) precisaram se unir para fazer face a essa violência. Em 1701, ocorreu um ataque Charrua ao altar e à Igreja na redução de Japeju – noroeste do Rio Grande do Sul, margem direita do rio Uruguai. Para se vingar, os colonizadores perseguiram os índios pela mata, aprisionaram e exterminaram cerca de 500 índios, conforme documentos da época. Alguns massacres posteriores são comprovados por material fotográfico que mostra corpos de Charrua brutalmente assassinados. Durante longo tempo, essas fotografias foram mantidas em sigilo em repartições e bibliotecas uruguaias. Fonte: (PRETCH & TIMM, A saga dos índios charrua: uma retrospectiva histórica da etnia pampeana até sua dizimação. Reportagem realizada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mai. 2011). Disponível em: http://www.ufrgs.br/ensinodareportagem/cidades/charrua.html Acesso em: 06 ago 2020. De acordo com Pretch & Timm (2011), os povos Charrua habitavam A) a região Sul do Brasil e Norte do Uruguai. B) a região Sul, principalmente nos estados do Paraná e Sul Matogrossense. C) a região do nordeste brasileiro, apenas. D) toda a Bacia do Pantanal, inclusive na Bolívia e Peru. 22. Observe a reprodução fotográfica da imagem a seguir: Fonte: Library of Congress. Disponível em: https://www.loc.gov/resource/ppmsca.66704/ Acesso em: 05 ago 2020. Assinale a alternativa que apresenta o correto momento histórico a que a imagem se refere. A) Adoecimento de George Washington, durante a fundação dos EUA. B) Estado de coma de Franklin Roosevelt, após o fim da 2ª Guerra Mundial. C) Dura recuperação de saúde após o atentado contra Thomas Jefferson, em 1865. D) Morte de Abraham Lincoln, durante a Guerra de Secessão. https://www.loc.gov/resource/pga.03626/ http://www.ufrgs.br/ensinodareportagem/cidades/charrua.html https://www.loc.gov/resource/ppmsca.66704/ ~ 8 ~ CARGO: PROFESSOR FUNDAMENTAL II - HISTÓRIA 23. A cultura brasileira, formada a partir da mistura de matrizes ocidentais e orientais, e sobretudo da confluência entre os nativos de Abya Yala (América), os saberes e práticas espaciais da África Preta (Angola e Congo), é pouco discutida nas escolas se considerarmos a perspectiva de quem habitava antes nossas terras. Uma das maiores críticas feitas pelo movimento Decolonial, consiste na referência sempre cimentada e estática sobre a narrativa eurocêntrica de conhecimento, como se a história fosse fundada pela chegada das naus de Cabral. Observe a pintura “Procissão da Rainha da América” (1599), que retrata alguns adereços típicos dos povos Tupinambá, que viviam no Brasil. Fonte: Disponível em: http://www.figura.art.br/images/2018_2/2018_62_articles_1_buono.pdf Acesso em 07 ago 2020. Sobre esse registro, afirma-se corretamente que A) foi feito por Hans Staden, a mando da Coroa Portuguesa, para fazer levantamento sobre os modos de vida na sociedade americana do século XVII. B) representa principalmente a relação das sociedades Tupinambá com seu entorno, os tipos de adereços e adornos, dentre eles o manto Tupinambá, envolto no homem à direita. C) representa as viagens dos naturalistas britânicos que foram para a região do México, mais especificamente na península de Iucatã, no auge do Império Asteca (1599). D) representa o modo de vida dos povos originários da América, retratando-os comotípicos selvagens que não estão aptos para viverem em sociedade, como os europeus, expresso no contato da pessoa com a ave. 24. No período inicial da Modernidade, muitos mapas se mantiveram sigilosos por determinação de seus donos, em especial, os governos, e esse sigilo topográfico se manteve após 1750. Os resultados dos levantamentos militares na Silésia, do Império dos Habsburgo e da Índia, não tiveram autorização para ser publicados. O mesmo aconteceu com os mapas feitos no Egito durante a expedição francesa de 1798, embora essa proibição tenha sido cancelada depois da queda de Napoleão, em 1815. Não é difícil encontrar casos relativamente recentes de sigilo topográfico. Na Rússia soviética, por exemplo, os naukograds, ou “cidades da ciência” (centros para pesquisas nucleares, como Sarov, Seversk e Dubna), eram invisíveis nos mapas e em outros documentos públicos, mesmo na época de Gorbatchov e da glasnost, até que Boris Iéltsin ergueu o véu em 1992. (BURKE, Peter. Uma história social do conhecimento II. Zahar, 2012, p. 180- 181). Tendo-se em conta a função política histórica de mapas e representações de poder trazida no texto, assinala-se que: A) O trecho do historiador P. Burke revela o caráter político da produção de documentos estratégicos e a seletividade da divulgação, sendo a censura e negligência fatores inerentes ao conhecimento tático. B) Burke nega a centralidade de conhecimento produzida na Europa Moderna, entre os séculos XVI-XX, argumentando sobre a ausência da produção de bons documentos que subsidiassem o domínio do continente sobre o mundo. C) As discussões de P. Burke desvalorizam o conhecimento científico produzido pelos soviéticos, denunciando a dificuldade obtida no tratamento e divulgação das informações, como cita no caso de Sarov, Seversk e Dubna. D) O historiador ressalta o descontentamento dos historiadores com os cartógrafos quanto a incapacidade desses últimos de produzir informações topograficamente fidedignas. http://www.figura.art.br/images/2018_2/2018_62_articles_1_buono.pdf ~ 9 ~ CARGO: PROFESSOR FUNDAMENTAL II - HISTÓRIA 25. Leia o trecho da canção de Elis Regina, “O Bêbado e a Equilibrista” (1979), reproduzido a seguir: Caía a tarde feito um viaduto E um bêbado trajando luto Me lembrou Carlitos A lua, tal qual a dona do bordel Pedia a cada estrela fria Um brilho de aluguel E nuvens, lá no mata-borrão do céu Chupavam manchas torturadas Que sufoco! Louco! O bêbado com chapéu-coco Fazia irreverências mil Pra noite do Brasil, Meu Brasil! Que sonha com a volta do irmão do Henfil Com tanta gente que partiu Num rabo de foguete Chora A nossa Pátria mãe gentil Choram Marias e Clarices No solo do Brasil Fonte: Letras.br. Disponível em: Acesso em: 07 ago 2020. Considerando a MPB e o conteúdo expresso na música de Aldir Blanc e João Bosco, assinale a alternativa que corresponde melhor à crítica feita através de sua letra. A) A principal mensagem transmitida pela música consiste na dificuldade de ser mulher durante a década de 1960 no Brasil, pela ausência de direitos e supressão da liberdade. B) Uma crítica direta ao alcoolismo, decorrente da influência cada vez maior da cultura de massas, que induzia o consumo de bebidas no Brasil recém-industrializado. C) A canção é uma crítica indireta ao período de Ditadura Civil- Militar (1964-1985) no Brasil, que pode ser percebida na segunda estrofe, sendo o bêbado, a figura do militar. D) Um símbolo de resistência frente à opressão sofrida pelas garotas de programa e ao machismo arraigado na cultura brasileira da metade do século XX, como consta na primeira estrofe. 26. A Formação do Povo Brasileiro foi bastante complexa e contou com a fusão genética, fenotípica, de diferentes universos de hábitos e costumes que delinearam os traços fundamentais do que hoje conhecemos como a sociedade brasileira. Como resgata Nina Rodrigues (1932), um dos mais importantes povos que habitaram e contribuíram – se não, o principal - para a formação de Brasil foram os povos da África Preta, trazidos para o país na condição de escravizados. Com base nessa afirmação, relacione a seguir os povos da África Preta, que ajudaram a construir o Brasil com suas principais características históricas-antropológicas. A Fula-Fulo. B Bantu. C Haúça. D Mandingo. ( ) Pretos vindos da mistura entre árabes e hamitas (africanos do norte) com os africanos do Sul (da região do norte da Floresta Equatorial), de rosto oval, nariz proeminente, que desembarcaram predominantemente no Brasil nas regiões de Minas Gerais e São Paulo. ( ) Certamente a maior carga de pretos africanos que desembarcou no Brasil, sobretudo na região nordeste, vindos da África Subsaariana, da região do Congo-Angola. ( ) Relacionam-se em partes com os Fulas, miscigenados com o sangue hamita e berbere, muito presentes no estado da Bahia, contudo preservando o fenótipo típico dos povos pretos, reunindo grupos Niam Niam e Mangbatu, por exemplo. ( ) Fusão de árabes com tuaregues, apresentando alta variabilidade de tons de pele, sendo também conhecido como Maninka e Dioula. A sequência correta obtida no sentido de cima para baixo é: A) A, B, D, C B) B, D, A, C C) D, B, A, C D) A, B, C, D ~ 10 ~ CARGO: PROFESSOR FUNDAMENTAL II - HISTÓRIA 27. Leia o trecho a seguir: O patriotismo, portanto, deslocou-se para a direita política, não só por se haver desbaratado seu antigo companheiro, o liberalismo burguês, mas por já não se manter a situação internacional que anteriormente havia tornado compatíveis liberalismo e nacionalismo. Até a década de 1870 — talvez até o Congresso de Berlim, em 1878 — se poderia afirmar que o ganho de uma nação-Estado não significava necessariamente uma perda para outra. Na verdade, o mapa da Europa havia sido transformado pela criação de duas importantes nações- Estado (Alemanha e Itália) e pela formação de diversas outras de menor porte, nos Bálcãs, sem que tudo isso desse em guerra ou numa intolerável desintegração do sistema internacional dos Estados. (HOBSBAWN, Eric. A Era dos Impérios.) O trecho escrito pelo historiador E. Hobsbawn, refere-se A) ao fim da Primeira Guerra Mundial (1918) e as novas relações de produção e de negociações geopolíticas, marcando a passagem de um Estado-Nação que servia ao Capitalismo Industrial. B) à forte influência dos banqueiros judeus que viviam na Europa Central, que fundaram a direita política, que defendiam o liberalismo econômico e a supressão dos marxistas. C) à consolidação das forças hegemônicas que disputaram a 1ª e a 2ª Guerra Mundial, sobretudo aquelas aliadas ao patriotismo de direita, fascismo e nazismo, respectivamente. D) ao contexto Histórico da Idade Moderna, posterior a fundação do Estado-Moderno (Estado Nação) no século XVIII e XIX, indicando para a aliança patriótica entre Alemanha e Itália. 28. A China é uma civilização milenar. Os primeiros registros dos povos Han, etnia majoritária da China, datam de mais de 4.000 a.C. O grande país do dragão, que sempre elegeu um Imperador que comandava o “Tudo sob o céu”, até o século XX ainda funcionava em um regime monárquico e eminentemente agrário, perfil produtivo econômico fundamental na sociedade chinesa. Levando em conta os principais marcos e personalidades históricas da China, relacione a seguir as colunas com as personagens e suas contribuições correspondentes para a história do país. A Máo Zé-Dōng. B Xí Jìnpíng C Dèng Xiǎopíng. D Kǒng Fū Zǐ. ( ) O principal fundador da Filosofia Oriental Chinesa, escritor de “Os Analectos”, influenciando Mêncio e Zhu Xi, no século VI a.C. ( ) Líder atual do Partido Comunista Chinês, responsávelpor projetos atuais como o Belt and Road Initiative (Nova Rota da Seda) e a Guerra Comercial contra os EUA. ( ) Responsável pela fundação da República Popular da China (1949), por revolucionar e romper com a instabilidade política anterior, bem como a idealização e implantação do projeto “Gande Salto Adiante” (1958), bastante controverso e criticado por economistas (neo)liberais, que desencadeou a Grande Fome Chinesa (1958-1961). ( ) Assumiu a presidência da China em 1978, implantando o modelo “Socialista de Mercado” ou “Capitalista de Estado” que até hoje perdura no país, impulsionando a economia chinesa em uma escala planetária, principalmente após a criação das Zonas Econômicas Especiais (ZEEs). A sequência correta obtida no sentido de cima para baixo é: A) A, B, D, C B) C, B, A, D C) D, B, A, C D) A, D, C, B ~ 11 ~ CARGO: PROFESSOR FUNDAMENTAL II - HISTÓRIA 29. Leia o trecho de D. Harvey, a seguir reproduzido: A acumulação flexível, como vou chamá-la, é marcada por um confronto direto com a rigidez do fordismo. Ela se apoia na flexibilidade dos processos de trabalho, dos mercados de trabalho, dos produtos e padrões de consumo. Caracteriza-se pelo surgimento de setores de produção inteiramente novos, novas maneiras de fornecimento de serviços financeiros, novos mercados e, sobretudo, taxas altamente intensificadas de inovação comercial, tecnológica e organizacional. A acumulação flexível envolve rápidas mudanças dos padrões do desenvolvimento desigual, tanto entre setores como entre regiões geográficas, criando, por exemplo, um vasto movimento no emprego no chamado “setor de serviços”, bem como conjuntos industriais completamente novos em regiões até então subdesenvolvidas (...) Ela também envolve um novo movimento que chamarei compressão do espaço-tempo no mundo capitalista – os horizontes temporais da tomada de decisões privada e pública se estreitaram, enquanto a comunicação via satélite e a queda dos custos de transporte possibilitaram cada vez mais a difusão imediata dessas decisões num espaço cada vez mais amplo e variegado (HARVEY, David. A condição pós-moderna. Loyola, 24ª ed., 2013, p. 140). O processo a que D. Harvey se refere, marca a passagem histórica do A) modo de produção fordista para o modo de produção de acumulação flexível (toyotista), na transição da segunda fase do capitalismo industrial para a terceira fase, fundida ao capitalismo financeiro-informacional. B) modo de produção feudal para o modo de produção capitalista, no berço do capitalismo comercial e do mercantilismo europeu, fundado na acumulação flexível do padrão ouro. C) modo de produção patriarcal para o modo de produção despótico, quando as Cidades-Estado gregas, lideradas por homens, passaram a descentralizar a produção contando com a participação do trabalho feminino. D) modo de produção despótico para o modo de produção sedentário, quando os grandes líderes do Antigo Egito deixaram seus postos e passaram a compartilhar da lógica de produção do Império Núbio (2.000 a.C). 30. A fotografia a seguir, tirada em 1918, representa a memória coletiva de uma situação de pandemia que aconteceu no início do séc. XX. Observe: Fonte: Museu Virtual da Associação Americana para Cuidados Respiratórios (AARC). Disponível em: https://museum.aarc.org/galleries/influenza-pandemic/ Acesso em: 07 ago 2020. O evento em questão, que possui semelhanças com a situação pandêmica mundial atual, refere-se A) ao surto de H1N1, que infectou mais de 1 bilhão de pessoas e alcançou mais de 100 milhões de mortos. B) à pandemia de Gripe Espanhola, que surge nos EUA, noticiado primeiro pela imprensa espanhola, matando mais de 50 milhões de pessoas no mundo todo. C) à epidemia da AIDS, durante a década de 1980, que infectou mais de 600 milhões de pessoas, com altíssima taxa de mortalidade, mais de 50%. D) à disseminação do vírus da Tuberculose, uma das causas de morte principais durante o início do século XX. https://museum.aarc.org/galleries/influenza-pandemic/ ~ 12 ~ CARGO: PROFESSOR FUNDAMENTAL II - HISTÓRIA 31. Leia o trecho: Mas o que se pode concluir é ser a preferência pelo encarnado no brasileiro um traço de origem principalmente ameríndia. Como salienta Karsten, o selvagem considera os grandes inimigos do corpo não os insetos e bichos, mas os espíritos maus. Estes o homem primitivo imagina sempre à espreita de oportunidade para lhe penetrarem no corpo: pela boca, pelas ventas, pelos olhos, pelos ouvidos, pelo cabelo. Importa, pois, que todas essas partes, consideradas as mais críticas e vulneráveis do corpo, sejam particularmente resguardadas das influências malignas. Daí o uso de batoques, penas e fusos atravessados no nariz ou nos lábios; de pedras, ossos e dentes de animais; a raspagem de cabelo, que no Brasil Pero Vaz de Caminha foi o primeiro a notar nos índios e nas índias nuas; os dentes às vezes pintados de preto. Tudo para esconjurar espíritos maus, afastá-los das partes vulneráveis do homem. Daí ainda o uso de uma espécie de cosmético de que se servem várias tribos sul-americanas - desde a Terra do Fogo à Guiana - para besuntar o cabelo: em geral ocre encarnado; às vezes um suco vegetal, também cor de sangue. (FREYRE, Gilberto. Casa-Grande & Senzala. p. 175) Essa relação dos povos originários brasileiros com o entorno denota, nessa passagem de G. Freyre (1933), A) uma outra concepção filosófica e antropológica na relação sociedade-natureza, na qual as coisas não estão associadas necessariamente a sua materialidade, mas aos simbolismos, espiritualismos e totemismo das coisas, que, em parte, facilitou o domínio europeu. B) a preferência dos povos indígenas pela cor vermelha, determinante nas relações desses povos com o Português, que adotou o encarnado em sua bandeira e nos simbolismos oficiais da Casa de Sagres. C) os ritos de passagem e de transferência de poderes espirituais de geração para geração, que exigiam o uso de tintas vermelhas, representando a passagem de sangue de uma linhagem para outra. D) a importância da síntese cultural existente entre os povos originários da América, que, unidos aos Portugueses, passaram a incorporara os referenciais simbólicos e institucionais, dentre eles, o uso geral da cor vermelha. 32. Observe a imagem a seguir: Fonte: British Museum. Disponível em: https://www.britishmuseum.org/collection#&gid=1&pid=2 Acesso em: 05 ago 2020. O artefato feito de bronze, exposto atualmente no Museu Britânico, refere-se a um Ooni (Rei) de Ife, que governou a Nigéria entre 1300 e 1400 d.C. Considerando o período trazido e a história do povo nigeriano, pode-se afirmar que a estátua é um artefato da cultura A) iorubá, na África Ocidental, no contexto que antecedeu a chegada dos colonialistas europeus em terras africanas. B) berbere, na África Setentrional, no contexto de chegada dos colonialistas europeus. C) tuaregue, na África Meridional, durante o auge do Império Monomotapa. D) bantu e naguê, na África Equatorial, no contexto de expansão do Império Songhai. https://www.britishmuseum.org/collection#&gid=1&pid=2 ~ 13 ~ CARGO: PROFESSOR FUNDAMENTAL II - HISTÓRIA 33. Um dos principais eventos que marcam a resistência étnica-racial e cultural no Brasil refere-se à Fundação do Quilombo dos Palmares (1590-1694). Observe o mapa a seguir: Quilombo dos Palmares representado no interior da Capitania de Pernambuco, representando perigo aos interesses portugueses. Disponível em: https://i.redd.it/47xwr9byrld01.jpg Acesso em: 06 ago 2020. Assinale a alternativa que representao contexto nacional de dissolução do Quilombo dos Palmares e em que momento da História do Brasil isso aconteceu. A) Relaciona-se com as grandes divergências étnicas-raciais que existiam internamente no Quilombo dos Palmares, principalmente entre Zumbi e Aqualtune, que visavam não mais invadir a capital Pernambuca, mas sim migrar para a Bahia, durante o Brasil Colonial. B) A estratégia dos colonialistas portugueses em criar uma Guerra Biológica nos moldes do extermínio dos Waitaká (Campos dos Goitacazes-RJ), contaminando peças de roupas com sífilis e varíola, arrasando com quilombolas que vestiam as roupas jogadas, no Brasil Colonial. C) O contexto de dissolução da organização de Palmares deveu-se à ruptura da liderança entre Zumbi e Ganga Zumba representado pelo Acordo de Cucaú (1678), que precedeu a morte de Zumba e a posterior captura e morte de Zumbi pelo Reino Português, durante o Brasil Colonial. D) A morte de Zumbi por envenenamento, a mando de Ganga Zumba, consolidando a traição da predestinação arquitetada pelo líder branco Domingos Jorge Velho, em 1670, durante a transição do Brasil Colônia para o Brasil Império. https://i.redd.it/47xwr9byrld01.jpg ~ 14 ~ CARGO: PROFESSOR FUNDAMENTAL II - HISTÓRIA 34. Bernard van Orley (1487-1542) foi um renomado designer de tapetes finos e pintor belga-neerlandês, que viveu na Europa produzindo obras que enfeitaram as realezas das mais diversas regiões europeias. Uma das obras dele é a “Adoração aos Reis”, datada da década de 1530. Observe com atenção os traços e elementos simbólicos presentes na obra de Bernard van Orley: Fonte: Metropolitan Museum of New York. Disponível em: https://www.metmuseum.org/art/collection/search/192746 Acesso em: 07 ago 2020. Do conteúdo presente na obra de van Orley, pode-se extrair uma visão A) crítica à obediência aos reis, compondo com movimentos de forte oposição ao credo da Igreja Católica Apostólica Romana e à Coroa, principalmente das Dezessete Províncias (1477-1556). B) de curiosidade perante o nascimento do Menino Jesus na região de Jerusalém, retratando a presença dos Três Reis Magos em torno do libertador do mundo, na visão de Orley. C) de amabilidade frente ao contexto de Reforma Protestante, contendo grandes críticas à Igreja Católica, sobretudo ao papado de Alexandre VI, Rodrigo de Borja (1431-1503). D) complacente ao regime monárquico imperante na Europa Medieval em curso de transição para a Europa Moderna, sendo possível reconhecer influências profundas da sacralidade da Arte do Maneirismo Italiano. https://www.metmuseum.org/art/collection/search/192746
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