Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Disciplina : Doenças Bacterianas e Virais FEAD - MG Candidato: Carolina Maria Vianna de Freitas CONCEITO Enfermidade transmissível sistêmica de caráter crônico, causada por bactérias do gênero Brucella, as quais infectam diversas espécies de mamíferos domésticos, bem como o ser humano. Aborto infeccioso ou Aborto Contagioso Enfermidade de Bang Mal da Cernelha (Eqüinos) Febre de Malta (Homem) Febre do Mediterrâneo (Homem)] BRUCELOSE BOVINA Doença zoonótica causada pela bactéria Brucella abortus, caracterizada por infertilidade e aborto no final da gestação nas espécies bovina e bubalina Infecção generalizada e crônica causada por bactérias do gênero Brucella e transmitida ao homem por contato com animais infectados ou com alimentos contaminados HISTÓRICO -79 Ac - Vesúvio -Império Romano -1887 : Isolamento David Bruce -1895 : Isolamento em feto bovino abortado Bang -1905 : Isolamento Brucella em leite de cabra Zoonose -1914 : Isolamento B. suis -1953 : Isolamento B. ovis -1964 : Isolamento B. canis -1994 : Isolamento B. ceti ETIOLOGIA -Família Brucellaceae Gênero Brucella -Bacilo gram negativo, imóveis, aeróbicos -Parasita intracelular facultativo que sobrevive no interior de macrófagos -Temperatura – 37° C -pH – 6,6 a 7,4 ETIOLOGIA M an u al t éc n ic o P N C E B T Espécies Susceptíveis Brucella abortus P N C E B T Brucella melitensis* E X Ó T IC A Brucella suis Brucella ovis Brucella canis P R E V A L E N T E ETIOLOGIA Espécies Susceptíveis Espécie de animal Hospedeiro preferencial Hospedeiro secundário Bovinos B. abortus B. melitensis** B. suis Ovinos B. melitensis B. ovis B. abortus Caprinos B. melitensis** B. abortus Suínos B. suis B. melitensis** B. abortus Caninos B. canis B. abortus B. melitensis** B. suis ETIOLOGIA Hospedeiro preferencial Hospedeiro secundário Homem B. abortus B. melitensis** B. suis B. inopinata** B. ceti** B.pinnipedialis** B. canis MORFOLOGIA DA BACTÉRIA LPS irá definir a morfologia das colônias (Lisas ou Rugosas) M em b ra n a In te rn a P er ip la sm a M em b ra n a E xt er n a LISAS Brucella abortus, Brucella suis Brucella melitensis Brucella ceti Brucella microti Etc.. RUGOSAS Brucella canis Brucella ovis MORFOLOGIA DA BACTÉRIA CARACTERÍSTICAS DE RESISTÊNCIA CARACTERÍSTICAS DE RESISTÊNCIA Produto Tempo de resistência Leite 17 dias Queijos até 6 meses Iogurte até 96 dias Temperatura de 60ºC 10 minutos Temperatura de 71,7ºC 15 segundos EPIDEMIOLOGIA Brucella abortus • Distribuição mundial • Exceto: Japão, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Israel Brucella melitensis • NÃO EXISTE NO BRASIL • Mediterrâneo, Oriente Médio, Ásia Central e América Central Brucella ovis , Brucella suis e Brucella canis • Países com ovinocultura e suinocultura fortes • Baixa prevalência de B. suis no Brasil • B. canis cosmopolita, exceto Austrália e Nova Zelândia EPIDEMIOLOGIA EPIDEMIOLOGIA FATORES DE RISCO DA BRUCELOSE BOVINA PATOGENIA MECANISMOS DE EVASÃO: -Inibe a ativação dos mØ -Inibe a apoptose -Inibe a maturação de cls dendríticas infectadas -Inibe imunidade inata (NEU, NK e Sistema de Complemento) -Inibe a produção de citocinas Penetração no MØ Fagossomo Persistência no MØ sem ativá-lo https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiZx_O6n5LZAhWCGpAKHQrYBm8QjRwIBw&url=https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fcimb.2015.00072/full&psig=AOvVaw1c-wS6E_JDV7DXoe4JGVhf&ust=1518039075334892 PATOGENIA PATOGENIA Multiplicação nos Trofoblastos Placentite Necrótica Partos Prematuros Natimorto Bezerros fracos Infecção do Feto Aborto no 3º final Também , retenção de placenta, endometrite, infertilidade DOENÇA NA FÊMEA BOVINA GESTANTE https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwi-1eSenJLZAhVCEJAKHY2OAcwQjRwIBw&url=https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0264410X15007203&psig=AOvVaw3SUUKJwH-4zxH6KtcLv4m3&ust=1518038217554235 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwi-1eSenJLZAhVCEJAKHY2OAcwQjRwIBw&url=https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0264410X15007203&psig=AOvVaw3SUUKJwH-4zxH6KtcLv4m3&ust=1518038217554235 Fonte: Prhiscylla Sadana Pires https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwi-1eSenJLZAhVCEJAKHY2OAcwQjRwIBw&url=https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0264410X15007203&psig=AOvVaw3SUUKJwH-4zxH6KtcLv4m3&ust=1518038217554235 -Sinais menos aparentes e inespecíficos -Febre -Apatia -Linfadenopatia -Queda na produção DOENÇA NA FÊMEA BOVINA NÃO GESTANTE https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwi-1eSenJLZAhVCEJAKHY2OAcwQjRwIBw&url=https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0264410X15007203&psig=AOvVaw3SUUKJwH-4zxH6KtcLv4m3&ust=1518038217554235 PATOGENIA Infecção do TR do macho Inflamação aguda Testículo, epidídimo, vesícula seminal e ampola seminal Orquite Epididimite Vesiculite Infertilidade Doença crônica DOENÇA NO MACHO PATOGENIA: SUÍNO • Formação de granulomas em diversos órgãos • Lesões uterinas, gls mamárias, testículos, epidídimo •Abortos, mumificações , natimortos, etc OVINOS •Transmissão venérea bacteremia •TGU; baço e fígado •Abscessos e reações inflamatórias crônicas EQUINOS •Bursite pio-granulomatosa na bursa supra espinhal •Mal da cernelha CÃES • Infecção de diversos órgão •Transmissão venérea e vertical – aborto tardio •Hipergamaglobulinemia : uveítes, glomerilonefrites, linfadenites generalizadas MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: -PI – variado (2sem a 2 meses) -Aborto a partir do 5° mês de gestação (primo-infecção) -Retenção de placenta e metrite -Rebanho endêmico : aborto nas novilhas e animais recém adquiridos -Rebanho vacinado: progressão lenta e abortos raros -Touros: orquite e epididimite -Bursite carpal – granulomas na membrana sinovial https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwj11dHlyZLZAhVKIpAKHQQoAj0QjRwIBw&url=http://www.cnabrasil.org.br/noticias/novos-certificados-zoossanitarios-agilizam-exportacao-de-gado-e-bufalos&psig=AOvVaw3AqEopdW8Yci2-D3T7OCKr&ust=1518050709981071 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiZifL-yZLZAhXGGpAKHXltCuMQjRwIBw&url=http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,EMI322537-18530,00-PARAGUAI+VACINARA+BOVINOS+E+BUBALINOS+CONTRA+A+FEBRE+AFTOSA+EM+NOVEMBRO.html&psig=AOvVaw3AqEopdW8Yci2-D3T7OCKr&ust=1518050709981071 IMUNIDADE: -35% dos animais são naturalmente resistentes -Resposta Humoral não protetora Ac são oponisantes ↑ fagocitose morte intracelular IgM (1 a 3 semanas), IgA e IgG (infecções crônicas) Imunidade colostral pode durar de 5 a 6 meses. -Estimulo Antigênico antígenos da parede celular IMUNIDADE: IMUNIDADE -Resposta Imune protetora - Resposta celular. DIAGNÓSTICO: MATERIAL PARA DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO: MATERIAL PARA DIAGNÓSTICO Fêmeas com mais de 24 meses de idade DIAGNÓSTICO: DIAGNÓSTICO DIRETO ISOLAMENTO: -Alto risco de acidente -Pode fazer inoculação prévia em cobaia para atenuar a cepa. -Ágar triptose e Ágar brucela -Colônia transparentes e de superfície brilhante. PCR: -Rápido e sem risco de acidente DIAGNÓSTICO: DIAGNÓSTICO INDIRETO TESTE DO ANTÍGENO ACIDIFICADO TAMPONADO: -Prova oficial do PNCEBT -Triagem -Baixo pH reduz a aglutinação por IgM e as reações cruzadas -Ag– rosa bengala -Laboratório credenciado 60% de especificidade https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjHxLaH0pLZAhVEi5AKHVvPD-EQjRwIBw&url=http://rehagro.com.br/a-importancia-do-controle-da-brucelose-e-da-tuberculose-2/&psig=AOvVaw1hV9PklEaqvdSqqfU-Z26S&ust=1518052910696254 DIAGNÓSTICO: DIAGNÓSTICO INDIRETO 2-MERCAPTOETANOL -Prova oficial do PNCEBT -Confirmatório -Agente redutor – quebra as pontes dissulfídicas das móleculas de IgM, transformando-as em monômero. -Feito junto com a SAL -Pode falhar em infecções recentes DIAGNÓSTICO: DIAGNÓSTICO INDIRETO TESTE DO ANEL EM LEITE -Prova oficial do PNCEBT -Triagem de rebanho -Ac se liga nos globulos de gordura (Fc) e se ligam no Ag que é adicionado https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjkuaCr1pLZAhVIIpAKHRGpAKkQjRwIBw&url=http://www.scrural.sc.gov.br/?p=6400&psig=AOvVaw1MjgPp3ZGsgatcDc9Pcpyc&ust=1518054062831884 DIAGNÓSTICO: DIAGNÓSTICO INDIRETO FIXAÇÃO DE COMPLEMENTO -Prova oficial do PNCEBT -Soro + Ag + Complemento + Hemácia + Ac anti-hemácia -Soro positivo – sem hemólise -Soro negativo – com hemólise -Laborioso -Prova OIE para transito intenacional de animais https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwingpOm2JLZAhXDfZAKHdh0BGIQjRwIBw&url=http://www.saudeanimalms.com.br/servicos/Exame de Mormo&psig=AOvVaw1DLI7yqwa6CQRdwfeqOIsT&ust=1518054315781080 DIAGNÓSTICO: 1. Antígeno acidificado tamponado 2. Anel do leite 3. 2-Mercaptoetanol e soroaglutinação em tubos 4. Fixação do complemento 5. Polarização fluorescente PNCEBT 1. ELISA indireto 2. Elisa competitivo 3. Isolamento 4. IHQ 5. PCR Outros métodos DIAGNÓSTICO: https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwj4hZ6a4pLZAhVHHpAKHahJAq4QjRwIBw&url=http://rehagro.com.br/brucelose-bovina-conheca-mais-essa-doenca-e-saiba-como-prevenir/&psig=AOvVaw1DLI7yqwa6CQRdwfeqOIsT&ust=1518054315781080 PROFILAXIA E CONTROLE: DIAGNÓSTICO ELIMINAÇÃO DOS NIMAIS POSITIVOS VACINAÇÃO EDUCAÇÃO SANITÁRIA E MEDIDAS COMPLEMENTARES VACINAÇÃO VACINA B19: -Ag de amostras lisas (cadeia O) -Fêmeas de 3 a 8 meses -Não vacinar os machos -Obrigatório – PNCEBT -Proteção de 60 a 75% das fêmeas vacinadas -Diminui o risco de aborto -Desvantagens: interferência no diagnóstico; risco ao vacinador e reversão de virulência. VACINA RB51: -Ag de amostras rugosas -Recomendada em áreas de foco e alto risco -Fêmeas soronegativas acima de 8m -Não vacinar os machos e fêmeas gestantes. -Riscos para humanos -Não interfere no diagnóstico VACINAÇÃO PROFILAXIA E CONTROLE: EDUCAÇÃO SANITÁRIA • Evitar consumo de leite e derivados não pasteurizados • Destino correto para restos de parição e fetos abortados • Cuidado ao manipular materiais potencialmente contaminados MEDIDAS COMPLEMENTARES • Controle de transito animal • Construção de piquetes maternidade • Quarentena de animais recém adquiridos + diagnóstico • Controle da densidade animal TRATAMENTO: PARA A BRUCELOSE BOVINA NÃO EXISTE. PARA A BRUCELOSE CANINA IMPORTANTE AVALIAR CADA CASO https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwil99eO6pLZAhWHkZAKHc6ZDcEQjRwIBw&url=https://www.youtube.com/watch?v=lOozT9hhpzc&psig=AOvVaw3k9OJSu-RIIG_WcOIRmTiA&ust=1518059340779264 SAÚDE PÚBLICA: SAÚDE PÚBLICA: SAÚDE PÚBLICA: O que eu aprendi ????? (COPS, 2012) A brucelose é uma doença infectocontagiosa causada por bactérias Gram- negativas, do gênero Brucella. Nos bovinos pode causar problemas reprodutivos e é considerada uma zoonose. Com relação ao agente etiológico, considere as afirmativas a seguir: I. A espécie que mais é observada nos bovinos, a Brucella bovis, tem tropismo pelos órgãos genitais; desta forma, existe um risco de seres humanos se contaminarem ao manipularem esses órgãos. II. As portas de entrada mais comuns em humanos e animais são as -mucosas do trato digestivo, trato genital e pele. III. Brucella suis e Brucella melitensis compartilham antígenos denominados A e M, podendo apresentar reações cruzadas. IV. As principais vias de transmissão para os seres humanos são secreções de vacas portadoras em trabalho de parto, leite e subprodutos não pasteurizados. O que eu aprendi ????? (FUNCAB, 2009) A Bruceloses é uma antropozoonose causada por bactérias gram-negativas parasitas intracelulares facultativas do gênero Brucella. No Brasil a éspecie de Brucella de maior ocorrência nos bovinos é: a) B. suis; b) B. melitensis; c) B. abortus; d) B. bronchiseptica; e) B. canis. O que eu aprendi ????? Em relação a Brucella abortus podemos afirmar: a) o abortamento ocorre no terço inicial da gestação e as fêmeas apresentam glomerolunefrite mesangioproliferativa. b) induz morte embrionária, bronco pneumonia, hipermetria e polisserosite. c) só representa riscos para fêmeas gestantes. d) as amostras de tecidos infectados podem ser manipuladas em laboratórios classe de risco 2. e) pode induzir a lesões em articulações, glândulas mamárias e testículos e os fetos abortados frequentemente apresentam pleurite fibrinosa associada à broncopneumonia supurativa e pericardite fibrinosas.
Compartilhar