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Período Pré, pós e transoperatório

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AVALIAÇÃO DO PACIENTE 
 Dados gerais (dieta, ambiente, saúde, histórico...); 
 Informações sobre os diferentes sistemas: diarreia, 
tosse, vomito, micção, ingestão de líquidos, 
dificuldade respiratória; 
 utilização de medicamentos (corticosteróides, 
anticonvulsionantes, ácido acetilsalicílico); 
 OBS.: longo período de 
jejum=hipoglicemia=convulsão 
 Outras informações: sangramentos, transfusões, 
reações medicamentosas; 
 Exame físico – avaliação sistemática do animal 
(falar para o anestesista fazer também e avaliar 
novamente no dia da cirurgia). 
 
 Objetivos: 
✓ Diagnóstico de insuficiências; 
✓ Tempo x risco cirúrgico; 
✓ Monitoração trans e pós operatória; 
✓ Estabelecer estado físico; 
✓ Maior atenção ao paciente idoso. 
 
 Hematológico 
✓ Hematócrito; 
✓ Proteínas totais; 
✓ Hemograma; 
✓ Hemograma + fibrinogênio (grandes); 
✓ Hemograma + contagem de plaquetas. 
 
 Bioquímicos 
✓ Ureia; 
✓ Creatinina; 
✓ Fosfatase alcalina; 
✓ ALT; 
✓ Albumina; 
✓ GGT. 
 
 Urinálise 
✓ Densidade; 
✓ Proteína, pH, sangue, glicose; 
✓ O rim só apresenta alterações com mais de 
75% da função renal comprometida; 
✓ Azotemia – ureia e creatinina elevados; 
 
 Outros testes: 
✓ Dirofilariose; 
✓ Testes de coagulação; 
✓ Plaquetas; 
✓ Tipagem sanguínea; 
✓ Ph e eletrólitos; 
✓ Hemogasometria; 
✓ Fiv e Felv. 
 
 Determinação do risco cirúrgico: 
Excelente Pouco efeito sobre o paciente, mínima 
possibilidade de complicações. 
Bom 
Alguma possibilidade de complicação 
em decorrência do procedimento, 
probabilidade elevada de desfecho bem 
sucedido. Ex.: 
Razoável 
Possibilidade moderada de 
complicação, recuperação demorada, 
ou alteração permanente na saúde geral. 
Mau 
Chances significativas de 
complicações, alterações permanentes 
na saúde geral, a cirurgia se faz 
necessária, para a preservação da vida 
do paciente. Ex.: torção gástrica, torção 
esplênica, corpo estranho. 
SISTEMA CÁRDIO-PULMONAR 
 Idosos 
 Politraumatizados – patologias cardíacas 
 Cardiopatia compensada -> não contra indicada 
cirurgia -> protocolo anestésico e fluidoterapia 
 Patologias respiratórias -> levam a ventilação 
deficiente (pós-operatório) 
1. Paralisia de laringe (incomum em pequenos) 
2. Colapso de traqueia (comum em pequenos) 
3. Palato mole alongado (braquicefálicos – 
dificuldade para extubar devido ao déficit de 
ventilação e pode vir a ter uma contusão 
pulmonar) 
4. Narinas estenosadas (braquicefálicos) 
 Traumatizados -> contusão pulmonar respiratória -
> ventilação deficiente (pós-operatório) 
SISTEMA HEPÁTICO 
1. O que ocorre na hepatopatia? 
 Baixa capacidade de metabolização de anestésicos 
e medicamentos – fígado comprometido 
 Estado nutricional deficiente 
 Diminuição da síntese dos fatores de coagulação 
 Tudo isso atrapalha o pós-operatório 
2. Como minimizar o risco de pacientes 
hepatopatas? 
 Aumento das calorias da dieta 
 Fluidoterapia cuidadosa 
 Transfusão de plasma ou sangue 
SISTEMA URINÁRIO 
 Insuficiência renal – comum em felinos 
 Ruptura da bexiga 
 Obstrução uretral 
 Estabilização pré-operatória – fluidoterapia e 
drenagem da urina 
 Como minimizar o risco de pacientes renais 
1. Fluidoterapia cuidadosa devido a perda da 
urina e eletrólitos importantes como fosforo e 
potássio. Usar cistocentese ou sonda. 
2. Prevenir perda sanguínea – hipotensão 
3. Monitoração e terapia precoce 
SISTEMA ENDÓCRINO - ADRENAL 
 O pós operatório é difícil 
 Hiperadrenocorticismo (síndrome de cushing)– 
comum em gatos 
✓ Compromete a cicatrização, o paciente tem 
mais gordura 
✓ Compromete a respiração – gordura 
intratorácica 
✓ Diminui a resistência tecidual 
 Hipoadrenocorticismo – baixo cortisol 
✓ Síndrome de Adson 
✓ Hospitalização – estresse 
✓ Suplementar com corticóide – indução e 
recuperação 
SISTEMA ENDÓCRINO - TIREÓIDE 
 Hipertireoidismo 
✓ Alterações cardíacas: taquicardia, hipertrofia 
ventricular, insuficiência cardíaca 
congestiva, cardiomiopatia hipertrífica 
✓ Comum em gatos (principalmente em 
estressados) 
✓ Pós operatório ruim 
✓ Pode haver morte súbita devido as 
alterações cardíacas+estresse 
✓ Alteração de t3 e t4 – ESTRESSE 
 Hipotireoidismo 
✓ Comum em labradores e goldens 
(principalmente gordos e letárgicos) 
✓ Bradicardia, redução do débito cardíaco 
✓ Aumento da depressão respiratória 
✓ Hipotermia severa 
✓ Aumento do tempo de recuperação 
anestésica 
✓ Aumento da porcentagem de infecção 
✓ Cuidado na alimentação 
SISTEMA ENDÓCRINO – DIABETE MELITO 
 O que ocorre na diabete? 
✓ Perda de controle da glicose Melitus – 
problema na cicatrização do tecido; 
✓ Cetoacidose – complicação no trans operatório; 
✓ Aumento de cortisol endógeno; 
✓ Aumento da demanda metabólica; 
✓ Aumento da % de infecção – acarreta cistite e 
problemas de pele; 
✓ Corticoide aumenta glicemia – não dar pra 
paciente diabético – prejudica a cicatrização. 
 Como prevenir complicações? 
✓ Jejum de 8 horas; 
✓ Insulinoterapia; 
✓ Fluidoterapia com dextrose; 
✓ Monitoração da glicemia – trans e pós 
operatório; 
✓ OBS.: o estresse pode causar picos de glicemia. 
COMUNICAÇÃO COM O CLIENTE 
 Avaliação do paciente; 
 Explicação sobre a situação do paciente; 
 Opções de tratamento e prognostico; 
 Possibilidade de complicações; 
 Cuidados pós-operatórios; 
 Custos do tratamento; 
 Obs.: A decisão é sempre do cliente, mas você 
pode se negar caso não concorde com a conduta. 
Parâmetros de avalição clinica pré-operatória de cães, 
relacionando os sinais físicos com o grau de desidratação 
% de 
desidratação 
Sinais físicos 
7 Sem anormalidade; apenas história clínica 
de falta de ingestão de água. 
8 Leve inelasticidade da pele (flacidez); 
mucosas e pele secas; urina concentrada; 
cansa facilmente. 
9 Pele sem elasticidade; tempo de 
reperfusão capilar acima de 3 segundos; 
olho profundo na órbita; mucosa oral 
viscosa e seca; conjuntiva congesta e 
seca; urina concentrada e escassa. 
10-12 Pele com severa falta de elasticidade; 
reperfusão capilar acima de 3 segundos; 
olho profundo; mucosa pálida; pulso 
rápido e fraco; contrações musculares 
involuntárias; choque em animais 
debilitados 
12-15 Choque ou morte iminente 
ESTABILIZAÇÃO DO PACIENTE 
Indicações para hemoterapia: 
✓ hemorragia 
✓ anemia não-regenerativa 
✓ alterações de coagulação 
✓ choque hemorrágico 
✓ anemia hemolítica não autoimune 
✓ trombocitopenia 
✓ enfermidade hepática 
✓ hipoproteinemia 
indicações para Terapia energética: 
✓ historia de patologia gastrintestinal como 
vômito e diarréia 
✓ caquexia geral, enfermidade crônica 
debilitante 
✓ alimentação oral interrompida há mais de 5 
dias 
✓ terapia com fármacos catabólicos 
✓ drenagem abundante, nefro ou enteropatias, 
queimaduras extensas, etc 
PREPARAÇÃO GERAL DO PACIENTE 
 banho 24h antes da cirurgia 
 jejum sólido de mais ou menos 12h 
 jejum liquido 
 passear com o animal – estimula a micção e a 
defecação 
 sondagem uretral ou compressão vesical 
 preparação do local da cirurgia: remoção de 
pelos – gilete, agentes depilatórios, tosquia 
TRANSPORTE E POSICIONAMENTO 
 evitar contaminação da área preparada 
 fontes de aquecimento do paciente – externa ou 
interna 
 posicionamento do paciente na mesa – acesso 
fácil e completo ao local da cirurgia, confortável 
para o paciente 
 contenção do paciente 
PLANEJAMENTO 
 trabalho em equipe 
 boa iluminação 
 controle da força, movimentos e gestos 
 anatomia topográfica 
 ponte de apoio – menor tremor 
 intervenção no menor tempo possível 
NORMAS PARA CIRURGIA 
 cirurgião não tenso 
 dissecar somente o necessário 
 mínima exposição dos tecidos 
 manipulação suave 
 instrumental e técnica correta 
 
 fluidoterapia 10-20 ml\kg\h 
 plano anestésico adequado 
 ventilação 
 hemostasia preventiva proteção da área cirúrgica 
 cuidados com os tecidos 
a) hidratação 
b) manipulação 
c) lavagem 
 escolha do material e padrão de sutura 
 variáveis gerais: 
a) vivacidade 
b) tono muscular 
c) postura 
d) apetite 
e) padrão respiratório 
 temperatura corporal 
VARIÁVEIS CIRCULATÓRIAS 
 FC 
 Pulso arterial 
 Pressão arterial 
 Pressão venosa central 
 Debito cardíaco 
 Tempo de reperfusão capilar 
TRATAMENTO DA DOR PÓS OPERATÓRIA 
 Anestésicos locais 
✓ bloqueio dos nervos intercostais – bloquear 
dois craniais e um caudal e incisão 
✓ analgesia intrapleural 
✓ analgesia epidural – espaço lombossacro 
 analgésicos opioides – melhores medicamentos 
para controle da dor 
✓ Morfina 
✓ Oximorfina – 10x 
✓ Metadona – 1,5 x 
✓ Butorfanol – 7\10 x 
✓ Meperidina – menos potente que a morfina 
 AINES – na utilização de forma preemptiva 
obtem-se maior efeito 
✓ Fenilbutazona 
✓ Flunixin meglumine 
✓ Ketoprofeno 
✓ Maxicam 
✓ Carprofeno 
✓ firocoxib 
INFECÇÃO CIRÚRGICA 
 sinais sistêmicos: 
✓ hipertermia 
✓ prostração 
✓ anorexia 
✓ polidipsia 
✓ leucocitose 
✓ icterícia 
✓ uremia 
 
 sinais locais 
✓ edema de bordas 
✓ pontos apertados 
✓ eritema 
✓ sensibilidade exagerada 
✓ drenagem de secreção serosa ou 
serossanguínea 
✓ seroma 
✓ supuração 
OBJETIVO DA PROFILAXIA 
 Alcançar concentrações antimicrobianas 
inibitórias, no local da incisão, durante todo o 
procedimento cirúrgico 
 A fim de evitar o crescimento de patógenos 
contaminantes, no momento de uma potencial 
contaminação da ferida cirúrgica 
 De maneira geral, sua administração deve ser 
realizada entre 30 e 60 minutos antes da 
cirurgia 
 A escolha do ATB deve ser baseada nos 
micro-organismos que tem maior 
probabilidade de causar infecções e padrão de 
sensibilidade do ATB escolhido 
 Staphylococcus aureus – maior frequencia de 
contaminação 
 Droga: cefalosporinas de primeira geração 
 pacientes de alto risco em instituições com 
elevada prevalência de Staphylococcus aureus 
resistentes (MRSA): vancomicina. 
 Operações limpas: maior frequencia de 
enterobactérias, usar cefalosporinas de 
primeira geração 
 Operações potencialmente contaminadas: 
maior frequencia de aeróbios gram positivos e 
negativos + anaeróbios da cavidade oral. Usar 
amoxicilina clavilanato 
 Enterobactérias, usar ciprofloxacina, 
norfloxacina, enrofloxacina 
 Operações potencialmente contaminadas 
(próstata e vias urinárias com cultura pré - 
operatória de urina negativa). mais 
freqüentes: enterobactérias. Droga: 
ciprofloxacina, norfloxacina, enrofloxacina 
 Operações contaminadas (jejuno com 
obstrução, íleo, cólon, reto, apendicite 
aguda sem perfuração) germes mais 
freqüentes: Gram negativos aeróbios e 
anaeróbios. drogas: Gentamicina + 
cIindamicina ou metronidazol; amoxicilinal 
cIavulanato; cefalexina; ceftriaxona

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