Buscar

Trovadorismo: Cantigas e Críticas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Gênero satírico:
Trovadorismo
(1198-1434)
 João Gabriel AndriolaContexto histórico:
F e u d a l i s m o ;
T e o c e n t r i s m o ;
F o r m a ç ã o d o s E s t a d o s I b é r i c o s .
Cantigas trovadorescas:
Gênero lirico: 
Cantigas de amigo;
Cantigas de amor.
Cantigas de escárnio;
Cantigas de maldizer.
 
Cantigas de amor:
E u - l i r i c o m a s c u l i n o ;
A m o r s e m c o r r e s p o n d ê n c i a ;
A m o r i m p o s s í v e l ;
M u l h e r s u p e r i o r s o c i a l m e n t e ;
O r i g e m e m P r o v e n ç a ( S u l d a F r a n ç a ) ;
“Cantiga da Ribeirinha” 
de Paio Soares de Taveirós.
No mundo non me sei parelha,
mentre me for' como me vai,
ca ja moiro por vós - e ai!
mia senhor branca e vermelha,
Queredes que vos retraia
quando vos eu vi em saia!
Mao dia me levantei,
que vos enton non vi fea!
E, mia senhor, des aquelha
me foi a mí mui mal di'ai!,
E vós, filha de don Paai
Moniz, e ben vos semelha
d'haver eu por vós guarvaia,
pois eu, mia senhor, d'alfaia
nunca de vós houve nen hei
valía dũa correa.
 
Cantiga de amigo:
E u - l i r i c o f e m i n i n o ;
M u l h e r d o c a m p o ;
A m o r p o s s í v e l ;
L a m e n t a a a u s ê n c i a d o a m a d o ;
O r i g e m n a P e n í n s u l a I b é r i c a .
Cantiga “Ai flores, ai flores do verde pino” de D. Dinis
- Ai flores, ai flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo!
ai Deus, e u é?
Ai flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado!
ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pôs comigo!
ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amado,
aquel que mentiu do que mi há jurado!
ai Deus, e u é?
-Vós me preguntades polo voss'amigo,
e eu ben vos digo que é san'e vivo.
Ai Deus, e u é?
Vós me preguntades polo voss'amado,
e eu ben vos digo que é viv'e sano.
Ai Deus, e u é?
E eu ben vos digo que é san'e vivo
e seerá vosc'ant'o prazo saído.
Ai Deus, e u é?
E eu ben vos digo que é viv'e sano
e seerá vosc'ant'o prazo passado.
Ai Deus, e u é?
 
Cantiga “Ai, dona fea, foste-vos queixar” 
de João Garcia de Guilhade
Ai dona fea! Foste-vos queixar
Que vos nunca louv'en meu trobar
Mais ora quero fazer un cantar
En que vos loarei toda via;
E vedes como vos quero loar:
Dona fea, velha e sandia!
Ai dona fea! Se Deus mi pardon!
E pois havedes tan gran coraçon
Que vos eu loe en esta razon,
Vos quero já loar toda via;
E vedes qual será a loaçon:
Dona fea, velha e sandia!
Dona fea, nunca vos eu loei
En meu trobar, pero muito trobei;
Mais ora já en bom cantar farei
En que vos loarei toda via;
E direi-vos como vos loarei:
Dona fea, velha e sandia!
 
Cantigas de Escárnio:
Não cita o nome do alvo da sátira;
Crítica indireta e irônica;
Linguagem sutil.
C r i t i c a s d i r e t a s e g r o s s e i r a s ;
c i t a o n o m e d a p e s s o a - a l v o d a s á t i r a . 
I n t e n ç ã o d i f a m a t ó r i a ;
U t i l i z a d o s t e r m o s d e b a i x o c a l ã o , c o m o p a l a v r õ e s .
Cantigas de maldizer:
Cantiga “A dona fremosa do Soveral” de Lopo Lias
A dona fremosa de Soveral
ha de mí dinheiros per preit'atal
que veess'a mí, u non houvess'al,
un día talhado a cas de Don Corral;
e é perjurada,
ca non fez en nada
e baratou mal,
ca desta vegada
será penhorad'a
que dobr'o sinal.
Se m'ela crever, cuido-m'eu, dar-lh'-hei
o melhor conselho que hoj'eu sei:
dé-mi meu haver e gracir-lho-hei;
se mi o non der, penhorá-la-hei:
ca mi o ten forçado,
do corp'alongado,
non lho sofrerei;
mais, polo meu grado,
dar-mi-á ben dobrad'o
sinal que lh'eu dei.
 
Cancioneiros: coletâneas escritas de cantigas
trovadorescas, contendo cantiga de amigo, amor,
escarnio e maldizer, escrita por diversos autores.

Mais conteúdos dessa disciplina