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Aula 4 - Anestesia Veterinária

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Anestesia Veterinária Lorena Batista de Andrade Teixeira
Lorena Batista de Andrade
Avaliação
pré-anestésica
Identificação do paciente
• Espécie 
• Idade
• Raça 
• Temperamento
• Peso
• Sexo: estado reprodutivo
Espécie
Cão x Gato
Maiores riscos 
▪Particularidades 
▪Utilização de informações 
de outras espécies 
O gato não é um cão 
pequeno!! 
PARTICULARIDADES
Braquicefálicos
Vias áreas
Depressão respiratória
Arritmias
Estresse
PARTICULARIDADES
Temperamento
Cada gato é único! 
Ágeis, rápidos, inteligentes, se defendem!
▪ Resposta ao estresse/ansiedade
▪ Centros medulares, hipotalâmicos e 
límbicos. 
▪ Aumento do tônus 
simpático/Catecolaminas
▪ Hiperventilação
▪ Aumento do trabalho cardíaco 
▪ Aumento do consumo de O2: hipoxemia
▪ Arritmias
▪ Excitação, fuga e morte súbita
Idade
Peso 
Avaliação 
pré-anestésica
Levar paciente para um local 
tranquilo
Observação do 
paciente/Interação 
Exame clínico
Anormalidades observadas e 
corrigidas
Estabelecimento do risco 
anestésico 
Jejum
• Cães : 8 horas 
• Gatos: 6 horas
• Neonatos: 1 a 2 horas
• Equinos: 8-12 horas
• Pequenos ruminantes: 12-18 h
• Bovinos: 18-24 h. 
• Cirurgias no trato-gastrointestinal
• Jejum hídrico: CUIDADO DESIDRATAÇÃO
Pequenos animais não é obrigatório
Jejum inadequado: complicação
Exame clínico 
Mucosas e tempo de preenchimento capilar
Exame clínico
Ausculta cardiopulmonar
Frequência 
cardíaca
• Avaliar frequência cardíaca basal do 
paciente
• Cães 70-120 bpm
• Cães atletas: < FC
• Filhotes: > FC
• Pequeno porte/grande porte
• Gatos 160 a 240 bpm
• Equinos: 30 a 40 bpm
• Potros: 40 a 80 bpm
• Bovinos: 60 a 80 bpm
Exame clínico
Pressão arterial 
Cães e Gatos
• Graves: Imprescindível a mensuração da 
pressão arterial antes da anestesia
• Método indireto (doppler ou oscilométrico) 
• Cães 90 a 120 mmHg
• Gatos: 100 - 160 mmHg
• Investigar a causa quando estiver alterada
• Caso clínico: Hipertensão em eletivas
Pressão Arterial pelo método indireto 
(Doppler) 
Carregaro (2012)
Outros 
parâmetros 
avaliados
Dor
• Dor prévia do paciente 
• Considerar a complexidade do 
procedimento
Hidratação 
Temperatura
• Aquecimento prévio quando 
necessário
Fatores a se 
considerar..
Doenças pré-existentes
Caquexia
Urgência e complexidade do procedimento 
Duração do procedimento: analgesia
Perdas sanguíneas
Correção hídrica em pacientes desidratados
Fatores de Risco
• Classificação ASA 
ASA CONDIÇÃO DO PACIENTE EXEMPLOS
I Saudável sem doença reconhecida Procedimentos eletivos
II
Saudável, com doença localizada, 
sem sinais sistêmicos
Luxação de patela, neoplasia 
cutânea
III Sinais sistêmicos moderados que 
limitam a função
Pneumonia, febre, desidratação, 
anemia, sopro cardíaco
IV Doença sistêmica grave com risco de 
vida
Insuficiência cardíaca, renal ou 
hepática, hemorragia ou 
desidratação severa
V Sem expectativa de vida por mais de 
24 horas com ou sem cirurgia
Choque endotóxico, falência 
múltipla de órgãos, trauma grave
• Determinação do ASA
• Comunicar riscos anestésicos
• Esclarecimento de dúvidas
• Termo de autorização
• Melhor prevenir do que remediar..
• Transfusão, cálculo de doses
• Antibioticoprofilaxia
• Anti-inflamatório 
Paciente 
Grave
Ex: Caso clínico 
Obstrução Uretral
Exames 
laboratoriais
Interpretação
Correlacionar com o 
exame clínico 
Exames
Hemograma
Função renal
Função Hepática
Glicemia 
Dosagem de eletrólitos 
Coagulograma
Eletrocardiograma
Ecocardiograma
Hemogasometria 
Hemograma
• Anemia: Acepromazina
• Fraturas: verificar hematócrito 
• Pacientes oncológicos
• Plaquetas 
• Verificar possibilidade de sangramento 
• Necessidade de transfusão
Transfusão 
sanguínea 
Em situações de perdas sanguíneas 
consideráveis
Avaliação clínica do paciente
Hemoglobina = ou < que 5 a 7 
Caso clínico
Caso clínico
Caso clínico
Função Renal
Ureia e creatinina desde ASA I
Exames de urina em pacientes 
renais ou com suspeita
Piometra: grande importância 
Detectar alterações subclínicas
Função hepática 
• Enzimas hepáticas
• Alteração de conduta
Fármacos que possuem intenso metabolismo hepático 
Albumina baixa: fármacos que possuem ligação com 
proteínas plasmáticas
Glicemia
• Monitoração da glicemia pré, trans e pós 
operatória em pacientes diabéticos 
• Atenção em neonatos
• Pacientes = ou > ASA III
• Como mensurar? 
Dosagem de eletrólitos
• Solicitar de acordo com exame físico e doenças associadas
• Obstrução uretral
• Alterações eletrocardiográficas sugestivas de distúrbios 
eletrolíticos 
• Animal com vômitos incoercíveis 
• Hemogasometria: pacientes graves 
Raio x de tórax
• Pacientes com quadros neoplásicos
• Neoplasias mamárias (FANTONI, 2010)
• Caso clínico: Edema pulmonar
Eletrocardiograma
Todos os pacientes 
independente da idade
Patologias congênitas
Eletrocardiograma normal 
não exclui doença cardíaca 
Ecocardiograma 
• Em todos pacientes com suspeita 
de cardiopatia
• Gatos idosos: cardiomiopatia 
hipertrófica 
• Atenção a predisposição racial 
Protocolo 
anestésico?
• A resposta é individual 
• Conhecer o seu paciente e ação dos 
fármacos
• Fatores inerentes ao paciente (influência
das respostas à anestesia, à captação, à 
distribuição e à eliminação)
Caso clínico
Avaliar paciente
Comunicação com 
cirurgião essencial
Etapas da anestesia
Avaliação do 
paciente
Medicação 
pré-
anestésica
Indução 
anestésica
Manutenção 
Anestésica
Recuperação 
Anéstesica 
Controle de 
dor
Obrigada!!
Fluidoterapia
Lorena Batista de Andrade Teixeira
Fluidoterapia 
Restabelecer e garantir 
perfusão tecidual e 
transporte de O2, 
otimizando o DC 
Transporte de O2= 
Débito Cardíaco X CaO2
Fluidoterapia
É uma terapia 
Deve ser prescrita como 
medicação
Dose, tipo de fluido, duração da 
terapêutica e estabelecimento de 
critérios
Fluidoterapia
sem metas
• Menor motilidade intestinal 
• Deiscência de pontos
• Função pulmonar reduzida
• < de valores do hematócrito
• < da temperatura corporal
• Aumenta taxa de infecção
• Edema pulmonar
Fluidoterapia
baseada em 
metas
• Monitorada
• Avaliação seriada
• Melhoria da função pulmonar
• Otimiza o estado volêmico do 
paciente 
As perdas 
podem 
ocorrer...
• Trauma cirúrgico
• Jejum pré-operatório
• Hemorragia
Fluidoterapia transoperatória
Cães 3-5 ml/kg/h
Gatos 3 ml/kg/h
PROVA DE CARGA
• 20 ml/kg/15 minutos 
• Felinos e cardiopatas: doses reduzidas: 10 ml/kg/15 minutos
Curva de Frank-Starling
Para casos não responsivos:
VASOPRESSORES
INOTROPICOS POSITIVOS
Cálculo de 
fluidoterapia
Equipo macrogotas
1 ml=20 gotas
Equipo microgotas
1 ml= 60 gotas
Bomba de 
infusão
•Maior segurança
•Fluidoterapia
criteriosa 
Tipos de soluções
Soluções 
cristaloides
Soluções Coloides
Soluções 
isotônicas
Soluções 
hipotônicas
Soluções 
hipertônicas 
Osmolaridade 
em relação ao 
plasma
Tipos de Fluidos
Soluções Isotônicas
Ringer com Lactato
• Eleição para fluidoterapia na anestesia
• Concentração iônica mais próxima do 
plasma 
• Concentração de sódio um pouco menor
Solução Isotônica
Cloreto de sódio 0,9%
• Não é recomendado para reposição 
volêmica
• Íons de cloreto acima do plasma
• Efeito acidificante 
• Hipercloremia
Indicação:
• Correção de hiponatremia
• Vômito → perda de ácido clorídrico
Soluções Hipotônicas
Solução de glicose 5%
• Raramente utilizada como reposição durante a 
anestesia 
• Pode desencadear redução dos níveis de 
eletrólitos 
• Glicose é metabolizada restando somente água
• Edema cerebral
Solução Hipertônica
NaCl 7,5%, 10% e 20% 
• Expandem o volume intravascular, > a PA e o DC 
• Favorecem o fluxo de água do interstício para o intravascular
• NaCl 20 % (proporção 1:2 de solução fisiológica) 4-6 ml/kg
• Seguido de administração de soluções cristaloides
• Contra-indicado: Hipertensos e desidratados. 
• Principal indicação: TCE, reposiçãode cloro
Soluções 
Coloides
• Hidroxietilamido (Voluven®6%)
• Macromoléculas = atraem líquidos 
para o espaço IV
• Tempo de permanência nos vasos 
maior 
• Cuidado: paciente renal 
Acesso venoso
Assepsia (álcool e clorexidina)
• Estudos: cultura de cateteres 
Acesso seguro e patente
Torneira de três vias acoplada
Paciente grave se possível dois acessos venosos
• transfusão e fármacos vasopressores.
Acesso venoso 
• Intraóssea
Pequeno porte/silvestres ou emergências
• Intravenosa 
Jugular/Auricular/Cefálica/Safena/Lateral da cauda/Safena Medial
Cateter Venoso
Fluidoterapia na anestesia
• Desafio hídrico baseado em metas
• Cuidado com excessos
• Empregar ringer com lactato ou Ringer 
acetato
• Pode causar hiponatremia porém é o 
mais fisiológico 
• Solução fisiológica causa acidose 
metabólica 
• Solução hipertônica em casos de TCE 
Obrigada!

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