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Malformação de lábio e palato

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Prótese bucomaxilofacial
Malformação de lábio e palato
-São malformações congênitas do terço médio da face, que acontecem por conta da falta de fusão dos processos maxilares e palatinos.
-Apresentam graus variáveis de gravidade, de acordo com a extensão. Pode ser uni ou bilateral, completa ou incompleta.
· Fissura lábio palatal.
· Fenda lábio palatal.
· Goela de lobo.
· Lábio leporino.
-Fenda labial: Se forma por volta da 6ª semana de gestação, e o momento e duração da interferência que irão determinar se a falha será restrita aos tecidos moles apenas ou se irá até o forame palatino causando uma fenda completa de palato.
-Palato: Se forma até o final da 12ª semana de gestação.
-Fendas de lábio: São associadas as fendas de palato, pois após a manifestação de fenda labial a língua pode se alojar nesse espaço, ficando mais anterior e mais elevada, tornando difícil o fechamento das lâminas palatinas.
-Malformação do lábio: Se dá perto da 6ª semana de gestação, quando não há a fusão do processo maxilar com o frontonasal.
-Malformação de palato: Se dá perto da 10ª semana, quando não há fusão das lâminas palatinas.
· Incidência da malformação de lábio e palato: 700 nascimentos no Brasil.
Fatores genéticos como agente etiológico para malformações de lábio e palato:
· Alterações ligadas a herança cromossômica.
· Probabilidade de malformação congênita:
-Pais não fissurados: 0,1%.
-Um dos pais fissurados: 5%.
-Ambos os pais fissurados: 44,5%.
Fatores ambientais ou mesológicos como agente etiológico para malformações de lábio e palato:
· Nutricionais: Deficiência de vitaminas (A, B12, D, E, K e ácido fólico).
· Químicos: Alcoolismo, drogas, medicamentos (como talidomida).
· Actínicos: Radiação.
· Infecciosos: Vírus (rubéola, sífilis etc.).
· Anoxiantes: Poluentes, falta de oxigênio.
· Mecânicos: Punção do saco amniótico.
· Estresse emocional.
Frequência dos lados:
· Unilaterais: 80%.
· Bilaterais: 20%.
Frequência de gênero: 
· Masculino: 60%.
· Feminino: 40%.
Frequência raça:
· Raça amarela mais atingida.
· Raça branca em segundo lugar.
· Raça negra em terceiro lugar.
Classificação de Spina:
-Referência o forame palatino e divide em lesões:
a. Pré forame: Abrange o lábio e o rebordo alveolar. (25%).
I. Pré forame unilateral: 
Incompleta: Melhor prognóstico, mesmo assim tem achatamento da cartilagem alar do nariz.
Completa: Base do nariz até o rebordo alveolar.	
II. Pré forame bilateral: 
-Abaixamento do ápice nasal, tendo pré-lábio e pré-maxila projetados para frente, com ausência completa de columela nasal.
b. Transforame: Abrange lábio a úvula. (49%).
I. Unilateral: Assimetria facial e desvio de septo nasal.
II. Bilateral: Segmenta a maxila em 3 partes.
c. Pós forame: Abrange palatos duro e mole. (21%).
-Não tem problemas estéticos, é uma fissura simples.
-A criança pode ter problemas de fala e audição. 
-Pode ser incompleta atingindo apenas a úvula. 
Distúrbios que podem ser apresentados: 
· Estéticos.
· Funcionais: Deficiência de sucção, deglutição. 
Fonação: Voz anasalada – Rinolalia aberta. 
Respiração: Respiradores bucais podem ter problemas no crescimento facial.
Audição: Causada pela otite crônica. 
Mastigação.
· Psíquicos: Âmbito familiar, criança (dor, choque, revolta, rejeição e superproteção).
Tratamento: 
-Cirúrgico que corrige a deformidade por meio da união cirúrgica das bordas após a aproximação de ambas por meio de enxerto. 
-O protético restaura por meio de aparelhos a função perdida.
Quieloplastia:
-É a cirurgia de lábio.
-A partir dos 3 meses de idade pode ser feita, quando as estruturas anatômicas da face permitem um acesso adequado, ou quando a criança tiver mais de 4,5 quilos. 
-Quando for bilateral se faz um dos lados primeiro e depois de 2 meses faz o outro lado. Se for fechar em uma única sessão a criança precisa ter 6 meses de idade.
Palatoplastia:
-É a cirurgia de palato. 
-Pode ser feita por volta dos 18 meses de idade, antes da criança falar. 
-É feita em um tempo cirúrgico apenas, devido ao compromisso com o desenvolvimento com o terço médio da face e com o trabalho fonoaudiológico.
Prótese para os portadores: Estética, fonética, contenção e restabelecimento da oclusão.
Planejamento protético: 
-Se faz de acordo com:
· Necessidade de contenção permanente.
· Tipo de fenda.
· Comprometimento das áreas de suporte.
· Tamanho do espaço protético.
· Condições socioeconômicas.
Tipos de prótese: 
1. Complementares:
-São as próteses protetoras de ráfia do palato, prótese distensora do palato e goteira para reposicionamento cirúrgico dos ossos maxilares.
a. Protetora da ráfia do palato:
-A finalidade é a proteção da sutura de eventuais traumatismos que podem ser causados pela língua ou por alimentos.
-São confeccionadas em RAAT no pré-operatório, fazendo um alívio na região da sutura e passando uma ponta por ela.
b. Prótese distensora do lábio:
-Visa distender o lábio contraído por fibroses ou retenções cicatriciais. 
c. Prótese para reposicionamento cirúrgico dos ossos maxilares (goteiras):
-Visa servir de guia cirúrgico e contenção de fragmentos. 
-São confeccionadas em RAAT sobre os modelos já corrigidos no pré-cirúrgico e colocadas em posição durante o ato cirúrgico.
Próteses restauradoras:
-São próteses que possibilitam uma reabilitação rápida e econômica. 
-Obturadoras de palato duro, obturador faringeano e tratamento definitivo (cirúrgico).
a. Prótese obturadora de palato:
-Interrompe a comunicação (lesão adquirida) do palato duro com as fossas nasais e antrais, obliterando provisoriamente a comunicação até que faça o tratamento cirúrgico definitivo.
b. Obturador faringeano:
-É uma porção muco-suportada nos rebordos alveolares, onde são acrescentados prolongamentos que obliteram as comunicações na região posterior, confeccionando em RAAT.
c. Prótese de recobrimento:
-Prótese total de reabilitação definitiva, pois recobre os dentes e o rebordo alveolar.
-Proporciona uma nova arcada dental artificia corrigida, reestabelecendo a função e a estética.
Ortopedia:
-O tratamento ortopédico maxilar precoce tem o início após o nascimento.
-Deve ser considerada a confecção de um aparelho, e se for boa essa ação terapêutica pode avaliar o tipo de fenda e estabelecer uma conduta que integre a programação cirúrgica. 
Odontopediatria:
-Na aplicação de flúor, confecção de restaurações e instalação de mantedores de espaço.
Ortodontia auxilia a malformação de lábio e palato: 
-Usa técnicas ortodônticas variadas, e da condição bucal do paciente permitindo um resultado satisfatório, reestabelecendo função e estética.
 O implante osseointegrado não pode ser feito, pois a fenda não tem tecido ósseo, não podendo colocar implante sobre ela.

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