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04 Antonio Carlos Gil (2017) Tipos de Pesquisa

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5.1
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
i)
5.2
5
E a a da e i a bib i g fica
A pe q i a bibliogr fica, como q alq er o ra, de en ol e- e ao longo de ma rie de e apa . Se n mero, a im como
e encadeamen o, depende de m i o fa ore , ai como a na re a do problema, o n el de conhecimen o q e o
pe q i ador di p e obre o a n o, o gra de preci o q e e pre ende conferir pe q i a e c. po el, no en an o,
com ba e na e peri ncia ac m lada pelo a ore , admi ir q e a maioria da pe q i a de ignada como bibliogr fica
eg e minimamen e a eg in e e apa :
e colha do ema;
le an amen o bibliogr fico preliminar;
form la o do problema;
elabora o do plano pro i rio de a n o;
b ca da fon e ;
lei ra do ma erial;
fichamen o;
organi a o l gica do a n o; e
reda o do e o.
E c ha d e a
A pe q i a bibliogr fica inicia- e com a e colha de m ema. ma arefa con iderada f cil, porq e q alq er ci ncia
apre en a grande n mero de ema po enciai para pe q i a. No en an o, a e colha de m ema q e de fa o po ibili e a
reali a o de ma pe q i a bibliogr fica req er ba an e energia e habilidade do pe q i ador.
 m i o com m a i a o de e dan e q e e en em comple amen e de orien ado ao erem olici ado a e colher
o ema de a monografia de concl o de c r o o di er a o de me rado. claro q e o papel do orien ador ne a e apa
 de f ndamen al impor ncia. Com ba e em a e peri ncia, ele capa de gerir ema de pe q i a e indicar lei ra
q e a iliem o al no no de en ol imen o do primeiro pa o . Al m di o, capa de ad er ir q an o dific ldade
q e poder o decorrer da e colha de de erminado ema . No en an o, por mai capaci ado q e eja o orien ador, o papel
mai impor an e ne a e apa do rabalho, a im como na demai , de empenhado pelo pr prio e dan e.
Primeiramen e, de e- e con iderar q e a e colha de m ema de e e ar relacionada an o q an o for po el com o
in ere e do e dan e. M i a da dific ldade q e aparecem ne e momen o decorrem imple men e do fa o de n o
apre en arem in ere e pelo aprof ndamen o em q alq er do ema com q e o e dan e e e con a o ao longo do c r o
de grad a o o me mo de p -grad a o. Para e colher adeq adamen e m ema, nece rio er refle ido obre
diferen e ema . A im, alg ma perg n a poder o a iliar ne a e colha, ai como: Q ai o campo de a
e pecialidade q e mai lhe in ere am? Q ai o ema q e mai o in igam? De do o q e oc em e dado, o q e lhe
d mai on ade de e aprof ndar e pe q i ar?
N o ba a, no en an o, o in ere e pelo a n o. nece rio amb m di por de bon conhecimen o na rea de e do
para q e a e apa po eriore da monografia o di er a o po am er adeq adamen e de en ol ida . Q em conhece
po co dificilmen e fa e colha adeq ada . I o ignifica q e o al no poder e colher m ema a re pei o do q al j le
o e do .
5.3
5.4
5.5
1.
1.1
Le a a e bib i g fic e i i a
A e colha do ema con i i impor an e pa o na elabora o de ma pe q i a bibliogr fica. I o n o ignifica, por m, q e
o pe q i ador de po e de m ema j e eja em condi e de form lar e problema de pe q i a. Como foi i o no
cap lo an erior, e e proce o ba an e comple o m i o mai do q e geralmen e e imagina. Por i o, logo ap a
e colha do ema, o q e e gere m le an amen o bibliogr fico preliminar q e facili e a form la o do problema.
E e le an amen o bibliogr fico preliminar pode er en endido como m e do e plora rio, po o q e em a
finalidade de proporcionar a familiaridade do pe q i ador com a rea de e do na q al e in ere ado, bem como a
delimi a o. E a familiaridade e encial para q e o problema eja form lado de maneira clara e preci a.
O ema de pe q i a de modo geral form lado de maneira m i o ampla, n o fa orecendo, por an o, a defini o de
m problema em condi e de er pe q i ado. O le an amen o bibliogr fico preliminar q e ir po ibili ar q e a rea de
e do eja delimi ada e q e o problema po a finalmen e er definido. O q e geralmen e ocorre q e, ao longo de a
fa e, o e dan e acaba elecionando ma b rea de e do q e, por er bem mai re ri a, ir po ibili ar ma i o mai
clara do ema de a pe q i a e con eq en emen e o aprimoramen o do problema de pe q i a. Pode ocorrer, amb m, q e
e e le an amen o bibliogr fico enha a de erminar ma m dan a no prop i o iniciai da pe q i a, poi o con a o com
o ma erial j prod ido obre o a n o poder dei ar claro para o pe q i ador a dific ldade para ra -lo
adeq adamen e.
F a d b e a
E pera- e q e, ao final do le an amen o bibliogr fico preliminar, o pe q i ador enha e familiari ado com o ema. De a
forma ele e ar em condi e de form lar o problema de maneira clara, preci a e ficien emen e delimi ada. O q e n o
ignifica, no en an o, q e e e problema eja man ido. Pode ocorrer q e ma re i o po erior da li era ra o di c o
com o ro pe q i adore con rib a para iden ificar con ro r ia en re a ore o no a abordagen para o e do do
fen meno. Ne e ca o, cabe ao pe q i ador reform lar o problema, an e de par ir para a elabora o de e plano de
rabalho.
J foi re al ado no cap lo q e n o e i em regra clara q e po am er aplicada in aria elmen e ne e proce o
de form la o do problema. Alg ma perg n a , no en an o, poder o er ei para a aliar em q e medida o problema
propo o e em condi e de er in e igado median e pe q i a bibliogr fica:
O ema de in ere e do pe q i ador?
O problema apre en a rele ncia e rica e pr ica?
A q alifica o do pe q i ador adeq ada para e ra amen o?
E i e ma erial bibliogr fico ficien e e di pon el para e eq acionamen o e ol o?
O problema foi form lado de maneira clara, preci a e obje i a?
O pe q i ador di p e de empo e o ra condi e de rabalho nece ria ao de en ol imen o da pe q i a?
Para q e o pe q i ador po a con a ar e di p e realmen e de m problema, gere- e q e e e eja colocado ob a
forma de perg n a. Por e emplo, o ema rabalho feminino pode en ejar m l iplo problema de pe q i a. Ma poder er
colocado em ermo de m problema a er ol cionado, medida q e e indag e: Quais as barreiras sociais com que
depararam as mulheres brasileiras para ascender a funções gerenciais no setor bancário ao longo da segunda metade do
século XX? Ne e ca o, o problema n o apena e apre en a ob a forma de perg n a, ma amb m e mo ra claro,
preci o e delimi ado an o do pon o de i a e pacial q an o do emporal.
E ab a d a i i da e i a
Ap a form la o do problema e de a delimi a o, o pa o eg in e con i e na elabora o de m plano q e define a
e r ra l gica do rabalho median e a apre en a o ordenada de a par e . N o po el, na ralmen e, elaborar logo
de in cio m plano defini i o. A im, recomenda- e par ir de m plano q e pode er con iderado pro i rio, ma q e eja
o comple o q an o permi irem o conhecimen o ac m lado ne e momen o. E e plano, q e pro a elmen e pa ar
por reform la e ao longo do proce o de pe q i a, geralmen e e apre en a como m conj n o de e e ordenada em
i en . Por e emplo, ma pe q i a q e enha como obje i o anali ar a profi o de admini rador de empre a no Bra il
poderia nor ear- e pelo eg in e plano:
A profi o de admini rador de empre a
Carac er ica da profi o
1.2
1.3
1.4
2.
2.1
2.2
2.3
2.4
2.5
2.6
3.
3.1
3.2
4.
4.1
4.2
4.3
5.6
5.6.1
5.6.2
Req i i o pe oai e cnico para o e erc cio da profi o
Forma o profi ional do admini rador de empre a
Reg lamen a o da profi o
rea de a a o do admini rador de empre a
No e or p blico
Em empre a ind riai
No com rcio
Em banco
No magi rio
Em a i idade de con l oria
A rem nera o do admini rador de empre a
Forma de rem nera o
N ei de rem nera o
Per pec i a de rabalho do admini rador de empre a
Al era e e r rai no mercado de rabalho
In erface do admini rador de empre a com o ro profi ionai
O papel do admini rador n m m ndo em emprego
Ide ifica da f e
Ap a elabora o do plano de rabalho, o pa o eg in e con i e na iden ifica o da fon e capa e de fornecer a
re po a adeq ada ol o do problema propo o. Par e de a arefa j foi de en ol ida na re i o bibliogr fica
preliminar, q e difere de a e apa por n o er con iderada defini i a.
Para iden ificar a fon e bibliogr fica adeq ada ao de enol imen o da pe q i a, a con rib i o do orien ador 
f ndamen al. Recomenda- e amb m a con l a a e peciali a o pe oa q e j reali aram pe q i a na me ma rea.
E a pe oa podem fornecer n o apena informa e obre o q e j foi p blicado, ma amb m aprecia o cr ica do
ma erial a er con l ado.
A fon e bibliogr fica mai conhecida o o li ro de lei ra corren e. No en an o, e i em m i a o ra fon e de
in ere e para a pe q i a bibliogr fica, ai como: obra de refer ncia, e e e di er a e , peri dico cien fico , anai de
encon ro cien fico e peri dico de inde a o e de re mo.
Li de ei a c e e
E e li ro abrangem an o a obra referen e ao di er o g nero li er rio , ai como o romance, a poe ia e o ea ro,
q an o a obra de di lga o, i o , a q e obje i am proporcionar conhecimen o cien fico e cnico . E a l ima
o a q e mai in ere am pe q i a bibliogr fica. Ma obra li er ria amb m podem er m i o impor an e . Uma
pe q i a referen e obra de de erminado a or e f ndamen ar , na ralmen e, em obra de a na re a. Ma pe q i a de
c nho ociol gico, hi rico o an ropol gico amb m poder o aler- e de li ro de a na re a. Por e emplo, alg n do
li ro e cri o por Jorge Amado poder o in ere ar a m pe q i ador in ere ado no e do do ciclo econ mico do caca .
A obra de di lga o podem er cla ificada em obra cien fica o cnica e em obra de lgari a o. Na
primeira , a in en o do a or com nicar a e peciali a de maneira i em ica a n o relacionado a de erminado
campo do conhecimen o cien fico o apre en ar o re l ado de pe q i a . J na obra de lgari a o, o a or dirige- e a
m p blico n o e peciali ado, ili ando ling agem com m. A obra did ica podem er con iderada de di lga o, j
q e obje i am ran mi ir de forma clara e conci a a informa e cien fica , e i ando de alhe e peciali ado .
No rabalho de pe q i a, d - e prefer ncia obra cien fica , e i ando- e a de lgari a o. I o n o ignifica,
por m, q e comp ndio , ra ado e me mo li ro de in rod o a de erminada di ciplina de am er mariamen e
de car ado .
Ob a de efe cia
S o obra de inada ao o pon al e recorren e, ao con r rio de o ra , q e o de inada a erem lida do princ pio ao
fim. E emplo pico de a modalidade o dicion rio de l ng a, q e ning m l do come o ao fim, ma a q e e recorre
para ob er o ignificado de pala ra e pec fica. Na pe q i a cien fica , o de grande alor o dicion rio em ico , q e
incl em ermo dificilmen e encon rado no dicion rio de l ng a e q e proporcionam informa e mai comple a em
rela o ao ignificado do ermo na e pecialidade.
5.6.3
5.6.4
5.6.5
5.6.6
O ra modalidade de obra de refer ncia con i da pela enciclop dia , q e podem er gerai o e peciali ada . A
primeira podem er con iderada adeq ada apena para rabalho e colare . J a e peciali ada podem er de grande
alor para ma pe q i a cien fica, poi e mbi o claramen e definido: p icologia, direi o, finan a , por e emplo.
Al m di o, o n el de ra amen o dado ao a n o co ma er al amen e cnico, j q e o erbe e o e cri o por
e peciali a q e geralmen e o a inam.
Tamb m o con iderada obra de refer ncia o man ai , q e o obra compac a q e ra am conci amen e da
e ncia de m a n o. na rea de ci ncia e ecnologia q e e a obra aparecem em maior n mero, embora amb m
ejam encon rada em o ra rea do conhecimen o. Grande par e da informa o con ida no man ai apre en ada por
meio de abela , gr fico , mbolo , eq a e o f rm la . Cabe con iderar, con do, q e o man ai incl em o
conhecimen o j edimen ado , e n o con i em, por an o, fon e m i o adeq ada para informa e referen e a
a an o o progre o recen e .
Pe i dic cie fic
O peri dico con i em o meio mai impor an e para a com nica o cien fica. Gra a a ele q e e m ornando
po el a com nica o formal do re l ado de pe q i a originai e a man en o do padr o de q alidade na
in e iga o cien fica.
Com a di emina o do o do comp adore e o de en ol imen o da In erne , m i o peri dico cien fico m- e
ornando di pon ei em meio ele r nico. Alg n de e peri dico e o di pon ei na rede ele r nica . M i o dele
con i em apena ma er o on line do peri dico radicional, ma h o q e n o apre en am eq i alen e em papel e q e
oferecem rec r o como imagen em mo imen o, ace o ao doc men o ci ado no e o, por meio de links de
hiper e o, e po ibilidade de con a o com o a or, amb m por meio de links.
Te e e di e a e
Fon e de a na re a podem er m i o impor an e para a pe q i a, poi m i a dela o con i da por rela rio de
in e iga e cien fica originai o ac rada re i e bibliogr fica . Se alor depende, no en an o, da q alidade do
c r o da in i i e onde o prod ida e da compe ncia do orien ador. Req er- e, por an o, m i o c idado na
ele o de a fon e .
A ai de e c cie fic
O encon ro cien fico , ai como congre o , imp io , emin rio e f r n , con i em locai pri ilegiado para
apre en a o de com nica e cien fica . Se re l ado o p blicado geralmen e na forma de anai , q e re nem o
conj n o do rabalho apre en ado e a pale ra e confer ncia ocorrida d ran e o e en o. E e anai m i a e e o
p blicado em forma de li ro e di rib do pelo canai normai de enda. Na maioria do ca o , por m, o anai o
p blicado pela pr pria en idade q e organi a o e en o, j q e con a com a facilidade da edi ora o ele r nica, onde a
impre o fei a dire amen e do originai do pr prio a ore , q e o bme em ele ronicamen e.
Pe i dic de i de a e e
E a obra li am o rabalho prod ido em de erminada rea do conhecimen o com a finalidade de facili ar a
iden ifica o e o ace o informa o q e e encon ra di per a em grande n mero de p blica e . Con i em
in r men o alio o para o pe q i adore q e m nece idade de ob er informa e acerca da prod o cien fica mai
recen e. E e peri dico o chamado abre iadamen e de índices, q ando li am apena a refer ncia bibliogr fica , e
de abstracts, q ando incl em e re mo da p blica e . A maioria de e peri dico eic lada ele ronicamen e, por
meio da ba e de dado , alg ma da q ai con m n o apena a refer ncia e o re mo , ma amb m o e o
comple o do rabalho .
Alg n do principai peri dico in ernacionai de inde a o e de re mo m apre en ado a eg ir:
Agric l ra: Agrindex, Bibliography of agriculture.
Biologia: Biological abstracts, BIOSIS Previews.
Ci ncia ambien ai : Pollution abstracts, Enviroline.
Ci ncia da comp a o: Computer & control abstract.
Ci ncia e paciai : Aerospace database.
5.7
5.7.1
Q ad 5.1
Economia e Admini ra o: Economic literature index, Business periodical index e ABI/inform. Ed ca o: Education
abstracts.
Energia: Energia, ciência e tecnologia, INIS Atomindex.
Filo ofia: Philosopher’s index.
Medicina: Excerpta medica.
P icologia: PsicINFO, Psychological abstracts.
Q mica: Chemical abstracts.
Sociologia: Sociological abstracts.
L ca i a da f e
Tradicionalmen e, o local pri ilegiado para a locali a o da fon e bibliogr fica em ido a biblio eca. No en an o, em
ir de da ampla di emina o de ma eriai bibliogr fico em forma o ele r nico, a me grande impor ncia a pe q i a
fei a por meio de ba e de dado e i ema de b ca, q e amb m er o con iderado aq i.
E bib i eca c e ci a
O primeiro procedimen o a er de en ol ido na biblio eca a con l a a e ca logo, q e po ibili a a locali a o da
fon e por a or, lo o a n o. O proce o mai efica a locali a o por a n o, embora para o pe q i adore
inician e po a con i ir rabalho dif cil. Nem empre o caminho da b ca linear e dire o. Dependendo do ema, 
preci o e plorar e b ema , o me mo ema paralelo , para locali ar fon e ignifica i a . Alg ma biblio eca
e peciali ada di p em de ca logo de li ro e peri dico referen e a de erminado a n o , q e podem facili ar m i o
e e proce o.
A con l a ao ca logo efica q ando e ra a da locali a o de li ro . O me mo n o acon ece em rela o ao
peri dico , c jo ar igo de modo geral n o o ca alogado . Conhecendo- e, por m, o peri dico po encialmen e
in ere an e emrela o ao a n o, con m proceder- e a a con l a de forma re ro pec i a, i o , par indo do mai
recen e para o mai an igo . A con l a ao ar igo mai recen e mo ra- e par ic larmen e in ere an e, porq e com
ba e em a bibliografia orna- e po el locali ar o ro ar igo de in ere e.
A biblio eca mai adeq ada para pe q i a o aq ela em q e o con len e em ace o dire o e an e . Como o
acer o cla ificado de acordo com m i ema, fica f cil locali ar a obra q e ra am de de erminado a n o. De e
i ema , o mai ili ado na biblio eca bra ileira o Si ema de Cla ifica o Decimal de De e , q e agr pa a ria
rea do conhecimen o em 10 cla e , cada ma da q ai bdi idida em o ra 10 e a im b eq en emen e (Q adro
5.1).
Si ema de Cla ifica Decimal de De e .
 
 
5.7.2
 
 
Pe i a e ba e de dad
Na maioria da biblio eca e peciali ada , po el er ace o on line prod o cien fica m ndial por meio da ba e
de dado . E a ba e de dado con m ar igo p blicado em peri dico cien fico , rabalho apre en ado em
congre o , rela rio de pe q i a, e e , li ro e m i a o ra fon e bibliogr fica . Ne a , o rio podem fa er
b ca por a n o, por a or, por peri dico. Cabe con iderar, no en an o, q e e e ace o iabili ado median e con ra o
comerciai . O q e ignifica q e, com freq ncia, o rio preci a pagar para ob er o e o de e in ere e.
Alg ma da mai impor an e ba e de dado com a re pec i a rea do conhecimen o o apre en ada no Q adro
5.2.
Alg ma ba e de dado o de li re ace o. O q e ignifica q e o pe q i ador poder ace -la de q alq er
comp ador conec ado In erne . Alg ma den re a ba e nacionai o:
Biblioteca Virtual em Saúde Pública. Permi e o ace o on line a ma cole o de fon e de informa o q e incl i li era ra
cnico-cien fica, e o comple o , e en o nacionai e in ernacionai .
BIREME/Biblioteca Virtual em Saúde. Di ponibili a ria ba e de dado da rea da a de, por ema e por pa e , ai
como Medline, Lilac , Adolec, Sec , den re o ra .
Livre! Di ponibili a 2.600 lo de peri dico .
Oásis/IBICT. Di ponibili a informa o cien fica gra i a concen rada em arq i o de peri dico cien fico e repo i rio
digi ai .
Periódicos CAPES. Di ponibili a peri dico com e o comple o , ba e de dado referenciai com re mo , pa en e ,
e e e di er a e , e a ica e o ra p blica e de ace o gra i o na In erne .
Scielo. Biblio eca ele r nica q e abrange ma cole o elecionada de peri dico cien fico bra ileiro na rea de
ci ncia agr ria , ci ncia biol gica , ci ncia da a de, ci ncia e a a e da erra, ci ncia h mana , ci ncia ociai e
aplicada , engenharia , ling ica, le ra e ar e .
Tamb m o de li re ace o a ba e in ernacionai :
5.7.3
Q ad 5.2
DOAJ – Directory of Open Access Journals. Con m mai de 2.000 peri dico , com a alia o de a q alidade.
National Library of Medicine-NLM/Specialized Information Services – SIS. Oferecem er i o de informa o em
o icologia, a de ambien al, q mica, HIV/AIDS e pico e peciali ado em a de p blica.
Open J-Gate. Propicia ace o ao e o in egral de mai de 3.000 peri dico .
Ba e de dad .
Pe i a e i e a de b ca
A In erne con i i hoje m do mai impor an e e c lo de informa e . Ocorre, por m, q e e i e na In erne , mai
do q e em q alq er o ro meio, e ce o de informa e . Da a con eni ncia de ili a o de i ema de b ca, q e
podem er de r ca egoria : mecani mo de b ca, dire rio e mecani mo de me ab ca.
O mecani mo de b ca o o i ema ba eado no o e cl i o de programa de comp ador para a inde a o
da p gina da Web. Ne e mecani mo , a pe q i a fei a por pala ra -cha e. Para i o, e cre e- e a pala ra no q adro
de b ca e clica- e no cone o bo o de b ca q e fica ao lado do q adro. A eg ir, aparecem o sites c jo con e do
referem- e pala ra -cha e. Pode ocorrer q e para ma nica pala ra digi ada apare am cen ena de milhare de sites
relacionado . I o ignifica q e o pe q i ador preci a aler- e de m l iplo ar if cio para fa er ma boa pe q i a.
O mecani mo mai conhecido o Google, ma e i em o ro , como o Yahoo (< . ahoo.com>), o Bing
(< .bing.com>) e o L co (< .l co .com>). De m i o in ere e para o pe q i adore o Google Acad mico, q e
permi e o ace o a e e , di er a e , ar igo p blicado em peri dico e o ro ma eriai e peciali ado .
A grande an agem de e mecani mo a de arrer e cl i amen e sites acad mico . Como em o ro mecani mo de
b ca, o Google Acad mico ordena o re l ado por ordem de rele ncia, e m do principai cri rio a freq ncia da
ci a o do a ore na li era ra acad mica.
No dire rio , a inde a o da p gina da Web reali ada por h mano . O dire rio cla ifica o con e do do sites
eg ndo ca egoria e bca egoria , e ore de a i idade econ mica o ramo do conhecimen o, facili ando a b ca por
5.8
5.9
a)
b)
c)
5.9.1
meio de fil ro . Para pe q i ar em dire rio , o pe q i ador ai na egando de de m ermo gen rico a chegar a m
ermo mai e pec fico.
A principal an agem do dire rio obre o mecani mo de b ca a de q e, por erem e r rado , corre- e
meno ri co de ob en o de re l ado d bio . Den re o principai dire rio e i en e e o o DMOZ
(< .dmo .org>) e o Yahoo! (<h p://dir. ahoo.com>) e o Google (<h p://direc or .google.com>).
Mecani mo de me ab ca o sites q e repa am a olici a o a rio mecani mo de b ca e organi am o
re l ado . E e mecani mo con rib em para ornar a proc ra mai r pida e para a men ar a chance de encon rar o
q e e proc ra. En re o mai ili ado , e o o Dogpile (< .dogpile.com>) e o Search
(<h p:// . earch.com/dir>).
Ob e d a e ia
Nem odo o ma erial di pon el em ba e de dado pode er dire amen e copiado em arq i o. M i a e e , o ma erial 
pode er ob ido median e pagamen o, o q e geralmen e pode er fei o on line. Con m, por an o, proceder a ma ele o
ac rada do q e realmen e in ere a para a pe q i a, para e i ar ga o de nece rio . O re mo, q e empre 
di ponibili ado, poder a iliar ne a arefa.
Para ob en o de ma erial em biblio eca con encional, preci o primeiramen e locali ar a obra de in ere e. Para
an o e i em fich rio man ai o ele r nico q e po ibili am a locali a o da obra por e lo, pelo nome do
a or o pelo a n o.
 preci o con iderar, no en an o, q e, com i a a garan ir direi o a orai , a reprod o de li ro proibida. A im,
a maioria da biblio eca a ori a c pia de apena m cap lo da obra o de a 10% do o al de p gina . J o ar igo de
peri dico podem er copiado , a im como a e e e di er a e , e ce o q ando no e emplar ho er declara o
e pre a do a or impedindo a c pia.
Um mecani mo ba an e eficien e de ace o informa o proporcionado pelo Programa de Com a o
Bibliogr fica (Com ), criado em 1980 pelo Mini rio da Ed ca o, por meio da Cape . O Com permi e 
com nidade acad mica e de pe q i a o ace o a doc men o em oda a rea do conhecimen o (median e c pia de
ar igo de re i a cnico-cien fica , e e e anai de congre o ), e cl i amen e para fin acad mico e de pe q i a,
re pei ando- e rigoro amen e a Lei de Direi o A orai . Para i o, a a por meio de ma rede de biblio eca ,
denominada biblio eca -ba e, com rec r o bibliogr fico , h mano e ecnol gico adeq ado para o a endimen o 
olici a e de e rio . O Com e di pon el ia In erne , para rio cada rado no i ema, com c digo e
enha de ace o. Para an o, o rio de er , de po e da refer ncia bibliogr fica do ma erial, preencher o form l rio
de pedido, pagar an ecipadamen e e ag ardar pelo recebimen o.
Lei a d a e ia
De po e do ma erial bibliogr fico ido como ficien e, pa a- e a a lei ra. Embora eja arefa da mai corriq eira
no m ndo con empor neo, con m q e ejam fei a alg ma con idera e obre e e pico.
Primeiramen e, h q e e con iderar q e a lei ra de m li ro o q alq er o ro impre o e fa por ra e di er a .
Pode ocorrer q e a lei ra e d por imple di ra o. O com obje i o de aprender e con e do com i a na aplica o
pr ica o a alia o. O , ainda, para a ob en o de re po a a problema .
Como o obje i o da di er a lei ra ariam, na ralmen e amb m ariam o procedimen o e a ai de
req erida . A lei ra q e e fa na pe q i a bibliogr fica de e er ir ao eg in e obje i o :
iden ificar a informa e e o dado con an e do ma erial impre o;
e abelecer rela e da informa e e do dado ob ido com o problema propo o;
anali ar a con i ncia da informa e e dado apre en ado pelo a ore .
A cla ifica o do ipo de lei ra aq i propo a a q e con idera cinco ipo , c ja ocorr ncia e d em f n o do
a an o do proce o de pe q i a bibliogr fica.
Lei a e a ia
E a lei ra do ma erial em por obje i o erificar em q e medida a obra con l ada in ere a pe q i a.
Pode er comparada e pedi o de reconhecimen o q e fa em o e ploradore de ma regi o de conhecida. Em
rela o a li ro , fa - e e e ipo de lei ra median e o e ame da folha de ro o, da orelha do li ro e de o ro elemen o
5.9.2
5.9.3
a)
b)
c)
d)
5.9.4
5.10
5.11
q e po ibili em a ob en o de ma i o geral da obra, bem como de a ilidade para a pe q i a. Em rela o a ar igo
de peri dico , a lei ra do re mo geralmen e ficien e, ma pode abranger amb m a iden ifica o da e e q e o
comp em e ma bre e in pe o da refer ncia bibliogr fica .
Lei a e e i a
Ap a lei ra e plora ria, procede- e a ele o da par e do ma erial q e de fa o in ere am pe q i a. Para an o, 
nece rio er em men e o obje i o da pe q i a, de forma q e e e i e a lei ra de e o q e n o con rib am para a
ol o do problema propo o.
A lei ra ele i a fei a em diagonal. Procede- e lei ra do lo e b lo do e o, ao e ame r pido da
abela , gr fico e il ra e e iden ifica o da pala ra em de aq e. Tamb m pode er il a lei ra do par grafo
iniciai do cap lo o da e e do e o, bem como ma in pe o r pida da concl e .
Lei a a a ica
A lei ra anal ica fei a no e o elecionado . S a finalidade a de ordenar e mariar a informa e con ida na
fon e , de forma q e e a po ibili em a ob en o de re po a ao problema da pe q i a.
Em ermo pr ico , pode- e e abelecer q e ma lei ra anal ica adeq ada pa a pelo eg in e momen o :
leitura integral do texto selecionado. N o nece rio q e a lei ra ne a e apa eja m i o aprof ndada, poi i a
apena proporcionar ma i o do odo;
identificação das ideias-chaves. Median e lei ra a en a, iden ificam- e a pala ra o e pre e referen e ideia
mai impor an e de cada par grafo. N o recomend el grifar longo recho , poi a im n o e ar o endo
iden ificada a ideia e enciai . Tamb m impor an e con iderar q e nem odo o par grafo apre en am pala ra
q e de em er grifada , j q e podem er con i do por repe i e o e emplifica e ;
hierarquização das ideias. Ap a iden ifica o da ideia mai impor an e con ida no e o, pa a- e a
hierarq i a o, o eja, a organi a o da ideia eg indo a ordem de impor ncia. I o implica di ing ir a ideia
principai da ec nd ria e e abelecer an a ca egoria de ideia q an a forem nece ria para a an li e do e o;
sintetização das ideias. E a a l ima e apa do proce o de lei ra anal ica. Con i e em recompor o odo
decompo o pela an li e, eliminando o q e ec nd rio e fi ando- e no e encial para a ol o do problema
propo o.
Lei a i e e a i a
E a con i i a l ima e apa do proce o de lei ra da fon e bibliogr fica . Na ralmen e, a mai comple a, j q e em
por obje i o relacionar o q e o a or afirma com o problema para o q al e prop e ma ol o. Na lei ra in erpre a i a,
proc ra- e conferir ignificado mai amplo ao re l ado ob ido com a lei ra anal ica. Enq an o ne a l ima, por mai
bem elaborada q e eja, o pe q i ador fi a- e no dado , na lei ra in erpre a i a ai al m dele , median e a liga o
com o ro conhecimen o .
T ada de a a e
Um do grande problema referen e lei ra refere- e a a re en o, i o q e apena par e do q e e l fica re ida na
mem ria. Por e a ra o, con m omar no a do ma erial lido.
A deci o acerca do q e er ano ado de e le ar em con idera o o obje i o q e e pre ende alcan ar com a
pe q i a, bem como a na re a da obra pe q i ada e a impor ncia em rela o q ele obje i o . N o con enien e
ac m lar grande n mero de ano a e . De em er ano ada a ideia principai e o dado po encialmen e impor an e .
A forma de liga o en re a ideia podem er dei ada de lado, e ce o q ando e a forma de liga o o impor an e
para i ar a ideia n m con e o mai geral.
Ficha e
 freq en e a i a o em q e o pe q i ador par e da ano a e para a reda o do rabalho. Ma al amen e
recomend el proceder ao fichamen o. E e procedimen o, q ando bem cond ido, re er e- e em ganho de empo e
q alidade. A confec o de ficha e i a problema m i o com n , como o e q ecimen o de refer ncia bibliogr fica o
da a oria de ma ci a o impor an e o a indi ponibilidade da informa o con ida n m li ro o peri dico ob ido por
empr imo. A im, con m e abelecer m i ema de fichamen o com a finalidade de:
a)
b)
c)
d)
e)
3
3.1
3.2
3.3
5.12
iden ifica o da obra con l ada ;
ano a o da ideia q e rgiram d ran e a lei ra;
regi ro do con e do rele an e da obra con l ada ;
regi ro do comen rio acerca da obra ;
organi a o da informa e para a organi a o l gica do rabalho.
Como o fichamen o er e a diferen e finalidade , podem er iden ificada di er a modalidade de ficha , ai como:
ficha bibliogr fica , ficha de re mo, ficha de re enha, ficha de m rio, ficha de ci a o e c. Para fin de pe q i a,
recomenda- e a ili a o de ma ficha e pecial de apon amen o q e incorpora elemen o de o ra ficha .
A ficha radicionalmen e o confeccionada em folha de car olina pa ada. Ma a maioria do pe q i adore
prefere elabor -la ili ando o comp ador. Para an o, e i em programa de banco de dado q e po ibili am a
confec o de maneira bem organi ada. Ma po el ili ar amb m proce adore de e o, criando- e arq i o para
cada obra con l ada e colecionando-o em pa a .
Para q e ejam f ncionai , e a ficha de em apre en ar r campo : cabe alho, refer ncia e e o (Fig ra 5.1).
O cabe alho refere- e ao a n o q e e endo e dado. Q ando e di p e de m plano de rabalho bem de alhado,
e a arefa fica m i o implificada. O plano de pe q i a apre en a- e ob a forma de e e , q e, por a e , o
bdi idida em e e ec nd ria o erci ria . Con idere- e, por e emplo, ma pe q i a referen e ao ignificado
ociol gico do carna al. Uma de a e e poderia referir- e e cola de amba. E a e o, q e no plano eria a
erceira, apre en aria a bdi i e :
A e cola de amba
E ol o hi rica da e cola de amba
Organi a o e e r ra da e cola de amba
O ignificado c l ral da e cola de amba
Con idere- e, agora, q e m do e o con l ado ra e do e ore de prod o da oficina de e cola de amba. O
a n o e aria referindo- e ao pico 3.2. A im, e a ficha eria como cabe alho o lo da e o.
A refer ncia, q e corre ponde ao eg ndo campo, de e po ibili ar a iden ifica o do elemen o bibliogr fico do
e o. De e er elaborada eg ndo a norma definida pela A ocia o Bra ileira de Norma T cnica (ABNT).
O erceiro campo refere- e ao apon amen o , q e podem er con i do por ci a e , e q ema , re mo o
comen rio acerca do e o. Q ando forem ran cri a ci a e ipis litteris, nece rio q e e a ejam colocada en re
a pa e q e incl am a me mo erro de grafia, e ho er.
Ficha de apon amen o .
A ficha de car olina de em er arma enada er icalmen e n m fich rio, ob er ando- e a eq ncia da e e do
plano. Q ando elaborada ele ronicamen e, o mai in ere an e coloc -la n m programa de banco de dado , j q e e e
po ibili a a locali a o de cada ma, bem como do a n o a q e e referem median e pala ra -cha e.
C gica d aba h
5.13
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
 com m pen ar- e q e, logo ap o fichamen o do ma erial comp l ado, par e- e para a reda o do rela rio. Toda ia,
en re e a d a e apa i a- e a con r o l gica do rabalho, q e con i e na organi a o da ideia com i a em
a ender ao obje i o da pe q i a. A im, cabe ne a e apa e r rar logicamen e o rabalho para q e ele po a er
en endido como nidade do ada de en ido. Embora de cer a forma e a arefa j enha ido de en ol ida na elabora o
do plano pro i rio, ba an e pro el q e ao longo do de enol imen o da pe q i a e e j enha ido reform lado e,
ne a e apa, mai q e em q alq er o ra, orna- e nece ria a reform la o para o e abelecimen o do plano defini i o.
A ficha de lei ra con i em o elemen o mai impor an e ne a e apa. N o o, por m, o nico . Toda a
doc men a o elecionada ao longo do proce o de pe q i a preci a e ar di pon el, ne e momen o: recor e de jornai
e re i a , c pia de e o con l ado , folhe o , ano a e e c. Mai do q e di pon ei , preci am e ar organi ada . Para
an o, gere- e a aber ra de pa a corre ponden e ao cap lo definido no plano de rabalho. Em cada pa a er o
colocado odo o doc men o referen e ao cap lo.
Reda d e a i
A l ima e apa de ma pe q i a bibliogr fica con i da pela reda o do rela rio. N o h regra fi a acerca do
procedimen o a er ado ado ne a e apa, poi depende em boa par e do e ilo de e a or. H , no en an o, alg n a pec o
rela i o e r ra o do e o, e ilo e a pec o gr fico q e preci am er con iderado e er o abordado no Cap lo
21.
Lei a ec e dada
SEVERINO, An onio Joaq im. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. S o Pa lo: Cor e , 2007.
Obra cl ica no campo da Me odologia Cien fica, e e li ro de An onio Joaq im Se erino apre en a em a l ima
edi o a principai dire ri e para a elabora o de ma monografia cien fica com o a lio do rec r o fornecido pela
inform ica.
MEDEIROS, Jo o Bo co. Redação científica: a pr ica de fichamen o , re mo e re enha . 12. ed. S o Pa lo: A la ,
2014.
O a or ra a, en re o ro a n o , do o da biblio eca, da e ra gia de lei ra, da elabora o de fichamen o e
da cnica de elabora o de re mo .
Site e en
Di pon el em: < .a i . ne p.br/egalhard/In erne .h m>. Ace o em: 15 j n. 2009.
O e o e clarece acerca do po encial da In erne para a pe q i a. Apre en a de forma pr ica a ili a o do
mecani mo de b ca. Indica amb m a principai ba e de dado q e podem er ili ada em pe q i a .
E e c ci e aba h ic
F m le blema de e i a e am e i e igad c m ba e em f e bibli g fica .
E c lha m d blema f m lad e elab e m la de abalh de e i a bibli g fica.
Fa a ma i i a bibli eca de a fac ldade e, c m a li d bibli ec i , ide ifi e i ema de
ga i a da ficha ca al g fica .
E c lha m blema de e i a e, a eg i , media e lei a e l a ia, eleci e alg li de
i e e e e cial a a e a i e iga .
Elab e ficha bibli g fica c e de e a li eleci ad .
Leia c idad ame e m li de i e e e a a e i a cie fica, c a d a i gi el de lei a
i e e a i a. A eg i , elab e ma ficha de a ame de e li .
Ace e alg ma ba e de dad e l cali e ma e ial e cialme e im a e a a de e mi ad i de
e i a.
Seleci e ma da ea d c hecime defi ida ela Cla ifica Decimal de De e . Di ija- e,
e , e a e de ma bibli eca e c m ba e a me a ide ifi e c j de b a efe e e
a e a ea.
6.1
a)
b)
c)
d)
e)
f)
6.2
6.3
6.4
6
Etapas da pesq isa doc mental
A pesquisa documental, como j foi visto, apresenta muitos pontos de semelhan a com a pesquisa bibliogr fica. At
mesmo porque livros, artigos de peri dicos e anais de eventos podem ser considerados como tipos especiais de
documentos. Por isso, em muitos casos, as etapas de seu desenvolvimento s o praticamente as mesmas, embora haja
pesquisas documentais cujo delineamento se apro ima dos delineamentos e perimentais. o caso de pesquisas e -post-
facto ( a partir do fato passado ), que s o elaboradas com dados dispon veis, mas que s o submetidos a tratamento
estat stico, envolvendo at mesmo teste de hip teses. Tamb m h pesquisas documentais que se assemelham a
levantamentos, diferindo destes simplesmente pelo fato de terem sido elaboradas com dados dispon veis e n o obtidos
diretamente das pessoas.
De modo geral, poss vel identificar as seguintes etapas na pesquisa documental:
formula o do problema;
elabora o do plano de trabalho;
identifica o das fontes;
locali a o das fontes e obten o do material;
an lise e interpreta o dos dados;
reda o do relat rio.
Form la o do problema
A pesquisa documental, como qualquer outro tipo de pesquisa, inicia-se com a formula o do problema de pesquisa. Cabe
considerar, no entanto, que a formula o do problema nas pesquisas bibliogr fica e documental pode-se mostrar muito
diferente. Isto porque a maioria das pesquisas bibliogr ficas de cunho e plorat rio, n o tendo como objetivo fornecer
uma resposta definitiva ao problema, mas sim ao seu aperfei oamento. J a pesquisa documental geralmente descritiva
ou e plicativa, requerendo, portanto, um problema mais claro, preciso e espec fico.
Elabora o do plano
Na pesquisa bibliogr fica, ap s a formula o do problema, elabora-se um plano que geralmente designado como
provis rio, pois previs vel que passe por modifica es at o fim da etapa de coleta de dados. Na verdade, esse fato tende
a ocorrer com qualquer plano de trabalho. Mas na pesquisa documental, assim como em outros delineamentos, como o
problema tende a apresentar mais clare a, precis o e especificidade, o plano pode ser apresentado como definitivo,
embora seja previs vel que venha a passar por altera es.
Identifica o das fontes
As fontes documentais s o muito mais numerosas e diversificadas, j que qualquer elemento portador de dados pode ser
considerado documento. As fontes documentais cl ssicas s o: os arquivos p blicos e documentos oficiais, a imprensa e os
arquivos privados (de igrejas, empresas, associa es de classe, partidos pol ticos, sindicatos, associa es cient ficas etc.).
6.5
6.6
1.
2.
3.
4.
Classicamente, a documenta o em ci ncia escrita. Mas as fontes documentais v m se ampliando
consideravelmente. Assim, o pesquisador pode valer-se de documentos contidos em fotografias, filmes, grava es
sonoras, disquetes, CD-ROM, DVDs etc. Sem contar que em algumas reas do conhecimento, como a Arqueologia e a
Paleontologia, os documentos s o constitu dos por artefatos e f sseis. Em campos como o da Antropologia da
Comunica o, por sua ve , podem ser considerados documentos cartas, bilhetes, fotografias e at mesmo as picha es em
pr dios p blicos e as inscri es em portas de banheiros.
Locali a o das fontes e obten o do material
Para locali ar fontes documentais escritas e obter-se o respectivo material, seguem-se praticamente os mesmos passos da
pesquisa bibliogr fica. At mesmo porque em muitas organi a es suas bibliotecas s o integradas a centros de
documenta o. Fotografias, microfilmes, discos, fitas sonoras e de v deo tamb m podem ser locali ados em centros de
documenta o. Nesses casos, esse processo fica bastante facilitado. Mas h pesquisas em que a documenta o encontra-se
dispersa, dificultando sua locali a o e obten o. o caso de documentos pessoais, como cartas e fotografias.
An lise e interpreta o dos dados
A an lise e a interpreta o dos dados na pesquisa documental tende a variar conforme a nature a dos documentos
utili ados. Quando se trata dos chamados documentos de segunda m o, que j passaram por tratamento anal tico, e que
s o apresentados como relat rios de empresas e de rg os governamentais, os procedimentos podem se tornar muito
semelhantes aos adotados nas pesquisas bibliogr ficas.
H pesquisas documentais, como as reali adas no campo da ci ncia econ mica, que se valem principalmente de
dados quantitativos, dispon veis sob a forma de registros, tabelas, gr ficos ou em bancos de dados. Nesses casos, o
processo anal tico envolve procedimentos estat sticos, como medidas de tend ncia central e de dispers o, correla o,
regress o e testes de hip teses, assemelhando-se aos levantamentos. A principal diferen a que na pesquisa documental
os dados j est o dispon veis e nos levantamentos s o obtidos diretamente das pessoas mediante interroga o.
Quando os documentos referem-se a te tos escritos ou transcritos, como mat ria veiculada em jornais e revistas,
cartas, relat rios, carta es e panfletos, ou comunica o n o verbal, como gestos e posturas, o procedimento anal tico
mais utili ado a an lise de conte do. Esta t cnica, que foi empregada originariamente em pesquisas sobre o conte do de
jornais, visa descreverde forma objetiva, sistem tica e qualitativa o conte do manifesto da comunica o.
Atualmente, empregada na pesquisa em muitos outros campos. empregada em pesquisas sobre opini o p blica e
propaganda, na identifica o das caracter sticas do conte do de obras liter rias, did ticas e cient ficas, e em muitos outros
campos da Sociologia, da Psicologia e da Ci ncia Pol tica.
E istem v rios delineamentos de an lise de conte do, como: (a) estudo descritivo, elaborado mediante contagem da
frequ ncia de caracter sticas do te to; (b) an lises normativas, que reali am compara es com padr es, como, por
e emplo, reportagens objetivas ou imparciais; (c) an lises transversais, envolvendo te tos de diferentes conte tos, como,
por e emplo, dois jornais cobrindo um assunto espec fico ao longo de um m s; (d) an lises longitudinais, com
compara es abarcando conte tos semelhantes por um per odo maior (BAUER, 2002).
Os procedimentos anal ticos variam conforme o tipo do delineamento. Qualquer que seja, no entanto, o delineamento,
podem-se identificar pelo menos os seguintes passos no processo de an lise e interpreta o dos resultados:
Defini o dos objetivos ou hip teses. Os objetivos ou as hip teses decorrem do problema de pesquisa. Mas
geralmente tendem a se tornar mais espec ficos e delimitados mediante leitura flutuante dos te tos.
Constitui o de um quadro de refer ncia. Requer-se a constitui o desse quadro para proporcionar orienta o geral da
pesquisa, bem como a defini o de conceitos. Este quadro de refer ncia tamb m se mostra importante para au iliar na
interpreta o dos dados.
Sele o dos documentos a serem analisados. reali ada geralmente por amostragem aleat ria para garantir que a
amostra seja representativa do universo estudado.
Constru o de um sistema de categorias e de indicadores. Pode ser previamente estabelecido ou definido a partir da
pr pria leitura do material selecionado. As categorias s o compostas por um termo-chave que indica a significa o
central do conceito e por indicadores que e pressem as varia es do conceito. No estabelecimento de categorias, 
preciso garantir sua e austividade (todas as unidades podem ser colocadas numa das categorias), m tua e clusividade
(uma unidade n o pode ser inclu da em mais de uma categoria), homogeneidade (uma nica dimens o de an lise) e
objetividade (independ ncia em rela o subjetividade do analista).
5.
6.
7.
8.
9.
6.7
1.
2.
3.
4.
Defini o de unidades de an lise. Estas unidades podem ser: palavras ou frases, temas, personagens, acontecimentos
etc.
Defini o de regras de enumera o. Por e emplo: presen a de elementos; aus ncia de elementos; frequ ncia com que
uma unidade aparece; intensidade (que pode ser medida pelo tempo do verbo, adjetivos, adv rbios etc.); ordem de
apari o; e co-ocorr ncia.
Teste de validade e fidedignidade. A fidedignidade e iste quando a mesma pessoa pode fa er uma interpreta o
semelhante ap s um intervalo de tempo ou duas ou mais pessoas s o capa es de fornecer a mesma interpreta o
simultaneamente. A validade, por sua ve , e iste quando o resultado representa corretamente o te to ou o seu
conte to. Muitas ve es, a coer ncia suficiente para verificar a validade, mas h casos em que se requer correla o
com crit rios e ternos.
Tratamento dos dados. Em sua forma mais simples, o tratamento dos dados consiste na verifica o da frequ ncia com
que as palavras ocorrem num te to. Mas h procedimentos mais sofisticados, como as m ltiplas combina es de
palavras. Estas tarefas v m se tornando cada ve mais simples, gra as utili a o de programas de computador, como
o Sphin , Alceste e o Te tpack.
Interpreta o dos dados. O significado mais amplo dos dados obtido mediante seu cotejo com as teorias selecionadas
para fundamenta o do trabalho.
Reda o do relat rio
Nas pesquisas documentais de cunho quantitativo, em que os resultados s o organi ados em tabelas e submetidos a testes
estat sticos, a reda o do relat rio se fa de forma semelhante da pesquisa e perimental (ver Cap tulo 7) ou dos
levantamentos (ver Cap tulo 11). J nas pesquisas em que dos dados s o de nature a qualitativa, o relat rio pode ser
estruturado de diferentes maneiras, como ocorre, por e emplo, com os estudos de caso (ver Cap tulo 12).
Leit ras recomendadas
BAUER, Martin W.; GASKELL, George. Pesquisa qualitativa com te to, imagem e som: um manual pr tico. Petr polis:
Vo es, 2000.
Este livro aborda diversas t cnicas utili adas na coleta e an lise de dados em pesquisa documental, tais como: an lise
de conte do, an lise de discurso, an lise semi tica de imagens paradas, an lise de imagens em movimento e an lise de
ru do e m sica.
BARDIN, Laurence. An lise de conte do. Edi o revista e ampliada. S o Paulo: Edi es 70, 2016.
Trata-se de manual claro, concreto e operacional que descreve a evolu o da an lise de conte do, apresenta seus
fundamentos e capacita os leitores para a utili a o de diferentes t cnicas, tais como: an lise de avalia o, an lise da
enuncia o, an lise proposicional do discurso das rela es.
E erc cios e trabalhos pr ticos
Fo m le m oblema de e i a c jo dado o am e ob ido e cl i amen e com ba e em
doc men o .
Locali e n ma biblio eca o io st t sti o o si Ve ifi e a a e efe en e a dado ociai e, a
a i da , fo m le alg n oblema de e i a a a o ai e e dado odem e ele an e .
Anali e a o ibilidade de a ede de banhei o e la a de li o e em ili ada como fon e de dado em
e i a ociai .
P oc e e em la e de jo nai dife en e . Relacione odo o lo de a igo , e a ando-o , a eg i ,
o a n o ( ol ica, e o e , ol cia e c.). Calc le, en o, a o cen agem co e onden e a cada
a n o. E e e l ado con i i o elemen o a a a an li e de con e do da ma ia im e a no
jo nai .
12.1
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
12.1.1
12.1.2
12
E apa do e do de ca o
Diferentemente do que ocorre com outros delineamentos, como o experimento e o levantamento, as etapas do estudo de
caso n o se d o numa sequ ncia r gida. Seu planejamento tende a ser mais flex vel e com frequ ncia o que foi
desenvolvido numa etapa determina altera es na seguinte. Mas poss vel definir um conjunto de etapas que, n o
necessariamente nesta ordem, s o seguidas na maioria das pesquisas definidas como estudos de caso:
formula o do problema ou das quest es de pesquisa;
defini o das unidades-caso;
sele o dos casos;
elabora o do protocolo;
coleta de dados;
an lise e interpreta o dos dados;
reda o do relat rio.
Fo m la o do p oblema o da e e de pe i a
Como qualquer pesquisa, o estudo de caso inicia-se com a formula o de um problema. Mas h autores que evitam
mencionar esse termo em seus estudos, dando prefer ncia a indicar quest es de pesquisa Alegam que o termo problema 
mais adequado aos estudos quantitativos, que conduzem defini o de metas ou objetivos espec ficos ou constru o de
hip teses. Tamb m alegam que os problemas de pesquisa s o geralmente apresentados como declara es interrogativas,
que se iniciam por um por que , sugerindo o teste de verifica o de rela es causa-efeito, que n o se aplica aos estudos
de caso. Assim, Creswell (2010) sugere que as quest es de pesquisa se iniciem com as palavras o que ou como para
transmitir a ideia de uma pesquisa aberta e abrangente. Embora Yin (2013) reconhe a a adequa o de quest es do tipo
por que tamb m aos estudos de caso. N o seriam adequadas quest es do tipo quem , onde , quanto e quantos ,
que sugerem a realiza o de levantamentos de campo e pesquisas baseadas em dados de arquivo.
Defini o da nidade-ca o
Em sua acep o cl ssica, a unidade-caso refere-se a um indiv duo num contexto definido. Por exemplo, um paciente de
transplante de cora o durante e seis meses ap s a cirurgia, no contexto de sua fam lia e do hospital. A amplitude desse
conceito, no entanto, ampliou-se, a ponto de poder referir-se a uma fam lia ou qualquer grupo social, uma organiza o,
uma comunidade, uma na o ou mesmo toda uma cultura.
A defini o da unidade-caso depende dos prop sitos da pesquisa. Aqui cabe distinguir entre projetos de caso nico e
de casos m ltiplos. O estudode caso nico refere-se a um indiv duo, um grupo, uma organiza o, um fen meno etc.
Constitui a modalidade mais tradicional de estudo de caso, embora n o seja atualmente a mais frequente.
Podem ser identificadas diferentes modalidades de estudos de caso nico: (1) caso raro, que se refere a
comportamentos e situa es sociais que por serem muito raros merecem ser estudados; (2) caso decisivo, utilizado
quando se deseja confirmar, contestar ou estender uma teoria; (3) caso revelador, que ocorre quando um pesquisador tem
a oportunidade de observar e analisar um fen meno inacess vel a outros pesquisadores; (4) caso t pico, que tem o
prop sito de explorar ou descrever objetos que, em fun o de informa o pr via, pare a ser a melhor express o do tipo
ideal da categoria; (5) caso e tremo, que tem como vantagem poder oferecer uma ideia da situa o limite em que um
fen meno pode se manifestar; e (6) caso discrepante, que passa dos limites .
12.1.3
12.1.4
12.1.5
Os casos nicos podem ser intr nsecos ou instrumentais (STAKE, 1995). O caso intr nseco selecionado porque o
pesquisador pretende conhec -lo em profundidade, sem qualquer preocupa o com o desenvolvimento de qualquer teoria.
J o estudo de caso instrumental selecionado com o prop sito de aprimorar o conhecimento de determinado fen meno
ou mesmo do desenvolvimento de teorias.
Os estudos de casos m ltiplos (ou coletivos, para Stake) s o aqueles em que o pesquisador estuda conjuntamente
mais de um caso para investigar determinado fen meno. N o podem ser confundidos, no entanto, com estudos de caso
nico que apresentam m ltiplas unidades de an lise. Quando, por exemplo, o caso em estudo refere-se a uma
universidade e s o estudadas as faculdades que a comp em, estas constituem unidades de an lise e n o casos.
Sele o do ca o
A l gica da escolha dos casos n o da amostragem estat stica. Tem mais a ver com a l gica dos procedimentos
experimentais, especificamente com o m todo de concord ncia (MILL, 1979), que estabelece que quando dois ou mais
casos de um mesmo fen meno t m uma e somente uma condi o em comum, essa condi o pode ser considerada a causa
(ou efeito) do fen meno. Assim, quando se aplica essa l gica aos estudos de casos m ltiplos, o que cabe selecionar os
casos de forma tal que prevejam resultados semelhantes. Ou que produzam resultados diferentes por alguma raz o
previs vel.
Uma importante contribui o sele o da amostra nos estudos de caso a amostragem te rica. medida que
diferentes conceitos v o emergindo, o pesquisador inclui novos casos e o processo se conclui com a satura o te rica, que
ocorre quando a inclus o de novos elementos j n o mais suficiente para alterar o conhecimento do fen meno
(GLASER; STRAUSS, 1967).
De e mina o da cnica de cole a de dado
Os estudos de caso requerem a utiliza o de m ltiplas t cnicas de coleta de dados. Isto importante para garantir a
profundidade necess ria ao estudo e a inser o do caso em seu contexto, bem como para conferir maior credibilidade aos
resultados. Mediante procedimentos diversos que se torna poss vel a triangula o, que contribui para obter a
corrobora o do fato ou do fen meno.
Os estudos de caso executados com rigor requerem a utiliza o de fontes documentais, entrevistas e observa es.
Considere-se, por exemplo, um estudo que tenha como prop sito analisar a atua o de um sindicato de trabalhadores.
Poderiam ser analisados documentos elaborados pelo pr prio sindicato, como atas de reuni o da diretoria, folder , jornais
e cartilhas e tamb m documentos elaborados por outras organiza es. Como documentos poderiam ser considerados
tamb m outros artefatos f sicos, como faixas, distintivos e camisetas. Tamb m poderiam ser entrevistados dirigentes do
sindicato, funcion rios e trabalhadores filiados, bem como ex-dirigentes e sindicalistas que se op em atual gest o. Seria
interessante, ainda, observar sindicalistas em a o, tanto em assembleias da categoria quanto de manifesta es em lugares
p blicos e no interior das empresas.
Elabo a o do p o ocolo
O protocolo o documento que trata de todas as decis es importantes que foram e ainda dever o ser tomadas ao longo do
processo de pesquisa. N o apenas esclarece acerca dos procedimentos a serem adotados na coleta de dados, mas subsidia
as tomadas de decis o, que s o constantes ao longo de todas as etapas do estudo de caso.
N o existe um modelo fixo para elabora o do protocolo, mas recomenda-se que seja subdividido em partes, tais
como as que se seguem:
Dado de iden ifica o. T tulo do projeto, nome do respons vel, entidade patrocinadora, per odo de realiza o e local de
realiza o.
In rod o. Relev ncia te rica e pr tica do estudo, justificativa de sua realiza o, identifica o de seus potenciais
benefici rios e a sua circunscri o espacial e temporal.
Trabalho de campo. Defini o de organiza es e pessoas que constituir o objeto da pes-quisa; defini o de estrat gias
para obten o de acesso a organiza es e a informantes; agenda para as atividades de coleta de dados e modelo do Termo
de Con en imen o Li re e E clarecido, quando for necess rio.
Q e e e pec fica . Quest es a serem utilizadas na coleta de dados, que s o baseadas no problema ou nas quest es mais
amplas de pesquisa.
Pre i o de an li e do dado . Indica o dos procedimentos anal ticos. G ia para elabora o do rela rio. Elementos a
serem considerados.
12.2
12.2.1
a)
b)
c)
d)
12.2.2
12.2.3
12.3
12.3.1
Cole a de dado
Na maioria dos estudos de caso, a coleta de dados feita mediante entrevistas, observa o e an lise de documentos,
embora muitas outras t cnicas possam ser utilizadas.
En e i a
A entrevista requer a tomada de m ltiplos cuidados em sua condu o, tais como:
Defini o da modalidade de en re i a, que pode ser: aberta (com quest es e sequ ncia predeterminadas, mas com
ampla liberdade para responder), guiada (com formula o e sequ ncia definidas no curso da entrevista), por pautas
(orientadas por uma rela o de pontos de interesse que o entrevistador vai explorando ao longo de seu curso) ou
informal (que se confunde com a simples conversa o).
Q an idade de en re i a . As entrevistas devem ser em n mero suficiente para que se manifestem todos os atores
relevantes. Mesmo que a pesquisa se refira a um caso nico, como uma empresa, este pode envolver m ltiplas
unidades de an lise, como os seus departamentos, por exemplo, exigindo, portanto, maior quantidade de entrevistados.
Sele o do informan e . Devem ser selecionadas pessoas que estejam articuladas cultural e sensitivamente com o
grupo ou organiza o. Nem sempre os dirigentes m ximos de uma organiza o s o os melhores informantes.
Negocia o da en re i a. Como as pessoas, de modo geral, n o t m uma raz o pessoal forte para fornecer as
respostas desejadas, recomenda-se estabelecer tipo de contrato em que s o esclarecidos os objetivos da entrevista e
definidos os pap is das duas partes.
Ob e a o
Enquanto t cnica de pesquisa, a observa o pode assumir pelo menos tr s modalidades: espont nea, sistem tica e
participante. Na observa o espont nea, o pesquisador, permanecendo alheio comunidade, grupo ou situa o que
pretende estudar, observa os fatos que a ocorrem. adequada aos estudos explorat rios, j que favorece a aproxima o
do pesquisador com o fen meno pesquisado.
A observa o sistem tica adequada para estudos de caso descritivos. Ao se decidir pela ado o dessa modalidade, o
pesquisador sabe quais os aspectos da comunidade, da organiza o ou do grupo s o significativos para alcan ar os
objetivos pretendidos. Assim, ele se torna capaz de elaborar um plano de observa o para orientar a coleta, an lise e
interpreta o dos dados.
A observa o participante consiste na participa o real do pesquisador na vida da comunidade, da organiza o ou do
grupo em que realizada a pesquisa. O observador assume, pelo menos at certo ponto, o papel de membro do grupo.
Doc men o
A consulta a fontes documentais imprescind vel em qualquer estudo de caso. Considere-se, por exemplo, que num
estudo referente a determinada organiza o, mediante a consultaa documentos, torna-se poss vel obter informa es
referentes sua estrutura e organiza o, descri o dos cargos e fun es, aos crit rios adotados no recrutamento e
sele o de pessoal etc. Essas informa es podem auxiliar na elabora o das pautas para entrevistas e dos planos de
observa o. Sem contar que medida que dados importantes estejam dispon veis, n o haver necessidade de procurar
obt -los mediante interroga o, a n o ser que se queira confront -los.
Dentre as principais fontes documentais que podem interessar aos pesquisadores est o: (1) documentos pessoais; (2)
documentos administrativos; (3) material publicado em jornais e revistas; (4) publica es de organiza es; (5)
documentos disponibilizados pela Internet; (6) registros cursivos; e (7) artefatos f sicos e vest gios.
An li e e in e p e a o do dado
Ao contr rio de outros delineamentos j considerados, a an lise e interpreta o um processo que nos estudos de caso se
d simultaneamente sua coleta. A rigor, a an lise se inicia com a primeira entrevista, a primeira observa o e a primeira
leitura de um documento.
Em virtude da multiplicidade de enfoques anal ticos que podem ser adotados nos estudos de caso, fica dif cil definir a
sequ ncia de etapas a serem seguidas no processo de an lise e interpreta o dos dados. poss vel, no entanto, identificar
algumas etapas que s o seguidas na maioria dos estudos de casos, ainda que de forma n o sequencial.
Codifica o do dado
12.3.2
12.3.3
12.3.4
12.3.5
a)
b)
c)
d)
Consiste basicamente em atribuir uma designa o aos conceitos relevantes que s o encontrados nos textos dos
documentos, na transcri o da entrevistas e nos registros de observa es. Gra as a essa codifica o que os dados podem
ser categorizados, comparados e ganhar significado ao longo do processo anal tico.
E abelecimen o de ca ego ia anal ica
Essas categorias s o conceitos que expressam padr es que emergem dos dados e s o utilizadas com o prop sito de
agrup -los de acordo com a similitude que apresentam. O estabelecimento de categorias d -se geralmente pela
compara o sucessiva dos dados. medida que estes s o comparados entre si, v o sendo definidas unidades de dados.
Unidades de dados s o segmentos de dados aos quais poss vel atribuir um significado, e s o identificadas quando se
verifica que existe algo em comum entre os dados.
E ibi o do dado
A forma tradicional de an lise dos estudos de caso consiste na identifica o de alguns t picos-chave e na consequente
elabora o de um texto discursivo. recomend vel, no entanto, a elabora o de instrumentos anal ticos para organizar,
sumarizar e relacionar os dados. Dentre os instrumentos, os mais utilizados s o as matrizes e os diagramas. As matrizes
s o arranjos constitu dos por linhas e colunas e linhas que possibilitam rapidamente o estabelecimento de compara es
entre os dados. Os diagramas s o representa es gr ficas, por meio de figuras geom tricas, como pontos, linhas e reas,
de fatos, fen menos e das rela es entre eles.
B ca de ignificado
Os estudos de caso exigem do pesquisador muito mais habilidades, quando comparados a pesquisas quantitativas. Suas
habilidades anal ticas que definem em boa parte a qualidade dos achados da pesquisa, j que as tarefas anal ticas n o
podem ser confiadas a especialistas.
Para facilitar a busca de significados, existem diversas t ticas (MILES, HUBERMAN, SALDA A, 2004). Uma
dessas t ticas consiste na verifica o sistem tica dos temas que se repetem com vistas ao estabelecimento de rela es
entre os fatos e poss veis explica es. Outra t tica a do agrupamento, que consiste num processo de categoriza o de
elementos, como eventos, atores, situa es, processos e cen rios e que permite identificar agrupamentos que se definem
por compartilhar o mesmo conjunto de atributos. poss vel, ainda, estabelecer constantes de compara es e contrastes,
construir cadeias l gicas de evid ncias e procurar a constru o da coer ncia conceitual e te rica.
B ca da c edibilidade
Com vistas a proporcionar maior credibilidade aos estudos de caso, sugerem-se alguns cuidados, tais como:
Verificar a repre en a i idade do par icipan e . preciso garantir que os participantes da pesquisa sejam apropriados
para proporcionar informa es relevantes. Um problema comum em estudos de caso a sele o dos informantes pelo
crit rio de acessibilidade, o que pode levar exclus o de informantes-chave.
Verificar a q alidade do dado . A qualidade dos dados tem muito a ver com os informantes selecionados. Dados
obtidos de informantes bem articulados, e que fornecem as informa es com satisfa o, tendem a ser mais ricos e,
consequentemente, conduzir a melhores resultados. A qualidade dos dados tamb m tem a ver com as circunst ncias
em que estes foram obtidos, pois dados referentes ao comportamento observado tendem a ser melhores que os obtidos
mediante relato. Dados obtidos depois de repetidos contatos tendem a ser mais confi veis que os obtidos logo no
in cio do trabalho de campo. Dados de primeira m o, relatados por informantes que praticaram as a es, s o
prefer veis aos relatados por informantes que apenas det m as informa es. Tamb m os dados fornecidos
espontaneamente tendem a ser melhores que os obtidos mediante interroga o, assim como aqueles obtidos com
maior privacidade.
Con rolar o efei o do pe q i ador. O pesquisador, por ser uma pessoa estranha ao grupo que estuda, pode levar seus
membros a encarar sua presen a com desconfian a e a manter comportamentos que n o s o os usuais, ou fornecer
informa es que n o correspondem rigorosamente a suas opini es, cren as e valores. Para minimizar essa influ ncia,
 preciso um rigoroso planejamento da coleta de dados. Mas necess rio tamb m que sua poss vel influ ncia seja
reconsiderada no momento da an lise e interpreta o.
Fa er riang la o. A triangula o consiste basicamente em confrontar a informa o obtida por uma fonte com
outras, com vistas a corroborar os resultados da pesquisa. Assim, quando s o obtidas informa es de tr s diferentes
fontes e pelo menos duas delas mostram converg ncia, o pesquisador percebe que os resultados podem ser
e)
f)
12.4
a)
b)
c)
d)
e)
1.
2.
3.
4.
corroborados. Se, por m, as informa es se mostrarem totalmente divergentes, o pesquisador se decidir pela rejei o
da explica o ou pela necessidade de obten o de informa es adicionais.
Ob er feedback do par icipan e . A credibilidade de um estudo de caso tem muito a ver com a adequa o de seus
resultados aos pontos de vista de seus participantes. De fato, os pesquisados s o capazes de conhecer mais que o
pesquisador acerca da realidade que est sendo estudada. Logo, eles podem atuar como avaliadores dos resultados da
pesquisa.
Ob er a alia o e erna. Uma importante estrat gia para confirma o dos resultados consiste em sua an lise por
outros pesquisadores.
Reda o do ela io
A reda o do relat rio de estudos de caso exige muito mais do pesquisador que a de outras modalidades de pesquisa. Os
dados geralmente s o muito numerosos e obtidos de formas diferentes, tornando-se necess ria sua sele o e organiza o
n o apenas para fins de an lise, mas tamb m de apresenta o. Assim, podem ser definidas diferentes estruturas
redacionais para os relat rios dos estudos de caso (YIN, 2013):
E r ra cl ica. a preferida tanto para publica o em peri dicos cient ficos quanto para reda o de teses e
disserta es. O relat rio inicia-se com uma se o de Introdu o, que seguida pela Revis o Bibliogr fica,
Metodologia, An lise e Discuss o dos Resultados e finalmente pela Conclus o.
E r ra narra i a. O relat rio inicia-se com uma introdu o, que seguida de se es, cada uma delas
correspondente a determinado per odo de tempo. adequada aos estudos de caso hist ricos, que o reconstroem desde
sua origem at a fase contempor nea.
E r ra de cri i a. Inicia-se tamb m com uma introdu o, que esclarece acerca da organiza o das se es seguintes,
que podem se referir, por exemplo, aos v rios aspectos da vida social de uma comunidade ou aos departamentos que
comp em uma empresa.
E r ra de con r o deeoria. A sequ ncia das se es determinada pela l gica subjacente constru o da
teoria. Cada se o, no entanto, deve ser elaborada de forma tal que possibilite desvendar uma nova parte dessa teoria e
o relat rio conclui-se com a apresenta o sint tica da teoria.
E r ra de pen e. Nesta abordagem parte-se de uma situa o n o explicada, que vai sendo gradualmente
desvendada.
Lei a ecomendada
YIN, Robert K. E do de ca o: planejamento e m todos. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013.
Trata-se do mais conhecido livro referente a estudos de caso. Aborda a elabora o de projetos de estudos de caso, a
coleta de dados, o processo de an lise dos dados e a elabora o do relat rio.
MARTINS, Gilberto de Andrade. E do de ca o: uma estrat gia de pesquisa. 2. ed. S o Paulo: Atlas, 2008.
O primeiro livro publicado no Brasil que trata especificamente do estudo de caso como estrat gia de pesquisa. O
primeiro cap tulo apresenta os predicados de um estudo de caso exemplar, finalizando com a indica o do que n o pode
ser concebido como um estudo de caso cient fico.
E e c cio e abalho p ico
Iden ifiq e pe oa , gr po , organi a e o com nidade q e j ificariam a reali a o de e do de
ca o in r n eco .
Ap e colher m pico, defina alg ma q e e de pe q i a. Para cada ma de a q e e ,
iden ifiq e ma cnica adeq ada para cole a de dado . Em eg ida, defina q em eriam a pe oa mai
adeq ada para erem in errogada o ob er ada .
Q e ipo de doc men o poderiam er ili ado n m e do de ca o referen e ao relacionamen o
profe or-al no n ma ni er idade?
Con idere m fa o pol mico q e enha ido eic lado pela impren a. Ca o oc q i e e cer ificar- e do
q e realmen e ocorre , q e procedimen o oc ado aria para recon r ir a realidade? Q e pe oa oc
en re i aria? Q e doc men o oc anali aria?
13.1
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
13.1.1
13.1.2
13
E apa da pe q i a e nog fica
O pesquisador que se disp e a realizar uma pesquisa etnográfica assume uma vis o hol stica com vistas a obter a
descri o mais ampla poss vel do grupo pesquisado. A descri o pode incluir m ltiplos aspectos da vida do grupo e
requerer considera es de ordem hist rica, pol tica, econ mica, religiosa e ambiental. Os dados obtidos, por sua vez,
precisam ser colocados numa perspectiva bem ampla para que assumam significado. Por outro lado, preciso garantir que
os resultados da pesquisa privilegiem a perspectiva dos membros do grupo investigado.
Essas caracter sticas da pesquisa etnográfica indicam, portanto, que os pesquisadores tendem a desenvolver o
trabalho de campo em per odos significativamente superiores ao despendido em outras modalidades de pesquisas.
Indicam tamb m que essas atividades tendem a ser mais integradas e menos sequenciais. Da por que se torna dif cil
definir previamente as etapas a serem seguidas na pesquisa etnográfica. É poss vel, no entanto, identificar um conjunto de
etapas que s o comuns à maioria das pesquisas dessa natureza:
formula o do problema;
sele o da amostra;
entrada em campo;
coleta de dados;
elabora o de notas de campo;
análise dos dados; e
reda o do relat rio.
Fo m la o do p oblema
A pesquisa etnográfica inicia-se com a sele o de um problema que vai se aprimorando à medida que a pesquisa avan a.
Cabe considerar, no entanto, que nem todo problema pode ser adequadamente solucionado mediante pesquisa etnográfica.
Essa modalidade de pesquisa essencialmente descritiva. N o tem, pois, como prop sito verificar a exist ncia dos nexos
causais entre variáveis. E embora descritiva, n o se prop e a descrever com precis o tra os ou caracter sticas das
popula es.
Os problemas que melhor se ajustam a essa modalidade de pesquisa s o aqueles que podem ser interpretados como
express o de coletivos culturais, como organiza es e comunidades. Alguns dos problemas mais privilegiados s o, pois,
os que se referem a desigualdades de classe, de g nero ou de idade, barreiras culturais, estere tipos, cultura
organizacional, subculturas e representa es sociais.
Sele o da amo a
Na pesquisa etnográfica n o existe a preocupa o do pesquisador em selecionar uma amostra proporcional e
representativa em rela o ao universo pesquisado. A ocorr ncia mais comum a sele o da amostra com base no
julgamento do pr prio pesquisador. Ele seleciona os membros do grupo, organiza o ou comunidade que julga os mais
adequados para fornecer respostas ao problema proposto. Isto significa que a extens o da amostra n o pode ser definida
antes do trabalho de campo. medida que avan a na pesquisa que o pesquisador vai definindo quantos elementos ainda
13.1.3
13.1.4
13.1.4.1
13.1.4.2
13.2
conv m pesquisar. O que requer muita perspicácia para evitar que os resultados da pesquisa sejam comprometidos por
suas prefer ncias.
É muito importante na pesquisa etnográfica selecionar informantes-chave: pessoas que disp em de notável
conhecimento acerca da cultura do grupo, organiza o ou comunidade que está sendo estudada. O informante n o precisa
ser um membro proeminente do grupo. Pode ser at mesmo uma pessoa que por qualquer raz o dele já tenha se afastado.
O que interessa que seja capaz de fornecer informa es que enrique am o trabalho de pesquisa.
En ada em campo
O processo de entrada em campo crucial numa pesquisa etnográfica. Conv m considerar que de modo geral os membros
do grupo, da organiza o ou da comunidade n o est o interessados no trabalho que está sendo desenvolvido pelo
pesquisador. Podem at mesmo manifestar algum tipo de desconfian a ou hostilidade em rela o a ele. Por isso
recomenda-se que seu ingresso seja facilitado mediante o aux lio de um de seus membros. Este intermediário poderá ser
representado, no caso de uma organiza o empresarial, por um de seus diretores ou gerentes; no caso de uma comunidade
religiosa, um de seus l deres; no caso de uma aldeia ind gena, pelo cacique ou pelo paj . Ou seja, por uma pessoa que
detenha credibilidade no grupo que está sendo pesquisado.
Cole a de dado
Na pesquisa etnográfica s o utilizados vários procedimentos para coleta de dados.
Os fundamentais s o a observa o e a entrevista.
Ob e a o
A observa o assume geralmente a forma de observa o participante, que se caracteriza pelo contato direto do
pesquisador com o fen meno estudado, com a finalidade de obter informa es acerca da realidade vivenciada pelas
pessoas em seus pr prios contextos. Tem, pois, como pr -requisito sua presen a constante no campo, em conv vio com os
informantes durante algum tempo. Trata-se, portanto, de um processo longo.
A observa o participante sup e a intera o pesquisador/pesquisado. Assim, as informa es que obt m dependem do
comportamento do pesquisador e das rela es que desenvolve com o grupo estudado. Sua integra o plena ao grupo, no
entanto, improvável, pois sempre pairará sobre ele uma atmosfera de curiosidade ou mesmo de desconfian a. E ele n o
pode se esquecer que um observador que está sendo observado o tempo todo (WHYTE, 2005).
En e i a
Embora a observa o participante seja reconhecida como a t cnica que mais se identifica com a pesquisa etnográfica, 
provável que a maioria dos dados relevantes seja obtida mediante diferentes formas de entrevista: estruturada,
semiestruturada ou informal.
Entrevistas estruturadas e semiestruturadas podem ser teis em apenas alguns momentos da pesquisa etnográfica. Por
exemplo, uma rela o de quest es pode ser til numa pesquisa em determinada empresa com a finalidade de comparar os
empregados em rela o à sua qualifica o e experi ncia. Esse tipo de entrevista pode ser til em etapas mais avan adas da
pesquisa com vistas à obten o de dados referentes a um t pico espec fico.
Entrevistas informais s o as mais utilizadas na pesquisa etnográfica. Elas podem ser vistas como conversa es
casuais, mas, assim como as entrevistas estruturadas, tamb m t m uma agenda espec fica, embora n o expl cita. O
pesquisador as utiliza para descobrir as categorias de significados no mbito de uma cultura. S o teis para verificar o que
as pessoas sabem, pensam, creem, aspiram e temem, bem como para comparar essas percep es com asdas outras
pessoas. Essas compara es que possibilitam identificar valores compartilhados na comunidade, na organiza o ou no
grupo pesquisado.
As entrevistas informais, embora pare am ser as mais fáceis de ser conduzidas, a rigor s o as mais dif ceis, pois
quest es de natureza tica e de controle emergem de cada entrevista. Considere-se, por exemplo, como pode o
entrevistador estabelecer e manter naturalmente uma situa o ao mesmo tempo em que está procurando saber acerca da
vida de outras pessoas de maneira sistemática (FETTERMANN, 1989).
Elabo a o de no a de campo
As notas de campo s o constitu das pelos dados obtidos mediante observa o ou entrevista. S o fundamentais na pesquisa
etnográfica e constituem importante etapa entre a coleta e análise dos dados.
13.3
13.3.1
13.3.2
13.3.3
13.3.4
A pesquisa etnográfica tende a proporcionar grande quantidade de informa es oriundas de diferentes fontes. Como o
trabalho de campo exaustivo, o pesquisador pode ficar tentado a parar ou a postergar a tomada de notas. Mas elas devem
ser redigidas o mais rápido poss vel ap s a obten o dos dados para evitar a perda de detalhes importantes. Para conferir
maior agilidade ao processo de tomada de notas, conv m que o pesquisador desenvolva algumas habilidades, como as de
construir frases curtas e utilizar abreviaturas e s mbolos. Isso porque a tomada de notas ocorre com frequ ncia em locais e
horários n o muito favoráveis.
É recomendável a constru o de um banco de dados para armazenar e organizar as notas de campo. As notas devem
ter um formato padronizado e podem conter dados como: (1) data, hora e local da entrevista ou observa o; (2) fatos
espec ficos, n meros e detalhes do que acontece no local; (3) impress es sensoriais: vistas, sons, texturas, cheiros, gostos;
(4) palavras espec ficas, frases, resumos de conversas e linguagem dos informantes; e (5) numera o das páginas para
ordenar os dados (CHISERI-STRATER; SUNSTEIN, 1997).
An li e do dado
A análise dos dados na pesquisa etnográfica inicia-se no momento em que o pesquisador seleciona o problema e s
termina com a reda o da ltima frase de seu relat rio. Os procedimentos anal ticos, por sua vez, s o os mais diversos,
indo dos mais simples e informais at os que envolvem sofistica o estat stica. Embora n o haja uma nica forma de
organiza o das tarefas referentes à análise dos dados, os itens considerados a seguir referem-se a procedimentos adotados
nas pesquisas etnográficas. Embora n o constituam rigorosamente etapas do processo de análise.
Lei a do ma e ial
Todo o material escrito, como notas de campo, memorandos e transcri es de entrevistas, deve ser lido várias vezes. Caso
haja dados registrados sob outras formas, como v deos e fotografias, o material correspondente tamb m deverá ser
exaustivamente analisado. Esse procedimento importante para tornar o pesquisador familiarizado com as informa es
obtidas.
B ca de ca ego ia locai de ignificado
A pesquisa etnográfica privilegia os pontos de vista dos membros da comunidade, organiza o ou grupo que está sendo
estudado. Cabe, portanto identificar categorias locais de significados nos dados (HAMMERSLEY, M.; ATKINSON,
1995). Essas categorias constituem importantes componentes da pesquisa. Sua compreens o torna-se necessária para a
constru o de um modelo explicador da realidade. Assim, cabe investigar que significados os informantes atribuem aos
termos utilizados. A conclus o desta etapa da pesquisa, por sua vez, dá-se mediante a elabora o de uma lista de
categorias a partir dos dados.
T iang la o
A triangula o um processo básico na pesquisa etnográfica. Em sua acep o mais simples, o conceito refere-se ao uso
de dois ou mais m todos para verificar se os resultados obtidos s o semelhantes, com vistas a refor ar a validade interna
dos resultados. Na pesquisa etnográfica, seu prop sito o de utiliza o de dois ou mais processos comparáveis com vistas
a ampliar a compreens o dos dados, a contextualizar as interpreta es e a explorar a variedade dos pontos de vista
relativos ao tema.
Iden ifica o de pad e
Para que um estudo etnográfico tenha valor, necessário que seja capaz de acrescentar algo ao que já conhecido. Isso
n o significa, por m, que deva obrigatoriamente proporcionar nova perspectiva te rica ao problema. O estudo pode ser
reconhecido como válido quando se mostrar capaz de levantar novas quest es ou hip teses a serem consideradas em
estudos futuros. Mas a identifica o de padr es de pensamento e de comportamento o objetivo mais procurado no
processo de análise na pesquisa etnográfica. O que interessa ao pesquisador principalmente verificar se em meio à ampla
diversidade de ideias e comportamentos manifestados por diferentes atores em diferentes situa es existe algo que pode
ser definido como comum a todos ou à maioria.
Esse processo se inicia geralmente com uma massa de ideias ou comportamentos indiferenciados. O pesquisador,
mediante a identifica o de semelhan as, diferen as e conex es entre os dados, percebe que alguma coisa se destaca
como forma usual de pensar ou de agir no local. Progressivamente, mediante compara o e contraste, define um
comportamento ou pensamento identificável. Tem-se, ent o um padr o, ainda que definido de forma insipiente. A
13.4
come am a emergir exce es à regra e detectam-se varia es em rela o ao modelo. Essas varia es ajudam a
circunscrever a atividade e a clarificar seus significados. Ent o, mediante novas compara es e combina es entre o
modelo e a realidade observada, definem-se os padr es.
Reda o do ela io
Nos estudos etnográficos, o pesquisador disp e de muita liberdade para apresentar seus resultados. Mas como esses
estudos visam descrever com certa profundidade os comportamentos observados, os relat rios tendem a ser volumosos.
Por isso, necessário muito cuidado em sua elabora o, já que a maioria das pessoas n o se disp e a ler um relat rio com
grande n mero de páginas se a linguagem n o se mostrar clara e atraente. Mas tamb m necessário que o pesquisador
abandone a tenta o literária e elabore um texto caracterizado pelo rigor cient fico. Seu prop sito n o pode ser o de
impressionar o leitor, mas de convenc -lo acerca das evid ncias obtidas.
Lei a ecomendada
ANGROSINO, Michael. Etnografia e obser a o participante. Porto Alegre: Artmed, 2009.
Este livro trata dos temas que podem ser efetivamente estudados pelos m todos etnográficos, da coleta e análise dos
dados etnográficos, das estrat gias de apresenta o dos dados, das quest es de tica, bem como das perspectivas de
aplica o do m todo etnográfico nas pr ximas d cadas.
E e c cio e abalho p ico
I
C I
I P
O P
17.1
a)
b)
c)
d)
e)
)
)
)
17.2
17.3
17.4
17
E a a da e i a-a
O a e a e da e a-a d e e ca a e e d de e a c de ad . N a e a e
de de a e b dade, a , b e d , e, a d a ec e e e e e a a e e d a, e e
a b a a d e ad e e d e e ad , e c e a d e e da e a. Da
 e e a d c a e e a e a e a e c ba e e a e de ada e a e e.
O a e a e de e a a a a , c a e ca e a e e ca, e e d e d de ca ,
a b e e . T da a, e e de ea e e e e de a c ca e e a a e . J a
e a-a c e c a e a e e a a e , e de e ad e a d ca d e ac a e e e 
e ad e e a a e ada. A , e e a e a e a-a a e e a a c de
a e e, e b a de ad e , de e c de ad e a a da e a-a :
a e e a a;
a d b e a;
c de e e ;
ea a d e ;
e e da a a;
c e a de dad ;
a e e e e a d dad ; ) e ab a d a de a ;
d a d e ad .
Fa e e l a ia
A a e e a a da e a-a b e a de e a ca de e a , a e ec a a d e e ad , be
c de a e e e de e ece a d ce de e a. E a a e a c ca a a e
e a a c a ca ac e a - e e a e e ca a e a a d e ace ca d b e a, a e a-
a e a a e e a c a d e c ca e e e de e da. I ca ec ec e a d
ca , a c a a d c e d e e b e d a d c c e e e a e da ca e a c a e da a
e a.
F m la d blema
A a a e e a a, cede- e a d b e a. P c a- e a a e b e a e a de d c a
a ec . Cabe, , e b a e, e a a e a c ca b e a e e e e a c a e a c a
e

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