Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INTRODUÇÃO A PRÓTESE TOTAL Livro: Dentaduras completas – Tadachi Tamaki Requisitos mastigatórios, estéticos, fonéticos e de comodidade. PT é mucosossuportada, transmite as cargas para o osso alveolar. Exame clínico (conhecer condições anatômicas e fisiológicas) -> Exames complementares (radiográfico e do modelo de estudo) Avaliação da boca: Parte externa (músculo orbicular da boca e atresia muscular) Parte jugal, língua (macroglossia – músculo milo-hioideo eleva o assoalho) Fatores biológicos (geral e local) Prognósticos – se é favorável ou não, se é indicado ou não *OBS: Lembre-se de que a mucosa se adapta à PT, e não ao contrário. Área Basal ou Área Chapeável: área coberta pela base da PT e se compõe de osso recoberto por mucosa. Propriedades: Tonacidade (pegar matéria) Resiliência (pegar matéria) MEIOS DE RETENÇÃO Físicos: Adesão – 2 corpos diferentes unidos por líquido *Leis que a regem: adesão proporcional a área de contato adesão proporcional ao número de pontos de contato (saliva proporciona isso) *OBS: Câmara de vácuo PROIBIDO – lesões no palato que podem não cicatrizar (Câncer). Para pressionar o tecido no lugar certo, reembasar com Resina Soft. Coesão – envolve a viscosidade da saliva Saliva serosa tem maior adesão do que a mucosa – por ser mais fina, aumenta capacidade de molhamento Tensão Superficial – (capacidade elástica da saliva) – forma um menisco que acompanha os movimentos da prótese, impedindo a penetração de ar entre a mucosa e as bordas da prótese Pressão atmosférica – (“junta tudo”) – qualquer tração que tente deslocar a PT, cria-se uma câmara de pressão reduzida IMPORTANTE: Quanto menor a coesão, menor a tensão superficial (partículas mais “soltas”) e maior molhamento. (justamente por conta das partículas mais “soltas”) Fisiológicos: Grau de tonacidade dos tecidos; Anatomia do rebordo alveolar; Controle neuromuscular; Qualidade e quantidade salivar *OBS: rebordo alveolar mais alto, maior retenção e maior estabilidade. Psíquicos: compreensão e colaboração do paciente, atitude de pessimismo, etc. Mecânicos: oclusão e articulação. Cirúrgicos: aumento cirúrgico da área chapeável/basal. ZONA DE PENDLETON 1. Zona de suporte principal: região destinada para suportar cargas mastigatórias 2. Zona de suporte secundário: distribui carga e dá estabilidade horizontal 3. Zona de selado periférico: mantém a PT no lugar (Tensão Superficial) 4. Zona de selado posterior: região posterior 5. Zona de alívio: regiões sensíveis e retentivas – local onde insere cera Para maxila: área de rebordo, palato e região vestibular, fundo de sulco, palato duro/mole Para mandíbula: área de rebordo, região V e L, fundo de sulco, papila piriforme Posição Operador x Paciente MAXILA: Operador primeiro ficar ao lado direito do paciente (encaixe e centralização) e depois vai para trás (compressão) Cotovelo ou 1/3 inferior na altura da comissura labial do paciente. MANDÍBULA: Operador primeiro ficar ao lado direito do paciente (encaixe e centralização) e depois vai para frente (compressão) Ombro ou 1/3 superior na altura da comissura labial do paciente. PASSO A PASSO 1. Exame clínico e exames complementares 2. Moldagem anatômica/preliminar com moldeira TT lisa e silicone de condensação pesado (material elástico - elástômero) OBJETIVO: afastar tecidos e copiar área basal (pode fazer com godiva, mas haverá contaminação cruzada) 3. Obtenção do molde (impressão negativa) 4. Verter o gesso pedra (30% de água) ou o gesso comum (50% de água) de boa qualidade 5. Obtenção do modelo anatômico (impressão positiva) 6. Delimitação da área basal com lápis cópia Maxila – Identificar o tuber da maxila e traçar uma linha retilínea de tuber a tuber Identificar o processo zigomático e dividi-lo na metade, delimitando Identificar o freio labial e bridas e contorna-lo Traçar linha paralela 2mm acima do fundo de sulco em toda sua extensão vestibular Aliviar com cera nº 7 derretida: acima do tuber e região vestibular de canino e pré-molar (em frente ao processo zigomático – áreas retentivas), rugosidades palatinas, fissura palatina, forame incisivo e forame palatino maior. *bolhas* Passar duas camadas de isolante em todo o modelo anatômico Mandíbula – Identificar e contornar região da papila piriforme, delimitando apenas 2/3 anteriores/inferiores Contornar freio labial, bridas e freio lingual se houver Identificar linha oblíqua externa mas não delimitá-la. Passar por ela direto para o fundo de sulco Na parte externa, traçar linha no fundo de sulco e, em região anterior, traçar linha 2mm acima dele Identificar a linha oblíqua interna e traçar linha 1mm abaixo desta Na parte interna, unir os dois lados com traçado no fundo de sulco Aliviar com cera nº 7 derretida: papila piriforme, forame mentual e, principalmente, abaixo da linha oblíqua interna (área retentiva), *bolhas* Passar duas camadas de isolante em todo o modelo anatômico 7. Moldeira individual com Resina Acrílica Ativada Quimicamente – Transparente para verificar áreas isquêmicas e interferências, confirmar alívios e realizar ajustes. Proporção: uma medida de pó para meia medida de líquido 8. Moldagem funcional com Pasta Zincoenólica – fazer tracionamentos para copiar detalhes – 1 ou 2 camadas (a 2ª + fina) 9. Fazer o POST DAMMING com cera 7 fundida – para Zona de selado posterior – realizar Teste de retenção e estabilidade: Puxar para V – verificar POST DAMMING Puxar para baixo – verificar tensão superficial Puxar para os lados 10. Fazer a caixa DICAGEM com cera 7 cinza até 2mm acima da borda (stop para o gesso) e envolver com cera 7 vermelha 11. Verter com gesso especial (20% de água) 12. Hidratar com água fria 13. Derreter a pasta zincoenólica com água quente (material considerado anelástico, igual godiva) 14. Iniciar o Plano de orientação com a base de prova (base provisória da PT) com Resina Acrílica Ativada Quimicamente *OBS: Plano de Orientação = Base de prova + Plano de cera REQUISITOS PARA Moldeira Individual Base de Prova Espessura de 3-4mm Espessura de 2mm Transparência Não é necessário transparência Cabo SUP: 30-45° para V Cabo INF: 90° Tamanho do cabo: 1 pra 1cm Não é necessário cabo Uniforme em toda sua extensão Uniforme em toda sua extensão Acabamento e polimento Acabamento e polimento Bordas lisas e arredondadas Bordas lisas e arredondadas 15. Terminar o Plano de Orientação com os Planos de Cera – Inicia-se pelo superior Passo a passo: Pegar cera nº7 – uma placa e metade de outra – e ir plastificando Dobrar começando pela maior parte e vai dobrando, até formar Dobrar no meio e fixar na base de prova com a espátula nº31 e lamparina, começando pela palatina Alisar o rolete de cera com a placa de vidro, pressionando levemente Remover o excesso posterior (região de túber) Alisamento final com a espátula de gesso e lamparina Espessura de 12mm Altura anterior maior que a altura posterior Região Posterior na vestibular: 90° em relação ao plano oclusal Região Anterior na vestibular: leve inclinação de 30° para a vestibular Fazer leve curvatura no sentido ântero-posterior (imitando a linha de sorriso) • Registra: DVO - Dimensão Vertical de Oclusão; Forma do arco dental; Limite vestibular do arco dental; Curva de compensação antero-posterior e vestíbulo-lingual Linhas de referência (limite vestibular anterior traz a harmonia facial e o preenchimento labial) Altura anterior do plano de orientação: Tubérculo do Lábio Inclinação latero-lateral do plano oclusal paralelo a linha bipupilar Inclinação antero-posterior do plano oclusal paralelo ao plano de camper Curvatura dos dentes acompanham a curvatura do lábio Corredor bucal *Relações maxilo-mandibulares verticais: relacionamento entre mandíbula e maxila, as quais serão usadas como ponto de referência para construçãoe elaboração dos aparelhos protéticos Dimensão Vertical: distância de um ponto fixo da maxila em relação a mandíbula/base do nariz a base do mento 1/3 inferior da face Distância entre 2 pontos arbitrários (1 na maxila e 1 na mandíbula) *A distância entre comissura labial e o canto do olho, tem que ser igual à distância entre a base do nariz e a do mento. • Dimensão vertical máxima (abertura máxima) • Dimensão vertical mínima (fechamento máximo) • Dimensão vertical de repouso (DVR) – posição da mandíbula em que os músculos elevadores e abaixadores estão em equilíbrio. Não tem contato dentário, então não depende da presença dos dentes. - Fatores que influenciam no equilíbrio muscular: equilíbrio da cabeça (postura) Presença de dentes naturais (interferências) Estado psíquico (apertamento/bruxismo) ATM (DTMs) • Dimensão vertical de oclusão (DVO) – máxima intercuspidação dental, ou seja, precisa do contato dental para restabelecer o espaço necessário para a confecção de uma PT. 16. Calcular as medidas de DVR e DVO e Plano de Cera inferior - Fórmula: DVR – EFL = DVO, então DVR – 3 = DVO EFL: Espaço Funcional Livre (3mm) – medida obtida em tônus/equilíbrio muscular – distância intermaxilar que corresponde ao deslocamento da mandíbula da posição de DVR a DVO – medida instável e variável EFP: Espaço Funcional de Pronúncia (3mm) – medida obtida quando os músculos estão em atividade fonética (Silverman) – medida estável e constante *OBS: Paciente cansado/relaxado – DVR fica maior, DVO maior e EFP menor (parece que está travado ao falar) Paciente tenso/estressado – DVR fica menor, DVO menor e EFP maior (paciente fala cuspindo) Técnicas para determinação de DVO: direta (calcula-se direto a DVO) e indireta (calcula-se primeiro a DVR e depois a DVO) - Deglutição ou de Monson - Técnica de Lytle modificada por Tamaki Confirmação: Turner e Fox / Fonético *Usaremos a técnica indireta – Técnica de Lytle modificada por Tamaki Apoio da cabeça Plano de Camper paralelo ao solo Relaxamento: respiração lenta e profunda Mede-se o DVR com o compasso de Willis e as proporções faciais. Subtrai-se 3mm da DVR para determinar a DVO Após a confecção dos planos de orientação, reavalia-se a DVO pela formação de espaço de 3mm (EFP) na pronúncia de fonemas sibilantes. *OBS: Para o plano de cera inferior, o paciente vai mordendo e amassando a porção inferior até chegar em DVO. *OBS: até aqui, realizamos apenas movimentos cêntricos (abertura e fechamento), precisamos fazer movimentos excursivos (lateralidade e protrusão), por isso, articulador! 17. Montagem no articulador semi-ajustável (ASA) Requisitos: 1. Manter os modelos em relacionamento vertical correto; 2. Manter os modelos em relacionamento horizontal correto; 3. Oferecer uma parada vertical anterior (pino incisal); 4. As partes móveis devem funcionar livremente; 5. Devem abrir e fechar em movimento tipo eixo; 6. Permitir movimentos de lateralidade e protrusão; e 7. Aceitar o registro transferido pelo arco facial. Classificação: Dispositivo de rotação (centro de rotação, sem eixo, com um eixo e com dois eixos de rotação) Distância intercondilar (fixa, adaptável com valores médios e adaptável) Weinberg (arbitrário, estático, semi-ajustável e totalmente ajustável) - distância intercondilar; - inclinação da guia condilar; e - ângulo de Bennet. Winkler: Arcon (elementos da cavidade articular no ramo superior e os condilos no ramo inferior) Não Arcon (elementos da cavidade glenóides no ramo inferior e os condilos no ramo superior) Composição: Corpo (parte central), Ramos (superior e inferior, onde fixam os modelos), Guias (condilares e incisal) e acessórios: - Placas da montagem/bolachas (fixação dos modelos) *Placa trilho *Placa Magnética - Mesa incisal Arco Facial: Arco, Parafusos de fixação, Forquilha, Olivas, Posicionador do ponto Násio, Haste Vertical e Horizontal *OBS: 3 pontos definem um plano no arco facial: 1º oliva esquerda, 2º oliva direita e 3º posicionador do ponto Násio. Funções Determinar distância intercondilar; Transferência de eixo terminal de rotação mandibular; Posicionar a maxila em relação a base do crânio (posicionar o plano oclusal que está paralelo ao plano de Camper em relação ao plano de Frankfurt) Plano de Frankfurt Passo a passo da montagem dos planos de orientação no articulador: • Posicionar a haste da forquilha na linha média do paciente, fixando-a com o rolete de cera superior • Adaptar a oliva no meato auditivo • Pré-ajustar a inclinação das guias condilares em 30°, os ângulos de Bennet em 0°, o pino incisal na marca padrão (zero) e no centro da plataforma incisal • Transferir o arco facial para o articulador, removendo antes o pino incisal • Posicionar o modelo na base de prova e no espaço entre o modelo e o ramo superior. • Fixar o modelo com gesso manipulado entre a base do modelo e a placa de montagem posicionado no ramo superior • Encostar a porção anterior do ramo superior no arco facial • Após a presa final do gesso, remover o arco facial e a forquilha • Relação maxilo mandibular horizontal. 18. Relações Maxilo-Mandibulares Horizontais (Para dentados: RC, MIC e Oclusão Central. Para desdentados: Posição de Oclusão) *OBS: Movimentos mandibulares: Abertura (músculos abaixadores) Fechamento (músculos elevadores) Protrusão (músculos protrusores – Pterigoideo medial, lateral inferior e masseter profundo) Retrusão (músculos retrusores – Pterigoideo medial, masseter profundo e temporal posterior e médio) Lateralidade (músculo pterigoideo lateral contra-lateral) Lado de trabalho – movimento de Bennett Lado de balanceio – ângulo de Bennett Rotação (côndilo gira em torno do seu próprio eixo) Translação (côndilo desloca para frente e para baixo) Curvas Oclusais - Dentados Curvas de Compensação – Desdentados Objetivos: Evita desoclusão nos movimentos excursivos mandibulares e traz estabilidade da prótese Estas curvas irão compensar, no plano de orientação, a inclinação da fossa articular e o movimento que o côndilo faz durante os movimentos excursivos. Curva frontal linha imaginária que se estende de canino a canino Curva de Spee linha imaginária que se estende da ponta de cúspide do canino a cúspide V do último molar Curva de Wilson linha imaginária que passa pelas cúspides V e L dos dentes posteriores de ambos os lados “MIC” Protrusão Curva ântero-posterior “MIC” Lateralidade Curva latero-lateral • Individualização das curvas de compensação: Técnica do desgaste de Paterson – próprio paciente imprime as curvas realizando movimentos funcionais (faz uma canaleta na oclusal do plano de orientação inferior, manipula o abrasivo e o coloque na canaleta. Com isso a DVO fica maior, então o paciente realiza movimentos de lateralidade e protrusão, desgastando o abrasivo até chegar na DVO novamente) Técnica do amassamento – comprimindo um plano de orientação (após determinar a DVO, fazer um pequeno desgaste do 1PM para distal nos dois planos de orientação, assim a DVO fica mantida por conta da região anterior. Coloca-se porção de cera plastificada nessa região desgastada e passa-se vaselina na parte oclusal destas porções, para não grudar superior com inferior. Posiciona-se os planos novamente em boca, e então, o paciente vai mordendo/comprimindo e realizando movimentos de protrusão e lateralidade, até que a cera fique “amassada” e chegue em DVO) • Tipo de oclusão em Prótese Total: OCLUSÃO BILATERAL BALANCEADA Contato bilateral e antero-posterior simultaneamente MIC, Lateralidade (contato na direita e esquerda) e Protrusão (contato anterior e posterior) Relação central – Posição fisiológica, estável, não forçada e reproduzível. Posição crânio-mandibular que independe da articulação dentáriaCôndilo localizado mais superior, anterior e medial Posição de Oclusão (PO) – Dentado: MIC – Desdentado: posição tomada após desprogramação muscular que será a futura MIC Técnica para determinar PO: Técnica de House - Obtém a DVO com os planos horizontais e verticais ocluídos - Paciente abre e fecha a boca várias vezes e fisiologicamente, ele levará a mandíbula a uma posição habitual, de conforto. - Dentista verifica a manutenção deste posicionamento (oclui sempre no mesmo lugar = PO do paciente) 19. Seleção de dentes artificiais *OBS: quando mais jovem, mais mostrará a incisal. Quando mais idoso, incisal mais rente ao tubérculo *OBS: lembrar das características das faces oclusais anatômicas e funcionais Características ideais: Estética e função – cúspides não muito altas (interfere na estabilidade) faces oclusais não muito extensas, mas devem permitir trituração de alimentos dentes posteriores devem orientar as forças para a zona de suporte principal satisfazer a estética Material: Porcelana (raro usar, mais em PPF) – VANT: estabilidade de cor, resistência a abrasão, eficiência mastigatória DESVANT: alta dureza (ruídos), dificuldade de montagem quando requer desgaste, são mais pesados (diminui retenção da PT superior), friável (trincas e fraturas) Resina Acrílica (muito utilizado, e em PPF mais provisório) – VANT: facilidade nos trabalhos laboratoriais e clínicos, ausência de ruídos, facilidade de caracterização, união química com a base da PT, não forçam o rebordo alveolar DESVANT: fácil abrasão e instabilidade da cor Seleção dos dentes: 1) Forma do rosto – Incisivos semelhantes ao rosto (triangular, quadrangular, ovóide) • Lei da Harmonia de William: Em um indivíduo, deve haver concordância entre a forma do rosto e do dente, para se complementarem os traços fisionômicos harmônicos. • Triângulo estético de Nelson: Arco dental + Formato Rosto + Formato Incisivos • Frush e Fisher: Idade, gênero e personalidade (canino + robusto para pacientes agressivos) *OBS: fotos antigas do paciente podem ajudar nesta questão 2) Tamanho dos dentes artificiais – altura e largura dos anteriores superiores (CAN a CAN) Linhas de referência: Linha alta do sorriso Linhas caninas – de comissura a comissura em repouso Linha mediana *OBS: Marca TRILUX – H1 – altura, medida da incisal até a linha alta L1 – largura de canino a canino L2 – largura do central 1 – curva incisal Formato do rosto – 3) Cor – deverá lembrar os dentes naturais Relação incisal x cervical Superiores mais claro que os inferiores Gênero (homem mais escuro que mulher) Etnia (japonês mais amarelado, negro mais branco) Idade (idoso mais escuro) Manchas, desgastes, estado da polpa Cuidados na tomada de cor: Luz natural indireta Evitar interferência da luz direta ou refletida Desviar-se da possível interferência da cor dos objetos Umedecer os dentes da escala Não ficar olhando muito tempo sobre a cor *OBS: Escala Biotone ou Vita 20. Processamento/Acrilização da PT Objetivo: Substituir a cera da base da prótese pela resina, sem provocar alteração dimensional ou morfológica, distorção ou mudança na posição dos dentes. Passo a passo: • Retornar as próteses ao articulador, verificar adaptação, manter em oclusão, fixá-lo com cera e vedar o contorno periférico • Eliminar o gesso da fixação • Selecionar 2 muflas para modelo superior e inferior. Verificar se o modelo, quando centralizado sobra espaço o suficiente para o gesso, tanto em altura quando em largura. • Vaselinar a base da mufla para ficar mais fácil a remoção do gesso, inserir gesso comum até a borda, hidratar o modelo e centralizar o modelo, remover rapidamente o excesso do gesso que aflorou. O modelo deve ficar no mesmo nível da borda da mufla. • Adaptar a contramufla na base da mufla e verificar o modelo centralizado em relação as paredes da mufla. • Passar vaselina no gesso e anti-bolha nas faces dos dentes artificiais • Fazer a muralha de proteção dos dentes em gesso pedra ou silicone de condensação para evitar que os dentes saiam de posição nas fases subsequentes do processamento. Deve-se inserir o gesso pedra com pincel, evitando a formação de bolhas. • Insere-se a contramufla e preenche-se de gesso, colocado a tampa da mufla e levado até a prensa de bancada, mantido sob pressão até a cristalização do gesso. • Retirada a mufla da prensa, levar em água em ebulição por 5 minutos (tempo suficiente para o derretimento da cera) e com uma espátula faz a separação da mufla e contramufla, remover todo a cera com jato de água quente e depois lava-se com água fria. • Com broca esférica, realizar sulcos nos dentes (apesar de ocorrer uma reação entre monômero e o material dos dentes, é bom aumentar a retenção) • Isolar a superfície de gesso para que a resina não fique aderida nele, inclusive no gesso entre os dentes com pincel. (Isso é realizado para não dificultar a desinclusão e limpeza da prótese) Não permitir que escorra para os dentes, a fim de isolar de forma errada. • Condensar a resina acrílica ativada termicamente (RAAT – fases arenosa, pegajosa, plástica e borrachóide) de acordo com a seleção de cor (para se tornar rígida é preciso submetê-la a um aquecimento, lento e prolongado, porque a reação de polimerização desse material é exotérmica. Se a temperatura utilizada for muito elevada, formarão bolhas no interior da base da prótese, podendo inutilizar o trabalho) Manipulação da RAAT: Misturar com a espátula 31 e depois tampar o pote para evitar a evaporação do monômero. Aguardar alguns minutos para que se inicie a reação química. A resina acrílica é condensada na mufla quando atinge a fase plástica. Atingindo essa fase, retira-se toda massa do pote e é homogeneizada manualmente e, então, condensamos a resina acrílica na mufla. Separar uma parte da resina, fazer forma de bastão e adaptar sobre a área dental, comprimindo a massa com o dedo. Separar uma outra porção, também em forma de bastão, adaptar na vestibular. Na PT superior, a terceira porção é adaptada a região do palato e na dentadura inferior na lingual. A massa de resina que restou e adaptada nas regiões retentivas do modelo para que na prensagem da mufla, haja transmissão de igual força em todos os pontos (se isso não acontecer, a dimensão vertical ficará aumentada). • A mufla depois é transferida para a prensa hidráulica (Elevar a força para 1,25 ton (ideal), aguardar e ir compensando a queda da força até o manômetro ser estabilizado à 1,25 ton) e é levada para a aparelho de polimerização. (existe a polimerização por um micro-ondas específico) • Após isso, há a desinclusão da mufla – demuflagem. O intuito é tirar o gesso das peças protéticas. • Fazer acabamento para eliminar as rebarbas mas preservando as bordas, limpar os espaços interdentais, eliminar as irregularidades e asperezas, passando lixa por toda a superfície externa. • Fazer polimento com cuidado, pois uma superfície perfeitamente lisa e polida, favorece a Iimpeza e a higienização, evitando desse modo o desenvolvimento de fungos e placas bacterianas e preservando a prótese por mais tempo. Polimento feto com pedra-pomes, cone de feltro em velocidade baixa e, posteriormente, com branco de espanha e fetro em velocidade alta. *OBS: Escala STG para seleção da cor da gengiva. Caracterização da prótese: Vasos sanguíneos (feitos com linhas); Palato incolor (prensagem com RAAT incolor no palato) Implicações clínicas/Falhas: Contração de polimerização Porosidade (tempo incorreto na prensa hidráulica) Trincas (tensões quando se comprime bruscamente a mufla na prensa, demuflagem) Toxicidade (erro no ciclo de cozimento, monômeros residuais são tóxicos) 21. Instalação Começar com a PT superior com cuidado para não traumatizar e com compressão firme contra o alvéolo para eliminar o ar e colocar a PT inferior com os mesmos cuidados Pede para o paciente fechar a bocae realizar movimentos com lábios e bochechas para as PTs se acomodarem. Verificar a reconstituição fisionômica (DV e posição dos lábios) Possíveis reações: sensibilidade no palato com ânsias (limite posterior deve ficar mais curto) e dor em algumas regiões (examinar a peça para ver excesso de resina) *OBS: lembrar que no dia da entrega da PT, o ideal seria não desgastar nada, apenas no dia seguinte. Realizar os Testes de Retenção: Tração vertical – pelos incisivos, para verificar zona de selado periférico Tração horizontal – pelos incisivos, para verificar o “postdamming” Tração lateral – pelos molares, tracionando para V, para verificar o travamento lateral Verificar a oclusão com papel carbono para verificar contato uniforme em todos os dentes. Ajuste oclusal – ANT: desgastes nas faces palatinas. POST: desgastes nos sulcos, fossas e bordas marginais Ajuste em articulação – lateralidade e protrusão livres, sem travamento Realizar o Teste Fonético: Fonemas dentais (t d n) – santíssimo, dente, dentadura, nada, sapato Fonemas labiais (f v) – favor, fivela, fava, viva Fonemas linguais (r s z l) – rosa, riqueza, asa, sol, carro, casa Fonemas guturais (c q g) – guerra, caqui Fonemas palatais (j lh nh x) – Jorge, senhora, minha, mulher, olhar, xícara Fazer recomendações: Não mastigar alimentos duros até que se acostume Colocar pequenas porções de comida, mastigar devagar e distribuir os alimentos para os lados Tirar a PT enquanto dorme seria o ideal Higienização – Mecânica: escova específica para PT com sabão neutro, sem pastas com abrasivos – Química: ácidos, hipocloritos, alcalinos, peróxidos alcalinos, desinfetantes, enzimas *OBS: mais usado Hipoclorito de 2 a 3% - diluir 15ml em 300ml de água 15min - ação antimicrobiana e remove restos orgânicos retidos - não usar em próteses de metal pois corrói *OBS: se não higienizar, pode dar Candidíase Eritematosa/Estomatite protética Pode-se usar soluções de enxaguatório: PerioGard (não é antifúngico) Triclosan (antinflamatório) 22. Controle Consultas de retorno: Verificar úlceras traumáticas. Se tiver, marcar com lápis cópia ou elastômero de baixa viscosidade para posteriormente desgastar a região da PT. Examinar a área basal para ver escoriações. Se tiver, desgastar levemente. Se tiver falta de material na base da prótese, terá que reembasar com Pasta OZE ou Resina SOFT. *OBS: Tempo médio de duração de uma PT: 5-6 anos, depende do desgaste e da qualidade do material RESUMO: PASSO A PASSO PARA CONFECÇÃO DE UMA PRÓTESE TOTAL Anamnese, exame clínico e complementares Moldagem anatômica Modelo anatômico Moldeira individual Moldagem funcional Modelo de trabalho Base de prova Rolete de cera superior Determinação da DVO Plano de Orientação inferior Montagem do modelo superior no articulador Determinação da oclusão Montagem do modelo inferior no articulador Envio para o laboratório para montagem de dentes Prova de dentes Instalação e controle
Compartilhar