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Aula 5 - Fisiologia do sistema nervoso

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FISIOLOGIA DO SISTEMA 
NERVOSO 
 
 
Débora Papa 
 
 
 
 
 
 
 
 
No embrião, o Sistema Nervoso é o primeiro 
tecido a se diferenciar e o último a completar o 
seu desenvolvimento, tornando-o o sistema 
mais complexo do organismo animal 
 
 
 
 
 
 
 
 O Sistema Nervoso é uma rede de 
comunicação 
 
 
 
Capacita o animal a se ajustar às alterações 
do meio externo e interno 
 
 
 
 Funções Básicas 
Função Integradora - Coordenação das 
funções do vários órgãos ( contração, 
relaxamento, secreção, absorção) 
 
 
 
 
Baixa 
P.A 
SN 
 P.A 
aumenta 
 
 
 Funções Básicas 
 
Função Sensorial - Sensações em geral (sede, 
fome, visão, audição, olfato, paladar) 
 
 
 
 
 
 Funções Básicas 
 
 Função Motora - Contrações musculares 
voluntárias ou reflexas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Funções Básicas 
 
 
Função Adaptativa - Adaptação do animal ao meio 
ambiente (suor , respiração) 
 
 
 
Divisão Anatômica do Sistema Nervoso 
 
 
 
 
 
 
SNC 
Encéfalo 
Cérebro 
Cerebelo 
Tronco 
Encefálico 
Medula 
Espinhal 
SNP 
Nervos Espinhais 
Cranianos Gânglios 
Terminações 
Nervosas 
Mesencéfalo 
Ponte 
Bulbo 
Sistema Nervoso Central 
Tronco Encefálico 
 
Sistema Nervoso Periférico 
Sistema Nervoso Periférico 
Divisão Fisiológica do Sistema Nervoso 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA NERVOSO 
SOMÁTICO 
AFERENTE 
(SENSITIVO) 
EFERENTE 
(MOTOR) 
SISTEMA NERVOSO 
VISCERAL (SNA) 
AFERENTE 
(SENSITIVO) 
EFERENTE 
(MOTOR) 
Musc Liso, 
Cardíaco 
Glândulas 
 (SNA) 
Exteroceptores 
Musc. 
Esquelético 
Visceroceptores 
Divisão Fisiológica do SN 
Sistema Nervoso Autônomo 
(Visceral – Vida Vegetativa) 
 
TIPOS CELULARES DO SISTEMA NERVOSO 
 
 
 
 
 
 
 Células da Glia 
 
 
 
 
 São células que possuem uma função 
“acessória” no Sistema Nervoso 
 
 Principal função de Nutrição dos neurônios 
 
 Não produzem Potencial de Ação 
 
TIPOS CELULARES DO SISTEMA NERVOSO 
 
 
 
 
 
 
TIPOS CELULARES DO SISTEMA NERVOSO 
 
 
 
 
 
 
 Bainha de Mielina 
 
 
 
 
 No SNC é produzida pelos Oligodendrócitos 
 
 No SNP é produzida pelas Células de Schwann 
 
 Função de servir como um isolante elétrico 
no neurônio. Impedindo que o impulso se 
perca 
 
 Força uma condução saltatória dos P.A., 
gerando uma maior velocidade de condução 
dos PAs 
 
 
 
 
 
 
Capacidade de 
GERAR e 
CONDUZIR os 
impulsos nervoso 
 
 
 NEURÔNIO 
 
 Un 
 
 
 
Unidade 
estrutural e 
funcional do SN 
Capacidade de 
GERAR e 
CONDUZIR os 
impulsos nervoso 
Incapaz de se 
reproduzir 
 
 
 
 Morfologia 
 
 
Capacidade de 
GERAR e 
CONDUZIR os 
impulsos nervoso 
 
 Posição 
 
 
Capacidade de 
GERAR e 
CONDUZIR os 
impulsos nervoso 
 
Traz informações da 
superfície do corpo para 
o SNC 
 
 
 
 
 
Conduz o impulso nervoso 
do SNC ao efetuador 
 (músculo ou glândula) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faz a união entre o Aferente e o 
Eferente. O corpo celular destes 
está sempre dentro do SNC 
 
 
 Velocidade de Condução 
Capacidade de 
GERAR e 
CONDUZIR os 
impulsos nervoso 
(Grande calibre 
 mielinizadas) 
(Médio calibre 
 mielinizadas) 
(Pequeno calibre 
 Não -mielinizadas) 
GÂNGLIO NERVOSO = São agrupamentos de corpos 
celulares localizados fora do SNC 
 
 
 Velocidade de Condução 
Capacidade de 
GERAR e 
CONDUZIR os 
impulsos nervoso 
(Grande calibre 
 mielinizadas) 
(Médio calibre 
 mielinizadas) 
 
 Nervos 
 
 
Capacidade de 
GERAR e 
CONDUZIR os 
impulsos nervoso 
(Grande calibre 
 mielinizadas) 
(Médio calibre 
 mielinizadas) 
 
 Nervos 
 
 
Capacidade de 
GERAR e 
CONDUZIR os 
impulsos nervoso 
(Grande calibre 
 mielinizadas) 
(Médio calibre 
 mielinizadas) 
 
 Nervos 
 
 
Capacidade de 
GERAR e 
CONDUZIR os 
impulsos nervoso 
(Grande calibre 
 mielinizadas) 
(Médio calibre 
 mielinizadas) 
 
 SINAPSE 
 
 
 
 
 
Pontos de união entre os neurônios e as 
células efetoras (músculos, glândulas) 
 LOCALIZAÇÃO CENTRAIS Cérebro, Medula Espinhal 
 PERIFÉRICAS Gânglios e Placas Motoras 
 
 FUNÇÃO EXCITATÓRIAS 
 INIBITÓRIAS 
 
 ESTRUTURAS AXO-SOMÁTICA, AXO-DENDRÍTICA, 
 ENVOLVIDAS AXO-AXÔNICA,DENDRO-DENDRÍTICA, 
 AXO-SOMÁTICA-DENDRÍTICA 
 
 
 
 SINAPSE 
 
 
 
 
 
 
 
 SINAPSE 
 
 
 
 
 
Elétrica: A partir de um Potencial de Ação 
Química: A transmissão do PA ocorre a 
partir da ação de Neurotrasmissores 
 
 
 SINAPSE 
 
 
 
 
 
 
 SINAPSE 
 
 
 
 
 
 
 COMPONENTES DA SINAPSE 
 
 
 
 
 
FIBRA PRÉ - SINÁPTICA 
FENDA SINÁPTICA 
FIBRA PÓS- SINÁPTICA 
 
 NEUROTRANSMISSORES 
 
 
 
 
 
Substâncias químicas encontradas em 
vesículas próximas as sinapses, que ao serem 
liberadas pela fibra pré-sináptica na fenda 
sináptica estimulam ou inibem a fibra pós-
sináptica. 
 
 
Acetilcolina 
 
 
 
 
 
NT envolvido em muitos processos 
comportamentais no animal: aprendizado e 
memória 
 Importante na função da movimentação. A Ach é 
liberada dos neurônios colinérgicos para as fibras 
musculares, promovendo a movimentação 
muscular 
Durante a fase de sono profundo (REM) a 
acetilcolina é liberada 
Doença de Alzheimer- está·associada, em 90% dos 
casos, com perda de neurônios colinérgicos no 
prosencéfalo basal e hipocampo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AÇÃO DA TOXINA BOTULÍNICA ! 
 
 
 
 
 
 A toxina botulínica bloqueia a liberação de 
Ach pelos terminais pré-sinápticos , causando 
bloqueio total da transmissão neuromuscular 
 
 A Toxina Botulínica tipo A (BOTOX®) é 
utilizada para correção de marcas 
 de expressão, gld. Salivares, 
Lacrimais sudoríparas 
 
 
 
 
 
 
 
Cuidado... 
 
Serotonina 
 
 
 
 
 
Hormônio do humor 
A diminuição da liberação de serotonina no SNC 
está associada a desordens de humor e depressão. 
A Fluoxetina bloqueiam a recaptação da serotonina 
para o terminal pré-sináptico 
Desordem obsessiva compulsiva - associada a 
redução nos níveis de serotonina no SNC, é 
geralmente tratada por meio da inibição da 
recaptação da serotonina 
Apetite é reduzido por drogas que elevam a 
serotonina no encéfalo (Aminas) 
 
 
 
Serotonina 
 
 
 
 
 
Comportamento agressivo e suicídio - tem sido 
associado a reduzidos níveis de serotonina no 
encéfalo 
 
O Triptofano é um AA precursos da Serotonina. 
Níveis diminuidos de Triptofano interferem no 
humor e também na indução do sono (leite, carne 
vermelha, banana) 
 
 
 
 
 
 
Dopamina 
 
 
 
 
 
Controla níveis de estimulação e controle motor em 
muitas ·áreas encefálicas. 
 Quando os níveis de dopamina estão extremamente 
baixos os pacientes são incapazes de se mover 
voluntariamente 
Doença de Parkinson - degeneração de neurônios 
dopaminérgicos. Tratada com L-DOPA (precursor da 
dopamina) 
Esquizofrenia - Patologia causada pelo excesso de 
dopamina liberada para o terminal pós- sináptico. 
Tratada por drogas que bloqueiam a 
ligação da dopamina no receptor pós-sináptico 
 
 
Noradrenalina 
 
 
 
 
 
Relacionado a excitação físico e mental 
 É conhecido por promover o bom humor 
 Atua como mediador dos batimentos cardíacos, 
pressão sanguínea, conversão de glicogênio em 
energia e outros. 
 Atenção e alerta - sua liberação facilita a atenção e 
alerta durante o dia. Durante o sono REM os níveis 
denoradrenalina estão reduzidos 
 Estresse - no estresse crônico verifica-se redução na 
liberação da noradrenalina. Porém, no estresse 
agudo a noradrenalina é liberada da glândula adrenal 
e atua na amplificação do SNA Simpático 
 
 
GABA 
 
 
 
 
 
Ácido Gama Amino Butírico 
Principal neurotransmissor inibitóriodo encéfalo 
O processo inibitório ocorre quando o GABA se liga 
ao seu receptor, permitindo dessa forma a entrada 
de Cloro para dentro da célula 
 Responsável pela sintonia fina e coordenação dos 
movimentos entres outros 
Há hipótese que a deficiência de GABA leva a 
algumas formas de Esquizofrenia 
 Droga como o Valium (diazepam), ressalta o efeito 
do GABA na sinapse (ansiolítico e miorrelaxante) 
 
 
Glutamato 
 
 
 
 
 
É o principal neurotransmissor excitatório do 
encéfalo 
 
 Está presente em metade das sinapses no SNC 
 
A atuação do glutamato é fundamental no processo 
de memória 
 
O glutamato também esta envolvido no processo de 
suicídio celular, uma vez que o excesso de glutamato 
é neurotóxico e mata a célula por excesso de influxo 
de Cálcio 
 
Neurotransmissores Peptídeos 
 
 
 
 
 
 Encontrados em vários locais no encéfalo (sistema 
límbico,mesencéfalo) 
 
 Também são produzidos pela hipófise e liberados 
como hormônios (GnRH, TRH, Ocitocina, ACTH, 
encefalinas, insulina, glucagon, Substância P, etc) 
 
Envolvidos em processos de dor, hibernação e 
diversas outras funções. 
 
 
 
Neurotransmissores 
 
 
 
 
 
Neurotransmissores 
 
 
 
 
 
 A chegada do sinal elétrico na terminação nervosa 
pré-sináptica leva a liberação do neurotransmissor na 
fenda sináptica pelo mecanismo de EXOCITOSE. 
• É um mecanismo Ca++ dependente, que altera a 
permeabilidade da membrana. 
• O neurotransmissor atinge os receptores da 
membrana pós-sináptica ou da membrana da célula 
efetora, despolarizando-a e alterando a 
permeabilidade aos diferentes íons. 
Com isto, ocorre a passagem do impulso entre as 
fibras nervosas ou entre estas e as células efetoras. 
 
. 
 
Neurotransmissores 
 
 
 
 
 
 DESTINO do NT: 
 
 Recaptação para a fibra pré-sinaptica 
 
 Destruição enzimática (Acetilcolinesterase) 
 
 
 
 
 
 Eventos elétricos da cel. nervosa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Eventos elétricos da cel. nervosa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Eventos elétricos da cel. nervosa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Eventos elétricos da cel. nervosa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Eventos elétricos da cel. nervosa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Eventos elétricos da cel. nervosa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 INTENSIDADE DO ESTÍMULO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TUDO 
 OU 
 NADA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O Potencial Pós Sináptico Excitatório (PPSE) 
são entradas sinápticas que despolarizam a 
célula pós-sináptica, levando o potencial de 
membrana para próximo ao limiar excitatório. 
 
 Produzidos pela abertura dos canais de Na+ 
 
 Estimulados por NT excitatórios 
 
 Ach, NE, Dopamina, Glutamato, Serotonina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O Potencial Pós Sináptico Inibitório (PPSI) 
são entradas sinápticas que hiperpolarizam a 
célula pós-sináptica, afastando o potencial de 
membrana do valor do limiar excitatório. 
 
 Produzidos pela abertura dos canais de K+ e 
de Cl- 
 
 Estimulados por NT inibitórios 
 
 GABA, Glicina 
 
 SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO 
 
 
 
 
 
SNP 
Nervos 
Espinhais 
Cranianos 
Gânglios 
Terminações 
Nervosas 
Constituído por nervos cranianos e espinhais, com seus 
gânglios associados às terminações nervosas 
 
 
 
 NERVOS ESPINHAIS 
Fazem conexão com a medula espinhal e 
são responsáveis pela inervação do tronco, 
membros e parte da cabeça. 
 
 
 
 
 
 
 
 NERVOS ESPINHAIS 
 
Saem aos pares da Medula Espinhal, a cada espaço 
intervertebral 
 
 Formados pela união das raízes dorsais e ventrais, 
formam o tronco, saem pelo forame intervertebral e 
logo em seguida formam os ramos posteriores e 
anteriores. 
 Bovinos = C7, T13, L6, S5, Co 18-20 
 Equino = C7, T18, L6, S5, Co 15-21 
 Cães = C7, T13, L7, S3, Co 20-23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NERVOS CRANIANOS 
 São 12 pares de nervos que fazem conexão 
com o Encéfalo 
 
Podem ser classificados como 
 - Sensitivos 
 - Motores 
 - Mistos (Sensitivos e Motores) 
 
 Eles inervam a pele, músculo da cabeça e 
órgãos especiais dos sentidos (audição, visão..) 
 
 
 COMPONENTES FUNCIONAIS DOS 
 NERVOS CRANIANOS 
FIBRAS AFERENTES SOMÁTICAS 
 GERAIS ___ Fibras para dor, pressão, frio 
 ESPECIAIS ___ Visão e Audição 
 
FIBRAS AFERENTES VISCERAIS 
 GERAIS ---- Sensibilidade visceral 
 ESPECIAIS --- Gustação e Olfato 
 
FIBRAS EFERENTES SOMÁTICAS --- Para Fibras Musculares 
 
FIBRAS EFERENTES VISCERAIS 
 GERAIS ---- para o SNA (músculo liso e glândulas) 
 
 ESPECIAIS --- para Músc. Laringe e Faringe 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERMINAÇÕES NERVOSAS 
AFERENTE 
SENSITIVO 
IMPULSO PARTE 
DOS RECEPTORES 
EFERENTE 
MOTOR 
IMPULSO PARTE 
PARA AS PLACAS 
MOTORAS 
 
PLACAS MOTORAS 
 É a superfície de uma Fibra Muscular onde 
um ramo de um Axônio forma uma Sinapse 
com a fibra. 
 
 
 
TERMINAÇÕES NERVOSAS SENSITIVAS 
 
 
MORFOLOGIA 
 
 
 
TERMINAÇÕES NERVOSAS SENSITIVAS 
 
 
 
TERMINAÇÕES NERVOSAS SENSITIVAS 
 
 
 
TERMINAÇÕES NERVOSAS SENSITIVAS 
 
 
 
TERMINAÇÕES NERVOSAS SENSITIVAS 
 
 
 
Cones, 
Bastonestes 
(Visão) 
Botões 
Gustativos 
(Gustação) 
Receptores 
Olfativos 
Órgão de Corti 
(Audição) 
TERMINAÇÕES NERVOSAS SENSITIVAS 
 
 
 
Classificadas de acordo com sua 
 localização 
TERMINAÇÕES NERVOSAS SENSITIVAS 
 
 
 
Localizados na superfície externa do corpo e 
são sensíveis à variações do meio externo 
 
São ativados pelo frio, calor e pressão. 
 
Incluem-se receptores responsáveis pelos 
sentidos especiais de Visão, Audição, Olfação e 
Gustação. 
 
TERMINAÇÕES NERVOSAS SENSITIVAS 
 
 
 
Localizados nas vísceras e vasos. São sensíveis à variações 
do meio interno. 
São também chamados Visceroceptores e são 
responsáveis pelas sensações de fome, sede, prazer sexual 
e dor visceral. 
São sensíveis à variações de pressão de 02 e C02, a 
osmolaridade do plasma e a pressão arterial. 
Também estão presentes no ouvido interno, responsáveis 
pela sensação de Equilíbrio. 
 
TERMINAÇÕES NERVOSAS SENSITIVAS 
 
 
 
Localizados profundamente nos músculos 
esqueléticos, tendões, fáscias, ligamentos e 
cápsulas articulares. Dão origem a impulsos 
proprioceptivos conscientes e inconscientes. 
TERMINAÇÕES NERVOSAS SENSITIVAS 
 
 
 
 
CONSCIENTES - atingem o córtex cerebral permitindo 
perceber a posição do corpo, bem como a atividade 
muscular e movimentos articulares, são portanto , 
responsáveis pelos sentidos de posição e movimento 
(CINESTESIA) = propriocepção 
 
INCONSCIENTES- não despertam nenhuma sensação. 
São utilizados para a regulação reflexa da atividade 
muscular através do reflexo miotático, ou da atividade 
do cerebelo. 
 
TERMINAÇÕES NERVOSAS MOTORAS 
 
 
*SOMÁTICAS - Terminam no músculo estriado 
esquelético. O Movimento é Voluntário; 
Forma a Placa Motora; 
A Fibra é sempre colinérgica (libera Ach) 
 
•VISCERAIS – Terminam no músculo liso, cardíaco e 
glândulas = (SNA). O Movimento é Involuntário; 
Não há placa motora, pois neste caso a musc. é lisa, 
cardíaca ou será uma glândula 
A Fibra é colinérgica (Ach) ou adrenérgica (Adr) 
SOMÁTICAS VISCERAIS 
ARCOS REFLEXOS 
É uma resposta involuntária do Sistema Nervoso a um 
estímulode importância fundamental para a postura e 
locomoção do animal . 
Possui 5 componentes básicos: 
 1 – Receptor – captar a informação e a transforma em P.A. 
 2 – Nervo Sensorial: Conduz esse P.A. do receptor até a sinapse 
com o SNC 
 3 – Sinapse: do nervo sensorial com o SNC. (1 ou várias) 
 4 –Nervo Motor: Conduzir o P.A. do SNC ao órgão efetuador 
 5- Órgão Alvo ou Efetuador: reproduzir a resposta (Ex: Músculo) 
 
ARCOS REFLEXOS 
É uma resposta involuntária do Sistema Nervoso a um 
estímulo de importância fundamental para a postura e 
locomoção do animal . 
Possui 5 componentes básicos: 
 1 – Receptor – captar a informação e a transforma em P.A. 
 2 – Nervo Sensorial: Conduz esse P.A. do receptor até a sinapse 
com o SNC 
 3 – Sinapse: do nervo sensorial com o SNC. (1 ou várias) 
 4 –Nervo Motor: Conduzir o P.A. do SNC ao órgão efetuador 
 5- Órgão Alvo ou Efetuador: reproduzir a resposta (Ex: Músculo) 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS REFLEXOS 
 
REFLEXO SEGMENTAR OU SIMPLES: Percorrem um único segmento 
do SNC (2 neurônios + 1 sinapse) 
EX: reflexo patelar 
Receptor + neurônio aferente + sinapse + neurônio eferente + órgão 
efetuador 
REFLEXO INTERSEGMENTAR: Percorrem múltiplos segmentos do SNC 
 (3 neurônios + 2 sinapse) 
 EX: Reflexo de coçar do cão e reflexo de retirada 
 No reflexo de coçar do cão estão envolvidos os neurônio sensitivo 
da pele, o neurônio internuncial que liga este segmento da medula 
aos nervos da pata posterior, e um neurônio motor para a 
musculatura da pata posterior. 
 (Receptor + neurônio aferente + sinapse + neurônio internuncial + 
sinapse + neurônio efetor + órgão efetuador) 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS REFLEXOS 
 
 REFLEXOS BULBARES 
 
 Reflexos respiratórios 
 
Reflexos vasomotores (dilatação e constricção dos 
vasos) 
 
Reflexos cardiomotores ( relaxamento do músculo 
cardíaco) 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS REFLEXOS 
 
 REFLEXOS MEDULARES 
 
 Proprioceptivos - originam de receptores nos 
músculos e tendões. Ex: Reflexo Patelar, Reflexo 
supratarsal 
 
Exteroceptivos - originam de receptores cutâneos 
geralmente derivados geralmente da pressão e 
dor. 
 Ex: Reflexo costal, Reflexo de coçar, Reflexo da 
caudal 
 REFLEXO PATELAR 
 REFLEXO PATELAR 
 Os reflexos podem ser usados para avaliar 
clinicamente o Sistema Nervoso, pois quando se 
testa um reflexo, em verdade se está testando seus 
componentes básicos. 
Reflexos mais usados: Pupilar, Propriocepçäo, patelar. 
 
 
 
ATÉ A PRÓXIMA AULA!!!! 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
SNC 
Encéfalo 
Cérebro 
Cerebelo 
Tronco 
Encefálico 
Medula 
Espinhal 
 
ATÉ A PRÓXIMA AULA!!!! 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
 
ATÉ A PRÓXIMA AULA!!!! 
1. MEDULA ESPINHAL 
 
 Recebe potenciais de ação oriundos de receptores 
da pele, músculos, tendões, articulações e órgãos 
viscerais. 
 
 Contém axônios que conduzem informações 
sensoriais para o cérebro e do cérebro para os 
neurônios motores inferiores, integrando as partes 
mais distantes do corpo ao Centro Nervoso Superior. 
 
 
 
ATÉ A PRÓXIMA AULA!!!! 
1. MEDULA ESPINHAL 
 
 
 
 
ATÉ A PRÓXIMA AULA!!!! 
2. BULBO 
 
 
 
 
 Contém vários núcleos motores de nervos 
cranianos e centros autônomos que controlam o 
coração, a respiração, pressão sanguínea, reflexo da 
tosse, da deglutição e do vômito. 
 
 
 
ATÉ A PRÓXIMA AULA!!!! 
3. PONTE 
 
 
 
 
 contém grande quantidade de neurônios que 
retransmite informações dos hemisférios cerebrais para o 
cerebelo garantindo assim a coordenação dos movimentos 
e a aprendizagem motora. 
 Serve de elo entre as informações do Córtex que vão 
para o cerebelo, para que este coordene os movimentos 
pretendidos 
 
 
 
ATÉ A PRÓXIMA AULA!!!! 
4. MESENCÉFALO 
 
 
 
 
 Importante para o movimento ocular e o controle 
postural subconsciente 
 NISTAGMO (descontrole dos movimentos oculares) 
 
 Contém a Formação Reticular Regula a Consciência 
 
Dispõe de um sistema de conexão dos sistemas auditivo 
e visual 
 
 
ATÉ A PRÓXIMA AULA!!!! 
5. DIENCÉFALO 
 
 
 
 
TÁLAMO HIPOTÁLAMO 
 
 
Processa os estímulos sensoriais 
que se projetam para o córtex 
cerebral e os estímulos motores 
vindos do córtex para o tronco 
encefálico e a medula espinhalls 
sensoriais que se projetam para o córtex 
cerebral e estímulos 
motores prove 
 
 
-Regula o SNA 
- Regula a Hipófise 
- Regula a Temp Corporal 
- Regula a ingestão 
alimentar (fome) 
- Regula Equil. Hídrico 
(sede) (diurese) 
- Regula o sono 
córtex cerebral e estímulos 
 
 
ATÉ A PRÓXIMA AULA!!!! 
6. HEMISFÉRIOS CEREBRAIS 
 
 
 
 
 Formado pelo Córtex cerebral (pouco desenvolvido nas 
aves) e pelos Gânglios da Base 
 
 Contém estruturas associadas às funções sensoriais e 
motoras superiores e à consciência 
 
 
 
 
 
ATÉ A PRÓXIMA AULA!!!! 
LESÕES SISTEMA NERVOSO 
 
 
 
 
Perda da consciência (coma) 
 
O estado de consciência é mantido pelo bom funcionamento 
 do sistema ou formação reticular (córtex e tronco cerebral) 
que garante a regulação do ciclo sono/vigília. 
Lesões nestas estruturas podem induzir ao sono cada vez 
mais profundo que chega ao coma. 
Não pode ser esquecido que as alterações de consciência 
podem ocorrer em conseqüência de distúrbios metabólicos 
 gerais (coma diabético, urêmico ou hepático), ou tóxico 
(envenenamentos). 
Sonolência: muito observado nas lesões mesencefálicas. 
Agressão/passividade: lesões do córtex temporal 
Demência e incapacidade de reconhecimento e aprendizado: lesão do 
 lobo frontal 
 
SISTEMA NERVOSO MOTOR 
 “Neurologicamente, a marcha se inicia por impulsos do córtex 
cerebral para o controle voluntário e coordenação fina. A estes 
estímulos, somam-se as influências do cerebelo (que torna a marcha 
coordenada), do sistema vestibular (que faz a manutenção do 
equilíbrio) e, por certo, da medula espinhal que transmite os 
impulsos aos órgãos efetores, através do SNP, além da manutenção 
da postura e estação”.( João Manoel Chapon Cordeiro, 1996) 
 
 
SISTEMA NERVOSO MOTOR 
 O neurônio motor superior começa no cérebro mas emite um 
axônio longo, que percorre a medula espinhal para fazer sinapse com 
o neurônio motor inferior. 
 
 Eles se dividem em 3 subgrupos 
 
 SISTEMA PIRAMIDAL, SISTEMA EXTRAPIRAMIDAL e CEREBELO 
 
SISTEMA NERVOSO MOTOR 
 SISTEMA PIRAMIDAL 
 Responsável pelo desencadeamento do movimento 
voluntário, preciso e aprendido, através da estimulação dos 
neurônios inferiores, no lado contralateral do corpo! 
 
 
SISTEMA NERVOSO MOTOR 
 SISTEMA PIRAMIDAL 
 Se inicia no córtex, passa pela região da pirâmide (bulbo) e 
pode ter 3 terminações 
 
 
TRATO 
CORTICOESPINHAL 
TRATO 
CORTICOCEREBELAR 
TRATO 
CORTICOPONTINO-
CEREBELAR 
SISTEMA NERVOSO MOTOR 
 SISTEMA PIRAMIDAL 
 Trato cortico-espinhal - As fibras partem do córtex e vão até a medula espinhal 
contralateral influenciando os neurônios motores inferiores espinhais. 
 Trato cortico-cerebelar - As fibras partem do córtex e vão até o bulbo influenciando 
 os neurônios motores inferiores do tronco cerebral para os músculos da cabeça. 
Trato corticopontinocerebelar - As fibras partem do córtex cerebral e fazem sinapse 
 na ponte com um segundo neurônio que vai ao córtex cerebelar informar o cerebelo 
 do movimento pretendido pelo córtex cerebral para que este faça os ajustes necessários. 
 
 
 
 
 
 
TRATO CORTICO-ESPINHAL 
 
 
 
 
 
TRATO CORTICOPONTINO-
CEREBELAR 
SISTEMA NERVOSO MOTOR 
 SISTEMA PIRAMIDAL 
 Lesões no sistema piramidal causa fraqueza muscular 
 contra-lateral a área lesada (Hemiparesia) !!! 
 Ex: déficit de propriocepção – habilidade de retornar a pata 
 para a posição original 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA NERVOSO MOTOR 
 SISTEMA EXTRAPIRAMIDAL 
 Sua função é manter o tônus muscular subconsciente 
dos músculosantigravitários (músculos extensores, 
próximo a coluna) responsáveis pela postural normal do 
animal 
 
 Também é importante na coordenação dos movimentos 
da cabeça e olhos na observação do movimento de um 
objeto. 
 
 
SISTEMA NERVOSO MOTOR 
 SISTEMA EXTRAPIRAMIDAL 
 Trato reticulo espinhal - inicia na Formação Reticular e termina 
 na medula espinhal 
 
 Trato vestíbulo-espinhal - começa no núcleo vestibular do Bulbo e 
termina na medula espinhal 
 
 Estes Tratos estão ligados, principalmente, aos músculos próximos da 
coluna vertebral responsabilizados pelo tônus postural 
 antigravitacional. 
 
 
 
SISTEMA NERVOSO MOTOR 
 SISTEMA EXTRAPIRAMIDAL 
 Trato tecto-espinhal - começa no tecto visual do mesencéfalo 
(colículo superior) e termina na medula cervical. 
É importante na coordenação reflexa dos movimentos da cabeça e 
dos olhos durante a observação de um objeto em 
movimento. 
 Trato rubro espinhal - começa no núcleo rubro do mesencéfalo, 
não tem sua função bem estabelecida, mas 
influencia neurônios motores inferiores para os músculos mais 
distais. 
OBS: o núcleo rubro espinhal tem sido responsabilizado pelos 
movimentos voluntários instintivos nos animais irracionais, sendo 
muito desenvolvido na cabra e nas ovelhas. 
 
SISTEMA NERVOSO MOTOR 
 LESÕES NO SISTEMA EXTRAPIRAMIDAL 
 Lesões focais no sistema extrapiramidal causam movimentos 
anormais, involuntários, alterações de tônus muscular e distúrbio 
de postura 
 Ex: Doença de Parkinson (humanos), tremores involuntários 
provocados por intoxicação por ingestão de plantas tóxicas ; 
mioclonias (contrações musculares involuntárias) causadas pela 
cinomose 
 
CEREBELO 
 Constitui apenas 10% do cérebro total, mas 
possui mais da metade de todos neurônios 
cerebrais 
 
 Possui papel fundamental de coordenação dos movimentos 
iniciados por outras partes do cérebro, fazendo o ajuste fino dos 
impulsos que são emitidos pelo sistema piramidal e 
extrapiramidal 
 
 
 
CEREBELO 
 O cerebelo comparar o movimento pretendido 
com o movimento real e os ajusta! 
 Permite o planejamento e a execução dos movimentos. 
 
 Ex: Se o cérebro “quer” que um boi mova sua boca em direção ao 
cocho, mas os sensores da cabeça informam o cerebelo que a 
trajetória da cabeça fará com que a boca erre o alimento, o 
cerebelo promove ajustes adequados nos sistemas piramidais e 
extrapiramidais para corrigir a trajetória da cabeça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Patologia cerebelar 
Os ajustes de movimentos não são feitos, resultando em 
uma série de distúrbios de movimento 
 
 Ataxia (andar descoordenado); 
 
 Hipermetria (quando o animal levanta a pata mais do que deveria 
para se locomover) – comum em casos de hipoplasia cerebelar 
 Postura anormal ( base aberta) 
 
 
SISTEMA VESTIBULAR 
 O cerebelo, para controlar a postura e 
locomoção , necessita da informação do 
movimento pretendido e também do 
movimento que está sendo executado 
 
Esta informação de movimentos é gerada 
tanto pelos neurônios motores quanto pelo 
Sistema Vestibular 
SISTEMA VESTIBULAR ou LABIRINTO 
 É um sistema receptor bilateral, localizado na 
orelha interna 
 
 Informa ao cérebro sobre a posição e a 
movimentação da cabeça no espaço 
 
 
 
 
 
 
 
 3 Canais Semicirculares 1 Utrículo 1 Sáculo 
SISTEMA VESTIBULAR 
 Cada estrutura do Sistema Vestibular possui 
epitélio formado por células ciliadas, que são 
células receptoras de estímulos 
 
SISTEMA VESTIBULAR 
 Quando a cabeça começa a girar para uma 
direção (aceleração), o canal semicircular gira 
junto. A aceleração da endolinfa se atrasa em 
relação ao canal. Essa diferença de aceleração 
causa um deslocamento da massa de células 
ciliares, que leva a inclinação das células 
ciliadas, alterando a frequencia dos potenciais 
em seus nervos sensoriais. 
 Com a desaceleração ocorre o oposto 
SISTEMA VESTIBULAR 
 Os canais semicirculares detectam a 
aceleração e a desaceleração rotatória da 
cabeça 
 
Utrículo e sáculo detectam a aceleração e a 
desaceleração linear da cabeça e sua posição 
estática no espaço 
SISTEMA VESTIBULAR 
 Os reflexos vestibulares coordenam os 
movimentos da cabeça e dos olhos, para 
maximizar a acuidade visual durante os 
movimento da cabeça 
 
Quando a cabeça se inclina, os olhos se 
mantêm fixamente no campo de visão, tanto 
tempo quanto possível 
 
SISTEMA VESTIBULAR 
 Lesões no Sistema Vestibular são muito 
comuns.... 
 
Exemplos: inclinação da cabeça (opstótono), 
movimentos rotatórios, andar em círculos, 
rodar, nistagmo