Prévia do material em texto
FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO Débora Papa No embrião, o Sistema Nervoso é o primeiro tecido a se diferenciar e o último a completar o seu desenvolvimento, tornando-o o sistema mais complexo do organismo animal O Sistema Nervoso é uma rede de comunicação Capacita o animal a se ajustar às alterações do meio externo e interno Funções Básicas Função Integradora - Coordenação das funções do vários órgãos ( contração, relaxamento, secreção, absorção) Baixa P.A SN P.A aumenta Funções Básicas Função Sensorial - Sensações em geral (sede, fome, visão, audição, olfato, paladar) Funções Básicas Função Motora - Contrações musculares voluntárias ou reflexas Funções Básicas Função Adaptativa - Adaptação do animal ao meio ambiente (suor , respiração) Divisão Anatômica do Sistema Nervoso SNC Encéfalo Cérebro Cerebelo Tronco Encefálico Medula Espinhal SNP Nervos Espinhais Cranianos Gânglios Terminações Nervosas Mesencéfalo Ponte Bulbo Sistema Nervoso Central Tronco Encefálico Sistema Nervoso Periférico Sistema Nervoso Periférico Divisão Fisiológica do Sistema Nervoso SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO AFERENTE (SENSITIVO) EFERENTE (MOTOR) SISTEMA NERVOSO VISCERAL (SNA) AFERENTE (SENSITIVO) EFERENTE (MOTOR) Musc Liso, Cardíaco Glândulas (SNA) Exteroceptores Musc. Esquelético Visceroceptores Divisão Fisiológica do SN Sistema Nervoso Autônomo (Visceral – Vida Vegetativa) TIPOS CELULARES DO SISTEMA NERVOSO Células da Glia São células que possuem uma função “acessória” no Sistema Nervoso Principal função de Nutrição dos neurônios Não produzem Potencial de Ação TIPOS CELULARES DO SISTEMA NERVOSO TIPOS CELULARES DO SISTEMA NERVOSO Bainha de Mielina No SNC é produzida pelos Oligodendrócitos No SNP é produzida pelas Células de Schwann Função de servir como um isolante elétrico no neurônio. Impedindo que o impulso se perca Força uma condução saltatória dos P.A., gerando uma maior velocidade de condução dos PAs Capacidade de GERAR e CONDUZIR os impulsos nervoso NEURÔNIO Un Unidade estrutural e funcional do SN Capacidade de GERAR e CONDUZIR os impulsos nervoso Incapaz de se reproduzir Morfologia Capacidade de GERAR e CONDUZIR os impulsos nervoso Posição Capacidade de GERAR e CONDUZIR os impulsos nervoso Traz informações da superfície do corpo para o SNC Conduz o impulso nervoso do SNC ao efetuador (músculo ou glândula) Faz a união entre o Aferente e o Eferente. O corpo celular destes está sempre dentro do SNC Velocidade de Condução Capacidade de GERAR e CONDUZIR os impulsos nervoso (Grande calibre mielinizadas) (Médio calibre mielinizadas) (Pequeno calibre Não -mielinizadas) GÂNGLIO NERVOSO = São agrupamentos de corpos celulares localizados fora do SNC Velocidade de Condução Capacidade de GERAR e CONDUZIR os impulsos nervoso (Grande calibre mielinizadas) (Médio calibre mielinizadas) Nervos Capacidade de GERAR e CONDUZIR os impulsos nervoso (Grande calibre mielinizadas) (Médio calibre mielinizadas) Nervos Capacidade de GERAR e CONDUZIR os impulsos nervoso (Grande calibre mielinizadas) (Médio calibre mielinizadas) Nervos Capacidade de GERAR e CONDUZIR os impulsos nervoso (Grande calibre mielinizadas) (Médio calibre mielinizadas) SINAPSE Pontos de união entre os neurônios e as células efetoras (músculos, glândulas) LOCALIZAÇÃO CENTRAIS Cérebro, Medula Espinhal PERIFÉRICAS Gânglios e Placas Motoras FUNÇÃO EXCITATÓRIAS INIBITÓRIAS ESTRUTURAS AXO-SOMÁTICA, AXO-DENDRÍTICA, ENVOLVIDAS AXO-AXÔNICA,DENDRO-DENDRÍTICA, AXO-SOMÁTICA-DENDRÍTICA SINAPSE SINAPSE Elétrica: A partir de um Potencial de Ação Química: A transmissão do PA ocorre a partir da ação de Neurotrasmissores SINAPSE SINAPSE COMPONENTES DA SINAPSE FIBRA PRÉ - SINÁPTICA FENDA SINÁPTICA FIBRA PÓS- SINÁPTICA NEUROTRANSMISSORES Substâncias químicas encontradas em vesículas próximas as sinapses, que ao serem liberadas pela fibra pré-sináptica na fenda sináptica estimulam ou inibem a fibra pós- sináptica. Acetilcolina NT envolvido em muitos processos comportamentais no animal: aprendizado e memória Importante na função da movimentação. A Ach é liberada dos neurônios colinérgicos para as fibras musculares, promovendo a movimentação muscular Durante a fase de sono profundo (REM) a acetilcolina é liberada Doença de Alzheimer- está·associada, em 90% dos casos, com perda de neurônios colinérgicos no prosencéfalo basal e hipocampo AÇÃO DA TOXINA BOTULÍNICA ! A toxina botulínica bloqueia a liberação de Ach pelos terminais pré-sinápticos , causando bloqueio total da transmissão neuromuscular A Toxina Botulínica tipo A (BOTOX®) é utilizada para correção de marcas de expressão, gld. Salivares, Lacrimais sudoríparas Cuidado... Serotonina Hormônio do humor A diminuição da liberação de serotonina no SNC está associada a desordens de humor e depressão. A Fluoxetina bloqueiam a recaptação da serotonina para o terminal pré-sináptico Desordem obsessiva compulsiva - associada a redução nos níveis de serotonina no SNC, é geralmente tratada por meio da inibição da recaptação da serotonina Apetite é reduzido por drogas que elevam a serotonina no encéfalo (Aminas) Serotonina Comportamento agressivo e suicídio - tem sido associado a reduzidos níveis de serotonina no encéfalo O Triptofano é um AA precursos da Serotonina. Níveis diminuidos de Triptofano interferem no humor e também na indução do sono (leite, carne vermelha, banana) Dopamina Controla níveis de estimulação e controle motor em muitas ·áreas encefálicas. Quando os níveis de dopamina estão extremamente baixos os pacientes são incapazes de se mover voluntariamente Doença de Parkinson - degeneração de neurônios dopaminérgicos. Tratada com L-DOPA (precursor da dopamina) Esquizofrenia - Patologia causada pelo excesso de dopamina liberada para o terminal pós- sináptico. Tratada por drogas que bloqueiam a ligação da dopamina no receptor pós-sináptico Noradrenalina Relacionado a excitação físico e mental É conhecido por promover o bom humor Atua como mediador dos batimentos cardíacos, pressão sanguínea, conversão de glicogênio em energia e outros. Atenção e alerta - sua liberação facilita a atenção e alerta durante o dia. Durante o sono REM os níveis denoradrenalina estão reduzidos Estresse - no estresse crônico verifica-se redução na liberação da noradrenalina. Porém, no estresse agudo a noradrenalina é liberada da glândula adrenal e atua na amplificação do SNA Simpático GABA Ácido Gama Amino Butírico Principal neurotransmissor inibitóriodo encéfalo O processo inibitório ocorre quando o GABA se liga ao seu receptor, permitindo dessa forma a entrada de Cloro para dentro da célula Responsável pela sintonia fina e coordenação dos movimentos entres outros Há hipótese que a deficiência de GABA leva a algumas formas de Esquizofrenia Droga como o Valium (diazepam), ressalta o efeito do GABA na sinapse (ansiolítico e miorrelaxante) Glutamato É o principal neurotransmissor excitatório do encéfalo Está presente em metade das sinapses no SNC A atuação do glutamato é fundamental no processo de memória O glutamato também esta envolvido no processo de suicídio celular, uma vez que o excesso de glutamato é neurotóxico e mata a célula por excesso de influxo de Cálcio Neurotransmissores Peptídeos Encontrados em vários locais no encéfalo (sistema límbico,mesencéfalo) Também são produzidos pela hipófise e liberados como hormônios (GnRH, TRH, Ocitocina, ACTH, encefalinas, insulina, glucagon, Substância P, etc) Envolvidos em processos de dor, hibernação e diversas outras funções. Neurotransmissores Neurotransmissores A chegada do sinal elétrico na terminação nervosa pré-sináptica leva a liberação do neurotransmissor na fenda sináptica pelo mecanismo de EXOCITOSE. • É um mecanismo Ca++ dependente, que altera a permeabilidade da membrana. • O neurotransmissor atinge os receptores da membrana pós-sináptica ou da membrana da célula efetora, despolarizando-a e alterando a permeabilidade aos diferentes íons. Com isto, ocorre a passagem do impulso entre as fibras nervosas ou entre estas e as células efetoras. . Neurotransmissores DESTINO do NT: Recaptação para a fibra pré-sinaptica Destruição enzimática (Acetilcolinesterase) Eventos elétricos da cel. nervosa Eventos elétricos da cel. nervosa Eventos elétricos da cel. nervosa Eventos elétricos da cel. nervosa Eventos elétricos da cel. nervosa Eventos elétricos da cel. nervosa INTENSIDADE DO ESTÍMULO TUDO OU NADA O Potencial Pós Sináptico Excitatório (PPSE) são entradas sinápticas que despolarizam a célula pós-sináptica, levando o potencial de membrana para próximo ao limiar excitatório. Produzidos pela abertura dos canais de Na+ Estimulados por NT excitatórios Ach, NE, Dopamina, Glutamato, Serotonina O Potencial Pós Sináptico Inibitório (PPSI) são entradas sinápticas que hiperpolarizam a célula pós-sináptica, afastando o potencial de membrana do valor do limiar excitatório. Produzidos pela abertura dos canais de K+ e de Cl- Estimulados por NT inibitórios GABA, Glicina SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO SNP Nervos Espinhais Cranianos Gânglios Terminações Nervosas Constituído por nervos cranianos e espinhais, com seus gânglios associados às terminações nervosas NERVOS ESPINHAIS Fazem conexão com a medula espinhal e são responsáveis pela inervação do tronco, membros e parte da cabeça. NERVOS ESPINHAIS Saem aos pares da Medula Espinhal, a cada espaço intervertebral Formados pela união das raízes dorsais e ventrais, formam o tronco, saem pelo forame intervertebral e logo em seguida formam os ramos posteriores e anteriores. Bovinos = C7, T13, L6, S5, Co 18-20 Equino = C7, T18, L6, S5, Co 15-21 Cães = C7, T13, L7, S3, Co 20-23 NERVOS CRANIANOS São 12 pares de nervos que fazem conexão com o Encéfalo Podem ser classificados como - Sensitivos - Motores - Mistos (Sensitivos e Motores) Eles inervam a pele, músculo da cabeça e órgãos especiais dos sentidos (audição, visão..) COMPONENTES FUNCIONAIS DOS NERVOS CRANIANOS FIBRAS AFERENTES SOMÁTICAS GERAIS ___ Fibras para dor, pressão, frio ESPECIAIS ___ Visão e Audição FIBRAS AFERENTES VISCERAIS GERAIS ---- Sensibilidade visceral ESPECIAIS --- Gustação e Olfato FIBRAS EFERENTES SOMÁTICAS --- Para Fibras Musculares FIBRAS EFERENTES VISCERAIS GERAIS ---- para o SNA (músculo liso e glândulas) ESPECIAIS --- para Músc. Laringe e Faringe TERMINAÇÕES NERVOSAS AFERENTE SENSITIVO IMPULSO PARTE DOS RECEPTORES EFERENTE MOTOR IMPULSO PARTE PARA AS PLACAS MOTORAS PLACAS MOTORAS É a superfície de uma Fibra Muscular onde um ramo de um Axônio forma uma Sinapse com a fibra. TERMINAÇÕES NERVOSAS SENSITIVAS MORFOLOGIA TERMINAÇÕES NERVOSAS SENSITIVAS TERMINAÇÕES NERVOSAS SENSITIVAS TERMINAÇÕES NERVOSAS SENSITIVAS TERMINAÇÕES NERVOSAS SENSITIVAS Cones, Bastonestes (Visão) Botões Gustativos (Gustação) Receptores Olfativos Órgão de Corti (Audição) TERMINAÇÕES NERVOSAS SENSITIVAS Classificadas de acordo com sua localização TERMINAÇÕES NERVOSAS SENSITIVAS Localizados na superfície externa do corpo e são sensíveis à variações do meio externo São ativados pelo frio, calor e pressão. Incluem-se receptores responsáveis pelos sentidos especiais de Visão, Audição, Olfação e Gustação. TERMINAÇÕES NERVOSAS SENSITIVAS Localizados nas vísceras e vasos. São sensíveis à variações do meio interno. São também chamados Visceroceptores e são responsáveis pelas sensações de fome, sede, prazer sexual e dor visceral. São sensíveis à variações de pressão de 02 e C02, a osmolaridade do plasma e a pressão arterial. Também estão presentes no ouvido interno, responsáveis pela sensação de Equilíbrio. TERMINAÇÕES NERVOSAS SENSITIVAS Localizados profundamente nos músculos esqueléticos, tendões, fáscias, ligamentos e cápsulas articulares. Dão origem a impulsos proprioceptivos conscientes e inconscientes. TERMINAÇÕES NERVOSAS SENSITIVAS CONSCIENTES - atingem o córtex cerebral permitindo perceber a posição do corpo, bem como a atividade muscular e movimentos articulares, são portanto , responsáveis pelos sentidos de posição e movimento (CINESTESIA) = propriocepção INCONSCIENTES- não despertam nenhuma sensação. São utilizados para a regulação reflexa da atividade muscular através do reflexo miotático, ou da atividade do cerebelo. TERMINAÇÕES NERVOSAS MOTORAS *SOMÁTICAS - Terminam no músculo estriado esquelético. O Movimento é Voluntário; Forma a Placa Motora; A Fibra é sempre colinérgica (libera Ach) •VISCERAIS – Terminam no músculo liso, cardíaco e glândulas = (SNA). O Movimento é Involuntário; Não há placa motora, pois neste caso a musc. é lisa, cardíaca ou será uma glândula A Fibra é colinérgica (Ach) ou adrenérgica (Adr) SOMÁTICAS VISCERAIS ARCOS REFLEXOS É uma resposta involuntária do Sistema Nervoso a um estímulode importância fundamental para a postura e locomoção do animal . Possui 5 componentes básicos: 1 – Receptor – captar a informação e a transforma em P.A. 2 – Nervo Sensorial: Conduz esse P.A. do receptor até a sinapse com o SNC 3 – Sinapse: do nervo sensorial com o SNC. (1 ou várias) 4 –Nervo Motor: Conduzir o P.A. do SNC ao órgão efetuador 5- Órgão Alvo ou Efetuador: reproduzir a resposta (Ex: Músculo) ARCOS REFLEXOS É uma resposta involuntária do Sistema Nervoso a um estímulo de importância fundamental para a postura e locomoção do animal . Possui 5 componentes básicos: 1 – Receptor – captar a informação e a transforma em P.A. 2 – Nervo Sensorial: Conduz esse P.A. do receptor até a sinapse com o SNC 3 – Sinapse: do nervo sensorial com o SNC. (1 ou várias) 4 –Nervo Motor: Conduzir o P.A. do SNC ao órgão efetuador 5- Órgão Alvo ou Efetuador: reproduzir a resposta (Ex: Músculo) CLASSIFICAÇÃO DOS REFLEXOS REFLEXO SEGMENTAR OU SIMPLES: Percorrem um único segmento do SNC (2 neurônios + 1 sinapse) EX: reflexo patelar Receptor + neurônio aferente + sinapse + neurônio eferente + órgão efetuador REFLEXO INTERSEGMENTAR: Percorrem múltiplos segmentos do SNC (3 neurônios + 2 sinapse) EX: Reflexo de coçar do cão e reflexo de retirada No reflexo de coçar do cão estão envolvidos os neurônio sensitivo da pele, o neurônio internuncial que liga este segmento da medula aos nervos da pata posterior, e um neurônio motor para a musculatura da pata posterior. (Receptor + neurônio aferente + sinapse + neurônio internuncial + sinapse + neurônio efetor + órgão efetuador) CLASSIFICAÇÃO DOS REFLEXOS REFLEXOS BULBARES Reflexos respiratórios Reflexos vasomotores (dilatação e constricção dos vasos) Reflexos cardiomotores ( relaxamento do músculo cardíaco) CLASSIFICAÇÃO DOS REFLEXOS REFLEXOS MEDULARES Proprioceptivos - originam de receptores nos músculos e tendões. Ex: Reflexo Patelar, Reflexo supratarsal Exteroceptivos - originam de receptores cutâneos geralmente derivados geralmente da pressão e dor. Ex: Reflexo costal, Reflexo de coçar, Reflexo da caudal REFLEXO PATELAR REFLEXO PATELAR Os reflexos podem ser usados para avaliar clinicamente o Sistema Nervoso, pois quando se testa um reflexo, em verdade se está testando seus componentes básicos. Reflexos mais usados: Pupilar, Propriocepçäo, patelar. ATÉ A PRÓXIMA AULA!!!! SISTEMA NERVOSO CENTRAL SNC Encéfalo Cérebro Cerebelo Tronco Encefálico Medula Espinhal ATÉ A PRÓXIMA AULA!!!! SISTEMA NERVOSO CENTRAL ATÉ A PRÓXIMA AULA!!!! 1. MEDULA ESPINHAL Recebe potenciais de ação oriundos de receptores da pele, músculos, tendões, articulações e órgãos viscerais. Contém axônios que conduzem informações sensoriais para o cérebro e do cérebro para os neurônios motores inferiores, integrando as partes mais distantes do corpo ao Centro Nervoso Superior. ATÉ A PRÓXIMA AULA!!!! 1. MEDULA ESPINHAL ATÉ A PRÓXIMA AULA!!!! 2. BULBO Contém vários núcleos motores de nervos cranianos e centros autônomos que controlam o coração, a respiração, pressão sanguínea, reflexo da tosse, da deglutição e do vômito. ATÉ A PRÓXIMA AULA!!!! 3. PONTE contém grande quantidade de neurônios que retransmite informações dos hemisférios cerebrais para o cerebelo garantindo assim a coordenação dos movimentos e a aprendizagem motora. Serve de elo entre as informações do Córtex que vão para o cerebelo, para que este coordene os movimentos pretendidos ATÉ A PRÓXIMA AULA!!!! 4. MESENCÉFALO Importante para o movimento ocular e o controle postural subconsciente NISTAGMO (descontrole dos movimentos oculares) Contém a Formação Reticular Regula a Consciência Dispõe de um sistema de conexão dos sistemas auditivo e visual ATÉ A PRÓXIMA AULA!!!! 5. DIENCÉFALO TÁLAMO HIPOTÁLAMO Processa os estímulos sensoriais que se projetam para o córtex cerebral e os estímulos motores vindos do córtex para o tronco encefálico e a medula espinhalls sensoriais que se projetam para o córtex cerebral e estímulos motores prove -Regula o SNA - Regula a Hipófise - Regula a Temp Corporal - Regula a ingestão alimentar (fome) - Regula Equil. Hídrico (sede) (diurese) - Regula o sono córtex cerebral e estímulos ATÉ A PRÓXIMA AULA!!!! 6. HEMISFÉRIOS CEREBRAIS Formado pelo Córtex cerebral (pouco desenvolvido nas aves) e pelos Gânglios da Base Contém estruturas associadas às funções sensoriais e motoras superiores e à consciência ATÉ A PRÓXIMA AULA!!!! LESÕES SISTEMA NERVOSO Perda da consciência (coma) O estado de consciência é mantido pelo bom funcionamento do sistema ou formação reticular (córtex e tronco cerebral) que garante a regulação do ciclo sono/vigília. Lesões nestas estruturas podem induzir ao sono cada vez mais profundo que chega ao coma. Não pode ser esquecido que as alterações de consciência podem ocorrer em conseqüência de distúrbios metabólicos gerais (coma diabético, urêmico ou hepático), ou tóxico (envenenamentos). Sonolência: muito observado nas lesões mesencefálicas. Agressão/passividade: lesões do córtex temporal Demência e incapacidade de reconhecimento e aprendizado: lesão do lobo frontal SISTEMA NERVOSO MOTOR “Neurologicamente, a marcha se inicia por impulsos do córtex cerebral para o controle voluntário e coordenação fina. A estes estímulos, somam-se as influências do cerebelo (que torna a marcha coordenada), do sistema vestibular (que faz a manutenção do equilíbrio) e, por certo, da medula espinhal que transmite os impulsos aos órgãos efetores, através do SNP, além da manutenção da postura e estação”.( João Manoel Chapon Cordeiro, 1996) SISTEMA NERVOSO MOTOR O neurônio motor superior começa no cérebro mas emite um axônio longo, que percorre a medula espinhal para fazer sinapse com o neurônio motor inferior. Eles se dividem em 3 subgrupos SISTEMA PIRAMIDAL, SISTEMA EXTRAPIRAMIDAL e CEREBELO SISTEMA NERVOSO MOTOR SISTEMA PIRAMIDAL Responsável pelo desencadeamento do movimento voluntário, preciso e aprendido, através da estimulação dos neurônios inferiores, no lado contralateral do corpo! SISTEMA NERVOSO MOTOR SISTEMA PIRAMIDAL Se inicia no córtex, passa pela região da pirâmide (bulbo) e pode ter 3 terminações TRATO CORTICOESPINHAL TRATO CORTICOCEREBELAR TRATO CORTICOPONTINO- CEREBELAR SISTEMA NERVOSO MOTOR SISTEMA PIRAMIDAL Trato cortico-espinhal - As fibras partem do córtex e vão até a medula espinhal contralateral influenciando os neurônios motores inferiores espinhais. Trato cortico-cerebelar - As fibras partem do córtex e vão até o bulbo influenciando os neurônios motores inferiores do tronco cerebral para os músculos da cabeça. Trato corticopontinocerebelar - As fibras partem do córtex cerebral e fazem sinapse na ponte com um segundo neurônio que vai ao córtex cerebelar informar o cerebelo do movimento pretendido pelo córtex cerebral para que este faça os ajustes necessários. TRATO CORTICO-ESPINHAL TRATO CORTICOPONTINO- CEREBELAR SISTEMA NERVOSO MOTOR SISTEMA PIRAMIDAL Lesões no sistema piramidal causa fraqueza muscular contra-lateral a área lesada (Hemiparesia) !!! Ex: déficit de propriocepção – habilidade de retornar a pata para a posição original SISTEMA NERVOSO MOTOR SISTEMA EXTRAPIRAMIDAL Sua função é manter o tônus muscular subconsciente dos músculosantigravitários (músculos extensores, próximo a coluna) responsáveis pela postural normal do animal Também é importante na coordenação dos movimentos da cabeça e olhos na observação do movimento de um objeto. SISTEMA NERVOSO MOTOR SISTEMA EXTRAPIRAMIDAL Trato reticulo espinhal - inicia na Formação Reticular e termina na medula espinhal Trato vestíbulo-espinhal - começa no núcleo vestibular do Bulbo e termina na medula espinhal Estes Tratos estão ligados, principalmente, aos músculos próximos da coluna vertebral responsabilizados pelo tônus postural antigravitacional. SISTEMA NERVOSO MOTOR SISTEMA EXTRAPIRAMIDAL Trato tecto-espinhal - começa no tecto visual do mesencéfalo (colículo superior) e termina na medula cervical. É importante na coordenação reflexa dos movimentos da cabeça e dos olhos durante a observação de um objeto em movimento. Trato rubro espinhal - começa no núcleo rubro do mesencéfalo, não tem sua função bem estabelecida, mas influencia neurônios motores inferiores para os músculos mais distais. OBS: o núcleo rubro espinhal tem sido responsabilizado pelos movimentos voluntários instintivos nos animais irracionais, sendo muito desenvolvido na cabra e nas ovelhas. SISTEMA NERVOSO MOTOR LESÕES NO SISTEMA EXTRAPIRAMIDAL Lesões focais no sistema extrapiramidal causam movimentos anormais, involuntários, alterações de tônus muscular e distúrbio de postura Ex: Doença de Parkinson (humanos), tremores involuntários provocados por intoxicação por ingestão de plantas tóxicas ; mioclonias (contrações musculares involuntárias) causadas pela cinomose CEREBELO Constitui apenas 10% do cérebro total, mas possui mais da metade de todos neurônios cerebrais Possui papel fundamental de coordenação dos movimentos iniciados por outras partes do cérebro, fazendo o ajuste fino dos impulsos que são emitidos pelo sistema piramidal e extrapiramidal CEREBELO O cerebelo comparar o movimento pretendido com o movimento real e os ajusta! Permite o planejamento e a execução dos movimentos. Ex: Se o cérebro “quer” que um boi mova sua boca em direção ao cocho, mas os sensores da cabeça informam o cerebelo que a trajetória da cabeça fará com que a boca erre o alimento, o cerebelo promove ajustes adequados nos sistemas piramidais e extrapiramidais para corrigir a trajetória da cabeça. Patologia cerebelar Os ajustes de movimentos não são feitos, resultando em uma série de distúrbios de movimento Ataxia (andar descoordenado); Hipermetria (quando o animal levanta a pata mais do que deveria para se locomover) – comum em casos de hipoplasia cerebelar Postura anormal ( base aberta) SISTEMA VESTIBULAR O cerebelo, para controlar a postura e locomoção , necessita da informação do movimento pretendido e também do movimento que está sendo executado Esta informação de movimentos é gerada tanto pelos neurônios motores quanto pelo Sistema Vestibular SISTEMA VESTIBULAR ou LABIRINTO É um sistema receptor bilateral, localizado na orelha interna Informa ao cérebro sobre a posição e a movimentação da cabeça no espaço 3 Canais Semicirculares 1 Utrículo 1 Sáculo SISTEMA VESTIBULAR Cada estrutura do Sistema Vestibular possui epitélio formado por células ciliadas, que são células receptoras de estímulos SISTEMA VESTIBULAR Quando a cabeça começa a girar para uma direção (aceleração), o canal semicircular gira junto. A aceleração da endolinfa se atrasa em relação ao canal. Essa diferença de aceleração causa um deslocamento da massa de células ciliares, que leva a inclinação das células ciliadas, alterando a frequencia dos potenciais em seus nervos sensoriais. Com a desaceleração ocorre o oposto SISTEMA VESTIBULAR Os canais semicirculares detectam a aceleração e a desaceleração rotatória da cabeça Utrículo e sáculo detectam a aceleração e a desaceleração linear da cabeça e sua posição estática no espaço SISTEMA VESTIBULAR Os reflexos vestibulares coordenam os movimentos da cabeça e dos olhos, para maximizar a acuidade visual durante os movimento da cabeça Quando a cabeça se inclina, os olhos se mantêm fixamente no campo de visão, tanto tempo quanto possível SISTEMA VESTIBULAR Lesões no Sistema Vestibular são muito comuns.... Exemplos: inclinação da cabeça (opstótono), movimentos rotatórios, andar em círculos, rodar, nistagmo