Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
BRUCELOSE UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA INSTITUTO DE SAÚDE E PRODUÇÃO ANIMAL – ISPA CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA DISCIPLINA DE DOENÇAS BACTERIANAS E FÚNGICAS DOS ANIMAIS Prof. Andréa Maria Góes Negrão Doença infectocontagiosa, geralmente crônica É uma antropozoonose – doença primária de animais que pode ser transmitida ao homem (acidental) Infecção das células do sistema mononuclear fagocitário Ocorre em várias regiões do mundo Acomete várias espécies animais Causa problemas reprodutivos em animais de produção Acarreta problemas sanitários e grandes prejuízos econômicos à cadeia de carne e leite Definição DOENÇA DE BANG ABORTO CONTAGIOSO ABORTO INFECCIOSO Sinonímia FEBRE ONDULANTE FEBRE DE MALTA FEBRE DO MEDITERRÂNEO Importância Econômica Surtos de abortamentos Distúrbios reprodutivos Queda na produção leiteira - 10 a 25% Queda na produção de carne – 10 a 15% Aumento na taxa de reposição de animais – 30% Morte de bezerros Queda de 15% no nascimento de bezerros Aumento do intervalo entre partos (20 meses) Interrupção de linhagens genéticas Restrições comerciais PERDAS D IRETAS Importância Econômica Infecções humanas Custos com diagnóstico e tratamento Internações prolongadas Ausência no trabalho PERDAS INDIRETAS No Brasil, estima-se que os prejuízos com a brucelose em bovinos e bubalinos sejam ao redor de 100 milhões de dólares/ano FONTE: Folha de São Paulo. Jornal a Folha de São Paulo. Saiba mais sobre a doença do aborto da vaca, a brucelose. São Paulo; 2000 Importância Econômica Bactérias do gênero Brucella Morfologia de cocobacilos São Gram negativas Intracelalares facultativas São imóveis Não capsuladas e nem esporuladas São aeróbias e microaerófilas Multiplicam-se nos macrófagos Tem 11 espécies As colônias podem ser lisas ou rugosas Etiologia Crescimento em meio de cultura Crescimento lento: 48 horas a 37° C Meios de cultura suplementados com soro, sangue ou extratos teciduais: ágar brucela, ágar sangue brucela, ágar soro dextrosado, caldo albioni brucela, caldo tripticase soja B. abortus e B. ovis: 5 a 10% CO2 B. ovis - Buddle - 1953 – Nova Zelândia B. neotomae - Stoenner - 1957 – USA B. canis - Carmichael - 1968 – USA B. melitensis - Bruce - 1887 - Ilha de Malta - 3 biovares B. abortus - Bang - 1897 - Dinamarca - 7 biovares B. suis - Traum - 1914 - USA - 5 biovares Espécies de Brucella spp B. pennipedialis (focas e golfinhos) - Ross - 1994 – Escócia B. ceti (baleias) – Foster – 1996 B. microti (roedores silvestres) – Scholz – 2008 B01T – proposto B. inopinata – Scholz – 2009 B02 – Tiller - 2010 Classificação quanto às colônias Brucella abortus Brucella suis Brucella melitensis Colônias Lisas Colônias Rugosas Brucella ovis Brucella canis Parede Celular Gram + Gram - A membrana externa é composta por dupla camada lipídica, a interna constituída por fosfolipídios e a externa por lipopolissacarídeos (LPS ou endotoxina) Peptídioglicano Peptídioglicano Membrana Externa Membrana Plasmática Membrana Plasmática LPS Cadeia O Núcleo Lipídeo A Poli B Glicano PME Lipoproteina Peptidioglicano Fosfolipídios Estrutura do LPS das brucelas É uma endotoxina responsável pela patologia da doença É o sítio imunodominante da bactéria e o responsável pelo desencadeamento da maior parte da resposta imune humoral nas infecções naturais e na desenvolvida após a vacinação com a B19 Também se relaciona com a aderência da bactéria às células do hospedeiro, com a capacidade da brucela de manter-se viva dentro dos fagócitos e com a sua proteção contra a ação dos anticorpos e do sistema complemento. Devido a essas particularidades, acredita- se que a CO seja um importante fator de interação parasita-hospedeiro e que sua ausência resulte em perda de virulência Cadeia O ou Polissacarídeo O É um polissacarídeo - várias unidades de glicano É o sítio imunodominante da bactéria e o responsável pelo desencadeamento da maior parte da resposta imune humoral nas infecções naturais e na desenvolvida após a vacinação com a B19 Também se relaciona com a aderência da bactéria às células do hospedeiro Com a capacidade da brucela de manter-se viva dentro dos fagócitos Proteção contra a ação dos anticorpos e do sistema complemento. Importante fator de interação parasita-hospedeiro e que sua ausência resulte em perda de virulência Colônias Lisas Parede celular – LPS longo – Com cadeia “O” Maior virulência Maior grupo antigênico Características: brilhantes, claras, convexas, emulsificáveis Antígenos de superfície: A e M Colônias Rugosas Parede celular – LPS mais curto – sem cadeia “O” Menor virulência Menor grupo antigênico Características: menos transparentes, superfícies granulares, friáveis ou viscosas, difíceis de destacar Antígenos de superfície: R B. abortus: biovares 1,2 e 3 B. suis: biovar 1 B. ovis B. canis Brucelose Fonte: Carrillo,2009. Brucelas confirmadas no Brasil Resistência Luz solar direta 4 – 5 horas Solo seco 4 dias Solo úmido ______________________66 dias a baixas temperaturas__________________ 151 – 185 dias Fezes 20 dias Dejetos a altas temperaturas 2 – 4 horas Esgoto 8 - 240/700 dias Água potável 5 – 114 dias Água poluída 30 – 150 dias Feto à sombra 180 dias Exsudato uterino 200 dias Leite 17 dias Leite congelado > 800 dias Queijos até 6 meses Manteiga até 4 meses Iogurte até 96 dias Temperatura de 60ºC 10 minutos Temperatura de 71,7ºC 15 segundos Resistência Destruição por desinfetantes Álcool 96oGL Hipoclorito de sódio 5% Hipoclorito de cálcio 5% Formol 3% Fenol 5% Destruição pelo Calor Autoclavação: 120oC por 20 minutos Pasteurização lenta: 65oC por 30 minutos Pasteurização rápida: 72 a 74oC por 15-20 segundos Fervura Fonte: WHO/VPH/84.4. Inativação da Brucella sp Epidemiologia da Brucelose Ocorrência Mundial Países afetados: Países europeus da região mediterrânea, países da África, Oriente Médio, Índia, Ásia Central, América Central e do Sul. Erradicados: Austrália, Canadá, Dinamarca, Finlândia, Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Suécia, Reino Unido e Japão. Controlados: EUA, Chile, México, França Hospedeiros Espécie Hospedeiro Primário Hospedeiro Secundário Acidental B. abortus Bovinos, bubalinos Suínos, cães, ovinos, caprinos, equídeos Homem B. suis Suídeos Bovídeos, cães, ovinos, equídeos, lebres, roedores Homem B. melitensis Caprinos Ovinos, bovídeos, suínos, cães, lhamas, camelos Homem B. ovis Ovinos Suínos - B. canis Canídeos Gatos Homem B. neotomae Rato do deserto ? ? B. ceti Baleias ? ? B. pinnipedialis Focas, golfinhos ? ? B.microti Roedor ? ? B. Inopinata ? ? Homem B02 ? ? Homem Fonte: Cadeia da transmissão (GUIDO & GRASSO, 2005; ISHIZUKA et al, 2008) Cadeia de Transmissão FI= Fonte de infecção VE = Via de eliminação VT = Via de Transmissão PE = Porta de Entrada S=Suscetível Animais domésticos, silvestres e o Homem Animal infectado Leite, sêmen, restos e anexos fetais, secreções vaginais e fezes Lambedura, olfato, Leite e derivados crus, carne crua, IA, água, forragens, pastagens, fômites e ambientes contaminados Mucosas: digestiva, conjuntiva e pele lesionada Transmissão Direta e Indireta: VIA ORAL Leite e derivados Via oral Via genital Contato direto Transmissão Fonte de contaminação Fatores que influenciam a manutenção e disseminação de Brucella dentro do rebanho Densidade populacional Tamanho do rebanho Nível de vacinação do rebanho Maternidades individuais Fatores que influenciam a manutenção e disseminação de Brucella inter-rebanhos Aquisição de animais Freqüência de compras Fonte dos animais Histórico dos animais Fatores que influenciam a manutençãoe disseminação de Brucella inter-rebanhos Proximidade de Rebanho infectado Valas Riachos Pastos Animais soltos Animais silvestres Veículos Classificação das UF em relação ao grau de risco para brucelose e tuberculose Brucelose Tuberculose Fonte: BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Diagnóstico Situacional do PNCEBT, 2020 Prevalência de casos de brucelose bovina por UF Prevalência de focos de brucelose bovina por UF Oral Respiratório Conjuntivas Genital Pele Linfonodo regional Disseminação Hemática e/ou Linfática Macrófagos Neutrófilos Linfonodos Baço Fígado Medula óssea Sistema reprodutor Articulações Porta de Entrada Patogenia Linfonodos regionais Sistema reprodutor Outros órgãos e tecidos ricos em células do SMF Patogenia Disseminação Livre ou intracelular Articulações, baço, fígado, medula óssea Linfonodos Tecidos das articulações Sistema reprodutor: principalmente útero durante a gestação, placenta, glândulas mamárias Tecidos de Eleição FÊMEAS Linfonodos Tecidos das articulações Sistema reprodutivo: principalmente testículos – epidídimo – vesículas seminais Tecidos de Eleição MACHOS Tecidos de Eleição APARELHO LOCOMOTOR Infecções articulares HIGROMAS Bursites Osteoartrites Tenosinuvites Osteoespondilites Fêmeas infectadas são geralmente assintomáticas Período de incubação - 2 semanas a 2 meses ou mais Bactéria eliminada no meio ambiente no periparto Durante incubação a bactéria localiza-se na mucosa local: útero (epitélio trofoblástico), placenta, úbere e linfonodos regionais Sobrevivência e multiplicação em macrófagos (inibição fusão fagossoma-lisossoma) Patogenia Penetração fagocitose monócitos macrófagos Penetração fagocitose monócitos macrófagos Determinantes da Virulência Inibição do fagolisossoma Inibição da resposta inflamatória Fatores proteicos não identificados: sobrevivência em macrófagos Presença de LPS Eritritol Testículo e placenta de bovinos, ovinos, caprinos, suínos e cães (Ausente na mulher e égua) Intensa multiplicação local Lesão piogranulomatosa Patogenia Patogenia do Aborto Lesão Inflamatório-necrótica dos placentomas (união carúncula-cotiledone) – Placentite necrótica Os placentônios ou placentomas são compostos por uma parte fetal, o cotilédone, e uma parte materna, a carúncula Comprometimento da circulação materno-fetal Morte fetal Aborto Patogenia do Aborto Patogenia do Aborto Placentite necrótica - lesão inflamatório-necrótica dos placentomas (união carúncula-cotiledone) Comprometimento da circulação materno-fetal Fêmeas primíparas Fêmeas multíparas ABORTO Natimortos, neonatos fracos Aborto Bezerros fracos Natimortos Tropismo pelo útero de animais prenhes e placenta Placentite necrótica Retenção de placenta Endometrite Infertilidade Doença na fêmea Inflamação aguda do sistema reprodutor Cronificação (assintomática) Doença no macho Testículo Epidídimo Vesículas seminais Ampolas seminais Orquite uni ou bilateral (necrose, fibrose ou pús) Brucelose nos Animais Domésticos Brucelose nos bovinos e bubalinos Principal agente: B. abortus Contaminação: ingestão, sêmen na I.A, inalação Sinais clínicos: abortamento no terço final de gestação, nascimento de bezerros fracos, natimortos, retenção de placenta, repetição de cio, vesiculite, orquite Acarreta infertilidade ou esterilidade em fêmeas e machos Brucelose nos suínos Principal agente: B. suis Contaminação: sêmen, ingestão Sinais clínicos: abortamento em qualquer idade, nascimento de leitões fracos, orquite Artrite, manqueira e paralisia • Esterilidade - infertilidade temporária ou definitiva, tanto em porcas quanto em cachaços. Brucelose nos suínos Brucelose nos ovinos Principal agente: B. ovis Contaminação: venérea Sinais clínicos: abortamento no terço final de gestação, epididimite Brucelose nos caprinos Principal agente: B. melitensis Brasil: B. ovis Contaminação: ingestão Sinais clínicos: abortamento no terço final de gestação, orquite, mastite Brucelose nos caninos Principal agente: B. canis Contaminação: ingestão, sêmen Sinais clínicos: orquite, dermatite escrotal, aborto, morte peri-natal, artrite, infertilidade Tratamento: Doxiciclina - 10 mg/kg – 1 x dia - durante 14 dias Brucelose nos eqüinos Principal agente: B. abortus Contaminação: ingestão de água e pastos contaminados Sinais clínicos: Lesões abscedantes em região cervical, bursas, tendões e articulações – Bursites Popularmente chamado Mal da Cernelha Ocorrência em equinos – diretamente proporcional à endemia no rebanho bovino Brucelose no Homem Doença Ocupacional Grupos de Risco Médicos Veterinários Tratadores de animais Magarefes Trabalhadores de laticínios Laboratoristas Vacinadores Consumidores de produtos de origem animal sem inspeção oficial Patogenicidade para o Homem Brucella melitensis B. suis B. abortus B. canis Brucelose no Homem Contaminação: conjuntiva, lesões, ingestão, inalação Período de Incubação: prolongada > 3 semanas Curso longo: vários anos, quando não tratada Sinais clínicos: febre ondulante, cansaço, suores noturnos, dores musculares e articulares, mialgias, artrites, alterações do sono, calafrios, anorexia, depressão “síndrome da fadiga crônica” Brucelose no Homem Menos de 10% dos casos são identificados A incidência varia conforme: Densidade do rebanho Endemia animal Nível socioeconômico Hábitos alimentares Transmissão para o Homem Fonte de Contaminação Fonte de Contaminação Transfusão de sangue Transplante de medula óssea Relação sexual Fonte de Contaminação para o Homem A transmissão entre pessoas, embora possível, é um acontecimento bastante raro em brucelose Há casos na literatura de transmissão por meio de: Tratamento da Brucelose Humana Doxiciclina + estreptomicina – 6 semanas ou Doxiciclina + rifampicina – 6 semanas Recaídas inferior a 5% Recaídas de 30% Cotrimoxazol (combinação de trimetoprim e sulfametoxazol) – 6 semanas Diagnóstico da Brucelose Exame clínico: deve ser considerado com cautela, pois os sintomas são inespecíficos sendo que os principais sintomas – o aborto e a infertilidade - podem ter etiologia diversa; O abortamento costuma ocorrer após o 5° mês de gestação, sendo comum a retenção fetal por 24-72 horas após a morte; Ocorre com frequência a retenção de placenta e endometrite; O feto abortado é aparentemente saudável pois não há infecção fetal. Diagnóstico CLÍNICO - EPIDEMIOLÓGICO LABORATORIAL Direto Indireto Anamnese e histórico dos animais: entrada de novos animais, vacinação, etc Diagnóstico Laboratorial Presença do agente etiológico: Isolamento do agente em meio de cultura e identificação bioquímica - alto risco em laboratoristas Detecção de DNA (PCR) DIRETOS INDIRETOS Pesquisa de anticorpos específicos: Testes sorológicos VANTAGENS: Fácil execução e interpretação Rapidez na obtenção dos resultados Baixo custo (triagem e algumas confirmatórias) Maioria das provas é padronizada internacionalmente Diagnóstico Sorológico Diagnóstico Sorológico DESVANTAGENS: Nem todo animal positivo está infectado (vacinado, outros agentes) – FALSO POSITIVO Nem todo animal negativo está livre da doença (período inicial da doença, ac incompletos) – FALSO NEGATIVO Especificidade e sensibilidade variáveis conforme o teste Brucelas lisas poduzem anticorpos contra brucelas lisas Reação cruzada: B. abortus, B. melitensis, B. suis Brucelas rugosas produzem anticorpos contra brucelas rugosas Reação cruzada: B. canis, B. ovis Diagnóstico Sorológico Reação antígeno-anticorpo em resposta à infecção Diagnóstico Sorológico LPS E. coli O:157 Salmonella O:30 Vibrio cholerae O:1 Yersinia enterocolítica O:9 Reações cruzadas Resposta dos principais isotipos de anticorpos em bovinos infectados com amostra patogênica de B. abortus - período prolongado Resposta Imune em Bovinos Respostados principais isotipos de anticorpos em fêmeas vacinadas entre 3-8 meses de idade com vacina B19 Resposta Imune em Bovinos Teste do Anel em Leite - Ring Test Prova do Antígeno Acidificado Tamponado - AAT Teste do 2-Mercaptoetanol - 2-ME Teste de Fixação de Complemento - FC Diagnóstico da Brucelose em Bovídeos Teste de Polarização Fluorescente -FPA Teste do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) Teste do Anel em Leite (TAL) Diagnóstico Sorológico da Brucelose (Provas Oficiais PNCEBT) Testes de Triagem 2-Mercaptoetanol (2-ME) Teste de Fixação de Complemento (FC) Teste da Polarização Fluorescente (TPF) Diagnóstico Sorológico da Brucelose (Provas Oficiais PNCEBT) Testes Confirmatórios Teste de triagem Teste qualitativo de fácil execução, boa sensibilidade Antígeno a 8%; tamponado em pH ácido – 3,65 - 3,65 (aumenta o poder de aglutinação da IgG1 e reduz a reatividade da IgM) Corado com rosa bengala Soro e antígeno em T° 22°C +/- 4°C, no mínimo 30 minutos Presença ou ausência de IgG1 Teste de aglutinação = Ag + Ac Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) - Rosa Bengala Ausência de grumos – NÃO REAGENTE Interpretação dos Resultados Presença de grumos – REAGENTE Testes de Diagnóstico de Brucelose negativo positivo Teste de triagem Antígenos corados com hematoxilina boa sensibilidade, pode ser usado para monitorar rebanhos leiteiros Teste do Anel em Leite (TAL) Anel de creme branco e coluna de leite azul: NÃO REAGENTE Interpretação dos resultados Anel de creme azul e coluna de leite branca ou azulada: REAGENTE Suínos, equinos e caprinos: AAT Ovinos: imunodifusão Caninos: imunodifusão, aglutinação lenta Homem: aglutinação lenta, PCR Diagnóstico Sorológico Testes Utilizados em Outras Espécies Controle da Brucelose Testes sorológicos a intervalos regulares (2 a 6 meses) com dois resultados negativos sucessivos para todo plantel Sacrifício ou abate sanitário dos animais reatores Quarentena para fêmeas que tenham abortado ou parido, só introduzindo no rebanho novamente após dois resultados sorológicos negativos Adotar a mesma conduta para animais que participaram de feiras e exposições, ou animais recém adquiridos, mesmo portando declaração de exame negativo Controle da Brucelose Quanto à fonte de infecção Restringir o tráfego de pessoas e animais estranhos à propriedade Programa de higiene e desinfecção de instalações Manter as pastagens baixas para facilitar a incidência de luz solar Orientar a população sobre os riscos da ingestão de alimentos que não sofreram inspeção oficial ou preparo adequado Controle da Brucelose Quanto às vias de transmissão Vacinação das bezerras bovinas e bubalinas - entre 3 e 8 meses de idade – Vacina B -19 Vacinação com vacina RB51 em fêmeas adultas em caso de focos de brucelose Controle da Brucelose Quanto aos suscetíveis Vacinação contra a Brucelose Não induzir anticorpos que interfiram com o diagnóstico sorológico mesmo quando aplicada repetidamente Ser altamente atenuada, administrável em animais de qualquer idade, não provocar abortos em animais prenhes Uma única dose deve induzir uma imunidade forte e duradoura Ser estável Ser relativamente barata e fácil de preparar Características de uma vacina ideal Vacinação contra Brucelose Vacina indutora de anticorpos aglutinantes - B19 Vacina não indutora de anticorpos aglutinantes – RB51 Vacina viva atenuada – amostra B19 Dose única É de reduzida virulência e estável em fêmeas jovens Protege 65-75% das fêmeas Grau e duração da proteção nas bezerras é igual ao das adultas Apenas a vacinação não erradica a enfermidade Vacinação com a B19 Persistência de anticorpos é evitada com vacinação 3-8 meses Vacinação de infectados não altera curso da doença Vacinação previne a brucelose clínica Pode provocar o aborto quando aplicado em fêmeas prenhes Causa doença quando aplicada em machos PATOGÊNICA PARA O HOMEM Vacinação com a B19 Características mínimas: 1. Ser atenuada, de preferência mais atenuada que as vacinas existentes 2. Ser capaz de replicar no animal por um período curto para induzir uma boa reação imunológica do tipo celular 3. Proteger contra o aborto e infecção Vacinação com amostra rugosa que carece de cadeia O evitaria a formação de anticorpos contra cadeia O e por isso, não daria sorologia positiva Vacina RB51 B. abortus 2308 rifampicina RB51 Amostra rugosa viva atenuada de Brucella abortus Não interfere nas provas sorológicas oficiais Vacina oficial nos EUA e Chile Uso permitido, juntamente com B19, na Colômbia, México, Costa Rica, Paraguai e Venezuela EUA: vacinação de bovinos entre 4 a 12 meses de idade Outros países: revacinação após 12 meses Proteção semelhante à B19 Vacina não Indutora de Anticorpos Aglutinante Vacinação com a RB51 Permitirá aumentar a cobertura vacinal Recomendado o uso em: Fêmeas adultas que nunca foram vacinadas Falha na imunidade do rebanho (FOCO), com eliminação dos animais reagentes ao teste, seguido de vacinação dos restantes Situações de alto risco de infecção Vacinações estratégicas Vacinação com a RB51 Vacina não Indutora de Anticorpos Aglutinante Não deve ser utilizada em machos e fêmeas prenhes Cuidados na aplicação Não pode ser usada fora das especificações Vacinação com a RB51 PATOGÊNICA PARA O HOMEM Anticorpos contra a cadeia “O” NÃO PROTEGEM contra a brucelose A proteção é dada pela indução de IMUNIDADE CELULAR Equipamento de Proteção Individual Marcação das bezerras vacinadas antigamente Marcação das bezerras vacinadas antigamente A marcação das fêmeas vacinadas entre três e oito meses de idade é obrigatória, utilizando-se ferro candente ou nitrogênio líquido, no lado esquerdo da cara Marcação das bezerras vacinadas com B19 atualmente Fêmeas vacinadas com a vacina B19 deverão ser marcadas com o algarismo final do ano de vacinação Fêmeas vacinadas com a amostra RB51 deverão ser marcadas com um V, conforme figura a seguir: Marcação das bezerras vacinadas com RB51 atualmente Índice vacinal de brucelose em bezerras de 3 a 8 meses por UF em 2018 Média do índice vacinal de brucelose em bezerras de 3 a 8 meses por UF, no período de 2014 a 2018 Índice vacinal de brucelose em bezerras de 3 a 8 meses, no estado do Pará, no período de 2014 a 2018 Número de focos, casos e animais eliminados por brucelose no estado do Pará, no período de 2014 a 2018 Marcação de Animais Reagentes à Brucelose ou Tuberculose Combate à Brucelose Bovina Educação sanitária Vacinação das fêmeas Rotina de testes sorológicos Abate sanitário ou destruição dos animais reagentes Desinfecção das instalações e destruição de restos placentários, fetos abortados e secreções Piquetes maternidade Quarentena de animais introduzidos no rebanho Exame de saúde das pessoas envolvidas Profilaxia da Brucelose Humana Consumo de leite pasteurizado ou simplesmente fervido Consumo de produtos de origem animal com inspeção veterinária Uso de EPI Matadouros: bom sistema de ventilação, EPI 0 100 200 0512 Tempo em meses Título de Anticorpos em UI IgG1 IgM IgA IgG2 Gráf2 0 0 0 0 1 1 1 1 2 2 2 2 3 3 3 3 4 4 4 4 6 6 6 6 5 5 5 5 7 7 7 7 8 8 8 8 9 9 9 9 10 10 10 10 11 11 11 11 12 12 12 12 IgG1 IgM IgA IgG2 Tempo em meses Título de Anticorpos em UI 0 0 0 0 200 200 75 40 190 170 60 30 180 160 50 35 170 155 50 30 170 150 50 25 170 150 50 25 170 150 50 25 170 150 50 25 170 150 50 25 170 150 50 25 170 150 50 25 170 150 50 25 Plan1 IgG1 IgM IgA IgG2 0 0 0 0 0 1 200 200 75 40 2 190 170 60 30 3 180 160 50 35 4 170 155 50 30 6 170 150 50 25 5 170 150 50 25 7 170 150 50 25 8 170 150 50 25 9 170 150 50 25 10 170 150 50 25 11 170 150 50 25 12 170 150 50 25 Plan1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 IgG1 IgM IgA IgG2 Tempo em meses Título de Anticorposem UI 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Plan2 Plan3 0 100 200 0512 Tempo em meses Título de Anticorpos em UI IgG1 IgM IgA IgG2 Gráf4 0 0 0 0 1 1 1 1 2 2 2 2 3 3 3 3 4 4 4 4 6 6 6 6 5 5 5 5 7 7 7 7 8 8 8 8 9 9 9 9 10 10 10 10 11 11 11 11 12 12 12 12 IgG1 IgM IgA IgG2 Tempo em meses Título de Anticorpos em UI 0 0 0 0 200 200 60 50 180 150 70 60 160 100 60 45 130 75 45 30 100 60 40 20 75 50 30 15 60 45 20 10 53 40 15 7 45 35 10 6 40 30 10 5 35 25 10 5 30 20 10 5 Plan1 Animais Infectados: IgG1 IgM IgA IgG2 0 0 0 0 0 1 200 200 75 40 2 190 170 60 30 3 180 160 50 35 4 170 155 50 30 6 170 150 50 25 5 170 150 50 25 7 170 150 50 25 8 170 150 50 25 9 170 150 50 25 10 170 150 50 25 11 170 150 50 25 12 170 150 50 25 Animais Vacinados entre 3 e 8 meses: IgG1 IgM IgA IgG2 0 0 0 0 0 1 200 200 60 50 2 180 150 70 60 3 160 100 60 45 4 130 75 45 30 6 100 60 40 20 5 75 50 30 15 7 60 45 20 10 8 53 40 15 7 9 45 35 10 6 10 40 30 10 5 11 35 25 10 5 12 30 20 10 5 Plan1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 IgG1 IgM IgA IgG2 Tempo em meses Título de Anticorpos em UI 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Plan2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 IgG1 IgM IgA IgG2 Tempo em meses Título de Anticorpos em UI 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Plan3
Compartilhar